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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE GESTÃO DE INFORMAÇÕES APLICADAS À LOGÍSTICA INTEGRADA Por: Fabiana Coelho Pereira Orientadora Prof. Mary Sue Pereira Rio de Janeiro 2008 2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE GESTÃO DE INFORMAÇÕES APLICADAS À LOGÍSTICA INTEGRADA Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Logística Empresarial. Por: . Fabiana Coelho Pereira. 3 AGRADECIMENTOS ....Agradeço aos meus familiares, principalmente a minha mãe por apoiar meus estudos. Ao meu namorado pela dedicação e compreensão. Aos meus colegas de trabalho que ajudaram a me transformar na profissional que sou hoje. 4 DEDICATÓRIA .....Dedico essa conquista aos meus pais e irmão, ao meu namorado, aos mestres e amigos, pois não haveria vitória sem luta e não haveria luta sem o apoio de cada um de vocês. 5 METODOLOGIA O primeiro passo foi encontrar o tema da minha monografia onde buscava algo relacionado à área em que atuo, ou seja, logística em um Centro de Distribuição. A metodologia utilizada para elaboração dessa monografia foram basicamente pesquisas através da internet, experiência profissional e com a ajuda dos colegas de trabalho da área de Transportes e Roteirização. Utilizei uma pesquisa explicativa, em que procurei analisar como um sistema de roteirização auxilia na Gestão de Informações aplicadas à logística Integrada. 6 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 07 CAPÍTULO I - Fundamentação Teórica 09 CAPÍTULO II - Distribuição Física 18 CAPÍTULO III – Transporte 22 CONCLUSÃO 32 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 34 BIBLIOGRAFIA CITADA (opcional) 35 ÍNDICE 37 FOLHA DE AVALIAÇÃO 39 7 INTRODUÇÃO A gestão do fluxo informacional na cadeia logística de distribuição de qualquer empresa de grande porte, é o que define o diferencial estratégico na realização de negócios no quesito venda-entrega. A distribuição física é um dos elos logísticos que mais adiciona custos em uma empresa, pois engloba transportes, processamento de pedidos, movimentação de cargas, entre outras funções. Seu gerenciamento incorreto pode acarretar custos desnecessários, demora na realização das entregas e rotas cruzadas, o que pode posicionar uma empresa como mais uma opção no mercado, e não a melhor. A logística evoluiu muito desde os tempos em que era apenas utilizada no meio militar. As empresas começaram a observar as mudanças na economia e viram a obrigação de adotar a logística como algo necessário para o crescimento. Muitas são as oportunidades de aumentar a lucratividade de uma empresa e a eficiência do sistema logístico e da cadeia de suprimentos. Os aspectos chave estão relacionados com a administração dos processos de armazenagem bem como a gestão do sistema de transporte. Com os consumidores cada vez mais exigentes e com o aumento da concorrência, a gestão de informações do sistema de transporte torna-se um fator decisivo para o crescimento e até mesmo para sobrevivência das empresas. As mudanças ocorridas pela sociedade, sejam estas tecnológicas, econômicas ou políticas, nos mostram a necessidade das organizações, possuírem uma maior flexibilidade e capacidade de adaptação. Cada vez mais, clientes e consumidores procuram adquirir não somente bons produtos mas produtos que possuem em sua essência informações adicionadas determinando valor, qualidade e prestígio à marca. Neste sentido, a 8 informação precisa e em tempo hábil se torna um fator decisório e de expansão da cadeia de distribuição empresa-produto-cliente. A informação é considerada um dos elementos chave para a obtenção de vantagem competitiva na área de logística. O fluxo de informações identifica locais específicos dentro de um sistema logístico em que é preciso atender algum tipo de necessidade. As necessidades de informações seguem caminhos paralelos ao trabalho real executado na distribuição física, no apoio à produção e no suprimento. Portanto, a gestão de informações na logística se faz necessária, porque além de facilitar a coordenação do planejamento e o controle das operações de rotina, envolve informações de fornecedores, clientes, transporte, estoque, armazenamento, manuseio de materiais e embalagem. 9 CAPÍTULO I FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...Deus é maior que todos os obstáculos. O termo logística não é específico dos setores privado ou público. Os conceitos básicos de administração logística são aplicáveis em todas as atividades de organizações privadas e públicas. Vários títulos têm sido comumente utilizados para descrever o termo, inclusive pelas bibliografias que nortearam o desenvolvimento deste trabalho, quais sejam: Logística Empresarial, Distribuição Física, Administração da Logística de Materiais, Suprimento Físico, Logística de distribuição, Logística Integrada, Logística de Marketing, Gerenciamento da Cadeia de suprimentos (GCS, ou SCM do inglês Supply Chain Management), Logística Interna e Distribuição Total. Além dos termos utilizados nas questões contemporâneas, como: Logística Global, Logística da Indústria de Serviços, Logística Colaborativa e Logística Reversa. O limite entre os termos acima, para o propósito deste trabalho, é indistinto e serão mencionados com sentido semelhante. O foco estará em gerir os fluxos de informações, produtos e serviços da maneira mais eficaz e eficiente, qualquer que seja o título descritivo de sua prática. 1.1 - Conceitos de Logística Uma definição dicionarizada do termo logística é a que diz: “o ramo da ciência militar que lida com a obtenção, manutenção e transporte de material, pessoal e instalações”. (Nova Cultural, 1995). Essa definição situa logística num contexto militar. 10 Segundo Fleury (2000, p.31) “a logística deve ser vista como um instrumento de Marketing, uma ferramenta gerencial, capaz de agregar valor por muitos dos serviços prestados”. A logística cresceu de forma surpreendente nos últimos anos no Brasil, pois deixou de ser utilizada somente para estratégias de guerra e passou a ser utilizada como estratégia de negociação. As estratégias logísticas influenciam o projeto do produto, as parcerias, as alianças e a seleção de fornecedores e outros processos vitais de negócios. Ela é um meio de diferenciação, no qual se procura sempre buscar os resultados de forma eficaz e eficiente, ou seja, a logística procura otimizar sempre, diminuindo custos e objetivando o lucro. Fleury (2000) apresenta o conceito emergente de SCM – Supply Chain Management, traduzido para o português como gestão da cadeia de suprimentos, como sendo o esforço de coordenação nos canais de distribuição por meio da integração de processos de negócio que interligam seus diversos participantes. Segundo a perspectiva de Ballou (2006), materiais e informações fluem tanto para baixo quanto para cima na cadeia de suprimentos. Enfatizando esta afirmação a Figura 1 mostra a integração da cadeia de suprimentos a partir do fluxo de informações sobre as necessidades da cadeia: Fluxo de materiais de valor adicionado Indústria Fluxo de informações sobre as necessidades Clientes Distribuição Física Fabricação Compras Fornecedores 11 FIGURA 1 – Integração da Cadeia deSuprimentos Fonte: Bowersox e Closs (2001) O gerenciamento da cadeia de suprimentos integra todas as atividades logísticas com o objetivo de conquistar uma vantagem competitiva sustentável. Portanto, não existe uma definição universalmente aceita para logística. Considerando que este trabalho precisa de uma definição suficientemente clara e explicativa para logística, foi escolhida a seguinte definição: “Logística é a busca da otimização das atividades de processamento de pedidos, dimensionamento e controle de estoques, transportes, armazenagem e manuseio de materiais, projeto de embalagem, compras e gerenciamento de informações correlatas às atividades de forma a prover valor e melhor nível de serviço ao cliente. A busca pelo ótimo dessas atividades é orientada para a racionalização máxima do fluxo do produto/serviço do ponto de origem ao ponto do consumo final, portanto, ao longo de toda a cadeia de suprimentos.” SALES (2000) A logística enfatiza principalmente os transportes, a distribuição, armazenagem, produção e suprimentos. Esses cinco fatores podem resumir a logística no ramo industrial. No contexto da Ciência da Informação (CI) poucos são os autores que associam o termo Logística à CI, sendo que pouca literatura pode ser encontrada abordando tal tema de maneira específica. Mcgee e Prusak (1994) conceituam disseminação da informação nos processos de gestão da informação como “compartilhar de forma ampla ou específica qualquer tipo de informação, tratada e organizada de acordo com as necessidades de quem a usa”. Davenport (1998) amplia este conceito e propõe que “... a disseminação é distribuir a informação aos que necessitam dela”, ou seja, a visão de que o usuário é quem determina como e que tipo de informação será disponibilizada. O autor mostra como essa atividade pode ser desenvolvida de forma multidisciplinar. 12 Segundo o autor, definir o passo da distribuição no processo de gerenciamento informacional pode também ajudar a esclarecer quais, entre os muitos meios, são adequados. O termo disseminação ou distribuição é também considerado como a transferência da informação para geração do conhecimento. Continuando nesta abordagem e com foco na Gestão do Conhecimento Miele (2002) apresenta o Modelo de Congruência entre estratégia logística e Gestão do conhecimento (FIGURA 2). 1.2 - Evolução da logística De acordo com os autores pesquisados, o termo logística começou a ser utilizado pelos militares que, antes mesmo das empresas despertarem maior interesse na administração das atividades logísticas, já davam grande importância na coordenação das atividades incluídas na definição de logística como: aquisição, estoques, definição de especificações, transporte e administração de estoques. A logística é uma das atividades econômicas mais antigas, porém seu conceito é um dos mais modernos, pois sua visão é sempre a do crescimento, sendo que este pode ser tecnológico, produtivo e financeiro. Segundo Ballou (1993), a logística teve origem nas empresas entre o início da década de 50 até a década de 60. Durante estes anos a logística dava seus primeiros passos, em um ambiente propício para novidades nos pensamentos administrativos e uma certa rejeição pela área do Marketing que tinha uma visão mais voltada para compra e venda, dando pouca importância para os processos de distribuição física. Durante os anos 70, surgiram mais estudos sobre a logística, relacionados com o custo total. O conceito do custo total também foi um princípio muito importante para a logística devido ao aumento da variedade de produtos, melhoria nos níveis dos serviços e aumento da produtividade. Este conceito foi definido através de estudos feitos para identificar o papel que o transporte aéreo poderia desempenhar na distribuição física, mostrando que apesar do alto custo do transporte aéreo este meio não seria 13 totalmente inviável. O mesmo poderia ser utilizado analisando o menor custo total, o qual seria obtido decorrente da soma das taxas do frete aéreo e do menor custo, devido à diminuição dos custos com estoques, obtida pela maior velocidade da movimentação na utilização deste modal. Entende-se por modal, a forma de transportar produtos, seja por meio de transporte rodoviário, ferroviário, hidroviário, aeroviário ou duto viário. Naquela época, a logística também assumia crescente importância no desenvolvimento de parcerias, agregando tecnologias. As condições econômicas e tecnológicas daquela época também contribuíam para o desenvolvimento da logística. Para Ballou (1993), foi entre as décadas de 80 e 90 que a logística passou por um renascimento que envolveu mais mudanças do que todas as décadas juntas desde a revolução industrial. Isso ocorreu pelo fato de mudanças nas regulamentações, a vinda do microcomputador, a evolução da informação como ferramenta de crescimento e as alianças entre empresas. O aumento da competitividade mundial dos bens de manufatura e a escassez de matérias primas com boa qualidade, bem como outros fatores como a estagnação do mercado e o aumento da inflação trouxeram à tona uma nova filosofia de melhor administração dos suprimentos, dedicando maior atenção para o controle de custos, produtividade e controle de qualidade. Estes assuntos passaram a ser de grande importância para a alta administração e a utilização dos princípios e conceitos já estudados ao longo do tempo começaram a ser utilizados obtendo-se bons resultados. Com o aumento da utilização das técnicas e conceitos logísticos foi possível dar uma maior abrangência para a área, passando a compreendê-la como a integração da administração de materiais e distribuição física. Esta integração estreitou a ligação entre a função de produção e operação em muitas empresas. A nova visão da logística é que áreas de responsabilidade única como produção e Marketing tenham maior integração. Como a logística interage tanto com a produção quanto com o Marketing, encontra-se estrategicamente 14 em uma área intermediária, fazendo esta integração e dando suporte para tomadas de decisões e processos entre as áreas. Segundo Cristopher (1997), a integração entre as áreas envolvidas na cadeia de abastecimento tem aumentado conforme a ‘organização em rede’ se torna mais comum. A organização em rede descreve a ligação entre os membros envolvidos onde cada um contribui com sua especialização. A organização em rede descreve a logística integrada como diferencial. Para Fleury (2000), desde os meados da década de 80 até o presente, a logística tem ênfase estratégica, como indica o rótulo que lhe foi atribuído: “a logística como elemento diferenciador”. Ainda segundo Fleury (2000), esse período implica maior preocupação com as interfaces, dentro das empresas, entre as diferentes funções, além de maior destaque das considerações logísticas no mais alto nível de planejamento estratégico das corporações e, para o autor, o Supply Chain Management é a vertente mais rica no atual pensamento logístico. Para a maioria dos autores consultados, as futuras tendências também serão voltadas à satisfação dos consumidores, facilitando primeiramente as compras efetivas, que serão rápidas e flexíveis em função de uma combinação de práticas como o embarque direto das fábricas. Deverão prosseguir as fusões entre empresas (pequenas, médias e grandes), visando à redução de custos logísticos. Portanto o objetivo da logística é fazer com que consumidores tenham bens, serviços e informações onde e quando quiserem, bem como nas condições físicas que desejarem. 15 FIGURA 2 – Modelo de Congruência Fonte: Miele (2002) Portanto, a disseminação ou distribuição no contexto do processo de gestão da informação pode ser utilizada como “Logística da Informação”, definindo fluxose gerindo-a em todos os sistemas, a exemplo da cadeia de suprimentos na logística integrada. 1.3 - Missão da Logística Uma afirmação básica que consiste na missão da logística é “Colocar os produtos ou serviços certos no lugar certo, no momento certo, e nas condições desejadas, dando ao mesmo tempo a melhor contribuição possível para a empresa”. (Ballou 2006, p.28) A logística de uma empresa é um esforço integrado com o objetivo de ajudar a criar valor para o cliente pelo menor custo total possível. “A logística existe para satisfazer as necessidades do cliente, facilitando as operações relevantes de produção e Marketing”. (Bowersox e Closs, 2001). Modelo de Congruência entre Estratégia logística e gestão do conhecimento Insumos Desempenho Ambiente Estratégia Logística Gestão do Conhecimento Qualidade Recursos Estratégias Posicionamento Relação Geração do conhecimento Rapidez História Logístico Vantagem Aprendizagem Organizacional Confiabilidade Competências do negócio Competitiva Transferência de Conhecimento Flexibilidade Cultura Custo 16 A Gestão de Informações no contexto da cadeia de valor utiliza tecnologias de SCM para: tomar decisões de quando e o que produzir, armazenar e transportar; monitorar e fazer comunicação rápida dos pedidos, acompanhar e coordenar estoques; gerar programação da produção baseada na demanda; gerar o compartilhamento de informações sobre defeitos, devoluções e restituições; fornecimento de informações sobre os produtos, além de comunicar mudanças nos mesmos. Crhistopher (1997) enfatiza que a missão do gerenciamento logístico é planejar, coordenar todas as atividades necessárias para alcançar níveis desejáveis dos serviços e qualidade ao custo mais baixo possível. “Portanto a logística deve ser vista como o elo entre o mercado e a atividade operacional da empresa. O raio de ação da logística estende-se sobre toda a organização, do gerenciamento de matérias primas até a entrega do produto final”. (Crhistopher, 2002, p. 150) 1.4 - Logística de Distribuição e Marketing Embora a logística lide normalmente com operações e planejamento, ela necessita de vários fatores indiretos. Um deles é o Marketing, pois com essa ferramenta se pode colocar o foco diretamente no cliente, que é o individuo visado em todo processo. A união desses dois elementos, logística e Marketing, têm como foco todas as atividades da empresa para, juntamente com os inter- relacionamentos, atender o cliente e evitar perdas, através da utilização dos canais básicos de Marketing como promoção, força de vendas e também com a logística priorizando a distribuição física. Através dessas perspectivas, a combinação perfeita desses dois fatores e de todas as atividades que os mesmos adicionam tem como 17 conseqüência o funcionamento das atividades no tempo certo, mantendo a satisfação do cliente e assim, expandindo as operações de uma empresa no mercado. Muitas empresas não vêem o Marketing como um diferencial competitivo, e acabam deixando-o de lado, no que diz respeito a investimentos. Porém ele é um fator determinante nas empresas. As empresas podem então, encontrar meios que busquem, como solução, criar uma aliança entre o Marketing e a logística, diminuindo custos nas operações, criando diferenciação nos produtos, buscando treinar a mão de obra a fim de agilizar os processos para o trabalho. 18 CAPÍTULO II DISTRIBUIÇÃO FÍSICA A distribuição física de um produto é uma das fases da logística produtiva em que as empresas procuram ter o melhor planejamento, pois as dificuldades são várias: filas que atrasam o carregamento, divergência de pedidos, sistemas fora do ar, recebimento fechado, zonas proibidas para a circulação de caminhões, rodízios, enfim, uma infinidade de problemas com os quais tem que se lidar diariamente. Ela é responsável pela entrega ao cliente do que é desejado, no prazo certo e ao mínimo custo. Para a distribuição operar de forma eficaz é indispensável projetar um sistema que atinja o nível necessário de serviço ao cliente e que o faça ao menor custo. Num sistema de distribuição física, suas atividades inter-relacionadas afetam o serviço ao cliente e o custo de prestação. Ao analisar a distribuição física, percebe-se que ela representa a maior parcela dos custos logísticos totais, por isso seu planejamento deve ser impecável. Para um melhor controle desse processo entra a Tecnologia da informação (TI) que procura aperfeiçoar esse processo, ligando o caminhão à base de controle, através de satélite, rádio, ou outros meios. Para Bowersox e Closs (2001), a distribuição define como devem ser os canais de comercialização. Se o produto é comercializado no atacado, as vendas podem ser efetuadas em grandes lotes, a partir da fábrica ou de depósitos próprios estrategicamente localizados ou depósitos de terceiros (atacadistas). A estruturação adequada dos canais resulta na melhoria das entregas dentro do prazo, aumentando o número de depósitos afiliados, garantindo a oferta da linha completa a seus clientes. 19 O sistema de distribuição de produtos de uma empresa sempre foi importante e complexo, pois o transporte é um considerável elemento de custo em toda a atividade individual e comercial, ainda mais em um país com dimensões continentais, como as do Brasil. O transporte está diretamente ligado à distribuição física, pois quando alguém necessita realizar uma distribuição, deverá decidir por qual modal viário ela será transportada. São atividades relacionadas com o fornecimento de serviço ao cliente entre o produto pronto para o despacho e sua chegada ao consumidor final. O objetivo, portanto, é procurar a máxima qualidade nos serviços de transportes, pagando o menor preço possível e otimizando o investimento em estoque de produto acabado. A empresa deve induzir o segmento de distribuição física dentro da logística iniciando desde o planejamento das necessidades de materiais e encerrando com a colocação do produto no mercado. O principal objetivo da gestão de informações na distribuição é oferecer, ao cliente, o produto ou serviço com um custo baixo e da forma que foi desejado. Isto não quer dizer que o custo do transporte, o custo com armazenagem, ou qualquer outro custo envolvido no processo, deva ser o mínimo, mas que o total de todos os custos é que deve ser minimizado. O que acontece a uma atividade tem efeito sobre as outras atividades, custo e nível de serviço. A gestão de informações na distribuição deve tratar o sistema como um todo e entender as correlações entre as atividades. 2.1 - Transit Point A definição dos sistemas Transit Points é dada por Fleury (2000), que mostra a possibilidade das empresas alcançarem a excelência nos níveis de 20 entregas mesmo nas regiões geograficamente distantes do Centro de Distribuição. Para o autor, uma característica básica dos sistemas tipo Transit Point é que os produtos recebidos já têm os destinos definidos, ou seja, já, estão pré-alocados aos clientes e podem ser imediatamente expedidos para entrega local. Não há espera pela colocação dos pedidos. Esta é uma diferença fundamental em relação às instalações de armazenagem tradicionais, onde os pedidos são atendidos a partir do seu estoque. Os Transit Points guardam as mesmas relações de custo de transporte que os centros de distribuição avançados, pois permitem que as movimentações em grandes distâncias sejam feitas com cargas consolidadas, resultando em baixos custos de transporte. Esta operação, no entanto, é dependenteda existência de volume suficiente para viabilizar o transporte de cargas consolidadas com uma freqüência regular. Quando não há um volume suficiente para realizar entregas diárias, por exemplo, podem ser necessários procedimentos como a entrega programada, na qual os pedidos de uma área geográfica são atendidos em determinados dias da semana. 2.2 - Cross Docking Os centros de distribuições do tipo Cross-Docking operam sob o mesmo formato que os Transit Points, mas se caracterizam por envolver múltiplos fornecedores atendendo clientes comuns. Carretas completas chegam de múltiplos fornecedores e então se inicia um processo de separação dos pedidos, com a movimentação das cargas da área de recebimento para a área de expedição. Neste sistema são utilizados 21 leitores de códigos de barras que identificam a origem e o destino de cada pallet (suporte de madeira, plástico ou material sintético, utilizado para acomodar e facilitar o transporte de produtos acabados dentro das fábricas, armazéns ou centros de distribuição, bem como no carregamento de veículos). Desta forma, os pallets são automaticamente direcionados para as respectivas docas através de correias transportadoras e carregados nos veículos que farão a entrega local. Estes partem com uma carga completa, formada por produtos de vários fornecedores. Enquanto procedimento operacional, o Cross-Docking tem sido utilizado informalmente já há bastante tempo por várias empresas em seus armazéns tradicionais. A capacidade de planejamento antecipado e seu cumprimento rigoroso permitem que a passagem do estoque pela instalação seja a mais breve possível. Quando há pouca coordenação, com falta de sincronismo entre os recebimentos das cargas, será necessário maior espaço para manter o estoque e os veículos poderão ter que aguardar maior tempo para ter sua carga completada. 22 CAPÍTULO III TRANSPORTE O transporte é um dos serviços que mais empregam pessoas, seja diretamente ou indiretamente. Ele é responsável pela maior concentração de custos na logística, pois sem ele é impossível movimentar as cargas. Definir o transporte é crucial tanto para o custo do frete como também para a qualidade e segurança da carga. Há vários modais (modelos) de fretes disponíveis para se movimentar materiais e produtos, são eles: ferroviário, rodoviário, aéreo rodoviário, hidroviário e dutos. Para que possa escolher o melhor meio de transportes para determinada mercadoria, é preciso estudar as diversas rotas possíveis, englobando todos os fatores, desde a origem ao destino da mercadoria, utilizando melhor as especialidades e vantagens de cada modal. 3.1 - Transportes no Brasil Com base nas informações encontradas no site governamental (www.transporte.gov.br), o transporte no Brasil iniciou-se desde que se tem registro no período da colonização, utilizando a tecnologia de transporte já existente que seria a forma pelo qual os nativos faziam o transporte, através dos ombros e em embarcações primitivas. De acordo com as informações do site, nesta época o Brasil também iniciava suas atividades econômicas que acontecia com o transporte do pau- brasil pelos índios para negociar com os portugueses trocando por apetrechos e quinquilharias. Com o passar dos anos o sistema de transporte foi evoluindo http://www.transporte.gov.br/ 23 conforme as necessidades da sociedade. Em 1840 o Brasil ingressa na era do vapor e em 1854 o Brasil inaugurava sua primeira estrada de ferro. No século XIX, com o aumento do setor industrial e agrícola no Brasil, surgiu a necessidade de um sistema de transporte mais adequado para atender à demanda. O modal ferroviário teve expansão nos primeiros dez anos, transportando algumas mercadorias. Em 1908, a malha ferroviária já somava no país, algo próximo a 17.000 quilômetros de extensão. O primeiro caminhão utilizado no transporte de mercadorias tem seu registro em 1908 e 1909, sendo que em 1927 é implantado o transporte aéreo regular doméstico para passageiros e cargas. O progresso acelera o mercado consumidor que conseqüentemente exige um sistema de transporte mais eficiente, objetivando maior competitividade. Em 1937 é criado o DNER (Departamento Nacional de Estradas de Rodagem), que em 1944 apresenta o Plano Rodoviário Nacional. No período de 1931 a 1944 haviam sido construídos 1512 quilômetros de estradas federais. Coube ao DNER implantar nos últimos 50 anos a malha rodoviária que serve até hoje ao setor de transporte no Brasil. Em 1944 a rede ferroviária passava por sérias crises financeiras. Além de operar apenas com subsistemas, não havia ligações entre a rede ferroviária e a navegação de cabotagem. Esta por muito tempo permitiu a interligação entre as várias regiões do país que decaiu por falta de reposição de navios. Em contrapartida o transporte rodoviário de cargas inicia sua fase de expansão e torna-se a partir daí a principal modalidade de transporte disponível no país. Em 1999 o Ministério dos Transportes reorganizou a sua estrutura administrativa, e conseqüentemente, mudou toda uma cultura estabelecida há décadas. Um decreto, publicado no mesmo ano, fixava diretrizes para o processo de extinção do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER), Já em 2001 selou o fim deste órgão e oficializou a criação do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes – DNIT. 24 Para ilustrar melhor as informações acima, a matriz de transportes (Tabela 1) desenvolvida pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) mostra as vantagens, as desvantagens e viabilidade dos modais de transporte, além de mostrar a grande utilização do Transporte Rodoviário de Cargas (TRC), no Brasil. TABELA 1 Matriz de Transportes Modal % de utilização do modal no Brasil Vantagens Desvantagens Dutoviário <1% . Para líquidos ou gases em grandes volumes; . Custo. . Mais lento; . Grandes investimentos; . Aplicação limitada. Aéreo ~ 1% . Rapidez (perecíveis, itens em atraso); . Bom para produtos de alto valor e pequenos volumes. . Depende de transbordo . Limite de volume e classificação; . Custo elevado em relação a outros modos. Aquaviário ~ 12% . Mínimos limites de peso e volume; . Custo competitivo > 1000km. . Mais lento; . Mobilidade limitada – normalmente depende de transbordo. Ferroviário ~ 23% . Bom para produtos de baixo valor e grandes volumes; . Competitivo para distâncias maiores que 700km. . Mais lento em relação ao TRC; . Grandes investimentos; . Mobilidade limitada – normalmente depende de transbordo. Rodoviário ~ 63% . Disponibilidade; . Boa mobilidade (porta-a- porta); . Bom para curta/média distância; . Alta incidência de furtos; . Péssimas condições das estradas ou alto custo de pedágio; . Custo elevado em relação a outros modos. Fonte: ANTT (2007) – http://www.antt.gov.br/ Segundo Fleury (2000), a importância relativa de cada modal pode ser medida em termos de quilometragem do sistema, volume de tráfego, receita e natureza da composição do tráfego. O Quadro 1 a seguir resume a estrutura de custos fixos e variáveis de cada modal: 25 . Ferroviário: Altos custos fixos em equipamentos, terminais, vias férreas etc; Custo variável baixo. . Rodoviário: Custos fixos baixos (rodovias estabelecidas e construídas com fundos públicos); Custo variável médio (combustível manutenção etc.). . Aquaviário: Custo fixo médio (navios e equipamentos); Custo variável baixo (capacidade de transportar grande quantidade de tonelagem). . Dutoviário: Custo fixo mais elevado (direitos de acesso, construção, requisitos para controles das estações e capacidadede bombeamento); Custo variável mais baixo (nenhum custo com mão-de-obra de grande importância). . Aeroviário: Custo fixo alto (aeronaves e manuseio e sistemas de carga); Alto custo variável (combustível, mão-de-obra, manutenção etc). QUADRO 1 – Estrutura de custos para cada modal Fonte: Fleury (2000) 3.2 - Roteirização de veículos Para que as entregas possam ser feitas de maneira otimizada, deve-se utilizar um processo de planejamento prévio, através de um roteiro, considerando a distância dos percursos e o tempo necessário para a entrega. Esse processo se chama roteirização. A roteirização possui alto grau de importância por ser a função que inicia todo o ciclo informacional da empresa no quesito entrega/cliente. Atualmente já existem softwares que auxiliam a roteirização ou até que já a fazem baseado em dados impostos pelos profissionais. Porém algumas empresas ainda não conhecem detalhes operacionais e não fazem investimentos para a utilização dessa ferramenta informatizada. A informatização desse ramo da logística é benéfica para os resultados finais. Com a utilização dos mapas digitais e informações visíveis na tela, o processo de decisão de rotas se torna muito mais fácil, e o resultado final 26 acaba sendo a melhoria nas operações de transporte e distribuição geral, assim como um nível de serviço muito mais elevado. Porém essa informatização não é tão simples, pois é necessária a entrada dos dados no sistema. Isso requer tempo, pois os dados como localização dos clientes, tempos de entrega, horário de atendimento, tempo de cada percurso, quantidades de produtos entre outros, são todos inseridos manualmente no software na maioria das vezes. Além disso, essa informatização torna-se complexa por causa do número de variáveis que devem ser consideradas e porque os softwares de roteirização utilizam teoria de gráficos, de forte base matemática. Mesmo sendo uma tarefa complicada de ser implementada, a roteirização informatizada é uma ferramenta moderna no combate aos custos, e otimização do nível de serviço. Na atualidade, a excelência nas entregas tem sido um fator importante na escolha de fornecedores. Consequentemente, uma boa roteirização significa clientes satisfeitos e uma logística enxuta. 3.3 - Tecnologia da Informação Após a internacionalização das empresas uma série de mudanças (globalização, aumento das incertezas econômicas, proliferação de produtos, menores ciclos de vida dos produtos, maiores exigências de serviços) aconteceu num contexto de uso cada vez mais intenso, da internet e outras tecnologias. Com a evolução da tecnologia, ganham-se fortes aliados, como rastreadores, roteirizadores, gerenciadores de frotas e códigos de barras. Para Fleury (2000), esse grupo de mudanças econômicas vem transformando a visão empresarial sobre a logística, que deixou de ser vista como uma simples atividade operacional e passou a ser vista como uma atividade estratégica, uma fonte potencial de vantagem competitiva. O Quadro 2 apresenta algumas das principais aplicações de TI para a operação e gestão logística. Essas aplicações, segundo o autor, podem ser aplicadas em dois grandes grupos, hardware e software. 27 Aplicações hardware Aplicações software Microcomputadores Palmtops Códigos de barra Coletores de dados Rádio freqüência Transelevadores Sistemas GPS1 Computadores de bordo Picking automático Roteirizadores WMS2 GIS3 DRP4 MRP5 Simuladores Otimização de redes Previsão de vendas EDI6 QUADRO 2 – Aplicações de TI para a Logística Fonte: Fleury (2000) 1 GPS - Global Positioning System (Sistema de Posicionamento Global) 2 WMS –Warehouse Management System (Sistema de gerenciamento de Armazém) 3 GIS - Geographical Information System (Sistema de Informação Geográfica) 4 DRP – Distribution Resource Planning (Planejamento dos Recursos de Distribuição) 5 MRP – Manufacturing Resource Planning (Planejamento dos Recursos de Manufatura) 6 EDI – Eletronic Data Interchange (Intercâmbio Eletrônico de Dados) Para Fleury (2000), essas aplicações de tecnologia permitem otimizar o sistema logístico e gerenciar de forma integrada e eficiente seus diversos componentes, ou seja, estoques armazenagem, transporte, processamento de pedidos, compras e manufatura. 3.4 - Processamento de Pedidos Depois de ocorrida a venda de um produto e dada entrada no sistema, todo um processo em torno do pedido começa a ser traçado. Normalmente o processamento de pedidos começa na separação, depois ele é conferido, embalado e despachado de diversas maneiras, dependendo do seu volume ou valor. O processamento de pedidos é um dos elos da logística que não adiciona muitos custos, porém, isto não reduz sua importância, pois ele liga a venda à entrega. 28 Os pedidos podem ser enviados de diversas formas, desde telemarketing, fax, através de papéis, até por tecnologia de informações, como, por exemplo, EDI (Intercâmbio eletrônico de dados), Palmtop, Internet e outros. Independente do canal de transmissão, o pedido percorre um caminho, até se tornar uma compra ou uma venda finalizada. Como todas essas técnicas ainda são utilizadas, as empresas necessitam ser capazes de controlar a demanda de pedidos recebidos. Para que isso ocorra, há muitos desafios, sendo que um deles seria colocar todos os pedidos em um formato comum, através do uso de softwares de gerenciamento de pedidos. No que diz respeito a pedidos feitos por fax, telefone, ou manualmente, não há escolha senão lançá-los manualmente. Depois que os pedidos estiverem dentro do sistema, uma série de atividades é iniciada no fornecedor. A etapa que diz respeito à configuração é necessária apenas se houver a consolidação de vários produtos em um pedido. Isso é necessário para a verificação de volume e a programação correta do envio do produto. Segundo Ballou (2006), há também a parte da demarcação de preços, onde há um grande foco de erros e reclamações nas grandes transações. É necessário determinar o preço unitário correto do produto, oferecer descontos apropriados, levando em conta cada empresa e ramo, calcular o preço diferenciado, que varia de acordo com o volume comprado e calcular taxas adicionais, como impostos, tarifas, entre outros. Uma das partes que mais gera problemas é a verificação física do estoque. Os autores estudados enfatizam que muitas empresas se comprometem em vender sem antes verificar a capacidade de entregá-lo. Ballou (2006) ressalta que o fornecedor tem simplesmente que assumir o risco de que os produtos não serão entregues se não forem reservados no estoque. A última parte do processamento de pedidos é a obtenção da aprovação. Tudo depende do tamanho do pedido. Ele deve passar por uma revisão e aprovação interna pelo fornecedor, antes de ser enviado ao cliente para aprovação. Depois dessa confirmação, conclui-se a fase de demanda e tem o início do processo de atendimento. 29 3.5 - Movimentação e armazenagem Segundo Ballou (1995 p.152), “Armazenagem e manuseio de mercadorias são componentes essenciais do conjunto de atividades logísticas. Os seus custos podem absorver de 12 a 40% das despesas logísticas da firma”. Nesta visão, o autor aborda que a armazenagem é um dos pontos da logística que exige muito cuidado, pois para se montar um armazém tem que se levar em conta vários fatores e, também, que os custos das atividades relacionadas a ela estão intimamente ligadas à seleção do local. Quando se analisa a movimentação e armazenagem, abrangem-se todo o controle dos processos de entrada do material no almoxarifado, a estocagem deste material e sua locação adequada, objetivando assim sua preservação para futura distribuição. Em uma definição bastante genérica, a movimentaçãoe a armazenagem consistem na preparação, colocação e posicionamento de materiais, a fim de facilitar sua movimentação e estocagem. Todas as atividades que se relacionam com o produto, com exceção feita às operações de processamento e inspeção, são de movimentação de materiais. Como em qualquer empresa, a movimentação de materiais tem uma grande importância, pois ela compreende todas as operações básicas envolvidas na movimentação de qualquer tipo de material por qualquer meio de recepção da matéria-prima até a expedição e distribuição do produto acabado. 3.6 - O Sistema de Informação Roadnet Como um dos melhores softwares de roteirização do mercado, o Roadnet é um sistema simples, porém completo. O Roadnet é desenvolvido 30 pela empresa norte americana UPS Logistics Tecnologies e distribuído no Brasil pela E-novations. O software atende o planejamento das entregas e a gestão de rotas. É uma ferramenta poderosa que simplifica, agiliza e aperfeiçoa o processo de roteirização diária, além de aumentar a eficiência das rotas, reduzindo os custos gerais e otimizando a roteirização dos recursos existentes. O software Roadnet é baseado em um poderoso algoritmo de roteirização que leva em consideração múltiplas estratégias, auxiliando no processo de redução de custos e otimização da frota. O Roadnet utiliza sessões de roteirizações e cenários como ferramentas para a criação de modelos mais realistas para a roteirização dos pedidos. Uma sessão de roteirização é uma sessão que contém um conjunto de clientes e suas informações de localização, informações de manutenção e seus pedidos. Um cenário é uma maneira simples e rápida de alterar globalmente as propriedades dos clientes em uma sessão de roteirização. A interface de uso do software é de fácil manuseio, ela é dividida em quatro janelas, mostrando os pedidos não atendidos, que são os pedidos do dia para os quais ainda não foram criadas rotas. Numa janela têm-se as rotas ativas, que são as rotas criadas, esperando para serem modificadas e com pedidos a serem alocados em veículos que efetuarão as entregas posteriormente. Na outra janela têm-se as rotas prontas, para as quais falta enviar os dados para a planilha de alocação e a seguir para o carregamento. Na outra janela das rotas ativas contém as sessões de roteirizações, correspondentes às roteirizações passadas. O conjunto de informações de clientes como localização, manutenção e seus pedidos compõem as sessões ou zonas de roteirização. O objetivo de formar essas zonas é que nelas são impostos os limites, como maior quantidade de entrega e peso permitido por rotas. Feito isso, o Roadnet automaticamente irá criar rotas de acordo com o informado, restando à pessoa que irá roteirizar escolher se deve modificar as rotas ou não, adicionando ou removendo entregas. 31 Cada indivíduo responsável pela roteirização tem sua própria senha, com limites impostos pelo administrador. Ele tem o poder de adicionar e remover os acessos, liberar funções e controlar o seu bom uso. O Roadnet possui também varias outras utilidades além da roteirização. Todas as informações de seu banco de dados podem ser acessadas após a roteirização e importadas para planilhas Excel, permitindo assim criar um controle de informações eficientes e verificar melhorias necessárias. A utilização de mapas digitais com informações de logística (Endereço, Mão de Direção, Restrições de Conversão, etc) permite um melhor manuseio da malha viária do território, além de geocodificação automática dos clientes em até 3 níveis de precisão. Esporadicamente é necessária a manutenção do cadastro de clientes, pois eles são automaticamente cadastrados no sistema, podendo ocasionar erros. Durante seu recadastramento o endereço é localizado e geocodificado no mapa. Isto se faz necessário pelo fato de que, se o mesmo estiver cadastrado incorretamente o pedido poderá ser roteirizado em rotas cuja posição geográfica não se adequa às zonas de entrega de uma região e nem aos endereços reais dos clientes. CONCLUSÃO Conforme pode ser visto nesta monografia, o conceito de logística migrou de um nível operacional para um patamar estratégico. Apesar de reconhecer sua importância estratégica, poucas são as empresas que efetivamente desfrutam dos benefícios de vantagem competitiva que uma boa gestão logística tem a oferecer. As empresas que adotarem mais rápido os conceitos e a importância da estratégia logística no atual contexto competitivo, certamente serão mais bem sucedidas, tendo em vista que a 32 gestão de informações é um dos pontos chave para a obtenção de sucesso na economia global. A logística nunca desempenhou um papel tão importante nas organizações como nos dias atuais. Mudanças nas expectativas dos clientes ou na localização geográfica continuamente transformam a natureza dos mercados, que, por sua vez, geram restrições que alteram o fluxo de mercadorias dentro das empresas. Mudanças tecnológicas e mercados emergentes abrem novas formas de organizar, adaptar e otimizar o fluxo de matérias-primas, produtos semi-acabados, produtos acabados, peças de reposição e materiais reciclados. Tradicionalmente, as operações logísticas desenvolveram-se dentro de regiões geográficas dispersas, eram controladas por uma área funcional, como Marketing ou produção, conforme demonstrado por Ballou (2006). A gestão do fluxo físico era definida por esta área geográfica restrita, e com foco no atendimento das necessidades da função que a controlava. Hoje, novas pressões estão mudando as definições e estruturas utilizadas pelas empresas. Essas pressões incluem a duplicação de estoques, a incompatibilidade das infra-estruturas logísticas e a limitada capacidade de reação individual às mudanças gerais na cadeia de suprimentos. As novas definições são significativamente diferentes daquelas que determinavam as antigas atividades relacionadas ao fluxo físico. Ferramentas conceituais e gerenciais agora aplicadas à gestão de informações da distribuição física e da logística como um todo fornecem importantes soluções. Essas ferramentas refletem uma nova visão de logística nas organizações. Entende-se que uma das contribuições desse trabalho foi relacionar a gestão da informação com a gestão logística, mostrando a importância da primeira para a segunda. Trata-se de uma contribuição relevante, visto que o tema da logística não tem sido até o momento muito explorado no campo da Ciência da Informação (CI). Espera-se que esse trabalho possa estimular estudos futuros sobre a questão, bem como despertar os profissionais e pesquisadores da CI sobre as oportunidades existentes nesse setor. 33 34 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ALVARENGA, Antônio C.; NOVAES, Antônio G.A. Logística aplicada. São Paulo: Pioneira, 1994. POZO, Hamilton. Administração de recursos materiais e patrimoniais. São Paulo: Atlas, 2001, 299p. VIANA, João J. Administração de materiais: Um enfoque Prático. São Paulo: Atlas, 2000. Em meio eletrônico: www.antt.gov.br www.clml.gov./normas.htm www.dnit.gov.br/apr/condrede.htm www.guiadelogistica.com.br http://www.antt.gov.br/ http://www.clml.gov./normas.htm http://www.dnit.gov.br/apr/condrede.htm http://www.guiadelogistica.com.br/ 35 BIBLIOGRAFIA CITADA 1 - BALLOU, Ronald H. Logística empresarial: transporte, administração de materiais e distribuição física. 1ª ed. São Paulo: Atlas. 1993. 2 - BALLOU, Ronald H. Logística empresarial. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 1995. 3 - BALLOU, Ronald H. Logística empresarial: transporte, administração de materiais e distribuição física. 5ª ed. São Paulo: Atlas. 2006, 616 p. 4 - BOWERSOX, Donald J. CLOSS, David J. Logística empresarial. São Paulo: Atlas, 2001. 5 - CHRISTOPHER,Martin. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos: estratégias para redução de custos e melhoria dos serviços. São Paulo: Thomson.1997, 240 p. 6 - DAVENPORT, H. Thomas. Processos de Gerenciamento da Informação. In: Ecologia da Informação: Por que só a tecnologia não basta para o sucesso na era da Informação. São Paulo: Futura, 1998, cap. 8, p. 173-199. 7 - FLEURY, Paulo F.; WANKE, Peter; FIGUEIREDO, Kleber Fossati (Org.). Logística Empresarial: A perspectiva Brasileira. São Paulo: Atlas, 2000, 372 p. 8 - MCGEE, James; PRUSAK, Laurence. Administrando a Informação Sob a Perspectiva do processo. In: Gerenciamento Estratégico da Informação: aumente a competitividade e a eficiência de sua empresa utilizando a informação como uma Ferramenta estratégica. Rio de Janeiro: Campus, 1994, cap. 8, p. 106-127. 36 9 - MIELE, Juliana; TAKAHASHI, Sérgio. Estudo da adequação entre estratégia logística e gestão do conhecimento:: Estudo de caso no setor de bebidas. Inteligência Empresarial, n.12 , p.72-80, jul.2002. 10 - SALES, Alessandra Simoni Ferraz; FERREIRA, Marilene Lopes; Gestão Estratégica da Informação na Logística. Reúna: Revista de Economia da UNA, v.7, n.2(19), abr./jun.2000, p.25-34. 11 – NOVA CULTURAL. Logística. In: NOVA CULTURAL, Grande Enciclopédia Larrousse Cultural. [S. l.]: Gráfica Círculo, 1998, n. 15, p.3643. 37 ÍNDICE FOLHA DE ROSTO 2 AGRADECIMENTO 3 DEDICATÓRIA 4 METODOLOGIA 5 SUMÁRIO 6 INTRODUÇÃO 7 CAPÍTULO I FUNDAMENTAÇÃO TEORICA 9 1.1 – Conceitos de Logística 9 1.2 – Evolução da Logística 12 1.3 – Missão da Logística 15 1.4 – Logística de Distribuição e Marketing 16 CAPÍTULO II DISTRIBUIÇÃO FÍSICA 18 2.1 – Transit Point 19 2.2 – Cross Docking 20 CAPÍTULO III TRANSPORTE 22 3.1 – Transportes no Brasil 22 3.2 – Roteirização de Veículos 25 3.3 – Tecnologia da Informação 26 3.4 – Processamento de Pedidos 27 3.5 – Movimentação e Armazenagem 29 3.6 – O Sistema de Informação Roadnet 29 CONCLUSÃO 32 38 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 34 BIBLIOGRAFIA CITADA 35 ÍNDICE 37 39 FOLHA DE AVALIAÇÃO Nome da Instituição: Universidade Candido Mendes Título da Monografia: Gestão de Informações aplicadas à Logística Integrada Autor: Fabiana Coelho Pereira Data da entrega: 24/03/08 Avaliado por: Conceito: AGRADECIMENTOS SUMÁRIO CAPÍTULO I - Fundamentação Teórica 09 CAPÍTULO II - Distribuição Física 18 CAPÍTULO III – Transporte 22 CONCLUSÃO 32 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 34 BIBLIOGRAFIA CITADA (opcional) 35 ÍNDICE 37 FOLHA DE AVALIAÇÃO 39 1.3 - Missão da Logística 1.4 - Logística de Distribuição e Marketing 2.1 - Transit Point 2.2 - Cross Docking 3.1 - Transportes no Brasil 3.2 - Roteirização de veículos 3.3 - Tecnologia da Informação 3.4 - Processamento de Pedidos 3.5 - Movimentação e armazenagem 3.6 - O Sistema de Informação Roadnet FOLHA DE ROSTO 2 AGRADECIMENTO 3 FOLHA DE AVALIAÇÃO
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