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Fundamentos_da_Educacao_a_Distancia_Midi (1)

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Prévia do material em texto

Fernanda C. A. Campos
Rosa M. E. Costa
Neide Santos
 Fundamentos 
da Educação a Distância, 
Mídias e Ambientes Virtuais
Juiz de Fora
Editar
2007
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados ao Ministério da Educação – MEC, 
Secretaria de Educação a Distância – SEED.
Instituição 
CECIERJ - Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio 
de Janeiro – Consórcio CEDERJ 
 
Autores
Fernanda C.A. Campos - DCC/ICE/UFJF – Doutora em Engenharia de Sistemas e 
Computação 
Rosa M. E. da Costa – IME/UERJ - Doutora em Engenharia de Sistemas e Computação
Neide Santos – IME/UERJ - Doutora em Engenharia de Produção
Impressão
Editar Editora Associada 
Rua Alfredo Teixeira Lopes, 340, Jardim do Sol, Juiz de Fora, MG - 36062- 030
Tel (32)3213-2529
ii
 
F981 FUNDAMENTOS da educação a distância, mídias e ambientes
 virtuais / Fernanda C. A. Campos ... [et al.]. - Juiz de Fora: 
 Editar, 2007. 
 76 p. ilust.
ISBN 978-85-88279-67-4
 
 1.Educação a Distância. 2. Tecnologia Educacional. 3.
 Ensino Superior. 4. Aprendizagem – Metodologia. 5. Materiais 
de Ensino. 6. Multimídia. 7. Internet (Redes de Computação) na 
Educação. I. Campos, Fernanda C. A. II. Costa, Rosa M.E. III. 
Santos, Neide. IV. Carvalho, Márcio L.B. 
 CDU: 378.155
 CDD: 378.17
Apresentação
A Educação a Distância - EAD - representa uma oportunidade para muitos excluídos dos 
processos tradicionais de ensino das Universidades brasileiras e um desafio para educadores 
e gestores.
O Ministério da Educação - MEC, através da Secretaria de Educação a Distância – SEED, em 
parceria com as Universidades públicas vem promovendo projetos que buscam atender às 
demandas por curso de qualidade, que sejam inclusivos e que atinjam profissionais em 
serviço. 
Nesse contexto a formação de professores conteudistas e gestores para atuarem em projetos 
de EAD é uma prioridade. O CEDERJ, atendendo ao convite da SEED para liderar o Programa 
Inter-Institucional de Capacitação em EAD para o Sistema UAB, elaborou a proposta de um 
curso de capacitação de 180 horas para docentes e técnicos das IFES que irão implantar 
cursos de graduação e de especialização a distância.
Esse curso de formação de professores e técnicos é constituído de três módulos seqüenciais 
cujos principais tópicos englobam: Fundamentos de EAD, Mídias e Ambientes Virtuais, 
Construção de Material Didático Impresso e Desenvolvimento de Cursos com Foco no Aluno. 
Esse texto aborda o primeiro módulo do curso e discute os conteúdos básicos que embasam a 
elaboração de material didático para cursos a distância. Em função do modelo de Educação a 
Distância a ser implementado dentro da proposta do Sistema UAB, onde desempenham 
importante papel pólos municipais ou estaduais, tutoria presencial e tutoria a distância, gestão 
do sistema e interatividade, é fundamental que a socialização das experiências entre os 
participantes tenha prioridade, através do compartilhamento de relatos, textos de interesse 
comum e busca incessante da construção do conhecimento.
Os autores agradecem ao CEDERJ o convite e a oportunidade de elaborar esse texto e 
esperam que o seu uso contribua para a disseminação da Educação a Distância de qualidade, 
que rompa as barreiras geográficas, temporais e tecnológicas que separam professores e 
alunos e que leve o Brasil a se orgulhar mais de sua Educação.
Os autores
iii
Sumário
Parte I 
Fundamentos de EAD 01
1.1 Educação a Distância 01
1.1.1 Introdução 01
1.1.2 Histórico 02
1.1.3 Conceitos 04
1.1.4 Legislação brasileira 06
1.2 Teorias de aprendizagens aplicadas à EAD 07
1.2.1 Comportamentalismo 07
1.2.2 Construtivismo 08
1.2.3 Sócio-Interacionismo 09
1.3 Referenciais de qualidade em EAD 10
Parte II
Mídias e Plataformas de EAD 12
2.1 Mídias para EAD 12
2.2 Plataformas de EAD 17
2.3 Educação a Distância Baseada na Web 19
2.4 Aprendizagem cooperativa 22
Parte III 
Material didático para EAD 28
3.1 Projetos de EAD 28
3.1.1 Gestão e equipe multidisciplinar 31
3.2 Produção de material didático para EAD 33
3.2.1 Material impresso 34
3.2.2 Material para a Web 35
3.2.3 Construindo materiais didáticos 39
Referências Bibliográficas 41
Apêndice 44
iv
Parte I 
Fundamentos de EAD
1. Educação a Distância
1.1 Introdução
Uma das causas da exclusão social no Brasil é a impossibilidade de formação profissional fora 
dos centros urbanos, que sempre discriminou os jovens que não podem se deslocar das suas 
cidades do interior dos Estados para estudar num campus universitário, ou que mais 
recentemente, não têm como arcar com as mensalidades das instituições particulares. A 
Educação precisa ser inclusiva, com qualidade e acontecer ao longo de toda a vida. 
Em um país como o Brasil, onde os níveis de escolaridade são desiguais, a Educação a Distância 
– EAD - mostra-se como valioso meio de diminuir as distâncias geográficas e propiciar 
transformações sociais e econômicas através do crescimento do nível de escolaridade da 
população.
A EAD é uma alternativa indispensável para os avanços das soluções educacionais que visam 
democratizar o acesso ao ensino, elevar o padrão de qualidade do processo educativo e 
incentivar o aprendizado ao longo da vida. Para o efetivo uso desse modelo condições de infra-
estrutura, inovações e metodologias são necessárias (Campos, Santos e Braga, 2003). 
A Educação a Distância pode viabilizar a formação de pessoas que vêm sendo excluídas do 
processo educacional tradicional por questões de localização ou por indisponibilidade de tempo 
nos horários tradicionais de aula. A EAD, segundo Neves (2002), não é um modismo: é parte de 
um amplo e contínuo processo de mudança que inclui não só a democratização do acesso a 
níveis crescentes de escolaridade e atualização permanente como, também, a adoção de novos 
paradigmas educacionais.
Tendo em vista o rápido avanço tecnológico que estamos vivenciando e o advento de novos 
meios de comunicação, muitas instituições vêm procurando integrar suas práticas tradicionais com 
este novo modelo educacional. Por sua vez a Lei de Diretrizes e Bases - LDB nº 9.394/96 valoriza 
a qualificação dos profissionais, destaca a possibilidade de capacitação em serviço, utilizando, 
para isso, os recursos da Educação a Distância. 
1
O desenvolvimento de cursos a distância exige mudanças profundas no modelo didático-
pedagógico vigente. Neste sentido, várias questões associadas a estas mudanças continuam em 
aberto e vão desde a escolha dos recursos a serem utilizados, passando por questões 
relacionadas às estratégias de apresentação dos conteúdos e a questões de avaliação da 
qualidade dos cursos. 
A partir da definição de políticas públicas voltadas para o aumento da oferta de vagas, 
notadamente para o ensino superior, a EAD poderá alcançar setores da sociedade que não são 
atendidos pelo modelo tradicional, já que o número de vagas poderá ser ampliado com custos que 
podem ser diluídos com o passar do tempo. Este fato tem contribuído para o aumento do 
interesse na criação destes cursos, tanto em organizações privadas, quanto nas públicas, que 
acenam com a possibilidade de formação de um grande número de alunos.
Esse texto foi elaborado com o objetivo de integrar um curso de formação de professores e 
técnicos conteudistas e gestores para atuarem e implantarem projetos de graduação e de pós-
graduação lato-sensu à distância. A proposta é apresentar os fundamentos básicos da Educação 
a Distância que embasam o aprofundamento dos estudos sobre a elaboração e avaliação de 
material didático.Como grande parte do sucesso de um curso a distância está em sua mobilidade e integração 
entre os participantes, professores, tutores e alunos, esse texto deverá ser complementado com a 
construção coletiva de uma biblioteca de textos, com o relato e a troca de experiência sobre os 
temas abordados e a busca incessante da construção de uma comunidade virtual de 
aprendizagem.
Relate para seus colegas e tutores uma experiência que você já teve como professor, tutor ou aluno de 
um curso a distância.
1.1.2 Histórico 
A pesquisa e o desenvolvimento dos recursos computacionais para uso em Educação, 
tradicionalmente, correm em paralelo com os avanços da computação. Os programas de auto-
instrução apoiados por computadores, das décadas de 60 e 70, foram desenvolvidos, a partir da 
melhoria da interação homem-máquina. Contudo, tais programas não provocaram o impacto 
esperado na Educação de massa. Nos anos 80, na maioria dos países desenvolvidos ou não, os 
setores governamental, acadêmico e educacional financiaram e pesquisaram, de forma 
intensiva, o potencial dos computadores para a melhoria e ampliação da oferta de Educação. 
2
Nesta época, as ferramentas de produtividade (editores de texto, bancos de dados, editores 
gráficos, planilhas eletrônicas, etc) tornaram-se populares nos meios educacionais devido ao 
surgimento das interfaces gráficas e da conseqüente facilidade de uso. Estes programas, também, 
não causaram o impacto esperado na Educação. 
A análise histórica do desenvolvimento científico e tecnológico aponta que a ruptura de um status-
quo vigente é fruto da confluência simultânea de condicionantes tecnológicos, econômicos, 
culturais e sociais. Na década atual, parece haver as condições necessárias para que a 
informática e tecnologias associadas alterem o processo educacional, dados à difusão das redes 
de comunicação, aos avanços na tecnologia de hipertexto e à urgência econômica e social pela 
ampliação das oportunidades educacionais. Um dos cenários educacionais em fase de 
consolidação combina o uso das redes de computadores, novas formas de organizar, apresentar 
e recuperar informações e a aprendizagem cooperativa apoiada em computadores. 
A Educação a Distância vem consolidando esse modelo, se apresentando como um processo 
educacional em que a maior parte da comunicação é mediada através de recursos tecnológicos 
que possibilitam superar a distância física. Como os modelos evoluíram ao longo do tempo as 
tecnologias de entrega dos materiais didáticos passaram a adotar cada vez mais os recursos das 
tecnologias de informática e comunicação. 
Na primeira geração, chamada de modelo de correspondência, havia o predomínio do material 
impresso. Na segunda geração o modelo multimídia imperou, trazendo a fita de áudio, vídeo, a 
aprendizagem baseada em computadores e o vídeo interativo. A terceira geração se caracterizou 
pelo tele-aprendizado com destaque para as áudio-teleconferências, videoconferência e TV/radio 
Broadcast. Na quarta geração o modelo de aprendizagem flexível reforçou o uso da multimídia 
interativa on-line, acesso a Web baseada em recursos e comunicação mediada por computador. 
Na quinta geração observamos a ainda presença das tecnologias Web e um modelo de 
aprendizagem flexível e inteligente, onde predominam recursos como: multimídia interativa on-
line, acesso a Web baseada em recursos, comunicação mediada por computador usando 
sistemas de respostas automáticas e portais que permitem acesso aos recursos e processos da 
instituição (Campos, 2007).
Existem inúmeros exemplos no mundo em que a modalidade de Educação a Distância é utilizada 
com muita qualidade acadêmica. No Brasil, no âmbito das instituições públicas, devemos reportar 
as iniciativas da UNIREDE (www.unirede.br) que congrega as universidades públicas brasileiras 
em consórcios e parcerias. Cabe ressaltar, ainda, as experiências da Universidade Federal de 
Mato Grosso (http://www.nead.ufmt.br/NEAD2006/principal.aspx#), na formação de professores, 
3
http://www.nead.ufmt.br/NEAD2006/principal.aspx#
do Consórcio CEDERJ do Estado do Rio de Janeiro (http://www.cederj.edu.br/cecierj/), na 
formação de um grande número de profissionais em diferentes cursos e em vários pólos, e tantas 
outras ações e projetos que vêm se consolidando como casos de sucesso na formação de 
profissionais em serviço. O Estado de Minas Gerais se destacou ao patrocinar o Projeto Veredas 
para formação superior de professores dos anos iniciais do ensino fundamental.
Na história recente da Educação a Distância no Brasil, a partir de 2004, o Ministério da Educação, 
através da Secretaria de Educação a Distância lançou os Editais Públicos I e II do Programa Pró 
Licenciatura e mais recentemente lançou o Projeto da Universidade Aberta do Brasil - UAB, que 
trouxeram para as instituições, notadamente as públicas, a possibilidade de participarem da oferta 
de cursos de graduação a distância com o apoio do Ministério da Educação.
O Sistema Universidade Aberta do Brasil foi criado em 2005, no âmbito do Fórum das Estatais 
pela Educação, para a articulação e integração de um sistema nacional de Educação superior a 
distância, em caráter experimental, visando sistematizar as ações, programas, projetos, atividades 
pertencentes as políticas públicas voltadas para a ampliação e interiorização da oferta do ensino 
superior gratuito e de qualidade no Brasil. É uma parceria entre consórcios públicos nos três 
níveis governamentais (federal, estadual e municipal), universidades públicas e demais 
organizações interessadas. 
Para a consecução do UAB, o Ministério da Educação, através da SEED lançou o Edital N° 1, em 
20 de dezembro de 2005, com a Chamada Pública para a seleção de pólos municipais e 
estaduais de apoio presencial e de cursos superiores de Instituições Federais de Ensino Superior 
na Modalidade de Educação a Distância, para cursos com início em 2007. Em 14 de novembro de 
2006 foi lançado o 2º Edital, que ampliou a chamada para as universidades estaduais e 
municipais.
O que você pensa sobre o Sistema Universidade Aberta do Brasil? Seus objetivos serão alcançados? Os 
investimentos são suficientes?
1.1.3 Conceitos 
Estudiosos da área encontram muitas dificuldades em conceituar Educação a Distância devido à 
crescente evolução que vem ocorrendo neste domínio. Essa evolução acontece, principalmente, 
no uso das tecnologias, na mediação da comunicação professor-aluno e nas técnicas e 
metodologias voltadas para a criação e melhoria dos cursos. 
4
http://www.cederj.edu.br/cecierj/
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB no art. 47, § 3º define que a Educação a Distância 
deve ser compreendida como a atividade pedagógica que é caracterizada por um processo de 
ensino-aprendizagem realizado com mediação docente e a utilização de recursos didáticos 
sistematicamente organizados, apresentados em diferentes suportes tecnológicos de informação 
e comunicação, os quais podem ser utilizados de forma isolada ou combinadamente, sem a 
freqüência obrigatória de alunos e professores.
O Decreto n° 5622, de 19 de dezembro de 2005, em seu artigo 1º, define Educação a Distância 
como modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino 
e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias da informação e da comunicação, 
com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares e tempos 
diversos. Esse decreto ressalta ainda que a Educação a Distância organiza-se segundo 
metodologia, gestão e avaliação peculiares, para as quais deverá estar previsto a obrigatoriedade 
de momentos presencias.
A literatura trás uma grande diversidade de definiçõespara EAD, entretanto, é possível perceber 
que há um conjunto de características comuns e que podem ser assim sumarizadas (Nunes, 
2005):
• separação física entre professor e aluno, que a distingue do ensino presencial;
• influência da organização educacional (planejamento, sistematização, plano, projeto, 
organização dirigida, entre outros), que a diferencia da educação individual;
• utilização de meios técnicos de comunicação para unir o professor ao aluno e transmitir 
os conteúdos educativos;
• previsão de uma comunicação de mão dupla, onde o estudante se beneficia de um 
diálogo, e da possibilidade de iniciativas de dupla via;
• possibilidade de encontros presenciais com propósitos didáticos e de socialização.
Apesar da reunião destes elementos considerados centrais, a dificuldade de se apresentar um 
conceito para EAD está associada, muitas vezes, a existência de várias definições que se 
contradizem. Existem ainda, termos alternativos como Ensino a Distância, Aprendizagem a 
Distância, Aprendizagem Distribuída, Educação Virtual Interativa, Educação Mediada por 
Tecnologia, Teleaprendizagem, numa possível tentativa de contornar problemas de definição de 
aspectos conceituais associados ao tema.
5
Procure na Web ou em materiais impressos uma outra conceituação de Educação a Distância ou escreva 
uma com suas próprias palavras.
1.1.4 Legislação brasileira 
No Brasil, as bases legais para a modalidade de Educação a Distância foram estabelecidas 
pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996), 
que foi regulamentada pelo Decreto n.º 5.622, publicado no D.O.U. de 20/12/05 (que revogou 
o Decreto n.º 2.494, de 10 de fevereiro de 1998, e o Decreto n.º 2.561, de 27 de abril de 1998) 
com normatização definida na Portaria Ministerial n.º 4.361, de 2004 (que revogou a Portaria 
Ministerial n.º 301, de 07 de abril de 1998). Em 3 de abril de 2001, a Resolução n.º 1, do 
Conselho Nacional de Educação estabeleceu as normas para a pós-graduação lato e stricto 
sensu. 
Em 11 de janeiro de 2007 foi publicada pelo MEC a Portaria Normativa n.º 2, que dispõe sobre os 
procedimentos de regulação e avaliação da educação superior na modalidade a distância.
No caso da oferta de cursos de graduação e Educação profissional em nível tecnológico, a 
instituição interessada deve credenciar-se junto ao Ministério da Educação, solicitando, para isto, 
a autorização de funcionamento para cada curso que pretenda oferecer. O processo é analisado 
na Secretaria de Educação Superior, por uma Comissão de Especialistas na área do curso em 
questão e por especialistas em Educação a Distância. O Parecer dessa Comissão é encaminhado 
ao Conselho Nacional de Educação. 
Os cursos de graduação a distância propostos pelas instituições são avaliados de acordo com os 
mesmos procedimentos empregados para os cursos presenciais submetidos, sendo que a 
qualidade do projeto da instituição será o foco principal da análise da Comissão. Para orientar a 
elaboração de um projeto de curso de graduação a distância, a Secretaria de Educação a 
Distância elaborou o documento Referencial de qualidade de EAD para Cursos de Graduação a 
Distância, disponível no site do Ministério da Educação para consulta 
(http://portal.mec.gov.br/seed/index.php?option=content&task=view&id=62&Itemid=191). 
No Portal do MEC encontra-se também, a relação de todas as instituições públicas e privadas 
credenciadas para a oferta de cursos superiores a distância no Brasil, 
(http://portal.mec.gov.br/sesu/index.php?option=content&task=category&sectionid=7&id=100&Item
id=298). 
6
http://portal.mec.gov.br/sesu/index.php?option=content&task=category&sectionid=7&id=100&Itemid=298
http://portal.mec.gov.br/sesu/index.php?option=content&task=category&sectionid=7&id=100&Itemid=298
 Você acredita que a EAD contribuirá para transformar a realidade da Educação no Brasil? E no seu 
Estado, o que pode mudar com a maior disseminação da EAD?
1.2.Teorias de aprendizagens aplicadas à EAD
Em geral, todo processo educacional é fundamentado em uma teoria de aprendizagem. A 
Educação a Distância também deve fundamentar-se em uma visão de como ocorre o processo de 
aprendizagem. A exploração dos fundamentos das teorias de aprendizagem gera impactos tanto 
nas situações educacionais de sala de aula, quanto naquelas mediadas pelas novas tecnologias 
de informação e comunicação, principalmente pelas redes de comunicação. 
Baseado nas teorias, o professor define as etapas do processo de ensino e aprendizagem, prevê 
as atividades a serem realizadas pelos alunos e como elas devem ser realizadas, as formas de 
acompanhamento do trabalho do aluno e a política de avaliação adotada. 
Três teorias de aprendizagem têm sido consideradas as mais representativas das correntes atuais 
do pensamento educacional: 
• Comportamentalismo 
• Construtivismo 
• Sócio-Interacionismo
Cada uma delas permite desenhar um ou mais cenários de Educação a Distância. 
1.2.1 Comportamentalismo 
Entende que o homem é um organismo passivo, governado por estímulos fornecidos pelo 
ambiente externo (Skinner, 1974). O comportamento é o que pode ser observado e tudo o que 
responde a mudança em contingências de reforço. A aprendizagem é descrita como um 
repositório de comportamentos que se manifestam a partir de um estímulo particular e da 
probabilidade de um comportamento especializado. 
O reforço é o elemento mais importante do processo de ensino, mas não é somente a presença 
de estímulos ou da resposta que leva à aprendizagem, mas a presença das contingências de 
reforço. A aprendizagem seria tudo que pode ser observável através da mudança persistente no 
comportamento do aluno em decorrência de estímulos e reforços positivos.
7
As situações educacionais baseadas nas teorias comportamentalistas têm o foco na instrução 
individual. A finalidade do processo educacional é levar o aluno a apreender conteúdos 
curriculares, basicamente por memorização das informações fornecidas pelo professor. Não são 
considerados os interesses e as motivações individuais. O feedback deve ser constante e a 
avaliação é, de um modo geral, individual e através de testes objetivos. A interação e cooperação 
entre alunos não são aspectos fundamentais para a aprendizagem. 
O cenário comportamentalista ainda é bastante utilizado nas salas de aula presenciais. A 
exploração desta abordagem nos cursos a distância integra diversas atividades que, em geral, 
simulam as salas de aula presencias, dando suporte para o acesso ao material didático de cursos, 
demandam a entrega de tarefas acadêmicas e a comunicação com o professor e com outros 
estudantes. 
O material didático pode incluir vídeos, textos, guias para o estudante e sites Web. Os ambientes 
integrados visam apoiar a criação e aplicação de cursos à distância, se apresentando como 
solução de baixo custo e longo alcance tanto para a implementação de programas de educação 
continuada, como para apoio do processo de estudo de conteúdos curriculares na educação 
formal (Alves, 2001). 
1.2.2 Construtivismo
O conhecimento é (re)construído pelo indivíduo nas interações com o ambiente externo. A 
aprendizagem é uma construção contínua considerando modificações dos atributos da estrutura 
cognitiva em face de novas informações. Dois teóricos nos auxiliam a entender o alcance do 
construtivismo no processo educacional: Piaget e Bruner. Para Piaget (1978) o desenvolvimento 
da inteligência é uma contínua adaptação ao ambiente através de um processo de maturação. O 
conhecimento progride através da formação de estruturas, negando o mecanismo de justaposição 
de conhecimentos advogado pelos comportamentalistas. O pensamento é organizadoatravés da 
adaptação de experiências e das solicitações do ambiente. Tal organização forma as estruturas. 
Bruner (1966) preocupa-se em induzir uma participação ativa do aluno no processo de 
aprendizagem, contemplando a aprendizagem por descoberta. 
Há alguns cenários EAD para o desenvolvimento de situações de aprendizagem de base 
construtivista. Por exemplo: quando um professor oferece ao aluno ou grupos de alunos: (i) um 
tema, um conjunto de fontes e o acesso às fontes. O trabalho de navegação é livre ou pouco 
direcionado. Espera-se que o aluno aprenda por descoberta imprevista e descoberta de 
8
exploração livre; ou (ii) o objetivo educacional a ser atingido é uma tarefa a ser cumprida. Para 
tanto, ele tem acesso a um conteúdo curricular. Espera-se que o aluno aprenda por recepção 
direcionada, exposição indutiva e/ou exposição dedutiva.
Este cenário não tem sido muito utilizado em sala de aula porque o professor não foi formado para 
adotá-lo. Mas, a Internet pode ajudar na construção de tal cenário, através de sites de estudo, 
portais temáticos e ferramentas de comunicação disponíveis. Neste caso, cabe ao professor 
estruturar ou selecionar o material didático, segundo seus critérios. Não é previsto o controle da 
navegação, a captura de indicadores sobre a atuação do aluno ou algum tipo de avaliação. O 
controle do aprendizado cabe ao aluno, ficando à sua escolha como percorrer a informação 
disponível. 
A difusão das tecnologias interativas promete facilitar a aprendizagem individual e colaborativa, e 
está possibilitando a criação de novos ambientes de aprendizagem, as chamadas “comunidades 
ou ambientes virtuais”, onde aprendizes de qualquer localidade trocam informações e aprendem 
de forma interativa através da Web. 
Neste contexto, a distância pode ser vista como um elemento positivo para o desenvolvimento da 
autonomia na aprendizagem, permitindo que o estudante assimile conhecimento no seu próprio 
ritmo. Já os portais temáticos reúnem em um mesmo espaço virtual informações selecionadas 
sobre um determinado assunto ou campo do conhecimento, oferecendo formas de comunicação 
entre seus usuários e podem dispor serviços de busca, de FAQ (Frenquently Asked Questions), 
etc. 
1.2.3 Sócio-interacionismo 
A construção do conhecimento é uma construção coletiva, marcada pela história e pela cultura. O 
desenvolvimento cognitivo é apoiado na concepção de um organismo vivo, onde o pensamento é 
construído gradativamente em um ambiente histórico e, em essência, social (Vygotsky, 1989). A 
interação social possui um papel fundamental no desenvolvimento cognitivo e toda função no 
desenvolvimento cultural do sujeito aparece primeiro no nível social, entre pessoas, e depois no 
nível individual, dentro do próprio sujeito. A aprendizagem é resultado das interações sociais e um 
processo social contínuo. 
A idéia de zona de desenvolvimento proximal, considerada como um nível intermediário entre o 
nível de desenvolvimento real e o nível de desenvolvimento potencial, é um conceito chave no 
sócio-interacionismo. 
9
As situações educacionais desenvolvidas segundo a ótica sócio-interacionista utilizam os espaços 
de trabalho cooperativo e de expressão do grupo. Quando se deseja transpor estas situações 
para a Internet pode-se utilizar: 
• um ambiente de aprendizagem cooperativa; ou 
• criar um repositório de informações do trabalho em grupo, para registrar a comunicação 
entre os participantes, suas decisões e atividades, além de registrar as informações 
pessoais e atividades individuais de cada membro.
Reflita sobre as possibilidades de adoção de modelos de aprendizagem mais participativos em projetos 
de EAD. Estamos diante de um novo paradigma?
1.3 Referenciais de qualidade 
A Educação a Distância tem identidade própria, não estando limitada a uma concepção supletiva 
do ensino presencial, entretanto, não há um único modelo de EAD. Os projetos podem apresentar 
desenhos e combinações de recursos diferenciados, dependendo das condições de cada cenário, 
mas o projeto de Educação a Distância tem que ser comprometido com a qualidade.
Os cursos à distância contêm características que os diferenciam do ensino presencial: 
• material didático
• grade curricular
• formas de comunicação
• tutoria presencial e a distância. 
O Referencial de Qualidade de EAD proposto pelo MEC (www.mec.gov.br) para a autorização de 
cursos de graduação a distância apresenta uma lista de itens, que devem ser considerados em 
um curso a distância, e tem por objetivo orientar alunos, professores, técnicos e gestores de 
instituições de ensino superior na elaboração de novos projetos, visando que seus processos e 
produtos alcancem um alto nível de qualidade.
Os indicadores sugeridos não têm força de lei, mas servem para orientação e devem merecer a 
atenção das instituições que preparam seus programas de graduação à distância. Esses 
indicadores são:
10
http://www.mec.gov.br/
• integração com políticas, diretrizes e padrões de qualidade definidos para o ensino 
superior como um todo e para o curso específico; 
• desenho do projeto: a identidade da Educação a Distância;
• equipe profissional multidisciplinar;
• comunicação/interatividade entre professor e aluno;
• qualidade dos recursos educacionais;
• infra-estrutura de apoio;
• avaliação de qualidade contínua e abrangente;
• convênios e parcerias;
• edital e informações sobre o curso de graduação a distância;
• custos de implementação e manutenção da graduação a distância.
Que características de um projeto de Educação a Distância você identifica como fundamentais para o seu 
sucesso?
ANOTAÇÕES 
11
Parte II
Mídias e Plataformas de EAD
2.1 Mídias para EAD 
Estamos em uma era onde a Educação exige ciclos constantes e respostas imediatas, não mais 
delimitadas pela sala de aula. Neste panorama a incorporação de novas metodologias, técnicas e 
mídias à EAD viabilizam o desenvolvimento de cursos bem elaborados, com a intenção de 
superar a separação física existente entre professor e aluno e procurando melhorar a 
interatividade entre eles. 
O computador e as redes de comunicação se converteram em elementos fundamentais do 
processo de comunicação virtual e a Web entra como uma ferramenta que permite o acesso a um 
mega sistema de informações. A Educação não é mais unidirecional, a informação circula agora 
de forma bidirecional, colaborativa e interdisciplinar e as tecnologias quebram barreiras 
geográficas e temporais. 
As primeiras redes de computadores surgiram no final dos anos 60 e início dos anos 70, sendo 
conhecidas como tecnologias de Redes Locais (LANs - Local Area Networks). Estas redes eram 
compostas por computadores menores e mais baratos e pela necessidade de compartilhamento 
de dados e informações. Porém, as várias tecnologias de Redes Locais não eram compatíveis. 
Começavam então a ser construídas as chamadas WANs (Wide Area Networks), que conectavam 
computadores distantes geograficamente. No entanto, LANs e WANs eram incompatíveis entre si. 
A questão pendente era como maximizar o uso de recursos computacionais e compartilhar dados 
geograficamente remotos, com compatibilidade, segurança e rapidez. No final de 1970, usando 
tecnologias variadas, surge o projeto ARPA (Advanced Research Projects Agency), visando 
resolver os problemas de incompatibilidade das redes. O principal aspecto das pesquisas do 
ARPA era um enfoque novo para interconectar LANs e WANs, que se tornou conhecido como 
Internet. 
A partir de meados de 80, a Internet é, de forma crescente, um conjunto de redes de 
computadores que interligam milhões de computadores, se tornando um espaço enorme de troca 
de informações e comunicação. Este avanço tecnológico foi, e está sendo, fruto de demandas 
sociais e dossetores produtivos. pois os problemas e desafios do mundo moderno apresentam 
tais dimensões e complexidade que sua solução envolve cada vez o trabalho em equipe.
12
É relativamente recente o desenvolvimento de diferentes tecnologias que permitiram o avanço da 
Internet e consequentemente da World Wide Web – Web, o serviço mais conhecido e utilizado 
dessa tecnologia. O compartilhamento de canais de informação, a digitalização de imagens e 
sons, a possibilidade de acesso simultâneo de diversos usuários a mesma fonte de informação, as 
interfaces gráficas, entre outras, forneceram a infra-estrutura necessária para a consolidação do 
hipertexto como principal forma de apresentar e recuperar material didático e outro tipo de 
informação nos sistemas de Educação a Distância da Internet. 
O avanço das tecnologias de redes de computadores, o crescimento das telecomunicações e 
conseqüente convergência das duas proporcionaram a liberação das barreiras espaço-temporais, 
permitindo o acesso à informação, ao uso de documentos distribuídos por diferentes máquinas, à 
replicação das imagens nas telas dos participantes e à transmissão de caracteres, áudio e 
imagem, abrindo novas possibilidades para o processo educacional.
Com as redes de computadores o envio e busca de textos se faz com maior rapidez. A Web 
permite que não só seja agilizado o processo de acesso a documentos textuais, mas também a 
gráficos, fotografias, sons e vídeos, de forma não-linear usando a tecnologia de hipermídia. O 
correio eletrônico permite que as pessoas se comuniquem assincronamente, enquanto que chats 
ou bate-papos permitem a comunicação síncrona entre várias pessoas. Neste caso, as novas 
tecnologias permitem também a realização de videoconferências, integrando componentes 
audiovisuais e textuais.
Nesse cenário podemos classificar a "Evolução da Educação a Distância" organizando as 
tecnologias em (figura 1): geração textual, geração analógica, geração digital.
Geração Textual Geração Analógica Geração Digital
Livro
Apostila
Revista
Artigo (em anais)
Carta (correio tradicional)
Imagem (foto, desenho etc.)
Jogos
Televisão
Vídeo
Rádio
Telefone
Fax
Áudio (fita K7 etc.)
Hipertexto
Multimídia
CD-Rom
Software Educacional
Editor (texto, imagem etc.)
Realidade Virtual
Simulador
Correio-eletrônico (e-mail)
Lista de discussão
Chat (bate-papo)
Videoconferência
Jogos
Figura 1. A evolução da Educação a Distância (Pimentel, 1999)
Quando falamos em mídias para a EAD é importante diferenciar os recursos de comunicação e as 
mídias a serem usadas na elaboração do material didático (figura 2). As ferramentas de 
comunicação podem ser classificadas em síncronas e assíncronas, e seu uso deve ser adequado 
13
aos propósitos da interação. A prática de EAD mostra que dentre as ferramentas síncronas mais 
utilizadas em EAD estão o Chat e Vídeo-Conferência e entre as ferramentas assíncronas se 
destacam o e-mail, o fórum de discussão, a lista de discussão e o quadro de avisos. Podemos 
considerar que as mídias que concentram as maiores possibilidades para a elaboração de 
material didático, tanto na forma impressa, quanto em CD-ROM e na Web são: textos, figuras, 
animação, vídeos, multimídia e hipermídia, Realidade Virtual e objetos de aprendizagem.
Figura 2 – Tecnologias de comunicação e mídias para EAD
Os documentos hipermídia permitem o acesso a grandes quantidades de informação de maneira 
flexível e interativa, facilitando a exploração do conhecimento e o aprendizado. Uma hipermídia 
pode ser vista como um sistema de base de dados com um acesso não-seqüencial, composto de 
nós e ligações. Cada nó pode conter elementos de multimídia como textos, gráficos, sons, música, 
vídeos, imagens e animações. Ou seja, a multimídia oferece uma variedade de tipos de dados que 
facilitam a flexibilidade de expressar a informação, enquanto que, a hipermídia oferece uma 
estrutura de controle para a navegação através da organização da informação em nós.
A tecnologia de Realidade Virtual – RV - vem se destacando nos últimos anos por sua 
versatilidade de exploração em diferentes domínios do conhecimento. Através de técnicas e 
equipamentos específicos, tais como óculos 3D, luvas e rastreadores de posição, a tecnologia de 
RV permite ao usuário o uso do computador de uma forma mais intuitiva, criando a sensação de 
estar dentro da interface. Os equipamentos captam os movimentos dos usuários e respondem em 
tempo real, favorecendo uma interação mais realística e gerando sensações próximas àquelas 
EAD
Comunicação Mídias
Síncrona Assíncrona Web CD Impresso
Objetos
Aprendizagem ... TextoFiguraAnimaçãoVídeoRealidadeVirtualHipermídia
E-mailFórumVídeoConferência
Quadro 
AvisoChat
14
experimentadas em ambientes reais similares. Entretanto, as aplicações mais comuns ainda são 
aquelas que utilizam a tela plana do computador para a visualização das cenas 3D.
A RV pode ser usada na EAD para que possamos aprender visitando lugares onde jamais 
estaríamos na vida real, ou realizando atividades que seriam impossíveis ou perigosas de serem 
realizadas ao vivo. Os ambientes virtuais 3D promovem uma experiência individual, em primeira 
pessoa, o que facilitaria o aprendizado de novos conceitos. Atualmente, a evolução das redes e 
dos equipamentos de hardware têm contribuído para ampliar o escopo das aplicações de RV. 
Vários pesquisadores vêm desenvolvendo aplicações que poderiam ser utilizadas em cursos a 
distância, tais como simulações de eventos físicos. ou museus virtuais 
(http://www.louvre.fr/llv/musee/visite_virtuelle.jsp?bmLocale=fr_FR). Neste caso, temos como 
exemplo, o trabalho desenvolvido por Cardoso (2004), que criou uma plataforma para a simulação 
de eventos de física, onde o aluno pode controlar as variáveis envolvidas nas experiências de 
mecânica, ótica ou eletrônica. No caso da mecânica, o usuário pode controlar uma simulação de 
movimento de objetos, onde ele pode variar o tipo de piso, ou o peso do carrinho e assistir a sua 
movimentação. 
Procure saber mais sobre as mídias para materiais didáticos na Web e suas possibilidades de uso nas 
suas áreas de interesse.
Objetos de aprendizagem são quaisquer recursos digitais que possam ser reutilizados para 
suporte ao ensino. De acordo com o Learning Objects Metadata Workgroup, Objetos de 
Aprendizagem podem ser definidos por "qualquer entidade, digital ou não digital, que possa ser 
utilizada, reutilizada ou referenciada durante o aprendizado suportado por tecnologias" 
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Objeto_de_aprendizagem). 
A principal idéia dos objetos de aprendizagem é quebrar os materiais de aprendizagem em 
pequenos conteúdos, que possam ser reutilizados em diferentes ambientes de aprendizagem. A 
idéia é que esses componentes educacionais sejam disponibilizados na Web em vários formatos 
diferentes, como hipertexto, vídeo, animações, pequeno software, simulação etc. Quem incorpora 
os objetos de aprendizagem pode interagir com eles, personalizando-os e adequando-os às suas 
necessidades. 
De acordo com a Wikipedia, a reusabilidade é obtida com o armazenamento lógico dos objetos, 
permitindo que eles sejam localizados a partir da busca por temas, por nível de dificuldade, por 
autor ou por relação com outros objetos em repositorios. 
15
http://www.louvre.fr/llv/musee/visite_virtuelle.jsp?bmLocale=fr_FR
Os objetos de aprendizagem são vistos como peças–chave para a melhoria da qualidade do 
oferecimento de material didático e como uma solução eficiente para os problemas de 
padronização e redução de custo de desenvolvimento de conteúdo na medida em que podem ser 
reutilizados (Perpétuo et al., 2004). 
Clark (1998) cita dois tipos de objetos de aprendizagem: (a) objetos de informação ou de 
conhecimentoe (b) objetos instrucionais. Os objetos de informação são partes apresentações, 
necessários à entrega de conteúdos como fatos, conceitos, processos, procedimentos e 
princípios. Os objetos instrucionais correspondem a objetivos de aprendizagem, exercícios 
práticos e feedback. Eles podem também incluir simulações, materiais multimídia e jogos 
educativos. 
Um exemplo brasileiro de construção de Objetos de Aprendizagem para a Educação Básica 
(Ensino Médio) é a Fábrica Virtual do RIVED (http://rived.proinfo.mec.gov.br/). Entre os objetos de 
aprendizagem disponiveis, está Mecanica Vetorial (http://www.mecanicavetorial.com/), que reúne 
informações textuais, um jogo educativo e simulações sobre o assunto. A figura 3 apresenta a 
interface principal do objeto, a partir da qual as funcionalidades do objeto são acionadas.
Figura 3 – Tela de um objeto de aprendizagem (http://www.mecanicavetorial.com/).
Procure na Web repositórios de objetos de aprendizagem e identifique alguns que possam ser 
reutilizados em sua disciplina. Quais características de qualidade um objeto de aprendizagem deve ter?
16
http://www.mecanicavetorial.com/
http://www.mecanicavetorial.com/
Segundo Aquino (2006), atualmente, vivemos a passagem da Web 1.0 para a Web 2.0 com o 
surgimento de ferramentas que permitem a escrita coletiva via hipertexto. Estas ferramentas são 
os blogs e a Wikipédia
Os blogs são páginas pessoais extremante populares nos dias de hoje. Para Aquino (2006):
O que caracteriza o blog como uma ferramenta de caráter coletivo é a possibilidade que os leitores de 
um blog têm de inserir comentários, e consequentemente links, nestes espaços. Além disso, os 
blogueiros linkam em seus blogs, os blogs de outros indivíduos, bem como diversos sites, o que forma 
uma espécie de comunidade entre os blogueiros e uma modificação na rede hipertextual como um todo, 
através da linkagem de outras páginas (é o usuário comum interferindo na morfologia da Rede). Assim, 
ainda que o leitor não se torne um co-autor efetivo, já que não interfere no post, ele pode se tornar um 
colaborador do dono do blog, já que pode fazer sugestões, críticas, e comentários, através de textos e 
links, no comentários.
A Wikipedia é um hipertexto coletivo por excelência. O sistema funciona através de um script 
instalado no servidor, o que permite que qualquer usuário da Internet altere ou edite, sem que seja 
necessária a autorização do autor, as páginas de informação. Cada alteração realizada 
permanece salva dentro do sistema, podendo ser verificada retrospectivamente. De acordo com 
Primo e Recuero (2003, in Aquino, 2006), cada alteração, cada inclusão de link dentro de um 
verbete da Wikipedia modifica toda sua rede hipertextual e dessa forma constrói-se um hipertexto 
do tipo cooperativo. 
2.2 Plataformas de EAD
A Educação a Distância utiliza as tecnologias da Web principalmente para a comunicação de 
gestores, professores, tutores e alunos. Os ambientes virtuais de aprendizagem ou plataformas de 
EAD fornecem as ferramentas que viabilizam a comunicação entre todos os atores e trouxeram a 
expansão e acessibilidade do conhecimento. 
Nos últimos anos, diferentes ambientes para a construção, administração e apresentação de 
cursos à distância têm sido propostos em todo o mundo. Alguns se destacam por oferecer meios 
de integração de recursos textuais, de som e de imagem, além de apoio para as interações entre 
os participantes. Muitos destes sistemas ficam restritos às instituições que os desenvolvem, 
enquanto que outros tornam-se produtos comerciais. Mais recentemente, o sistema Moodle, que é 
um software livre, vem tomando o espaço do sistema mais bem conhecido e difundido.
Alguns ambientes computacionais de apoio à EAD oferecem funcionalidades que facilitam a 
passagem gradual do modelo de sala de aula presencial para a sala de aula virtual, concentrando 
seus esforços na ampliação dos espaços de comunicação entre os participantes de um curso.
17
É necessário que as plataformas de EAD ofereçam o máximo de interatividade, usabilidade, 
integridade e desempenho para os seus usuários, sendo que a interatividade é um ponto crítico, 
pois não se trata somente de dar suporte às interações de ensino-aprendizagem entre alunos, 
professores, material didático e instituição de ensino. Trata-se também de possibilitar a formação 
de uma comunidade virtual que facilite a convivência social e a colaboração em grupo.
As plataformas de EAD podem ser então definidas como uma coleção de ferramentas para 
criação de material educacional, gerenciamento da participação do aluno, testes e avaliações, 
enfim tudo que é necessário em um ambiente de ensino/aprendizagem, incluindo as 
funcionalidades necessárias para a comunicação entre os participantes do processo. 
As ferramentas e funcionalidades das plataformas de EAD têm que facilitar a sua utilização por 
todos os atores do processo educativo: suporte, coordenadores, professores, tutores e alunos. 
Para esses diferentes usuários o software deve oferecer visões específicas, que se refletem na 
permissão do acesso às funcionalidades: o pessoal do suporte tem o acesso mais amplo, os 
coordenadores, professores e tutores, geralmente têm acesso às ferramentas de edição, 
gerenciamento de avaliação e acompanhamento de participação, e os alunos, em geral, têm 
acesso às funcionalidades associadas às suas atividades educacionais.
Algumas características e funcionalidade presentes na maioria das plataformas de EAD podem 
ser assim resumidas:
• Oferecer ferramentas para disponibilizar material didático virtual para os alunos e links 
para outros sites na Web;
• Oferecer ferramentas para avaliar o progresso e o desenvolvimento dos alunos;
• Oferecer ferramentas para administrar avaliações, testes e exercícios, mantendo os 
resultados armazenados;
• Oferecer ferramentas para ajudar os professores a administrarem aulas e notas;
• Facilitar a edição/criação das páginas na Web;
• Oferecer ferramentas de cadastro de usuários e de portifólios individuais;
• Oferecer uma grande diversidade de ferramentas de comunicação.
Nenhuma plataforma, sozinha, poderá contemplar todas as necessidades e idiossincrasias das 
instituições, dos projetos e cursos de EAD, por isso elas devem:
• Atender objetivos e concepções pedagógicas diversas;
18
• Apoiar projetos à distância e presenciais que utilizem as plataformas como apoio; 
• Contemplar os diversos modelos de avaliação;
• Contemplar as diferentes visões dos usuários;
• Permitir o uso flexível dos diferentes recursos e ferramentas.
No ambiente virtual a aprendizagem não pode ser passiva. A construção do conhecimento deve 
ser o resultado de um processo coletivo, através de um processo ativo de aprendizagem. Os 
estudantes não são apenas responsáveis pela sua conexão, mas também devem contribuir com o 
processo de aprendizagem por meio do envio de mensagens com seus pensamentos e suas 
idéias. Ao fazerem isso, alunos e professores estão criando uma rede de aprendizagem, onde os 
fios são compostos pela interação entre eles (Palloff & Pratt, 2002 in Araújo e Filho, 2005). 
Com o avanço das tecnologias digitais móveis têm surgido propostas de incorporação desses 
dispositivos aos ambientes educacionais virtuais. Esses projetos podem mudar o paradigma da 
formação de Comunidades Virtuais de aprendizado, a custos acessíveis, em projetos de 
Educação a Distância. Esses ambientes utilizam dispositivos móveis como interface de acesso a 
um conjunto de serviços na Web, que garantem a interoperabilidade e a interação entre diferentes 
recursos e uma interação entre os usuários diversificada em termos de opções de dispositivos e 
computadores. 
A avaliação e a seleção de uma plataforma de Educação a Distância para um projeto exigema 
análise criteriosa de suas características para que a mesma seja adequada ao perfil dos seus 
diferentes usuários: gestores, professores, tutores e alunos. 
Nesse processo deve participar uma equipe multidisciplinar composta de todos os envolvidos no 
projeto e mais a equipe de suporte à plataforma e os seguintes itens devem ser considerados 
(Fernandes, 2007):
• Documentação: uma plataforma de EAD deve possuir uma documentação completa e 
abrangente de forma a possibilitar aos seus administradores e usuários suporte quanto ao 
uso de todas as suas funcionalidades.
• Escalabilidade: uma plataforma deve possuir o mesmo desempenho para variados 
números de usuários. Uma plataforma escalável deve possuir desempenho semelhante 
tanto para poucos quanto para grandes quantidades de usuários, mesmo quando 
estiverem realizando acessos simultâneos.
19
• Extensibilidade: outro quesito importante é a extensibilidade das plataformas de EAD, isto 
é, a capacidade da plataforma de aceitar novos módulos à sua estrutura. Esta 
característica é essencial para a prática da EAD que evolui constantemente.
• Recursos: grande parte de uma plataforma de EAD é composta pelos recursos que ela 
possui. São estes recursos que vão proporcionar a interação entre os envolvidos no 
processo de aprendizagem e na difusão do conteúdo a ser apresentado.
• Usabilidade : uma plataforma rica em recursos pode não ser adequada se estes recursos 
não são apresentados ao usuário de forma clara e fácil. Um dos maiores empecilhos à 
difusão de uma plataforma é o fato de que nem todos os usuários possuem um 
conhecimento mínimo para utilizar a Internet. A interface e a navegabilidade do sistema 
devem utilizar os conceitos de usabilidade para se tornar de fácil uso e compreensão, 
incluindo os usuários mais inexperientes e os portadores de necessidades especiais.
• Manutenção: um dos quesitos mais importantes de uma plataforma se refere ao custo da 
sua manutenção. Deve ser levado em consideração o custo financeiro para a alocação de 
responsáveis para a manutenção da plataforma e o nível de conhecimento técnico que 
estes responsáveis necessitam ter para realizar esta manutenção.
LEIA NO APÊNDICE O MINI TUTORIAL SOBRE A PLATAFORMA MOODLE.
2.3 Educação a Distância baseada na Web 
O desafio da implantação de projetos de EAD nos coloca frente às dificuldades de instituir uma 
nova cultura educacional e uma nova forma de interação, onde deixamos de contar com a 
presencialidade como condição para a realização das práticas educativas.
Gatti (2005) considera que a interatividade, uma das principais qualidades de programas de EAD, 
deve ser constante, continuada, atenciosa e cuidada. Segundo a autora a interatividade deve ser 
propiciada por diferentes meios no mesmo programa: momentos presenciais coletivos, Internet, 
telefone, videoconferências, tele-salas, teleconferência, etc.
A utilização da Web vem sendo cada vez mais usada para apoiar a realização das atividades dos 
cursos de EAD e isto se deve, às diferentes formas de comunicação que as redes oferecem e nos 
diferentes níveis de interação entre os atores do processo educacional. Essas diversas formas de 
comunicação podem ser resumidas em: 
20
• Comunicação de um para um : os participantes de uma aula apoiada na Web podem 
conversar entre si privativamente através de e-mail (forma assíncrona) ou de chats on-line 
(forma síncrona), a utilização do e-mail permite a troca de documentos complexos, já os 
chats limitam esses arquivos, quando muito, a imagens; outra possibilidade é a utilização 
da vídeoconferência.
• Comunicação de um para muitos: São apresentações on-line ou anúncios, que podem ser 
colocados em quadros de aviso, listas de discussão ou até mesmo em sessões de chat 
com a presença de todos.
• Comunicação de muitos para muitos: Esse tipo de comunicação é facilitada por diversos 
recursos da Web, como por exemplo, chats on-line, listas de discussão e conferências de 
áudio e vídeo. 
Nesse contexto a Educação baseada na Web, priorizando o uso de Tecnologias de Informação e 
Comunicação - TIC para disponibilização e publicação de material didático e para a interação e 
cooperação entre todos os atores do processo educacional se destaca como uma forma inovadora 
e alternativa para a formação em larga escala. 
A exploração dos recursos disponíveis na Web vem permitindo a criação de ambientes virtuais 
ricos em estímulos para a aprendizagem. Estes ambientes permitem que se aprenda de forma 
explorativa e automotivada, num ritmo próprio movido apenas pela vontade e pela capacidade de 
aprender (Chaves, 2005). A flexibilidade da Web cria várias situações de uso, distribuídas no 
tempo e na localização dos atores envolvidos, como observado na Figura 4 (Ferraz, 1999).
Em qualquer uma das possibilidades apresentadas, verifica-se a utilização de alguma forma de 
interação, seja através dos e-mails, grupos de discussão ou chats; no mesmo horário ou em 
horários diferentes. Independente da forma de interatividade entre professor-alunos e alunos-
alunos, a ocorrência desta comunicação poderá ser fundamental para o processo de 
aprendizagem, possibilitando o acompanhamento do desenvolvimento dos estudantes com 
aplicação de testes via formulários e apresentação de conferências multimídia. Na comunicação 
síncrona os estudantes podem dispor de televisões, telões, câmeras de vídeo e facilidades de 
áudio para receber as aulas de forma on-line e ao vivo, possibilitando a eles canais de 
comunicação mais direta com professores e tutores. Na forma assíncrona, em geral, as aulas são 
disponibilizadas na Web, permitindo o acesso independente de tempo e espaço. 
21
MESMO LOCAL OCASIONALMENTE
MESMO LOCAL
LOCAIS DIFERENTES
HORÁRIOS 
DIFERENTES
 Alunos e professores nunca se 
encontram fisicamente ou 
virtualmente. Exemplo: quando o 
material é distribuído via Web e usado 
o e-mail para mediar a comunicação
OCASIONALMENTE 
NO MESMO 
HORÁRIO
Quando os cursos 
tradicionais em sala de 
aula são combinados com 
listas de discussão para 
que os alunos possam 
tirar dúvidas
Quando encontros face-a-
face ocorrem apenas no 
início e no final do curso, 
sendo os demais encontros 
realizados de maneira 
virtual
Alunos e professores estão muito 
distantes fisicamente, porém ocorrem 
encontros virtuais esporádicos. 
Exemplo: chats ou bate-papos
MESMO HORÁRIO Alunos e instrutores não se encontram 
no mesmo lugar (fisicamente), mas os 
encontros ocorrem ao mesmo tempo 
de maneira virtual, tal como ocorrem 
nos sistemas de videoconferência
Figura 4 - Variações de tempo e de espaço no aprendizado a distância (Ferraz,1999)
A seguir, são especificadas algumas das ferramentas constantes na maioria das plataformas de 
EAD e destacadas a suas principais aplicações na EAD baseada na Web (Campos e Giraffa, 1999 
in Pimentel, 2006) (Figura 5).
Funcionalidade Descrição e uso
E-mail Indicado para a circulação de mensagens privadas, definição de cronogramas e 
transmissão de arquivos anexados e mensagens.
Chat Permite a comunicação síncrona de forma mais interativa e dinâmica, sendo 
utilizada para a realização de reuniões, aulas virtuais, seção de tira-dúvidas, 
discussões sobre assuntos trabalhados no curso e confraternização. Este recurso é 
também denominado de bate-papo.
Fórum Mecanismo propício aos debates, os assuntos são dispostos hierarquicamente, 
mantendo a relação entre o tópico lançado, respostas e contra-respostas. É usado 
para a realização de debates assíncronos, exposição de idéias e divulgação de 
informações diversas.
Lista de Discussão Auxilia o processo de discussão através do direcionamento automático das 
contribuições relativas a determinado assunto, previamente sugeridos, para a caixa 
de e-mail de todos os inscritos na lista.Apóia os debates assíncronos.
Mural Estudantes e professores podem disponibilizar mensagens que sejam interessantes 
para toda a turma. Essas mensagens, geralmente, são: divulgação de links, convites 
para eventos, notícias rápidas etc.
Portfólio É um espaço individual que dispõe de uma estrutura de armazenamento e 
exposição dos trabalhos dos estudantes, favorecendo a realização de comentários 
pelo professor e colegas da turma.
FAQ Esta ferramenta, também conhecida por Perguntas Freqüentes, auxilia o 
tutor/professor a disponibilizar para todos as perguntas mais freqüentes. Usada para 
a divulgação de instruções básicas e esclarecimento de dúvidas sobre o conteúdo 
discutido no curso.
Perfil Permite que os usuários (professores, tutores e alunos) disponibilizem informações 
pessoais (tais como: e-mail, fotos, mini-currículo) para todos os participantes.
Acompanhamento Apresenta informações que auxiliam o acompanhamento do estudante pelo 
professor ou tutor, assim como, o auto-acompanhamento por parte do estudante. Os 
relatórios gerados por esta ferramenta apresentam informações relativas ao 
22
histórico de acesso ao ambiente, notas, freqüência por seção do ambiente visitado, 
histórico dos artigos lidos e mensagens postadas para o fórum e correio, 
participação em sessões de chat e mapas de interação.
Avaliação (online) Esta ferramenta envolve as avaliações que devem ser feitas ou postadas pelos 
estudantes e recursos online para que o professor corrija as avaliações. Fornece 
informações a respeito das notas, registro das avaliações, tempo gasto para 
resposta etc.
Figura 5 - Ferramentas das Plataformas de EAD e suas aplicações 
(Campos e Giraffa ,1999 in Pimentel, 2006 ).
Quais ferramentas de comunicação na Internet você utiliza para interagir com seus alunos? Quais 
ferramentas você acha que deveria usar?
Em geral percebe-se que existem algumas características comuns encontradas em projetos de 
Educação a Distância: utilizar estas modalidades de comunicação apoiadas na Web em atividades 
associadas a uma abordagem mais construtivista, ou seja, envolver os estudantes em tarefas e 
atividades autênticas, promover a motivação intrínseca, realçar as questões geradas pelos 
estudantes e o interesse no aprendizado independente, mudar o papel do professor de fornecedor 
de informação para facilitador e mentor, prover suporte tecnológico a professores e alunos para 
facilitar a produção de atividades de aprendizagem, fornecer atividades síncronas e assíncronas 
em diferentes lugares e tempos e prover acesso eqüitativo às tecnologias de aprendizado em 
rede.
2.4 Aprendizagem cooperativa
A Aprendizagem Cooperativa pode ser definida como uma técnica através da qual estudantes se 
ajudam no processo de aprendizagem, atuando como parceiros entre si, e com o professor, com o 
objetivo de adquirir conhecimento sobre um dado objeto.
Na verdade, a idéia de aprendizagem cooperativa nos remete ao termo trabalho cooperativo. O 
trabalho cooperativo possui uma longa história nas ciências sociais, sendo primeiramente 
empregado no século XIX por economistas como designação geral e neutra do trabalho 
envolvendo múltiplos atores. A colaboração, a troca de informação, a capacidade de 
comunicação, o respeito às diferenças individuais e o exercício da negociação são requisitos 
importantes para o trabalho cooperativo. Para haver cooperação é necessário existir um ambiente 
democrático onde todos possam se expressar cooperando individualmente sem se sentirem 
ameaçados por alguma forma de poder. O papel da comunicação é fundamental, podendo ser 
realizada de várias formas, através de encontros face à face ou por meios eletrônicos. 
23
A aprendizagem cooperativa incorpora algumas facetas básicas do trabalho cooperativo, mas 
agrega elementos novos: a intencionalidade da aprendizagem e a tutoria (Barros, 1994). A 
aplicação de técnicas de aprendizagem cooperativa na educação formal é importante não só para 
a obtenção de ganhos no próprio processo ensino/aprendizagem, mas também na preparação dos 
indivíduos para situações futuras no ambiente de trabalho, onde cada vez mais atividades exigem 
pessoas aptas ao trabalho em equipe. 
A aprendizagem cooperativa independe do uso das novas tecnologias, exigindo basicamente uma 
postura pedagógica inovadora e sem preconceitos. Mas, a popularização e potencialidades das 
redes de comunicação estão forjando um espaço para que a aprendizagem cooperativa ocorra 
nos limites das salas de aula e fora deles. A Internet fornece serviços cada vez mais estáveis, 
seguros e amigáveis para a criação de ambientes virtuais de aprendizagem cooperativa 
distribuída, onde alunos e professores cooperam entre si, sem as limitações de barreiras 
geográficas e de tempo. 
Cooperação envolve vários processos - comunicação, negociação, coordenação, co-realização e 
compartilhamento. A combinação das dimensões tempo e espaço permite diferentes modalidades 
de interação entre os participantes de um grupo. Estes diferentes modelos de interação são 
beneficiados pelo uso das redes de comunicação que podem facilitar a interação e a socialização, 
aumentar as habilidades de resolução de problemas, facilitar a comunicação e ser uma forma 
divertida de estudar.
No dia a dia, as pessoas interagem para trabalhar juntas, para se divertir ou simplesmente para se 
comunicar. Estes agrupamentos, chamados de mundos sociais ou Comunidades Virtuais, 
ultrapassam espaço e tempo e podem ter uma longa ou curta duração. Os ambientes de trabalho 
cooperativo, que dão suporte aos mundos sociais, devem considerar todas as atividades formais e 
informais, estruturadas e não estruturadas envolvidas neste processo. 
Educar tradicionalmente centrava-se no ato de ensinar. As demandas do mundo moderno, aliadas 
à popularização de novas tecnologias da informação vêm tornando o ato de educar em 
disponibilizar ferramentas orientadas para o ato de aprender. Autonomia na aquisição do 
conhecimento e cooperação na resolução de problemas são dimensões integradas ao binômio 
educar-aprender. Estamos nos desprendendo de práticas pedagógicas instrumentais de cunho 
comportamentalista e lançando mão de práticas construtivistas e pós-construtivistas. 
Para atender aos objetivos apontados, é necessário dispor de um ambiente adequado, tanto do 
ponto de vista da proposta pedagógica adotada, quanto da tecnologia escolhida. Para Hsiao 
(2007), muitas teorias podem apoiar a aprendizagem cooperativa com o suporte de 
24
computadores: o socioculturalismo de Vygotsky e o construtivismo de Piaget, bem como a 
cognição situada, a aprendizagem ancorada, a flexibilidade cognitiva e a cognição distribuída. 
Estas teorias têm como ponto comum a visão de que os indivíduos são agentes ativos que, a 
partir de seus objetivos, constroem conhecimento dentro de contextos significativos. 
O êxito da prática da cooperação no espaço educacional requer a observância de alguns aspectos 
tidos como cruciais. Para Woodbine (1997), esta abordagem de aprendizagem deve apoiar-se em: 
 responsabilidade individual pela informação reunida pelo esforço do grupo;
 interdependência positiva, de forma que os estudantes sintam que ninguém terá sucesso, 
a não ser que todos o tenham;
 melhor forma de entender um dado material, tendo que explicá-lo a outros membros de um 
grupo;
 desenvolvimento de habilidades interpessoais, que serão necessárias em outras situações 
na vida do sujeito;
 desenvolvimento da habilidade para analisar a dinâmica de um grupo e trabalhar com 
problemas;
 forma comprovada de aumentar as atividades e envolvimento dos estudantes; e 
 um enfoque interessante e divertido.
Morris & Hayes (1997) entendem que a aprendizagemcooperativa traz benefícios para os alunos, 
pois eles precisam aprender a interagir com os outros membros do grupo, a exercitar a tomada de 
decisão e desenvolver habilidades de trabalho em grupo, tornando-se mais confiantes em expor 
publicamente seus pontos de vista. Este enfoque de aprendizagem pode promover o surgimento 
de resultados educacionais, que não são considerados estritamente acadêmicos, como o aumento 
da competência de se trabalhar em grupo. Ela é geralmente mais efetiva em domínios onde as 
pessoas estão engajadas na aquisição de habilidades, categorização, planejamento conjunto e 
tarefas que requerem construção de memória coletiva (Kumar, 1996). 
O trabalho cooperativo privilegia a produção em grupo em detrimento do trabalho individual 
através de encontros face à face ou por meios eletrônicos. As ferramentas hoje disponíveis 
permitem que pessoas dispersas geograficamente se encontrem e desenvolvam atividades 
conjuntas. Assim sendo, Comunidades Virtuais são um espaço para debates através da troca de 
mensagens entre participantes de um grupo de interessados e inscritos em um tema específico.
25
Os ambientes específicos para apoiar a aprendizagem cooperativa devem ter quatro requisitos 
básicos:
• um espaço virtual compartilhado de aprendizagem;
• interface para comunicação e manipulação de objetos dentro do espaço de aprendizagem;
• mecanismos de suporte à comunicação interpessoal entre membros do grupo;
• processo de monitoramento e controle que permita o acompanhamento do progresso do 
aluno no contexto do progresso do grupo como um todo.
O suporte computacional a ambientes de aprendizagem pode ser empregado para tratar a 
cooperação em diferentes tipos de tarefas a serem realizadas. Estas tarefas determinarão o 
modelo de cooperação proposto pelo ambiente e podem ser enumeradas, independentemente do 
domínio de assunto que está sendo ensinado. Kumar (1996) identifica três tipos de tarefas: tarefas 
cooperativas de aprendizagem de conceitos, tarefas cooperativas para solução de problemas e 
tarefas cooperativas de desenvolvimento de projetos. 
O desenvolvimento de sistemas de apoio à cooperação na Web necessita da integração de 
diversas tecnologias. A hipermídia apóia os grupos que utilizam objetos compartilhados, servindo 
como meio de comunicação e permitindo a criação incremental de uma base de informações. A 
multimídia permite a expressão das diversas atividades humanas em diferentes mídias. A 
Inteligência Artificial pode ser integrada ao ambiente cooperativo através de técnicas que buscam 
melhorar a interação entre os usuários e agentes artificiais e/ou humanos. Já a Realidade Virtual, 
oferece meios de tornar cenas e objetos mais semelhantes à realidade.
A maioria dos ambientes virtuais de aprendizagem cooperativa oferecem ferramentas que 
permitem:
 comunicação entre os membros do grupo; 
 realização das tarefas individuais e em grupo;
 coordenação das atividades; 
 negociação e tomada de decisão; 
 identificação e representação dos conhecimentos prévios de cada participante e de 
cada grupo;
 representação dos conhecimentos do grupo; 
26
 compartilhamento de uma base de dados (memória de grupo); 
 percepção da presença e das ações dos demais participantes (awareness); 
 designação de papéis; 
 representação do fluxo de trabalho; 
 monitoramento das ações dos participantes;
 avaliação dos resultados individuais e do grupo; e,
 suporte a multiusuários. 
 Encontre na Web outros ambientes virtuais, gratuitos ou livres, para a criação e apresentação de cursos 
a distância. Escolha uma delas e descreva suas principais características e funcionalidades.
A aprendizagem cooperativa é geralmente mais efetiva em domínios onde as pessoas estão 
engajadas na aquisição de habilidades, categorização, planejamento conjunto e tarefas que 
requerem construção de memória coletiva (Kumar, 1996). Estudos realizados, propondo a 
aprendizagem cooperativa para ajudar estudantes a entender assuntos complexos em ambientes 
de domínios específicos (p. ex.: pensamento científico), apresentam bons resultados. Em tarefas 
puramente procedimentais que não envolvem muito entendimento, torna-se mais difícil observar a 
ocorrência de mudanças conceituais, apontando que existem domínios mais, e outros menos, 
“compartilháveis”.
Estudos sobre os efeitos benéficos da aprendizagem cooperativa demonstraram que os 
estudantes envolvidos com outros nestes processos de aprendizagem desenvolvem sentimentos 
positivos acerca de si próprios, aprendem a interagir em situações sociais e, em muitas 
circunstâncias, revelam uma maior capacidade de realização. No estudo com estudantes com e 
sem deficiências, a aprendizagem cooperativa revelou-se superior à aprendizagem de orientação 
competitiva ou individualista (Johnson e Johnson, 1987).
Para que os alunos trabalhem cooperativamente é necessário que cada um tenha 
responsabilidade pela informação reunida pelo esforço do grupo, é fundamental que os 
estudantes sintam que ninguém terá sucesso a não ser que todos tenham sucesso e percebam 
que a melhor maneira de entender um material é explicá-lo a outros membros de um grupo.
O papel do professor que estrutura grupos cooperativos desloca-se do papel de um transmissor 
de informações para o de mediador da aprendizagem. As principais tarefas do professor no 
arranjo cooperativo entre aluno e professor podem assim ser descritos: 
27
 especificar claramente os objetivos da atividade, 
 tomar decisões sobre colocar os alunos em grupos de ensino para garantir a 
heterogeneidade, 
 explicar claramente que atividades de ensino são esperadas dos alunos e como a 
interdependência positiva deve ser demonstrada, 
 controlar a eficácia das interações cooperativas e intervir
 para proporcionar assistência a tarefa (p.ex: responder perguntas ou ensinar 
habilidades relacionadas a elas) ou melhorar as habilidades interpessoais e de grupos 
dos alunos e, 
 avaliar as realizações do aluno e a eficiência do grupo. 
Como você planejaria atividades cooperativas à distância para os alunos de sua disciplina? Qual 
ambiente virtual você selecionaria?
ANOTAÇÕES 
28
Parte III 
Material didático para EAD
3.1 Projetos de EAD
Os projetos de Educação a Distância podem apresentar diferentes modelos e múltiplas 
combinações de linguagens e recursos educacionais e tecnológicos. A natureza do curso e as 
reais condições do cotidiano e necessidades dos alunos são os elementos que irão definir a 
melhor tecnologia e metodologia a ser utilizada, bem como, a necessidade de momentos 
presenciais.
É preciso, também, que o projeto contemple o oferecimento de processos de 
ensino/aprendizagem inovadores, fortemente centrados na possibilidade de construção do 
conhecimento pelos sujeitos da Educação.
Um projeto de EAD deve ser coerente com o projeto pedagógico e não pode ser uma mera 
transposição do presencial, pois possui características, linguagem e formato próprios, exigindo 
administração, desenho, lógica, acompanhamento, avaliação, recursos técnicos, tecnológicos e 
pedagógicos condizentes com esse modelo. 
Nos Editais da Secretaria de Educação a Distância do MEC para o Sistema UAB encontram-se as 
diretrizes para a elaboração dos projetos dos cursos à distância pelas Instituições. Os principais 
itens sugeridos incluem: projeto pedagógico (com todos os componentes curriculares, respectivos 
ementários e demais componentes pedagógicos do curso), quantitativo de vagas, cronograma de 
aprovação interna e execução do curso, necessidades específicas dos pólos de apoio presencial 
(infra-estrutura física e logística - laboratórios, bibliotecas, recursos tecnológicose outros), 
quantitativo de pólos e localidades preferenciais de abrangência, descrição dos recursos humanos 
(corpo docente específico para educação a distância - professor conteudista e coordenador, 
tutores presenciais, tutores a distância, professores regentes e outros), detalhamento do 
orçamento e cronograma de desembolso. 
Pode-se então sintetizar que o processo educacional realizado a distância envolve a articulação 
de uma série de ações pedagógico-administrativas, onde se destacam a construção do material 
didático, a estrutura de tutoria, a montagem da infra-estrutura, a gestão do sistema, as formas de 
interação e participação de todos os atores e as diferentes formas de avaliação – do aluno, do 
29
processo, doa materiais didáticos, da tutoria, entre outros. A figura 6 apresenta os principais 
componentes de um projeto (Campos, 2007).
Figura 6 – Componentes de um projeto de EAD.
Tutoria
O esforço solitário para aprender nem sempre é bem sucedido. Os alunos não têm hábitos de 
estudo independente e a sensação de solidão e o trato impessoal, causados pela distância, 
podem levá-los ao desânimo. Neste caso, um tutor pode fornecer meios para que os alunos 
superem obstáculos, através de encontros presenciais, apoio por telefone, fax ou Internet.
O tutor é um elemento importante e indispensável na rede de comunicação que vincula os alunos 
aos cursos, pois, além de incentivá-los, possibilita a retroalimentação acadêmica e pedagógica do 
processo educativo. O tutor deve ter suficiente conhecimento da disciplina que tutora e domínio 
das técnicas indicadas para o desenvolvimento da ação tutorial, em suas diversas formas e 
estilos. Não lhe cabe, no entanto, transmitir informações adicionais aos alunos, mas ajudá-los a 
superar as dificuldades no estudo.
O tutor é o agente do processo que estabelece o vínculo mais próximo do aluno, seja 
presencialmente ou a distância. É da competência da tutoria tanto a orientação acadêmica quanto 
a orientação não acadêmica. Esta última envolve o estabelecimento de vínculos de confiança e o 
incentivo para que o aluno se sinta motivado a aprender.
30
Nos projetos de EAD a tutoria adquire um papel importante e, sem dúvida, constitui um dos mais 
relevantes pontos na discussão. Não há um único modelo como referencial já que as propostas 
variam de acordo com os paradigmas e características dos projetos. O papel do tutor tem sido ou 
o de monitor tira dúvidas, centrando suas atividades no conteúdo das disciplinas, ou de 
coordenador das atividades acadêmicas, ajudando o aluno a cumprir o cronograma e orientando 
seus estudos. 
Por meio da tutoria é possível garantir o processo de interlocução necessário a qualquer projeto 
educativo e ela, em geral, existe em duas instâncias: a distância e presencial. A tutoria a distância 
utiliza todos os recursos de comunicação tradicionais e os disponibilizados pela Internet, 
principalmente as ferramentas dos ambientes virtuais, já a tutoria presencial credita forte ação de 
presencialidade ao modelo de Educação a Distância. 
Em um processo de ensino a distância, a tutoria, ao lado do material didático, se destaca como 
um dos principais elementos de mediação pedagógica.
Qual o perfil de um tutor para orientar as atividades dos alunos? Qual seria a sua formação necessária? 
Em quais disciplinas ele deveria ser capacitado?
Avaliação
Segundo Araújo e Filho (2005) a partir dessa nova visão de interatividade, espera-se que a 
avaliação numa comunidade de aprendizagem se dê no sentido da profundidade do conhecimento 
produzido e pelas novas competências adquiridas. A tradicional avaliação pelo número de fatos 
memorizados ou pela quantidade de matéria memorizada perde o seu espaço.
Por sua vez os alunos precisam estar cientes e entenderem que serão também avaliados 
construtivamente e exigirem que os métodos de avaliação reflitam os métodos inseridos nos 
ambientes de aprendizagem.
Os processos avaliativos devem ser variados em suas forma (provas, trabalhos, memórias, 
elaboração de textos, grupos de discussão, seminários) (Gatti, 2005). É imprescindível que a 
avaliação seja organizada e desenvolvida como ação planejada tanto no plano político, como no 
pedagógico e deve atender os requisitos da legislação que exige momentos presenciais.
Vasconcellos (1998) ressalta que avaliar é uma necessidade para verificar se estamos atingindo 
aquilo que foi planejado, saber se a intencionalidade está se concretizando, analisar porque não 
se conseguiu atingir o objetivo e recolhermos subsídios para estabelecer as mudanças que se 
façam necessárias.
31
A EAD possibilita uma avaliação contínua, que pode ser realizada de modo virtual ou presencial. A 
avaliação virtual apoiada em plataformas de EAD, pode ser realizada através do 
acompanhamento da participação em fóruns e sessões de bate-papos, da geração de relatórios, 
da solução de questões, dentre outras. A avaliação presencial é desenvolvida através de provas e 
testes em formato similar àquelas propostas em cursos presenciais.
Material didático 
A estruturação do material didático para EAD tem como objetivo superar a convencional tradição 
expositivo-descritiva e levar tanto o estudante quanto o professor a construírem juntos o 
conhecimento. Em geral esses materiais são os fascículos das disciplinas, os livros didáticos e os 
materiais disponibilizados na Web.
Na Educação a Distância baseada na Web o grande desafio para a equipe de EAD está em 
elaborar atividades diferenciadas e que possam ser representadas em cursos na Web que 
atendam aos princípios pedagógicos e comunicacionais selecionados para a elaboração do curso. 
Comunicação
A Internet trouxe uma nova mutação para a escola: o plano da interatividade. Ela vem alterando a 
forma de interagir das pessoas e proporcionado oportunidades de criações de comunidades 
virtuais, congregadas por interesses comuns. As mudanças são visíveis e a Web já modificou, de 
alguma maneira, a prática pedagógica e mesmo as atitudes dos muitos professores e alunos 
usuários da Internet.
A Educação a Distância utiliza as tecnologias da Web, principalmente para a comunicação de 
gestores, professores, tutores e alunos. Os ambientes virtuais de aprendizagem fornecem as 
ferramentas que viabilizam a comunicação entre todos os atores e trouxe a expansão e 
acessibilidade do conhecimento. 
Visite os sites de EAD das Universidades e Consórcios e identifique projetos na sua área de interesse. 
Reflita sobre a proposta e o currículo do curso.
3.1.1 Gestão e Equipe multidisciplinar 
A gestão de projetos de EAD exige um modelo diferenciado, que representa um desafio para 
gestores, professores, tutores e alunos. Um dos desafios é saber lidar com o “just in time” e saber 
usar os sistemas de gestão de EAD via Web, incorporados nos ambientes virtuais.
O processo educativo na modalidade a distância é firmado nos princípios de autonomia, 
flexibilidade, comunicação multidirecional, aprendizagem independente e colaborativa. Assim, 
32
para que este processo se realize os atores precisam assumir papeis diferentes dos que 
assumem no ensino tradicional: o estudante deve ser agente ativo de sua aprendizagem e o 
professor, facilitador do processo de aprendizagem do aluno. 
É necessário que novas relações sejam criadas entre os atores envolvidos nos processos de 
ensino e aprendizagem para que o aluno se torne autônomo, competente, capaz, enfim, de 
conduzir sua formação como agente ativo do próprio conhecimento. A separação física deve ser 
compensada pela criação de ambientes de ensino apoiados por um sistema de comunicação 
baseado em múltiplos meios. Isso deve permitir a construção do conhecimento pela promoção do

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