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Os Sistemas Genitais Masculino e Feminino: Conceitos e Morfologia.

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO TRIANGULO - UNITRI/MG
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA
BRENDA LORRANA SIMEÃO DE ROMA
LAURA NAYARA ALVES
Os Sistemas Genitais Masculino e Feminino: Conceitos e Morfologia.
.
UBERLÂNDIA
JUN/ 2017
BRENDA LORRANA SIMEÃO DE ROMA
LAURA NAYARA ALVES
Os Sistemas Genitais Masculino e Feminino: Conceitos e Morfologia.
Esta produção textual tem como finalidade obtenção de nota parcial em ANATOMIA BÁSICA do primeiro período do Curso Superior de Bacharelado em Odontologia do Centro Universitário do Triangulo (UNITRI) de Uberlândia, MG.
Orientado por: Daniel Pinheiro
UBERLÂNDIA
JUN/ 2017
RESUMO
Este trabalho enfoca o estudo dos sistemas genitais tanto masculinos quanto femininos, apontando suas características, morfologia e conceitos. Nosso objetivo geral foi compreensão e demonstração dos mesmos através da linguagem visual e textual.
Palavras-chave: Sistemas Genitais; Órgãos Genitais; Genital Masculino; Genital Feminino.
ABSTRACT
This work focuses on the study of both male and female genital systems, pointing out their characteristics, morphology and concepts. Our general objective was to understand and demonstrate them through visual and textual language.
Keywords: Genital Systems; Genital Organs; Female Genital; Female Genitalia
1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como objetivo estudar os sistemas genitais masculinos e femininos. O sistema genital, também chamado de reprodutor, é formado por órgãos encontrados tanto dentro quanto fora do corpo. Somos pertencentes à espécie dioica (do grego oikos, que significa casa) àquela em que os sexos se encontram separados em indivíduos diferentes constituindo assim o aparelho genital masculino e feminino. Estes indivíduos dizem-se unissexuados. Secundariamente, muitas vezes por razões teratogênicas, alguns indivíduos duma espécie dioica podem apresentar, em maior ou menor grau, órgãos sexuais dos dois sexos, chamados assim hermafroditas. O sistema genital/reprodutor, é o responsável pela micção e reprodução, consequentemente, permite a manutenção da espécie humana. 
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Os órgãos do sistema genital masculino são os testículos, um sistema de ductos, as glândulas sexuais acessórias e diversas estruturas de suporte, incluindo o escroto e o pênis. Os testículos produzem esperma e secretam hormônios. O sistema de ductos transporta e armazena esperma, auxiliando na maturação e o conduz para o exterior. O sêmen contém esperma mais as secreções das glândulas sexuais acessórias. (NETTER, 2000). 
Figura 1 - Sistema Genital Masculino Vista Medial.
FONTE: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
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2. 
2.1. TESTÍCULOS
O testículo é um órgão par, situada numa bolsa músculo-cutânea, denominada escroto, a qual está localizada na região anterior do períneo, logo por trás do pênis. Os testículos tem forma ovoide, ligeiramente achatado no sentido lateromedial, apresentando duas faces (lateral e medial), duas bordas (anterior e posterior) e duas extremidades (superior e inferior). 
Figura 2 - Sistema Genital Masculino Vista Anterior.
FONTE: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
A borda posterior é ocupada de cima a baixo por uma formação cilíndrica, mais dilatada para cima, que o epidídimo. A metade superior da borda posterior do testículo representa propriamente o hilo do mesmo, recebendo a denominação especial de mediastino do testículo. É através do mediastino que o testículo se comunica propriamente com o epidídimo. 
O testículo é envolto por uma cápsula conjuntiva, que se chama túnica albugínea. A túnica albugínea emite para o interior do testículo delgado septos conhecidos como séptulos dos testículos, os quais os subdividem em lóbulos. Nos lóbulos dos testículos encontramos inúmeros finos, longos e sinuosos ductos, de calibre quase capilar, que são denominados túbulos seminíferos contorcidos. E nesses túbulos seminíferos contorcidos que se formam os espermatozoides. 
Os túbulos seminíferos dirigir-se para o mediastino dos testículos e vão se anastomosando, constituindo túbulos seminíferos retos, os quais se cruzam formando uma a rede de Haller ao nível do mediastino. No mediastino, os túbulos seminíferos retos desembocam em dez a quinze dúctulos eferentes, que do testículo vão à cabeça do epidídimo. (Figura 3)
Figura 3 – Ductos, Rede Testicular e Túbulos seminíferos.
FONTE: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
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2.2 EPIDÍDIMO
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O epidídimo estende-se longitudinalmente na borda posterior do testículo (Figura 4). Ele apresenta uma dilatação superior que ultrapassa o pólo superior do testículo, que é denominada cabeça; um seguimento intermediário que é o corpo e inferiormente, uma porção mais estreitada, que é a cauda do epidídimo. Na cabeça do epidídimo, os dúctulos eferentes dos testículos continuam por dúctulos tortuosos que a seguir vão se anastomosando sucessivamente para constituir um único tubo que é o ducto do epidídimo. Este ducto é tão sinuoso que ocupa um espaço de aproximadamente dois centímetros de comprimento, quando na realidade ele tem seis metros de extensão.
A cauda do epidídimo encurva-se em ângulo agudo para trás e para cima, dando seguimento ao ducto deferente. É justamente nessa curva constituída pela cauda do epidídimo e inicio do ducto deferente que ficam armazenados os espermatozoides até o momento do ato sexual, em que são levados para o exterior. A primeira porção do ducto deferente é meio sinuosa e eleva-se imediatamente por trás do epidídimo.
 Tanto os testículos como o epidídimo e a primeira porção do ducto deferente são envoltos por uma membrana serosa que é a túnica vaginal. Assim como a pleura ou o pericárdio, a túnica vaginal apresenta um folheto que envolve diretamente os órgãos, sendo denominada lâmina visceral e seu oposto a lamina parietal da túnica vaginal. Entre as duas permanece um espaço ilusório denominado cavidade vaginal. A cavidade vaginal contém uma pequena quantidade de líquido que facilita o deslizamento entre as duas lâminas.
 
Figura 4– Epidídimo Vista Lateral.
FONTE: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Figura 5 – Testículos Vista Seccionada.
FONTE: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
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2.2. 
2.3. DUCTO DEFERENTE
O ducto deferente é um par de tubos longos, finos, de paredes espessas, com fácil identificação pela palpação, mostrando-se como um cordão uniforme, liso e duro. Próximo à sua terminação o ducto deferente apresenta uma dilatação denominada de ampola do ducto deferente. 
O funículo espermático se estende da extremidade superior da borda do testículo ao ânulo inguinal profundo, local em que seus elementos tomam direções diferentes. O funículo espermático esquerdo é mais longo, o que denota que o testículo esquerdo seja nível mais baixo que o direito. Ele é constituído pelo ducto deferente, por artérias (artéria testicular, artéria do ducto deferente e artéria cremastérica), veias, linfáticos e nervos. As veias formam dois plexos um anterior e outro posterior em relação ao ducto deferente. O plexo venoso anterior é o mais volumoso. A artéria testicular caminha entre as malha do plexo anterior.
Figura 6 – Ducto Deferente e Testículos Vista Anterior.
FONTE: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
2.4. DUCTO EJACULATÓRIO
É um par de tubos finos, que penetram a face posterior penetram na próstata, cruzando seu parênquima e abrem-se um em cada orifício, de cada lado do utrículo na uretra prostática. Na emissão, se misturam os componentes do sêmen na uretra prostática, e segue para ejaculação.
Durante a ejaculação, o sémen é expulso da uretra prostática pela contração rítmica da musculatura perineal, que o impele pelo restante da uretra em direção à extremidade do pénis. Estruturalmente o ductoejaculatório bem como a vesícula seminal, tem a mesma composição do ducto deferente, apresentando três túnicas concêntricas: adventícia, muscular e mucosa. (Figura 7)
Figura 7 – Ducto Ejaculatório Vista Lateral.
FONTE: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
2.5. VESÍCULAS SEMINAIS
As vesículas seminais são duas bolsas membranosas lobuladas, situadas entre o fundo da bexiga e o reto, obliquamente acima da próstata. A face ventral está em contato com o fundo da bexiga, estendendo-se do ureter à base da próstata. Tem cerca de 7 cm de comprimento. (Figura 8). 
As vesículas seminais são responsáveis pela produção e secreção de um líquido que contém frutose, prostaglandinas e proteínas de coagulação, chamado de líquido seminal. O líquido seminal se mistura à secreção prostática e aos espermatozoides vindos do ducto deferente, para formar o sêmen. 
O líquido possui pH alcalino, o que auxilia a neutralizar o ambiente ácido da uretra masculina e trato genital feminino, que, de outra forma, tornaria inativos e/ou mataria os espermatozoides. 
O líquido secretado pelas vesículas seminais normalmente compõe 60% do volume de sêmen. Esse líquido também nutre os espermatozóides e facilita sua mobilidade.
Figura 8 – Vesículas Seminais Vista Anterior.
FONTE: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
2.6. PRÓSTATA
A próstata é uma glândula exócrina, com morfologia levemente achatada no sentido anteroposterior, apresentando uma face anterior e outra posterior e faces inferolaterais. A sua base está limitada pelo colo da bexiga e a primeira porção da uretra perfura-a longitudinalmente pelo seu centro, da base ao ápice. 
Estruturalmente, a próstata é envolta por uma cápsula de tecido conjuntivo e fibras musculares lisas, de onde partem finas trabéculas que se conduzem para a profundidade do parênquima. No seu arcabouço, deparamos fibras musculares estriadas que semelham decorrer do músculo esfíncter da uretra. O restante do parênquima é ocupado por células glandulares distribuídas em tubos ramificados, cuja secreção é drenada pelos ductos prostáticos, aproximadamente vinte, se abrem na superfície posterior do interior da uretra, de cada lado do colículo seminal.
A função básica da próstata humana é a produção e o armazenamento de um fluido incolor e ligeiramente alcalino (pH 7.29), o qual é acrescentado ao líquido seminal. Este fluido constitui entre 10 a 30% do volume do fluido seminal. As secreções da próstata são ricas em cálcio, zinco, ácido cítrico, fosfatas e ácidas, albumina e de antígeno específico da próstata (PSA)
Figura 9 – Próstata Vista Anterior Seccionada.
FONTE: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Figura 10 – Próstata Vista Lateral Seccionada.
FONTE: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
2.7. GLÂNDULAS BULBOURETRAIS
As glândulas bulbouretrais são duas pequenas formações, arredondadas, de coloração amarela e tamanho de uma ervilha. Estão próximas do bulbo, envolvidas por fibras transversas do esfíncter uretral. Localizam-se inferiormente a próstata e drenam suas secreções para a parte esponjosa da uretra. Durante a excitação sexual as glândulas bulbouretrais secretam uma substância alcalina e muco, que adentra a uretra, protegendo os espermatozoides, lubrificando a extremidade do pênis e o revestimento da uretra, diminuindo a quantidade de espermatozoides danificados durante a ejaculação. Constituem 5% do líquido seminal.
Figura 11 – Glândulas Bulbouretrais.
FONTE: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
2.8. PÊNIS
O pênis, também conhecido como falo e falús, é o órgão erétil copulador masculino e excretor urinário. Possui morfologia cilindroide que se prende à região mais anterior do períneo e sua extremidade é livre e arredondada. É composto pela raiz, corpo e cabeça. 
A cabeça é chamada glande e é o ponto mais sensível do pênis. Enquanto ele está flácido, a glande é envolvida por uma pele chamada prepúcio, que serve para proteger a parte sensível do pênis do ambiente externo e é conectada na parte inferior do pênis em uma área chamada frênulo do prepúcio, que é a mucosa que envolve e depois se reflete para forrar a cútis da expansão anterior do prepúcio, apresentada por uma prega sagital. Quando o pênis se ereta, o prepúcio desloca-se para trás, deixando a glande exposta. O corpo é um prolongamento fálico e a raiz é a parte do pênis que está inserida dentro do corpo do homem.
Fimose é uma condição em que ocorre um estreitamento em graus variáveis do prepúcio. Quando o estreitamento é acentuado a glande fica permanentemente recoberta condição esta que dificulta os cuidados higiênicos e pode causar desconforto durante as relações sexuais. A fimose é facilmente corrigida através de intervenção cirúrgica com anestesia local. (DÂNGELO, FATTINI, 2011)
É formado por tecidos que possuem a capacidade de se encher e esvaziar de sangue, formando três cilindros: dois são pares (direito e esquerdo) situados paralelamente por cima (considerando-se o pênis em posição horizontal ou semiereto) e o terceiro é ímpar, mediano e situado longitudinalmente, por baixo dos dois anteriores. Os dois cilindros superiores tem o nome de corpos cavernosos do pênis e o inferior, de corpo esponjoso do pênis.
Figura 12 – Morfologia do Pênis.
FONTE: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000
Os corpos cavernosos do pênis iniciam-se posteriormente, por extremidades afiladas que se acoplam medialmente, aos ramos inferiores da pube, recebendo o nome de ramos dos corpos cavernosos. Cada ramo do corpo cavernoso é envolto longitudinalmente pelas fibras do músculo isquiocavernoso do mesmo lado, que o fixa ao respectivo ramo inferior da pube, constituindo a raiz do pênis. Conduzindo-se a para frente, os dois corpos cavernosos se aproximam, separados apenas por um septo fibroso sagital que é o septo do pênis. 
Se examinarmos os dois corpos cavernosos por baixo verificarão que na linha anteroposterior da união, forma-se um ângulo diedro, que adiante e gradativamente vai se transformando em goteira, onde se aloja o corpo esponjoso. Anteriormente, os corpos cavernosos terminam subitamente por trás de uma expansão do corpo esponjoso, conhecido como glande. O corpo esponjoso inicia-se após uma expansão mediana situada logo abaixo do diafragma urogenital, que recebe o nome de bulbo do pênis. 
O rebordo que contorna a base da glande recebe o nome de coroa da glande. No ápice da glande encontramos um orifício, que é o óstio externo da uretra. Nesse óstio abre-se a uretra esponjosa, que percorre longitudinalmente o centro do corpo esponjoso, desde a face superior do bulbo do pênis, onde a mesma penetra. Na união da glande com o restante do corpo do pênis, forma-se um estrangulamento denominado colo.
Figura 13 – Secção do Pênis: corpos, ramos e tuberosidades.
FONTE: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Tanto os corpos cavernosos como o corpo esponjoso são envoltos, cada um deles, por uma membrana conjuntiva denominada de túnica albugínea do corpo cavernoso ou do corpo esponjoso. O interior destes três elementos tem um aspecto esponjoso que decorre da existência de inúmeras e finas trabéculas que se entrecruzam desordenadamente. Entre essas trabéculas permanecem espaços que podem admitir maior quantidade de sangue, tornando o pênis um órgão erétil. As artérias e veias do pênis penetram ou saem ao nível do bulbo e ramos do pênis, ocorrem longitudinalmente em seu dorso fornecendo ramos colaterais em todo o percurso. O pênis e o escroto constituem as partes genitais externas masculinas, enquanto a restante forma as partes genitais internas.
Figura 14- Vista Global dos Órgãos do Sistema Reprodutor Masculino.
FONTE: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Estruturalmente, profundamente a cútis, situa-se a tela subcutânea, que recebe o nome especial de fásciasuperficial do pênis e onde se distribuem fibras musculares lisas que fazem continuação ao dartos do escroto. Em um plano mais profundado, dispõe-se uma membrana fibrosa que envolve conjuntamente os corpos cavernosos e o corpo esponjoso que é a fáscia profunda do pênis.
2.9. ESCROTO
O escroto é uma bolsa músculo-cutânea onde estão contidos os testículos, epidídimo e a primeira porção dos ductos deferentes. Cada par desses órgãos ocupam compartimentos completamente separados, visto que escroto é subdividido em duas formas por um tabique sagital mediano denominado septo do escroto. Superficialmente esse septo corresponde a uma rafe cutânea (linha rugosa mediana), bem evidente. O escroto é constituído por sete camadas de diferentes tecido que se estratificam da periferia para o interior.
As camadas são: cútis (pele fina enrugada peguilhada transversalmente e com pelos esparsos. Na linha mediana encontramos a rafe do escroto); túnica dartos (um músculo cutâneo, formado por fibras musculares lisas); tela subcutânea (constituída por tecido conetivo frouxo); fáscia espermática externa (lâmina conjuntiva proveniente das duas fáscias de envoltório do músculo oblíquo externo do abdome, que desce do ânulo inguinal superficial para entrar na constituição do escroto); fáscia cremastérica (lâmina conjuntiva delgada que prende inúmeros feixes de fibras musculares estriados de direção vertical no conjunto, essas fibras musculares constituem o músculo cremáster e derivam das fibras do músculo oblíquo interno do abdome); fáscia espermática interna (lâmina conjuntiva que deriva da fáscia transversal) e túnica vaginal serosa (folheto parietal que representa a camada mais profunda do escroto, enquanto o folheto visceral envolve o testículo, epidídimo e inicio do ducto deferente).
Figura 15- Camadas do Escroto.
FONTE: http://www.estudiamedicina.net/2016/12/escroto/ (2017)
3. SISTEMA GENITAL FEMININO
Os órgãos genitais femininos são responsáveis pela produção dos óvulos e o favorecimento de condições para o desenvolvimento até o nascimento do novo ser gerado ali . Os órgãos genitais femininos são constituídos de um grupo de órgãos internos e outro de órgãos externos. Os órgãos internos localizados no interior da pelve consistem em ovários, tubas uterinas, útero e vagina. Os órgãos externos são superficiais ao diafragma urogenital e encontram-se abaixo do arco púbico. Consistem em monte do púbis, lábios maiores e menores, clitóris, bulbo do vestíbulo e glândulas vestibulares maiores. Juntas essas estruturas formam a vulva. As glândulas mamárias também são consideradas parte do sistema genital feminino.
3. 
3.1. OVÁRIOS 
O ovário é um órgão par, situado por trás do ligamento largo do útero e logo abaixo da tuba uterina, sendo que seu grande eixo encontra-se paralelamente a esta. 
Em virtude do 1/3 distal da tuba uterina normalmente estar voltada para baixo, o ovário toma uma posição vertical, com uma extremidade dirigida para cima e outra para baixo Comparada a uma amêndoa, possui uma borda anterior e outra posterior, uma face lateral e outra medial. 
A borda medial prende-se a uma expansão do ligamento largo do útero que denomina-se de mesovário, e por isso é denominada de borda mesovárica, enquanto a borda posterior é conhecida por borda livre. A borda mesovárica retrata o hilo do ovário. É por ele que entram e saem os vasos ováricos. 
A extremidade inferior é chamada extremidade tubal e a superior extremidade uterina. O ovário está preso ao útero e à cavidade pelvina por meio de ligamentos. O ligamento suspensor do ovário distende-se da fáscia do músculo à extremidade tubal do ovário, enquanto o ligamento próprio do ovário vai de sua extremidade uterina à borda lateral do útero, logo abaixo da implantação da base da tuba uterina. 
Na puberdade os ovários começam a secretar os hormônios sexuais, estrógeno e progesterona. As células dos folículos maduros secretam estrógeno, enquanto o corpo lúteo produz grandes quantidades de progesterona e pouco estrógeno. Esses hormônios transitam uma criança a vida adulta.
Figura 16 - Estrutura interna do Sistema Reprodutor Feminino.
FONTE: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
3.2. TUBAS UTERINAS
Tuba Uterina é um par de tubos implantados um de cada lado no respectivo ângulo latero-superior do útero, que se projetam lateralmente, representando os ramos horizontais do tubo. Esses tubos são irregulares quanto ao calibre, apresentando geralmente 10 cm de extensão. Ele se dilata á medida que se afasta do útero, abrindo-se distalmente por um funil de borda franjada. A tuba uterina divide-se em quatro regiões: parte uterina, istmo, ampola e infundíbulo.
A parte uterina é a porção que constitui o segmento do tubo situado na parede do útero. No início desta porção da tuba, encontra-se um orifício denominado óstio uterino da tuba, que estabelece sua comunicação com a cavidade uterina. O istmo é a porção menos calibrosa, situada junto ao útero, enquanto a ampola é a dilatação que se segue ao istmo. A ampola é considerada o local onde se processa a fecundação do óvulo pelo espermatozoide. A porção mais distal da tuba é o infundíbulo, que se assemelha a um funil com boca de rebordo muito irregular, com aspecto de franjas. Tais franjas têm o nome de fímbrias da tuba, das quais uma se destaca por ser mais longa denominada fimbria ovárica. O infundíbulo abre-se livremente na cavidade do peritônio por intermédio de um forame conhecido por óstio abdominal da tuba uterina. Habitualmente o infundíbulo se ajusta sobre o ovário, e as fimbrias realizam a “pega” do mesmo. 
Estruturalmente a tuba uterina é constituída por quatro camadas concêntricas de tecidos que são: a túnica serosa, a tela subserosa, a túnica muscular e a túnica mucosa. A túnica muscular, composta por fibras musculares lisas permite movimentos peristálticos à tuba, auxiliando a migração do óvulo em direção ao útero. A túnica mucosa é formada por células ciliadas e apresenta numerosas pregas paralelas longitudinais, denominadas pregas tubais. A tuba uterina possui duas funções básicas a de transportar o óvulo do ovário ao útero e de local onde ocorre a fertilização do óvulo pelo espermatozoide.
3.3. ÚTERO
O útero é um órgão oco, mediano, em formato de uma pera invertida, achatado no sentido anteroposterior, apresentando assim uma face anterior que é denominada face vesical e outra posterior que é a face intestinal que emerge do centro do períneo, para o interior da cavidade pélvica. A face vesical é mais plana e a face intestinal e mais convexa. Está situado entre a bexiga urinaria, frontalmente, e o reto, posteriormente.
 Figura 17- Divisões do Utero.
FONTE: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Na parte media, o útero apresenta um estrangulamento denominado istmo do útero. A parte superior ao istmo recebe o nome de corpo do útero e a inferior constitui a cérvix (colo). A cérvix do útero é subdividida em duas porções por um plano transversal que passa pela sua parte media, que são as porções supravaginal e vaginal. Esse plano transversal é representado pela inserção do fórnix da vagina, em torno da parte media da cérvix. A extremidade superior do corpo do útero, ou seja, a parte que se situa acima da implantação das tubas uterinas, tem o nome de fundo do útero.
As paredes do útero são constituídas por camadas homocêntricas, que do meio externo para o interno são: as túnicas serosas ou perimétrio, tela subserosa, túnica muscular ou miométrio e túnica mucosa ou endométrio. O perimétrio recobre tanto a parte visceral como a intestinal do órgão ao nível das bordas laterais do mesmo, sendo que os dois folhetos expandem-se lateralmente para constituir os ligamentos largos do útero. A tela subserosa é uma fina camada de tecido conjuntivo que se interpõem entre a túnica serosa e a túnica muscular. O miométrio é formado por uma espessa camada de fibras musculares lisas que se disseminam das extremidades para o interior, em três planos: longitudinal, plexiforme ecircular. O endométrio reveste toda a cavidade uterina no nível do corpo do útero, a mucosa se apresenta lisa, ao passo que na cérvix é muito pregueada, que por lembrarem as folhas de palma são chamadas de pregas espalmadas. O endométrio tem um papel muito importante na ocasião da gravidez.
Figura 18 - Divisões da Tuba Uterina.
FONTE: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
O útero é mantido na sua posição por três pares de ligamentos: ligamento largo do útero, ligamento redondo do útero e ligamento útero-sacral. Os ligamentos largos do útero (mesométrio) são originados nas laterais do útero com inserção nas paredes e assoalho da pelve. Os ligamentos redondos do útero são originados no ângulo lateral do útero (corno uterino) com inserção nos lábios maiores. Os ligamentos ovarianos são originados na superfície lateral do útero com inserção ovários. Os ligamentos transversos do colo são originados no colo do útero e fórnice da vagina com inserção nas paredes laterais da pelve.
Figura 19 - Ligamentos do Útero.
FONTE: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
3.4. VAGINA
A vagina é um tubo músculo-membranáceo mediano, que superiormente inserido no contorno da parte média da cérvix do útero e para baixo atravessando o diafragma urogenital abrindo-se no pudendo feminino, cujo orifício chama-se óstio da vagina. É o órgão copulador da mulher.
 A vagina apresenta duas paredes, uma anterior e outra posterior, as quais permanecem acoladas na maior parte de sua extensão, representando uma cavidade ilusória. Superiormente a vagina se desempenha como um tubo cilíndrico para envolver a porção vaginal da cérvix uterina, e inferiormente ela se achata transversalmente para encaixar-se com o pudendo feminino. 
A cúpula da vagina é representada por um recesso que rodeia a parte mais alta da porção vaginal da cérvix, recebendo a designação de fórnix da vagina. Dando-se que o útero esta normalmente em anteroversão, a parte anterior da vagina é mais curta e a posterior mais longa, resultando-se que a região posterior do fórnix vai mais alta ou mais profunda. 
Na mulher virgem, o óstio da vagina é obstruído parcialmente por um diafragma mucoso, denominado hímen. 
Figura 20 - Tipos de Hímens.
FONTE: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
3.5. GLÂNDULAS VESTIBULARES MAIORES
São duas pequenas formações situadas lateralmente no orifício vaginal, em contato com a extremidade posterior de cada massa lateral do bulbo do vestíbulo. São arredondadas ou ovais e parcialmente sobrepostas posteriormente pelos bulbos do vestíbulo. Secretam uma substância rica em muco, que umedece e lubrifica o vestíbulo.
Figura 21- Glândulas Vestibulares Maiores.
FONTE: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
3.6. ÓRGÃOS EXTERNOS
O pudendo feminino ou vulva é constituído da parte externa dos órgãos genitais femininos. Basicamente ele é representado por uma abertura fusiforme de grande eixo anteroposterior, com bordas muito acidentadas e situadas no períneo imediatamente por trás da sínfise da pube. Compondo como que uma moldura para a abertura fusiforme, encontramos duas bordas salientes e roliças em formato de um semiarco de cada lado, de convexidade lateral que recebem o nome lábios maiores. Os lábios maiores unem-se anteriormente, nas proximidades da sínfise da pube, formando um ângulo agudo que se denomina comissura anterior. O mesmo acontece posteriormente, no centro do períneo, constituindo a comissura posterior.
A elevação definida por um acúmulo de tecido adiposo na tela subcutânea é denominada monte de púbis é determinada por uma saliência em nível da comissura anterior dos lábios maiores do pudendo feminino e em relação com a sínfise do púbis. A cútis do monte de púbis apresenta grande quantidade de pelos, os quais se tornam mais escassos na região dos lábios maiores. A fenda anteroposterior que é determinada pelos dois lábios maiores recebe o nome de rima do pudendo. O 1/3 anterior apresenta uma saliência triangular mediana de base posterior, chama-se glande do clitóris e o telhado cutâneo que recobre seria o prepúcio do clitóris. 
O clitóris é uma miniatura do pênis masculino sendo também um órgão erétil. O clitóris é formado por um tecido esponjoso denominado corpo cavernoso, passível de se encher de sangue. O corpo cavernoso do clitóris é originado por dois ramos (direito e esquerdo) longilíneos, que se acolam medial e inferiormente aos ramos (direito e esquerdo) inferiores da pube, unindo-se ao nível do centro da sínfise da pube, constituindo assim o corpo do clitóris, o qual se dirige obliquamente para frente e para baixo, finalizando em uma dilatação que é a glande do clitóris. Os ramos do corpo cavernoso são envoltos por um músculo isquiocavernoso. A prega cutânea que envolve o corpo do clitóris denomina-se prepúcio do clitóris. Os lábios menores são paralelos aos maiores, coincidindo na comissura posterior, mas unindo-se anteriormente, ao nível da glande do clitóris.
Cada lábio menor é semilunar, afilando-se nas extremidades. O espaço fusiforme compreendido entre os lábios menores recebe o nome de vestíbulo da vagina. Na profundidade da base de implantação dos lábios menores e, portanto, de cada lado da parte mais alta do vestíbulo da vagina, encontramos outra formação esponjosa, denominada bulbo do vestíbulo. Cada bulbo do vestíbulo é envolto pelo respectivo músculo bulbocacernoso.
Logo atrás da extremidade posterior de cada bulbo do vestíbulo encontramos uma glândula esférica de pequeno tamanho, denominada glândula vestibular maior. Os ductos dessas glândulas vão se abrindo na base do lábio menor correspondente. Medianamente no vestíbulo da vagina, situam-se duas aberturas. Uma anterior menor, é o óstio externo da uretra e outra posteriormente, no vestíbulo da vagina, é o óstio da vagina.
Figura 22 - Órgãos Genitais Femininos Externos.
FONTE: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
3.7. MAMAS
As mamas denominadas popularmente como seios ou peitos, é a parte do corpo feminino que é responsável basicamente pela produção de leite para os bebês em seus primeiros meses de vida. Elas são constituídas por três tipos de tecido: o tecido adiposo, tecidos conectivos e glândulas mamárias.
As glândulas mamárias produzem o leite que é conduzido através de ductos aos mamilos. Elas se distribuem por toda a mama, sendo sua maior concentração 30 mm mais próximos da base do mamilo. O restante é composto por tecido conjuntivo (colágeno e elastina), tecido adiposo (gordura) e uma aponeurose chamada ligamento de Cooper.
 Os homens também possuem glândulas mamárias e mamilos, mas não há produção de leite devido à falta do hormônio feminino estrogênio. Tanto nos homens como nas mulheres há uma grande concentração de nervos e vasos sanguíneos nos mamilos que por essa razão se tornam altamente erógenos.
Figura 23 - Composição das Mamas.
FONTE: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
As mamas possuem variadas formas e tamanhos. Sua aparência externa não indica sua anatomia interna ou seu potencial de lactância. A forma da mama é largamente dependente do seu suporte, proveniente principalmente dos ligamentos de Cooper e do tecido torácico subjacente sobre o qual ela repousa. Cada mama adere sua base à parede torácica por uma fáscia profunda, que cobre o músculo peitoral. A parte superior do tórax recebe apoio da pele que as reveste. Este ajuste de apoio anatômico é o que determina a forma dos seios. Em um pequeno grupo de mulheres, os ductos frontais são visíveis por não se misturarem com o tecido que as rodeia.
A localização do mamilo em relação à dobra é conhecida como ptose, no qual a mama cai de tal maneira sobre o peito de modo que o mamilo passa sobre a dobra infra mamária. A distância entre a parte superior do mamilo e a base do esterno em um seio jovem, tem média de 21 cm e é uma medida antropométrica usada para determinara simetria e a ptose mamária. 
As mamas estão localizadas sobre o músculo peitoral maior e, geralmente, prolongam verticalmente a partir do nível da segunda costela, até a sexta ou sétima. No sentido horizontal, estende-se desde a borda do osso esterno a uma linha média, imaginária, na axila. Na extremidade distante do tórax, a pele é especializada para formar o mamilo e aréola.
Cada mama limita-se por sua face posterior com a aponeurose ou fáscia do músculo peitoral onde contém abundante tecido adiposo e não há tecido glandular. A gordura e o tecido conjuntivo, juntamente com os ligamentos de Cooper constituem um verdadeiro ligamento que dão forma e as sustentam, permitindo o deslizamento normal do seio sobre a musculatura subjacente. A mama também contém vasos sanguíneos, venosos e linfáticos, assim como elementos nervosos. Não há nada dentro das mamas que se assemelha uma cápsula contínua que envolve tais conjuntos. 
O quadrante superior lateral estende diagonalmente na direção da axila e é conhecido como a cauda de Spence. Uma fina camada de tecido mamário se estende desde acima da clavícula, até a sétima ou oitava costelas por abaixo e desde a linha média para a borda do músculo grande dorsal. Não é raro encontrar o tecido mamário no oco da axila ou sob a pele, na parte da frente do abdômen.
Em ambos os sexos os mamilos têm capacidade eréctil em resposta a estímulos sexuais, e ao frio. A inervação das mamas é dada por estímulos de ramos frontais e laterais dos quatro a seis ramos intercostais, provenientes dos nervos espinhais. O mamilo é inervado pela distribuição dermática do nervo torácico T4.
O desenvolvimento mamário feminino durante a puberdade ocorre devido ao estímulo dos hormônios ovarianos, principalmente estrogênio e progesterona. O estrogênio estimula o desenvolvimento da porção excretora da glândula mamária - principalmente os galactóforos - e a progesterona é responsável pelo desenvolvimento da porção secretora - os lóbulos.
O aleitamento materno é conhecido como lactância. O ato de alimentar diretamente a criança é conhecido como aleitamento e é realizado diretamente pela sucção do mamilo pela boca da criança. O leite materno é um tipo de secreção de alto valor nutritivo, devidamente adaptados às necessidades dos recém-nascidos e a fonte preferencial de alimento e de anticorpos durante os primeiros meses de vida.
As mamas também desempenham um importante papel sexual, em muitas culturas da humanidade, sobretudo para o prazer da mulher. Grande parte dos seios é formada por tecido adiposo que, além disso, tem funções estruturais e de sustentação, contribuindo para proporcionar à mulher um atrativo sexual, mas sem qualquer influência sobre a capacidade de lactação.
Figura 24 - Visão das Mamas Femininas.
FONTE: http://www.osprofanos.com/fotos-playboy-grazi-massafera-agosto/.2005.
4. HERMAFRODITAS
Denomina-se hermafrodita ou intersexualidade um ser ou animal que possui órgãos sexuais de ambos os sexos, numa espécie dióica, geralmente por um processo teratológico, ou seja, por uma má formação embrionária. É preciso que haja estudo do caso para saber se é um problema genético ou uso de drogas inadequadas durante a gestação ou se é outro tipo de doença. Convém notar também que os hermafroditas são frequentemente estéreis (e que todos os hermafroditas verdadeiros são estéreis).
 Nas espécies em que o sexo feminino é o primeiro a se tornar ativo, diz-se que a espécie é protogínica. No caso inverso, diz-se protândrica. Existem três tipos de hermafroditismo humano: o hermafroditismo verdadeiro, o pseudo-hermafroditismo masculino e o pseudo-hermafroditismo feminino. No hermafroditismo verdadeiro os indivíduos nascem com os dois órgãos sexuais bem formados, possuindo os órgãos sexuais internos e externos de ambos os sexos, incluindo ovários, útero, vagina, testículos e pênis. No hermafroditismo verdadeiro as maiorias das pessoas são do sexo feminino (cromossomos XX) e a formação dos órgãos sexuais masculinos é atribuída a causas ainda não totalmente conhecidas.
Figura 25 - Disposição dos órgãos reprodutivos de um hermafrodita verdadeiro.
FONTE: http://www.megatimes.com.br/2013/12/o-que-e-hermafroditismo.html
No pseudo-hermafroditismo masculino a criança nasce como do sexo masculino (cromossomos XY) embora os órgãos sexuais externos não se desenvolvam completamente. No pseudo-hermafroditismo feminino a criança nasce como do sexo feminino (cromossomos XX) embora o clitóris desenvolva-se excessivamente adquirindo um formato semelhante a um pênis, denominado de clitoromegalia. Comina-se uma suposta causa não genética para o pseudo-hermafroditismo feminino os efeitos dos medicamentos utilizados no tratamento da hiperplasia congênita das supra-renais (HCSR) por deficiência da 21-Hidroxilase, uma doença genética que precisa de tratamento permanente e que em alguns casos não é interrompido por gestantes que não sabem se estão grávidas. 
Figura 26 - Pseudo-Hermafroditismo Feminino.
FONTE: https://www.slideshare.net/drdrantz/6-congenital-adrenal-hyperplasia-presentation-936655
Figura 27 - Pseudo-Hermafroditismo Masculino.
FONTE: https://www.slideshare.net/drdrantz/6-congenital-adrenal-hyperplasia-presentation-936655
Outra forma de hermafroditismo é aquela onde a criança nasce com a região genital externa bem definida, porém possui outras alterações gonadais importantes, por exemplo, o caso de um menino que, quando chega à adolescência, menstrua e desenvolve mamas. O tratamento para o hermafroditismo ocorre-se muitas vezes em uma cirurgia para se definir o sexo. A maior dificuldade está em se definir o momento correto da cirurgia. De todo o modo à opinião crescente é de que a pessoa intersexual possa escolher por si mesma se ela deseja a cirurgia e, nesse caso, qual o sexo desejado. 
REFERÊNCIAS
AULA DE ANATOMIA. Sistema Urinário. Disponível em:< http://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-urinario/>. Acesso em: 10/06/2017 ás 16h10.
CASTILHO, Auriluce Pereira; BORGES, Nara Rúbia Martins; PEREIRA, Vânia Tanús, (orgs.) Manual de metodologia científica do ILES Itumbiara/GO. 2. ed. Itumbiara: ILES/ULBRA, 2014. Disponível em: <www.ilesulbra.com.br> Acesso em: 11/06/2017 às 18h00. 
DÂNGELO, José Geraldo; FATTINI, Carlos Américo. Anatomia Humana Básica. 2. Ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2011.
NETTER, Frank H. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
TEIXEIRA, Daiane Dos Santos. Pseudo-hermafroditas Masculino. Disponível em: < http://fisiounec2015.blogspot.com.br/2011/05/pseudo-hermafroditas-masculino.html >. Acesso em: 12/06/2017 ás 15h30.

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