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PROCEDIMENTOS ESPECIAIS NA LEGISLAÇÃO ESPARSA 1- Quando surgiu e quais as funções dos juizados especiais civis no Brasil? R: Surge no Brasil por volta da 1982 na Região do Rio Grande do sul conselho de conciliação e depois disseminado para outros estados, originando a lei 7.244/84 que instituiu no Brasil os juizados de pequenas causas, sua ideia evoluiu adquirindo contornos Constitucionais CF/88, culminando com a criação da Lei 9099/95 dos juizados especiais cíveis. Conforme art. 98, I da CF/88, e artigo 5º, XXXV Lei 9099/95 – Lei dos Juizados Especiais regidos por alguns princípios compatíveis com a facilitação do acesso à Ljustiçai. Princípios: - Oralidade -Simplicidade -Informalidade -Economia processual e Celeridade Objetivo da Lei 9.0099/95 O juizado especial cível é um órgão do Poder Judiciário responsável pelo processamento de ações de menor complexidade. Tem como intuito promover a conciliação entre as partes e proporcionar um processo célere, econômico e efetivo possibilitando ao cidadão o acesso ao Poder Judiciário. Nesse sentido aduz Andrighi e Beneti (1996, p. 19) que os Juizados foram criados como um meio de ampliar o acesso ao Poder Judiciário, possibilitando que o cidadão, lesado em direitos de menor complexidade e de reduzido valor econômico, não se desestimule em buscar a proteção dos seus direitos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANDRIGHI, Fátima Nancy. BENETI, Sidnei Agostinho. Juizados especiais cíveis e criminais. Belo Horizonte: Del Rey, 1996. 2- Como inicia-se o procedimento do Juizado Especial Cível? R: Inicia-se com a petição inicial. Destaque-se que o autor poderá aditar o pedido até o momento da audiência de instrução e julgamento (Enunciado 157 do FONAJE). Em seguida será o réu citado para a comparecer em audiência de conciliação. As partes devem obrigatoriamente estar presentes em audiência (Enunciado 20 do FONAJE). A ausência do autor em audiência resulta no arquivamento do processo e condenação em custas (Artigo 51, I da Lei 9.099/95 e Enunciado 28 do FONAJE), a ausência do réu em audiência resulta em revelia (Artigo 20 da Lei 9.099/95). A pessoa jurídica quando autora deve estar representada em audiência pelo empresário individual ou pelo sócio dirigente (Enunciado 141 do FONAJE) e quando ré pode estar representada por preposto (Artigo 9º, § 4º da Lei 9.099/95). É proibido figurar como advogado e preposto simultaneamente (Enunciado 98 do FONAJE). Obtida a conciliação, esta será reduzida a escrito e homologada pelo Juiz togado, mediante sentença com eficácia de título executivo (Artigo 22, § único da Lei 9.099/95). O réu deverá apresentar contestação até a audiência de instrução e julgamento (Enunciado 10 do FONAJE) sendo cabível pedido contraposto (Artigo 31 da Lei 9.099/95 e Enunciado 31 do FONAJE). Poderá haver uma segunda audiência (de instrução e julgamento) onde serão ouvidas as partes e as testemunhas (3 para cada parte, Artigo 34 da Lei 9.099/95), conforme Artigo288 da Lei9.0999/95. Após tudo será proferida a sentença, da qual caberá recurso inominado para a Turma Recursal (Artigos 41 e 42 da Lei 9.099/95). Do acórdão da Turma Recursal caberá reclamação ao Tribunal de Justiça (Súmula 203 do STJ e Artigo 1º da RESOLUÇÃO STJ/GP N. 3 DE 7 DE ABRIL DE 2016) e recurso extraordinário (Enunciados 63 e 84 do FONAJE e Súmula 640 do STF). De todas as decisões cabem embargos de declaração (Artigo 1.022 do CPC). 3- Quais os prazos e classificação dos prazos? R: Em seu artigo 1003, § 5o, o Novo CPC/15 estabelece que “executados os embargos de declaração, o prazo para interpor os recursos e para responder-lhes é de 15 (quinze) dias. Umas das alterações advindas do Novo CPC/2015, em seu artigo 219, foi a determinação de que, na contagem dos prazos, tanto nos prazos estabelecidos pela legislação quanto nos prazos estabelecidos pelo magistrado, consideram-se apenas os dias úteis. EXECUÇÃO DE ALIMENTOS. FUNDADA EM TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL OU EXTRAJUDICIAL. PROCEDIMENTOS. 1 - O que é uma ação de execução de alimentos? Quais as formas de pedir essa execução? E quem pode pedir? R: A execução de alimentos é um meio pelo qual o alimentado pode pedir judicialmente que o alimentante ora devedor pague parcelas relacionadas a alimentos que encontra-se em atraso. No caso da ação de execução de alimentos, o exequente poderá pedir no judiciário que o executado cumpra com essa obrigação, que poderá ser pelo rito de expropriação(Penhora), ou pelo rito da prisão, dependendo das parcelas vencidas e não pagas. Na ação de execução de alimentos, o exequente que pode ser filho(a), ex esposo(a), pais, desde que estes citados possuam um titulo executivo a seu favor, poderão conforme o que descreve o título, pedir que o executado cumpra com essa obrigação. 2 – Explique como o código de processo civil regulamenta o procedimento da cobrança de alimentos. R: É possível buscar a cobrança de alimentos por meio de quatro procedimentos que são: A) Cumprimento de sentença ou decisão interlocutória para a cobrança de alimentos pelo rito da prisão ( Artigo 528 ao 533 do CPC). B) Cumprimento de sentença decisão interlocutória para a cobrança pelo rito da expropriação ( Artigo 528,parágrafo 8° do CPC). C) Execução de título executivo extrajudicial, mediante ação judicial, visando a cobrança pelo rito da prisão ( Artigo 911 do CPC). D) Execução de título executivo extrajudicial, pelo rito da expropriação ( Artigo 913 do CPC). 3 – Pelo rito da prisão, quanto tempo o executado poderá ficar preso pelo não pagamento da dívida de alimentos? E essa dívida extingue-se pela prisão do devedor? Essa ação de execução de alimentos tem trânsito em julgado? R: Segundo o artigo 528, parágrafo 3° do CPC o executado que não pagar ou se a sua justificativa não for aceita pelo juiz, o mesmo decretar-lhe-á a prisão de 1 a 3 meses. Essa obrigação não extingue-se pelo simples fato da prisão do devedor, essa cobrança ainda poderá seguir pelo rito da expropriação. A ação de execução de alimentos pode a qualquer tempo, enquanto durar a referida obrigação de pagar ser revista, lembrando que a mesma só extingue-se com a morte do alimentado ou quando o mesmo preenche os requisitos determinados em lei para que a dívida seja considerada quitada, sem ônus para o executado.
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