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Gestão de Informações na Logística Integrada

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES 
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” 
PROJETO A VEZ DO MESTRE 
 
 
 
 
 
GESTÃO DE INFORMAÇÕES APLICADAS À LOGÍSTICA 
INTEGRADA 
 
 
 
Por: Fabiana Coelho Pereira 
 
 
 
Orientadora 
Prof. Mary Sue Pereira 
 
 
 
Rio de Janeiro 
2008 
 
 
 
 
2 
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES 
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” 
PROJETO A VEZ DO MESTRE 
 
 
 
 
 
GESTÃO DE INFORMAÇÕES APLICADAS À LOGÍSTICA 
INTEGRADA 
 
 
 
 
 
Apresentação de monografia à Universidade 
Candido Mendes como requisito parcial para 
obtenção do grau de especialista em Logística 
Empresarial. 
 Por: . Fabiana Coelho Pereira. 
 
 
 
 
 
3 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
....Agradeço aos meus familiares, 
principalmente a minha mãe por apoiar 
meus estudos. Ao meu namorado pela 
dedicação e compreensão. Aos meus 
colegas de trabalho que ajudaram a me 
transformar na profissional que sou 
hoje. 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
.....Dedico essa conquista aos meus pais 
e irmão, ao meu namorado, aos mestres 
e amigos, pois não haveria vitória sem 
luta e não haveria luta sem o apoio de 
cada um de vocês. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
METODOLOGIA 
 
O primeiro passo foi encontrar o tema da minha monografia onde 
buscava algo relacionado à área em que atuo, ou seja, logística em um 
Centro de Distribuição. 
A metodologia utilizada para elaboração dessa monografia foram 
basicamente pesquisas através da internet, experiência profissional e com a 
ajuda dos colegas de trabalho da área de Transportes e Roteirização. 
Utilizei uma pesquisa explicativa, em que procurei analisar como um 
sistema de roteirização auxilia na Gestão de Informações aplicadas à logística 
Integrada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO 07 
 
CAPÍTULO I - Fundamentação Teórica 09 
 
CAPÍTULO II - Distribuição Física 18 
 
CAPÍTULO III – Transporte 22 
 
CONCLUSÃO 32 
 
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 34 
 
BIBLIOGRAFIA CITADA (opcional) 35 
 
ÍNDICE 37 
 
FOLHA DE AVALIAÇÃO 39 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
INTRODUÇÃO 
 
A gestão do fluxo informacional na cadeia logística de distribuição de 
qualquer empresa de grande porte, é o que define o diferencial estratégico na 
realização de negócios no quesito venda-entrega. 
A distribuição física é um dos elos logísticos que mais adiciona custos 
em uma empresa, pois engloba transportes, processamento de pedidos, 
movimentação de cargas, entre outras funções. Seu gerenciamento incorreto 
pode acarretar custos desnecessários, demora na realização das entregas e 
rotas cruzadas, o que pode posicionar uma empresa como mais uma opção 
no mercado, e não a melhor. 
A logística evoluiu muito desde os tempos em que era apenas utilizada 
no meio militar. As empresas começaram a observar as mudanças na 
economia e viram a obrigação de adotar a logística como algo necessário 
para o crescimento. Muitas são as oportunidades de aumentar a lucratividade 
de uma empresa e a eficiência do sistema logístico e da cadeia de 
suprimentos. Os aspectos chave estão relacionados com a administração dos 
processos de armazenagem bem como a gestão do sistema de transporte. 
Com os consumidores cada vez mais exigentes e com o aumento da 
concorrência, a gestão de informações do sistema de transporte torna-se um 
fator decisivo para o crescimento e até mesmo para sobrevivência das 
empresas. 
As mudanças ocorridas pela sociedade, sejam estas tecnológicas, 
econômicas ou políticas, nos mostram a necessidade das organizações, 
possuírem uma maior flexibilidade e capacidade de adaptação. Cada vez 
mais, clientes e consumidores procuram adquirir não somente bons produtos 
mas produtos que possuem em sua essência informações adicionadas 
determinando valor, qualidade e prestígio à marca. Neste sentido, a 
 
 
 
8 
informação precisa e em tempo hábil se torna um fator decisório e de 
expansão da cadeia de distribuição empresa-produto-cliente. 
A informação é considerada um dos elementos chave para a obtenção 
de vantagem competitiva na área de logística. O fluxo de informações 
identifica locais específicos dentro de um sistema logístico em que é preciso 
atender algum tipo de necessidade. As necessidades de informações seguem 
caminhos paralelos ao trabalho real executado na distribuição física, no apoio 
à produção e no suprimento. 
Portanto, a gestão de informações na logística se faz necessária, 
porque além de facilitar a coordenação do planejamento e o controle das 
operações de rotina, envolve informações de fornecedores, clientes, 
transporte, estoque, armazenamento, manuseio de materiais e embalagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
CAPÍTULO I 
 
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
...Deus é maior que todos os obstáculos. 
 
 
 O termo logística não é específico dos setores privado ou público. 
Os conceitos básicos de administração logística são aplicáveis em todas as 
atividades de organizações privadas e públicas. Vários títulos têm sido 
comumente utilizados para descrever o termo, inclusive pelas bibliografias 
que nortearam o desenvolvimento deste trabalho, quais sejam: 
Logística Empresarial, Distribuição Física, Administração da Logística 
de Materiais, Suprimento Físico, Logística de distribuição, Logística Integrada, 
Logística de Marketing, Gerenciamento da Cadeia de suprimentos (GCS, ou 
SCM do inglês Supply Chain Management), Logística Interna e Distribuição 
Total. Além dos termos utilizados nas questões contemporâneas, como: 
Logística Global, Logística da Indústria de Serviços, Logística Colaborativa e 
Logística Reversa. 
O limite entre os termos acima, para o propósito deste trabalho, é 
indistinto e serão mencionados com sentido semelhante. O foco estará em 
gerir os fluxos de informações, produtos e serviços da maneira mais eficaz e 
eficiente, qualquer que seja o título descritivo de sua prática. 
 
1.1 - Conceitos de Logística 
Uma definição dicionarizada do termo logística é a que diz: “o ramo da 
ciência militar que lida com a obtenção, manutenção e transporte de material, 
pessoal e instalações”. (Nova Cultural, 1995). Essa definição situa logística 
num contexto militar. 
 
 
 
10 
Segundo Fleury (2000, p.31) “a logística deve ser vista como um 
instrumento de Marketing, uma ferramenta gerencial, capaz de agregar valor 
por muitos dos serviços prestados”. 
A logística cresceu de forma surpreendente nos últimos anos no Brasil, 
pois deixou de ser utilizada somente para estratégias de guerra e passou a 
ser utilizada como estratégia de negociação. 
As estratégias logísticas influenciam o projeto do produto, as parcerias, 
as alianças e a seleção de fornecedores e outros processos vitais de 
negócios. Ela é um meio de diferenciação, no qual se procura sempre buscar 
os resultados de forma eficaz e eficiente, ou seja, a logística procura otimizar 
sempre, diminuindo custos e objetivando o lucro. 
Fleury (2000) apresenta o conceito emergente de SCM – Supply Chain 
Management, traduzido para o português como gestão da cadeia de 
suprimentos, como sendo o esforço de coordenação nos canais de 
distribuição por meio da integração de processos de negócio que interligam 
seus diversos participantes. 
Segundo a perspectiva de Ballou (2006), materiais e informações fluem 
tanto para baixo quanto para cima na cadeia de suprimentos. Enfatizando 
esta afirmação a Figura 1 mostra a integração da cadeia de suprimentos a 
partir do fluxo de informações sobre as necessidades da cadeia: 
 
 
Fluxo de materiais de valor 
adicionado 
 Indústria 
Fluxo de informações sobre as 
necessidades 
Clientes Distribuição 
Física 
Fabricação Compras Fornecedores 
 
 
 
11 
FIGURA 1 – Integração da Cadeia deSuprimentos 
Fonte: Bowersox e Closs (2001) 
 
 O gerenciamento da cadeia de suprimentos integra todas as atividades 
logísticas com o objetivo de conquistar uma vantagem competitiva 
sustentável. 
Portanto, não existe uma definição universalmente aceita para 
logística. Considerando que este trabalho precisa de uma definição 
suficientemente clara e explicativa para logística, foi escolhida a seguinte 
definição: 
 
“Logística é a busca da otimização das atividades de processamento 
de pedidos, dimensionamento e controle de estoques, transportes, 
armazenagem e manuseio de materiais, projeto de embalagem, 
compras e gerenciamento de informações correlatas às atividades de 
forma a prover valor e melhor nível de serviço ao cliente. A busca pelo 
ótimo dessas atividades é orientada para a racionalização máxima do 
fluxo do produto/serviço do ponto de origem ao ponto do consumo 
final, portanto, ao longo de toda a cadeia de suprimentos.” SALES 
(2000) 
 
 
A logística enfatiza principalmente os transportes, a distribuição, 
armazenagem, produção e suprimentos. Esses cinco fatores podem resumir a 
logística no ramo industrial. 
No contexto da Ciência da Informação (CI) poucos são os autores que 
associam o termo Logística à CI, sendo que pouca literatura pode ser 
encontrada abordando tal tema de maneira específica. 
Mcgee e Prusak (1994) conceituam disseminação da informação nos 
processos de gestão da informação como “compartilhar de forma ampla ou 
específica qualquer tipo de informação, tratada e organizada de acordo com 
as necessidades de quem a usa”. 
Davenport (1998) amplia este conceito e propõe que “... a 
disseminação é distribuir a informação aos que necessitam dela”, ou seja, a 
visão de que o usuário é quem determina como e que tipo de informação será 
disponibilizada. O autor mostra como essa atividade pode ser desenvolvida 
de forma multidisciplinar. 
 
 
 
12 
Segundo o autor, definir o passo da distribuição no processo de 
gerenciamento informacional pode também ajudar a esclarecer quais, entre 
os muitos meios, são adequados. O termo disseminação ou distribuição é 
também considerado como a transferência da informação para geração do 
conhecimento. Continuando nesta abordagem e com foco na Gestão do 
Conhecimento Miele (2002) apresenta o Modelo de Congruência entre 
estratégia logística e Gestão do conhecimento (FIGURA 2). 
 
1.2 - Evolução da logística 
 
De acordo com os autores pesquisados, o termo logística começou a 
ser utilizado pelos militares que, antes mesmo das empresas despertarem 
maior interesse na administração das atividades logísticas, já davam grande 
importância na coordenação das atividades incluídas na definição de logística 
como: aquisição, estoques, definição de especificações, transporte e 
administração de estoques. 
A logística é uma das atividades econômicas mais antigas, porém seu 
conceito é um dos mais modernos, pois sua visão é sempre a do crescimento, 
sendo que este pode ser tecnológico, produtivo e financeiro. 
Segundo Ballou (1993), a logística teve origem nas empresas entre o 
início da década de 50 até a década de 60. Durante estes anos a logística 
dava seus primeiros passos, em um ambiente propício para novidades nos 
pensamentos administrativos e uma certa rejeição pela área do Marketing que 
tinha uma visão mais voltada para compra e venda, dando pouca importância 
para os processos de distribuição física. 
Durante os anos 70, surgiram mais estudos sobre a logística, 
relacionados com o custo total. O conceito do custo total também foi um 
princípio muito importante para a logística devido ao aumento da variedade de 
produtos, melhoria nos níveis dos serviços e aumento da produtividade. 
Este conceito foi definido através de estudos feitos para identificar o 
papel que o transporte aéreo poderia desempenhar na distribuição física, 
mostrando que apesar do alto custo do transporte aéreo este meio não seria 
 
 
 
13 
totalmente inviável. O mesmo poderia ser utilizado analisando o menor custo 
total, o qual seria obtido decorrente da soma das taxas do frete aéreo e do 
menor custo, devido à diminuição dos custos com estoques, obtida pela maior 
velocidade da movimentação na utilização deste modal. Entende-se por 
modal, a forma de transportar produtos, seja por meio de transporte 
rodoviário, ferroviário, hidroviário, aeroviário ou duto viário. 
Naquela época, a logística também assumia crescente importância no 
desenvolvimento de parcerias, agregando tecnologias. As condições 
econômicas e tecnológicas daquela época também contribuíam para o 
desenvolvimento da logística. 
Para Ballou (1993), foi entre as décadas de 80 e 90 que a logística 
passou por um renascimento que envolveu mais mudanças do que todas as 
décadas juntas desde a revolução industrial. Isso ocorreu pelo fato de 
mudanças nas regulamentações, a vinda do microcomputador, a evolução da 
informação como ferramenta de crescimento e as alianças entre empresas. 
O aumento da competitividade mundial dos bens de manufatura e a 
escassez de matérias primas com boa qualidade, bem como outros fatores 
como a estagnação do mercado e o aumento da inflação trouxeram à tona 
uma nova filosofia de melhor administração dos suprimentos, dedicando 
maior atenção para o controle de custos, produtividade e controle de 
qualidade. Estes assuntos passaram a ser de grande importância para a alta 
administração e a utilização dos princípios e conceitos já estudados ao longo 
do tempo começaram a ser utilizados obtendo-se bons resultados. 
Com o aumento da utilização das técnicas e conceitos logísticos foi 
possível dar uma maior abrangência para a área, passando a compreendê-la 
como a integração da administração de materiais e distribuição física. Esta 
integração estreitou a ligação entre a função de produção e operação em 
muitas empresas. 
A nova visão da logística é que áreas de responsabilidade única como 
produção e Marketing tenham maior integração. Como a logística interage 
tanto com a produção quanto com o Marketing, encontra-se estrategicamente 
 
 
 
14 
em uma área intermediária, fazendo esta integração e dando suporte para 
tomadas de decisões e processos entre as áreas. 
Segundo Cristopher (1997), a integração entre as áreas envolvidas na 
cadeia de abastecimento tem aumentado conforme a ‘organização em rede’ 
se torna mais comum. A organização em rede descreve a ligação entre os 
membros envolvidos onde cada um contribui com sua especialização. A 
organização em rede descreve a logística integrada como diferencial. 
Para Fleury (2000), desde os meados da década de 80 até o presente, 
a logística tem ênfase estratégica, como indica o rótulo que lhe foi atribuído: 
“a logística como elemento diferenciador”. 
 
 Ainda segundo Fleury (2000), esse período implica maior 
preocupação com as interfaces, dentro das empresas, entre as 
diferentes funções, além de maior destaque das considerações 
logísticas no mais alto nível de planejamento estratégico das 
corporações e, para o autor, o Supply Chain Management é a vertente 
mais rica no atual pensamento logístico. 
Para a maioria dos autores consultados, as futuras tendências também 
serão voltadas à satisfação dos consumidores, facilitando primeiramente as 
compras efetivas, que serão rápidas e flexíveis em função de uma 
combinação de práticas como o embarque direto das fábricas. Deverão 
prosseguir as fusões entre empresas (pequenas, médias e grandes), visando 
à redução de custos logísticos. Portanto o objetivo da logística é fazer com 
que consumidores tenham bens, serviços e informações onde e quando 
quiserem, bem como nas condições físicas que desejarem. 
 
 
 
 
 
 
 
15 
FIGURA 2 – Modelo de Congruência 
Fonte: Miele (2002) 
 
 
Portanto, a disseminação ou distribuição no contexto do processo de 
gestão da informação pode ser utilizada como “Logística da Informação”, 
definindo fluxose gerindo-a em todos os sistemas, a exemplo da cadeia de 
suprimentos na logística integrada. 
 
 
 
 
 
 
1.3 - Missão da Logística 
 
 
Uma afirmação básica que consiste na missão da logística é “Colocar 
os produtos ou serviços certos no lugar certo, no momento certo, e nas 
condições desejadas, dando ao mesmo tempo a melhor contribuição possível 
para a empresa”. (Ballou 2006, p.28) 
A logística de uma empresa é um esforço integrado com o objetivo de 
ajudar a criar valor para o cliente pelo menor custo total possível. “A logística 
existe para satisfazer as necessidades do cliente, facilitando as operações 
relevantes de produção e Marketing”. (Bowersox e Closs, 2001). 
 Modelo de Congruência entre Estratégia logística e gestão do conhecimento 
 Insumos Desempenho 
 
 Ambiente Estratégia Logística 
Gestão do 
Conhecimento Qualidade 
 Recursos Estratégias Posicionamento Relação 
Geração do 
conhecimento Rapidez 
 
História 
 
 
 
Logístico 
Vantagem 
 Aprendizagem Organizacional 
 
 
 
Confiabilidade 
 
 Competências do negócio Competitiva 
Transferência de 
Conhecimento Flexibilidade 
 
 Cultura Custo 
 
 
 
 
16 
A Gestão de Informações no contexto da cadeia de valor utiliza 
tecnologias de SCM para: tomar decisões de quando e o que produzir, 
armazenar e transportar; monitorar e fazer comunicação rápida dos pedidos, 
acompanhar e coordenar estoques; gerar programação da produção baseada 
na demanda; gerar o compartilhamento de informações sobre defeitos, 
devoluções e restituições; fornecimento de informações sobre os produtos, 
além de comunicar mudanças nos mesmos. 
Crhistopher (1997) enfatiza que a missão do gerenciamento logístico é 
planejar, coordenar todas as atividades necessárias para alcançar níveis 
desejáveis dos serviços e qualidade ao custo mais baixo possível. “Portanto a 
logística deve ser vista como o elo entre o mercado e a atividade operacional 
da empresa. O raio de ação da logística estende-se sobre toda a organização, 
do gerenciamento de matérias primas até a entrega do produto final”. 
(Crhistopher, 2002, p. 150) 
 
 
 
 
 
1.4 - Logística de Distribuição e Marketing 
 
 
Embora a logística lide normalmente com operações e planejamento, 
ela necessita de vários fatores indiretos. Um deles é o Marketing, pois com 
essa ferramenta se pode colocar o foco diretamente no cliente, que é o 
individuo visado em todo processo. 
A união desses dois elementos, logística e Marketing, têm como foco 
todas as atividades da empresa para, juntamente com os inter-
relacionamentos, atender o cliente e evitar perdas, através da utilização dos 
canais básicos de Marketing como promoção, força de vendas e também com 
a logística priorizando a distribuição física. 
Através dessas perspectivas, a combinação perfeita desses dois 
fatores e de todas as atividades que os mesmos adicionam tem como 
 
 
 
17 
conseqüência o funcionamento das atividades no tempo certo, mantendo a 
satisfação do cliente e assim, expandindo as operações de uma empresa no 
mercado. 
Muitas empresas não vêem o Marketing como um diferencial 
competitivo, e acabam deixando-o de lado, no que diz respeito a 
investimentos. Porém ele é um fator determinante nas empresas. As 
empresas podem então, encontrar meios que busquem, como solução, criar 
uma aliança entre o Marketing e a logística, diminuindo custos nas operações, 
criando diferenciação nos produtos, buscando treinar a mão de obra a fim de 
agilizar os processos para o trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
CAPÍTULO II 
 
DISTRIBUIÇÃO FÍSICA 
 
 
 
 
A distribuição física de um produto é uma das fases da logística 
produtiva em que as empresas procuram ter o melhor planejamento, pois as 
dificuldades são várias: filas que atrasam o carregamento, divergência de 
pedidos, sistemas fora do ar, recebimento fechado, zonas proibidas para a 
circulação de caminhões, rodízios, enfim, uma infinidade de problemas com 
os quais tem que se lidar diariamente. 
Ela é responsável pela entrega ao cliente do que é desejado, no prazo 
certo e ao mínimo custo. Para a distribuição operar de forma eficaz é 
indispensável projetar um sistema que atinja o nível necessário de serviço ao 
cliente e que o faça ao menor custo. Num sistema de distribuição física, suas 
atividades inter-relacionadas afetam o serviço ao cliente e o custo de 
prestação. 
Ao analisar a distribuição física, percebe-se que ela representa a maior 
parcela dos custos logísticos totais, por isso seu planejamento deve ser 
impecável. Para um melhor controle desse processo entra a Tecnologia da 
informação (TI) que procura aperfeiçoar esse processo, ligando o caminhão à 
base de controle, através de satélite, rádio, ou outros meios. 
Para Bowersox e Closs (2001), a distribuição define como devem ser 
os canais de comercialização. Se o produto é comercializado no atacado, as 
vendas podem ser efetuadas em grandes lotes, a partir da fábrica ou de 
depósitos próprios estrategicamente localizados ou depósitos de terceiros 
(atacadistas). A estruturação adequada dos canais resulta na melhoria das 
entregas dentro do prazo, aumentando o número de depósitos afiliados, 
garantindo a oferta da linha completa a seus clientes. 
 
 
 
19 
O sistema de distribuição de produtos de uma empresa sempre foi 
importante e complexo, pois o transporte é um considerável elemento de 
custo em toda a atividade individual e comercial, ainda mais em um país com 
dimensões continentais, como as do Brasil. 
O transporte está diretamente ligado à distribuição física, pois quando 
alguém necessita realizar uma distribuição, deverá decidir por qual modal 
viário ela será transportada. São atividades relacionadas com o fornecimento 
de serviço ao cliente entre o produto pronto para o despacho e sua chegada 
ao consumidor final. 
O objetivo, portanto, é procurar a máxima qualidade nos serviços de 
transportes, pagando o menor preço possível e otimizando o investimento em 
estoque de produto acabado. A empresa deve induzir o segmento de 
distribuição física dentro da logística iniciando desde o planejamento das 
necessidades de materiais e encerrando com a colocação do produto no 
mercado. 
O principal objetivo da gestão de informações na distribuição é 
oferecer, ao cliente, o produto ou serviço com um custo baixo e da forma que 
foi desejado. Isto não quer dizer que o custo do transporte, o custo com 
armazenagem, ou qualquer outro custo envolvido no processo, deva ser o 
mínimo, mas que o total de todos os custos é que deve ser minimizado. O que 
acontece a uma atividade tem efeito sobre as outras atividades, custo e nível 
de serviço. A gestão de informações na distribuição deve tratar o sistema 
como um todo e entender as correlações entre as atividades. 
 
 
 
 
 
2.1 - Transit Point 
 
 
A definição dos sistemas Transit Points é dada por Fleury (2000), que 
mostra a possibilidade das empresas alcançarem a excelência nos níveis de 
 
 
 
20 
entregas mesmo nas regiões geograficamente distantes do Centro de 
Distribuição. 
Para o autor, uma característica básica dos sistemas tipo Transit Point 
é que os produtos recebidos já têm os destinos definidos, ou seja, já, estão 
pré-alocados aos clientes e podem ser imediatamente expedidos para entrega 
local. Não há espera pela colocação dos pedidos. Esta é uma diferença 
fundamental em relação às instalações de armazenagem tradicionais, onde 
os pedidos são atendidos a partir do seu estoque. 
Os Transit Points guardam as mesmas relações de custo de transporte 
que os centros de distribuição avançados, pois permitem que as 
movimentações em grandes distâncias sejam feitas com cargas consolidadas, 
resultando em baixos custos de transporte. 
Esta operação, no entanto, é dependenteda existência de volume 
suficiente para viabilizar o transporte de cargas consolidadas com uma 
freqüência regular. Quando não há um volume suficiente para realizar 
entregas diárias, por exemplo, podem ser necessários procedimentos como a 
entrega programada, na qual os pedidos de uma área geográfica são 
atendidos em determinados dias da semana. 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.2 - Cross Docking 
 
 
Os centros de distribuições do tipo Cross-Docking operam sob o 
mesmo formato que os Transit Points, mas se caracterizam por envolver 
múltiplos fornecedores atendendo clientes comuns. 
Carretas completas chegam de múltiplos fornecedores e então se inicia 
um processo de separação dos pedidos, com a movimentação das cargas da 
área de recebimento para a área de expedição. Neste sistema são utilizados 
 
 
 
21 
leitores de códigos de barras que identificam a origem e o destino de cada 
pallet (suporte de madeira, plástico ou material sintético, utilizado para 
acomodar e facilitar o transporte de produtos acabados dentro das fábricas, 
armazéns ou centros de distribuição, bem como no carregamento de 
veículos). 
Desta forma, os pallets são automaticamente direcionados para as 
respectivas docas através de correias transportadoras e carregados nos 
veículos que farão a entrega local. Estes partem com uma carga completa, 
formada por produtos de vários fornecedores. Enquanto procedimento 
operacional, o Cross-Docking tem sido utilizado informalmente já há bastante 
tempo por várias empresas em seus armazéns tradicionais. 
A capacidade de planejamento antecipado e seu cumprimento rigoroso 
permitem que a passagem do estoque pela instalação seja a mais breve 
possível. Quando há pouca coordenação, com falta de sincronismo entre os 
recebimentos das cargas, será necessário maior espaço para manter o 
estoque e os veículos poderão ter que aguardar maior tempo para ter sua 
carga completada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
CAPÍTULO III 
 
TRANSPORTE 
 
 
 
 
O transporte é um dos serviços que mais empregam pessoas, seja 
diretamente ou indiretamente. Ele é responsável pela maior concentração de 
custos na logística, pois sem ele é impossível movimentar as cargas. 
Definir o transporte é crucial tanto para o custo do frete como também 
para a qualidade e segurança da carga. Há vários modais (modelos) de fretes 
disponíveis para se movimentar materiais e produtos, são eles: ferroviário, 
rodoviário, aéreo rodoviário, hidroviário e dutos. 
Para que possa escolher o melhor meio de transportes para 
determinada mercadoria, é preciso estudar as diversas rotas possíveis, 
englobando todos os fatores, desde a origem ao destino da mercadoria, 
utilizando melhor as especialidades e vantagens de cada modal. 
 
3.1 - Transportes no Brasil 
 
 
Com base nas informações encontradas no site governamental 
(www.transporte.gov.br), o transporte no Brasil iniciou-se desde que se tem 
registro no período da colonização, utilizando a tecnologia de transporte já 
existente que seria a forma pelo qual os nativos faziam o transporte, através 
dos ombros e em embarcações primitivas. 
De acordo com as informações do site, nesta época o Brasil também 
iniciava suas atividades econômicas que acontecia com o transporte do pau-
brasil pelos índios para negociar com os portugueses trocando por apetrechos 
e quinquilharias. Com o passar dos anos o sistema de transporte foi evoluindo 
http://www.transporte.gov.br/
 
 
 
23 
conforme as necessidades da sociedade. Em 1840 o Brasil ingressa na era 
do vapor e em 1854 o Brasil inaugurava sua primeira estrada de ferro. 
No século XIX, com o aumento do setor industrial e agrícola no Brasil, 
surgiu a necessidade de um sistema de transporte mais adequado para 
atender à demanda. O modal ferroviário teve expansão nos primeiros dez 
anos, transportando algumas mercadorias. Em 1908, a malha ferroviária já 
somava no país, algo próximo a 17.000 quilômetros de extensão. 
O primeiro caminhão utilizado no transporte de mercadorias tem seu 
registro em 1908 e 1909, sendo que em 1927 é implantado o transporte aéreo 
regular doméstico para passageiros e cargas. O progresso acelera o mercado 
consumidor que conseqüentemente exige um sistema de transporte mais 
eficiente, objetivando maior competitividade. 
Em 1937 é criado o DNER (Departamento Nacional de Estradas de 
Rodagem), que em 1944 apresenta o Plano Rodoviário Nacional. No período 
de 1931 a 1944 haviam sido construídos 1512 quilômetros de estradas 
federais. Coube ao DNER implantar nos últimos 50 anos a malha rodoviária 
que serve até hoje ao setor de transporte no Brasil. 
Em 1944 a rede ferroviária passava por sérias crises financeiras. Além de 
operar apenas com subsistemas, não havia ligações entre a rede ferroviária 
e a navegação de cabotagem. Esta por muito tempo permitiu a interligação 
entre as várias regiões do país que decaiu por falta de reposição de navios. 
Em contrapartida o transporte rodoviário de cargas inicia sua fase de 
expansão e torna-se a partir daí a principal modalidade de transporte 
disponível no país. 
Em 1999 o Ministério dos Transportes reorganizou a sua estrutura 
administrativa, e conseqüentemente, mudou toda uma cultura estabelecida há 
décadas. Um decreto, publicado no mesmo ano, fixava diretrizes para o 
processo de extinção do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem 
(DNER), Já em 2001 selou o fim deste órgão e oficializou a criação do 
Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes – DNIT. 
 
 
 
24 
Para ilustrar melhor as informações acima, a matriz de transportes 
(Tabela 1) desenvolvida pela Agência Nacional de Transportes Terrestres 
(ANTT) mostra as vantagens, as desvantagens e viabilidade dos modais de 
transporte, além de mostrar a grande utilização do Transporte Rodoviário de 
Cargas (TRC), no Brasil. 
TABELA 1 
Matriz de Transportes 
 
Modal 
% de utilização 
do modal no 
Brasil 
 
Vantagens 
 
Desvantagens 
 
Dutoviário 
 
<1% 
. Para líquidos ou gases em 
grandes volumes; 
. Custo. 
. Mais lento; 
. Grandes investimentos; 
. Aplicação limitada. 
 
 
Aéreo 
 
 
~ 1% 
. Rapidez (perecíveis, itens em 
atraso); 
. Bom para produtos de alto 
valor e pequenos volumes. 
. Depende de transbordo 
. Limite de volume e classificação; 
. Custo elevado em relação a 
outros modos. 
 
Aquaviário 
 
~ 12% 
. Mínimos limites de peso e 
volume; 
. Custo competitivo > 1000km. 
. Mais lento; 
. Mobilidade limitada – 
normalmente depende de 
transbordo. 
 
 
Ferroviário 
 
 
~ 23% 
. Bom para produtos de baixo 
valor e grandes volumes; 
. Competitivo para distâncias 
maiores que 700km. 
. Mais lento em relação ao TRC; 
. Grandes investimentos; 
. Mobilidade limitada – 
normalmente depende de 
transbordo. 
 
 
Rodoviário 
 
 
~ 63% 
. Disponibilidade; 
. Boa mobilidade (porta-a-
porta); 
. Bom para curta/média 
distância; 
. Alta incidência de furtos; 
. Péssimas condições das estradas 
ou alto custo de pedágio; 
. Custo elevado em relação a 
outros modos. 
Fonte: ANTT (2007) – http://www.antt.gov.br/ 
 
Segundo Fleury (2000), a importância relativa de cada modal pode ser 
medida em termos de quilometragem do sistema, volume de tráfego, receita e 
natureza da composição do tráfego. O Quadro 1 a seguir resume a estrutura 
de custos fixos e variáveis de cada modal: 
 
 
 
 
25 
. Ferroviário: 
 Altos custos fixos em equipamentos, terminais, vias férreas etc; 
 Custo variável baixo. 
. Rodoviário: 
 Custos fixos baixos (rodovias estabelecidas e construídas com fundos 
públicos); 
 Custo variável médio (combustível manutenção etc.). 
. Aquaviário: 
 Custo fixo médio (navios e equipamentos); 
 Custo variável baixo (capacidade de transportar grande quantidade de 
tonelagem). 
. Dutoviário: 
 Custo fixo mais elevado (direitos de acesso, construção, requisitos para 
controles das estações e capacidadede bombeamento); 
 Custo variável mais baixo (nenhum custo com mão-de-obra de grande 
importância). 
. Aeroviário: 
 Custo fixo alto (aeronaves e manuseio e sistemas de carga); 
 Alto custo variável (combustível, mão-de-obra, manutenção etc). 
 
 QUADRO 1 – Estrutura de custos para cada modal 
 Fonte: Fleury (2000) 
 
 
3.2 - Roteirização de veículos 
 
 
Para que as entregas possam ser feitas de maneira otimizada, deve-se 
utilizar um processo de planejamento prévio, através de um roteiro, 
considerando a distância dos percursos e o tempo necessário para a entrega. 
Esse processo se chama roteirização. 
A roteirização possui alto grau de importância por ser a função que 
inicia todo o ciclo informacional da empresa no quesito entrega/cliente. 
Atualmente já existem softwares que auxiliam a roteirização ou até que já a 
fazem baseado em dados impostos pelos profissionais. Porém algumas 
empresas ainda não conhecem detalhes operacionais e não fazem 
investimentos para a utilização dessa ferramenta informatizada. 
A informatização desse ramo da logística é benéfica para os resultados 
finais. Com a utilização dos mapas digitais e informações visíveis na tela, o 
processo de decisão de rotas se torna muito mais fácil, e o resultado final 
 
 
 
26 
acaba sendo a melhoria nas operações de transporte e distribuição geral, 
assim como um nível de serviço muito mais elevado. Porém essa 
informatização não é tão simples, pois é necessária a entrada dos dados no 
sistema. Isso requer tempo, pois os dados como localização dos clientes, 
tempos de entrega, horário de atendimento, tempo de cada percurso, 
quantidades de produtos entre outros, são todos inseridos manualmente no 
software na maioria das vezes. Além disso, essa informatização torna-se 
complexa por causa do número de variáveis que devem ser consideradas e 
porque os softwares de roteirização utilizam teoria de gráficos, de forte base 
matemática. 
Mesmo sendo uma tarefa complicada de ser implementada, a 
roteirização informatizada é uma ferramenta moderna no combate aos custos, 
e otimização do nível de serviço. Na atualidade, a excelência nas entregas 
tem sido um fator importante na escolha de fornecedores. 
Consequentemente, uma boa roteirização significa clientes satisfeitos e uma 
logística enxuta. 
 
3.3 - Tecnologia da Informação 
 
 
Após a internacionalização das empresas uma série de mudanças 
(globalização, aumento das incertezas econômicas, proliferação de produtos, 
menores ciclos de vida dos produtos, maiores exigências de serviços) 
aconteceu num contexto de uso cada vez mais intenso, da internet e outras 
tecnologias. Com a evolução da tecnologia, ganham-se fortes aliados, como 
rastreadores, roteirizadores, gerenciadores de frotas e códigos de barras. 
Para Fleury (2000), esse grupo de mudanças econômicas vem 
transformando a visão empresarial sobre a logística, que deixou de ser vista 
como uma simples atividade operacional e passou a ser vista como uma 
atividade estratégica, uma fonte potencial de vantagem competitiva. 
O Quadro 2 apresenta algumas das principais aplicações de TI para a 
operação e gestão logística. Essas aplicações, segundo o autor, podem ser 
aplicadas em dois grandes grupos, hardware e software. 
 
 
 
27 
 
 
Aplicações hardware Aplicações software 
Microcomputadores 
Palmtops 
Códigos de barra 
Coletores de dados 
Rádio freqüência 
Transelevadores 
Sistemas GPS1 
Computadores de bordo 
Picking automático 
Roteirizadores 
WMS2 
GIS3 
DRP4 
MRP5 
Simuladores 
Otimização de redes 
Previsão de vendas 
EDI6 
QUADRO 2 – Aplicações de TI para a Logística 
 Fonte: Fleury (2000) 
 
1 GPS - Global Positioning System (Sistema de Posicionamento Global) 
2 WMS –Warehouse Management System (Sistema de gerenciamento de Armazém) 
3 GIS - Geographical Information System (Sistema de Informação Geográfica) 
4 DRP – Distribution Resource Planning (Planejamento dos Recursos de Distribuição) 
5 MRP – Manufacturing Resource Planning (Planejamento dos Recursos de Manufatura) 
6 EDI – Eletronic Data Interchange (Intercâmbio Eletrônico de Dados) 
Para Fleury (2000), essas aplicações de tecnologia permitem otimizar o 
sistema logístico e gerenciar de forma integrada e eficiente seus diversos 
componentes, ou seja, estoques armazenagem, transporte, processamento 
de pedidos, compras e manufatura. 
 
 
3.4 - Processamento de Pedidos 
 
 
Depois de ocorrida a venda de um produto e dada entrada no sistema, 
todo um processo em torno do pedido começa a ser traçado. 
Normalmente o processamento de pedidos começa na separação, 
depois ele é conferido, embalado e despachado de diversas maneiras, 
dependendo do seu volume ou valor. O processamento de pedidos é um dos 
elos da logística que não adiciona muitos custos, porém, isto não reduz sua 
importância, pois ele liga a venda à entrega. 
 
 
 
28 
Os pedidos podem ser enviados de diversas formas, desde 
telemarketing, fax, através de papéis, até por tecnologia de informações, 
como, por exemplo, EDI (Intercâmbio eletrônico de dados), Palmtop, Internet 
e outros. Independente do canal de transmissão, o pedido percorre um 
caminho, até se tornar uma compra ou uma venda finalizada. 
Como todas essas técnicas ainda são utilizadas, as empresas 
necessitam ser capazes de controlar a demanda de pedidos recebidos. Para 
que isso ocorra, há muitos desafios, sendo que um deles seria colocar todos 
os pedidos em um formato comum, através do uso de softwares de 
gerenciamento de pedidos. No que diz respeito a pedidos feitos por fax, 
telefone, ou manualmente, não há escolha senão lançá-los manualmente. 
Depois que os pedidos estiverem dentro do sistema, uma série de atividades 
é iniciada no fornecedor. A etapa que diz respeito à configuração é necessária 
apenas se houver a consolidação de vários produtos em um pedido. Isso é 
necessário para a verificação de volume e a programação correta do envio do 
produto. 
Segundo Ballou (2006), há também a parte da demarcação de preços, 
onde há um grande foco de erros e reclamações nas grandes transações. É 
necessário determinar o preço unitário correto do produto, oferecer descontos 
apropriados, levando em conta cada empresa e ramo, calcular o preço 
diferenciado, que varia de acordo com o volume comprado e calcular taxas 
adicionais, como impostos, tarifas, entre outros. 
Uma das partes que mais gera problemas é a verificação física do 
estoque. Os autores estudados enfatizam que muitas empresas se 
comprometem em vender sem antes verificar a capacidade de entregá-lo. 
Ballou (2006) ressalta que o fornecedor tem simplesmente que assumir o 
risco de que os produtos não serão entregues se não forem reservados no 
estoque. A última parte do processamento de pedidos é a obtenção da 
aprovação. Tudo depende do tamanho do pedido. Ele deve passar por uma 
revisão e aprovação interna pelo fornecedor, antes de ser enviado ao cliente 
para aprovação. Depois dessa confirmação, conclui-se a fase de demanda e 
tem o início do processo de atendimento. 
 
 
 
29 
 
 
3.5 - Movimentação e armazenagem 
 
 
Segundo Ballou (1995 p.152), “Armazenagem e manuseio de 
mercadorias são componentes essenciais do conjunto de atividades 
logísticas. Os seus custos podem absorver de 12 a 40% das despesas 
logísticas da firma”. Nesta visão, o autor aborda que a armazenagem é um 
dos pontos da logística que exige muito cuidado, pois para se montar um 
armazém tem que se levar em conta vários fatores e, também, que os custos 
das atividades relacionadas a ela estão intimamente ligadas à seleção do 
local. 
Quando se analisa a movimentação e armazenagem, abrangem-se 
todo o controle dos processos de entrada do material no almoxarifado, a 
estocagem deste material e sua locação adequada, objetivando assim sua 
preservação para futura distribuição. Em uma definição bastante genérica, a 
movimentaçãoe a armazenagem consistem na preparação, colocação e 
posicionamento de materiais, a fim de facilitar sua movimentação e 
estocagem. Todas as atividades que se relacionam com o produto, com 
exceção feita às operações de processamento e inspeção, são de 
movimentação de materiais. 
Como em qualquer empresa, a movimentação de materiais tem uma 
grande importância, pois ela compreende todas as operações básicas 
envolvidas na movimentação de qualquer tipo de material por qualquer meio 
de recepção da matéria-prima até a expedição e distribuição do produto 
acabado. 
 
3.6 - O Sistema de Informação Roadnet 
 
 
 
Como um dos melhores softwares de roteirização do mercado, o 
Roadnet é um sistema simples, porém completo. O Roadnet é desenvolvido 
 
 
 
30 
pela empresa norte americana UPS Logistics Tecnologies e distribuído no 
Brasil pela E-novations. 
O software atende o planejamento das entregas e a gestão de rotas. É 
uma ferramenta poderosa que simplifica, agiliza e aperfeiçoa o processo de 
roteirização diária, além de aumentar a eficiência das rotas, reduzindo os 
custos gerais e otimizando a roteirização dos recursos existentes. O software 
Roadnet é baseado em um poderoso algoritmo de roteirização que leva em 
consideração múltiplas estratégias, auxiliando no processo de redução de 
custos e otimização da frota. 
O Roadnet utiliza sessões de roteirizações e cenários como 
ferramentas para a criação de modelos mais realistas para a roteirização dos 
pedidos. Uma sessão de roteirização é uma sessão que contém um conjunto 
de clientes e suas informações de localização, informações de manutenção e 
seus pedidos. Um cenário é uma maneira simples e rápida de alterar 
globalmente as propriedades dos clientes em uma sessão de roteirização. 
A interface de uso do software é de fácil manuseio, ela é dividida em 
quatro janelas, mostrando os pedidos não atendidos, que são os pedidos do 
dia para os quais ainda não foram criadas rotas. Numa janela têm-se as rotas 
ativas, que são as rotas criadas, esperando para serem modificadas e com 
pedidos a serem alocados em veículos que efetuarão as entregas 
posteriormente. Na outra janela têm-se as rotas prontas, para as quais falta 
enviar os dados para a planilha de alocação e a seguir para o carregamento. 
Na outra janela das rotas ativas contém as sessões de roteirizações, 
correspondentes às roteirizações passadas. 
O conjunto de informações de clientes como localização, manutenção 
e seus pedidos compõem as sessões ou zonas de roteirização. O objetivo de 
formar essas zonas é que nelas são impostos os limites, como maior 
quantidade de entrega e peso permitido por rotas. Feito isso, o Roadnet 
automaticamente irá criar rotas de acordo com o informado, restando à 
pessoa que irá roteirizar escolher se deve modificar as rotas ou não, 
adicionando ou removendo entregas. 
 
 
 
31 
Cada indivíduo responsável pela roteirização tem sua própria senha, 
com limites impostos pelo administrador. Ele tem o poder de adicionar e 
remover os acessos, liberar funções e controlar o seu bom uso. 
O Roadnet possui também varias outras utilidades além da 
roteirização. Todas as informações de seu banco de dados podem ser 
acessadas após a roteirização e importadas para planilhas Excel, permitindo 
assim criar um controle de informações eficientes e verificar melhorias 
necessárias. 
A utilização de mapas digitais com informações de logística (Endereço, 
Mão de Direção, Restrições de Conversão, etc) permite um melhor manuseio 
da malha viária do território, além de geocodificação automática dos clientes 
em até 3 níveis de precisão. 
Esporadicamente é necessária a manutenção do cadastro de clientes, 
pois eles são automaticamente cadastrados no sistema, podendo ocasionar 
erros. Durante seu recadastramento o endereço é localizado e geocodificado 
no mapa. Isto se faz necessário pelo fato de que, se o mesmo estiver 
cadastrado incorretamente o pedido poderá ser roteirizado em rotas cuja 
posição geográfica não se adequa às zonas de entrega de uma região e nem 
aos endereços reais dos clientes. 
 
 
 
CONCLUSÃO 
 
Conforme pode ser visto nesta monografia, o conceito de logística 
migrou de um nível operacional para um patamar estratégico. Apesar de 
reconhecer sua importância estratégica, poucas são as empresas que 
efetivamente desfrutam dos benefícios de vantagem competitiva que uma boa 
gestão logística tem a oferecer. As empresas que adotarem mais rápido os 
conceitos e a importância da estratégia logística no atual contexto 
competitivo, certamente serão mais bem sucedidas, tendo em vista que a 
 
 
 
32 
gestão de informações é um dos pontos chave para a obtenção de sucesso 
na economia global. 
A logística nunca desempenhou um papel tão importante nas 
organizações como nos dias atuais. Mudanças nas expectativas dos clientes 
ou na localização geográfica continuamente transformam a natureza dos 
mercados, que, por sua vez, geram restrições que alteram o fluxo de 
mercadorias dentro das empresas. Mudanças tecnológicas e mercados 
emergentes abrem novas formas de organizar, adaptar e otimizar o fluxo de 
matérias-primas, produtos semi-acabados, produtos acabados, peças de 
reposição e materiais reciclados. 
Tradicionalmente, as operações logísticas desenvolveram-se dentro de 
regiões geográficas dispersas, eram controladas por uma área funcional, 
como Marketing ou produção, conforme demonstrado por Ballou (2006). A 
gestão do fluxo físico era definida por esta área geográfica restrita, e com foco 
no atendimento das necessidades da função que a controlava. 
Hoje, novas pressões estão mudando as definições e estruturas 
utilizadas pelas empresas. Essas pressões incluem a duplicação de estoques, 
a incompatibilidade das infra-estruturas logísticas e a limitada capacidade de 
reação individual às mudanças gerais na cadeia de suprimentos. 
As novas definições são significativamente diferentes daquelas que 
determinavam as antigas atividades relacionadas ao fluxo físico. Ferramentas 
conceituais e gerenciais agora aplicadas à gestão de informações da 
distribuição física e da logística como um todo fornecem importantes 
soluções. Essas ferramentas refletem uma nova visão de logística nas 
organizações. 
Entende-se que uma das contribuições desse trabalho foi relacionar a 
gestão da informação com a gestão logística, mostrando a importância da 
primeira para a segunda. Trata-se de uma contribuição relevante, visto que o 
tema da logística não tem sido até o momento muito explorado no campo da 
Ciência da Informação (CI). Espera-se que esse trabalho possa estimular 
estudos futuros sobre a questão, bem como despertar os profissionais e 
pesquisadores da CI sobre as oportunidades existentes nesse setor. 
 
 
 
33 
 
 
 
 
 
34 
 
 
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 
 
ALVARENGA, Antônio C.; NOVAES, Antônio G.A. Logística aplicada. São 
Paulo: Pioneira, 1994. 
 
POZO, Hamilton. Administração de recursos materiais e patrimoniais. São 
Paulo: Atlas, 2001, 299p. 
 
VIANA, João J. Administração de materiais: Um enfoque Prático. São Paulo: 
Atlas, 2000. 
 
Em meio eletrônico: 
 
www.antt.gov.br 
 
www.clml.gov./normas.htm 
 
www.dnit.gov.br/apr/condrede.htm 
 
www.guiadelogistica.com.br 
 
 
http://www.antt.gov.br/
http://www.clml.gov./normas.htm
http://www.dnit.gov.br/apr/condrede.htm
http://www.guiadelogistica.com.br/
 
 
 
35 
 
BIBLIOGRAFIA CITADA 
 
1 - BALLOU, Ronald H. Logística empresarial: transporte, administração de 
materiais e distribuição física. 1ª ed. São Paulo: Atlas. 1993. 
 
2 - BALLOU, Ronald H. Logística empresarial. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 1995. 
 
3 - BALLOU, Ronald H. Logística empresarial: transporte, administração de 
materiais e distribuição física. 5ª ed. São Paulo: Atlas. 2006, 616 p. 
 
4 - BOWERSOX, Donald J. CLOSS, David J. Logística empresarial. São 
Paulo: Atlas, 2001. 
 
5 - CHRISTOPHER,Martin. Logística e gerenciamento da cadeia de 
suprimentos: estratégias para redução de custos e melhoria dos serviços. São 
Paulo: Thomson.1997, 240 p. 
 
6 - DAVENPORT, H. Thomas. Processos de Gerenciamento da Informação. In: 
Ecologia da Informação: Por que só a tecnologia não basta para o sucesso 
na era da Informação. São Paulo: Futura, 1998, cap. 8, p. 173-199. 
 
7 - FLEURY, Paulo F.; WANKE, Peter; FIGUEIREDO, Kleber Fossati (Org.). 
Logística Empresarial: A perspectiva Brasileira. São Paulo: Atlas, 2000, 372 
p. 
 
8 - MCGEE, James; PRUSAK, Laurence. Administrando a Informação Sob a 
Perspectiva do processo. In: Gerenciamento Estratégico da Informação: 
aumente a competitividade e a eficiência de sua empresa utilizando a 
informação como uma Ferramenta estratégica. Rio de Janeiro: Campus, 1994, 
cap. 8, p. 106-127. 
 
 
 
 
36 
9 - MIELE, Juliana; TAKAHASHI, Sérgio. Estudo da adequação entre 
estratégia logística e gestão do conhecimento:: Estudo de caso no setor de 
bebidas. Inteligência Empresarial, n.12 , p.72-80, jul.2002. 
 
10 - SALES, Alessandra Simoni Ferraz; FERREIRA, Marilene Lopes; Gestão 
Estratégica da Informação na Logística. Reúna: Revista de Economia da UNA, 
v.7, n.2(19), abr./jun.2000, p.25-34. 
 
11 – NOVA CULTURAL. Logística. In: NOVA CULTURAL, Grande 
Enciclopédia Larrousse Cultural. [S. l.]: Gráfica Círculo, 1998, n. 15, p.3643. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
ÍNDICE 
 
FOLHA DE ROSTO 2 
AGRADECIMENTO 3 
DEDICATÓRIA 4 
METODOLOGIA 5 
SUMÁRIO 6 
INTRODUÇÃO 7 
 
CAPÍTULO I 
FUNDAMENTAÇÃO TEORICA 9 
1.1 – Conceitos de Logística 9 
1.2 – Evolução da Logística 12 
1.3 – Missão da Logística 15 
1.4 – Logística de Distribuição e Marketing 16 
 
CAPÍTULO II 
DISTRIBUIÇÃO FÍSICA 18 
2.1 – Transit Point 19 
2.2 – Cross Docking 20 
 
 
CAPÍTULO III 
TRANSPORTE 22 
3.1 – Transportes no Brasil 22 
3.2 – Roteirização de Veículos 25 
3.3 – Tecnologia da Informação 26 
3.4 – Processamento de Pedidos 27 
3.5 – Movimentação e Armazenagem 29 
3.6 – O Sistema de Informação Roadnet 29 
 
CONCLUSÃO 32 
 
 
 
38 
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 34 
BIBLIOGRAFIA CITADA 35 
ÍNDICE 37 
 
 
 
39 
 
FOLHA DE AVALIAÇÃO 
 
Nome da Instituição: Universidade Candido Mendes 
 
Título da Monografia: Gestão de Informações aplicadas à Logística 
Integrada 
 
Autor: Fabiana Coelho Pereira 
 
Data da entrega: 24/03/08 
 
Avaliado por: Conceito: 
 
 
 
	AGRADECIMENTOS
	SUMÁRIO
	CAPÍTULO I	- Fundamentação Teórica			09
	CAPÍTULO II	 - Distribuição Física			18
	CAPÍTULO III – Transporte				22
	CONCLUSÃO						32
	BIBLIOGRAFIA CONSULTADA				34
	BIBLIOGRAFIA CITADA (opcional)			35
	ÍNDICE							37
	FOLHA DE AVALIAÇÃO					39
	1.3 - Missão da Logística
	1.4 - Logística de Distribuição e Marketing
	2.1 - Transit Point
	2.2 - Cross Docking
	3.1 - Transportes no Brasil
	3.2 - Roteirização de veículos
	3.3 - Tecnologia da Informação
	3.4 - Processamento de Pedidos
	3.5 - Movimentação e armazenagem
	3.6 - O Sistema de Informação Roadnet
	FOLHA DE ROSTO						2
	AGRADECIMENTO						3
	
	FOLHA DE AVALIAÇÃO

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