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aposentadoria por invalidez

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APOSENTADORIA POR INVALIDEZ OU POR 
INCAPACIDADE PERMANENTE 
 
1) Denominação 
 
 A Lei nº 8.213/91 denominou o benefício decorrente da incapacidade 
laborativa total e permanente como aposentadoria por invalidez. 
 
 A Emenda Constitucional nº 103/2019 a denomina aposentadoria por 
incapacidade permanente, conforme a nova redação do art. 201, inc. I da 
CF. 
 
 Como a EC 103/2019 será regulamentada por lei, caberá a esta 
definir qual denominação será adotada. Por ora, trataremos do tema 
adotando a denominação prevista na Lei nº 8.213/91, ou seja, aposentadoria 
por invalidez. 
 
2) Conceito 
 
 A aposentadoria por invalidez pode ser conceituada como o 
benefício substituidor de renda, concedido ao segurado que for considerado 
como incapaz total e definitivamente para o trabalho e não tiver condições 
de ser reabilitado para o exercício de atividade que lhe garanta o seu 
sustento. 
 
 "A incapacidade que resulta na insuscetibilidade de reabilitação 
pode ser constatada de plano em algumas oportunidades, em face da 
gravidade das lesões à integridade física ou mental do indivíduo. Nem 
sempre, contudo, a incapacidade permanente é passível de verificação 
imediata. Assim, via de regra, concede-se inicialmente ao segurado o 
benefício por incapacidade temporária ― auxílio-doença ―e, 
posteriormente, concluindo-se pela impossibilidade de retorno à 
atividade laborativa, transforma-se o benefício inicial em 
aposentadoria por invalidez. Por este motivo, a lei menciona o fato de 
que o benefício é devido, estando ou não o segurado em gozo prévio de 
auxílio-doença."
1
 
 
3) Espécies 
 
 Existem duas espécies de aposentadoria por invalidez. A acidentária 
(B-92) e a previdenciária (B-32). 
 
1
 Carlos Alberto Pereira de Castro e João Batista Lazzari, Manual de Direito Previdenciário, 
LTr, 2002, 3ª ed., 2ª tiragem, pp. 463/464. 
 
 A aposentadoria por invalidez acidentária será concedida quando a 
incapacidade laborativa for decorrente de acidente do trabalho, doença 
profissional ou doença do trabalho. 
 
 A aposentadoria por invalidez previdenciária será concedida quando 
a incapacidade laborativa possuir outra origem. 
 
4) Evento determinante 
 
 O evento determinante é o acontecimento cuja ocorrência, em razão 
de previsão legal, dá direito ao segurado ou dependente de pleitear a 
concessão de um benefício. 
 
 O evento determinante para a concessão da aposentadoria por 
invalidez é a existência de incapacidade laborativa total e permanente. 
 
 A incapacidade total significa que o segurado está impossibilitado de 
exercer qualquer atividade que lhe garanta seu sustento, sendo irrelevante 
que tal atividade determine sua filiação a regime previdenciário diverso do 
geral. 
 
 A incapacidade permanente ... “deve ser entendida como aquela 
que não tem prognóstico de recuperação dentro de um prazo 
determinado, que não é possível prever, com precisão, a sua 
recuperação.... Essa é a razão pela qual a Lei fala que a aposentadoria 
por invalidez será paga enquanto o segurado estiver incapaz para o 
trabalho, denunciando a característica da provisoriedade desse 
benefício. Não se exige, portanto, para a concessão da aposentadoria 
por invalidez que a incapacidade para o trabalho seja definitiva, 
bastando que seja permanente” (Eduardo Rocha Dias e outro, Curso de 
Direito Previdenciário, pp. 236/237). 
 
 Sobre o evento determinante da aposentadoria por invalidez, a Turma 
Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais editou as 
seguintes súmulas: 
 
 a) Súmula 47: “Uma vez reconhecida a incapacidade parcial para o 
trabalho, o juiz deve analisar as condições pessoais e sociais do segurado 
para a concessão de aposentadoria por invalidez”; 
 
 b) Súmula 78: “Comprovado que o requerente de benefício é 
portador do vírus HIV, cabe ao julgador verificar as condições pessoais, 
sociais, econômicas e culturais de forma a analisar a incapacidade em 
sentido amplo, em face da elevada estigmatização social da doença”; 
 
c) Súmula n. 77 da TNU: “O julgador não é obrigado a analisar as 
condições pessoais e sociais quando não reconhecer a incapacidade do 
requerente para a sua atividade habitual.” 
 
O STJ também firmou orientação de que para a concessão de 
aposentadoria por invalidez, na hipótese em que o laudo pericial tenha 
concluído pela incapacidade parcial para o trabalho, devem ser 
considerados, além dos elementos previstos no art. 42 da Lei n. 8.213/1991, 
os aspectos socioeconômicos, profissionais e culturais do segurado (AgRg 
no AREsp 283.029-SP, 2ª Turma, Rel. Min. Humberto Martins, DJe de 
15.4.2013). 
 
 “Caso o segurado exerça diversas atividades, a incapacidade 
permanente para uma delas não trará direito à aposentação por 
invalidez, mas sim a pagamento de auxílio-doença, em razão desta 
atividade, até sua incapacidade completa, quando então será possível a 
concessão de aposentadoria por invalidez” (Fábio Zambitte Ibrahim, 
Curso ..., p. 468). 
 
“Ao segurado que desempenha mais de uma atividade abrangida 
pelo regime geral, quando a moléstia prejudica apenas o desempenho 
de uma delas, é devido o benefício apenas em relação à atividade cujo 
exercício ficou impossibilitado. Então, para a aferição da carência e do 
cálculo do benefício, serão consideradas apenas as contribuições 
relativas a essa atividade. Se a incapacidade se estender para as outras 
atividades, o valor do benefício será revisto, considerando-se os demais 
salários-de-contribuição” (Daniel Machado da Rocha e outro, 
Comentários ..., p. 261). 
 
5) Enfermidade preexistente à filiação 
 
A aposentadoria por invalidez não será devida ao segurado que, ao se 
filiar ao RGPS, já era portador da doença ou da lesão invocada como causa 
para concessão do benefício, exceto na hipótese de a incapacidade decorrer 
da progressão ou agravamento dessa doença ou lesão (art. 42, § 2º da Lei nº 
8.213/91). 
 
Trata-se de norma típica do direito securitário. Somente são 
indenizados os efeitos do evento ocorrido após o início da relação jurídica 
de seguro. Se o segurado já ingressa no seguro trazendo consigo o evento a 
ser coberto pela seguradora, não há que se falar em indenização. 
 
 
 
 Sobre o tema, a TNU editou a Súmula 53, com o seguinte enunciado: 
 
 “Não há direito a auxílio-doença ou a aposentadoria por 
invalidez quando a incapacidade para o trabalho é preexistente ao 
reingresso do segurado no Regime Geral de Previdência Social”. 
 
6) Beneficiários 
 
 Todos os segurados do RGPS têm direito à aposentadoria por 
invalidez previdenciária. Somente têm direito à aposentadoria por invalidez 
acidentária o segurado empregado, inclusive o doméstico, o trabalhador 
avulso e o segurado especial. 
 
7) Qualidade de segurado 
 
 Qualidade de segurado significa a condição jurídica de filiado ao 
RGPS. 
 
 A aposentadoria por invalidez exige qualidade de segurado para o 
beneficiário ter direito à sua concessão. 
 
8) Carência 
 
 A carência exigida para a aposentadoria por invalidez é de 12 
contribuições mensais (art. 25, inc. I, da Lei nº 8.213/91). 
 
 Se o segurado perder tal qualidade, as contribuições anteriores à data 
de tal ocorrência somente serão computadas para efeito de carência, na 
nova filiação à Previdência Social, depois que o segurado contar, no 
mínimo, com a metade do número de contribuições exigidas para o 
cumprimento da carência definida para o benefício a ser requerido (art. 27-
A da Lei nº 8.213/91). 
 
 Independerá de carência a concessão da aposentadoria por invalidez 
quando decorrer de acidente de qualquer natureza ou causa e de doença 
profissional ou do trabalho, bem como quando o segurado, após filiar-se ao 
RGPS, for acometido de alguma das doenças especificadas no art. 151 da 
Lei nº 8.213/91, consideradas como graves, contagiosas ou incuráveis. 
 
 Tais doençassão as seguintes: tuberculose ativa, hanseníase, 
alienação mental, esclerose múltipla, hepatopatia grave, neoplasia maligna, 
cegueira, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de 
Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estado 
avançado da doença de Paget (osteíte deformante), síndrome da deficiência 
imunológica adquirida (aids) ou contaminação por radiação, com base em 
conclusão da medicina especializada. 
 
9) Data de início do benefício 
 
 A aposentadoria por invalidez, quando decorrer de transformação de 
auxílio-doença, será devida a partir do dia imediato ao da cessação do 
auxílio-doença (art. 43, caput, da Lei nº 8.213/91). 
 
 Quando não decorrer de transformação de auxílio-doença, será 
devida (art. 43, § 1º, alíneas "a" e "b" e § 2º, da Lei nº 8.213/91): 
 
 a) ao segurado empregado, a contar do 16º dia de afastamento da 
atividade, ou a partir da data de entrada do requerimento, quando este 
ocorrer após 30 dias do afastamento. Os primeiros quinze dias de 
afastamento são de responsabilidade da empresa, que deverá pagar o salário 
respectivo; 
 
 b) aos demais segurados, a partir da data de início da incapacidade, 
quando o requerimento ocorrer até 30 dias da incapacidade, ou a partir da 
data do requerimento, quando este ocorrer após 30 dias da incapacidade. 
 
10) Salário de benefício 
 
 O salário de benefício corresponde à média aritmética simples dos 
salários de contribuição do segurado, integrantes do período básico de 
cálculo. O salário de benefício servirá de base para apuração do valor do 
benefício. 
 
 Após a promulgação da EC 103/2019, e até sua regulamentação por 
lei, o salário de benefício corresponde à média aritmética simples dos 
salários de contribuição atualizados monetariamente desde a competência 
julho/1994 ou desde o início da contribuição, se posterior àquela 
competência (art. 26, caput da EC 103/2019). 
 
 Poderão ser excluídas da média as contribuições que resultem em 
redução do valor do salário de benefício, desde que mantido o tempo 
mínimo de contribuição exigido, vedada a utilização do tempo excluído 
para qualquer finalidade, inclusive para o acréscimo no coeficiente de 
cálculo, para a averbação em outro regime previdenciário ou obtenção de 
proventos de inatividade como policial militar ou integrante das forças 
armadas. 
 
 
 
11) Renda mensal inicial 
 
 De acordo com a EC nº 103/2019, a renda mensal inicial da 
aposentadoria por invalidez corresponderá a 60% (sessenta por cento) do 
salário de benefício, com acréscimo de 2 pontos percentuais para cada ano 
de contribuição que exceder o tempo de 20 anos de contribuição, no caso 
dos homens, e dos 15 anos, no caso das mulheres. 
 
 Exemplos: 
 
 a) segurado homem: 
 a.1) 20 anos de contribuição: 60% do salário de benefício; 
 a.2) 30 anos de contribuição: 80% do salário de benefício; 
 a.3) 40 anos de contribuição: 100% do salário de benefício. 
 
 b) segurada mulher: 
 b.1) 15 anos de contribuição: 60% do salário de benefício; 
 b.2) 25 anos de contribuição: 80% do salário de benefício; 
 b.3) 35 anos de contribuição: 100% do salário de benefíio. 
 
 Caso a aposentadoria por invalidez possua natureza acidentária, ou 
seja, decorra de acidente do trabalho, doença profissional ou doença do 
trabalho, a renda mensal inicial corresponderá a 100% do salário de 
benefício. 
 
 De acordo com as regras estabelecidas pela EC nº 103/2019, a renda 
mensal inicial da aposentadoria por invalidez previdenciária, na maioria 
dos casos, terá valor inferior à renda mensal inicial do auxílio-doença 
concedido anteriormente. 
 
 Caso o segurado necessite do auxílio permanente de outra pessoa, a 
renda mensal inicial do benefício terá um acréscimo de 25% (vinte e cinco 
por cento), conforme do disposto no art. 45, caput, da Lei nº 8.213/91. 
 
 Tal acréscimo será devido ainda que a renda mensal do benefício 
atinja o limite máximo do salário de contribuição (teto), será sempre 
recalculado quando a renda mensal do benefício for reajustada e cessará 
com a morte do segurado, não se incorporando ao valor da pensão. 
 
 As situações que ensejam o direito a esse acréscimo estão descritas 
no Anexo I, do Decreto nº 3.048/99 (Regulamento da Previdência Social) e 
são as seguintes: 
 
 a) cegueira total; 
 b) perda de nove dedos das mãos ou superior a esta; 
 c) paralisia dos dois membros superiores ou inferiores; 
 d) perda dos membros inferiores, acima dos pés, quando a prótese for 
impossível; 
 e) perda de uma das mãos e de dois pés, ainda que a prótese seja 
possível; 
 f) perda de um membro superior e outro inferior, quando a prótese 
for impossível; 
 g) alteração das faculdades mentais com grave perturbação da vida 
orgânica e social; 
 h) doença que exija permanência contínua no leito; 
 i) incapacidade permanente para as atividades da vida diária. 
 
 Para o segurado especial que não tenha optado por contribuir 
facultativamente sobre o salário-de-contribuição, na forma do art. 25, § 1º 
da Lei nº 8.212/91, o valor da renda mensal inicial da aposentadoria por 
invalidez corresponderá a um salário mínimo. 
 
12) Submissão obrigatória a exames periódicos 
 
 O segurado aposentado por invalidez poderá ser convocado a 
qualquer momento para avaliação das condições que ensejaram o 
afastamento ou a aposentadoria, observado o disposto no art. 101 da Lei nº 
8.213/91. 
 
 O art. 101 da Lei nº 8.213/91 estabelece que o segurado em gozo de 
aposentadoria por invalidez está obrigado, sob pena de suspensão do 
benefício, a submeter-se a exame médico a cargo da Previdência Social, 
processo de reabilitação profissional por ela prescrito e custeado, e 
tratamento dispensado gratuitamente, exceto o cirúrgico e a transfusão de 
sangue, que são facultativos. 
 
 De acordo com o art. 46 do Decreto nº 3.048/99, a periodicidade da 
submissão do aposentado à perícia é bienal. 
 
 A pessoa com HIV/AIDS é dispensada dessa avaliação. 
 
 O aposentado por invalidez que não tenha retornado à atividade 
estará isento do exame: 
 
 a) após completar cinquenta e cinco anos ou mais de idade e quando 
decorridos quinze anos da data da concessão da aposentadoria por invalidez 
ou do auxílio-doença que a precedeu; ou 
 
 b) após completar sessenta anos de idade. 
 
 Essa isenção não se aplica quando o exame tem as seguintes 
finalidades: 
 
a) verificar a necessidade de assistência permanente de outra pessoa 
para a concessão do acréscimo de 25% (vinte e cinco por cento) sobre o 
valor do benefício; 
 
b) verificar a recuperação da capacidade de trabalho, mediante 
solicitação do aposentado ou pensionista que se julgar apto; 
 
 c) subsidiar autoridade judiciária na concessão de curatela, conforme 
dispõe o art. 110 da Lei nº 8.213/91. 
 
A perícia de que trata este artigo terá acesso aos prontuários médicos 
do periciado no Sistema Único de Saúde (SUS), desde que haja a prévia 
anuência do periciado e seja garantido o sigilo sobre os dados dele. 
 
É assegurado o atendimento domiciliar e hospitalar pela perícia 
médica e social do INSS ao segurado com dificuldades de locomoção, 
quando seu deslocamento, em razão de sua limitação funcional e de 
condições de acessibilidade, imponha-lhe ônus desproporcional e indevido, 
nos termos do regulamento. 
 
13) Hipóteses de extinção 
 
 Constituem hipóteses de extinção da aposentadoria por invalidez: 
 
a) a recuperação da capacidade laborativa do segurado, 
observado o disposto no art. 47, incisos e alíneas da Lei nº 8.213/91; 
 
b) o retorno voluntário do segurado ao trabalho, hipótese em que o 
benefício será cessado a partir da data do retorno; 
 
c) a concordância do INSS ao pedido de retorno à atividade laboral, 
formalizado pelo segurado; 
 
d) a morte do segurado. 
 
14) Efeitos da recuperação da capacidade de trabalho 
 
 A aposentadoriapor invalidez não é concedida em caráter 
irrevogável. Como a incapacidade para o trabalho pode deixar de existir, 
em face de uma série de fatores, a lei prevê a possibilidade de cessação do 
pagamento quando ocorrer o retorno ao trabalho. 
 
 A aposentadoria por invalidez suspende o contrato de trabalho (CLT, 
art. 475) e cessa com a recuperação da capacidade de trabalho. Por isso, o 
aposentado por invalidez que retornar voluntariamente à atividade terá sua 
aposentadoria automaticamente cancelada, a partir da data do retorno – art. 
46 da Lei nº 8.213/91. 
 
 Aos empregados aplicam-se as regras do art. 475 da Consolidação 
das Leis do Trabalho. Para isso, o INSS emitirá certificado de capacidade 
para o empregado postular seu emprego de volta. Segundo este artigo da 
Consolidação, o empregado que for aposentado por invalidez, recuperando 
a capacidade de trabalho e sendo a aposentadoria cancelada, terá direito a 
retornar para a função que ocupava ao tempo da aposentadoria, facultado, 
porém, ao empregador o direito de indenizá-lo em resilição contratual sem 
justa causa, salvo na hipótese de ser o empregado portador de estabilidade, 
quando esta deverá ser respeitada. 
 
 Súmula nº 160 do TST: “Cancelada a aposentadoria por invalidez, 
mesmo após cinco anos, o trabalhador terá direito de retornar ao emprego, 
facultado, porém, ao empregador, indenizá-lo na forma da lei.” 
 
 Ante a inaplicabilidade dos arts. 477, 478 e 497 da Consolidação das 
Leis do Trabalho, a partir da adoção do FGTS como regime único de 
proteção do emprego contra a despedida imotivada, há que se interpretar 
que o empregador que desejar dispensar o empregado não estável pagará a 
indenização compensatória da dispensa imotivada igual a 40% do montante 
dos depósitos do FGTS devidos no curso do contrato de trabalho e, no caso 
de estável, pagará a indenização equivalente ao período de garantia de 
emprego, mais a indenização de 40% do FGTS. 
 
 O aposentado por invalidez que se julgar apto a retornar à atividade 
deve solicitar a realização de nova avaliação médico-pericial. 
 
 “Muito embora a concessão da prestação reclame um 
prognóstico negativo, ou seja, a improbabilidade de que o aposentado 
possa alcançar a cura, vindo esta a ser constatada, não há razão para 
que continue a receber proventos desta prestação. A lei, todavia, impõe 
ao INSS a obrigatoriedade de expedir um documento denominado 
‘Certificado de Capacidade’, a fim de que o segurado aposentado por 
invalidez cujo contrato foi interrompido, possa retornar à mesma 
função que exercia na sua empresa antes do evento indesejado” (Daniel 
Machado da Rocha e outro, Comentários ..., p. 207). 
 
 As demais hipóteses de cessação do benefício observam o disposto 
no art. 47, incisos e alíneas da Lei nº 8.213/91, transcritos abaixo: 
 
 “Art. 47. Verificada a recuperação da capacidade de trabalho do 
aposentado por invalidez, será observado o seguinte procedimento: 
 
 I - quando a recuperação ocorrer dentro de 5 (cinco) anos, 
contados da data do início da aposentadoria por invalidez ou do 
auxílio-doença que a antecedeu sem interrupção, o benefício cessará: 
 
 a) de imediato, para o segurado empregado que tiver direito a 
retornar à função que desempenhava na empresa quando se 
aposentou, na forma da legislação trabalhista, valendo como 
documento, para tal fim, o certificado de capacidade fornecido pela 
Previdência Social; ou 
 
 b) após tantos meses quantos forem os anos de duração do auxílio-
doença ou da aposentadoria por invalidez, para os demais segurados; 
 
 II - quando a recuperação for parcial, ou ocorrer após o período 
do inciso I, ou ainda quando o segurado for declarado apto para o 
exercício de trabalho diverso do qual habitualmente exercia, a 
aposentadoria será mantida, sem prejuízo da volta à atividade: 
 
 a) no seu valor integral, durante 6 (seis) meses contados da data 
em que for verificada a recuperação da capacidade; 
 
 b) com redução de 50% (cinqüenta por cento), no período seguinte 
de 6 (seis) meses; 
 
 c) com redução de 75% (setenta e cinco por cento), também por 
igual período de 6 (seis) meses, ao término do qual cessará 
definitivamente.”

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