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Direitos_dos_Pacientes_e_Familiares_SergioTannuri_2019

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Sérgio Tannuri | 2019 
DIREITOS DOS PACIENTES E 
FAMILIARES 
Orientações ao consumidor/usuário de saúde das redes pública e privada, 
direitos dos acompanhantes e tratamentos diferenciados 
 
 
2 
 
O e-book “Direitos dos Pacientes e Familiares” 
foi desenvolvido pela agência Vera Moreira Comunicação 
com base em análise de pesquisas e portais de notícias 
relevantes sobre o tema. Todas as imagens contidas no material 
são livres de direitos autorais. 
 
 
 
 
O advogado Sérgio Tannuri atua há mais de 20 anos 
na Defesa do Consumidor, concedeu entrevistas e participou 
de programas de rádio e TV das mais conceituadas emissoras e 
mantém um site com dicas e orientações ao cidadão: 
 www.pergunteprotannuri.com.br. 
 
 
 
REALIZAÇÃO: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vera Moreira Comunicação 
Assessoria de Imprensa 
(11) 3253-0586/0729 | 9 9973-1474 
www.veramoreira.com.br 
http://www.pergunteprotannuri.com.br/
http://www.veramoreira.com.br/
 
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ÍNDICE 
 
Capítulo 1 – SAÚDE PÚBLICA: DIREITO BÁSICO PARA TODOS ..... 09 
1.1 Consultas e exames ................................................................ 09 
1.2 Internação hospitalar ............................................................. 10 
1.3 Acompanhantes em internação hospitalar .............................. 10 
1.4 Direitos das gestantes e parturientes ..................................... 11 
1.5 Medicamentos ........................................................................ 11 
1.5.1 Farmácia Popular ................................................................... 12 
1.5.2 Rename .................................................................................. 13 
1.5.3 Dose Certa ............................................................................. 13 
1.6 Autonomia de Vontade ........................................................... 13 
 
Capítulo 2 – DIREITOS DO PACIENTE EM HOSPITAIS PÚBLICOS 
E PRIVADOS ................................................................................ 16 
2.1 Quanto aos tratamentos ......................................................... 17 
2.2 Acompanhamento médico ...................................................... 18 
2.3 Condições do hospital ............................................................ 18 
2.4 Direito à informação .............................................................. 18 
2.5 Prioridade de atendimento nos hospitais ................................ 18 
2.6 Direitos do menor de idade, incapacitados, dependentes ou 
impossibilitados no hospital ........................................................ 18 
2.7 Preços e valores do hospital ................................................... 19 
2.8 Direito ao diagnóstico e terapia ............................................. 19 
2.9 Transporte ............................................................................. 19 
2.10 Próteses e Órteses ................................................................ 19 
2.11 Transplantes ........................................................................ 20 
2.12 Prontuário ........................................................................... 20 
2.13 Home Care ........................................................................... 20 
Capítulo 3 – DEVERES DO PACIENTE E ACOMPANHANTE EM 
HOSPITAIS PÚBLICOS E PRIVADOS ............................................. 22 
3.1 Onde encontrar meus direitos e deveres? ............................... 23 
 
4 
Capítulo 4 – OS MELHORES HOSPITAIS DO BRASIL ..................... 25 
 
Capítulo 5 – MANUAL DO PACIENTE ............................................. 28 
 
Capítulo 6 – TRATAMENTOS DIFERENCIADOS ............................. 30 
6.1 Pacientes com diabetes .......................................................... 30 
6.2 Pacientes com câncer ............................................................ 30 
6.2.1 Auxílio doença ....................................................................... 35 
6.2.2 Saque do FGTS ...................................................................... 36 
6.2.3 Isenção Imposto de Renda ...................................................... 37 
6.3 Pacientes ostomizados ........................................................... 38 
 
Capítulo 7 – PACIENTE COM PLANO DE SAÚDE ............................ 41 
7.1 Formas de contratação ........................................................... 41 
7.2 Tipos de cobertura assistencial .............................................. 42 
7.3 Época da contratação do plano ............................................... 43 
7.4 Reajuste ................................................................................. 44 
7.5 Prazos .................................................................................... 44 
7.6 Carência ................................................................................ 45 
7.7 Portabilidade .......................................................................... 45 
7.8 Aposentado e demitido ........................................................... 46 
7.9 Falta de pagamento ................................................................ 46 
7.10 Cobertura ............................................................................. 46 
7.11 Consultas de retorno ............................................................ 46 
7.12 Vaga de internação ............................................................... 46 
7.13 Aviso de descredenciamento ................................................ 46 
7.14 Perguntas e respostas .......................................................... 47 
 
Capítulo 8 – FUNCIONÁRIOS BEM TREINADOS, SEGURANÇA 
GARANTIDA: HOSPITAIS SÃO RESPONSÁVEIS POR GOLPES 
APLICADOS EM CONSUMIDORES ................................................. 51 
 
5 
8.1 Então... o que fazer? .............................................................. 51 
8.1.1 Colocação de avisos nos corredores e consentimento .............. 51 
8.1.2 Procedimentos de segurança .................................................. 52 
 
Capítulo 9 – LEGISLAÇÃO ............................................................ 54 
 
Capítulo 10 – REFERÊNCIAS ........................................................ 57 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
Saúde: o maior bem do cidadão 
 
Um dos assuntos que mais provocam 
reclamações dos consumidores é 
relacionado ao plano de saúde. Mesmo 
porque o custo dos planos de saúde nas 
famílias dos brasileiros é um dos itens 
que mais pesam no orçamento familiar. 
O que fazer? Onde reclamar? A ANS 
realmente está do lado do usuário? O 
governo muda regras, descredencia 
planos que não cumprem suas 
obrigações e o consumidor fica cada dia 
mais confuso. 
Os números dão a dimensão e a 
importância desse levantamento: 
* o SUS – que completou 30 anos em 
2018 - atende 190 milhões de pessoas; 
* 69,7% dos brasileiros não possuem 
plano de saúde particular – seja 
individual ou empresarial (dados de 
pesquisa SPC Brasil e pela Confederação 
Nacional de Dirigentes Lojistas); 
* o percentual chega a 77% entre as 
pessoas das classes C, D e E; 
* o restante arca com dinheiro do 
próprio bolso para pagar pelos serviços 
necessários; 
* segundo pesquisa do CNJ (Conselho 
Nacional de Justiça), entre 2008 e 2017, 
o número de demandas judiciais 
relativas à saúde registrou um aumento 
de 130%, sendo 498.715 processos de 
primeira instância distribuídos em 17 
tribunais de justiça estaduais, e 277.411 
processos de segunda instância, 
distribuídos entre 15 tribunais de 
justiça estaduais; 
* o Ministério da Saúde registrou um 
crescimento, em sete anos, de 
aproximadamente 13 vezes nos 
gastos com demandas judiciais, 
alcançando R$ 1,6 bilhão em 2016. 
E como se defender de abusos? 
Quais os seus direitos como 
paciente? Quais seus deveres como 
consumidor desses serviços? Você 
sabia queo paciente com câncer tem 
leis especiais que o protegem? Por 
isso, eu dedico essa cartilha digital a 
responder as dúvidas básicas, 
relacionar as principais leis e quais 
órgãos procurar para exercer seu 
direito de cidadão. 
Espero que esse e-book possa ajudar 
e ser um guia para você reivindicar 
seus direitos como consumidor, 
contribuinte e cidadão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÉRGIO TANNURI 
Advogado especialista em 
Direito do Consumidor 
 
 
7 
 
 
 
 
“A saúde é direito de todos e dever do Estado” 
(Artigo 196, da Constituição da República) 
 
 
 
 
 
 
CDC - CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR 
 
CAPÍTULO III 
Dos Direitos Básicos do Consumidor 
Art. 6º São direitos básicos do consumidor: 
I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos 
provocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços 
considerados perigosos ou nocivos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
Capítulo 1 
 
 
SAÚDE PÚBLICA: DIREITO 
BÁSICO PARA TODOS 
 
 
 
9 
1. Saúde pública: direito básico para todos 
A saúde é um direito fundamental do ser humano, garantido na 
Constituição da República, devendo o Estado prover todas as 
condições indispensáveis ao seu pleno exercício. O Brasil é o único 
país com mais de 100 milhões de habitantes que possui um 
sistema de saúde público universal e gratuito. Considerado o 
maior programa de inclusão social do mundo, o SUS (Sistema 
Único de Saúde) é o "plano de saúde" de todos os brasileiros, aos 
quais têm direito a serviços gratuitos, como consultas, 
tratamentos, vacinação, transplantes, medicamentos de alto 
custo, entre outros que visam a saúde da população. 
 
1.1 Consultas e exames 
Durante uma consulta, exame ou internação, é muito importante 
que o consumidor conheça os seus direitos como paciente, 
acompanhante ou visitante. Todos têm direito às ações e serviços 
necessários para a promoção, a proteção e a recuperação de sua 
saúde, incluindo a realização de consulta médica e exames nas 
unidades do SUS (artigos 196 e 198, II, da Constituição Federal, 
artigos 5º., III e 7º., II, da Lei 8.080/90). 
A principal porta de entrada é a Unidade Básica de Saúde (UBS) 
mais próxima da sua residência ou local de trabalho ou estudo. O 
paciente tem direito ilimitado à realização de consultas, exames e 
internações. Pela lei, não há um prazo máximo de espera. 
Pacientes com câncer devem ter seu tratamento inicial em até 60 
dias após o diagnóstico. 
 
Para saber a localização mais próxima de 
uma UBS ou hospital público, acesse o site 
da prefeitura de sua cidade. Informações 
semelhantes a estas abaixo aparecerão na 
tela. Em seguida, faça uma busca por 
endereço ou unidade de atendimento e 
selecione as opções desejadas ao lado do 
mapa. 
 
 
 
 
 
10 
 
Fonte: http://buscasaude.prefeitura.sp.gov.br/ 
1.2 Internação hospitalar 
Todos têm direito às ações e serviços necessários para a 
promoção, a proteção e a recuperação de sua saúde, incluindo a 
internação hospitalar, quando necessária, nos hospitais públicos 
e/ou conveniados ao SUS (artigos 196 e 198, II, da Constituição 
Federal, artigos 5º, III e 7º, II, da Lei 8.080/90). 
1.3 Acompanhantes em internação hospitalar 
Se o paciente internado for menor de 18 anos de idade, tem 
assegurado um acompanhante - um dos pais ou responsável - 
(art. 12 da Lei 8.069/90 - Estatuto da Criança e do Adolescente) 
devendo o estabelecimento de saúde fornecer condições para a sua 
permanência em tempo integral. O mesmo direito é assegurado 
aos idosos (60 anos ou mais) submetidos à internação hospitalar, 
(art. 16 da Lei 10.741/03 - Estatuto do Idoso). 
(Foto: Unsplash) 
DIREITOS DOS PACIENTES E FAMILIARES 
 
http://buscasaude.prefeitura.sp.gov.br/
 
 
11 
1.4 Direitos das gestantes e parturientes 
A parturiente tem direito à internação hospitalar para a realização 
de parto nos hospitais públicos e/ou conveniados ao SUS. Logo 
após a realização do pré-natal, a gestante pode perguntar ao 
responsável pelo atendimento da maternidade à qual ela estará 
vinculada. Independentemente disso, em estado avançado de 
trabalho de parto, o estabelecimento de saúde não pode 
recusar atendimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(Foto: Unsplash) 
É direito da gestante decidir o tipo de parto e escolher técnicas 
que aliviem a sua dor - em alguns Estados, como no caso de São 
Paulo, a analgesia é um direito reconhecido por lei. Fica também 
garantido às gestantes o direito de ter um acompanhante durante 
todo o período de trabalho de parto, parto e pós-parto imediato, de 
acordo com a Lei 11.108/05. O acompanhante terá direito a 
acomodações adequadas e às principais refeições durante a 
internação. 
1.5 Medicamentos 
Todos têm direito de obter, gratuitamente, os medicamentos 
necessários para o tratamento da sua saúde, mesmo que não 
esteja na lista oficial dos chamados medicamentos essenciais. 
Para isso, a União, os Estados e os municípios dividem as 
responsabilidades sobre os medicamentos e cada um tem listas de 
fornecimento obrigatório. Se você precisar de um determinado 
 
 
12 
medicamento, pode acessar a lista de medicamentos essenciais e 
verificar qual unidade da federação deve fornecê-lo. 
 
As listas oficiais estão disponíveis no site do 
Governo do Brasil, divididas em Grupo 1, 
Grupo 2 e Grupo 3. 
 
 Instruções: 
• Acesse a relação de fármacos e veja se o remédio que o 
médico prescreveu está em uma das listas dos grupos 1, 2 
ou 3. 
• Tenha o Cartão Nacional de Saúde (CNS) em mãos. O 
cidadão que ainda não possui o cartão pode fazer um pré-
cadastro e gerar um protocolo de atendimento no Portal 
Saúde do Cidadão. 
Pelo 
www.portaldocidadao.saude.gov.br/portalcid
adao, o usuário pode consultar o cadastro, 
imprimir o cartão e verificar o Registro de 
Ações e Serviços de Saúde. Contudo, o 
Ministério da Saúde reforça que, mesmo sem 
o cartão, o paciente pode ter acesso aos 
remédios. 
 
• Compareça até a farmácia do Centro de Saúde mais próximo 
com o CNS, documento de identificação e a receita médica 
(SUS ou particular) e solicite a medicação. Pode ser retirada 
pelo usuário ou responsável legal (com apresentação da 
carteira de identidade). É importante ressaltar que o 
medicamento deve ser aprovado pela Anvisa e possuir 
registro em seus cadastros. 
1.5.1 Farmácia Popular 
O Farmácia Popular é um programa do Governo 
Federal que disponibiliza dezenas de medicamentos 
 
DIREITOS DOS PACIENTES E FAMILIARES 
 
 
http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/agosto/09/Anexo-I-agosto-2017.pdf
http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/julho/05/ANEXO-II--05-07-2016.pdf
http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/julho/05/ANEXO-III--05-07-2016.pdf
http://www.portaldocidadao.saude.gov.br/portalcidadao
http://www.portaldocidadao.saude.gov.br/portalcidadao
 
 
13 
com desconto de até 90%. De acordo com informações do portal 
do Governo, “segundo o Ministério da Saúde, até abril de 2018, 
mais de 43 milhões de pessoas foram atendidas pelo programa, 
que conta com um total de mais de 31 mil estabelecimentos em 
4.389 municípios brasileiros. São disponibilizados 42 produtos, 
sendo 26 gratuitamente”. 
 
Clique aqui para acessar a lista de 
medicamentos disponíveis no Programa. 
 
 
 
1.5.2 Rename 
A Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename) — lista 
que estabelece os medicamentos que precisam atender às 
necessidades de saúde prioritárias — contém 972 itens e pode ser 
acessada aqui. 
1.5.3 Dose Certa 
O Dose Certa é um projeto que distribui gratuitamente 41 tipos de 
remédios no Estado de São Paulo. Para receber os 
remédios, você deve se dirigir até um dos postos de 
distribuição, levando a receita médica emitida por um 
posto de saúde ou hospital da rede pública, contendo 
o nome do princípio ativo do medicamento. Na cidade 
de São Paulo, os remédios são distribuídos em postos localizados 
nas estações do Metrô.1.6 Autonomia de vontade 
De acordo com o Idec, o paciente tem autonomia e liberdade para 
tomar as decisões relacionadas à sua saúde e à sua vida. Isso 
significa que você pode consentir ou recusar, de forma livre, 
voluntária e com adequada informação prévia, procedimentos 
diagnósticos, terapêuticos ou outros atos médicos a serem 
realizados (art. 7º, III, da Lei 8.080/90). 
 
DIREITOS DOS PACIENTES E FAMILIARES 
 
http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018/maio/17/Lista-de-Medicamentos.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/relacao_nacional_medicamentos_rename_2017.pdf
 
 
14 
Se você não estiver em condição de expressar 
sua vontade, apenas as intervenções de 
urgência, necessárias para a preservação da 
vida ou prevenção de lesões irreparáveis, 
poderão ser realizadas sem que seja 
consultada sua família ou pessoa próxima de 
confiança. Se, antes, você tiver manifestado 
por escrito sua vontade de aceitar ou recusar 
tratamento médico, essa decisão deverá ser 
 respeitada (art. 7º, III, da Lei 8.080/90). 
 
 
*Aqui tem Farmácia Popular e Farmácia Dose Certa: imagens 
oficiais de divulgação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
Capítulo 2 
 
 
DIREITOS DO PACIENTE EM 
HOSPITAIS PÚBLICOS E 
PRIVADOS 
 
 
 
16 
2. Direitos do paciente em hospitais públicos e 
privados 
 
Quem dá entrada num hospital, já se encontra fragilizado física e 
emocionalmente. Portanto, todo cidadão tem o direito de receber 
um tratamento digno e respeitoso. Um paciente não pode sofrer 
nenhum tipo de discriminação, devendo receber o chamado 
atendimento humanizado. É um atendimento global, que vai 
considerar não apenas a condição física do paciente, mas também 
sua condição mental e emocional. 
 
Nesse atendimento, o paciente não pode mais ser tratado por 
códigos, números, ou por sua doença, e deve ser tratado pelo seu 
nome ou sobrenome, de forma respeitosa. Ao mesmo tempo, o 
paciente tem todo o direito de ser tratado com respeito às suas 
individualidades, seus valores éticos, e seus valores pessoais. 
 
 
Os profissionais que atendem o paciente 
devem ser devidamente identificados 
através de crachá com nome e setor 
legíveis. Sempre que acionados, devem 
fornecer todas as informações cabíveis aos 
pacientes, da forma mais clara, respeitosa, 
objetiva e compreensiva possível. 
 
 
(Foto: Pixabay) 
DIREITOS DOS PACIENTES E FAMILIARES 
 
 
 
 
 
 
17 
São direitos básicos de todos os pacientes: 
 
2.1 Quanto aos tratamentos 
 
• Ser previamente informado antes de qualquer tratamento 
(salvo em situações de urgência e emergência, como dito 
anteriormente), e poder consentir ou recusar o tratamento. 
O mesmo vale para tratamentos experimentais ou que fazem 
parte de projetos de pesquisa; 
• Receber informações completas sobre os medicamentos que 
serão ministrados, incluindo possíveis efeitos colaterais; 
 
• Receber informações completas sobre a origem do sangue ou 
hemoderivados (como plaquetas), em casos de transfusão, 
hemodiálise, e outros tratamentos que exijam a transfusão 
de sangue; 
 
• Ter direito a acompanhante em exames pré-natais e no 
parto; 
 
• Receber informações adequadas sobre como proceder após a 
alta para a melhor condução à recuperação e reabilitação; 
 
• Indicar um responsável por tomar decisões sobre o 
tratamento, caso o paciente fique inconsciente ou sejam 
necessárias decisões sobre o prolongamento de vida; 
 
• Ao paciente adolescente, é garantida a individualidade e 
confidencialidade no atendimento, salvo quando há 
situações de risco. 
 
 
 
É dever do médico prescrever a receita 
médica de forma legível, para que o 
paciente e o farmacêutico entendam o que 
foi prescrito. 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITOS DOS PACIENTES E FAMILIARES 
 
 
 
 
 
 
18 
2.2 Acompanhamento médico 
 
O paciente tem direito ao acompanhamento do médico indicado 
para sua condição, além de enfermeiros, fisioterapeutas, 
psicólogos, e terapeutas ocupacionais. Toda a equipe 
multidisciplinar do hospital pode e deve estar disponível ao 
paciente para o devido auxílio e melhora de sua condição. 
 
2.3 Condições do hospital 
 
O hospital tem que cumprir todas as normas de prevenção e 
controle de infecção hospitalar, inclusive com registro e certificado 
em órgãos brasileiros responsáveis. É direito do paciente a 
garantia da higienização dos itens de uso pessoal, como aventais, 
toucas, máscaras, bem como também a limpeza apropriada de 
todo o ambiente e do vestuário de todos os envolvidos no 
tratamento. Todos os itens médicos devem ser devidamente 
descartados em lixo apropriado para esse fim ou esterilizados. Os 
profissionais devem lavar as mãos, usar luvas ou passar álcool 
nas mãos antes de manipular ou tocar o paciente. 
 
2.4 Direito à informação 
 
O paciente tem direito à todas as informações sobre seu caso, que 
devem estar anotadas em seu prontuário de forma legível, 
incluindo diagnóstico, tratamentos, medicamentos, exames 
realizados, hipóteses de diagnóstico, tratamentos, evolução do 
quadro, dentro outras informações. 
 
2.5 Prioridade de atendimento nos hospitais 
 
Em hospitais, gestantes, idosos, crianças, e adolescentes tem 
garantida a prioridade de atendimento nos serviços de saúde. Só 
podem ser “ultrapassados” na fila os casos de urgência e 
emergência. 
 
2.6 Direitos do menor de idade, incapacitados, dependentes 
ou impossibilitados no hospital 
 
Quando há situações em que outras pessoas devem tomar 
decisões por quem está internado, ou quando é um menor de 
idade, um incapacitado, ou um impossibilitado que está 
internado, a autorização pode ser realizada por representante 
legalmente autorizado ou pelos pais. 
 
DIREITOS DOS PACIENTES E FAMILIARES 
 
 
 
 
 
19 
2.7 Preços e valores do hospital 
 
No caso de pacientes em hospitais particulares, o paciente deve 
ter acesso a todos os preços de serviços médicos e hospitalares, 
bem como todas as contas relativas aos tratamentos, 
medicamentos, taxas hospitalares e procedimentos realizados. 
 
2.8 Direito ao diagnóstico e a terapia 
 
O paciente tem direito a acessar todos os procedimentos 
terapêuticos e diagnósticos disponíveis no hospital, desde que 
indicado pelo médico responsável. 
 
2.9 Transporte 
 
Caso você não consiga se dirigir ao local onde o atendimento será 
prestado em razão de sua condição de saúde, o SUS deve se 
responsabilizar pelo transporte. Isso porque o acesso aos serviços 
de saúde e o atendimento integral são direitos dos cidadãos, e, no 
caso, somente serão respeitados quando o paciente conseguir se 
locomover e receber o tratamento. Esse transporte geralmente fica 
a cargo da Secretaria de Saúde do Estado ou município. Por isso, 
é bom ligar e verificar junto à secretaria de sua cidade ou Estado 
como ter acesso a este direito. 
Para saber se a sua cidade possui este serviço, você pode entrar 
em contato com o Ministério da Saúde pelo telefone 0800 61 1997. 
 
2.10 Próteses e órteses 
 
O paciente do SUS tem direito a receber próteses e órteses 
necessárias para a realização de cirurgias ou se for portador de 
necessidades especiais. É o que garante a Constituição Federal 
(em especial aos artigos 1º, inciso III, 5º caput, 196 e 198, inciso 
II) e a Lei que criou o Sistema Único de Saúde (Lei 8080/90), que 
concede o acesso aos serviços de saúde de maneira eficaz e sem 
qualquer discriminação. Além disso, o Decreto nº 3.298/99 
(artigo 18), que regulamenta a Lei nº 7.853/89, estabelece 
expressamente que está incluída na assistência integral à saúde 
da pessoa com deficiência a concessão de órteses, próteses, bolsas 
coletoras e materiais auxiliares, o que, portanto, deve ser 
fornecido gratuitamente pelo sistema público de saúde. 
 
 
 
 
DIREITOS DOS PACIENTES E FAMILIARES 
 
 
 
 
 
20 
2.11 Transplantes 
 
Existe um cadastro de todas as pessoas que precisam de 
transplantes, separado por órgãos necessitados, tipos sanguíneos 
e outrasespecificações técnicas, a Lista Única de Receptores. A 
doação de órgãos pode ser feita por alguém que tenha morte 
encefálica, desde que a família autorize expressamente, devendo 
ser observada a ordem da Lista Única para a seleção das pessoas 
que precisam de transplante. A doação também pode ser feita por 
um doador vivo como pais, irmãos, filhos, avós, tios, primos e 
cônjuges ou não parentes, neste último caso mediante autorização 
judicial. Para acompanhar o andamento da fila, procure a Central 
de Transplantes na qual o paciente se inscreveu. 
 
 
 
Para outras informações sobre o assunto, 
consulte os sites da Associação Brasileira de 
Transplantes de Órgãos, do Ministério da 
Saúde ou da Central de Transplantes da 
Secretaria de Saúde do seu Estado. 
 
 
 
2.12 Prontuário 
 
É vedado ao médico negar, ao paciente, acesso a seu prontuário, 
deixar de fornecer cópia quando solicitada e deixar de lhe dar 
explicações necessárias à sua compreensão, salvo quando 
ocasionarem riscos ao próprio paciente ou a terceiros. Também é 
vedada a revelação do prontuário a terceiros. 
 
2.13 Home care 
 
Significa atenção à saúde no domicílio, que permite ao paciente 
ser internado em sua própria residência, como cuidado intensivo e 
multiprofissional, caracterizado pelo deslocamento de uma parte 
da estrutura hospitalar para o seu lar. É direcionada a pacientes 
portadores de doenças crônicas ou agudas. A internação especial 
não é um desejo do paciente, e sim indicação médica para 
resguardar a saúde e propiciar o tratamento adequado. 
 
 
DIREITOS DOS PACIENTES E FAMILIARES 
 
 
 
http://www.abto.org.br/
http://www.abto.org.br/
http://www.saude.gov.br/
http://www.saude.gov.br/
http://www.saude.sp.gov.br/ses/perfil/cidadao/homepage/acesso-rapido/lista-de-espera-para-transplantes
 
 
21 
Capítulo 3 
 
 
DEVERES DO PACIENTE E 
ACOMPANHANTE EM HOSPITAIS 
PÚBLICOS E PRIVADOS 
 
 
22 
3. Deveres do paciente e acompanhante em hospitais 
públicos e privados 
 
O ramo da saúde é uma via de mão dupla. Para garantir que os 
direitos do paciente sejam respeitados e cumpridos, ele também 
deve tomar algumas medidas para que os profissionais da saúde 
não sejam induzidos ao erro e/ou que uma falha na comunicação 
seja prejudicial para ambos os lados. Por isso, é importante 
lembrar: 
 
• Pacientes e representantes legais devem fornecer 
informações precisas e completas durante consultas e 
internações sobre o histórico de saúde, doenças prévias, 
queixas, enfermidades e hospitalizações anteriores, história 
de uso de medicamentos, drogas, reações alérgicas e demais 
informações relacionadas à saúde; 
 
 
 
Vale lembrar que o médico e os 
profissionais envolvidos têm de garantir 
confidencialidade ao paciente e preservar 
sua privacidade. 
 
 
 
 
• O paciente não deve se automedicar, e deve seguir às 
orientações e prescrições médicas. Ele também deve 
expressar se compreendeu todas as informações e 
orientações recebidas, bem como possíveis complicações que 
o tratamento e a reabilitação possam causar à sua saúde; 
 
• Uma boa comunicação é essencial, e pacientes e 
responsáveis devem sempre comunicar aos médicos e à 
equipe do hospital sobre quaisquer fatos e mudanças na 
condição de saúde; 
 
• Aos pacientes, cabe também assumir a responsabilidade 
pela recusa de exames, procedimentos, e tratamentos, e 
todas as consequências dessa ação. Já falamos disso 
anteriormente, mas é sempre bom ressaltar; 
 
• Burocraticamente, é dever do paciente estar em mãos com 
documentos em dia, tais como carteira de identificação com 
 
DIREITOS DOS PACIENTES E FAMILIARES 
 
 
 
 
 
23 
foto, CPF, cartão do plano de saúde ou número do SUS, 
guias de autorização para exames (ou a recusa do plano de 
saúde), e comprovante de residência (em alguns casos). É 
obrigação também que o paciente honre seus compromissos 
financeiros com o hospital, saldando as dívidas com a 
instituição e os profissionais envolvidos no tratamento; 
 
• O paciente, acompanhantes e visitantes devem prezar pelo 
bem estar de todos no hospital, evitando o fumo, bebidas 
alcoólicas, e ruído na instituição, além de contribuir com a 
segurança, limpeza, e bom tratamento a toda a equipe do 
hospital e a outros pacientes que ali estiverem. 
 
3.1 Onde encontrar meus direitos e deveres? 
 
Todo hospital tem um documento com todos os direitos e deveres 
do paciente. Basta solicitar na recepção ou a um membro da 
equipe de enfermeiros ou médicos, e eles vão fornecer para você. 
 
 
Fique atento! Os hospitais são obrigados a 
fornecer essas informações. Caso contrário, 
você poderá registrar um Boletim de 
Ocorrência e depois garantir uma 
reclamação no PROCON ou na Justiça. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(Foto: Unsplash) 
DIREITOS DOS PACIENTES E FAMILIARES 
 
 
 
 
DIREITOS DOS PACIENTES E FAMILIARES 
 
 
 
 
 
24 
Capítulo 4 
 
 
OS MELHORES 
HOSPITAIS DO BRASIL 
 
 
 
25 
4. Os melhores hospitais do Brasil 
Entre os 58 melhores hospitais da América Latina, 16 são 
brasileiros. Segundo o ranking da revista de negócios América 
Economia Intelligence de 2018, os critérios de avaliação são: 
“Segurança e Dignidade do Paciente”, “Capital Humano”, 
“Eficiência”, “Promoção do Conhecimento” e “Experiência do 
Paciente”. As instituições participantes poderiam ser públicas, 
privadas ou universitárias. 
 
A tabela, na página seguinte, mostra a posição no ranking, nome 
do hospital e a cidade onde está localizado. 
(Foto: Pixabay) 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
Posição no ranking Hospital 
1° Hospital Israelita Albert 
Einstein (São Paulo) 
6° Hospital Samaritano de São 
Paulo 
13° Hospital Alemão Oswaldo Cruz 
(São Paulo) 
15° Hospital Moinhos de Vento (Rio 
Grande do Sul) 
18° Hospital São Vicente de Paulo 
(Rio de Janeiro) 
20° Hospital Santa Paula (São 
Paulo) 
21° Hospital Infantil Sabará (São 
Paulo) 
26° Hospital Edmundo Vasconcelos 
(São Paulo) 
27° Beneficência Portuguesa – 
unidade Mirante (São Paulo) 
31° Hospital TotalCor (São Paulo) 
40° Hospital Pró Cardíaco (Rio de 
Janeiro) 
41° Hospital Municipal Dr. Moysés 
Deutsch – M’Boi Mirim (São 
Paulo) 
46° Hospital Marcelino 
Champagnat (Curitiba) 
47° Hospital 9 de Julho (São Paulo) 
52° Hospital Samaritano Botafogo 
(Rio de Janeiro) 
55° Hospital Brasília (Brasília) 
 
Fonte: Revista América Economia Intelligence 
https://clustersalud.americaeconomia.com/gestion-hospitalaria/ranking-de-clinicas-y-hospitales-2018-estos-son-los-mejores-de-latinoamerica
 
 
27 
Capítulo 5 
 
 
MANUAL DO PACIENTE 
 
 
 
 
 
 
28 
5. Manual do Paciente 
 
Todo hospital deve disponibilizar ao consumidor o Manual do 
Paciente, seja in loco ou por meios digitais. É a maneira mais 
simples e rápida para o paciente, acompanhante ou visitante ficar 
por dentro dos seus direitos e deveres. 
 
 
Apresento abaixo, alguns exemplos de 
manuais ou ‘guias’ do paciente. Você pode 
pesquisar no site, ou na unidade de saúde 
que frequenta sobre este material. 
 
 
• O Hospital Samaritano é considerado um dos melhores 
hospitais da América Latina. Completou 50 anos de 
fundação em 2017 e possui alta tecnologia para 
atendimento de seus pacientes principalmente em exames e 
cirurgias, tendo como ponto forte as cirurgias de 
transplantes. Direitos e Deveres do Paciente: 
http://samaritano.com.br/area-de-pacientes/direito-e-
deveres/. 
 
• O Hospital Alemão Oswaldo Cruz é um dos primeiros 
hospitais particulares no Brasil a receber a premiação 
europeia de excelência. Isso fez com que esse hospital se 
tornasse referência nacional em diversas áreas, 
principalmente em oncologia. Manual do Paciente: 
https://www.hospitaloswaldocruz.org.br/wp-
content/uploads/2018/10/manual-paciente-2018.pdf. 
 
 
 
DIREITOS DOS PACIENTES E FAMILIARES 
 
 
 
 
 
 
http://samaritano.com.br/area-de-pacientes/direito-e-deveres/
http://samaritano.com.br/area-de-pacientes/direito-e-deveres/https://www.hospitaloswaldocruz.org.br/wp-content/uploads/2018/10/manual-paciente-2018.pdf
https://www.hospitaloswaldocruz.org.br/wp-content/uploads/2018/10/manual-paciente-2018.pdf
 
 
29 
Capítulo 6 
 
 
TRATAMENTOS 
DIFERENCIADOS 
 
 
 
 
30 
6. Tratamentos diferenciados 
 
6.1 Pacientes com diabetes 
Pacientes com diabetes têm direito a receber, na unidade de saúde 
do seu bairro, tiras para fazer testes de glicemia, lancetas para 
furar o dedo, glicosímetro, insulinas e seringas, além de três 
medicamentos orais. O paciente deve ir ao posto e se cadastrar, 
com documento, comprovante de residência e laudo médico. 
(Foto: Pixabay) 
 
6.2 Pacientes com câncer 
Além do direito ao tratamento, esse paciente pode sacar o Fundo 
de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), tem isenção do imposto 
de renda na aposentadoria e, quando há alguma limitação física, 
descontos em impostos na compra de veículo adaptado. 
O paciente com câncer, dependendo do preenchimento de 
determinados requisitos, pode usufruir de inúmeros direitos. 
 
 
 
 
 
31 
Atenção! Nem todos os benefícios legais estão 
diretamente relacionados ao diagnóstico de 
câncer. Alguns decorrem da incapacidade para 
o trabalho, da presença de certos tipos de 
deficiência, da redução da mobilidade ou 
mesmo de outras condições estabelecidas em 
lei. Portanto, é preciso verificar, caso a caso, se 
o paciente preenche os requisitos legais. 
 
Existe um prazo máximo para início do tratamento de câncer 
pelo SUS. O paciente com câncer tem direito de se submeter ao 
primeiro tratamento no SUS, no prazo de até 60 dias contados a 
partir do dia em que for assinado o diagnóstico em laudo 
patológico ou em prazo menor, conforme a necessidade 
terapêutica do caso registrada em prontuário único. O tratamento 
será efetivamente considerado iniciado com a realização de terapia 
cirúrgica ou com o início de radioterapia ou de quimioterapia, 
conforme a necessidade terapêutica do caso. 
 
(Foto: Pixabay) 
 
Esse prazo não se aplica a todos os tipos de câncer, como por 
exemplo ao câncer não melanócito de pele dos tipos basocelular e 
 
DIREITOS DOS PACIENTES E FAMILIARES 
 
 
 
 
 
32 
espinocelular, ao câncer de tireoide sem fatores clínicos pré-
operatórios prognósticos de alto risco; e aos casos sem indicação 
de tratamento cirúrgico, quimioterápico ou radioterápico. Neste 
último caso, os pacientes terão acesso a cuidados paliativos, 
incluindo-se entre estes o controle da dor crônica. 
 
Que providências o paciente com câncer deverá tomar caso o 
prazo de 60 dias para início do tratamento não seja 
cumprido? A quem e como reclamar/denunciar? 
O paciente que não tiver o início do seu tratamento oncológico 
deverá procurar a Secretaria de Saúde do seu município, pois os 
fluxos e regulação aos serviços são organizados localmente. O 
descumprimento da lei sujeitará os gestores direta e indiretamente 
responsáveis às penalidades administrativas. 
 
(Foto: Pixabay) 
 
Já reclamei na Secretaria de Saúde do meu município, mas 
ninguém resolve o meu problema? O que fazer neste caso? 
Neste caso, a solução é recorrer à Justiça. Para isso, contrate um 
advogado de sua confiança, para tomar as medidas judiciais 
cabíveis. Também, o munícipe/contribuinte/paciente pode 
procurar alguns dos legitimados para promoverem uma ação 
judicial, podendo ser: a Defensoria Pública, o Ministério Público, a 
OAB (assistência judiciária gratuita) e as Faculdades de Direito 
DIREITOS DOS PACIENTES E FAMILIARES 
 
 
 
 
 
33 
conveniadas com a OAB e/ou com órgãos do Poder Judiciário 
(Justiça Estadual/Federal) ou ir pessoalmente no Juizado 
Especial Cível. 
 
Que documentos devo providenciar para acionar a Justiça? 
Documentos como RG, CPF, comprovante de residência, Cartão do 
SUS, laudo do exame patológico, Relatório Médico contendo a 
identificação da doença, com a especificação da CID (Classificação 
Internacional de Doenças); descrição detalhada do tratamento 
recomendado, inclusive a posologia exata e o tempo de uso do 
medicamento; o nível de urgência da necessidade, destacando o 
prazo máximo de espera para o início do tratamento e as 
consequências do desatendimento; e, se for o caso, justificativa da 
ineficácia das drogas que são normalmente fornecidas na rede 
pública, de modo a justificar a adoção de tratamento diferenciado. 
 
Lei 12.732/12 - Dispõe sobre o primeiro 
tratamento de paciente com neoplasia 
maligna comprovada e estabelece prazo 
para seu início. 
Portaria nº 874, de 16 de maio de 2013 – 
Institui a Política Nacional para a Prevenção 
e Controle do Câncer na Rede de Atenção à 
Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas 
 no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). 
 
É obrigatória a cobertura de quimioterapia oral, realizada fora 
do ambiente hospitalar? 
Sim. Desde janeiro de 2014, os planos de saúde contratados a 
partir de 2 de janeiro de 1999 e adaptados são obrigados a cobrir 
o tratamento antineoplásico à base de medicamentos orais de 
administração domiciliar. A ANS estabeleceu uma lista de 
medicamentos de uso oral em domicílio cuja cobertura é 
obrigatória, dependendo do tipo e estágio da doença. 
 
 
 
DIREITOS DOS PACIENTES E FAMILIARES 
 
 
 
http://www.oncoguia.org.br/pub/10_advocacy/LEI_12732_12.pdf
http://www.oncoguia.org.br/pub/10_advocacy/PORTARIA_0874_16_05_2013.pdf
 
 
34 
 
Mais detalhes sobre essa lista e suas 
indicações podem ser conferidos no Portal 
da ANS. 
 
 
 
Os planos também devem cobrir medicamentos para controle dos 
efeitos adversos e adjuvantes a seguir relacionados, conforme 
protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas estabelecidos pela 
ANS: 
• Terapia para anemia com estimuladores da eritropoiese; 
• Terapia para profilaxia e tratamento de infecções; 
• Terapia para diarreia; 
• Terapia para dor neuropática; 
• Terapia para profilaxia e tratamento da neutropenia com 
fatores de crescimento de colônias de granulócitos; 
• Terapia para profilaxia e tratamento da náusea e vômito; 
• Terapia para profilaxia e tratamento do rash cutâneo; 
• Terapia para profilaxia e tratamento do tromboembolismo. 
 
 
(Foto: Unsplash) 
 
http://www.ans.gov.br/
http://www.ans.gov.br/
 
 
35 
O que o paciente precisa fazer para ter acesso aos 
medicamentos de uso oral em domicílio? 
A logística para distribuição dos medicamentos antineoplásicos de 
uso oral em domicílio, bem como para controle de efeitos adversos 
e adjuvantes fica a cargo de cada operadora de plano de saúde. 
Desta forma, poderá ser de modo centralizado pela operadora e 
distribuído diretamente ao paciente; ou o medicamento pode ser 
comprado em farmácia conveniada; ou, ainda, comprado pelo 
paciente com posterior ressarcimento (reembolso do consumidor). 
 
Ao receber a prescrição médica o paciente 
deverá entrar em contato com a operadora 
do seu plano de saúde e obter informações 
sobre a forma como deverá proceder para 
ter acesso aos medicamentos prescritos. 
Meu conselho é que o paciente converse 
com seu médico. Ele muito provavelmente 
terá informações mais detalhadas acerca da 
logística desenvolvida por cada operadora. 
 
Em casos de demora para a apreciação do pedido ou negativa 
injustificada do fornecimento da medicação, o paciente deverá 
contatar a ANS, através do telefone 0800 701 9656. 
Para os planos antigos (contratados antes de 1999 e não 
adaptados), a ANS alega não ter competência para obrigar os 
planos a observarem o rol de procedimentos. Contudo, a Justiça 
tem entendido que, mesmo os contratos antigos devem cobrir 
todos os tratamentos oncológicos, inclusive os medicamentos orais 
de uso domiciliar. 
 
6.2.1 Auxílio doença 
É um benefício mensal devido ao segurado pela Previdência Social 
que, por mais de 15 dias, ficar incapacitado temporariamente para 
o trabalho em virtude de doença ou acidente. Via de regra, para 
ter direitoao benefício, o trabalhador precisa contribuir para a 
Previdência Social por, no mínimo, 12 meses. Todavia, o 
cumprimento do período de carência deixa de ser exigido em caso 
 
DIREITOS DOS PACIENTES E FAMILIARES 
 
 
 
 
 
36 
de acidente do trabalho, bem como quando a incapacidade estiver 
relacionada à algumas doenças. Clique aqui para saber quais são. 
 
Para obter o benefício, o cidadão segurado 
pela Previdência Social deve comparecer, 
pessoalmente ou por intermédio de um 
procurador, a uma Agência da Previdência 
Social, preencher requerimento próprio, 
apresentar a documentação exigida e 
agendar realização de perícia médica. O 
auxílio-doença também pode ser requerido 
via Internet no site da Previdência Social ou 
pelo telefone gratuito 135, que funciona de 
 segunda a sábado, das 7h às 22h. 
 
6.2.2 Saque do FGTS 
Dentre outros casos previstos em lei, o saque do FGTS pode ser 
realizado pelo paciente com câncer, AIDS e em estágio terminal de 
outras doenças. Também pode ser sacado pelo titular da conta 
que possuir dependente – esposo (a), companheiro (a), pais, 
sogros, filho e irmão menor de 21 anos ou inválido – portador de 
alguma dessas doenças. O levantamento pode ser feito em 
qualquer agência da Caixa Econômica Federal. 
 
Importante! Pai e mãe podem sacar o FGTS 
simultaneamente quando seu filho for 
paciente com câncer, Aids ou em fase 
terminal de outra doença. A Justiça tem 
autorizado o saque do FGTS para outras 
doenças graves, além destas, ainda que o 
paciente não esteja em fase terminal. 
 
Acesse o site www.oncoguia.org.br para informações mais 
detalhadas. 
 
 
 
 
DIREITOS DOS PACIENTES E FAMILIARES 
 
 
 
http://www.oncoguia.org.br/conteudo/auxilio-doenca/109/4/
http://www.previdencia.gov.br/conteudoDinamico.php?id=21
http://www.previdencia.gov.br/conteudoDinamico.php?id=21
http://www.oncoguia.org.br/
 
 
37 
6.2.3 Isenção do Imposto de Renda 
Pacientes com câncer ou com outras doenças consideradas graves 
têm direito à isenção do Imposto de Renda sobre os valores 
recebidos a título de aposentadoria, pensão ou reforma, inclusive 
as complementações recebidas de entidades privadas e pensões 
alimentícias, mesmo que a doença tenha sido adquirida após a 
concessão da aposentadoria, pensão ou reforma. Benefícios 
previdenciários como auxílio-doença e auxílio-acidente também já 
se originam isentos do Imposto de Renda. 
O paciente deve procurar o órgão responsável pelo pagamento da 
sua aposentadoria, pensão ou reforma (INSS, União, Estado ou 
Município) e requerer a isenção do Imposto de Renda que incide 
sobre esses rendimentos. 
 
(Foto: Pixabay) 
 
 
 
 
 
 
DIREITOS DOS PACIENTES E FAMILIARES 
 
 
 
 
 
38 
 
Devem ser apresentados os seguintes 
documentos: Requerimento de isenção de 
Imposto de Renda, Laudo pericial emitido 
por serviço médico oficial da União, dos 
Estados, do Distrito Federal ou dos 
Municípios (de preferência vinculado à 
própria fonte pagadora – ex.: INSS), com as 
seguintes informações: 
Diagnóstico expresso da doença, estágio 
clínico atual da doença/paciente, se 
possível, data inicial da manifestação da 
doença, CID – Classificação Internacional de 
Doenças, data, nome e CRM do médico com 
a devida assinatura e exames que 
comprovem a existência da doença. 
 
6.3 Pacientes ostomizados 
Paciente ostomizado é aquele que precisou passar por uma 
intervenção cirúrgica para fazer no corpo uma abertura ou 
caminho alternativo de comunicação com o meio exterior, para a 
saída de fezes ou urina, assim como auxiliar na respiração ou na 
alimentação. Essa abertura chama-se estoma. Muitos 
procedimentos cirúrgicos necessários para tratamento do câncer 
acabam gerando estomas. Os chamados “Serviços de Atenção às 
Pessoas Ostomizadas”, são unidades de saúde especializadas para 
assistência às pessoas com estoma. 
 
 
 
 
 
 
 
(Foto: Pixabay) 
 
 
 
 
39 
Esses serviços devem desenvolver ações de 
reabilitação que incluem as orientações para 
o autocuidado, a prevenção, o tratamento de 
complicações no estoma, a capacitação de 
profissionais e o fornecimento de 
equipamentos coletores e de proteção e 
segurança (bolsas coletoras, barreiras 
protetoras de pele sintética, coletor 
urinário). Devem também ter equipe 
 multiprofissional, equipamentos e 
 instalações físicas adequadas integradas à 
 estrutura física dos centros de saúde. 
 
Você sabia? 
Pessoas ostomizadas possuem os mesmos direitos que a lei 
garante às pessoas com deficiência. Pessoas ostomizadas são 
consideradas portadoras de deficiência física e, em razão disso, 
podem usufruir dos direitos que a lei garante às pessoas com 
deficiência, desde que cumpridos os demais requisitos (ex.: 
compra de veículos adaptados com isenção de impostos, Benefício 
da Prestação Continuada, isenção da tarifa em transporte urbano 
coletivo, entre outros). 
 
O Decreto nº 3.298, de 20/12/1999 (art. 4º, 
inciso I; art. 19, parágrafo único, IX) - 
Regulamenta a Lei nº 7.853, de 24 de 
outubro de 1989, dispõe sobre a Política 
Nacional para a Integração da Pessoa 
Portadora de Deficiência, consolida as 
normas de proteção e dá outras 
providências. 
 
 
DIREITOS DOS PACIENTES E FAMILIARES 
 
 
 
 
http://www.oncoguia.org.br/pub/10_advocacy/DECRETO_3298_99.pdf
 
 
40 
Capítulo 7 
 
 
PACIENTE COM PLANO 
DE SAÚDE 
 
 
 
41 
7. Paciente com plano de saúde 
 
Um levantamento da Agência Nacional de Saúde Suplementar 
(ANS) revela que houve crescimento no número de pessoas que 
contrataram planos de saúde em 2018. Somente em São Paulo, 17 
milhões de pessoas possuem planos de assistência médica e 
outras 8 milhões mantêm planos odontológicos. No Brasil, até 
abril do ano passado, existiam 47,3 milhões de beneficiários em 
planos médico-hospitalares, 34,7 mil a mais no comparativo com 
o mesmo período de 2017. 
 
 
(Foto: Pixabay) 
 
7.1 Formas de contratação 
Plano de saúde individual/familiar - Contratado diretamente pelo 
beneficiário, com ou sem seu grupo familiar. 
Plano de saúde coletivo empresarial - Contratado por uma 
empresa ou instituição para seus funcionários, com ou sem seus 
respectivos grupos familiares. 
 
 
42 
Plano de saúde coletivo por adesão - Contratado por pessoa 
jurídica de caráter profissional, classista ou setorial, com ou sem 
seus respectivos grupos familiares. 
 
7.2 Tipos de Cobertura Assistencial 
 Plano ambulatorial - Inclui os atendimentos em consulta, sem 
limite de quantidade, e os procedimentos diagnósticos e 
terapêuticos para os quais não seja necessária internação 
hospitalar, além de cobertura para pré-natal. 
Plano hospitalar sem obstetrícia - Inclui os atendimentos e 
procedimentos realizados durante a internação hospitalar, 
inclusive as cirurgias odontológicas buco-maxilares. Esse plano 
não oferece cobertura ambulatorial, ou seja, não dá direito a 
consultas, exames, tratamentos e outros procedimentos feitos sem 
internação hospitalar. 
Plano hospitalar com obstetrícia - Além do que está incluído no 
plano sem obstetrícia, o plano com obstetrícia inclui pré-natal, 
parto e pós-parto. É garantido o atendimento ao recém-nascido, 
por 30 dias, assim como sua inscrição como dependente sem o 
cumprimento de carências pelo bebê, desde que elas tenham sido 
cumpridas anteriormente pelo titular do plano. 
Plano odontológico - Inclui os procedimentos odontológicos 
realizados em consultório. As cirurgias odontológicas que 
necessitem de estrutura hospitalar só serão integralmente 
cobertas se o plano hospitalar também tiver sido contratado. 
Plano referência - Garante assistência ambulatorial, hospitalar e 
obstetrícia, com acomodação em enfermaria, no território 
nacional. Este tipo de plano deve ser obrigatoriamente oferecido 
pelas empresas que vendem planos de saúde. 
Combinações de planos - As empresas que vendem planosde 
saúde podem oferecer combinações diferentes tipos de planos. 
Caberá ao consumidor escolher o que for mais conveniente às 
suas necessidades. 
 
7.3 Época da Contratação do Plano 
Plano antigo - Contrato celebrado antes de 2 de janeiro de 1999 
(início da vigência da Lei nº 9.656/98 - Lei dos Planos e Seguros 
 
 
43 
de Saúde). A ANS entende que esses contratos não estão sujeitos à 
sua fiscalização, nem aos termos da Lei dos Planos de Saúde. 
 
Muitas vezes, esses contratos trazem 
cláusulas com exclusões e limitações no 
atendimento, a exemplo de procedimentos 
relacionados a doenças crônicas ou 
infecciosas, como AIDS, Câncer, Diabetes, 
Doenças do Coração, entre outras. Algumas 
cláusulas restritivas de direitos presentes 
nos contratos dos planos antigos são 
manifestamente abusivas de acordo com o 
 Código de Defesa do Consumidor e, por 
 isso, o Poder Judiciário as considera nulas. 
 
Plano novo - Contrato celebrado a partir do dia 2 de janeiro de 
1999. Sujeitam-se à fiscalização da ANS, bem como aos 
dispositivos da Lei dos Planos de Saúde e do Código de Defesa do 
Consumidor. Nos contratos novos, os planos estão obrigados a 
cobrir todas as doenças listadas na CID (Classificação 
Internacional de Doenças), da Organização Mundial de Saúde. 
Ainda assim, há diversos abusos e limitações de atendimento ao 
paciente, situação que pode ser revertida por meio de reclamação 
à ANS ou questionamentos judiciais. 
Plano adaptado - Contrato celebrado antes de 2 de janeiro de 
1999, mas posteriormente adaptado às regras da Lei dos Planos e 
Seguros de Saúde, passando a garantir as mesmas coberturas 
presentes nos contratos novos. Pelas normas da ANS hoje 
vigentes, o aumento da mensalidade do plano, no caso de 
adaptação, não poderá ser superior a 20,59%, não precisando o 
beneficiário cumprir novos prazos de carência. 
 
7.4 Reajuste 
Se o contrato do plano de saúde for um contrato 
individual/familiar e elaborado depois de 2 de janeiro de 1999, o 
mesmo precisa seguir as regras da Lei 9.656, que determina que o 
reajuste do valor do plano poderá ser feito de acordo com a 
mudança de faixa etária. A partir dos 59 anos, o valor deve ser, no 
 
DIREITOS DOS PACIENTES E FAMILIARES 
 
 
 
DIREITOS DOS PACIENTES E FAMILIARES 
 
 
 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104153/lei-9656-98
 
 
44 
máximo, seis vezes superior ao valor da faixa inicial. Na 
contratação de plano coletivo, as regras de aumento não sofrem 
intervenção da ANS e os aumentos podem ser superiores. Existem 
10 faixas etárias, as quais admitem o reajuste do preço do plano: 
 
0 a 18 anos 
19 a 23 anos 
24 a 28 anos 
29 a 33 anos 
34 a 38 anos 
39 a 43 anos 
44 a 48 anos 
49 a 53 anos 
54 a 58 anos 
59 anos ou mais 
 
7.5 Prazos 
O plano deve garantir o atendimento dentro dos prazos máximos: 
pediatria, clínica médica, cirurgia geral, ginecologia e obstetrícia, 
em até sete dias. Consultas com demais especialidades: 14 dias. 
Os serviços de diagnóstico por laboratório de análises clínicas em 
regime ambulatorial devem ser em no máximo três dias. 
 
7.6 Carência 
Há períodos máximos de carência após contratar um plano: 24h 
para urgência e emergência; 180 dias para internações, cirurgias e 
procedimentos de alta complexidade; 300 dias para parto, 
segundo a ANS. A operadora pode ofertar prazos menores, 
constando no contrato. 
 
 
 
 
 
45 
7.7 Portabilidade 
O usuário de plano de saúde tem possibilidade de mudar de plano 
sem necessariamente cumprir a carência. Ela é obrigatória nos 
planos individuais e familiares. Nos coletivos, tem de passar por 
adesão, mas há critérios: o paciente tem de ter ficado no mínimo 
dois anos no plano anterior e três anos caso ele tenha alguma 
doença pré-existente. Para uma segunda portabilidade, esses 
prazos reduzem para um ano. 
 
7.8 Aposentado e demitido 
O trabalhador demitido sem justa causa e aposentado tem o 
direito de manter a condição de beneficiário de plano de saúde nas 
mesmas condições de cobertura assistencial, desde que assuma o 
pagamento integral. Existem alguns questionamentos sobre o 
tempo dessa manutenção, porém em sua grande maioria os 
tribunais dão prazo de 24 meses. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(Foto: Pixabay) 
DIREITOS DOS PACIENTES E FAMILIARES 
 
 
 
 
 
46 
7.9 Falta de pagamento 
Quando há cancelamento do contrato ou falta de atendimento pelo 
não pagamento, a operadora só pode fazê-lo unilateralmente em 
caso de fraude ou quando o consumidor atrasar o pagamento do 
plano de saúde por mais de 60 dias no ano, consecutivos ou não. 
O usuário, porém, precisa ser notificado até o 50º dia de 
inadimplência, tanto sobre a falta de pagamento quanto ao risco 
de cancelamento. 
 
7.10 Cobertura 
Caso haja negativa de cobertura de exames e procedimentos por 
parte do plano, ainda que prevista em contrato, tal cláusula é 
nula e abusiva. A pessoa deve ser atendida na rede credenciada, 
pois a função do contrato é garantir o pagamento das despesas 
médico-hospitalares. 
 
7.11 Consultas de retorno 
Consultas de retorno não podem ser cobradas pelos médicos, mas 
o médico pode fixar um prazo suficiente para os exames serem 
feitos e o retorno agendado. 
 
7.12 Vaga de internação 
Se não existem leitos disponíveis para internação nos hospitais 
credenciados pelo plano de saúde, ele deverá indicar outro para o 
consumidor. O consumidor não pode ficar sem tratamento por 
falta de leito. 
 
7.13 Aviso de descredenciamento 
Exige-se que o consumidor e a ANS sejam avisados sobre o 
rompimento do atendimento de médicos e laboratórios com ao 
menos 30 dias de antecedência, sendo o profissional ou 
laboratório substituído por outro. 
 
 
DIREITOS DOS PACIENTES E FAMILIARES 
 
 
 
 
 
47 
7.14 Perguntas e Respostas 
Posso ser impedido de contratar um plano pelo fato de já 
possuir alguma doença ou lesão? 
Não! A Lei dos Planos e Seguros de Saúde garante a todos o direito 
de contratar um plano de saúde. Quando você for portador de 
doença ou lesão preexistente, poderá sofrer restrição ao uso do 
plano durante o prazo máximo de 24 meses, porém, somente para 
procedimentos de alta complexidade, eventos cirúrgicos e leitos de 
alta tecnologia (UTI e similares) relacionados à doença declarada. 
Ao preencher sua declaração de saúde, sempre informe as 
doenças ou lesões de que saiba ser portador. 
(Foto: Pixabay) 
 
O que pode acontecer se eu omitir alguma informação sobre 
doenças ou lesões preexistentes na declaração de saúde? 
A omissão de informações sobre doenças ou lesões preexistentes 
pode ser considerada fraude e levar à suspensão ou à rescisão do 
contrato, mas isso apenas pode ocorrer após o julgamento de 
processo administrativo pela ANS aberto a pedido da operadora. 
Enquanto o processo administrativo estiver em análise, os 
atendimentos pelo plano não poderão ser suspensos ou 
cancelados. Se a fraude for confirmada pela ANS, além da 
suspensão ou rescisão do plano, você poderá ser obrigado a 
reembolsar a operadora todos os gastos com a doença ou lesão 
preexistente. 
DIREITOS DOS PACIENTES E FAMILIARES 
 
 
 
 
 
48 
Posso ser obrigado pela operadora do plano a realizar algum 
exame antes da contratação? 
Sim. O interessado em contratar um plano de saúde poderá ser 
submetido à perícia ou a exame para constatação ou não de 
alguma doença ou lesão preexistente. Se realizado esse 
procedimento, a operadora não poderá alegar qualquer omissão de 
informação sobre doença ou lesão preexistente na declaração de 
saúde. 
 
É obrigatória a cobertura da cirurgia plástica reconstrutiva da 
mama decorrente do tratamento de câncer? 
Sim. A lei exige a cobertura da cirurgia de reconstrução mamária 
para os contratos celebrados a partir de 2 de janeiro de 1999. Há 
decisões dos tribunais garantindo tal cobertura mesmo em planos 
antigos. 
 
Osplanos de saúde podem limitar o tempo de internação do 
paciente? 
Não, não pode! É vedado o estabelecimento de prazo máximo de 
internação hospitalar, seja em enfermaria, apartamento ou leitos 
de alta tecnologia (CTI, UTI ou similares). 
 
Não se deixe ser enganado! Cabe somente 
ao seu médico determinar o tempo 
necessário de internação. 
 
 
 
Se meu plano cobrir somente acomodação em enfermaria e 
não houver leito disponível no momento da internação, 
preciso pagar por quarto particular? 
Não. Nesse caso, o acesso será garantido em uma acomodação de 
nível superior, sem custo adicional ao beneficiário do plano. 
 
 
DIREITOS DOS PACIENTES E FAMILIARES 
 
 
 
 
 
49 
É permitida a cobrança de cheque-caução por parte da rede 
prestadora? 
É proibida, em qualquer situação, a exigência de cheque-caução, 
depósito de qualquer natureza, nota promissória ou quaisquer 
outras formas de garantia de pagamento por parte da rede 
prestadora no ato ou anteriormente à prestação do serviço. 
Se você estiver com alguma dúvida, Pergunte Pro Tannuri! Meu 
site é bem fácil de decorar: www.pergunteprotannuri.com.br. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.pergunteprotannuri.com.br/
 
 
50 
Capítulo 8 
 
 
FUNCIONÁRIOS BEM TREINADOS, 
SEGURANÇA GARANTIDA: HOSPITAIS 
SÃO RESPONSÁVEIS POR GOLPES 
APLICADOS EM CONSUMIDORES 
 
 
 
51 
8. Funcionários bem treinados, segurança garantida: 
hospitais são responsáveis por golpes aplicados em 
consumidores 
 
Infelizmente, em nosso país existem muitas pessoas de má fé e má 
índole que acabam aplicando golpes nos consumidores que 
utilizam serviços de saúde, sejam eles pacientes ou seus 
familiares. Golpes aplicados em pessoas que têm parentes 
internados em UTIs chamaram a atenção de órgãos de defesa do 
consumidor nos últimos dois anos, e a responsabilidade pelo 
vazamento de informações sigilosas sobre os pacientes é dos 
hospitais! 
Em 2017, uma mulher, que não quis se identificar, acreditou na 
história de um falso médico. O homem disse que o marido, 
internado em estado grave, devia pagar para fazer exames com 
urgência. Ela não suspeitou porque o bandido tinha muitas 
informações. ‘O golpista sabia o meu nome, sabia o nome dele. 
Sabia que ele estava no CTI e sabia qual o plano de saúde’, contou 
a uma reportagem de um importante jornal televisivo. 
Crimes assim chegam a lucrar mais de R$ 200 mil por mês, 
mesmo tendo, segundo a polícia, menos de 10% de sucesso nas 
abordagens com vítimas e funcionários de hospitais. 
 
8.1 Então... o que fazer? 
A Federação Brasileira dos Hospitais reconhece que um bom 
treinamento é o primeiro passo para evitar que funcionários sejam 
manipulados por pessoas de má fé, desde que haja um 
compromisso da gestão desses hospitais em treinar seu pessoal e 
aumentar sua segurança para que o paciente evite de cair nesse 
tipo de golpe. 
8.1.1 Colocação de avisos nos corredores e consentimento 
 É recomendado que os pacientes assinem um documento para 
provar que foram alertados sobre o problema. Mas o Instituto de 
Defesa do Consumidor afirma que a responsabilidade sobre o 
vazamento de dados dos pacientes é sempre dos hospitais. 
 
DIREITOS DOS PACIENTES E FAMILIARES 
 
 
 
http://fbh.com.br/
 
 
52 
 
 “Esses golpes são aplicados com 
informações que são contidas em 
prontuários médicos. Esse tipo de 
informação é delicado, e ela está sob a 
guarda e acesso muito restrito do 
estabelecimento de saúde. Se essa 
informação vazou, algum dever de sigilo e de 
guarda foi negligenciado. Então, mesmo que 
seja possível avisar o paciente da ocorrência 
do golpe, ainda assim a responsabilidade 
 dessas prestadoras, do hospital, do 
 estabelecimento de saúde permanece”. 
 
 Essas informações foram coletadas aqui. 
 
8.1.2 Procedimentos de segurança 
Alguns protocolos devem ser criados e obedecidos à risca para 
diminuir a chance de efetividade do golpe. A pessoa que estiver 
fornecendo a informação a terceiros, deve ter certeza de que 
aquele recebedor da informação é um profissional de saúde. O 
ideal é criar algum tipo de código, uma palavra-chave, uma senha, 
qualquer coisa que prove que a conversa é com um profissional 
cadastrado e não um criminoso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(Foto: Pixabay) 
 
http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2017/08/hospitais-tem-responsabilidade-por-golpes-diz-direito-do-consumidor.html
 
 
53 
Capítulo 9 
 
 
LEGISLAÇÃO 
 
 
 
54 
9. Legislação 
 
Destaco abaixo, algumas das principais leis relacionadas a tudo 
que estamos tratando neste e-book. Se você estiver com alguma 
dúvida ou precisar de esclarecimentos mais aprofundados, não 
hesite em me procurar! 
Lei nº 9.656, de 03/06/1998 – Dispõe sobre os planos e seguros 
privados de assistência à saúde. 
Lei n°12.880, de 12/11/2013 - Altera a Lei no 9.656, de 3 de 
junho de 1998, que "dispõe sobre os planos e seguros privados de 
assistência à saúde”, para incluir tratamentos entre as coberturas 
obrigatórias. 
Resolução Normativa ANS nº 44, de 24/7/2003 - Dispõe sobre a 
proibição da exigência de caução por parte dos Prestadores de 
serviços contratados, credenciados, cooperados ou referenciados 
das Operadoras de Planos de Assistência à Saúde. 
Resolução Normativa ANS nº 186, de 14/1/2009 – Dispõe sobre a 
regulamentação da portabilidade das carências e sem a imposição 
de cobertura parcial temporária. 
Resolução Normativa ANS nº 254, de 5/5/2011 – Dispõe sobre a 
adaptação e migração para os contratos celebrados até 1º de 
janeiro de 1999. 
Resolução Normativa ANS nº 259, de 17/6/2011 - Dispõe sobre a 
garantia de atendimento dos beneficiários de plano privado de 
assistência à saúde e altera a Instrução Normativa – IN nº 23, de 
1º de dezembro de 2009, da Diretoria de Normas e Habilitação dos 
Produtos – DIPRO. 
Resolução Normativa ANS nº 279, de 24/11/2011 – Dispõe sobre 
a regulamentação dos artigos 30 e 31 da Lei nº 9.656, de 3 de 
junho de 1998, e revoga as Resoluções do Consu nºs 20 e 21, de 7 
de abril de 1999. 
Resolução Normativa ANS nº 387, de 28/10/2015 - Atualiza o Rol 
de Procedimentos e Eventos em Saúde, que constitui a referência 
básica para cobertura assistencial mínima nos planos privados de 
assistência à saúde, contratados a partir de 1º de janeiro de 1999; 
fixa as diretrizes de atenção à saúde; revoga as Resoluções 
DIREITOS DOS PACIENTES E FAMILIARES 
 
 
 
http://www.oncoguia.org.br/pub/10_advocacy/LEI_9656_98.pdf
http://www.oncoguia.org.br/pub/10_advocacy/L12880_2013.pdf
http://www.oncoguia.org.br/pub/10_advocacy/RN_44_03_ans.pdf
http://www.oncoguia.org.br/pub/10_advocacy/RN_186_09_ans.pdf
http://www.oncoguia.org.br/pub/10_advocacy/RN_254_11_ans.pdf
http://www.oncoguia.org.br/pub/10_advocacy/rn259-11-ans.pdf
http://www.oncoguia.org.br/pub/10_advocacy/RN_279_11_ans.pdf
http://www.oncoguia.org.br/pub/10_advocacy/RN_387_15.pdf
 
 
55 
Normativas - RN nº 338, de 21 de outubro de 2013, RN nº 349, de 
9 de maio de 2014; e dá outras providências. 
 
(Foto: Unsplash) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
56 
Capítulo 10 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
 
 
57 
10. Referências 
 
ANS - http://www.ans.gov.br/perfil-do-setor/dados-gerais 
 
Direitos do Consumidor e golpes nos hospitais - 
http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2017/08/hospitais-tem-
responsabilidade-por-golpes-diz-direito-do-consumidor.html 
 
Direitos sociais da pessoa com câncer - 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/direitos_sociais_pessoa_ca
ncer_3ed.pdf 
 
Federação Brasileira dos Hospitais - http://fbh.com.br/ 
 
Fundação do Câncer - https://www.cancer.org.br/sobre-o-
cancer/eventos-e-campanhas/nossas-campanhas/direitos-do-paciente-
com-cancer/ 
 
Governo Federal - 
http://www.brasil.gov.br/noticias/saude/2018/06/ans-17-milhoes-de-
pessoas-tem-plano-de-saude-particular-em-sao-paulo 
 
HospitaisBrasil – e-books - 
http://portalhospitaisbrasil.com.br/ebooks/ 
 
IBGE - https://www.ibge.gov.br/estatisticas-
novoportal/sociais/saude.html 
 
IDEC - https://idec.org.br/consultas/dicas-e-direitos/sus-conheca-os-
seus-direitos 
 
INCA - https://www.inca.gov.br/perguntas-frequentes/direitos-sociais-
da-pessoa-com-cancer 
 
JusBrasil - 
https://posocco.jusbrasil.com.br/noticias/407793198/vinte-direitos-
dos-pacientes-atendimento-pelo-sus-e-particular 
http://www.ans.gov.br/perfil-do-setor/dados-gerais
http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2017/08/hospitais-tem-responsabilidade-por-golpes-diz-direito-do-consumidor.html
http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2017/08/hospitais-tem-responsabilidade-por-golpes-diz-direito-do-consumidor.html
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/direitos_sociais_pessoa_cancer_3ed.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/direitos_sociais_pessoa_cancer_3ed.pdf
http://fbh.com.br/
https://www.cancer.org.br/sobre-o-cancer/eventos-e-campanhas/nossas-campanhas/direitos-do-paciente-com-cancer/
https://www.cancer.org.br/sobre-o-cancer/eventos-e-campanhas/nossas-campanhas/direitos-do-paciente-com-cancer/
https://www.cancer.org.br/sobre-o-cancer/eventos-e-campanhas/nossas-campanhas/direitos-do-paciente-com-cancer/
http://www.brasil.gov.br/noticias/saude/2018/06/ans-17-milhoes-de-pessoas-tem-plano-de-saude-particular-em-sao-paulo
http://www.brasil.gov.br/noticias/saude/2018/06/ans-17-milhoes-de-pessoas-tem-plano-de-saude-particular-em-sao-paulo
http://portalhospitaisbrasil.com.br/ebooks/
https://www.ibge.gov.br/estatisticas-novoportal/sociais/saude.html
https://www.ibge.gov.br/estatisticas-novoportal/sociais/saude.html
https://idec.org.br/consultas/dicas-e-direitos/sus-conheca-os-seus-direitos
https://idec.org.br/consultas/dicas-e-direitos/sus-conheca-os-seus-direitos
https://www.inca.gov.br/perguntas-frequentes/direitos-sociais-da-pessoa-com-cancer
https://www.inca.gov.br/perguntas-frequentes/direitos-sociais-da-pessoa-com-cancer
https://posocco.jusbrasil.com.br/noticias/407793198/vinte-direitos-dos-pacientes-atendimento-pelo-sus-e-particular
https://posocco.jusbrasil.com.br/noticias/407793198/vinte-direitos-dos-pacientes-atendimento-pelo-sus-e-particular
 
 
58 
Medicamentos gratuitos – Governo Federal: 
http://www.brasil.gov.br/noticias/saude/2018/08/saiba-como-ter-
acesso-a-medicamentos-gratuitos 
 
Ministério da Saúde - http://portalms.saude.gov.br/dados-e-
indicadores-da-saude 
 
Oncoguia – direitos dos pacientes com câncer - 
http://www.oncoguia.org.br/direitos-dos-pacientes/ 
 
Politize – https://www.politize.com.br/panorama-da-saude/#toggle-id-1 
 
Portal do Cidadão - 
https://portaldocidadao.saude.gov.br/portalcidadao/index.htm 
 
Ranking dos melhores hospitais - 
https://clustersalud.americaeconomia.com/gestion-
hospitalaria/ranking-de-clinicas-y-hospitales-2018-estos-son-los-
mejores-de-latinoamerica 
 
SP possui a maior rede de hospitais de combate ao câncer do Brasil - 
http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/ultimas-noticias/sp-possui-
a-maior-rede-de-hospitais-de-combate-ao-cancer-do-pais/ 
 
Saúde Melhor - https://www.saudemelhor.com/direitos-paciente-
internado-hospital/ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.brasil.gov.br/noticias/saude/2018/08/saiba-como-ter-acesso-a-medicamentos-gratuitos
http://www.brasil.gov.br/noticias/saude/2018/08/saiba-como-ter-acesso-a-medicamentos-gratuitos
http://portalms.saude.gov.br/dados-e-indicadores-da-saude
http://portalms.saude.gov.br/dados-e-indicadores-da-saude
http://www.oncoguia.org.br/direitos-dos-pacientes/
https://www.politize.com.br/panorama-da-saude/#toggle-id-1
https://portaldocidadao.saude.gov.br/portalcidadao/index.htm
https://clustersalud.americaeconomia.com/gestion-hospitalaria/ranking-de-clinicas-y-hospitales-2018-estos-son-los-mejores-de-latinoamerica
https://clustersalud.americaeconomia.com/gestion-hospitalaria/ranking-de-clinicas-y-hospitales-2018-estos-son-los-mejores-de-latinoamerica
https://clustersalud.americaeconomia.com/gestion-hospitalaria/ranking-de-clinicas-y-hospitales-2018-estos-son-los-mejores-de-latinoamerica
http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/ultimas-noticias/sp-possui-a-maior-rede-de-hospitais-de-combate-ao-cancer-do-pais/
http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/ultimas-noticias/sp-possui-a-maior-rede-de-hospitais-de-combate-ao-cancer-do-pais/
https://www.saudemelhor.com/direitos-paciente-internado-hospital/
https://www.saudemelhor.com/direitos-paciente-internado-hospital/
 
 
59

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