Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Conceitos Básicos da Toxicologia Desde a época mais remota, o homem possuía conhecimentos sobre os efeitos tóxicos de venenos animais e de uma variedade de plantas tóxicas. No Início da civilização utilizava-se de Recursos naturais, as fontes de alimentos, vestuário, habitação, utilidades domésticas, defesa e ataque, transporte, como utensílios para manifestações artísticas, culturais e religiosas e como meio restaurador da saúde, e também observavam toxicidade. Antiguidade (período antes de cristo): • 1500 a. C. - Papiro médico egípcio ou de Ebers (informação sobre venenos) • 1400 a. C. - Livro de Jó (flechas envenenadas) Idade média: Tratamento de intoxicações por insetos, cobras e cachorros loucos (Poisons and their antidotes – 1198) Renascimento: Catarina de Médici fazia experimentação de Misturas tóxicas em pessoas pobres/doentes, e observou-se: 1. Rapidez da resposta (início da ação) 2. Eficácia (potência) 3. Local de ação (parte do corpo) 4. Queixa (sinais e sintomas clínicos) Paracelso médico/alquimista estudou agente tóxico primário, iniciando a “entidade química” “experimentação científica”; Iluminismo: Iniciou “autópsia” e “análise química” obtendo prova legal de envenenamento; Toxicologia moderna: criação de protocolos para bioensaios; A partir do Caso da Talidomida (1950) (teratogênica - malformação congênita, causado pelo desenvolvimento defeituoso dos ossos longos dos braços e pernas e por mãos e pés que variavam entre o rudimentar e o normal) constituiu um divisor de águas na regulação de medicamentos, sendo criados novos protocolos de bioensaios e separação de compostos. Após a Segunda Guerra a Toxicologia experimentou notável desenvolvimento, principalmente a partir da década de 1960; Medicamento (eficácia, segurança, qualidade) Remédio (recurso: aliviar ou curar) Para a ANVISA, Medicamento é de um produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico. É uma forma farmacêutica terminada que contém o fármaco, geralmente em associação com adjuvantes farmacotécnicos. O processo e desenvolvimento de um medicamento leva de 10 a 15 anos para chegar ao mercado; Toxicologia é a ciência que estuda os e feitos nocivos decorrentes das interações de substâncias químicas com o organismo, sob condições especificas de exposição; Investiga experimentalmente a ocorrência, a natureza, a incidência, os mecanismos e os fatores de risco dos efeitos deletérios de agentes químicos; O processo de desenvolvimento de um medicamento segue as seguintes etapas: 1. Pesquisa Básica 2. Ensaios Pré-clínicos (In vitro, In vivo, ex vivo e in sílico) 3. Ensaios Clínicos (4 fases) 4. Farmacovigilância Verificar as vantagens do efeito farmacológico supera os possíveis efeitos tóxicos Fármaco ou substância ativa, pode ter origem de produtos naturais, sintético (produção em laboratório – síntese química) ou Semi - sintéticos (parte da planta outra obtido em laboratório (pequena modificação na estrutura) – 80% dos medicamentos hoje) Teste pré clínicos Testes de segurança e eficácia produzidos em laboratório ou animais, sendo o maior destaque são os animais (in vivo), para conseguir parâmetros para conseguir passar para os testes clínicos; O mais importante é o in vivo, porém os demais auxiliam dando informações, diminuindo o sofrimento, o gasto, e quantidade de animais; Demoram de 3 a 6 anos para conclusão e a ANVISA possui parâmetros fundamentais dependendo de sua aplicação: • Letalidade aguda • Irritação sensibilização • Toxicidade subcrônicos • Toxicidade crônica • Toxicogenômica • Toxicocinética Tipos de testes: 1. In vitro: ação direta da substância no organismo alvo. São feitos e conhecidos como métodos alternativos de substituição do in vivo; • Controle positivo: testar com substancia que já existe no mercado, para usar como base e comparação de eficácia; • Controle negativo • Índice de seletividade: relação de quanto de substância precisa para matar o alvo, e não atingir o organismo. Permite que caracterize a seletividade (especificidade) da substancia, em relação ao alvo normal (organismo humano) Quanto Maior o índice de seletividade mais seletivo e especifico é o efeito da substancia (maior ação sobre o alvo do que sobre o organismo humano) Cálculo: normal (concentração que atinge célula humana) efeito farmacológico (Concentração de ação no alvo) Procuramos uma substância que precise de menos para matar o alvo, e mais para atingir células humanas; • Potencial farmacológico e tóxico; 2. In vivo: experimentação em animal. Testes e protocolos que dão as respostas mais importantes para a pesquisa; 3. Ex vivo: refere-se a experimentações ou medições feitas em ou sobre tecidos de um organismo em um ambiente externo com alteração mínima das condições naturais; 4. In sílico: Ferramentas de software específicas para conseguir medidas com carácter de previsão da toxicologia (simulação e validação dos modelos) Teste clínicos Constituem o estágio mais caro e demorado do desenvolvimento; Consiste em submeter a droga aprovada na etapa pré-clínica a testes de segurança e eficácia em humanos. São subdivididos em 4 fases: 1. Fase 1 ➢ Pequeno número de voluntários (20 a 100 voluntários saudáveis); ➢ Avaliar segurança e tolerância (ação farmacológica e metabólica); ➢ Várias dosagens do medicamento, inclusive placebo, para diferentes grupos • duplo cego: evitar qualquer interferência consciente ou não nos resultados de um experimento. O experimento inclui um grupo de controle (por exemplo, grupo é ministrado um placebo), mas que os componentes do grupo não saibam o que estão recebendo (teste simples cego); randomizado (grupo fechado); ➢ Parâmetro de dosagem e avaliação efeito tóxico; 2. Fase 2 ➢ Número um pouco maior de voluntários (100 a 500 voluntários, geralmente portadores da doença alvo); ➢ Verificar a efetividade de curto prazo do medicamento pra tratar doença-alvo, gerando informações sobre segurança, conhecer efeitos adversos e riscos potenciais (efeito farmacológico e efeito tóxico) ➢ Esperam determinar dosagem efetiva, método e frequência da administração; ➢ Possível estabelecer Dose-resposta; ➢ DOSE ÓTIMA: dosagem com efeito farmacológico sem as possibilidades reais de efeito colateral ou reduzidos; (Efeito farmacológico com menor efeito colateral) Efeitos adversos: são sempre prejudiciais (nocivos ou tóxicos); Efeitos colaterais: qualquer efeito no organismo que não seja o esperado, porém podem ser úteis (indesejáveis ou secundários); 3. Fase 3 ➢ Duram em média de 1 a 4 anos; ➢ Pode envolver milhares de voluntários (1mil a 5mil), dependendo da doença alvo e do tipo de substância em teste; ➢ Fornecem a base para avaliação de risco- benefício de um novo medicamento; ➢ Monitorar os efeitos adversos; ➢ Maior parte das informações incluídas na bula; ➢ Confirmar eficácia e seu efeito farmacológico. 4. Fase 4 (estudo pós comercialização) ➢ Amplitude no número de pessoas utilizando; ➢ Medicamento já comercializado, porém, ainda é experimental, por ser novo no mercado; ➢ É opcional, mas pode ser exigida pela agência reguladora; ➢ Estabelecer valor terapêutico, verificar ocorrência de novas reações adversas, e determinar estratégias de tratamento a serem utilizadas; Protocolos Estudo em grupos paralelos: divide em 2 grupos, cada um com tratamento diferente (ex.: grupo placebo e grupo com produto em avaliação); Estudo cruzado: Dois grupos, misturando os tratamentos (um trato e placebo e no outro também tratado e placebo), misturando possibilidade de tratamentos. Grupo paralelo e cruzado fazem avaliação somente acontece no final do estudo; Estudo adaptativo: o mais utilizado,o qual durante o estudo, você faz avaliações parciais, sendo melhor para saber se é necessário fazer adaptações; tendo mais eficiência, rapidez e diminuição de investimento; Farmacovigilância Ciência e atividade relativas à identificação, avaliação, compreensão e compreensão de feitos adversos ou quaisquer problemas relacionados ao uso de medicamentos já comercializados; Garantir que os benefícios sejam maiores que os riscos causados pelo medicamento; • RAM (reações adversas relacionadas ao medicamento); • Causados por desvio de qualidade do medicamento; • Inefetividade terapêutica; • Erros de medicação; • Uso para indicações não aprovados no registro; • Uso abusivo; • Intoxicações; • Interações medicamentosas.
Compartilhar