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CONTESTACAO TRABALHISTA

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AO JUÍZO DA 80° VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE CURITIBA
PROCESSO: 1000/2018
TECELAGEM FIO DE OURO S/A, pessoa jurídica de direito privado, inscrito no CNPJ sob o n° xxxxx, representado por seu sócio gerente, endereço eletrônico xxxxxx@xxxxxxxx, com sede na rua xxxx, n° xx, CEP xxxxx-xxx,, Curitiba – Mato Grosso, vem respeitosamente perante a Vossa Excelência, por seu advogado infra-assinado, endereço eletrônico xxxxx@xxxxx, com endereço profissional xxxxxxxxxxxxxxx, tempestivamente apresentar sua
CONTESTAÇÃO
Com fulcro nos artigos 847 da CLT e com o artigo 300 do CPC, às alegações formuladas por Joana da Silva, já qualificada nos autos da Reclamação Trabalhista. Pelas relevantes razões de fato e de direito a seguir:
I - Da síntese da Reclamação Trabalhista
Joana propôs Reclamação Trabalhista requerendo da ex-empregadora indenização por danos morais, alegando ser vítima de doença profissional, argumentando que o mobiliário da empresa não respeitava as normas de ergonomia. Menciona nos autos de que a empresa fornecia plano odontológico gratuitamente, requerendo sua integração para todos os fins, como salário utilidade.
Argumenta que nos últimos dois anos, a empresa fornecia uma cesta básica mensal que foi suprimida a partir do dia 1° de agosto de 2018, violando o direito adquirido, requerendo o seu pagamento referente aos meses de agosto e setembro de 2018.
Joana relata que no ano de 2018, permanecia duas vezes na semana, por mais de uma hora na sede da empresa para participar de um culto ecumênico, caracterizando como tempo de disposição ao empregador que deve ser remunerada como hora extra. 
Afirma ter sido coagida moralmente a pedir demissão, pois se não fizesse, seria demitida por justa causa. Desta forma, requer a anulação do pedido de demissão e os pagamentos dos direitos de dispensa justa causa. 
Joana reclama que foi contrata como cozinheira, mas que desde o início de sua contratação servia a refeição para 5 (cinco) empregados do setor, o que caracteriza como acumulo de função, requerendo um ajuste de 30% do seu salário.
Joana requereu adicional de periculosidade, indexou lados de ressonância magnética da coluna vertebral com diagnostico de doença degenerativa, cópia do cartão do plano odontológico, cópia da convenção coletiva vigente no ano de 2016 a 2018, em que consta a obrigação da empresa de fornecer a cesta básica aos seu colaboradores mensalmente e o circular da empresa que informa que todos os empregadores poderiam participar do culto ecumênico na empresa após o expediente.
II - Preliminar de inépcia relacionado ao pedido de adicional de periculosidade
Requer o reconhecimento da inépcia referente ao pedido de adicional de periculosidade, com a extinção do processo sem resolução do mérito, com fulcro nos artigo 330, §1°, inciso I, e do artigo 485 do Código de Processo Civil, tendo em vista que a reclamante não fundamentou a causa de pedir.
III - Prescrição Quinquenal 
Frisa-se que a reclamante trabalhou para a reclamada no período de 10/08/2018 a 29/09/2018. Ocorre que a presente reclamação trabalhista foi distribuída em 15/10/2018. 
A reclamada ressalta a prescrição quinquenal no lapso temporal supracitado, conforme preceitua o artigo 7°, inciso XXIX, da Constituição Federal, não podendo a reclamante requerer direitos a data anterior de 15/10/2013, em virtude do prazo de 5 (cinco) anos de que o empregado pode reclamar as verbas trabalhistas. 
Neste sentido é entendimento da súmula 308 do TST que “Respeitado o biênio subsequente à cessação contratual, a prescrição da ação trabalhista concerne às pretensões imediatamente anteriores a cinco anos, contados da data do ajuizamento da reclamação e, não, às anteriores ao quinquênio da data da extinção do contrato”.
Desta forma, requer-se o conhecimento da prescrição parcial.
IV – Da indenização por danos morais
A doença profissional é aquela desencadeada por exposição contínua a agente de risco, seja físico, químico ou outros, sendo adquirida pelo exercício de determinado trabalho. Ocorre que conforme a ressonância indexada a Reclamação Trabalhista, a reclamante foi diagnóstica com doença degenerativa.
Neste sentindo, o artigo 20, § 1° da Lei de n° 8.213 de 1991 regulamenta que a doença degenerativa não é considerada como doença de trabalho. Desta forma a doença degenerativa não se encaixa ao conceito de doença profissional e nem é classificada como doença de trabalho. 
Diante o exposto, requer-se o não conhecimento do pedido de indenização por danos morais.
V – Do plano odontológico
É de notório saber jurídico de que o salário utilidade ou salário in natura é aquele entendido como sendo parcela de vantagem fornecida pelo empregador como gratificação ao trabalho desenvolvido pelo empregado.
Ocorre que o artigo 452, §2° da CLT traz a ressalva de que a “assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde” não será considerada salário utilidade.
Desta forma, requer-se o não conhecimento do plano odontológico como fins de salário utilidade.
VI – Da cesta básica
Frisa-se de que a convecção coletiva indexada aos autos pela reclamante em que obriga a reclamada o dever de pagar uma cesta básica mensalmente vigorou no período de julho de 2016 a julho de 2018.
Ocorre que não foi entabulada nova convenção coletiva, portanto é vedada sua ultratividade. O artigo 614, §3° da CLT prevê que “Não será permitido estipular duração de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho superior a dois anos, sendo vedada a ultratividade”. 
Desta forma requer-se o não conhecimento do pagamento da cesta básica referente aos meses de agosto e setembro.
VII – Da prática religiosa
Conforme indexado pela reclamante, no circular da empresa estava expresso à faculdade dos empregados de participar do culto ecumênico após o expediente. Desta forma, percebe-se que o circular não é de cunho obrigatório.
Diante o exposto, requer-se que não seja conhecido o pedido de hora extra, uma vez que a empresa convidou que os empregados participassem voluntariamente das práticas religiosas que aconteciam dentro da empresa.
VIII – Da carta de demissão
A reclamada arguiu de que não houve nenhum tipo de coação para que a reclamante pedisse demissão, outrora o ônus de provar o vício de consentimento pertence a reclamante. O 818, inciso I da CLT e o artigo 373, inciso I, do Código de Processo Civil, prevê que “Art. 818.  O ônus da prova incumbe: I - ao reclamante, quanto ao fato constitutivo de seu direito.
IX – Do acúmulo de função
O artigo 456 da CLT prevê que: “A prova do contrato individual do trabalho será feita pelas anotações constantes da carteira profissional ou por instrumento escrito e suprida por todos os meios permitidos em direito”. Desta forma, o plus salarial é indevido, pois a função é compatível com a condição pessoal e profissional.
Diante o exposto, requer-se o não conhecimento do acúmulo de função.
X – Requerimentos finais
Diante o exposto requer-se o acolhimento da preliminares arguida e da prescrição parcial, ou no mérito a reclamação trabalhista ser julgada improcedente, condenando a reclamante o pagamento de custas judiciais.
XI – Das provas
Requer provar o alegado e todos os meios de provas admitidos no direito, inclusive a oitiva de testemunhas. 
Termos em que,
 Pede deferimento
Goiânia, 21 de setembro de 2020
Jessyca Lorrane G Oliveira Lorrane Santana Leão Lucas Veras da Silva
 OAB n° xxxxx OAB n° xxxxxx OAB n° xxxxxxx

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