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Por: Tatyane Ferreira Referência: Terapêutica medicamentosa em odontologia, 3ºed, Eduardo Andrade PROTOCOLOS DE FÁRMACOS Por: Tatyane Ferreira Referência: Terapêutica medicamentosa em odontologia, 3ºed, Eduardo Andrade PROTOCOLO DE SEDAÇÃO Por: Tatyane Ferreira Referência: Terapêutica medicamentosa em odontologia, 3ºed, Eduardo Andrade PROTOCOLO DE SEDAÇÃO ➢ Odontopediatria Menor complexidade (desconforto e dor): Via oral Midazolam 0,25 – 0,5 mg/kg 30 minutos antes • 0,3mg/kg mostra ser eficaz, sendo mostrados após 45-60min • Duração e ação 2-4h Diazepam 0,2 – 0,5 mg/kg 60 minutos antes • Desvantagem: 6-8h de duração de ação Cálculo: Criança- 30kg midazolam 0,5 mg/kg 30kg x 0,5mg/kg = 7,5 mg de midazolam OBS: Apesar da recomendação de não se cortar ao meio ou triturar o comprimido, não há outra maneira de administrar o midazolam para crianças. Assim, o comprimido de 7,5 mg deve ser triturado cuidadosamente, misturado a uma solução adocicada (refrigerantes, sucos) e administrado 30 min antes da intervenção. Não misturar com sucos de frutas cítricas. Maior complexidade (dor intensa, edema e limitação da função, ex: cirurgia de dente incluso): Via oral, 30 minutos antes: Midazolam 0,25 – 0,5 mg/kg associado com betametasona Inalação óxido nitroso e oxigênio ➢ Adultos e Jovens OBS: Preferência Midazolam Midazolam 7,5- 15 mg (tomar 30 minutos antes) Diazepam 5 – 10 mg (60minutos antes) Lorazepam 1 – 2 mg (2hrs antes) Alprazolam 0,5 – 0,75 mg 45 (60 minutos antes) Por: Tatyane Ferreira Referência: Terapêutica medicamentosa em odontologia, 3ºed, Eduardo Andrade PROTOCOLO DE SEDAÇÃO ➢ Idoso ✓ Nos idosos, a eliminação de certos medicamentos pela urina pode ser prejudicada, por apresentarem a função renal diminuída. Isso justifica o emprego de doses menores de benzodiazepínicos em idosos (p. ex., lorazepam), para se evitar a maior duração de seus efeitos. OBS: Preferência lorazepam cuja meia-vida plasmática é intermediária entre o triazolam e o diazepam. Além disso, tem a vantagem de produzir menor incidência de efeitos paradoxais. Lorazepam 1mg -tomar 2 hrs antes Diazepam 5mg – 60 minutos antes Alprazolam 0,25-0,5 mg – 45-60 minutos antes Midazolam 7,5 mg – 30 minutos antes ➢ Gestante 1º - Tranquilização não farmacológica (ex. verbal) Benzodiazepínicos – risco D fetal (lábio leporino e/ou fenda palatina) 2º - Sedação inalatória óxido nitroso e oxigênio 3º agonista de receptores de benzodiazepínicos (Zaleplon, zolpidem, zopiclona) sem evidência de teratogênicos. OBS: caso a sedação mínima por meios farmacológicos seja imperativa, sugere-se a prévia troca de informações com o médico obstetra. ➢ Diabético midazolam, alprazolam, Diazepam ou lorazepam (nos idosos), nas mesmas dosagens empregadas para pacientes normais (ASA I). A sedação inalatória com a mistura dos gases óxido nitroso e oxigênio é outra boa opção, pela segurança, rapidez e previsibilidade de sedação. OBS: o uso de um benzodiazepínico deve ser considerado como medicação pré-operatória, para se evitar o aumento da glicemia por condições emocionais. ➢ Asmático Via respiratória – inalação da mistura de N2O/O2 Evitar em pacientes com asma severa persistente Via oral Midazolam 7,5 mg 20-30 min antes do procedimento ou Lorazepam 1 mg (para idosos) 2 h antes do procedimento Por: Tatyane Ferreira Referência: Terapêutica medicamentosa em odontologia, 3ºed, Eduardo Andrade PROTOCOLO DE ANALGÉSICO Por: Tatyane Ferreira Referência: Terapêutica medicamentosa em odontologia, 3ºed, Eduardo Andrade PROTOCOLO ANALGÉSICO ➢ ODONTOPEDIATRIA DOR LEVE A MODERADA Dipirona 15mg/kg a cada 4h (não excedendo 4 doses diárias) • Geralmente se emprega a solução oral “gotas”, na razão de ½ gota para cada kg de peso corporal, até a quantidade máxima de 20 gotas. Como a solução de dipirona tem sabor amargo, ela pode ser diluída numa pequena quantidade de suco de frutas. Paracetamol 10-15 mg/kg/dose, com intervalos de 6 h entre as doses • Geralmente se emprega a solução oral “gotas”, na razão de 1 gota/kg de peso corporal, até a quantidade máxima de 35 gotas. Não exceder a cinco administrações, em doses fracionadas, em um período de 24 h, pois doses excessivas de paracetamol podem provocar dano hepático. Ibuprofeno 50 mg/mL, com cada mL contendo 50 mg de ibuprofeno (cada gota corresponde a 5 mg). • A regra prática para crianças é de 1 gota/kg de peso, em intervalos de 6-8 h. Crianças > 30 kg não devem exceder à dose máxima de 40 gotas (200 mg). Procedimentos eletivos ✓ Intervenções de menor complexidade Medicação pós-operatória: administrar a primeira dose de dipirona solução oral “gotas” (½ gota por kg de peso) ou paracetamol solução oral “gotas” (1 gota por kg/peso) logo após a intervenção, ainda no ambiente do consultório. Prescrever as doses de manutenção com intervalos de 4 h para a dipirona e 6 h para o paracetamol, por um período de 24 h pós-operatórias. Caso a dor persista, o responsável deve entrar em contato para novas orientações. ✓ Intervenções de maior complexidade Medicação pré-operatória • Para prevenção da hiperalgesia e controle do edema pós-operatório, administrar betametasona solução oral “gotas” (0,5 mg/mL), na dosagem de 0,025-0,05 mg/kg de peso corporal, em dose única, 30 min antes do procedimento. Como regra prática, empregar 1-2 gotas da solução/kg de peso corporal, de acordo com o tipo de intervenção. • Como alternativa ao uso da betametasona, prescrever ibuprofeno solução oral “gotas” (100 mg/mL). Adotar a regra prática de 1 gota/kg de peso corporal, iniciando logo após o término da intervenção (analgesia preventiva). Crianças > 30 kg não devem exceder à dose máxima de 20 gotas (200 mg). Medicação pós-operatória: dipirona solução oral “gotas” (½ gota por kg de peso). Administrar a primeira dose logo após o término da intervenção. Prescrever as doses de manutenção com intervalos de 4 h. Como alternativa à dipirona, ibuprofeno solução oral “gotas” 50 mg/mL (1 gota por kg/peso) em intervalos de 6-8 h. Caso a dor persista, orientar a mãe ou responsável para que entre em contato e receba novas orientações. Por: Tatyane Ferreira Referência: Terapêutica medicamentosa em odontologia, 3ºed, Eduardo Andrade PROTOCOLO ANALGÉSICO ➢ Adultos e Jovens *Nomes genéricos, doses e intervalos usuais, para adultos, dos analgésicos mais empregados na clínica odontológica. Dipirona 500mg a 1g a cada 4 h Paracetamol 500-750 mg a cada 6h Ibuprofeno 200mg a cada 6h Paracetamol 500mg associado à codeína 30 mg a cada 6h Tramadol 50mg a cada 8h ➢ Diabéticos Desconforto ou dor de intensidade leve: a dipirona ou o paracetamol são indicados nas dosagens e posologias habituais. intervenções odontológicas mais invasivas, geralmente associadas com dor de maior grau de intensidade e edema, uma a duas doses de dexametasona ou betametasona podem ser utilizadas com segurança nos pacientes diabéticos com a doença controlada. ➢ Gestante Qualquer período de gestação: Paracetamol (risco B) de 500-750mg a cada 6h – respeitando o limite de 3 doses diárias A dipirona sódica não deve ser utilizada durante os três últimos meses de gravidez, visto que, embora seja uma fraca inibidora da síntese de prostaglandinas, a possibilidade de fechamento prematuro do ducto arterial e de complicações perinatais devido ao prejuízo da agregação plaquetária da mãe e do recém-nascido não pode ser excluída Os analgésicos opioides (p. ex., tramadol, codeína) são classificados nas categorias C ou D, devendo ser evitados,pois sua administração em altas doses (ou uso prolongado) está associada a anomalias congênitas e depressão respiratória. ➢ Asmático Dipirona 500 mg ou Paracetamol 750 mg (a cada 4 h) (a cada 6 h) *Atenção: a solução oral “gotas” de paracetamol contém metabissulfito de sódio em sua composição ➢ Odontopediatria Doses pediátricas: regra prática • Dipirona (solucao oral “gotas” com 500 mg/ mL): 0,5-1 gota/kg/peso • Paracetamol (solucao oral “gotas” com 200mg/mL): 1 gota/kg/peso • Ibuprofeno (solucao oral “gotas” com 50 mg/mL): 1 gota/kg/peso • Codeina e tramadol: nao sao recomendados para uso em criancas Por: Tatyane Ferreira Referência: Terapêutica medicamentosa em odontologia, 3ºed, Eduardo Andrade PROTOCOLO DE ANESTESIA Por: Tatyane Ferreira Referência: Terapêutica medicamentosa em odontologia, 3ºed, Eduardo Andrade PROTOCOLO DE ANESTESIA ➢ ODONTOPEDIATRIA • Empregar anestésico tópico antes da injeção Lidocaína 2% epinefrina 1:100.000 Lidocaína 2% epinefrina 1:200.000 Contraindicado para menores de 4 anos (trauma por mordedura) Articaina 4% epinefrina 1:100.000 Articaina 4% epinefrina 1:200.000 epinefrina contraindicada (Alergia a sulfitos) Prilocaína 3% felipressina 0,03 UI/mL Não é contraindicado, mas há risco maior risco de toxicidade (metabolização lenta) Mepivacaína 2% epinefrina 1:100.000 Mepivacaína 3% sem vasoconstritor • Dose máxima: - Prilocaína 3% felipressina 0,03 UI/mL = 6mg/kg - Articaina 4% epinefrina 1:100.000 ou 1:200.000 = 7mg/kg - Lidocaína 2% epinefrina 1:100.000 ou 1:200.000 = 4,4 mg/kg ➢ Doença Cardíaca Isquêmica Bloqueios regionais Lidocaína 2% epinefrina 1:200.000 Prilocaína 3% felipressina 0,03 UI Infiltrativa Articaina 4% epinefrina 1:200.000 Por: Tatyane Ferreira Referência: Terapêutica medicamentosa em odontologia, 3ºed, Eduardo Andrade PROTOCOLO DE ANESTESIA ➢ Hipertensão Arterial ASA I: Sistólica 140-159 Diastólica 90-99 E pressão arterial controlada ou até 160/100mg no dia da consulta Medicação pré-anestésica (evita aumento da P.A por emoção) Prescrever um BDZ (exemplo: midazolam 7,5 mg) Anestesia – preferência menor concentração de vasoconstritor Prilocaína 3% felipressina 0,03 UI/mL (no máximo 3 tubetes) Lidocaína 2% epinefrina 1:100.000 (no máximo 2 tubetes) Lidocaína 2% epinefrina 1:200.000 (no máximo 4 tubetes) Articaina 4% epinefrina 1:100.000 (no máximo 2 tubetes) Articaina 4% epinefrina 1:200.000 (no máximo 4 tubetes) ASA II: Sistólica maior ou igual 160 e menor ou igual 180 Diastólica maior ou igual 100 menor e igual 110 *OBS: Só atender urgências Prilocaína 3% felipressina 0,03 UI/mL (no máximo 2-3 tubetes) ➢ Gestante Normal/ hipertensão controlada/ diabete controlada Lidocaína 2% epinefrina 1:100.000 Lidocaína 2% epinefrina 1:200.000 História de anemia Lidocaína 2% epinefrina 1:100.000 Lidocaína 2% epinefrina 1:200.000 Hipertensão descontrolada Prilocaína 3% felipressina 0,03 UI/mL (preferência) Mepivacaina 3% sem vasoconstritor Hipertensão descontrolada e história de anemia Mepivacaína 3% sem vasoconstritor *Dose máxima: 2 tubetes (3,6mL) por sessão independente da solução anestésica. Obs: sempre que possível, as soluções anestésicas para uso em gestantes devem conter um vasoconstritor em sua composição, com o objetivo de retardar a absorção do sal anestésico para a corrente sanguínea, aumentando o tempo de duração da anestesia e reduzindo o risco de toxicidade à mãe e ao feto Por: Tatyane Ferreira Referência: Terapêutica medicamentosa em odontologia, 3ºed, Eduardo Andrade PROTOCOLO DE ANESTESIA ➢ Diabético pode-se sugerir que as soluções anestésicas locais que contêm epinefrina podem ser empregadas em diabéticos dependentes ou não de insulina, em qualquer procedimento odontológico eletivo (cirúrgico ou não), obedecendo-se às doses máximas recomendadas para cada anestésico, além do cuidado de se fazer injeção lenta após aspiração negativa. ➢ Asmático Lidocaína 2%, Mepivacaína 2% ou Articaína 4% com epinefrina 1:100.000 ou 1:200.000 história de alergia aos sulfitos: Prilocaína 3% com felipressina 0,03 UI/mL Por: Tatyane Ferreira Referência: Terapêutica medicamentosa em odontologia, 3ºed, Eduardo Andrade PROTOCOLO DE ANTIBIÓTICO Por: Tatyane Ferreira Referência: Terapêutica medicamentosa em odontologia, 3ºed, Eduardo Andrade PROTOCOLO DE ANTIBIÓTICO ✓ É preferível que os antibióticos sejam tomados 1 h antes ou 2 h após as grandes refeições, pois, se não há nada no estômago, a passagem do medicamento para o intestino é mais rápida e sua absorção, acelerada (o duodeno é o principal local de absorção de fármacos). Apesar de haver maior proteção à mucosa gástrica quando o estômago está cheio, o bolo alimentar diminui o contato da parede estomacal com o fármaco, reduzindo sua passagem para o intestino e, consequentemente, seu grau de absorção. ➢ ADULTO Antibiótico Dose de manutenção Intervalo usual Penicilina V 500 mg 6 h Ampicilina 500 mg 6 h Amoxicilina 500 mg 8 h Amoxicilina 875 mg 12h Metronidazol 250mg 8 h Metronidazol 400mg 12h Amocixilina + clavulanato K 500mg+ 125mg 8h Cefalexina 500 mg 6h Eritromicina 500 mg 6h Claritromicina 500 mg 12h Azitromicina 500 mg 24 h Clindamicina 300mg 8h ➢ ODONTOPEDIATRIA *Duração dos antibióticos: Inicialmente por 3 dias acompanhando o quadro a cada 24horas. Antes de completar 72hrs fazer uma reavaliação clínica e decidir se mantém ou não. Profilaxia de endocardite: Amoxicilina 50mg/kg via oral 1hora antes do procedimento Penicilina V 50mg/kg via oral 1hora antes do procedimento Ampicilina 50mg/kg via oral 1hora antes do procedimento Alergia a penicilina Cefalexina 50mg/kg via oral 1 hora antes do procedimento Cefradoxil 50mg/kg via oral 1 hora antes do procedimento Claritromicina 15mg/kg via oral 1 hora antes do procedimento Azitromicina 15mg/kg via oral 1 hora antes do procedimento Criança incapaz de realizar via oral Ampicilina 50mg/kg via IM ou IV 30 minutos antes do procedimento Alergia a penicilina e incapaz de realizar via oral Cefazolina 25 mg/kg por via IM ou IV 30 minutos antes do procedimento Clindamicina 20 mg/kg por via IV 30 minutos antes do procedimento Por: Tatyane Ferreira Referência: Terapêutica medicamentosa em odontologia, 3ºed, Eduardo Andrade PROTOCOLO DE ANTIBIÓTICO Infecções em fase inicial: Dose de ataque: Amoxicilina 30-40 mg/kg antes da anestesia Penicilina V 30-40 mg/kg antes da anestesia Dose de manutenção: Amoxicilina 15-20 mg/kg a cada 8 horas Penicilina V 15 mg/kg a cada 6 horas Alergia a penicilina Dose de ataque: Eritromicina na forma de estearato 20mg/kg Dose de manutenção: Eritromicina na forma de estearato 10mg/kg a cada 6 horas Infecções em fase mais avançada: Dose de ataque: Amoxicilina 30-40 mg/kg antes da anestesia Dose de manutenção: Amoxicilina 15-20 mg/kg a cada 8 horas associado com benzoilmetronidazol 7,5mg/kg a cada 8 horas Alergia a penicilina Dose de ataque: Claritromicina 15 mg/kg Azitromicina 20mg/kg Dose de manutenção: Claritromicina 7,5mg/kg a cada 12 horas Azitroomicina 10mg/kg a cada 24 horas ➢ Gestante As penicilinas (penicilina V ou amoxicilina) são os antibióticos de primeira escolha, nas dosagens e posologias habituais. Mais uma vez, deve-se ressaltar que as penicilinas são praticamente atóxicas, por agirem numa estrutura que somente as bactérias possuem (parede celular), não causando danos ao organismo materno e ao feto. Alergiaàs penicilinas, deve-se optar pela eritromicina, preferencialmente sob a forma de estearato, ao invés de estolato, já que esta última apresenta um maior potencial hepatotóxico. tratamento de infecções em fases mais avançadas, quando invariavelmente predominam bactérias anaeróbias gram- negativas, pode-se associar o metronidazol (risco fetal B) à amoxicilina, nas dosagens habituais. Reserva-se a clindamicina (risco B) para gestantes alérgicas às penicilinas OBS: As tetraciclinas (categoria D) têm seu uso contraindicado durante a gestação. Isso porque são capazes de se ligar à hidroxiapatita e provocar uma coloração acastanhada dos dentes, assim como hipoplasia do esmalte, inibição do crescimento ósseo e outras anormalidades esqueléticas ➢ Diabético Quando a profilaxia antibiótica for indicada, recomenda-se o regime de dose única de amoxicilina 1 g (claritromicina 500 mg ou clindamicina 600 mg aos alérgicos às penicilinas), 1 h antes do início da intervenção. Já as infecções bacterianas bucais previamente existentes, em diabéticos, devem ser tratadas de forma agressiva, pois a relação entre DM e infecção é bidirecional. A antibioticoterapia, por sua vez, também não difere daquela preconizada para os pacientes ASA I, sendo empregados os mesmos grupos de antibióticos, dosagens, posologia e duração do tratamento. Por: Tatyane Ferreira Referência: Terapêutica medicamentosa em odontologia, 3ºed, Eduardo Andrade PROTOCOLO DE ANTIINFLAMATÓRIO Por: Tatyane Ferreira Referência: Terapêutica medicamentosa em odontologia, 3ºed, Eduardo Andrade PROTOCOLO DE ANTIINFLAMATÓRIO ➢ Diabéticos ✓ A ação hipoglicêmica da Clorpropamida (antidiabético oral) pode ser potencializada por fármacos de alta ligação proteica, como é o caso de alguns anti-inflamatórios não esteroides. os AINEs podem competir com os hipoglicemiantes orais pelos mesmos sítios de ligação às proteínas plasmáticas, deslocando-os e deixando-os na forma livre, o que aumentará o efeito farmacológico das sulfonilureias e proporcionará um quadro de hipoglicemia. Em termos práticos, quando houver indicação do uso dos AINEs em diabéticos, é recomendável que o cirurgião-dentista somente os prescreva após trocar informações com o médico que atende o paciente. ➢ Gestante Quando houver necessidade do uso de um anti-inflamatório, empregar a dexametasona ou betametasona, em dose única de 2-4 mg, pois há evidências de que os corticosteroides (categoria C) não apresentam riscos de teratogenicidade em humanos Obs: A aspirina e os anti-inflamatórios não esteroides (categorias C ou D) também devem ser evitados, principalmente no último mês de gestação, pela possibilidade de prolongamento do trabalho de parto, sangramento materno, fetal ou neonatal, fechamento prematuro do ducto arterial do feto, além de alterações na circulação pulmonar e redução do fluxo sanguíneo renal.1 ➢ Asmático Betametasona ou Dexametasona 4 mg em dose única 1 h antes do procedimento ➢ Odontopediatria A Anvisa determinou que todo medicamento que contenha diclofenaco sódico ou potássico, seja qual for a forma farmacêutica, é contraindicado em crianças < 14 anos, exceto em caso de artrite juvenil crônica. O produtor de nimesulida, em maio de 2005, desaconselhando seu uso em crianças < 12 anos, devido ao relato de dois episódios de síndrome de Reye em Portugal, possivelmente associados ao seu uso. os AINEs devem ser prescritos para crianças e adolescentes apenas quando apresentarem sintomas refratários ao uso de dipirona ou paracetamol, ou caso se trate de doenças reumatológicas crônicas como artrite juvenil ou febre reumática. Em cirurgias mais invasivas, como a remoção de dentes inclusos ou supranumerários, quando a intensidade da dor e o edema são mais pronunciados, dá-se preferência ao uso dos corticosteroides (betametasona ou dexametasona) por via oral, em dose única pré-operatória, complementado pelo uso de um analgésico após a intervenção. Como alternativa aos corticosteroides, optar pelo ibuprofeno, o único anti-inflamatório não esteroide aprovado para uso em criancas, de acordo com o FDA (Food and Drug Administration), órgão que regulamenta o uso de medicamentos nos Estados Unidos. Por: Tatyane Ferreira Referência: Terapêutica medicamentosa em odontologia, 3ºed, Eduardo Andrade PROTOCOLO DE ANTIINFLAMATÓRIO ➢ Adulto Duracao do tratamento com os AINEs deve ser estabelecida por um periodo maximo de 48 a 72 h. Se o paciente acusar dor intensa e exacerbacao do edema apos esse periodo, o profissional devera suspeitar de alguma complicacao de ordem local e agendar uma nova consulta para reavaliar o quadro clinico.8 Portanto, nos procedimentos odontológicos cirurgicos eletivos ou nos casos de dor ja instalada (desde que a causa tenha sido removida), nao há evidencias cientificas que justifiquem a prescrição dos AINEs de forma cronica (4, 5 dias ou mais), como muitos dentistas ainda fazem. * dexametasona ou a betametasona sao os farmacos de escolha, pela maior potencia anti- inflamatoria e duracao de acao, o que permite muitas vezes seu emprego em dose única ou por tempo muito restrito. * o regime analgesico mais adequado para empregar os corticosteroides e o de analgesia preemptiva (introduzido antes da lesão tecidual). Em adultos, essa dose e, em geral, de 4 a 8 mg, administrada 1 h antes do inicio da intervencao. Em criancas, no caso de intervencoes mais invasivas, emprega-se a solucao oral “gotas” de betametasona (0,5 mg/mL), obedecendo a regra pratica de 1 gota/kg/peso corporal, em dose unica, 1 h antes do procedimento. * Sao contraindicacoes absolutas ao uso dos corticosteroides: pacientes portadores de doencas fúngicas sistemicas, herpes simples ocular, doencas psicoticas, tuberculose ativa ou os que apresentam historia de alergia aos farmacos deste grupo Por: Tatyane Ferreira Referência: Terapêutica medicamentosa em odontologia, 3ºed, Eduardo Andrade
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