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Desenvolvimento de Novos Fármacos e Inovações Antes do medicamento, o fármaco precisa: Ser caracterizado quanto ao seu potencial terapêutico Ter segurança e eficácia asseguradas Estudos prevendo comportamento farmacocinético Estudos clínicos em larga escala A busca por substâncias ativas Aquelas que podem ter potencial terapêutico são substancias ativas, podendo se tornar fármacos, que já possuem poder terapêutico 1. Substâncias derivadas de produtos naturais 2. Modificações de substâncias naturais 3. Síntese química de “novas substâncias” 4. Produtos biofarmacêuticos 1. Substancias derivadas de produtos naturais Estudos em etnofarmacologia e etnobotânica – valorização do conhecimento popular. No Brasil esses estudos são muito fortes por termos uma variedade na fauna e flora e por termos essa cultura de utilizar plantas para fins medicinais Otimização por fitoquiímica – permite a caracterização química e o isolamento de estruturas específicas (protótipos) da espécie analisada. A partir do momento em que se isola uma estrutura ou ocorre qualquer tipo de modificação na amostra, deixa de ser fitoterápico 2. Modificação de produtos naturais Aprofunda-se o estudo da relação: ESTRUTURA X EFEITO CAUSADO São feitas modificações estruturais: estudo químico da substância para entender qual parte da cadeia tem associação com a ação terapêutica. Dessa maneira é possível criar uma classe inteira de medicamentos com base em uma única substância isolada Existem 2 tipos de ação importantes que podem ocorrer a partir da semissíntese: utilizar um fármaco para aprimorá-lo com novas propriedades, podendo até ter perder o propósito inicial dele. a) Estruturas químicas complexas Utiliza-se uma substancia complexa e adiciona-se reagentes de interesse que irão gerar uma substancia ainda mais complexa e com novas propriedades b) Simplificação molécular Criação de substâncias mais simples (simplificação da estrutura química mantendo- se o efeito terapêutico) Exemplo da morfina, que exige muitos gastos para a produção. Conseguiram simplificar a molécula para poder produzir em laboratório – maior rendimento e menor custo 3. Síntese química completa de novas substancias Busca por biomarcadores de doenças permite prevenção São capazes de dar indicações sobre riscos de contrair uma doença, da presença de uma determinada doença ou da forma como uma doença pode evoluir. Alto potencial de inovação e varredura de novos alvos O caso da resistência natural ao HIV. Encontraram um indivíduo que possuía uma resistência maior por conta do defeito em um gene, tentaram recriar esse defeito e conseguiram, gerando um fármaco que ajuda no tratamento do HIV. 4. Produtos biofarmacêuticos Insere-se genes para produzir substancias específicas - terceira a síntese de compostos complexos Produtos biofarmacêuticos são substâncias medicinais que são produzidas em organismos geneticamente modificados mediante o uso de biotecnologia. Eles são moléculas especialmente complexas, portanto, sensíveis a temperatura. Caso da Talidomida o Aprovado em 46 países o Sedativo e antiemético (vômitos) em grávidas o Associação do seu uso à anormalidades fetais o Mortalidade pós natal de 40% Indústria farmacêutica passa a ser mais burocrática, demorada e segura Desenvolvimento de medicamentos Estudos in vitro ➤ Escolha de substâncias ativas (produto natural ou sintético) ➤ Melhorias químicas (síntese, maneiras de interação melhor) ➤ Determinação de estrutura, alvos e efeitos farmacológicos Testes em animais ➤ Toxicologia a curto prazo (várias espécies) ➤ Avaliações farmacocinéticas preliminares ➤ Determinação preliminar de potencial terapêutico (possui eficácia?) ➤ Formulação farmacêutica para testes em humanos Testes Clínicos ➤ Fase I: humanos sadios voluntários (tolerância, efeitos indesejados) ➤ Fase II: humanos doentes (eficácia, dose, efeitos indesejados) ➤ Fase III: humanos doentes, multicêntrico (feito em várias partes do mundo) e em larga escala Patente: quando a fase III é promissora (FDA, ANVISA) OBS: nos casos de uso de drogas com determinada finalidade para outras finalidades (viagra) é necessário refazer as etapas e testes Comercialização Fase IV: chegada do produto no mercado e vigilância pós-comercialização (efeitos adversos, toxicidade crônica) o A patente expira em 20 anos depois do protocolo do pedido o Após esse período os Genéricos tornam-se disponíveis o A chegada no mercado não é garantia de permanência – existem medicamentos retirados do mercado durante a fase IV. Um exemplo de medicamento retirado do mercado durante a fase IV é o “Acomplia” (remédio para a obesidade que aumentou o risco de depressão e suicídio) Atualmente há pouca inovação de fármacos, temos mais medicamentos da mesma classe do que de classes novas (por causa da burocracia para a produção e também por causa da busca incessante pelo lucro) ➭ Exemplos de Inovação: - Artemisia (para tratamento de malária com cepas que se tornaram resistentes à cloroquina e hidroxicloroquina = classe nova de antimaláricos, com perfil de eficácia inovador) - Analgésicos criados com veneno de cobra A avaliação “nunca termina” e chegar no mercado não é garantir permanência Fatores importantes na farmacologia ➤ Referência Laboratórios farmacêuticos envolvidos com o desenvolvimento de medicamento - primeiro que conseguiu a patente (estudou, passou pelas fases de desenvolvimento) Medicamentos novos (mas não necessariamente inovadores) Exclusividade temporária (20 anos) de comercialização (primeiro registro ANVISA) ➭ Nome comercial e alto custo ➤ Bioequivalência Biodisponibilidade significa a quantidade de fármaco e a velocidade com a qual esse atinge a corrente circulatória. Dois medicamentos são considerados bioequivalentes quando possuem a mesma biodisponibilidade, ou seja, não apresentam diferenças significativas na quantidade absorvida do fármaco ou na velocidade de absorção, quando administrado em dose equivalente, sob as mesmas condições experimentais. Se dois medicamentos são considerados bioequivalentes, é possível aproveitar os estudos clínicos completos de um medicamento para outro. Ou seja, diminui a complexidade de provas de segurança e eficácia que o fabricante precisa apresentar no momento do registro do medicamento ➤ Genérico Os genéricos são medicamentos que apresentam princípio ativo idêntico a um medicamento de referência, o que é assegurado por testes apresentados à Anvisa. Portanto, os medicamentos genéricos podem substituir os de referência prescritos pelo médico. Em geral, eles têm custo mais acessível. Após a queda da patente Formulação idêntica ao de referência -> Teste de bioequivalência (absorção e velocidade) deve ser igual ao de referência Nome da substância e menor custo (no máximo 65%) – possui tarja amarela indicando ➤ Similar: ( “BO” ou Equivalente) Único teste feito é o teste químico para garantir que tem a mesma quantidade de fármaco que tem no de referência Se tem 10mg de dipirona na novalgina, tem 10 mg de dipirona no similar---- teste de equivalência do princípio químico Custo em fazer o similar é mais baixo, visto que não tem tanto gasto com controle de qualidade Como os fármacos são os mesmos o mecanismo de ação não é alterado, mas não é possível dizer que o efeito terapêutico é o mesmo, porque não é possível garantir que a farmacocinética seja a mesma para que o efeito terapêutico seja o mesmo Caso do viagra Saída para “burlar” patente – considerado um Fármacos “me-too” por não ser nada inovador: muda poucos pontos químicos do fármaco,criando uma molécula nova (Levitra)
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