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RECURSOS DIREITO DO TRABALHO

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ESTADO DE MATO GROSSO
SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO SUPERIOR
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE ALTA FLORESTA 
CURSO DE DIREITO
	
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO - UNEMAT
FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E AGRÁRIAS
CURSO DE DIREITO
EDUARDO HENRIQUE MOREIRA DOS SANTOS
RECURSOS NO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO:
Alta Floresta - MT
1
2020
SUMÁRIO
1 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO	3
2 RECURSO ORDINÁRIO ...........................................................................................5
3 RECURSO DE REVISTA ..........................................................................................7
4 AGRAVO DE INSTRUMENTO ................................................................................9
5 AGRAVO DE PETIÇÃO ..........................................................................................11
6 EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA AO TST ..........................................................13
7 EMBARGOS INFRINGENTES AO TST ...............................................................15
8 AGRAVO INTERNO OU REGIMENTAL ............................................................17
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................19
1. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO: 
HIPÓTESES DE CABIMENTO
O Recurso de Embargos de Declaração é cabível quando uma decisão ou acórdão do juízo “a quo” é: obscura, omissa, contraditória ou teve equívoca análise dos pressupostos recursais extrínsecos (tempestividade, representação, preparo, depósito recursal e regularidade formal) devendo interpor o recurso no prazo de 5 dias da publicação, com base no artigo 897-A da CLT. Contra a decisão interlocutória, cabível recurso de Embargos de Declaração para corrigir omissão, obscuridade ou contradição nesta decisão interlocutória.
Os pressupostos recursais estão sendo violados por equívoco, cabível por simples oferecimento de peça pela parte recorrente ao juízo competente ou reconhecido de ofício pelo juízo da decisão errônea, com fulcro no artigo 897-A, §1 da CLT
Ocorre a omissão quando o juízo não analisa o que foi imposto ao processo, questões de mérito, interesse público ou processual, também quando ausente de fundamentação legal, com base no artigo 489, §1 do CPC. A obscuridade ocorre quando o juízo não deixa nítido o que decidiu, logo erros de pontuação ou palavras na decisão. 
A contradição ocorre quando o juízo não segue o mesmo raciocínio do início ao fim de sua decisão, criando uma contradição em seus próprios argumentos, dentro da sentença existem: o relatório, os fundamentos de fato e de direito, e dispositivo. O magistrado fundamenta inicialmente de uma forma e decidi totalmente o contrário, com base no artigo 489 do CPC. 
PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE;
Os pressupostos objetivos incluídos são regularidade formal, tempestividade. Pois precisa estar com base na norma para impetrar, além de estar em prazo de 5 dias. Não necessita de recolhimento de custas/garantia do juízo, logo sem preparo recursal, conforme artigo 1.023 do CPC. Os pressupostos subjetivos incluídos são recorribilidade da decisão errônea, recurso adequado para o momento processual, capacidade processual para estar em juízo além de ações que necessitam de advogado e legitimidade para recorrer, conforme a lei autoriza, logo tendo a decisão afetado diretamente o recorrente.
EFEITOS APLICADOS AO RECURSO:
Efeito Interruptivo, interrompe o prazo para todos os possíveis recursos neste momento além dos já que foram interpostos. Assim, retorna o prazo do zero para interpor outro recurso, conforme artigo 1.026 do CPC. Somente não tem este efeito interruptivo quando ser conhecido embargos intempestivo, irregularidades na representação processual ou ausente de assinatura, assim o prazo continua como se nunca foi interposto.
Efeito Modificativo quando se ocorre contradição, omissão ou equívoco no exame dos pressupostos processuais extrínsecos, pode ele decidir novamente tendo efeito modificativo na decisão anterior, com base na súmula 278 do TST, caso ocorra este efeito, abre-se 5 dias para a parte contrária se manifestar sobre a nova decisão.
Efeito Devolutivo fica limitada a matéria arguida pelo recorrente, não podendo ultrapassar aos requisitos além de devolver ao próprio juízo a reanálise da matéria. O Efeito Translativo caso ocorre questão de ordem pública, o juízo poderá decidir de ofício ou a pedido, com base no artigo 267, §3 do CPC.
PRINCÍPIOS QUE INTERFIRAM:
Princípio da Tipicidade, apenas cabe um recurso por momento processual, com base nos artigos 893, inciso I e 897-A ambos da CLT. O princípio da Celeridade Processual, o recurso serve para reanálise da decisão errônea pelo próprio magistrado, para este corrigir e dar andamento ao processo. O Princípio do Contraditório, caso não abra prazo para recorrer a parte recorrida, e o embargos de declaração teve efeito modificativo, ocorre uma nulidade, conforme OJ nº 142. O Princípio da Fungibilidade cabe este recurso em decisão monocrática do Tribunal, se tornando Agravo de Instrumento.
CLASSIFICAÇÃO DO RECURSO:
O Recurso tem sua fundamentação vinculada à disposição legal no artigo 897-A da CLT. O Recurso é independente por não necessitar de um recurso originário para ser impetrado. O Recurso tem natureza ordinária por poder debater questões de mérito e de direito, sem prequestionamento da matéria.
2. RECURSO ORDINÁRIO
HIPÓTESES DE CABIMENTO:
O Recurso Ordinário cabe para rediscutir a matéria que teve uma decisão do juízo “a quo”. Desta forma, requer a reforma parcial da decisão. No caso de anulação terá nova decisão pelo juízo “a quo”, e no caso de decisão com erro de julgamento o Tribunal “ad quem” irá proferir nova decisão. Das decisões definitivas ou terminativas das Varas e Juízos togados de jurisdição trabalhista, deverá ser interposto no prazo de 8 dias e das decisões definitivas ou terminativas dos Tribunais Regionais sendo dissídio coletivo ou individual, com base no artigo 895, incisos I e II da CLT. 
No caso das decisões de competência originária no TRT, terá competência para julgar a Seção de Dissídios Individuais SDI ou Seção de Dissídios Coletivos SDC do TST, competência atribuída pelo artigo 2º, inciso II, alínea “a” e “b” Lei 7.701/1988. Desta forma, caso o TRT tenha decidido em Mandado de Segurança ou Ação Rescisória, caberá o R.O ao TST sobre a matéria de dissídio coletivo à Sessão de Direitos Coletivos e cabe R.O ao TST sobre decisões do TRT que verse sobre dissídio individual à SDI. 
A Súmula 214 c do TST inova ao admitir o Recurso Ordinário na hipótese da decisão interlocutória que acolha exceção de incompetência territorial com a remessa dos autos ao TRT diferente do TRT da inicial trabalhista, com fulcro no artigo 799, §2 da CLT.
PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE:
Os pressupostos objetivos incluídos são regularidade formal, tempestividade quando o recurso é interposto em momento correto. Pois precisa estar com base na norma para impetrar no prazo de 8 dias úteis. Necessita de recolhimento de custas de até 2% da causa além do preparo recursal no valor teto da decisão desfavorável de R$10.059,15 por ser requisito para recorrer, exceto detentor de Justiça Gratuita ou Ente Público conforme artigo 899, §10 da CLT.
Os pressupostos subjetivos incluídos são recorribilidade da decisão errônea, recurso adequado para o momento processual, capacidade processual para estar em juízo além de ações que necessitam de advogado e legitimidade para recorrer, conforme a lei autoriza, caso não tenha advogado cabível R.O sem parte com capacidade postulatória. Se a decisão afetou o recorrente. Os pressupostos recursais são analisados pelo juízo “a quo” para em seguida a remessa dos autos ao Tribunal competente juízo “ad quem”, este juízo também fará a reanálise dos pressupostos processuais para conhecer ou não o recurso.
Recebido o Recurso Ordinário, em seguida distribuído ao relator, este poderá não conhecer o recurso, negar provimento, nos casosdo artigo 932, incisos III a V do CPC. 	Quando não houver impugnação específica da decisão recorrida ou sua fundamentação apresentada ir de encontro a Súmulas ou entendimento dos Tribunais Superiores do Trabalho ou STF. Além de recursos repetitivos com entendimento maciço sobre a demanda. O relator poderá acolher o recurso quando for a decisão recorrida violar entendimento dos Tribunais Superiores e Súmulas.
EFEITOS APLICADOS AO RECURSO:
Efeito Substitutivo quando ocorre reforma na decisão do juízo “a quo” por erro no julgamento, o próprio Tribunal em sede do Recurso Ordinário irá proferir nova decisão para suprir o erro. Efeito Translativo caso ocorre questão de ordem pública, o juízo poderá decidir de ofício ou a pedido. Efeito Devolutivo fica limitada a matéria arguida pelo recorrente, não podendo ultrapassar aos requisitos além de devolver ao próprio juízo a reanálise da matéria.
PRINCÍPIOS QUE INTERFIRAM:
Princípio da Celeridade, caso ocorra reforma na decisão judicial em sede de Recurso Ordinário, o Tribunal reconhecendo que o processo tiver condições de imediato julgamento, irá fazê-lo, seguindo a Teoria da Causa Madura conforme artigo 1.013, §3º e 4§ do CPC. Evitando a remessa dos autos para o Juízo “a quo”, julgando o mérito e causas processuais de interesse público. Princípio da Fungibilidade, o R.O será recebido como Agravo Regimental quando houver erro na interposição, mas cabível. 
CLASSIFICAÇÃO DO RECURSO:
O Recurso tem fundamentação não vinculada, logo sua interposição e razões pode rediscutir a matéria de forma livre. O Recurso é independente por não necessitar de outro recurso originário para ser impetrado. Todavia, pode acontecer o Recurso Ordinário Adesivo, quando o recurso originário R.O é interposto, intima-se a parte recorrida para contrarrazoar em 8 dias, com base no artigo 1.010, §2 do CPC. O Recurso tem natureza ordinária por poder reformar questões de mérito e de direito para outro juízo de admissibilidade. 
3. RECURSO DE REVISTA
HIPÓTESES DE CABIMENTO:
O Recurso de Revista é cabível no prazo de 8 dias, mesmo prazo para a parte recorrida contrarrazoar, competente a Turma do TST das decisões que já tiveram sobre grau de recurso ordinário nos dissídios individuais nos casos em que o TRT der a lei federal interpretação distinta do outro TRT ou ocorrer decisão do TRT que viole Súmula do STF ou do TST. Não cabe Recurso de Revista se for divergência no mesmo TRT, com base na OJ 111 da SD-1 do TST.
Caberá o Recurso de Revista nas decisões individuais do TRT que de interpretação de lei estadual, Convenção Coletiva de Trabalho, Acordo Coletivo, Sentença Normativa ou Regulamento Empresarial, exceder a competência da jurisdição territorial do TRT que decidiu. Será interposto o Recurso de Revista se o TRT decidir violando lei federal ou a própria Constituição Federal, com base no artigo 896, alíneas “a”, “b” e “c” da CLT. Com base no entendimento do doutrinador Renato Brasileiro caberia Recurso de Revista em fase de execução, quando ocorrer estas hipóteses do artigo 896 da CLT.
	Assim, cabível em sede de R.O e Agravo de Petição nos dissídios individuais que o TRT decidir que viole normas trabalhistas ou constitucionais com base na súmula 266 do TST. A divergência entre os TRTs deve ser atual para ser cabível o recurso neste caso.
PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE:
	O pressuposto específico do recurso necessita do prequestionamento da matéria no rito ordinário, pois não teve solução, logo a matéria foi arguida em fase ordinária, mas sem decisão favorável com coisa julgada, devendo o recorrente alegar todo o prequestionamento no recurso. A transcendência como construção da matéria violada para análise do TST. A repercussão da matéria deve estar na transcendência, a delimitação está no artigo 896-A, §1º e §2º da CLT, sendo que análise dos pressupostos é feita pelo relator do TST.
	Depósito recursal de até 50% da condenação, exceto se já foi garantido o juízo no valor excedente da condenação, pois só pode garantir o juízo até o teto da condenação.
Os pressupostos objetivos genéricos são regularidade formal, tempestividade quando o recurso é interposto em momento correto, pois deve estar com base na norma para impetrar no prazo de 8 dias úteis. Necessita de recolhimento de custas de até 2% da causa, caso não houve recolhimento de custas incialmente, além do preparo recursal no valor teto da decisão desfavorável de R$ 20.118,30 por ser requisito para recorrer, exceto detentor de Justiça Gratuita ou Ente Público conforme artigo 899, §10 da CLT.
Os pressupostos subjetivos incluídos são recorribilidade da decisão que violou norma trabalhista ou federal, recurso adequado para o momento processual, capacidade processual para estar em juízo e além de ações que necessitam de advogado e legitimidade para recorrer, conforme a lei autoriza, caso não tenha advogado para recorrer o Recurso de Revista não pode ser impetrado, com base na Súmula 425 do TST, sem a parte com capacidade processual. Se a decisão afetou o recorrente. Os pressupostos recursais são analisados pelo juízo “a quo” para em seguida a remessa dos autos ao Tribunal competente juízo “ad quem”, este juízo também fará a reanálise dos pressupostos processuais para conhecer ou não o recurso.
EFEITOS APLICADOS AO RECURSO:
Efeito Devolutivo fica limitada a matéria arguida pelo recorrente, não podendo ultrapassar a violação, que será feita a reanálise da matéria, pois o TST tem o dever de unificar as discussões trabalhistas. O Efeito Translativo caso ocorre questão de ordem pública, o juízo poderá decidir de ofício ou a pedido.
PRINCÍPIOS QUE INTERFIRAM:
Princípio da Tipicidade, apenas cabe um recurso por momento processual, com base no artigo 893 da CLT. O Princípio da Celeridade Processual no recurso serve para reanálise da decisão errônea que violou norma federal, estadual ou Constitucional. O Princípio do Contraditório, caso aceito o recurso, abra prazo para a parte recorrida contrarrazoar em 8 dias. O Princípio da Fungibilidade cabe este recurso em decisão monocrática do Tribunal, se tornando Agravo de Instrumento.
CLASSIFICAÇÃO DO RECURSO:
O recurso tem natureza extraordinária, pois deverá comprovar divergência jurisprudencial ou violação literal da lei federal ou afronta a Constitucional Federal de 1988, o recurso tem fundamentação vinculada pois está adstrito nos fundamentos da aplicação do direito violado, sem reanálise dos fatos como na fase de conhecimento.
4. AGRAVO DE INSTRUMENTO (+1 ponto resposta no Vídeo de Agravo)
HIPÓTESES DE CABIMENTO:
Na decisão interlocutória que não deixa o recurso originário interposto dar seguimento, cabe recurso de Agravo de Instrumento, uma forma de destrancar recurso na Vara do Trabalho. Se o despacho tenha decisão que tranque recurso originário ele tem força de decisão interlocutória, também cabível neste caso o Agravo de Instrumento, o recurso será interposto no prazo de 8 dias, conforme artigo 897 da CLT.
Cabe recurso de Agravo de Instrumento no caso em que interposto no Recurso de Revista teve reconhecido de forma parcial seu juízo de admissibilidade pelo TRT, criando dever da parte em combater esta decisão parcial, caso não ocorra terá o instituto da preclusão processual, com fulcro na Instrução Normativa 40 do TST.
O processamento ocorre na interposição do Recurso de Agravo de Instrumento ao juízo que trancou o recurso originário, podendo ocorrer o juízo de retratação pelo juízo “a quo”, caso não ocorra este remeterá os autos ao Tribunal após análise dos pressupostos processuais de admissibilidade.
PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE:
O depósito recursal terá o valor de 50% do recurso originário interposto que foi denegado, com requisito do recurso, exceto se já foi garantido o juízo que ultrapassou o valor da condenação recorrida. Na interposição do recurso deve ser comprovado o recolhimento do depósito recursal por ser pressuposto de admissibilidade do recurso Agravo de Instrumento. 
Todavia, o depósito recursal será dispensado quando o Recurso de Revista fora trancado, e foi interpostoAgravo de Instrumento para aplicar a Jurisprudência do TST, pois houve erro do juízo ao não decidir conforme o entendimento do TST, base legal no artigo 899, §8 da CLT. O pressuposto específico da formação do instrumento ficou para o passado, contudo não mais necessário, pois com a instalação dos processos eletrônicos os Tribunais podem acessar na integra os autos, não necessita que o agravante tire cópias da petição de interposição e documentos dos autos para remessa do instrumento ao Tribunal, como previa o artigo 897, §5, inciso I da CLT, mas hoje segue a Resolução 136/2014 do CSJT.
Os pressupostos objetivos incluídos são regularidade formal, tempestividade de ser interposto além do depósito recursal, se não teve no recurso originário.
Os pressupostos subjetivos incluídos são recorribilidade da decisão errônea, recurso adequado para o momento processual, capacidade processual para estar em juízo além de ações que necessitam de advogado e legitimidade para recorrer, conforme a lei autoriza, logo tendo a decisão afetado diretamente o recorrente.
EFEITOS APLICADOS AO RECURSO:
Efeito Devolutivo: Recaindo ao Tribunal a reanálise do recurso. Todavia, não impede a possível execução provisória da sentença caso tenha sucumbência do recorrido. 	No caso de tutela provisória cautelar, com a comprovação de “fumus boni iuris” e comprovado o “periculum in mora’, pode impedir os efeitos imediatos da execução da sentença provisória, originando o Efeito Suspensivo da execução.
PRINCÍPIOS QUE INTERFIRAM:
	Princípio do Contraditório, caso o juízo “a quo” faça o juízo de admissibilidade do Agravo de Instrumento, a parte recorrida será intimada com prazo para contrarrazoar o Agravo de Instrumento e do recurso que estava trancado. 
	Princípio da Fungibilidade, pois está no rol dos recursos cabíveis e sendo restrito ao momento processual, do trancamento do recurso originário, conforme artigo 897 da CLT.
CLASSIFICAÇÃO DO RECURSO:
O Recurso tem fundamentação vinculada, logo sua interposição só discutirá a matéria do Recurso trancado. O Recurso é dependente por necessitar de outro recurso esteja trancado, O Recurso tem natureza ordinária por destrancar o recurso interposto originalmente para outro juízo de admissibilidade. 
5. AGRAVO DE PETIÇÃO
HIPÓTESES DE CABIMENTO:
	O Agravo de Petição é cabível apenas das decisões na fase de execução, com base no artigo 897, alínea “A”, da CLT, interposto no prazo de 5 dias.
	O recurso, cabível da sentença, despacho com decisão ou decisões interlocutórias na fase de execução. Todavia, não será cabível o Agravo de Petição se for cabível interpor Embargos à Execução pelo executado, sendo o agravo utilizado após este recurso como última ratio. 
	Na fase de liquidação de sentença cabe o Embargos a Penhora, a posteriori poderá impugnar por Agravo de Petição, com base no artigo 884, §3 da CLT. Assim, após interpor embargos na fase de execução será cabível o Agravo de Petição. 
	O processamento do recurso ocorrerá nas turmas do TRT se recorrente de decisão em primeira instância, se for recorrer da decisão do presidente do e, caberá ao tribunal pleno, órgão ou sessão especial do TRT julgar, com base na legislação interna do TRT. 
Caso recorra da decisão do presidente do TST, caberá o recurso para julgamento no TST em turma SDI-1. Assim, cabível o juízo de retratação na interposição.
PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE:
Os pressupostos intrínsecos específicos que somente ocorre neste recurso na fase de execução, com a matéria já delimitada e os valores a serem impugnados, pois a fase de conhecimento já findou. Assim, deve delimitar a matéria para a possível execução provisória da parte vencedora. Caso já ocorreu a garantia do juízo pela penhora, não necessário depósito recursal. Todavia, o valor da condenação for alto, poderá fixar valores a ser garantido, assim caberá o depósito recursal mesmo com a penhora no processo, como prevê a Súmula 128 do TST. 
	O recolhimento de custas, somente cobrado no final do processo de execução, com fulcro no artigo 789-A da CLT. Assim, não se considera como um dos pressupostos recursais, pois só pagará no final da execução as custas.
EFEITOS APLICADOS AO RECURSO:
	Efeito Devolutivo: O recurso tem apenas efeito de reanálise da matéria, porém delimitada e de valores da execução. O que não foi impugnado será executado na sentença pois ocorreu a coisa julgada processual.
	Efeito Translativo: O juízo “ad quem” poderá fazer a reanálise de matérias de ordem pública como prescrição, correção monetária entre outras, que não ocorrerá preclusão no processo.
PRINCÍPIOS QUE INTERFIRAM:
	Princípio da Tipicidade: Somente caberá único Recurso de Agravo de Petição na fase de execução.
	Princípio da Celeridade: Cabível o juízo de retratação na interposição do recurso, visando dar celeridade processual.
	Princípio do Contraditório: Caso aceito o recurso, abrirá prazo para a parte exequente contrarrazoar em 8 dias.
	Princípio da Voluntariedade: O recurso será interposto apenas se a parte executada tiver interesse de impugnar a decisão na fase final do processo.
CLASSIFICAÇÃO DO RECURSO:
O Recurso tem fundamentação vinculada, logo sua interposição e razões vinculadas a matéria e valores da execução, além do objeto da matéria. O Recurso tem natureza ordinária por poder reformar questões na execução para outro juízo de admissibilidade com efeito devolutivo. 
6. EMBARGOS DIVERGÊNCIA AO TST
HIPÓTESES DE CABIMENTO:
O Recurso de Embargos Divergência ao TST tem escopo de pacificação da jurisprudência a nível de TST, interposição em 8 dias, com base no artigo 894 da CLT.
Caberá o recurso das decisões não unânimes de julgamento de dissídios individuais para sanar decisões que os tribunais divergirem, decisões das SDIs distintas não estejam de acordo, com base na OJ 95 da SBDI-I do TST, decisões que sejam contrárias as Súmulas ou OJs do TST ou a decisão contrariar Súmulas Vinculantes do STF.
	Assim, seu cabimento limitado a pacificar decisões trabalhistas que não siga as Súmulas e OJs do TST, unificando a jurisprudência no TST. A Súmula 126 do TST veda o reexame de fatos e provas nos recursos extraordinários como Embargos de Divergência ao TST e Recurso de Revista, logo se torna incabível.
PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE:
	O Pressupostos específico da divergência ser atual, logo se o entendimento já foi superado não pode interpor o recurso. 
Depósito recursal de até 50% da condenação, exceto se já foi garantido o juízo no valor excedente da condenação, pois só pode garantir o juízo até o teto da condenação.
Os pressupostos objetivos genéricos são regularidade formal, tempestividade quando o recurso é interposto em momento correto, pois deve estar com base na norma para impetrar no prazo de 8 dias úteis. Necessita de recolhimento de custas de até 2% da causa, caso não houve recolhimento de custas incialmente, além do preparo recursal no valor teto da decisão desfavorável de R$ 20.118,30 por ser requisito para recorrer, exceto detentor de Justiça Gratuita ou Ente Público conforme artigo 899, §10 da CLT.
Os pressupostos subjetivos incluídos são recorribilidade da decisão divergente, recurso adequado para o momento processual, capacidade processual para estar em juízo e além de ações que necessitam de advogado e legitimidade para recorrer, conforme a lei autoriza, caso não tenha advogado para recorrer o Recurso Embargos Infringentes não pode ser impetrado, com base na Súmula 425 do TST, sem a parte com capacidade processual. Os pressupostos recursais são analisados pelo juízo “a quo” para em seguida a remessa dos autos ao Tribunal competente juízo “ad quem”, este juízo também fará a reanálise dos pressupostos processuais para conhecer ou não o recurso.
EFEITOS APLICADOS AO RECURSO:
Efeito Devolutivo fica limitada a matéria divergente, não podendo ultrapassar a violação, que será feita a reanálise da matéria, pois o TST tem o dever de unificar as discussões trabalhistas. O Efeito Translativo caso ocorre questão de ordem pública, o juízo poderá decidir de ofício ou a pedido.
PRINCÍPIOSQUE INTERFIRAM:
Princípio da Tipicidade, apenas cabe um recurso por momento processual, com base no artigo 893 da CLT. O Princípio do Contraditório, caso aceito o recurso, abra prazo para a parte recorrida contrarrazoar em 8 dias. 
CLASSIFICAÇÃO DO RECURSO:
O recurso tem natureza extraordinária, pois deverá comprovar divergência jurisprudencial ou violação literal da lei federal ou afronta a Constitucional Federal de 1988, o recurso tem fundamentação vinculada pois está adstrito nos fundamentos da aplicação do direito violado, sem reanálise dos fatos como na fase de conhecimento.
7. EMBARGOS INFRIGENTES AO TST
HIPÓTESES DE CABIMENTO:
O Recurso de Embargos Infringentes ao TST tem escopo de pacificação da jurisprudência a nível dos TRTs. Este recurso serve para impugnar decisão não unânime proferida em dissídio coletivo de competência originária do próprio TST, como no caso de empresas que suas atividades excedam a um TRT, exemplo da empresa JBS, que tem matrizes em todo Território Brasileiro e nos EUA.
A nomenclatura Embargos Infringentes por ter como objetivo modificar a decisão do TST não unânime em dissídios coletivos. Das decisões das Turmas ou Seção de Dissídios Individuais, do TST que divergirem entre si em súmula, orientação jurisprudencial do próprio Tribunal ou Súmula Vinculante do STF. 
A competência de julgar será da Seção de Dissídios Individuais (SBDI-1) no prazo de 8 dias para interpor. Não cabe os embargos infringentes sobre decisão em consonância a Súmula do TST ou Súmula predominante, pois o próprio Tribunal irá decidir com sua legislação.
PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE:
Pressuposto específico na decisão de dissídio coletivo a ser revisada, a competência originária do TST e decisão a ser reanalisada não for unânime neste Tribunal. 
Os pressupostos objetivos incluídos são regularidade formal, tempestividade quando o recurso é interposto em momento correto. Pois precisa estar com base na norma para impetrar no prazo de 8 dias úteis. Necessita de recolhimento de custas de até 2% da causa além do preparo recursal no valor teto da decisão desfavorável de R$ 20.118,30 por ser requisito para recorrer, exceto detentor de Justiça Gratuita ou Ente Público conforme artigo 899, §10 da CLT.
Os pressupostos subjetivos incluídos são recorribilidade da decisão errônea, recurso adequado para o momento processual, capacidade processual para estar em juízo além de ações que necessitam de advogado e legitimidade para recorrer, conforme a lei autoriza, caso não tenha advogado não pode interpor Embargos Infringentes sem parte com capacidade postulatória. Se a decisão afetou o recorrente. 
EFEITOS APLICADOS AO RECURSO:
Efeito Modificativo caso seja reconhecido pela turma de dissídios coletivos do TST, haverá mudança na decisão com conhecimento de provas e direitos levadas ao processo.
Efeito Devolutivo o mesmo juízo que entendeu de forma divergente fará a reanálise da matéria e provas para decidir novamente, com base na jurisprudência do TST. Ficará limitado na matéria arguida pelo recorrente, não podendo ultrapassar aos requisitos.
Efeito Translativo caso ocorre questão de ordem pública, o juízo poderá decidir de ofício ou a pedido. 
PRINCÍPIOS QUE INTERFIRAM:
Princípio da Celeridade, caso ocorra reforma na decisão judicial em sede de Recurso Ordinário, o Tribunal reconhecendo que o processo tiver condições de imediato julgamento, irá fazê-lo, seguindo a Teoria da Causa Madura conforme artigo 1.013, §3º e 4§ do CPC. Evitando a remessa dos autos para o Juízo “a quo”, julgando o mérito e causas processuais de interesse público.
Princípio da Tipicidade, apenas cabe um recurso por momento processual, com base no artigo 893, inciso I, da CLT.
CLASSIFICAÇÃO DO RECURSO:
O recurso tem natureza ordinária, podendo discutir fatos e provas no processo, o recurso não tem vinculação quanto as matérias e provas, podendo alterá-las caso prove, este recurso considerado dependente de decisão errônea do TST para impugnar. 
8. AGRAVO INTERNO OU REGIMENTAL
HIPÓTESES DE CABIMENTO:
O recurso cabível em decisões monocráticas pelo relator do TRT ou TST. O competente será o tribunal pleno, com fulcro no artigo 709, §1 da CLT e Artigo 894, §3º da CLT e Lei 7.701/1988. No regimento interno do Tribunal tem disposição legal que cabe o Agravo Regimental. Não pode ser interposto para recorrer de decisão colegiada.
O STF manifestou pela criação de competência no regimento interno do próprio Tribunal que assegure reexame da matéria pelo colegiado do Tribunal. Com base no doutrinador CISNEIRO “cabível o agravo interno (ou regimental) tiver por objetivo atacar decisão monocrática de ministro do STF, inclusive de denegação de seguimento a recurso extraordinário”.
O Recurso com base nos doutrinadores Gustavo Cisneira a nomenclatura trata como sinônimos entre Agravo Interno e Agravo Regimental e Carlos Henrique Bezerra Leite define Agravo Regimental escopo de redefinir a decisão do relator do Tribunal e Agravo Interno para impugnar decisões monocráticas em sede de recurso ao Tribunal.
PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE:
Não tem depósito recursal nem custas, pois já interposto o recurso originário, por estar no mesmo Tribunal para decisão. O prazo recursal será de 8 dias, mas poderá ter previsão diversa no regimento interno do Tribunal, não aplicando o artigo 1.021 do CPC.
Todavia, o depósito recursal será dispensado quando o Recurso de Revista fora trancado, e foi interposto Agravo Interno para aplicar a Jurisprudência do TST, pois houve erro do juízo ao não decidir conforme o entendimento do TST, base legal no artigo 899, §8 da CLT. Os pressupostos objetivos incluídos são regularidade formal, tempestividade na interposição do recurso no prazo legal de 5 dias.
Os pressupostos subjetivos incluídos são recorribilidade da decisão monocrática do recurso adequado para o momento processual, capacidade processual para estar em juízo além de ações que necessitam de advogado e legitimidade para recorrer, conforme a lei autoriza, pois só poderá recorrer parte sem capacidade postulatória até em sede de Recurso Ordinário, logo tendo a decisão afetado diretamente o recorrente.
EFEITOS APLICADOS AO RECURSO:
Efeito Devolutivo meramente será feita a reanálise de matéria pelo relator e depois o tribunal pleno que julgará.
Efeito Modificativo caso seja reconhecido pela turma do TST ou STF haverá mudança na decisão com conhecimento de provas e direitos levadas ao processo.
PRINCÍPIOS QUE INTERFIRAM:
Princípio da Fungibilidade só caberá o recurso de Agravo Interno ou Regimental da decisão monocrática nos Tribunais, com base no artigo 893, inciso IV da CLT. Todavia, se ocorrer interposição de R.O contra despacho que indeferir liminarmente a Inicial em processo de competência originária dos Tribunais, o R.O será recebido como Agravo Regimental, com base na OJ 69 da SDI-2 do TST.
Princípio da Retratação o relator poderá retratar-se do Recurso, após recebe-lo. O colegiado do Tribunal processará o recurso do mesmo órgão, com base no artigo 236 do Regimento Interno do TST. 
CLASSIFICAÇÃO DO RECURSO:
	As contrarrazões do recurso já estão no recurso originário, este Agravo Interno ou Regimental serve para apenas reanálise do recurso pelo colegiado do Tribunal.
O Recurso tem fundamentação vinculada, logo sua interposição só discutirá a matéria do Recurso trancado. O Recurso é dependente por necessitar de outro recurso esteja trancado, O Recurso tem natureza ordinária por destrancar o recurso interposto originalmente para outro juízo de admissibilidade.
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Aula VIII – Direito Processual do Trabalho II – Parte 1, professor Neilor Ribas.
Aula VIII – Direito Processual do Trabalho II – Parte 2, professor Neilor Ribas.
Aula IX - Direito Processual do Trabalho II - parte I, professor Neilor Ribas.
Aula IX - Direito Processual do Trabalho II - parte II, professor Neilor Ribas.
Aula X - Direito Processual do Trabalho II - Agravo Interno/Regimental, professor Neilor Ribas.
Aula X - Direito Processual do Trabalho II - Agravo de Petição,professor Neilor Ribas.
Aula XII - Direito Processual do Trabalho II - Recurso de Revista, professor Neilor Ribas.
LEITE, Carlos Bezerra, Curso de Direito Processual do Trabalho [Minha Biblioteca]
Gustavo, C. Processo do Trabalho Sintetizado, 2ª edição. [Digite o Local da Editora]: Grupo GEN, 2018. 9 [Minha Biblioteca]
Consolidação das Leis Trabalhistas, DECRETO-LEI Nº 5.452, DE 1º DE MAIO DE 1943
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