Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Sérgio Tannuri | 2019 DIREITOS DOS PACIENTES E FAMILIARES Orientações ao consumidor/usuário de saúde das redes pública e privada, direitos dos acompanhantes e tratamentos diferenciados 2 O e-book “Direitos dos Pacientes e Familiares” foi desenvolvido pela agência Vera Moreira Comunicação com base em análise de pesquisas e portais de notícias relevantes sobre o tema. Todas as imagens contidas no material são livres de direitos autorais. O advogado Sérgio Tannuri atua há mais de 20 anos na Defesa do Consumidor, concedeu entrevistas e participou de programas de rádio e TV das mais conceituadas emissoras e mantém um site com dicas e orientações ao cidadão: www.pergunteprotannuri.com.br. REALIZAÇÃO: Vera Moreira Comunicação Assessoria de Imprensa (11) 3253-0586/0729 | 9 9973-1474 www.veramoreira.com.br http://www.pergunteprotannuri.com.br/ http://www.veramoreira.com.br/ 3 ÍNDICE Capítulo 1 – SAÚDE PÚBLICA: DIREITO BÁSICO PARA TODOS ..... 09 1.1 Consultas e exames ................................................................ 09 1.2 Internação hospitalar ............................................................. 10 1.3 Acompanhantes em internação hospitalar .............................. 10 1.4 Direitos das gestantes e parturientes ..................................... 11 1.5 Medicamentos ........................................................................ 11 1.5.1 Farmácia Popular ................................................................... 12 1.5.2 Rename .................................................................................. 13 1.5.3 Dose Certa ............................................................................. 13 1.6 Autonomia de Vontade ........................................................... 13 Capítulo 2 – DIREITOS DO PACIENTE EM HOSPITAIS PÚBLICOS E PRIVADOS ................................................................................ 16 2.1 Quanto aos tratamentos ......................................................... 17 2.2 Acompanhamento médico ...................................................... 18 2.3 Condições do hospital ............................................................ 18 2.4 Direito à informação .............................................................. 18 2.5 Prioridade de atendimento nos hospitais ................................ 18 2.6 Direitos do menor de idade, incapacitados, dependentes ou impossibilitados no hospital ........................................................ 18 2.7 Preços e valores do hospital ................................................... 19 2.8 Direito ao diagnóstico e terapia ............................................. 19 2.9 Transporte ............................................................................. 19 2.10 Próteses e Órteses ................................................................ 19 2.11 Transplantes ........................................................................ 20 2.12 Prontuário ........................................................................... 20 2.13 Home Care ........................................................................... 20 Capítulo 3 – DEVERES DO PACIENTE E ACOMPANHANTE EM HOSPITAIS PÚBLICOS E PRIVADOS ............................................. 22 3.1 Onde encontrar meus direitos e deveres? ............................... 23 4 Capítulo 4 – OS MELHORES HOSPITAIS DO BRASIL ..................... 25 Capítulo 5 – MANUAL DO PACIENTE ............................................. 28 Capítulo 6 – TRATAMENTOS DIFERENCIADOS ............................. 30 6.1 Pacientes com diabetes .......................................................... 30 6.2 Pacientes com câncer ............................................................ 30 6.2.1 Auxílio doença ....................................................................... 35 6.2.2 Saque do FGTS ...................................................................... 36 6.2.3 Isenção Imposto de Renda ...................................................... 37 6.3 Pacientes ostomizados ........................................................... 38 Capítulo 7 – PACIENTE COM PLANO DE SAÚDE ............................ 41 7.1 Formas de contratação ........................................................... 41 7.2 Tipos de cobertura assistencial .............................................. 42 7.3 Época da contratação do plano ............................................... 43 7.4 Reajuste ................................................................................. 44 7.5 Prazos .................................................................................... 44 7.6 Carência ................................................................................ 45 7.7 Portabilidade .......................................................................... 45 7.8 Aposentado e demitido ........................................................... 46 7.9 Falta de pagamento ................................................................ 46 7.10 Cobertura ............................................................................. 46 7.11 Consultas de retorno ............................................................ 46 7.12 Vaga de internação ............................................................... 46 7.13 Aviso de descredenciamento ................................................ 46 7.14 Perguntas e respostas .......................................................... 47 Capítulo 8 – FUNCIONÁRIOS BEM TREINADOS, SEGURANÇA GARANTIDA: HOSPITAIS SÃO RESPONSÁVEIS POR GOLPES APLICADOS EM CONSUMIDORES ................................................. 51 5 8.1 Então... o que fazer? .............................................................. 51 8.1.1 Colocação de avisos nos corredores e consentimento .............. 51 8.1.2 Procedimentos de segurança .................................................. 52 Capítulo 9 – LEGISLAÇÃO ............................................................ 54 Capítulo 10 – REFERÊNCIAS ........................................................ 57 6 Saúde: o maior bem do cidadão Um dos assuntos que mais provocam reclamações dos consumidores é relacionado ao plano de saúde. Mesmo porque o custo dos planos de saúde nas famílias dos brasileiros é um dos itens que mais pesam no orçamento familiar. O que fazer? Onde reclamar? A ANS realmente está do lado do usuário? O governo muda regras, descredencia planos que não cumprem suas obrigações e o consumidor fica cada dia mais confuso. Os números dão a dimensão e a importância desse levantamento: * o SUS – que completou 30 anos em 2018 - atende 190 milhões de pessoas; * 69,7% dos brasileiros não possuem plano de saúde particular – seja individual ou empresarial (dados de pesquisa SPC Brasil e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas); * o percentual chega a 77% entre as pessoas das classes C, D e E; * o restante arca com dinheiro do próprio bolso para pagar pelos serviços necessários; * segundo pesquisa do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), entre 2008 e 2017, o número de demandas judiciais relativas à saúde registrou um aumento de 130%, sendo 498.715 processos de primeira instância distribuídos em 17 tribunais de justiça estaduais, e 277.411 processos de segunda instância, distribuídos entre 15 tribunais de justiça estaduais; * o Ministério da Saúde registrou um crescimento, em sete anos, de aproximadamente 13 vezes nos gastos com demandas judiciais, alcançando R$ 1,6 bilhão em 2016. E como se defender de abusos? Quais os seus direitos como paciente? Quais seus deveres como consumidor desses serviços? Você sabia queo paciente com câncer tem leis especiais que o protegem? Por isso, eu dedico essa cartilha digital a responder as dúvidas básicas, relacionar as principais leis e quais órgãos procurar para exercer seu direito de cidadão. Espero que esse e-book possa ajudar e ser um guia para você reivindicar seus direitos como consumidor, contribuinte e cidadão. SÉRGIO TANNURI Advogado especialista em Direito do Consumidor 7 “A saúde é direito de todos e dever do Estado” (Artigo 196, da Constituição da República) CDC - CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR CAPÍTULO III Dos Direitos Básicos do Consumidor Art. 6º São direitos básicos do consumidor: I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos. 8 Capítulo 1 SAÚDE PÚBLICA: DIREITO BÁSICO PARA TODOS 9 1. Saúde pública: direito básico para todos A saúde é um direito fundamental do ser humano, garantido na Constituição da República, devendo o Estado prover todas as condições indispensáveis ao seu pleno exercício. O Brasil é o único país com mais de 100 milhões de habitantes que possui um sistema de saúde público universal e gratuito. Considerado o maior programa de inclusão social do mundo, o SUS (Sistema Único de Saúde) é o "plano de saúde" de todos os brasileiros, aos quais têm direito a serviços gratuitos, como consultas, tratamentos, vacinação, transplantes, medicamentos de alto custo, entre outros que visam a saúde da população. 1.1 Consultas e exames Durante uma consulta, exame ou internação, é muito importante que o consumidor conheça os seus direitos como paciente, acompanhante ou visitante. Todos têm direito às ações e serviços necessários para a promoção, a proteção e a recuperação de sua saúde, incluindo a realização de consulta médica e exames nas unidades do SUS (artigos 196 e 198, II, da Constituição Federal, artigos 5º., III e 7º., II, da Lei 8.080/90). A principal porta de entrada é a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima da sua residência ou local de trabalho ou estudo. O paciente tem direito ilimitado à realização de consultas, exames e internações. Pela lei, não há um prazo máximo de espera. Pacientes com câncer devem ter seu tratamento inicial em até 60 dias após o diagnóstico. Para saber a localização mais próxima de uma UBS ou hospital público, acesse o site da prefeitura de sua cidade. Informações semelhantes a estas abaixo aparecerão na tela. Em seguida, faça uma busca por endereço ou unidade de atendimento e selecione as opções desejadas ao lado do mapa. 10 Fonte: http://buscasaude.prefeitura.sp.gov.br/ 1.2 Internação hospitalar Todos têm direito às ações e serviços necessários para a promoção, a proteção e a recuperação de sua saúde, incluindo a internação hospitalar, quando necessária, nos hospitais públicos e/ou conveniados ao SUS (artigos 196 e 198, II, da Constituição Federal, artigos 5º, III e 7º, II, da Lei 8.080/90). 1.3 Acompanhantes em internação hospitalar Se o paciente internado for menor de 18 anos de idade, tem assegurado um acompanhante - um dos pais ou responsável - (art. 12 da Lei 8.069/90 - Estatuto da Criança e do Adolescente) devendo o estabelecimento de saúde fornecer condições para a sua permanência em tempo integral. O mesmo direito é assegurado aos idosos (60 anos ou mais) submetidos à internação hospitalar, (art. 16 da Lei 10.741/03 - Estatuto do Idoso). (Foto: Unsplash) DIREITOS DOS PACIENTES E FAMILIARES http://buscasaude.prefeitura.sp.gov.br/ 11 1.4 Direitos das gestantes e parturientes A parturiente tem direito à internação hospitalar para a realização de parto nos hospitais públicos e/ou conveniados ao SUS. Logo após a realização do pré-natal, a gestante pode perguntar ao responsável pelo atendimento da maternidade à qual ela estará vinculada. Independentemente disso, em estado avançado de trabalho de parto, o estabelecimento de saúde não pode recusar atendimento. (Foto: Unsplash) É direito da gestante decidir o tipo de parto e escolher técnicas que aliviem a sua dor - em alguns Estados, como no caso de São Paulo, a analgesia é um direito reconhecido por lei. Fica também garantido às gestantes o direito de ter um acompanhante durante todo o período de trabalho de parto, parto e pós-parto imediato, de acordo com a Lei 11.108/05. O acompanhante terá direito a acomodações adequadas e às principais refeições durante a internação. 1.5 Medicamentos Todos têm direito de obter, gratuitamente, os medicamentos necessários para o tratamento da sua saúde, mesmo que não esteja na lista oficial dos chamados medicamentos essenciais. Para isso, a União, os Estados e os municípios dividem as responsabilidades sobre os medicamentos e cada um tem listas de fornecimento obrigatório. Se você precisar de um determinado 12 medicamento, pode acessar a lista de medicamentos essenciais e verificar qual unidade da federação deve fornecê-lo. As listas oficiais estão disponíveis no site do Governo do Brasil, divididas em Grupo 1, Grupo 2 e Grupo 3. Instruções: • Acesse a relação de fármacos e veja se o remédio que o médico prescreveu está em uma das listas dos grupos 1, 2 ou 3. • Tenha o Cartão Nacional de Saúde (CNS) em mãos. O cidadão que ainda não possui o cartão pode fazer um pré- cadastro e gerar um protocolo de atendimento no Portal Saúde do Cidadão. Pelo www.portaldocidadao.saude.gov.br/portalcid adao, o usuário pode consultar o cadastro, imprimir o cartão e verificar o Registro de Ações e Serviços de Saúde. Contudo, o Ministério da Saúde reforça que, mesmo sem o cartão, o paciente pode ter acesso aos remédios. • Compareça até a farmácia do Centro de Saúde mais próximo com o CNS, documento de identificação e a receita médica (SUS ou particular) e solicite a medicação. Pode ser retirada pelo usuário ou responsável legal (com apresentação da carteira de identidade). É importante ressaltar que o medicamento deve ser aprovado pela Anvisa e possuir registro em seus cadastros. 1.5.1 Farmácia Popular O Farmácia Popular é um programa do Governo Federal que disponibiliza dezenas de medicamentos DIREITOS DOS PACIENTES E FAMILIARES http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/agosto/09/Anexo-I-agosto-2017.pdf http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/julho/05/ANEXO-II--05-07-2016.pdf http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/julho/05/ANEXO-III--05-07-2016.pdf http://www.portaldocidadao.saude.gov.br/portalcidadao http://www.portaldocidadao.saude.gov.br/portalcidadao 13 com desconto de até 90%. De acordo com informações do portal do Governo, “segundo o Ministério da Saúde, até abril de 2018, mais de 43 milhões de pessoas foram atendidas pelo programa, que conta com um total de mais de 31 mil estabelecimentos em 4.389 municípios brasileiros. São disponibilizados 42 produtos, sendo 26 gratuitamente”. Clique aqui para acessar a lista de medicamentos disponíveis no Programa. 1.5.2 Rename A Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename) — lista que estabelece os medicamentos que precisam atender às necessidades de saúde prioritárias — contém 972 itens e pode ser acessada aqui. 1.5.3 Dose Certa O Dose Certa é um projeto que distribui gratuitamente 41 tipos de remédios no Estado de São Paulo. Para receber os remédios, você deve se dirigir até um dos postos de distribuição, levando a receita médica emitida por um posto de saúde ou hospital da rede pública, contendo o nome do princípio ativo do medicamento. Na cidade de São Paulo, os remédios são distribuídos em postos localizados nas estações do Metrô.1.6 Autonomia de vontade De acordo com o Idec, o paciente tem autonomia e liberdade para tomar as decisões relacionadas à sua saúde e à sua vida. Isso significa que você pode consentir ou recusar, de forma livre, voluntária e com adequada informação prévia, procedimentos diagnósticos, terapêuticos ou outros atos médicos a serem realizados (art. 7º, III, da Lei 8.080/90). DIREITOS DOS PACIENTES E FAMILIARES http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018/maio/17/Lista-de-Medicamentos.pdf http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/relacao_nacional_medicamentos_rename_2017.pdf 14 Se você não estiver em condição de expressar sua vontade, apenas as intervenções de urgência, necessárias para a preservação da vida ou prevenção de lesões irreparáveis, poderão ser realizadas sem que seja consultada sua família ou pessoa próxima de confiança. Se, antes, você tiver manifestado por escrito sua vontade de aceitar ou recusar tratamento médico, essa decisão deverá ser respeitada (art. 7º, III, da Lei 8.080/90). *Aqui tem Farmácia Popular e Farmácia Dose Certa: imagens oficiais de divulgação. 15 Capítulo 2 DIREITOS DO PACIENTE EM HOSPITAIS PÚBLICOS E PRIVADOS 16 2. Direitos do paciente em hospitais públicos e privados Quem dá entrada num hospital, já se encontra fragilizado física e emocionalmente. Portanto, todo cidadão tem o direito de receber um tratamento digno e respeitoso. Um paciente não pode sofrer nenhum tipo de discriminação, devendo receber o chamado atendimento humanizado. É um atendimento global, que vai considerar não apenas a condição física do paciente, mas também sua condição mental e emocional. Nesse atendimento, o paciente não pode mais ser tratado por códigos, números, ou por sua doença, e deve ser tratado pelo seu nome ou sobrenome, de forma respeitosa. Ao mesmo tempo, o paciente tem todo o direito de ser tratado com respeito às suas individualidades, seus valores éticos, e seus valores pessoais. Os profissionais que atendem o paciente devem ser devidamente identificados através de crachá com nome e setor legíveis. Sempre que acionados, devem fornecer todas as informações cabíveis aos pacientes, da forma mais clara, respeitosa, objetiva e compreensiva possível. (Foto: Pixabay) DIREITOS DOS PACIENTES E FAMILIARES 17 São direitos básicos de todos os pacientes: 2.1 Quanto aos tratamentos • Ser previamente informado antes de qualquer tratamento (salvo em situações de urgência e emergência, como dito anteriormente), e poder consentir ou recusar o tratamento. O mesmo vale para tratamentos experimentais ou que fazem parte de projetos de pesquisa; • Receber informações completas sobre os medicamentos que serão ministrados, incluindo possíveis efeitos colaterais; • Receber informações completas sobre a origem do sangue ou hemoderivados (como plaquetas), em casos de transfusão, hemodiálise, e outros tratamentos que exijam a transfusão de sangue; • Ter direito a acompanhante em exames pré-natais e no parto; • Receber informações adequadas sobre como proceder após a alta para a melhor condução à recuperação e reabilitação; • Indicar um responsável por tomar decisões sobre o tratamento, caso o paciente fique inconsciente ou sejam necessárias decisões sobre o prolongamento de vida; • Ao paciente adolescente, é garantida a individualidade e confidencialidade no atendimento, salvo quando há situações de risco. É dever do médico prescrever a receita médica de forma legível, para que o paciente e o farmacêutico entendam o que foi prescrito. DIREITOS DOS PACIENTES E FAMILIARES 18 2.2 Acompanhamento médico O paciente tem direito ao acompanhamento do médico indicado para sua condição, além de enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos, e terapeutas ocupacionais. Toda a equipe multidisciplinar do hospital pode e deve estar disponível ao paciente para o devido auxílio e melhora de sua condição. 2.3 Condições do hospital O hospital tem que cumprir todas as normas de prevenção e controle de infecção hospitalar, inclusive com registro e certificado em órgãos brasileiros responsáveis. É direito do paciente a garantia da higienização dos itens de uso pessoal, como aventais, toucas, máscaras, bem como também a limpeza apropriada de todo o ambiente e do vestuário de todos os envolvidos no tratamento. Todos os itens médicos devem ser devidamente descartados em lixo apropriado para esse fim ou esterilizados. Os profissionais devem lavar as mãos, usar luvas ou passar álcool nas mãos antes de manipular ou tocar o paciente. 2.4 Direito à informação O paciente tem direito à todas as informações sobre seu caso, que devem estar anotadas em seu prontuário de forma legível, incluindo diagnóstico, tratamentos, medicamentos, exames realizados, hipóteses de diagnóstico, tratamentos, evolução do quadro, dentro outras informações. 2.5 Prioridade de atendimento nos hospitais Em hospitais, gestantes, idosos, crianças, e adolescentes tem garantida a prioridade de atendimento nos serviços de saúde. Só podem ser “ultrapassados” na fila os casos de urgência e emergência. 2.6 Direitos do menor de idade, incapacitados, dependentes ou impossibilitados no hospital Quando há situações em que outras pessoas devem tomar decisões por quem está internado, ou quando é um menor de idade, um incapacitado, ou um impossibilitado que está internado, a autorização pode ser realizada por representante legalmente autorizado ou pelos pais. DIREITOS DOS PACIENTES E FAMILIARES 19 2.7 Preços e valores do hospital No caso de pacientes em hospitais particulares, o paciente deve ter acesso a todos os preços de serviços médicos e hospitalares, bem como todas as contas relativas aos tratamentos, medicamentos, taxas hospitalares e procedimentos realizados. 2.8 Direito ao diagnóstico e a terapia O paciente tem direito a acessar todos os procedimentos terapêuticos e diagnósticos disponíveis no hospital, desde que indicado pelo médico responsável. 2.9 Transporte Caso você não consiga se dirigir ao local onde o atendimento será prestado em razão de sua condição de saúde, o SUS deve se responsabilizar pelo transporte. Isso porque o acesso aos serviços de saúde e o atendimento integral são direitos dos cidadãos, e, no caso, somente serão respeitados quando o paciente conseguir se locomover e receber o tratamento. Esse transporte geralmente fica a cargo da Secretaria de Saúde do Estado ou município. Por isso, é bom ligar e verificar junto à secretaria de sua cidade ou Estado como ter acesso a este direito. Para saber se a sua cidade possui este serviço, você pode entrar em contato com o Ministério da Saúde pelo telefone 0800 61 1997. 2.10 Próteses e órteses O paciente do SUS tem direito a receber próteses e órteses necessárias para a realização de cirurgias ou se for portador de necessidades especiais. É o que garante a Constituição Federal (em especial aos artigos 1º, inciso III, 5º caput, 196 e 198, inciso II) e a Lei que criou o Sistema Único de Saúde (Lei 8080/90), que concede o acesso aos serviços de saúde de maneira eficaz e sem qualquer discriminação. Além disso, o Decreto nº 3.298/99 (artigo 18), que regulamenta a Lei nº 7.853/89, estabelece expressamente que está incluída na assistência integral à saúde da pessoa com deficiência a concessão de órteses, próteses, bolsas coletoras e materiais auxiliares, o que, portanto, deve ser fornecido gratuitamente pelo sistema público de saúde. DIREITOS DOS PACIENTES E FAMILIARES 20 2.11 Transplantes Existe um cadastro de todas as pessoas que precisam de transplantes, separado por órgãos necessitados, tipos sanguíneos e outrasespecificações técnicas, a Lista Única de Receptores. A doação de órgãos pode ser feita por alguém que tenha morte encefálica, desde que a família autorize expressamente, devendo ser observada a ordem da Lista Única para a seleção das pessoas que precisam de transplante. A doação também pode ser feita por um doador vivo como pais, irmãos, filhos, avós, tios, primos e cônjuges ou não parentes, neste último caso mediante autorização judicial. Para acompanhar o andamento da fila, procure a Central de Transplantes na qual o paciente se inscreveu. Para outras informações sobre o assunto, consulte os sites da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos, do Ministério da Saúde ou da Central de Transplantes da Secretaria de Saúde do seu Estado. 2.12 Prontuário É vedado ao médico negar, ao paciente, acesso a seu prontuário, deixar de fornecer cópia quando solicitada e deixar de lhe dar explicações necessárias à sua compreensão, salvo quando ocasionarem riscos ao próprio paciente ou a terceiros. Também é vedada a revelação do prontuário a terceiros. 2.13 Home care Significa atenção à saúde no domicílio, que permite ao paciente ser internado em sua própria residência, como cuidado intensivo e multiprofissional, caracterizado pelo deslocamento de uma parte da estrutura hospitalar para o seu lar. É direcionada a pacientes portadores de doenças crônicas ou agudas. A internação especial não é um desejo do paciente, e sim indicação médica para resguardar a saúde e propiciar o tratamento adequado. DIREITOS DOS PACIENTES E FAMILIARES http://www.abto.org.br/ http://www.abto.org.br/ http://www.saude.gov.br/ http://www.saude.gov.br/ http://www.saude.sp.gov.br/ses/perfil/cidadao/homepage/acesso-rapido/lista-de-espera-para-transplantes 21 Capítulo 3 DEVERES DO PACIENTE E ACOMPANHANTE EM HOSPITAIS PÚBLICOS E PRIVADOS 22 3. Deveres do paciente e acompanhante em hospitais públicos e privados O ramo da saúde é uma via de mão dupla. Para garantir que os direitos do paciente sejam respeitados e cumpridos, ele também deve tomar algumas medidas para que os profissionais da saúde não sejam induzidos ao erro e/ou que uma falha na comunicação seja prejudicial para ambos os lados. Por isso, é importante lembrar: • Pacientes e representantes legais devem fornecer informações precisas e completas durante consultas e internações sobre o histórico de saúde, doenças prévias, queixas, enfermidades e hospitalizações anteriores, história de uso de medicamentos, drogas, reações alérgicas e demais informações relacionadas à saúde; Vale lembrar que o médico e os profissionais envolvidos têm de garantir confidencialidade ao paciente e preservar sua privacidade. • O paciente não deve se automedicar, e deve seguir às orientações e prescrições médicas. Ele também deve expressar se compreendeu todas as informações e orientações recebidas, bem como possíveis complicações que o tratamento e a reabilitação possam causar à sua saúde; • Uma boa comunicação é essencial, e pacientes e responsáveis devem sempre comunicar aos médicos e à equipe do hospital sobre quaisquer fatos e mudanças na condição de saúde; • Aos pacientes, cabe também assumir a responsabilidade pela recusa de exames, procedimentos, e tratamentos, e todas as consequências dessa ação. Já falamos disso anteriormente, mas é sempre bom ressaltar; • Burocraticamente, é dever do paciente estar em mãos com documentos em dia, tais como carteira de identificação com DIREITOS DOS PACIENTES E FAMILIARES 23 foto, CPF, cartão do plano de saúde ou número do SUS, guias de autorização para exames (ou a recusa do plano de saúde), e comprovante de residência (em alguns casos). É obrigação também que o paciente honre seus compromissos financeiros com o hospital, saldando as dívidas com a instituição e os profissionais envolvidos no tratamento; • O paciente, acompanhantes e visitantes devem prezar pelo bem estar de todos no hospital, evitando o fumo, bebidas alcoólicas, e ruído na instituição, além de contribuir com a segurança, limpeza, e bom tratamento a toda a equipe do hospital e a outros pacientes que ali estiverem. 3.1 Onde encontrar meus direitos e deveres? Todo hospital tem um documento com todos os direitos e deveres do paciente. Basta solicitar na recepção ou a um membro da equipe de enfermeiros ou médicos, e eles vão fornecer para você. Fique atento! Os hospitais são obrigados a fornecer essas informações. Caso contrário, você poderá registrar um Boletim de Ocorrência e depois garantir uma reclamação no PROCON ou na Justiça. (Foto: Unsplash) DIREITOS DOS PACIENTES E FAMILIARES DIREITOS DOS PACIENTES E FAMILIARES 24 Capítulo 4 OS MELHORES HOSPITAIS DO BRASIL 25 4. Os melhores hospitais do Brasil Entre os 58 melhores hospitais da América Latina, 16 são brasileiros. Segundo o ranking da revista de negócios América Economia Intelligence de 2018, os critérios de avaliação são: “Segurança e Dignidade do Paciente”, “Capital Humano”, “Eficiência”, “Promoção do Conhecimento” e “Experiência do Paciente”. As instituições participantes poderiam ser públicas, privadas ou universitárias. A tabela, na página seguinte, mostra a posição no ranking, nome do hospital e a cidade onde está localizado. (Foto: Pixabay) 26 Posição no ranking Hospital 1° Hospital Israelita Albert Einstein (São Paulo) 6° Hospital Samaritano de São Paulo 13° Hospital Alemão Oswaldo Cruz (São Paulo) 15° Hospital Moinhos de Vento (Rio Grande do Sul) 18° Hospital São Vicente de Paulo (Rio de Janeiro) 20° Hospital Santa Paula (São Paulo) 21° Hospital Infantil Sabará (São Paulo) 26° Hospital Edmundo Vasconcelos (São Paulo) 27° Beneficência Portuguesa – unidade Mirante (São Paulo) 31° Hospital TotalCor (São Paulo) 40° Hospital Pró Cardíaco (Rio de Janeiro) 41° Hospital Municipal Dr. Moysés Deutsch – M’Boi Mirim (São Paulo) 46° Hospital Marcelino Champagnat (Curitiba) 47° Hospital 9 de Julho (São Paulo) 52° Hospital Samaritano Botafogo (Rio de Janeiro) 55° Hospital Brasília (Brasília) Fonte: Revista América Economia Intelligence https://clustersalud.americaeconomia.com/gestion-hospitalaria/ranking-de-clinicas-y-hospitales-2018-estos-son-los-mejores-de-latinoamerica 27 Capítulo 5 MANUAL DO PACIENTE 28 5. Manual do Paciente Todo hospital deve disponibilizar ao consumidor o Manual do Paciente, seja in loco ou por meios digitais. É a maneira mais simples e rápida para o paciente, acompanhante ou visitante ficar por dentro dos seus direitos e deveres. Apresento abaixo, alguns exemplos de manuais ou ‘guias’ do paciente. Você pode pesquisar no site, ou na unidade de saúde que frequenta sobre este material. • O Hospital Samaritano é considerado um dos melhores hospitais da América Latina. Completou 50 anos de fundação em 2017 e possui alta tecnologia para atendimento de seus pacientes principalmente em exames e cirurgias, tendo como ponto forte as cirurgias de transplantes. Direitos e Deveres do Paciente: http://samaritano.com.br/area-de-pacientes/direito-e- deveres/. • O Hospital Alemão Oswaldo Cruz é um dos primeiros hospitais particulares no Brasil a receber a premiação europeia de excelência. Isso fez com que esse hospital se tornasse referência nacional em diversas áreas, principalmente em oncologia. Manual do Paciente: https://www.hospitaloswaldocruz.org.br/wp- content/uploads/2018/10/manual-paciente-2018.pdf. DIREITOS DOS PACIENTES E FAMILIARES http://samaritano.com.br/area-de-pacientes/direito-e-deveres/ http://samaritano.com.br/area-de-pacientes/direito-e-deveres/https://www.hospitaloswaldocruz.org.br/wp-content/uploads/2018/10/manual-paciente-2018.pdf https://www.hospitaloswaldocruz.org.br/wp-content/uploads/2018/10/manual-paciente-2018.pdf 29 Capítulo 6 TRATAMENTOS DIFERENCIADOS 30 6. Tratamentos diferenciados 6.1 Pacientes com diabetes Pacientes com diabetes têm direito a receber, na unidade de saúde do seu bairro, tiras para fazer testes de glicemia, lancetas para furar o dedo, glicosímetro, insulinas e seringas, além de três medicamentos orais. O paciente deve ir ao posto e se cadastrar, com documento, comprovante de residência e laudo médico. (Foto: Pixabay) 6.2 Pacientes com câncer Além do direito ao tratamento, esse paciente pode sacar o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), tem isenção do imposto de renda na aposentadoria e, quando há alguma limitação física, descontos em impostos na compra de veículo adaptado. O paciente com câncer, dependendo do preenchimento de determinados requisitos, pode usufruir de inúmeros direitos. 31 Atenção! Nem todos os benefícios legais estão diretamente relacionados ao diagnóstico de câncer. Alguns decorrem da incapacidade para o trabalho, da presença de certos tipos de deficiência, da redução da mobilidade ou mesmo de outras condições estabelecidas em lei. Portanto, é preciso verificar, caso a caso, se o paciente preenche os requisitos legais. Existe um prazo máximo para início do tratamento de câncer pelo SUS. O paciente com câncer tem direito de se submeter ao primeiro tratamento no SUS, no prazo de até 60 dias contados a partir do dia em que for assinado o diagnóstico em laudo patológico ou em prazo menor, conforme a necessidade terapêutica do caso registrada em prontuário único. O tratamento será efetivamente considerado iniciado com a realização de terapia cirúrgica ou com o início de radioterapia ou de quimioterapia, conforme a necessidade terapêutica do caso. (Foto: Pixabay) Esse prazo não se aplica a todos os tipos de câncer, como por exemplo ao câncer não melanócito de pele dos tipos basocelular e DIREITOS DOS PACIENTES E FAMILIARES 32 espinocelular, ao câncer de tireoide sem fatores clínicos pré- operatórios prognósticos de alto risco; e aos casos sem indicação de tratamento cirúrgico, quimioterápico ou radioterápico. Neste último caso, os pacientes terão acesso a cuidados paliativos, incluindo-se entre estes o controle da dor crônica. Que providências o paciente com câncer deverá tomar caso o prazo de 60 dias para início do tratamento não seja cumprido? A quem e como reclamar/denunciar? O paciente que não tiver o início do seu tratamento oncológico deverá procurar a Secretaria de Saúde do seu município, pois os fluxos e regulação aos serviços são organizados localmente. O descumprimento da lei sujeitará os gestores direta e indiretamente responsáveis às penalidades administrativas. (Foto: Pixabay) Já reclamei na Secretaria de Saúde do meu município, mas ninguém resolve o meu problema? O que fazer neste caso? Neste caso, a solução é recorrer à Justiça. Para isso, contrate um advogado de sua confiança, para tomar as medidas judiciais cabíveis. Também, o munícipe/contribuinte/paciente pode procurar alguns dos legitimados para promoverem uma ação judicial, podendo ser: a Defensoria Pública, o Ministério Público, a OAB (assistência judiciária gratuita) e as Faculdades de Direito DIREITOS DOS PACIENTES E FAMILIARES 33 conveniadas com a OAB e/ou com órgãos do Poder Judiciário (Justiça Estadual/Federal) ou ir pessoalmente no Juizado Especial Cível. Que documentos devo providenciar para acionar a Justiça? Documentos como RG, CPF, comprovante de residência, Cartão do SUS, laudo do exame patológico, Relatório Médico contendo a identificação da doença, com a especificação da CID (Classificação Internacional de Doenças); descrição detalhada do tratamento recomendado, inclusive a posologia exata e o tempo de uso do medicamento; o nível de urgência da necessidade, destacando o prazo máximo de espera para o início do tratamento e as consequências do desatendimento; e, se for o caso, justificativa da ineficácia das drogas que são normalmente fornecidas na rede pública, de modo a justificar a adoção de tratamento diferenciado. Lei 12.732/12 - Dispõe sobre o primeiro tratamento de paciente com neoplasia maligna comprovada e estabelece prazo para seu início. Portaria nº 874, de 16 de maio de 2013 – Institui a Política Nacional para a Prevenção e Controle do Câncer na Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). É obrigatória a cobertura de quimioterapia oral, realizada fora do ambiente hospitalar? Sim. Desde janeiro de 2014, os planos de saúde contratados a partir de 2 de janeiro de 1999 e adaptados são obrigados a cobrir o tratamento antineoplásico à base de medicamentos orais de administração domiciliar. A ANS estabeleceu uma lista de medicamentos de uso oral em domicílio cuja cobertura é obrigatória, dependendo do tipo e estágio da doença. DIREITOS DOS PACIENTES E FAMILIARES http://www.oncoguia.org.br/pub/10_advocacy/LEI_12732_12.pdf http://www.oncoguia.org.br/pub/10_advocacy/PORTARIA_0874_16_05_2013.pdf 34 Mais detalhes sobre essa lista e suas indicações podem ser conferidos no Portal da ANS. Os planos também devem cobrir medicamentos para controle dos efeitos adversos e adjuvantes a seguir relacionados, conforme protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas estabelecidos pela ANS: • Terapia para anemia com estimuladores da eritropoiese; • Terapia para profilaxia e tratamento de infecções; • Terapia para diarreia; • Terapia para dor neuropática; • Terapia para profilaxia e tratamento da neutropenia com fatores de crescimento de colônias de granulócitos; • Terapia para profilaxia e tratamento da náusea e vômito; • Terapia para profilaxia e tratamento do rash cutâneo; • Terapia para profilaxia e tratamento do tromboembolismo. (Foto: Unsplash) http://www.ans.gov.br/ http://www.ans.gov.br/ 35 O que o paciente precisa fazer para ter acesso aos medicamentos de uso oral em domicílio? A logística para distribuição dos medicamentos antineoplásicos de uso oral em domicílio, bem como para controle de efeitos adversos e adjuvantes fica a cargo de cada operadora de plano de saúde. Desta forma, poderá ser de modo centralizado pela operadora e distribuído diretamente ao paciente; ou o medicamento pode ser comprado em farmácia conveniada; ou, ainda, comprado pelo paciente com posterior ressarcimento (reembolso do consumidor). Ao receber a prescrição médica o paciente deverá entrar em contato com a operadora do seu plano de saúde e obter informações sobre a forma como deverá proceder para ter acesso aos medicamentos prescritos. Meu conselho é que o paciente converse com seu médico. Ele muito provavelmente terá informações mais detalhadas acerca da logística desenvolvida por cada operadora. Em casos de demora para a apreciação do pedido ou negativa injustificada do fornecimento da medicação, o paciente deverá contatar a ANS, através do telefone 0800 701 9656. Para os planos antigos (contratados antes de 1999 e não adaptados), a ANS alega não ter competência para obrigar os planos a observarem o rol de procedimentos. Contudo, a Justiça tem entendido que, mesmo os contratos antigos devem cobrir todos os tratamentos oncológicos, inclusive os medicamentos orais de uso domiciliar. 6.2.1 Auxílio doença É um benefício mensal devido ao segurado pela Previdência Social que, por mais de 15 dias, ficar incapacitado temporariamente para o trabalho em virtude de doença ou acidente. Via de regra, para ter direitoao benefício, o trabalhador precisa contribuir para a Previdência Social por, no mínimo, 12 meses. Todavia, o cumprimento do período de carência deixa de ser exigido em caso DIREITOS DOS PACIENTES E FAMILIARES 36 de acidente do trabalho, bem como quando a incapacidade estiver relacionada à algumas doenças. Clique aqui para saber quais são. Para obter o benefício, o cidadão segurado pela Previdência Social deve comparecer, pessoalmente ou por intermédio de um procurador, a uma Agência da Previdência Social, preencher requerimento próprio, apresentar a documentação exigida e agendar realização de perícia médica. O auxílio-doença também pode ser requerido via Internet no site da Previdência Social ou pelo telefone gratuito 135, que funciona de segunda a sábado, das 7h às 22h. 6.2.2 Saque do FGTS Dentre outros casos previstos em lei, o saque do FGTS pode ser realizado pelo paciente com câncer, AIDS e em estágio terminal de outras doenças. Também pode ser sacado pelo titular da conta que possuir dependente – esposo (a), companheiro (a), pais, sogros, filho e irmão menor de 21 anos ou inválido – portador de alguma dessas doenças. O levantamento pode ser feito em qualquer agência da Caixa Econômica Federal. Importante! Pai e mãe podem sacar o FGTS simultaneamente quando seu filho for paciente com câncer, Aids ou em fase terminal de outra doença. A Justiça tem autorizado o saque do FGTS para outras doenças graves, além destas, ainda que o paciente não esteja em fase terminal. Acesse o site www.oncoguia.org.br para informações mais detalhadas. DIREITOS DOS PACIENTES E FAMILIARES http://www.oncoguia.org.br/conteudo/auxilio-doenca/109/4/ http://www.previdencia.gov.br/conteudoDinamico.php?id=21 http://www.previdencia.gov.br/conteudoDinamico.php?id=21 http://www.oncoguia.org.br/ 37 6.2.3 Isenção do Imposto de Renda Pacientes com câncer ou com outras doenças consideradas graves têm direito à isenção do Imposto de Renda sobre os valores recebidos a título de aposentadoria, pensão ou reforma, inclusive as complementações recebidas de entidades privadas e pensões alimentícias, mesmo que a doença tenha sido adquirida após a concessão da aposentadoria, pensão ou reforma. Benefícios previdenciários como auxílio-doença e auxílio-acidente também já se originam isentos do Imposto de Renda. O paciente deve procurar o órgão responsável pelo pagamento da sua aposentadoria, pensão ou reforma (INSS, União, Estado ou Município) e requerer a isenção do Imposto de Renda que incide sobre esses rendimentos. (Foto: Pixabay) DIREITOS DOS PACIENTES E FAMILIARES 38 Devem ser apresentados os seguintes documentos: Requerimento de isenção de Imposto de Renda, Laudo pericial emitido por serviço médico oficial da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios (de preferência vinculado à própria fonte pagadora – ex.: INSS), com as seguintes informações: Diagnóstico expresso da doença, estágio clínico atual da doença/paciente, se possível, data inicial da manifestação da doença, CID – Classificação Internacional de Doenças, data, nome e CRM do médico com a devida assinatura e exames que comprovem a existência da doença. 6.3 Pacientes ostomizados Paciente ostomizado é aquele que precisou passar por uma intervenção cirúrgica para fazer no corpo uma abertura ou caminho alternativo de comunicação com o meio exterior, para a saída de fezes ou urina, assim como auxiliar na respiração ou na alimentação. Essa abertura chama-se estoma. Muitos procedimentos cirúrgicos necessários para tratamento do câncer acabam gerando estomas. Os chamados “Serviços de Atenção às Pessoas Ostomizadas”, são unidades de saúde especializadas para assistência às pessoas com estoma. (Foto: Pixabay) 39 Esses serviços devem desenvolver ações de reabilitação que incluem as orientações para o autocuidado, a prevenção, o tratamento de complicações no estoma, a capacitação de profissionais e o fornecimento de equipamentos coletores e de proteção e segurança (bolsas coletoras, barreiras protetoras de pele sintética, coletor urinário). Devem também ter equipe multiprofissional, equipamentos e instalações físicas adequadas integradas à estrutura física dos centros de saúde. Você sabia? Pessoas ostomizadas possuem os mesmos direitos que a lei garante às pessoas com deficiência. Pessoas ostomizadas são consideradas portadoras de deficiência física e, em razão disso, podem usufruir dos direitos que a lei garante às pessoas com deficiência, desde que cumpridos os demais requisitos (ex.: compra de veículos adaptados com isenção de impostos, Benefício da Prestação Continuada, isenção da tarifa em transporte urbano coletivo, entre outros). O Decreto nº 3.298, de 20/12/1999 (art. 4º, inciso I; art. 19, parágrafo único, IX) - Regulamenta a Lei nº 7.853, de 24 de outubro de 1989, dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, consolida as normas de proteção e dá outras providências. DIREITOS DOS PACIENTES E FAMILIARES http://www.oncoguia.org.br/pub/10_advocacy/DECRETO_3298_99.pdf 40 Capítulo 7 PACIENTE COM PLANO DE SAÚDE 41 7. Paciente com plano de saúde Um levantamento da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) revela que houve crescimento no número de pessoas que contrataram planos de saúde em 2018. Somente em São Paulo, 17 milhões de pessoas possuem planos de assistência médica e outras 8 milhões mantêm planos odontológicos. No Brasil, até abril do ano passado, existiam 47,3 milhões de beneficiários em planos médico-hospitalares, 34,7 mil a mais no comparativo com o mesmo período de 2017. (Foto: Pixabay) 7.1 Formas de contratação Plano de saúde individual/familiar - Contratado diretamente pelo beneficiário, com ou sem seu grupo familiar. Plano de saúde coletivo empresarial - Contratado por uma empresa ou instituição para seus funcionários, com ou sem seus respectivos grupos familiares. 42 Plano de saúde coletivo por adesão - Contratado por pessoa jurídica de caráter profissional, classista ou setorial, com ou sem seus respectivos grupos familiares. 7.2 Tipos de Cobertura Assistencial Plano ambulatorial - Inclui os atendimentos em consulta, sem limite de quantidade, e os procedimentos diagnósticos e terapêuticos para os quais não seja necessária internação hospitalar, além de cobertura para pré-natal. Plano hospitalar sem obstetrícia - Inclui os atendimentos e procedimentos realizados durante a internação hospitalar, inclusive as cirurgias odontológicas buco-maxilares. Esse plano não oferece cobertura ambulatorial, ou seja, não dá direito a consultas, exames, tratamentos e outros procedimentos feitos sem internação hospitalar. Plano hospitalar com obstetrícia - Além do que está incluído no plano sem obstetrícia, o plano com obstetrícia inclui pré-natal, parto e pós-parto. É garantido o atendimento ao recém-nascido, por 30 dias, assim como sua inscrição como dependente sem o cumprimento de carências pelo bebê, desde que elas tenham sido cumpridas anteriormente pelo titular do plano. Plano odontológico - Inclui os procedimentos odontológicos realizados em consultório. As cirurgias odontológicas que necessitem de estrutura hospitalar só serão integralmente cobertas se o plano hospitalar também tiver sido contratado. Plano referência - Garante assistência ambulatorial, hospitalar e obstetrícia, com acomodação em enfermaria, no território nacional. Este tipo de plano deve ser obrigatoriamente oferecido pelas empresas que vendem planos de saúde. Combinações de planos - As empresas que vendem planosde saúde podem oferecer combinações diferentes tipos de planos. Caberá ao consumidor escolher o que for mais conveniente às suas necessidades. 7.3 Época da Contratação do Plano Plano antigo - Contrato celebrado antes de 2 de janeiro de 1999 (início da vigência da Lei nº 9.656/98 - Lei dos Planos e Seguros 43 de Saúde). A ANS entende que esses contratos não estão sujeitos à sua fiscalização, nem aos termos da Lei dos Planos de Saúde. Muitas vezes, esses contratos trazem cláusulas com exclusões e limitações no atendimento, a exemplo de procedimentos relacionados a doenças crônicas ou infecciosas, como AIDS, Câncer, Diabetes, Doenças do Coração, entre outras. Algumas cláusulas restritivas de direitos presentes nos contratos dos planos antigos são manifestamente abusivas de acordo com o Código de Defesa do Consumidor e, por isso, o Poder Judiciário as considera nulas. Plano novo - Contrato celebrado a partir do dia 2 de janeiro de 1999. Sujeitam-se à fiscalização da ANS, bem como aos dispositivos da Lei dos Planos de Saúde e do Código de Defesa do Consumidor. Nos contratos novos, os planos estão obrigados a cobrir todas as doenças listadas na CID (Classificação Internacional de Doenças), da Organização Mundial de Saúde. Ainda assim, há diversos abusos e limitações de atendimento ao paciente, situação que pode ser revertida por meio de reclamação à ANS ou questionamentos judiciais. Plano adaptado - Contrato celebrado antes de 2 de janeiro de 1999, mas posteriormente adaptado às regras da Lei dos Planos e Seguros de Saúde, passando a garantir as mesmas coberturas presentes nos contratos novos. Pelas normas da ANS hoje vigentes, o aumento da mensalidade do plano, no caso de adaptação, não poderá ser superior a 20,59%, não precisando o beneficiário cumprir novos prazos de carência. 7.4 Reajuste Se o contrato do plano de saúde for um contrato individual/familiar e elaborado depois de 2 de janeiro de 1999, o mesmo precisa seguir as regras da Lei 9.656, que determina que o reajuste do valor do plano poderá ser feito de acordo com a mudança de faixa etária. A partir dos 59 anos, o valor deve ser, no DIREITOS DOS PACIENTES E FAMILIARES DIREITOS DOS PACIENTES E FAMILIARES http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104153/lei-9656-98 44 máximo, seis vezes superior ao valor da faixa inicial. Na contratação de plano coletivo, as regras de aumento não sofrem intervenção da ANS e os aumentos podem ser superiores. Existem 10 faixas etárias, as quais admitem o reajuste do preço do plano: 0 a 18 anos 19 a 23 anos 24 a 28 anos 29 a 33 anos 34 a 38 anos 39 a 43 anos 44 a 48 anos 49 a 53 anos 54 a 58 anos 59 anos ou mais 7.5 Prazos O plano deve garantir o atendimento dentro dos prazos máximos: pediatria, clínica médica, cirurgia geral, ginecologia e obstetrícia, em até sete dias. Consultas com demais especialidades: 14 dias. Os serviços de diagnóstico por laboratório de análises clínicas em regime ambulatorial devem ser em no máximo três dias. 7.6 Carência Há períodos máximos de carência após contratar um plano: 24h para urgência e emergência; 180 dias para internações, cirurgias e procedimentos de alta complexidade; 300 dias para parto, segundo a ANS. A operadora pode ofertar prazos menores, constando no contrato. 45 7.7 Portabilidade O usuário de plano de saúde tem possibilidade de mudar de plano sem necessariamente cumprir a carência. Ela é obrigatória nos planos individuais e familiares. Nos coletivos, tem de passar por adesão, mas há critérios: o paciente tem de ter ficado no mínimo dois anos no plano anterior e três anos caso ele tenha alguma doença pré-existente. Para uma segunda portabilidade, esses prazos reduzem para um ano. 7.8 Aposentado e demitido O trabalhador demitido sem justa causa e aposentado tem o direito de manter a condição de beneficiário de plano de saúde nas mesmas condições de cobertura assistencial, desde que assuma o pagamento integral. Existem alguns questionamentos sobre o tempo dessa manutenção, porém em sua grande maioria os tribunais dão prazo de 24 meses. (Foto: Pixabay) DIREITOS DOS PACIENTES E FAMILIARES 46 7.9 Falta de pagamento Quando há cancelamento do contrato ou falta de atendimento pelo não pagamento, a operadora só pode fazê-lo unilateralmente em caso de fraude ou quando o consumidor atrasar o pagamento do plano de saúde por mais de 60 dias no ano, consecutivos ou não. O usuário, porém, precisa ser notificado até o 50º dia de inadimplência, tanto sobre a falta de pagamento quanto ao risco de cancelamento. 7.10 Cobertura Caso haja negativa de cobertura de exames e procedimentos por parte do plano, ainda que prevista em contrato, tal cláusula é nula e abusiva. A pessoa deve ser atendida na rede credenciada, pois a função do contrato é garantir o pagamento das despesas médico-hospitalares. 7.11 Consultas de retorno Consultas de retorno não podem ser cobradas pelos médicos, mas o médico pode fixar um prazo suficiente para os exames serem feitos e o retorno agendado. 7.12 Vaga de internação Se não existem leitos disponíveis para internação nos hospitais credenciados pelo plano de saúde, ele deverá indicar outro para o consumidor. O consumidor não pode ficar sem tratamento por falta de leito. 7.13 Aviso de descredenciamento Exige-se que o consumidor e a ANS sejam avisados sobre o rompimento do atendimento de médicos e laboratórios com ao menos 30 dias de antecedência, sendo o profissional ou laboratório substituído por outro. DIREITOS DOS PACIENTES E FAMILIARES 47 7.14 Perguntas e Respostas Posso ser impedido de contratar um plano pelo fato de já possuir alguma doença ou lesão? Não! A Lei dos Planos e Seguros de Saúde garante a todos o direito de contratar um plano de saúde. Quando você for portador de doença ou lesão preexistente, poderá sofrer restrição ao uso do plano durante o prazo máximo de 24 meses, porém, somente para procedimentos de alta complexidade, eventos cirúrgicos e leitos de alta tecnologia (UTI e similares) relacionados à doença declarada. Ao preencher sua declaração de saúde, sempre informe as doenças ou lesões de que saiba ser portador. (Foto: Pixabay) O que pode acontecer se eu omitir alguma informação sobre doenças ou lesões preexistentes na declaração de saúde? A omissão de informações sobre doenças ou lesões preexistentes pode ser considerada fraude e levar à suspensão ou à rescisão do contrato, mas isso apenas pode ocorrer após o julgamento de processo administrativo pela ANS aberto a pedido da operadora. Enquanto o processo administrativo estiver em análise, os atendimentos pelo plano não poderão ser suspensos ou cancelados. Se a fraude for confirmada pela ANS, além da suspensão ou rescisão do plano, você poderá ser obrigado a reembolsar a operadora todos os gastos com a doença ou lesão preexistente. DIREITOS DOS PACIENTES E FAMILIARES 48 Posso ser obrigado pela operadora do plano a realizar algum exame antes da contratação? Sim. O interessado em contratar um plano de saúde poderá ser submetido à perícia ou a exame para constatação ou não de alguma doença ou lesão preexistente. Se realizado esse procedimento, a operadora não poderá alegar qualquer omissão de informação sobre doença ou lesão preexistente na declaração de saúde. É obrigatória a cobertura da cirurgia plástica reconstrutiva da mama decorrente do tratamento de câncer? Sim. A lei exige a cobertura da cirurgia de reconstrução mamária para os contratos celebrados a partir de 2 de janeiro de 1999. Há decisões dos tribunais garantindo tal cobertura mesmo em planos antigos. Osplanos de saúde podem limitar o tempo de internação do paciente? Não, não pode! É vedado o estabelecimento de prazo máximo de internação hospitalar, seja em enfermaria, apartamento ou leitos de alta tecnologia (CTI, UTI ou similares). Não se deixe ser enganado! Cabe somente ao seu médico determinar o tempo necessário de internação. Se meu plano cobrir somente acomodação em enfermaria e não houver leito disponível no momento da internação, preciso pagar por quarto particular? Não. Nesse caso, o acesso será garantido em uma acomodação de nível superior, sem custo adicional ao beneficiário do plano. DIREITOS DOS PACIENTES E FAMILIARES 49 É permitida a cobrança de cheque-caução por parte da rede prestadora? É proibida, em qualquer situação, a exigência de cheque-caução, depósito de qualquer natureza, nota promissória ou quaisquer outras formas de garantia de pagamento por parte da rede prestadora no ato ou anteriormente à prestação do serviço. Se você estiver com alguma dúvida, Pergunte Pro Tannuri! Meu site é bem fácil de decorar: www.pergunteprotannuri.com.br. http://www.pergunteprotannuri.com.br/ 50 Capítulo 8 FUNCIONÁRIOS BEM TREINADOS, SEGURANÇA GARANTIDA: HOSPITAIS SÃO RESPONSÁVEIS POR GOLPES APLICADOS EM CONSUMIDORES 51 8. Funcionários bem treinados, segurança garantida: hospitais são responsáveis por golpes aplicados em consumidores Infelizmente, em nosso país existem muitas pessoas de má fé e má índole que acabam aplicando golpes nos consumidores que utilizam serviços de saúde, sejam eles pacientes ou seus familiares. Golpes aplicados em pessoas que têm parentes internados em UTIs chamaram a atenção de órgãos de defesa do consumidor nos últimos dois anos, e a responsabilidade pelo vazamento de informações sigilosas sobre os pacientes é dos hospitais! Em 2017, uma mulher, que não quis se identificar, acreditou na história de um falso médico. O homem disse que o marido, internado em estado grave, devia pagar para fazer exames com urgência. Ela não suspeitou porque o bandido tinha muitas informações. ‘O golpista sabia o meu nome, sabia o nome dele. Sabia que ele estava no CTI e sabia qual o plano de saúde’, contou a uma reportagem de um importante jornal televisivo. Crimes assim chegam a lucrar mais de R$ 200 mil por mês, mesmo tendo, segundo a polícia, menos de 10% de sucesso nas abordagens com vítimas e funcionários de hospitais. 8.1 Então... o que fazer? A Federação Brasileira dos Hospitais reconhece que um bom treinamento é o primeiro passo para evitar que funcionários sejam manipulados por pessoas de má fé, desde que haja um compromisso da gestão desses hospitais em treinar seu pessoal e aumentar sua segurança para que o paciente evite de cair nesse tipo de golpe. 8.1.1 Colocação de avisos nos corredores e consentimento É recomendado que os pacientes assinem um documento para provar que foram alertados sobre o problema. Mas o Instituto de Defesa do Consumidor afirma que a responsabilidade sobre o vazamento de dados dos pacientes é sempre dos hospitais. DIREITOS DOS PACIENTES E FAMILIARES http://fbh.com.br/ 52 “Esses golpes são aplicados com informações que são contidas em prontuários médicos. Esse tipo de informação é delicado, e ela está sob a guarda e acesso muito restrito do estabelecimento de saúde. Se essa informação vazou, algum dever de sigilo e de guarda foi negligenciado. Então, mesmo que seja possível avisar o paciente da ocorrência do golpe, ainda assim a responsabilidade dessas prestadoras, do hospital, do estabelecimento de saúde permanece”. Essas informações foram coletadas aqui. 8.1.2 Procedimentos de segurança Alguns protocolos devem ser criados e obedecidos à risca para diminuir a chance de efetividade do golpe. A pessoa que estiver fornecendo a informação a terceiros, deve ter certeza de que aquele recebedor da informação é um profissional de saúde. O ideal é criar algum tipo de código, uma palavra-chave, uma senha, qualquer coisa que prove que a conversa é com um profissional cadastrado e não um criminoso. (Foto: Pixabay) http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2017/08/hospitais-tem-responsabilidade-por-golpes-diz-direito-do-consumidor.html 53 Capítulo 9 LEGISLAÇÃO 54 9. Legislação Destaco abaixo, algumas das principais leis relacionadas a tudo que estamos tratando neste e-book. Se você estiver com alguma dúvida ou precisar de esclarecimentos mais aprofundados, não hesite em me procurar! Lei nº 9.656, de 03/06/1998 – Dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à saúde. Lei n°12.880, de 12/11/2013 - Altera a Lei no 9.656, de 3 de junho de 1998, que "dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à saúde”, para incluir tratamentos entre as coberturas obrigatórias. Resolução Normativa ANS nº 44, de 24/7/2003 - Dispõe sobre a proibição da exigência de caução por parte dos Prestadores de serviços contratados, credenciados, cooperados ou referenciados das Operadoras de Planos de Assistência à Saúde. Resolução Normativa ANS nº 186, de 14/1/2009 – Dispõe sobre a regulamentação da portabilidade das carências e sem a imposição de cobertura parcial temporária. Resolução Normativa ANS nº 254, de 5/5/2011 – Dispõe sobre a adaptação e migração para os contratos celebrados até 1º de janeiro de 1999. Resolução Normativa ANS nº 259, de 17/6/2011 - Dispõe sobre a garantia de atendimento dos beneficiários de plano privado de assistência à saúde e altera a Instrução Normativa – IN nº 23, de 1º de dezembro de 2009, da Diretoria de Normas e Habilitação dos Produtos – DIPRO. Resolução Normativa ANS nº 279, de 24/11/2011 – Dispõe sobre a regulamentação dos artigos 30 e 31 da Lei nº 9.656, de 3 de junho de 1998, e revoga as Resoluções do Consu nºs 20 e 21, de 7 de abril de 1999. Resolução Normativa ANS nº 387, de 28/10/2015 - Atualiza o Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, que constitui a referência básica para cobertura assistencial mínima nos planos privados de assistência à saúde, contratados a partir de 1º de janeiro de 1999; fixa as diretrizes de atenção à saúde; revoga as Resoluções DIREITOS DOS PACIENTES E FAMILIARES http://www.oncoguia.org.br/pub/10_advocacy/LEI_9656_98.pdf http://www.oncoguia.org.br/pub/10_advocacy/L12880_2013.pdf http://www.oncoguia.org.br/pub/10_advocacy/RN_44_03_ans.pdf http://www.oncoguia.org.br/pub/10_advocacy/RN_186_09_ans.pdf http://www.oncoguia.org.br/pub/10_advocacy/RN_254_11_ans.pdf http://www.oncoguia.org.br/pub/10_advocacy/rn259-11-ans.pdf http://www.oncoguia.org.br/pub/10_advocacy/RN_279_11_ans.pdf http://www.oncoguia.org.br/pub/10_advocacy/RN_387_15.pdf 55 Normativas - RN nº 338, de 21 de outubro de 2013, RN nº 349, de 9 de maio de 2014; e dá outras providências. (Foto: Unsplash) 56 Capítulo 10 REFERÊNCIAS 57 10. Referências ANS - http://www.ans.gov.br/perfil-do-setor/dados-gerais Direitos do Consumidor e golpes nos hospitais - http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2017/08/hospitais-tem- responsabilidade-por-golpes-diz-direito-do-consumidor.html Direitos sociais da pessoa com câncer - http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/direitos_sociais_pessoa_ca ncer_3ed.pdf Federação Brasileira dos Hospitais - http://fbh.com.br/ Fundação do Câncer - https://www.cancer.org.br/sobre-o- cancer/eventos-e-campanhas/nossas-campanhas/direitos-do-paciente- com-cancer/ Governo Federal - http://www.brasil.gov.br/noticias/saude/2018/06/ans-17-milhoes-de- pessoas-tem-plano-de-saude-particular-em-sao-paulo HospitaisBrasil – e-books - http://portalhospitaisbrasil.com.br/ebooks/ IBGE - https://www.ibge.gov.br/estatisticas- novoportal/sociais/saude.html IDEC - https://idec.org.br/consultas/dicas-e-direitos/sus-conheca-os- seus-direitos INCA - https://www.inca.gov.br/perguntas-frequentes/direitos-sociais- da-pessoa-com-cancer JusBrasil - https://posocco.jusbrasil.com.br/noticias/407793198/vinte-direitos- dos-pacientes-atendimento-pelo-sus-e-particular http://www.ans.gov.br/perfil-do-setor/dados-gerais http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2017/08/hospitais-tem-responsabilidade-por-golpes-diz-direito-do-consumidor.html http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2017/08/hospitais-tem-responsabilidade-por-golpes-diz-direito-do-consumidor.html http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/direitos_sociais_pessoa_cancer_3ed.pdf http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/direitos_sociais_pessoa_cancer_3ed.pdf http://fbh.com.br/ https://www.cancer.org.br/sobre-o-cancer/eventos-e-campanhas/nossas-campanhas/direitos-do-paciente-com-cancer/ https://www.cancer.org.br/sobre-o-cancer/eventos-e-campanhas/nossas-campanhas/direitos-do-paciente-com-cancer/ https://www.cancer.org.br/sobre-o-cancer/eventos-e-campanhas/nossas-campanhas/direitos-do-paciente-com-cancer/ http://www.brasil.gov.br/noticias/saude/2018/06/ans-17-milhoes-de-pessoas-tem-plano-de-saude-particular-em-sao-paulo http://www.brasil.gov.br/noticias/saude/2018/06/ans-17-milhoes-de-pessoas-tem-plano-de-saude-particular-em-sao-paulo http://portalhospitaisbrasil.com.br/ebooks/ https://www.ibge.gov.br/estatisticas-novoportal/sociais/saude.html https://www.ibge.gov.br/estatisticas-novoportal/sociais/saude.html https://idec.org.br/consultas/dicas-e-direitos/sus-conheca-os-seus-direitos https://idec.org.br/consultas/dicas-e-direitos/sus-conheca-os-seus-direitos https://www.inca.gov.br/perguntas-frequentes/direitos-sociais-da-pessoa-com-cancer https://www.inca.gov.br/perguntas-frequentes/direitos-sociais-da-pessoa-com-cancer https://posocco.jusbrasil.com.br/noticias/407793198/vinte-direitos-dos-pacientes-atendimento-pelo-sus-e-particular https://posocco.jusbrasil.com.br/noticias/407793198/vinte-direitos-dos-pacientes-atendimento-pelo-sus-e-particular 58 Medicamentos gratuitos – Governo Federal: http://www.brasil.gov.br/noticias/saude/2018/08/saiba-como-ter- acesso-a-medicamentos-gratuitos Ministério da Saúde - http://portalms.saude.gov.br/dados-e- indicadores-da-saude Oncoguia – direitos dos pacientes com câncer - http://www.oncoguia.org.br/direitos-dos-pacientes/ Politize – https://www.politize.com.br/panorama-da-saude/#toggle-id-1 Portal do Cidadão - https://portaldocidadao.saude.gov.br/portalcidadao/index.htm Ranking dos melhores hospitais - https://clustersalud.americaeconomia.com/gestion- hospitalaria/ranking-de-clinicas-y-hospitales-2018-estos-son-los- mejores-de-latinoamerica SP possui a maior rede de hospitais de combate ao câncer do Brasil - http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/ultimas-noticias/sp-possui- a-maior-rede-de-hospitais-de-combate-ao-cancer-do-pais/ Saúde Melhor - https://www.saudemelhor.com/direitos-paciente- internado-hospital/ http://www.brasil.gov.br/noticias/saude/2018/08/saiba-como-ter-acesso-a-medicamentos-gratuitos http://www.brasil.gov.br/noticias/saude/2018/08/saiba-como-ter-acesso-a-medicamentos-gratuitos http://portalms.saude.gov.br/dados-e-indicadores-da-saude http://portalms.saude.gov.br/dados-e-indicadores-da-saude http://www.oncoguia.org.br/direitos-dos-pacientes/ https://www.politize.com.br/panorama-da-saude/#toggle-id-1 https://portaldocidadao.saude.gov.br/portalcidadao/index.htm https://clustersalud.americaeconomia.com/gestion-hospitalaria/ranking-de-clinicas-y-hospitales-2018-estos-son-los-mejores-de-latinoamerica https://clustersalud.americaeconomia.com/gestion-hospitalaria/ranking-de-clinicas-y-hospitales-2018-estos-son-los-mejores-de-latinoamerica https://clustersalud.americaeconomia.com/gestion-hospitalaria/ranking-de-clinicas-y-hospitales-2018-estos-son-los-mejores-de-latinoamerica http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/ultimas-noticias/sp-possui-a-maior-rede-de-hospitais-de-combate-ao-cancer-do-pais/ http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/ultimas-noticias/sp-possui-a-maior-rede-de-hospitais-de-combate-ao-cancer-do-pais/ https://www.saudemelhor.com/direitos-paciente-internado-hospital/ https://www.saudemelhor.com/direitos-paciente-internado-hospital/ 59
Compartilhar