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Marketing de Eventos UNIDADE 2 1 UNIDADE II – MARKETING DE EVENTOS PAlAVRAS DO PROfESSOR Olá, querido alun@! Vamos iniciar a nossa segunda unidade! Seguindo as recomendações que já fizemos de leitura, atividades e consultas você terá domínio dos principais conteúdos da unidade, ok? Especialmente neste conteúdo, você terá oportunidade de compreender o que vem durante e depois do evento, ou seja, verá muito além do momento da realização e do que os participantes podem ver. Entenderá que até chegar ao evento existe um caminho de planejamento, elaboração de pré-projeto e projeto, conhecerá as etapas de realização, como analisar os resultados no pós-evento, e um dos itens que geram mais dificuldades: a análise financeira do evento. Nesta segunda unidade vamos abordar os seguintes assuntos: 1. Planejamento e coordenação de um evento; 2. Pré-projeto; 3. Projeto; 4. Etapas da realização de um evento; 5. Análise dos resultados; 6. Pós-evento; 7. Administração financeira de eventos; 8. Orçamento. Vamos lá! Bons estudos! PlANEJAMENTO E COORDENAÇÃO DE UM EVENTO Como toda e qualquer atividade, para que os objetivos sejam plenamente atingidos, é fundamental que se faça um criterioso planejamento. Saber exatamente o que deve ser feito, quando, por quem e como, são alguns questionamentos que ao planejar o evento, o produtor ou organizador deve responder. Para concretizar a ideia de um evento com sucesso, algumas etapas devem ser seguidas: Planejamento (objetivos e metas); Pré-produção (análise da viabilidade do projeto); Produção (estratégia de ação, o que precisa ser feito); Divulgação (torná-lo conhecido); Realização (concretização do planejamento); Pós-evento (prestação de contas) 2 E para isto alguns instrumentos como o pré-projeto e o projeto devem ser utilizados para transferir a ideia para o plano mais concreto, ou seja, materializá-la. PRÉ-PROJETO È um instrumento que formaliza a ideia do evento, porém antecede o projeto. É mais simples em sua estrutura, pois apresenta um resumo do que será o projeto e serve como “rascunho” para possíveis alterações ou adaptações de acordo com a necessidade. Possui os seguintes itens: Título do projeto: nome do evento; Identificação do projeto (resumo): uma breve apresentação do que o leitor encontrará nas próximas páginas; Justificativas: os motivos pelos quais é relevante que o evento aconteça e quais suas contribui- ções para a sociedade ou para o público-alvo; Definição dos objetivos: onde se quer chegar com o evento. O que se deseja alcançar ao final da sua realização; Organização do evento (descrição do público-alvo, audiência estimada, local e pe- ríodo da realização, atividades a serem desenvolvidas): aqui são informações mais descritivas e mínimas a respeito da realização do evento; Orçamento previsto: uma planilha orçamentária com os custos mínimos para que o evento aconteça; Retorno esperado: o que se espera como retorno de público (quantidade e qualidade), de mídia (toda divulgação esperada) e de imagem (retorno de visibilidade para investidores). PROJETO Aqui é o instrumento mais definitivo e completo sobre o evento. É um dossiê, pois nele contêm todas as informações e documentos relativos à ideia do mesmo. Vamos aos itens que compõem o projeto: Título do projeto: nome do evento (a preferência é que o nome do projeto seja o nome do evento para firmar uma identidade); Identificação do projeto (resumo): uma breve apresentação do que o leitor encontrará nas próximas páginas, porém que mostre o suficiente para deixá-lo curioso para ler as próximas páginas; Justificativas: os motivos pelos quais é relevante que o evento aconteça, quais suas contribui- ções para a sociedade ou para o público-alvo, e ainda, a sua importância para a localidade, seja econô- mica, social ou de visibilidade. Objetivos gerais e específicos: O que se deseja alcançar ao final da sua realização, porém mais detalhado que o pré-projeto, pois aqui são apresentados o objetivo geral, onde se quer chegar com o evento, e os específicos, ou seja, quais caminhos serão seguidos para se alcançar o objetivo geral; 3 Organização do evento (descrição do público-alvo, audiência estimada, local e período da rea- lização, atividades a serem desenvolvidas): assim como no pré-projeto, aqui se encontram os detalhes da realização do evento, sua programação, profissionais envolvidos, cronograma, etc; Plano de merchandising (peças) e promocional (ações): quais são as atividades relativas à promoção do evento. Quais peças e ações serão criadas para despertar o interesse do público-alvo; Plano de mídia (divulgação): todos os detalhes de divulgação, cronograma, ações e peças. A inclusão de layouts das peças será interessante para ilustrar o projeto; Orçamento previsto: Planilha orçamentária detalhada dos custos dos eventos. (No item admi- nistração financeira do evento, ainda neste guia, você saberá detalhes de como elaborar um orçamento adequado); Retorno esperado: Assim como no pré-projeto, este item trata do que se espera como retorno de público (quantidade e qualidade), de mídia (toda divulgação esperada), de imagem (retorno de visibili- dade para investidores) e de receita com venda de ingressos (se for o caso). IMPORTANTE! A inclusão de anexos como as plantas do local de realização, placas de sinalização e toda criação de identidade visual ajudará a materializar ainda mais a ideia do realiza- dor. ETAPAS DA REAlIZAÇÃO DE UM EVENTO Agora você vai conhecer quais etapas são necessárias para se chegar a realização do evento. Para muitos, é simplesmente idealizar e partir para a execução, porém na prática não é assim que acontece. Existe um caminho a ser percorrido para o que evento seja realizado com qualidade e alcance seus objetivos. Resumidamente estas são as etapas da realização do evento: Planejamento (elaboração do projeto); Pré-produção (análise da viabilidade do projeto); Produção (estratégia de ação, o que precisa ser feito); Divulgação (torná-lo conhecido); Realização (concretização do projeto); Pós-evento (prestação de contas). GUARDE ESSA IDEIA! Todas as etapas são fundamentais para o sucesso de qualquer evento, em todas as áreas e de qualquer porte. Por isto, nenhuma delas deve ser negligenciada. 4 Vamos ver cada um separadamente: Planejamento Ao planejar, o produtor ou organizador deve se fazer algumas perguntas e procurar suas respostas. São elas: Será que o evento é tão interessante ao ponto de ser marcante e inesquecível? Traz algo de novo? Traz algo de emocionante para o público-alvo? E quem é o público-alvo? Será considerado um acontecimento para a localidade ao ponto de deixar um legado e ser lem- brado até sua próxima edição? Será capaz de transmitir boas sensações, deixar boas lembranças e prender a atenção do públi- co-alvo do começo ao fim? Porque seria interessante para o público-alvo participar? Este evento despertará o interesse da mídia ao ponto de gerar notícia? E para o patrocinador seria interessante participar do evento? Como? Que retorno é o mais adequado para ele: de mídia ou de relacionamento com o público-alvo? Você deve estar se perguntando: mas estes questionamentos devem ser feitos para o planejamento de qualquer evento? A resposta é SIM, para todo e qualquer evento, independente do porte e do objetivo, pois todos precisam de planejamento, porém o segredo é a adaptação destas perguntas de acordo com cada um. É necessário moldá-las a necessidade do evento. Desta etapa resultam o pré-projeto e o projeto como frutos da materialização da ideia e das respostas das perguntas acima. Com estes instrumentos, todos os membros da equipe organizadora terão acesso a todos os dados do evento, e não apenas o idealizador, garantindo assim a unicidade de informações entre a equipe, e a qualidade na execução das atividades. Pré-Produção Nesta fase as respostas para as perguntas são outras,pois já se tem o projeto pronto, e se parte agora para a operacionalização do evento. É preciso saber as respostas: Qual a data, período, local e hora são adequados para a realização do evento? Onde e como encontrar o público-alvo? Quais profissionais precisarei para operacionalizar o evento? Quais os serviços e qual a infraestrutura serão necessárias para realizar o evento? Disponho do recurso total ou preciso de parcerias, patrocínios e apoios para viabilizar o evento? A pré-produção é a etapa onde se verifica a viabilidade do que foi planejado, ou seja, se tudo que foi pen- sado é possível de ser executado, se o local escolhido tem disponibilidade na data prevista, se possui toda estrutura para acesso do público-alvo, inclusive portadores de necessidades especiais, quais profissionais e como encontrá-los para operacionalizarem todos os serviços planejados. 5 Só depois de definido todos estes pontos é que o produtor ou organizador deverá passar a etapa seguinte, pois deve perceber antecipadamente o que é viável ou não no projeto. Produção Aqui começa a operacionalização do evento propriamente dita, pois é nesta etapa que começam as con- tratações de mão-de-obra e serviços necessários para as próximas etapas: divulgação e realização. A distribuição dos recursos, ou seja, o cronograma de desembolso, quando, quanto e para quem devo fazer os pagamentos previstos. Aí vêm as perguntas: Como viabilizar os custos com o menor desembolso possível? Como a farei a captação de recursos? Seja por meio de parcerias, patrocínios ou apoios, é esta etapa o prazo máximo para a captação dos re- cursos necessários, pois em alguns casos essa captação se inicia logo após a formatação do projeto, com um instrumento chamado “proposta”, que você conhecerá na próxima unidade. É nesta fase que é iniciada a preparação de toda infraestrutura, ou seja, tudo que será necessário para a realização do que evento no que diz respeito à estrutura física: acesso, iluminação, sonorização, decora- ção, etc. Também é neste momento que a operacionalização da forma de participação do público é iniciada: distri- buição de convites, venda de ingressos, etc; E um ponto muito importante a ser destacado na produção: a administração de mudanças e imprevistos, pois eles sempre acontecem e o produtor ou organizador deve estar atento e tranquilo para gerir tais necessidades. O segredo está no planejamento! Se o planejamento for bem elaborado será muito mais fácil administrar o “plano B”, pois será o atendi- mento de uma eventualidade e não toda a operacionalização do evento. Divulgação (Comunicação) Nesta etapa, os pontos anteriores precisam ter sido planejados e definidos com clareza para evitar des- perdícios de recursos e ineficiência da comunicação. Muitos organizadores reclamam que os custos de divulgação encarecem o orçamento do evento, muitas vezes inviabilizando uma ampla divulgação. Porém, abaixo você vai observar que existe a divulgação paga e a opção não paga, onde de acordo com a necessidade do evento, e do público-alvo, a segunda pode ser tão eficaz quanto a primeira. 6 Divulgação paga: TV (que podem ser comerciais ou participação com merchandising), rádio (a veiculação de spots), internet (por meio de site, e-mail marketing ou ambos), jornal (anúncio), outdoor, outbus, blimps (balões), material gráfico (panfletos, cartazes, folders). A cada dia surgem novas formas de divulgação paga e que podem ser muito eficazes, como: Painéis em aeroportos e portos estrategicamente localizados nos espaços de maior circulação; Placas e painéis em praças de alimentação ou corredores de shoppings; Testeiras nas cancelas dos estacionamentos; Painéis luminosos ou não localizados dentro dos vagões ou nas estações do metrô; Taxidoor (veiculação através de placas, adesivação nos vidros ou envelopamento completo do táxi e que circula em todas as áreas de uma cidade); Pizz Box (mensagens em caixa de pizzas sendo parte integrante ou não de ação promocional). Divulgação não paga: TV (matérias, entrevistas), rádio (entrevistas, promoções), internet (blog, sites de veículos). É interessante que este tipo de divulgação seja realizado por profissionais especializados como assessorias de imprensa e de mídias sociais. Realização Cada tipo de evento tem sua peculiaridade, seja de pequeno, médio ou grande porte, eventos sociais, culturais ou corporativos, e nesta etapa ficam ainda mais nítidas estas diferenças, pois cada um tem necessidades e exigências diferenciadas. Porém, ao mesmo tempo todos têm algo em comum: os detalhes. E são os detalhes que fazem a real diferença para o sucesso desta fase. Tudo deve ser executado com muito cuidado, e o check list é um instrumento importante para que nenhum detalhe seja esquecido. Por isto, a conferência de que cada informação foi entendida, de que cada forne- cedor foi confirmado nunca será excessiva. GUARDE ESSA IDEIA! Por ser o ponto culminante de todas as outras fases, a realização é um acontecimento, ou seja, não existe ensaio, nem pode ser refeito, por isto a fundamental importância do planejamento, e o cuidado com os detalhes. Você deve estar se perguntando: Mas no caso de eventos culturais como os espetáculos de teatro ou música, não existem os ensaios prévios? Afinal, muitos casamentos são ensaiados antes com os noivos. 7 Sim, alguns eventos podem ser simulados, treinados e suas ações repetidas exaustivamente. Porém, a hora é a hora! Não existe um mesmo acontecimento duas vezes, pois é realizado ao vivo. Não existem dois casamentos exatamente iguais, nem duas apresentações teatrais. Mesmo com muitos ensaios, por acontecer ao vivo, só existe um momento de realização. Caso algo saia errado, você não terá como mandar os convidados embora e pedir que voltem outro dia, sem que haja um prejuízo, e mesmo assim este outro dia será outro, não mais o mesmo. Por isto, o evento precisa dar certo no momento da realização, pois não existirá uma segunda chance para que dê certo. Detalhes de itens como acesso, segurança, temperatura do ambiente, sonorização, iluminação, decora- ção, Buffet, infraestrutura do espaço, entre muitos outros, precisam estar em pleno funcionamento na realização. Mesmo que tudo tenha dado certo nos ensaios, no planejamento e até na visita técnica feita ao local antes, é no momento da realização que cada item precisa funcionar e dar muito certo. Durante o evento o produtor ou promotor precisa acompanhar todas as áreas, etapas e serviços para que tudo saia conforme o planejado. Inclusive, preparado emocionalmente para administrar as mudanças e imprevistos, pois ele irá gerir recursos materiais, financeiros e principalmente humanos ao mesmo tempo. Deve ter este acompanhamento muito próximo de tudo que está acontecendo, para que rapidamente modifique situações e tome decisões acertadas. Imprevistos e necessidade de mudanças sempre vão acontecer: é uma chuva inesperada, um conges- tionamento no trânsito, mais ou menos convidados que o esperado, entre outras surpresas que podem acontecer mesmo com todo planejamento e check list, mas estes auxiliam e muito, na tomada de decisão rápida e segurança, e nas mudanças que precisarão ser feitas no momento da REALIZAÇÃO do evento. VOCê SAbIA? Chek List: Termo em inglês (considerado americanismo) que significa lista de verifica- ções (check – verificar e lis – lista), ou lista de atividades relacionadas a determinada área que devem ser enumeradas antecipadamente à sua operacionalização, para que não sejam esquecidas ou para que sejam verificadas, checadas. VISITE A PáGINA Para saber mais sobre como fazer um check list para um evento de sucesso e outras informações, acesse: LINK ??? http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/como-fazer-um-checklist-de-um-evento-de-sucesso/75773/ 8 PÓS-EVENTO Esta é a etapa da prestação de contas, dos pagamentos de fornecedores e prestadores de serviços (de acordo com cronograma) e da avaliação(análise dos resultados). Embora alguns não prestem atenção a esta etapa, ou até a considerem irrelevante, ela é tão importante quanto todas as outras, pois o evento não encerra quando termina a realização. O evento só termina quando os seus objetivos foram alcançados, e para saber se o foram realmente é fundamental a avalia- ção, seguida de uma prestação de contas para todos os envolvidos: público participante, patrocinadores, equipe de produção e fornecedores. Nos eventos em que existam parceiros, apoiadores e patrocinadores é muito importante a prestação de contas tanto de investimentos (custos do evento) quanto de imagem (clipping, mailing list, relatórios, etc) para a análise do que deu certo ou não deu, seja feita com propriedade. Obviamente que não se realiza evento para que não dê certo, mas podem e sempre vão existir aspectos a serem melhorados, e aprendizados que possam ser extraídos da experiência. Os eventos que terão outras edições ou que acontecem com frequência têm a avaliação como obrigatória. O pós-evento é também o momento dos agradecimentos a mais pela presença, participação, contribui- ção, etc. Para que haja ação de continuidade, para que as “portas” continuem abertas para os próximos eventos ou mesmo outros eventos. Então, na prática o pós-evento deve contemplar: Análise dos resultados: análise de todos os números que o evento gerou. Você verá com mais detalhes no próximo item! Agradecimentos: a formalização da gratidão por terem participado (no caso dos convidados), por terem contribuído para o sucesso do evento (no caso de fornecedores e parceiros) e por terem tornado possível a realização do evento (no caso de patrocinadores e apoiadores). Prestação de contas: É uma junção da análise dos resultados e agradecimentos, pois reúne todos os resultados alcançados quanto a divulgação (tudo que foi noticiado pela imprensa) sejam em veí- culos de comunicação de massa como TV, jornal e rádio como na internet em sites, hotsites, blogs e redes sociais. Os resultados alcançados em número de participantes (ingressos vendidos, lista de presença, lugares ocupados, estimativa de público feita pelos órgãos competentes), os resultados em imagem (mar- cas que patrocinaram ou apoiaram o evento, pessoas públicas ou autoridades em determinados assuntos que estiveram presentes e deram seus depoimentos, conhecimentos produzidos ou relacionamentos fir- mados durante o evento), e finalmente retorno financeiro (volume de vendas, negócios efetivados, stands vendidos, número de reuniões ou contatos realizados) são alguns aspectos a serem apresentados neste item. 9 Esta prestação de contas geralmente é enviada em arquivo eletrônico ou em material impresso junta- mente com fotos, filmagem e clippagem, porém outras formas podem ser desenvolvidas, de acordo com a criatividade de cada produtor ou promotor, e quanto mais criativo e inovador melhor! ANálISE DOS RESUlTADOS Todo negócio deve ter uma minuciosa avaliação dos seus resultados para que haja uma análise segura do que é lucrativo ou não. Em eventos não pode ser diferente, e é interessante que os seus resultados sejam apresentados e anali- sados para todas as partes envolvidas: o próprio produtor ou organizador, os patrocinadores e apoiadores, a equipe que operacionaliza e os fornecedores contratados, pois todos contribuem para o sucesso do evento. Para que haja análise é fundamental que existam objetivos estabelecidos previamente e critérios clara- mente determinados, pois assim todos os dados serão levantados de maneira segura, e analisados de forma técnica e profissional. Neste item não cabe o “achismo” ou a opinião do realizador, e sim dados números e comparação com o objetivo a ser atingido. Assim, se o objetivo foi alcançar um público de 2.000 pessoas no evento, a venda de ingresso ou a lista de presença dará este dado de forma confiável e segura. Se o objetivo para o patrocinador é a venda de produto, precisa estabelecer qual volume esperado, e o simples fechamento do caixa de vendas do stand dará esta informação. E se o objetivo é a visibilidade da marca, uma enquete com os participantes sobre quais marcas apareceram no telão também trará esta informação. Ou seja, instrumentos práticos e rápidos podem fornecer dados precisos que ajudarão na análise correta dos resultados, num comparativo do que se espera com o que foi alcançado. Mesmo que o patrocinador faça uma análise de resultados, o produtor ou organizador deve apresentar não só ao patrocinador, mas a todos os envolvidos a sua análise de resultados, pois apresentará informa- ções amplas sobre os vários aspectos do evento. Para uma análise bem elaborada o levantamento dos números é primordial, sejam os números de investi- mentos, custos previstos, custos imprevistos, número de participantes, mas também a interpretação des- tes números, ou seja, se corresponderam às expectativas, se trouxeram retorno de vendas, de imagem, de novos mercados, de recall, sempre tendo em vista o objetivo a ser alcançado, como citado acima. Com a equipe produtora e os próprios fornecedores, a análise dos pontos fortes e fracos e o que pode melhorado, é uma forma de levantar informações relevantes para as próximas edições do evento ou até mesmo outros eventos do mesmo formato ou não. Como não existe uma receita pronta para a realização de evento, toda experiência traz um aprendizado, um amadurecimento na forma de executar. Uma outra análise agregadora é a dos público participantes, pois estes terão uma visão diferente do que 10 foi o evento: se atendeu sua expectativa, se foi marcante, se voltaria a participar, se foi criativo e inovador. Vale ressaltar que dentre os públicos vão existir vários tipos que possuirão também visões diferentes: os convidados, os que pagaram ingresso, os palestrantes, o que se inscreveu previamente, o que fez inscri- ção no momento do evento, pois cada um terá uma experiência diferenciada. Mas como ouvi-los?Um instrumento muito utilizado é a pesquisa. Existem diversos tipos e instrumentos de pesquisa que serão escolhidos de acordo com o objetivo, os públicos e a necessidade de coleta de dados. Para uns o questionário ou formulário irá ser eficaz, para outros a enquete ou entrevista será muito mais viável e proveitosa. Outros até preferem uma caixa de sugestão, e precisarão de um brinde para se sentir motivados a respondê-la. A pesquisa de opinião é a mais utilizada, porém não deve ser muito extensa, independente do tipo de ins- trumento de coleta de dados escolhido, seja questionário, formulário ou entrevista. O respondente precisa se sentir à vontade e interessado em responder, e não ser forçado ou se tornar cansativo este momento de avaliação. Existem várias formas de coletar dados, e a criatividade aqui vai ajudar a obter as informações que precisa sem “cansar” o público-alvo. Aproveite o momento da realização do evento para obter os dados que precisa para sua análise, pois quanto mais distante do momento de realização do evento mais difícil será uma visão fiel do que o parti- cipante viu e sentiu sobre o evento. ADMINISTRAÇÃO fINANCEIRA DE EVENTOS Eis mais uma etapa complexa da realização do evento: sua administração financeira. Para muitos profis- sionais gerir os custos e a receita do evento, fazendo o “encontro” das contas não é nada fácil, pois exige alguns conhecimentos sobre finanças e até tributos. Mas para sanar esta dificuldade, o organizador ou produtor poderá contratar um administrador financeiro ou contador para que todos os cálculos sejam feitos corretamente, e não haja “imprevistos financeiros” por falta de conhecimento. E quando se fala em gestão financeira do evento, se fala em contas a pagar mas também em contas a receber, pois o cronograma de desembolso é um importante instrumento para controle das contas, quan- do, o que, a quem e como pagar. Sem este controle o risco de deixar de pagar um tributo ou até mesmo pagá-lo em duplicidade é grande, ou mesmo de não ter a receitapara pagar determinado fornecedor antes do evento. Um outro aspecto, muitas vezes esquecido pelos organizadores é recolhimento de impostos. De acordo com a natureza jurídica da empresa realizadora e da contratação de pessoas físicas como prestadores de serviços o recolhimento de impostos é obrigatório. Porém, existem alguns casos que o patrocinador exige do realizador que todos os seus fornecedores recolham impostos referentes aos serviços prestados, e comprovem tais recolhimentos. Como se pode observar, a administração financeira do evento é muito mais que contas a pagar e receber. 11 ORÇAMENTO Este item merece uma atenção toda especial, pois caso haja algum erro no levantamento dos custos (na fase de pré-produção), o organizador poderá ter sérios prejuízos, chegando a inviabilizar a realização do evento. O orçamento é cálculo completo de tudo que será gasto no evento, em todas as etapas, desde o planeja- mento até o pós-evento. Todos os itens devem ser contemplados inclusive impostos, tributos, gastos fixos (locações, remuneração da equipe, cachês, etc) ou variáveis como combustível, telefone, alimentação, percentual de bilheteria que será pago ao espaço locado, etc. Para facilitar a visualização e controle destes gastos, você poderá dividi-los em custos com recursos hu- manos, materiais e físicos que serão detalhados na nossa próxima unidade. A forma mais usual de apresentar estes custos é a planilha de Excel, pois facilita a inclusão de novos itens e o cálculo automático, por meio de fórmulas, de tributos e impostos, por exemplo. PAlAVRA fINAl Chegamos ao final do nosso segundo guia de estudo! Nesta unidade você estudou como planejar e coordenar um evento, as diferenças entre pré-projeto e projeto, quais as etapas de realização do evento, observou as peculiaridades e necessidades de cada uma destas etapas, e conheceu a administração financeira do evento. Ufa! Foram muitos conhecimentos nesta unidade! Agora indico que faça os exercícios, a leitura do seu livro texto e não deixe de acessar os links indicados neste guia, pois possibilitam o aprofundamento do conhecimento com exemplos práticos. Em caso de dúvidas, não hesite em entrar em contato com o seu tutor! Ele está à sua disposição. E na próxima unidade você aprofundará seus conhecimentos sobre eventos, pois conhecerá os recursos que precisa para realizá-lo, a importância da parceria com fornecedores, como captar recursos e a diferen- ça do projeto e da proposta de captação, quais as estratégias de captação e as formas de comercialização de eventos. Espero você na próxima unidade! Até lá!
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