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TCC SERVIÇO SOCIAL

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TRATAMENTO FORA DO DOMICÍLIO NO CONTEXTO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE E A RELAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL JUNTO AO USUÁRIO DO PROGRAMA TFD
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à disciplina de TCC – do Curso de Serviço Social – do Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI, como exigência parcial para a obtenção do título de Bacharel em Serviço Social.
Tutor – Orientador Local: 
marabá/pa
2018
TRATAMENTO FORA DO DOMICÍLIO NO CONTEXTO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE E A RELAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL JUNTO AO USUÁRIO DO PROGRAMA TFD
 por 
Trabalho de Conclusão de Curso aprovado do grau de Bacharel em Serviço Social, sendo-lhe atribuída à nota “______” (_____________________________), pela banca examinadora formada por:
 ___________________________________________
Presidente: 
 ____________________________________________
Membro: 
 ____________________________________________
Membro: 
MARABÁ/pa
05/12/2018
 DEDICATÓRIA
Dedico o presente trabalho aos familiares, para meus irmãos e irmãs que não pouparam elogios pela a minha iniciativa significante e sempre me motivaram de alguma forma para que eu não desistisse dessa batalha.
Dedico a minha mãe, que mesmo não estando mais entre nós, tenho certeza que esteve e sempre estará presente.
Ao meu filho Júnior que na minha ausência fez companhia ao seu irmão Kaike que apesar da pouca idade soube compreender minha falta e as vezes até me acompanhou pra faculdade. 
Dedico aos meus filhos Kelvin e Bruno (in memoriam) acredito que de onde estiverem estão orgulhosos por mim, sempre os amarei.
Também ao meu sobrinho Bruno Pereira (in memoriam) que foi um grande exemplo de sabedoria apesar de ser bem novo e ter nos deixado há pouco tempo.
Não poderia deixar de dedicar especialmente também ao meu companheiro que de início não acreditava que eu concluísse este curso e não aceitava, de forma a não colaborar com nada que me favorecesse, mas no decorrer dessa jornada ele passou a ver o quanto ele se enganou e hoje tanto acredita como colabora direto e indiretamente. 
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus pelo o dom da vida, pela a minha fé, pelos momentos em que a busquei e me sentir confortada, pois foram muitas as dificuldades para chegar até aqui e tenho certeza de que sozinha eu não chegaria.
Agradeço a minha família que sempre esteve ao meu lado apoiando e incentivando para que conseguisse alcançar meu objetivo. 
À minha mãe (in memoriam) que tenho certeza de onde estiver torce por mim e esteve sempre ao meu lado nessa jornada, agradeço ao meu pai que apesar da distância, de alguma forma sempre me apoiou.
Aos meus irmãos que souberam entender minha ausência, compartilharam minhas aflições e com certeza sentem orgulho de mim por essa conquista.
Agradeço às minhas colegas de curso que durante esta caminhada souberam dividir seus conhecimentos suas experiências de vida, em especial a Derace Muriel, Jackeline Simplício, Alessandra Santos e Gleides Torquato as quais eu acredito que continuaremos unidas.
Às orientadoras Katiane Chaves, e principalmente a Wilda Meireles pela atenção que a mim não dispensou durante o processo de construção desse trabalho. Obrigado pelo apoio, dedicação e colaboração que não foram poucos.
Deixo aqui meus agradecimentos a toda à equipe de colaboradores do Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI, desempenham um trabalho excelente, pois todos os ambientes físicos da instituição se encontram limpos, organizados excelentes para uso, oferecendo a seus alunos o que há de melhor, temos facilidade para acessar todos os ambientes da instituição como salas de aula, laboratórios, auditório, recepção, sistema financeiro entre outros, temos elevadores e escadas de acesso as salas de aulas, ambientes climatizados; os profissionais de ensino tutores orientadores são capacitados para nos atender da melhor forma possível, são excelentes nos dão o suporte necessário para desempenho e crescimento do necessário, os laboratórios de informática bem como a biblioteca dão todo o suporte necessário, enfim estrutura física e de profissionais são de excelência. 
A persistência e o caminho do êxito.
Charles Chaplin
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
	CFAS 
CNAS
CNRAC
CRAS
IBASE
IPEA
LOAS
MDS
MEC
OMS 
ONU 
ONGs
PBF 
PETI
PIB
PNAD
PSE
PSM
PTR
SENARC
SUAS 
TCC
TFD
UNIASSELVI
UNICEF
	Conselho Federal de Assistência Social
Conselho Nacional de Assistência Social
Centro Nacional de Regulamentação de Alta Complexidade
Centro de Referencia Especializado em Assistência Social
Instituto Brasileiro de Analise Social
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada 
Lei orgânica da Assistência Social 
Ministério do Desenvolvimento Social
Ministério da Educação
Organização Mundial da Saúde
Organização das Nações Unidas 
Organizações Não Governamentais
Programa Bolsa Família 
Programa de Erradicação do Trabalho Infantil
Produto Interno Bruto 
Pesquisa Nacional de amostragem de Dados
Plano Brasil Sem Miséria
Proteção Social Especial 
Programa de Transferência de Renda
Secretaria Nacional de Renda e Cidadania
Sistema de Assistência Social
Trabalho de Conclusão de Curso
Tratamento Fora do Domicílio
Centro Universitário Leonardo da Vinci
Fundação das Nações Unidas
RESUMO
O profissional de Serviço Social tem um perfil abrangente dando-lhe oportunidades de se inserir no mercado de trabalho atuando por meio de intervenções na garantia de direitos do usuário, assim colocando em prática seu trabalho na área de políticas públicas com atuação no Ministério Público, Juizado da infância e adolescência, Promotoria Pública, Previdência Social, Saúde, Assistência Social, Educação, Habitação, Emprego e Geração de Renda, Meio Ambiente, em empresas privadas e ONGs. Este Trabalho Conclusão de Curso tem como temática “Tratamento Fora do Domicílio –TFD no contexto do sistema único de saúde e a relação do Serviço Social junto ao usuário do programa TFD”. O Tratamento Fora de Domicílio – TFD, instituído pela Portaria nº. 55/99 da Secretaria de Assistência à Saúde (Ministério da Saúde), é um instrumento legal que visa garantir, através do SUS, tratamento médico a pacientes portadores de doenças não tratáveis no município de origem quando esgotado todos os meios de atendimento. Em Marabá este programa busca suprir a carência de tratamento de doenças não tratáveis no município, uma vez que alguns municípios brasileiros não dispõem desse benefício. Por consequência o TFD vem criar mais uma forma de contribuir para minimizar as carências por especialidades médicas, colaborando para que os usuários que necessitam do tratamento venham a ter mais uma alternativa à prestação do serviço, pois este programa oferece o transporte, estadia para enquanto durar o tratamento e ajuda de custo para o paciente e seu acompanhante durante o período que for necessário (Portaria/SAS/Nº055 de 24 de fevereiro de 1999). Pois, sabe-se que a maioria dos usuários TFD, se encontra em situações de vulnerabilidade econômica e social. A importância do Tratamento Fora do Domicílio torna-se mais explícita quando se verifica que muitos usuários do SUS não possuem condições financeiras para deslocarem-se do município residente. Desta forma, podemos então afirmar que o TFD tem por missão viabilizar assistência integral à saúde dos usuários do Sistema Único de Saúde, proporcionando o acesso aos serviços de saúde especializados em outros municípios ou Estados da Federação, quando esgotados todos os recursos técnicos ou profissionais no município ou Estado de residência do usuário, segundo as metas pactuadas e legislações vigentes. No entanto, trata-se de uma pesquisa do tipo qualitativa, onde utilizou do método de levantamento bibliográfico, que fundamentou teoricamente o esboço do trabalho, pautando em referenciais teóricos tais como: Regina Celia Tomoso Mioto (especialista e doutora em ciências politicas e politicas sociais)Vera Maria Ribeiro Noqueira (Formada em Serviço social e estudiosa sobre Politicas Sociais na área da Saúde).
PALAVRAS-CHAVE: Tratamento Fora do Domicílio –TFD, Serviço Social, carência de tratamento.
SUMMARY
The Social Work professional has a comprehensive profile giving him opportunities to enter the labor market acting through interventions in the guarantee of user rights, thus putting into practice his work in the area of ​​public policies with action in the Public Prosecution, the Public Prosecutor's Office, Social Welfare, Health, Social Assistance, Education, Housing, Employment and Income Generation, Environment, in private companies and NGOs. This Work Completion Course has the theme "Treatment Out of Domicile -TFD in the context of the single health system and the Social Service relationship with the user of the TFD program. " The Out-of-Home Treatment - PDT, established by Administrative Rule no. 55/99 of the Department of Health Care (Ministry of Health), is a legal instrument that aims to guarantee, through the SUS, medical treatment to patients with non-treatable diseases in the municipality of origin when all means of care are exhausted. In Marabá this program seeks to supply the lack of treatment of non-treatable diseases in the municipality, since some Brazilian municipalities do not have this benefit. As a result, TFD has created another way of helping to minimize the shortage of medical specialties, helping to ensure that users who need treatment will have another alternative to the service, since this program offers transportation, stay for as long as it lasts the treatment and cost support for the patient and his / her companion during the period that is necessary (Portaria / SAS / Nº055 of February 24, 1999). For, it is known that most PDT users are in situations of economic and social vulnerability. The importance of Out-of-Home Treatment becomes more explicit when it is verified that many SUS users do not have the financial conditions to move from the resident municipality. In this way, we can affirm that the TFD's mission is to provide comprehensive health care for users of the Unified Health System, providing access to specialized health services in other municipalities or states of the Federation, when all technical or professional resources have been exhausted. municipality or State of residence of the user, according to the agreed goals and current legislation. However, it is a research of the qualitative type, where it used the method of bibliographical survey, which theoretically based the sketch of the work, guiding in theoretical references such as: Regina Celia Tomoso Mioto (specialist and doctor in political sciences and social politics ) Vera Maria Ribeiro Noqueira (Graduated in Social Service and researcher on Social Policies in the Health area).
KEY WORDS: Out-of-home treatment -TFD, Social Work, lack of treatment.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ..........................................................................................................12
2 PRATICAS DO ASSISTENTE SOCIAL NA AREA DA SAÚDE...........................13
2.1 POLITICAS DE SAÚDE NO BRASIL: A TRAJETORIA DO DIREITO A SAÚDE.15
2.2TRATAMENTO FORA DO DOMICILIO NO CONTEXTO DO SISTEMA ÚNICO.18
2.3CONCEITO DE SAÚDE........................................................................................23
2.4 CONCEPÇÃO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE ..............................................25
3 DIFICULDADES ENFRENTADAS PELOS USUARIOS DO SUS QUE NECESSITAM DE TRATAMENTO FORA DO .........................................................27
3.1 ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NO TFD..................................................28
3.2 DOENÇAS DE ALTA E MÉDIA COMPLEXIDADE QUE NECESSITAM DE TRATAMENTO VIA TFD............................................................................................30
3.3 DIREITOS E OBRIGAÇÕES DOS USUARIOS QUE REALIZAM TRATAMENTO FORA DO DOMICILIO...............................................................................................30
4 JUSTIFICATIVA......................................................................................................32
5 OBJETIVOS DA PESQUISA .................................................................................33
5.1 OBETIVO GERAL...............................................................................................33
5.2 OBJETIVO ESPECÍFICO.....................................................................................33
6 METODOLOGIA DE PESQUISA............................................................................34
7 ANALISE DOS DADOS DA PESQUISA...............................................................34
7.1 APRESENTAÇÃO DOS DADOS.........................................................................35 
7.2 ANÁLISE DOS DADOS........................................................................................35
7.3 RESULTADOS.....................................................................................................35
7.4 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS......................................................................36
8 CONCLUSÃO........................................................................................................38
REFERÊNCIA.......................................................................................................... 41
ANEXOS...................................................................................................................44
1 INTRODUÇÃO
O presente Trabalho de Conclusão de Curso é fruto da experiência acumulada ao longo do processo de formação acadêmica, em especial das atividades desenvolvidas no período de estágio curricular em serviço social, realizado na Secretaria Municipal de Saúde de Marabá - PA, mais especificamente no setor de Tratamento Fora do Domicílio - TFD que é um instrumento legal que visa garantir, através do SUS, o tratamento médico a pacientes com doenças não tratáveis no município de origem, por falta de condições técnicas ou profissionais.
Este trabalho propõe a oferecer subsídios para que se possa avançar na compreensão sobre as relações que constituem o Sistema Único de Saúde – SUS, que vão se expressar na realidade vivenciada pelo usuário do SUS, é importante lembrar que saúde está relacionada a uma vida saudável, como aponta Santos, (Apud, COELHO,2008, p15).
Quando falamos em saúde, não significa que exclusivamente o bem-estar do corpo físico, mas também de um conjunto de obras necessárias para uma vida saudável, como: alimentação, habitação, vestuário, transporte, lazer, educação, segurança e condições para que o cidadão possa trabalhar é poder suprir os gastos da família, juntando tudo isso a um bom uso do meio ambiente, saúde é igual a desenvolvimento.
O Programa de Tratamento Fora de Domicílio (TFD) é um instrumento legal que visa garantir, por meio da rede pública de saúde, o atendimento médico a pacientes portadores de doenças não tratáveis em seus municípios de origem por falta de condições técnicas ou profissionais, mediante o custeio das passagens e diárias necessárias para o deslocamento e estada desses pacientes, enquanto durar o tratamento. Dessa forma, constitui-se elo entre o paciente usuário do Sistema Único de Saúde (SUS) e o prestador do serviço de saúde, funciona como instrumento de cidadania e inclusão social e colabora para o efetivo funcionamento de outras políticas de saúde. 
A importância do TFD torna-se mais explícita quando se verifica que muitos usuários do SUS não possuem por vezes condições financeiras para deslocarem-se dos municípios de suas residências, em razão de não encontrarem mais ali, possibilidades para o tratamento adequado do qual necessitam para a conservação ou promoção de sua saúde. Visto dessa forma, não é difícil perceber que o TFD, em muitos casos, pode significar até mesmo a sobrevivência de muitos cidadãos.
O Tratamento Fora do Domicilio-TFD é um instrumento legal criado pelo ministério da Saúde para garantir o atendimento a todos os pacientes do Sistema Únicode Saúde – SUS, com necessidades médicas não tratáveis no município de origem. Assim, no SUS existe a previsão de que o usuário realize seu tratamento em outra região, o chamado Tratamento Fora de Domicílio, constituído a partir da legislação, como direito, considerando os princípios da territorialidade e regionalização do sistema (ALMEIDA, CASTRO e LISBOA, 1998).
Por Lei o TFD deve abranger: consultas, tratamento ambulatórios, hospitalar e cirurgias previamente agendadas, custeio de atendimento e alimentação, incluindo acompanhante caso necessário durante todo o tratamento.
De modo geral os médicos responsáveis pelo encaminhamento do paciente ao Tratamento Fora do Domicilio são associados ao Sistema Único de Saúde, todo paciente que necessitar do TFD deve solicitar ao médico que o acompanha o preenchimento do formulário do TFD, esse formulário deve ser passado junto com o laudo médico à Secretaria de Saúde onde uma comissão fará a análise a fim de aprovação do pedido.
Todo o protocolo do TDF deve ser respeitado já que a Secretaria de Saúde tem número limitado de tratamentos por mês, podendo ser agendado para o mês seguinte.
Os atendimentos do TFD são de exclusivos do Sistema Único de Saúde, todo cidadão para fazer parte dos programas de saúde, devem ter o cartão do Sistema Único de Saúde, a qual é fornecida gratuitamente na Secretaria de Saúde, todos os direitos para uso desse instrumento são garantidos por lei através da portaria n° 055 de 24 de fevereiro de 1999: que dispõe sobre rotinas do PTFD no SUS, com inclusão dos procedimentos específicos.
São muitos os serviços oferecidos pelo TFD, para melhor conhecimento basta consultar o site do Ministério da Saúde ou procurar o Conselho Municipal de Saúde.
 E importante ressaltar que o TFD não e órgão vinculado a Secretaria de Saúde e sim um instrumento da mesma, porém está presente em todos os municípios brasileiros.
O motivo pela criação deste instrumento veio em virtude de um número crescente de brasileiros com doenças consideradas de média e alta complexidade, que na maioria das vezes, são progressivas, degenerativas, incapacitantes e incuráveis, e que necessitam de um atendimento especial com uma equipe médica multidisciplinar, medicamentos de alto custo e exames complexos, que o governo estadual recebeu a real necessidade de implantação de um instrumento que abrangesse a esse número de pacientes.
De acordo com a Lei 8.080 de 19 de setembro de 1990, a saúde é um direito de todos, no seu artigo 2º diz que “a saúde e um direito fundamental ao ser humano, e o estado deve promover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício”. 
2 PRÁTICA DO ASSISTENTE SOCIAL NA ÁREA DA SAÚDE PÚBLICA
O profissional de Serviço Social tem um perfil abrangente dando-lhe oportunidades de ser inserido no mercado de trabalho atuando por meio de intervenções na garantia de direitos do usuário, assim colocando em prática seu trabalho na área de políticas públicas com atuação no Ministério Público, Juizado da infância e adolescência, Promotoria Pública, Previdência Social, Saúde, Assistência Social, Educação, Habitação, Emprego e Geração de Renda, Meio Ambiente, em empresas privadas e ONGs entre outras.
Sabe se que o Serviço social ganhou forças e resultados ao longo de sua recente história de atuação no âmbito social brasileiro. O Assistente Social tem em seu papel assegurar que os direitos sociais sejam respeitados e cumpridos, tais como: eliminação de qualquer tipo de preconceito; garantia dos direitos humanos; direito a democracia; direito a liberdade; acesso a bens e serviços advindos de politicas públicas em benefícios da comunidade; defesa dos direitos humanos; direito a uma vida saudável, direito a atendimento a saúde de qualidade, entre outros direitos.
No que refere ao Serviço Social as requisições que incidem sobre suas práticas sociais revelam-se tanto na participação nas novas modalidades de gestão ou nos atuais processos de aperfeiçoamento da gestão, no engajamento e na organização de modelos eficientes e eficazes, nos planejamentos, comissões acompanhamentos de convênios, contratos de gestão entre outros, quanto também nas ações emergenciais, na contenção da demanda, nos plantões, reproduzindo a lógica individualista, curativa e predominantemente assistencial. (SOUZA BRAVO MENEZES, 2012).
Segundo o Código de Ética do Assistente Social, o profissional em Serviço Social tem o direito de manter contato direto com a população usuária, junto aos seus locais de moradia e de organização permitindo estabelecer vínculos com seus movimentos e apreender as suas demandas.
O Assistente Social tem sua profissão regulamentada na Lei nº 8.662/93 que rege todo o fazer do profissional. Assim sendo, coloca no centro de debates a necessidade de compreender atribuições e competências profissionais de assistentes sociais, possibilitando a ampliação das capacidades interventivas, além de dar o aperfeiçoamento de instrumentos já consolidados e debates sobre interdisciplinaridade, abre espaço para o enfrentamento institucional no tocante e requisição profissionais historicamente naturalizadas além de instrumentalizar a defesa de condição de trabalho.
 O assistente social tem sua profissão regida pelos conselhos CFESS/CRESS, o Conselho Federal de Serviço Social – CFESS, sendo uma autarquia pública federal tem a atribuição de orientar, disciplinar, normatizar, fiscalizar e defender o exercício profissional do assistente social, em conjunto com os Conselhos Regionais de Serviço Social (CRESS) para além de suas atribuições contida na Lei nº 8.662/93 a entidade vem promovendo nos últimos trinta anos ações políticas para a construção de um projeto de sociedade radicalmente democrático, anticapitalista e em defesa dos interesses de classe trabalhadora. 
Destaca-se dentre as áreas de atuação do profissional em Serviço Social, sua inserção na área da saúde que surgiu a partir da década de 40. O profissional de Serviço social na saúde tem sua atuação regulamentada pela a Lei Orgânica de Saúde que estabeleceu as condições de promoção, a proteção e o funcionamento dos serviços, que correspondem a essas atribuições e regulam as atividades e ações de serviço de saúde por todo o território nacional.
Sabe-se que, na saúde os avanços conquistados pela a profissão no âmbito do exercício profissional são considerados insuficientes, pois o Serviço Social chega à década de 1990 ainda com uma incipiente alteração do trabalho institucional; continua enquanto categoria desarticulada do Movimento da Reforma Sanitária, sem nenhuma explícita e organizada ocupação na máquina do Estado pelos setores progressistas da profissão (encaminhamento operacionalizado pela a Reforma Sanitária) e insuficiente produção sobre “as demandas postas à prática em saúde “ BRAVO,1996. 
No que se refere ao assistente social como profissional na área da saúde, é fundamental evidenciar sua importância em apropriar-se das contradições que perpassam a política de saúde para que se engaje no processo de defesa do SUS, através de sua atuação nos espaços sócio- ocupacionais e como fomentadores do debate acerca da luta pela a efetivação do direito à saúde.
2.1 POLÍTICAS DE SAÚDE NO BRASIL: A TRAJETÓRIA DO DIREITO À SAÚDE
A compreensão do processo de atuação do Serviço Social no âmbito hospitalar, especialmente no que concerne ao Tratamento Fora de Domicílio, requer um olhar mais apurado sobre a política de direitos que legitima tal atendimento e posiciona os hospitais no contexto deste sistema de garantia de direitos. Todavia, ainda antes disso, há que se compreender a centralidade que a questão “saúde” ocupa na vida humana e a coloca no patamar da política de direitos. Saúde pode ser compreendida de diferentes modos. Embora, para que se compreenda sua concepção atual, seja mais prudente compreendê-la em sua evolução, no estudo realizado, parte-se do entendimento de que saúde passa a incorporar as dimensões da cidadania e dos direitos humanos, o que está presente na carta constitucional. 
Apesar de recente, no Brasil, esta dimensãodeterminou a inscrição da saúde no conjunto das políticas que compõe a Seguridade Social brasileira, tendo passado a ser “direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação” (BRASIL, 2001, p. 86).
Os aspectos relacionados com a questão federativa e os serviços de saúde pública sempre estiveram presentes no contexto social e político do Estado brasileiro. A assistência à saúde está presente em todas as constituições brasileiras desde o período imperial até a dos dias atuais. Para Augusto (1989), o cuidado com a saúde integra as atribuições governamentais do Estado brasileiro desde que este foi constituído, no entanto a forma como se dá a intervenção estatal e a concepção do que seja promover a saúde pública ou coletiva vem se alterando ao longo do tempo. 
A questão federalista também presente desde a Proclamação da República em 1889 influencia o desenho das políticas de saúde. De acordo com Viana e Machado (2009), os sistemas de proteção social, por suas características distintas, podem influenciar diferentes arranjos federativos, assim como podem ser influenciados por estes, uma vez que esses sistemas podem o ser elemento chave do padrão de intervenção estatal e do funcionamento da estrutura federativa. 
Neto et al. (2010) enfatizam que os problemas de saúde pública da Primeira República eram decorrentes da interdependência sanitária, no sentido de que os problemas atingiam a todas as camadas da sociedade indistintamente, pois as condições de carência e destituição de um determinado grupo social cada vez mais atingia outros grupos. O modelo de proteção social deveria então contemplar todas as classes sociais indistintamente, sendo necessário o envolvimento do governo central e dos governos subnacionais. A tomada de consciência coletiva que levou ao consenso a respeito da necessidade do enfrentamento da interdependência sanitária teve como um dos seus principais atores o Movimento Sanitarista Brasileiro da década de 1910. 
O período pós 1930, para as políticas de saúde, pode ser caracterizado como “dual e fragmentado, momento em que dois ministérios federais passam a dividir atribuições na oferta de serviços de saúde” (VIANA; MACHADO, 2009, p.810): o Ministério da Educação e Saúde Pública (MESP) e o Ministério do Trabalho Indústria e Comércio (MTIC), ambos criados em 1930. 
Interessava ao governo Vargas, conforme Santos, Barbosa e Gomes (2009), a construção de um Estado nacional, centralizador e intervencionista. O atendimento às demandas decorrentes dos conflitos urbanos seria implementada pelo MITC enquanto que a da população rural, fora do mercado de trabalho, pelo MESP. No desenho das políticas percebe-se o caráter corporativista das políticas do MTIC e o universalista das políticas do MESP. 
O período compreendido dos anos 60 até a promulgação da Constituição de 1988 corresponde ao período da ditadura militar e início do processo de redemocratização do Brasil. Para Viana e Machado (2009), no início dos anos sessenta, discutia-se um novo arranjo federativo, via descentralização com contornos municipalistas. No período autoritário (de 1964 a meados dos anos 80) adotou-se um arranjo federativo concentrador, com o poder financeiro e normativo centrado na União. 
As características das relações entre os entes governamentais no Estado brasileiro durante a ditadura militar eram, conforme Arretche (2000, p.45),“muito mais próximas às formas que caracterizam um Estado unitário do que daquelas que caracterizam uma federação”. Foi nesse cenário que o Sistema Brasileiro de Proteção Social se consolidou, tendo como principais características a centralização financeira e administrativa por parte do governo federal. As políticas de saúde tinham a execução financeira e administrativa centralizada no Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS) e nos programas do Ministério da Saúde (de orientação vertical). Aos estados e municípios competia o papel de elaborar seus projetos nos moldes exigidos pelas agências centrais de gestão das políticas de saúde.
Na década de 80, a realidade social da maior parte dos cidadãos brasileiros era a exclusão do direito à saúde, que na época era prestada pelo INAMPS e se restringia aos trabalhadores com carteira assinada que para ele contribuíam. A atuação do Ministério da Saúde se restringia às atividades de promoção da saúde e prevenção de doenças, as quais eram realizadas em caráter universal, com a assistência médico-hospitalar para poucas doenças e atendimento dos indigentes, considerados como aqueles excluídos do acesso ao atendimento pelo INAMPS. 
Fernandes (2011) ressalta que a proliferação de serviços privados de saúde incentivados por práticas governamentais para destino de recursos orçamentários para a construção e reforma de hospitais particulares entre os anos de 1970 e 1974 e a crise no financiamento do sistema de previdência social, agravada pela recessão econômica mundial nos anos 80 ajudaram a criar a atmosfera política favorável à discussão de mudanças no sistema de saúde vigente à época. 
Nesse mesmo sentido, Silva (2011) enfatiza que a saúde passou a despertar a atenção de outros atores que não os da área técnica do setor, assumindo assim uma dimensão política vinculada à ideia de democracia, este fato contribui para um amplo debate na sociedade civil em torno das condições de saúde da população brasileira. Dos sujeitos políticos coletivos que tiveram participação preponderante nas discussões destacam-se, ainda seguindo o pensamento de Silva (2011), as entidades representativas dos profissionais de saúde, o Movimento Sanitário, os partidos políticos e os movimentos sociais urbanos, estes por meio de eventos em articulação com outras entidades da sociedade civil. 
Ao regulamentar o SUS e as ações e serviços de saúde em todo o território brasileiro, a Lei 8080/90 estabeleceu, conforme o artigo 7º, a universalidade do acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência. Observa-se que o TFD foi instituído como forma de possibilitar que as políticas de saúde possam cumprir as determinações contidas no texto constitucional regulamentado pela Lei 8080/90 de modo universal e igualitário, por meio do encaminhamento de pacientes portadores de moléstias classificadas como de média e alta complexidade aos serviços públicos de saúde, dadas as determinações e limitações do Programa.
2.2 TRATAMENTO FORA DO DOMICÍLIO NO CONTEXTO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE 
O Tratamento Fora de Domicílio (TFD) é o instrumento legal que visa tornar possível o tratamento, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), aos cidadãos portadores de enfermidades não tratáveis em seu município de origem, mediante o custeio de passagens e diárias. 
O Sistema Único de Saúde - SUS é um conjunto de ações e serviços de saúde, prestado por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da administração pública direta e indireta e das fundações que são mantidas pelo poder público. E ainda incluem-se, nele, as instituições públicas federais, estaduais e municipais de controle de qualidade de serviços, entre elas destaca-se o TFD - Tratamento Fora do Domicílio que foi implementado através no Sistema Único de Saúde, sendo um programa do governo de grande relevância para a população usuária. 
A Constituição de 1988 institucionalizou e ampliou o conceito de saúde como um direito de todos e um dever do Estado brasileiro através dos Artigos 196 e 197, que definem que “a saúde é direito de todos e dever do Estado” e que determinam que “são de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado.” (BRASIL, 2001, p. 86).
Desta forma, a regulamentaçãoda criação de um Sistema Único de Saúde – SUS foi estabelecida através das Leis Orgânicas da Saúde/SUS: a Lei 8080/90, que dispõe sobre as condições para a organização e o funcionamento do SUS, e a Lei 8142/90, que trata da participação da comunidade e das formas de financiamento das ações e serviços de saúde. A Política de Saúde, juntamente com a Política de Assistência Social e de Previdência Social, compõe o tripé da seguridade social no Brasil.
Com a evolução do processo de descentralização da gestão do SUS e a organização da rede assistencial sendo de fundamental importância, houve a necessidade de redefinição de papéis dos gestores do SUS nas três esferas de governo o que foi legitimada a partir das publicações de portarias ministrais, inclusive a portaria SAS/MS nº 055/1999, essa portaria instituiu o Tratamento Fora do Domicílio 
como instrumento importante que dar o acesso dos usuários ao sistema de saúde fora do domicílio, isso quando tendo esgotado todas as possibilidades e alternativas de solução no município de sua moradia ou no Estado, desde que sejam obedecidas as normas e a essência de seu objeto de direito. 
Relata-se então que o Tratamento Fora do Domicílio, contemplado nas legislações vigentes no SUS, e na tabela de procedimentos, medicamentos e OPM do SUS (sigtap.datasus.gov.br). Esse instrumento tem como vocação a viabilização do fluxo de referências e contra referências de usuários para serviços de alta e média complexidade, esses conveniados ao SUS do seu próprio Estado ou fora dele. 
Desta forma, podemos então afirmar que o TFD tem por missão viabilizar assistência integral à saúde dos usuários do Sistema Único de Saúde, proporcionando o acesso aos serviços de saúde especializados em outros municípios ou Estados da Federação, quando esgotados todos os recursos técnicos ou profissionais no município ou Estado de residência do usuário, segundo as metas pactuadas e legislações vigentes.
Pode-se entender que o TFD como instrumento tem o objetivo de subsidiar as Secretarias Municipais de Saúde e os Centros Regionais de Saúde da secretaria de Estado de Saúde, na organização e operacionalização do Tratamento Fora do Domicílio, além de fornecer orientações técnicas e instrumentos aos gestores Municipais e Estaduais de Saúde, diretores regionais e aos profissionais da área de saúde, sobre o PTFD, com vistas à garantia de direito do usuário à saúde. 
Visto que, o Programa de Tratamento Fora do Domicílio por ser um instrumento legal que visa garantir através da rede pública, o atendimento médico a pacientes com doenças não tratáveis em seu município de origem, é de sua responsabilidade o custeio das passagens e diária necessária para o deslocamento e estada desses pacientes enquanto durar o tratamento. Constitui-se dessa forma o elo entre o paciente usuário do SUS e o prestador de serviço de saúde, funciona como um instrumento de cidadania e inclusão social e colabora para o efetivo funcionamento da política de saúde.
As organizações e serviços do SUS compõem uma rede de atenção em saúde e têm sua função e especificidade, sendo elos essenciais no cumprimento do direito à saúde. Conforme Coelho (2008), embora a legislação desenhe a oferta de serviços em rede, não se pode deixar de constatar que sua efetividade está longe de cumprir os dispositivos jurídicos e constitucionais que a definem. Assim sendo, os hospitais se inserem em uma complexa rede de atenção que deve cumprir diferentes tipos de serviços no âmbito preventivo e curativo. Pode-se considerar, portanto, que a operacionalização desta rede ainda é um desafio a ser mais bem gerenciado no contexto dos serviços e no campo do acesso ao direito à saúde.
O princípio do SUS que permite um conhecimento maior dos problemas de saúde da população de uma área delimitada vem a ser o da organização da assistência de forma regionalizada e hierarquizada em três níveis, de acordo com a complexidade das situações de saúde. São eles:
· Atenção Básica ou Atenção Primária: compreende as ações básicas, individuais e coletivas dirigidas à população ou a grupos específicos na prevenção dos agravos, na promoção da saúde, no tratamento e na reabilitação dirigidas a toda a população através de ações básicas educativas que possam intervir no processo de saúde/doença e na qualidade de vida. Podem ser focalizadas nos grupos de risco a fim de prevenir. Na atenção primária, espera-se que 85% dos problemas de saúde sejam resolvidos. Os estabelecimentos deste nível de atenção são as Unidades Básicas de Saúde, também consideradas a “porta de entrada” do sistema de saúde e que assumem como perspectiva de trabalho a saúde da família. Nos termos do Ministério da Saúde (BRASIL, 2009, p. 01), esta concepção supera a antiga proposição de caráter exclusivamente centrado na doença, desenvolvendo-se por meio de práticas gerenciais e sanitárias, democráticas e participativas, sob a forma de trabalho em equipes, dirigidas às populações de territórios delimitados, pelos quais assumem responsabilidade. Os princípios fundamentais da atenção básica no Brasil são: integralidade, qualidade, equidade e participação social. Mediante a adstrição de clientela, as equipes Saúde da Família estabelecem vínculo com a população, possibilitando o compromisso e a corresponsabilidade destes profissionais com os usuários e a comunidade.
· Atenção Secundária ou Média Complexidade: caracteriza-se por desenvolver, além das atividades classificadas como de nível primário, as atividades de atenção ambulatorial, internação, urgência/emergência e reabilitação. Os estabelecimentos correspondentes a este nível são: as policlínicas, os ambulatórios e laboratórios.
· Atenção Terciária ou Alta Complexidade: além das atividades de nível primário e secundário, neste nível, realiza-se atendimento nas especialidades que demandam tecnologia de alto custo e pessoal altamente especializado em todas as modalidades. Os estabelecimentos deste nível são: as policlínicas de referência regional, os hospitais especializados, hospitais universitários, laboratórios regionais e centrais, e hemocentros (SEEMANN, 2001).
De acordo com Cecílio (1997) a proposta de “regionalização e hierarquização dos serviços”, que pode ser visualizada na forma de uma pirâmide, foi incorporada ao ideário dos que lutam pela construção do SUS e tornou-se uma espécie de “bandeira de luta” do movimento sanitário. Isto decorre do fato de que a proposta está ligada à idéia de expansão da cobertura e democratização do acesso aos serviços de saúde para os brasileiros. Também porque, segundo o mesmo autor, o espaço propiciado por uma ampla rede básica de serviços de saúde, com responsabilidade pela atenção a grupos populacionais bem definidos (população adstrita), sempre nos pareceu como o ideal para o exercício de práticas e saberes alternativos ao modelo hegemônico vigente, sabidamente centrado no atendimento médico, medicamentalizante, com pouca ou nenhuma prática de prevenção das doenças e promoção da saúde. O espaço da rede básica seria então o lócus privilegiado para a testagem e construção de um modelo contra hegemônico de atenção à saúde (CECÍLIO, 1997, p. 470).
Além da Constituição de 1988 e das Leis Orgânicas da Saúde, importantes leis que aprimoraram a implantação de um sistema de saúde regionalizado entraram em vigor, entre elas, as Normas Operacionais Básicas de 1993 e 1996, a Norma Operacional de Assistência à Saúde (01/2001 e 01/2002), além do Pacto pela Saúde, lançado em 2006. Assim sendo, em 2006, com o lançamento do Pacto pela Saúde, novas diretrizes são preconizadas para a regionalização do sistema de saúde, baseadas em um fortalecimento da pactuação política entre os entes federados, sobretudo no âmbito municipal, e na diversidade econômica, cultural e social das regiões do país para a redefinição das “regiões de saúde”. Pode-se presumir que o Pacto pela Saúde inicia um novo ciclo de descentralização do SUS ao procurar garantir a função da regionalização de trazer os conteúdos do território para dentro das lógicas desistema e de descentralização, como forma de pensar e buscar maior coerência e aproximação entre essas duas lógicas (VIANA et al, 2008, p. 96).
O SUS é único para todo o território brasileiro, assegurando o direito ao acesso ao sistema de saúde para toda a população do país, entretanto, este acesso não se realiza da mesma forma em todos os lugares, devido às diferentes heranças territoriais e heterogeneidades presentes no Brasil. Por isso, é importante ressaltar que, no processo de regionalização, são identificadas e constituídas as regiões de saúde, que são espaços territoriais nos quais serão desenvolvidas as ações de atenção à saúde objetivando alcançar maior resolutividade e qualidade nos resultados.
Para obter o tratamento é preciso: Laudo médico, próprio do TFD, devidamente preenchido pelo médico solicitante (médico assistente do município), onde será informada a necessidade do paciente realizar o tratamento fora de sua cidade. O laudo deverá ser preenchido em 03 (três) vias, à máquina ou letra de forma, no qual deverá ficar bem caracterizada a problemática médica do paciente. Para que seja concedido, o pedido deve ser formalizado em processo próprio e constituído com os seguintes documentos:
· Pedido de Tratamento Fora de Domicílio – PTFD; 
· Laudo Médico;
· Xerox de Exames; 
· Xerox de: Certidão de nascimento (paciente menor de idade) ou carteira de identidade (paciente maior de idade); 
· Xerox da carteira de identidade do acompanhante, se houver acompanhante. 
Este laudo será encaminhado à Coordenação do TFD do Estado onde será avaliado por equipe médica especializada, que determinará o local do tratamento, sendo este realizado na localidade mais próxima de origem do paciente. Compete ao médico da Unidade, analisar e justificar a necessidade do acompanhamento, de acordo com o caso e as condições do paciente. No entanto, a Comissão Regional poderá indeferir tal necessidade, depois de analisada a justificativa apresentada. A autorização de acompanhamento que não seja imprescindível poderá está prejudicando o orçamento necessário à autorização para outros pacientes. Nos casos de procedimentos constantes da Central Nacional de Regulação de Alta Complexidade - CNRAC, compete ao Ministério da Saúde o direcionamento dos pacientes.
2.2 CONCEITO DE SAÚDE
Conforme o Art.196 da CF/88, a saúde é um direito de todos e dever do Estado, garantindo mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doenças e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a sua promoção, proteção e recuperação.
[...] a saúde é resultante das condições de alimentação, habitação, educação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso posse da terra e acesso a serviços de saúde. É assim, antes de tudo, o resultado das formas de organização social da produção, as quais podem gerar grandes desigualdades nos níveis de vida (BRASIL, 2008, p. 01).
Não podia esta Constituição deixar de colocar a questão dos direitos sociais, pois é a constituição que mais garante direitos ao cidadão. Neste sentido, o direito a saúde foi eleito pelo constituinte como de peculiar importância. A forma como foi tratada em capítulo próprio demonstra o cuidado que se teve com esse jurídico. Com efeito, o direito a saúde, por está intimamente atrelado ao direito à vida, manifesta a proteção constitucional a dignidade da pessoa humana.
Sem dúvida sabe- se que saúde é estar bem e que obviamente tendo saúde não há dores, e assim podem-se realizar as atividades do dia a dia (trabalhar, brincar, passear e etc...). Porém, é inevitável que a saúde dependa de diversas condições: do ambiente em que a pessoa vive do equilíbrio ecológico, do equilíbrio afetivo entre as pessoas, do conhecimento do próprio corpo, da visão da vida como uma passagem, do cuidado com a própria espiritualidade, da solidariedade para com os outros, da responsabilidade de manter a harmonia social, da justiça como uma atitude etc...
É certo que no Brasil, a política de saúde vem englobando serviços sanitário estatais, municipais, estaduais e federais, fundações públicas e privadas, organização de prestação de serviço assistencial, entidades filantrópicas e com fins lucrativos, empresas de medicina de grupos, cooperativas médicas, instituições universitárias, sindicatos, serviços próprios do empresariado além de outros fins, cujo objetivo principal nem sempre é a prestação de cuidados com vistas à prevenção da doença e promoção de saúde, mas sim as medidas terapêuticas quando a entidade mórbida se instala. FIGUEREDO Nébia, 2012.
É de fundamental importância ressaltar que toda a população tem o dever e o direito de saber que os serviços de saúde de seu município estão compreendidos no Plano Municipal de Saúde, que é aprovado pelo Conselho Municipal de saúde. No que se refere à saúde pública, vale salientar que é de grande importância o Sistema Único de Saúde que sendo um sistema descentralizado, deve atenuar-se por vários níveis de direção administrativa a iniciar pelo principal. Este deve assegurar o atendimento integral, independentemente da doença, com destaque nas medidas de prevenção.
2.3 CONCEPÇÃO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
Antigamente a saúde era vista somente como a ausência de doenças, o que nos deu um quadro carregado não somente das próprias doenças, mas também das desigualdades, insatisfação dos usuários, exclusão, baixa qualidade e falta de comprometimento profissional. 
O SUS possui uma rede própria e uma rede contratada. A rede própria é composta por hospitais federais, cada vez mais em menor número (porque eles estão sendo repassados aos Estados e aos Municípios), uma rede contratada, composta por um segmento lucrativo e um segmento não lucrativo (as chamadas filantropias). No segmento lucrativo, o setor mais atrasado do ponto de vista capitalista foi o que se manteve no SUS, ou seja, na média o segmento mais moderno e avançado, do estrito ponto de vista capitalista se descredenciou do SUS e passou, nos anos 80, a compor o Sistema Supletivo de Assistência Médica. Portanto, quem se pautava pelo ganho de produtividade, de escala, isto é quem tinha alguma eficiência do ponto de vista capitalista, passou para o Sistema Supletivo. Desse modo, o SUS ficou com a pior parte. (ELIAS, 2010).
Os direitos sociais e da saúde e as competências da União, Estados e Municípios relativas ao Sistema Único de Saúde, estão expresso no texto das Constituições da República, do Estado e da Lei nº 8.080 e 8.142/90.
Vale ressaltar que o SUS necessariamente não diz que seu prestador de serviço deva ser governo ou privado, o que ele relata são princípios, ou seja, o sistema deve ser universal, moderado e igualitário. É importante destacar que o Sistema Único de Saúde tem sua vocação voltada para a atenção primária e a alta complexidade. Contudo podemos afirmar que o SUS em seus aspectos conceituais é um sistema formado por várias instituições dos três níveis de governo (União, Estados e Municípios), de forma complementar pelo setor contratado e conveniado. O setor privado, quando contratado pelo SUS, atua com as mesmas normas do serviço público.
É certo que o SUS tem o dever de atender a todos os usuários de acordo com suas necessidades, devendo também atuar de maneira integral, com as atividades de saúde direcionada para o indivíduo e para a comunidade com ações de promoção, prevenção e tratamento. É importante lembrar que o SUS deve ser descentralizado, com o poder de decisão e ser racional devendo se organizar de maneira que seja oferecidos ações e serviços de acordo com as necessidades da população e assim sendo também eficaz, produzindo resultados com qualidade.
De acordo com Carlos Simões 2014, o SUS absolutamente é um sistema universal na qual é usuários toda a população brasileira, independentemente de ser rico ou pobre. Mesmo os que por algum motivo não utilizar dele, se beneficiam através das campanhas de vacinação, ações de prevenção e de vigilância sanitária. 
Atualmente, a saúde é um direto detodo cidadão, e é dever do Estado promover o acesso da população a ela, conforme determina a Constituição de 1988. É incrível imaginar que não havia um Sistema de saúde no Brasil, mas sim havia unidades isoladas. E pelo menos quarenta instituições públicas, federais, estaduais e municipais cuidando de saúde. Através de uma rede de serviços com ações organizadas de maneira racional, conseguiu-se elaborar um sistema: o Sistema Único de Saúde (SUS). FIGUEREDO Nébia, 2012.
O conceito de saúde evoluiu, hoje não mais é considerada como ausência de doença, mas como o completo bem-estar físico, mental, e social do homem. Contudo O debate sobre a saúde ainda segue no sentido do combate às enfermidades e consequentemente ao acesso aos medicamentos.
Ao Sistema Único de Saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei: (EC nº 85/2015)
I- Controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos;
II- Executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador;
III- Ordenar a formação de recursos humanos na área da saúde;
IV- Participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico;
V- Incrementar, em sua área de atuação, o desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação;
VI- Fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendidos do controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano;
VII- Participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos tóxicos e radioativos;
VIII- Colaborar na proteção do meio ambiente nele compreendido e do trabalho.
Apesar de tudo, certifica-se que o SUS, infelizmente não é acessível a várias pessoas necessitadas. Pois se destaca que em muitos municípios não assumiram os serviços médicos com perseverança, e assim deixando de investir recursos próprios, contrariando a constituição e ao mesmo tempo incentiva a população a congestionar os municípios mais próximos, que tenham melhores serviços a oferecer. 
A saúde, objeto do presente estudo, tem a finalidade mais abrangente de todas, pois não há restrição de beneficiários e o seu acesso também não exige contribuição.
Conforme estabelece o art. 196, da CF:
 A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
3 DIFICULDADES ENFRENTADA PELOS OS USUÁRIOS DO SUS QUE NECESSITAM DE TRATAMENTO FORA DO DOMICÍLIO
O programa de Tratamento Fora do Domicílio (TFD) é uma maneira de garantir os direitos aos usuários da rede pública de saúde, respeitando os princípios constitucionais da universalidade e integralidade do Sistema Único de Saúde (SUS).
Em Marabá este programa busca suprir a carência de tratamento de doenças não tratáveis no município, uma vez que alguns municípios brasileiros não dispõem desse benefício. Por consequência o TFD vem criar mais uma forma de contribuir para minimizar as carências por especialidades médicas, colaborando para que os usuários que necessitam do tratamento venham a ter mais uma alternativa à prestação do serviço, pois este programa oferece o transporte, estadia para enquanto durar o tratamento e ajuda de custo para o paciente e seu acompanhante durante o período que for necessário (Portaria/SAS/Nº055 de 24 de fevereiro de 1999). 
Pois, sabe-se que a maioria dos usuários TFD, se encontra em situações de vulnerabilidade econômica e social. A importância do Tratamento Fora do Domicílio torna-se mais explícita quando se verifica que muitos usuários do SUS não possuem condições financeiras para deslocarem-se do município residente. 
Cabe destacar que as dificuldades a serem enfrentadas pelos usuários, sendo uma questão social referente ao Tratamento Fora do Domicílio, há uma preocupação ao assistente social com a efetividade da política de saúde, com a resolutividade dos desafios que limitam a operacionalização de seu sistema de saúde com a apuração no dia - a- dia de seus princípios e diretrizes, deve vir acompanhada de um a visão analítica sobre o processo saúde – doença e dos adensamentos conceituais que dão conta de responder ao modelo de atenção vigente. 
Atualmente, o tratamento do câncer é feito através do Ministério da Saúde, que oferece atendimento por meio do Sistema Único de Saúde – SUS. Com amparo legal da Lei nº 12.732, de 22 de novembro de 2012, artigos 1 e 2 e Portaria 876, de 16 de maio de 2013.
O SUS deverá garantir o diagnóstico e todo o tratamento do câncer, de acordo Portaria nº 741, de 19 de dezembro de 2005, Artigo 2, oferecendo os seguintes serviços: Serviços de Cirurgia Oncológica, Oncologia Clínica, Radioterapia, Hematologia e Oncologia Pediátrica em Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia. Ou seja, todo paciente com câncer tem direito ao diagnóstico, tratamento e remédios pelos SUS, além de ter direito ao Tratamento Fora do Domicílio, naqueles casos em que não há assistência no município da paciente. 
Apesar da adoção de tais medidas, a realidade é bem mais cruel do que se imagina. Além da pouca efetividade dessas medidas em âmbito nacional, visto que o tratamento e o diagnóstico se concentram nas grandes metrópoles e centros mais desenvolvidos, outro obstáculo encontrado tem sido o alto custo dessa assistência, bem como a demora no diagnóstico, dificultando o tratamento e a recuperação.
Todos esses obstáculos apresentados dificultam o acesso da população, principalmente a mais carente, ao diagnóstico e tratamento oncológico, refletindo os altíssimos índices de mortalidade por câncer no país. Impende destacar que há uma enorme diferença da assistência prestada por planos privados de saúde e pelo SUS. 
O presente estudo foi concebido para contribuir com informações sobre o perfil das pacientes tratadas nas unidades credenciadas no SUS, bem como sobre a assistência oncológica prestada, investigando características de estrutura dos serviços e os procedimentos adotados. 
Torres (2012), diz que a seguridade social é um sistema de proteção social que abrange os programas sociais de maior relevância e está definida na Constituição Federal, no art. 194, caput, como sendo o “conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade destinado a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.”
A assistência social está prevista nos artigos 203 e 204 da Constituição Federal e é segmento autônomo da seguridade social, que trata dos hipossuficientes, cuida daqueles que tem maiores necessidades sem exigir qualquer contribuição à seguridade social.
3.1 ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NO TFD 
A profissão de Serviço Social é regulamentada pela a Lei nº 8.662/93, sendo o seu exercício profissional regido pelo Código de Ética Profissional do Assistente Social, resolução do conselho federal de Serviço Social. É a profissão que atua no campo das políticas sociais, com o compromisso de defesa e garantia dos direitos sociais da população usando o fortalecimento da democracia. 
O Serviço Social no TFD de Marabá vem desenvolvendo seu trabalho a partir do ano de 1999 com a sua inauguração tendo apenas uma assistente social. No decorrer dos anos demanda à ser atendida cresceu, e houve a necessidade de outra profissional essa sendo coordenadora.
 O Tratamento Fora do Domicílio é regulamentado no âmbito nacional através da portaria SAS/GM nº 55 de 24 de fevereiro de 1999. O assistente social no TFD é o profissional que atua junto ao usuário, efetivando por meio de suas ações, o acesso destes aos seus direitos de determinado tratamento especializado.
A participação do profissional de assistência social nas atividades junto ao TFD no município de Marabá tem por objetivo o acolhimento, atendimento e orientações aos pacientes que necessitam de tratamentoespecializado fora do Estado de origem. Compete ao assistente social, garantir o direito ao usuário do SUS ao PTFD, permitindo a sua inclusão, segundo legislação pertinente em vigência; assim como, passar as devidas informações, orientações e esclarecer sobre o programa. 
E ainda compete ao profissional de Serviço Social do TFD em Marabá, toda análise e registro de processo, visita domiciliar ou hospitalar, quando houver necessidade. Assim como também é de sua competência encaminhar o paciente e acompanhante para a unidade executante, especificando com coerência, a data/hora, o serviço, o médico e o endereço onde será atendido, segundo agendamento feito pela a regulação. 
O profissional tem ainda na sua responsabilidade, o dever de orientar e encaminhar o usuário quando for o caso, para apoio da rede de serviço e de assistência social, visando o acesso a outros direitos sociais.
Segundo Vasconcelos (2003), na saúde, os avanços conquistados pela profissão no exercício profissional são considerados insuficientes, pois o Serviço Social chega à década de 1990 ainda com uma incipiente alteração do trabalho institucional; continua enquanto categoria desarticulada do Movimento da Reforma Sanitária, sem nenhuma explícita e organizada ocupação na máquina do Estado pelos setores progressistas da profissão. 
Considera-se que o Código de Ética da profissão apresenta ferramentas imprescindíveis para o trabalho dos assistentes sociais na saúde em todas as suas dimensões: na prestação de serviços diretos à população, no planejamento, na acessória, na gestão e na mobilização e participação social. 
As competências e atribuições dos assistentes sociais, nessa direção com base na Lei de Regulamentação da Profissão, requisitam do profissional algumas competências gerais que são fundamentais à compreensão do contexto sócio histórico em que se situa sua intervenção, a saber:
· Apreensão crítica dos processos sociais de produção e reprodução das relações sociais numa perspectiva de totalidade; 
· Análise do movimento histórico da sociedade brasileira, apreendendo as particularidades do desenvolvimento do capitalismo no país e as particularidades regionais; 
· Compreensão do significado social da profissão e de seu desenvolvimento sócio histórico, nos centenários internacional e nacional, desvelando-se as possibilidades de ações cotidianas na realidade;
· Identificação das demandas presentes na sociedade, visando formular respostas profissionais para o enfrentamento da questão social, considerando as novas articulações entre o público e o privado (VASCONCELOS, 2003).
 3.2 DOENÇAS DE MÉDIA E ALTA COMPLEXIDADE QUE NECESSITAM DE TRATAMENTO VIA TFD
Visto que o Tratamento Fora do domicílio, sendo um instrumento legal que visa garantir pelo o Sistema Único de Saúde – SUS, o tratamento de média e alta complexidade a pacientes com doenças não tratáveis no município de origem, consiste no custeio para tratamento de saúde em outra localidade que não no município de residência a ser prestado a qualquer cidadão residente na cidade de Marabá quando esgotados todos os meios de tratamento. 
O TFD atua no âmbito do Sistema Único de Saúde, e foi criado com o objetivo de fornecer atendimento médicos, terapia e cirurgia de média e alta complexidade eletiva sendo exclusiva a paciente do SUS. 
Em Marabá/Pará, o TFD atende uma grande maioria de usuários sendo do sexo masculino e feminino, adultos, crianças, adolescentes e idosos, desde que estejam dentro do perfil de usuário TFD.
As principais doenças tratadas mediante auxilio do TFD:
· ONCOLOGIA (Câncer);
· ORTOPEDIA (Coluna, joelho, ossos.);
· OFTALMOLOGIA (Miopia, glaucoma, catarata.);
· PNEUMOLOGIA (Doença pulmonar obstrutiva crônica e outras);
· GINECOLOGIA (Ligada ao reprodutor feminino);
· OTORRINOLARINGOGIA (Doenças no ouvido, nariz e seios paranasais, faringe, laringe, cabeça e pescoço).
3.3 DIREITOS E OBRIGAÇÕES DOS USUÁRIOS QUE REALIZAM TRATAMENTO FORA DO DOMICÍLIO
O TFD, de Marabá sendo um instrumento legal que através do Sistema Único de Saúde visa garantir o tratamento de doenças especializadas que o município não disponibiliza, atua de acordo com suas diretrizes e obrigações direcionada o paciente e acompanhante abaixo relacionado: 
· Ter domicílio no Município de Marabá, inclusive zona rural com comprovante de luz água ou telefone;
· Não será permitido menor de 18 e maior de 60 anos, serem acompanhante;
· O usuário deverá prestar conta dos canhotos das passagens e entregá-los no guichê do serviço TFD, quando o atendimento fora do domicílio sob pena de não receber as passagens da próxima viagem;
· Pedir ao profissional que atendeu o paciente, que faça o registro de todos os atendimentos na folha de evolução no processo, no caso de internação registrar a data da admissão e da alta, salientando que não deve haver rasuras, sob pena de não receber ajuda de custo;
· Caso o profissional para qual o paciente estava agendado não compareça, é de competência de o assistente social prestar as devidas informações na ficha de evolução do paciente, na ausência dessa profissional, fica responsável o enfermeiro ou coordenador do setor, caso tenha sido realizado exames laboratoriais, o bioquímico/biomédico poderá fazer a evolução. (Só permitido para profissionais de nível superior com carimbo e assinatura.)
· A devolução do processo deverá ser agendada no ato do recebimento do mesmo. Caso não fique terá 05 dias úteis, para comparecer no serviço de TFD, para realizar o agendamento da devolução. O usuário deverá ser encaminhado ao município de destino, somente após a marcação de consulta, procedimento, exames, liberação de leito, via regulação para a garantia do atendimento, bem como, para prestação de conta com a auditoria, salvo em caso de urgência, ressaltando que, a passagem só será liberada para o paciente ou acompanhante.
· É de obrigação do usuário a remarcação do seu retorno.
· Caso agendamento tenha sido feito por telefone, apresentar número de telefone e o nome do funcionário que fez o agendamento, para confirmação e quando feito via mensagem/Whatsapp, o mesmo deve trazer a impressão do agendamento, 
· O usuário ou responsável deverá manter sempre atualizado seu número de contato, endereço e bem como os dados do cartão SUS e comprovante de residência anualmente, no mês de aniversário da entrada do processo.
· Em caso de troca de acompanhante, apresentar justificativa por escrito;
· O usuário com direito ao passe livre, deverá solicitar o com no mínimo 05 dias de antecedência na própria agência.
· Todo processo só terá validade de um ano. Caso o paciente não tenha utilizado neste período, ele será automaticamente cancelado.
· Obrigatório salientar ao usuário que, em nenhuma hipótese será autorizado procedimento como: consultas, exames, e outros que existirem no município.
· Paciente que faz tratamento fora do município e que foi encaminhado par fora do Estado, o processo só será autorizado se vier com o laudo de CERAC preenchido;
· Cada especialidade deverá ter o processo específico. Caso o usuário seja encaminhado para outra especialidade, deverá ser aberto um novo processo e o paciente deverá apresentar todos os exames referentes ao tratamento específico, no ato do exame/procedimento;
· É de responsabilidade do usuário/responsável trazer cópias legíveis. Quando devolver: (03) cópias do laudo TFD, (01) cópia da evolução médica, (01) cópia do cartão bancário, CPF do beneficiário TFD e (01) cópia marcação do seu retorno quando houver.
· A capa do processo é de uso exclusivo da equipe de TFD de Marabá. É proibido: Amassar, rasurar, rasgar, dobrar e tirar as folhas da ordem do processo;
· Quando houver óbito do paciente de TFD, assistente social do hospital onde o paciente realizava tratamento entrará em contato com o TFD para as devidas providências.
4 JUSTIFICATIVA
A escolha da temática para este Trabalho de Conclusão de Curso – TCC veio pela experiência vivenciada durante o estágio na Secretaria de Saúde de Marabá, mas especificamente no setor TFD- Tratamento Fora doDomicílio que é um instrumento legal que visa garantir, através do SUS, o tratamento médico a pacientes com doenças não tratáveis no município de origem, por falta de condições técnicas ou profissionais.
 Durante a minha vivencia foi notório que o usuário incluso no programa, ao comparecer no setor, transparecia uma imensa carência de informações inerentes ao acesso de direitos sociais ao usuário do SUS. Sabe-se que o TFD é a possibilidade que o cidadão tem ao se deparar com algum problema relacionado ao tratamento de doenças, ou seja, é mais uma opção de serviço público em saúde que os usuários do SUS podem utilizar.
 Visto que a Saúde Pública no Brasil passou por diversas mudanças ao longo de sua história. Mas foi a partir da constituição Federal de 1999 que teve seu maior avanço enquanto política pública, que traz como garantia a saúde como um direito de todos e dever do Estado e que tem como princípio a universalização e o atendimento igualitário, as ações e os serviços de proteção, promoção e recuperação da saúde da população.
5 OBJETIVOS 
A seguir anunciam-se os objetivos da pesquisa.
5.1 OBJETIVO GERAL
Desenvolver um estudo que possa proporcionar a compreensão do Programa “Tratamento Fora do Domicilio” - TFD no contexto do Sistema Único de Saúde - SUS, ofertado a pacientes com doenças não tratáveis no município de origem e a intervenção do assistente social neste processo.
5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
· Descrever as doenças que necessitam de tratamento via TFD mediante avaliação e indicação médica especializada;
· Analisar a eficácia do PTFD no atendimento dos casos de tratamento especializado de doenças não tratáveis no município de origem;
· Indicar os meios que deve seguir para ter acesso ao Programa de Tratamento Fora do Domicílio;
6 METODOLOGIA DE PESQUISA
A metodologia utilizada para a montagem deste trabalho acadêmico de conclusão de curso veio através de pesquisas, através de levantamento bibliográfico de informações através de: leis, normativas, livros, artigos, sites, relatórios, referentes a garantia dos direitos a saúde através da utilização do Programa de TFD, buscando como foco os objetivos do programa, e compreensão da atual atuação do profissional de assistente social e como o mesmo atua na garantia dos direitos referentes a garantia de tratamento adequado para essas pessoas que estão com sua saúde fragilizada.
A fundamentação teórica veio através de analise de dados coletados através de: em sites, livros, decretos, normativas, leis, relatórios, artigos acadêmicos, artigos de pesquisadores de politicas publicas. 
As principais fontes que contribuíram para a montagem deste Trabalho de Conclusão de Curso: Centro de Referencia a Assistência Social “CRAS”; Sistema de Assistência Social “SUAS”; Conselho Nacional de Assistência Social “LOAS”; Constituição Federal de 1988; Politica Nacional de Assistência Social PNAS: Constituições da República, do Estado e da Lei nº 8.080 e 8.142/90; portaria n° 055 de 24 de fevereiro de 1999: que dispõe sobre rotinas do PTFD no SUS;
7 ANÁLISE DOS DADOS DA PESQUISA 
Os dados desenvolvidos durante a pesquisa tratam da área de atuação campo da Assistência Social no ramo de garantia do direito ao “Tratamento Fora do Domicilio” demostrando os ganhos na área de saúde no tratamento de doenças de média e alta complexidade que necessitam de equipe de médicos multidisciplinar, incluindo tratamentos complexos, medicamentos de alto custo, e exames específicos. Demostrando assim como adquirir o PTFD , e seus pontos fortes e fracos do Programa.
7.1 APRESENTAÇÃO DOS DADOS
TABELA 01 – ESPECIALIDADES MEDICAS/ TIPOS DE DOENÇAS NO TRATAMENTO COM AUXILIO DO TFD.
	 ESPECIALIDADES MÉDICAS
	TIPOS DE DOENÇAS
	01
	ONCOLOGIA
	Câncer 
	02
	CARDIOLOGIA
	Cardíacas
	03
	ORTOPEDIA
	Coluna, joelho, ossos.
	04
	OFTALMOLOGIA
	Miopia, glaucoma, catarata.
	05
	PNEUMOLOGIA
	Doença pulmonar obstrutiva crônica e outras
	06
	GINECOLOGIA
	Ligada ao reprodutor feminino
	07
	OTORRINOLARINGOGIA
	 Doenças no ouvido, nariz e seios paranasais, faringe, laringe, cabeça e pescoço.
	08
	HEMATOLOGIA
	Doenças no sangue
	09
	ENDOCRINOLOGIA
	Obesidade, hipertensão e diabetes etc...
	10
	HEPATOLOGIA
	Doença no fígado e das vias biliares
	11
	GASTROPEDIATRIA
	Doenças gastrointestinais, da criança e do adolescente.
FONTE: autor pesquisa no campo de estágio
TABELA 02 – DIFICULDADES ENFRENTADAS PELO USUÁRIO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE – SUS PARA CHEGAR NA GARANTIA DE TRATAMENTO PELO PROGRAMA TFD.
	DIFICULDADES ENFRENTADAS
	01
	FALTA DE DIAGNOSTICOS RAPIDOS.
	02
	POUCOS CENTROS ESPECIALIZADOS EM TRATAMENTO DE DOENÇAS DE MÉDIA E ALTA COMPLEXIDADE.
	03
	FALTA DE CONHECIMENTO SOBRE RESPECTIVOS DIREITOS A SÁUDE.
	04
	FALTA DE CONHECIMENTO SOBRE O PROGRAMA DE TRATAMENTO FORA DO DOMICILIO – TFD.
FONTE: autor.
7.2 ANÁLISE DOS DADOS
Durante a montagem deste trabalho através das pesquisas desenvolvidas, foram evidenciados os avanços na área da saúde bem como a criação do Programa de Tratamento Fora do Domicilio TFD, a qual foi um ganho para saúde e para os usuários que necessitam de tratamento de média e alta complexidade as quais em seu município de origem não tem acesso a tais tratamentos, podendo assim ter maior chance de cura ou controle para tais doenças.
7.3 RESULTADOS
O acesso a saúde é universal e igualitário estabelecido como princípio do SUS, vem sendo estabelecido de forma gradual em função da complexidade decorrente das enormes diferenças regionais e da pluralidade de contextos vivenciados pelos municípios brasileiros. O acesso à saúde engloba também fatores de ordem política, cultural, econômica e funcional que podem resultar em dificuldades que impedem, por um lado a satisfação das necessidades de assistência de grande parte da população. Esses fatores, por outro lado, dificultam a disponibilização por parte do governo de uma estrutura de saúde que garanta serviços de boa qualidade capazes de atender ao cidadão em seu município de origem.
Diante da necessidade de organizar e controlar o fluxo de pacientes que recorrem à rede assistencial pública de saúde instituiu-se a Política Nacional de Regulação do SUS, como forma de possibilitar aos três níveis de governo a execução de ações direcionadas a tornar universal o acesso aos serviços públicos de saúde, por meio da regulação do acesso à assistência, dimensão na qual o TFD está inserido. 
O TFD, ao atingir de forma eficiente o seu objetivo, que é o de proporcionar o acesso dos usuários do SUS aos serviços necessários para o restabelecimento de sua saúde, na forma de passagens e ajuda de custo para hospedagem e alimentação enquanto durar o tratamento, torna-se elo entre o paciente e o tratamento e contribui de maneira definitiva para tornar possível o princípio da universalização do acesso à assistência à saúde. Constitui-se também instrumento inconteste para a consecução dos objetivos da Política Nacional de Regulação, pois viabiliza o acesso do tratamento de saúde aos usuários do SUS e contribui para mitigar os efeitos decorrentes da falta de estrutura da rede assistencial, principalmente nos municípios das regiões mais distantes do Brasil. 
7.4 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Sabe-se que, na saúde os avanços conquistados pela a profissão no âmbito do exercício profissional são considerados insuficientes, pois o Serviço Social chega à década de 1990 ainda com uma incipiente alteração do trabalho institucional; continua enquanto categoria desarticulada do Movimento da Reforma Sanitária, sem nenhuma explícita e organizada ocupação na máquina do Estado pelos setores progressistas da profissão (encaminhamento operacionalizado pela a Reforma Sanitária) e insuficiente produção sobre “as demandas postas à prática em saúde “ BRAVO,1996. 
No que se refere ao assistente social como profissional na área da saúde, é fundamental evidenciar sua importância em apropriar-se das contradições que perpassam a política de saúde para que se engaje no processo de defesa do SUS, através de sua atuação nos espaços sócio- ocupacionaise como fomentadores do debate acerca da luta pela a efetivação do direito à saúde.
Segundo Vasconcelos (2003) na saúde os avanços conquistados pela profissão no exercício profissional são considerados insuficientes, pois o Serviço Social chega a década de 1990ainda com uma atuação do trabalho institucional; continua enquanto categoria desarticulada do movimento da reforma sanitária sem nenhuma explicação organizada e ocupada na maquina do estado pelos setores progressistas da profissão.
Com a criação e aplicação do Tratamento Fora do Domicilio – TFD foram notórios as reduções de mortalidades por falta de acompanhamento, tratamento adequado, através dos tratamentos de doenças de médias e altas complexidades. No entanto ainda a falha de informação, divulgação e também demora de diagnósticos de doenças de médias e altas complexidades, e necessário maior atenção primordialmente no diagnóstico precoce de tais enfermidades e em conjunto com maior auxilio dos assistentes sociais para assim dar o suporte necessário e orientações para se chegar ao tratamento fora do domicilio.
8 CONCLUSÕES 
O Programa de Tratamento Fora de Domicílio (TFD) é um instrumento legal que visa garantir, por meio da rede pública de saúde, o atendimento médico a pacientes portadores de doenças não tratáveis em seus municípios de origem por falta de condições técnicas ou profissionais, mediante o custeio das passagens e diárias necessárias para o deslocamento e estada desses pacientes, enquanto durar o tratamento. Dessa forma, constitui-se elo entre o paciente usuário do Sistema Único de Saúde (SUS) e o prestador do serviço de saúde, funciona como instrumento de cidadania e inclusão social, e colabora para o efetivo funcionamento de outras políticas de saúde. 
A importância do TFD torna-se mais explícita quando se verifica que muitos usuários do SUS não possuem por vezes condições financeiras para deslocarem-se dos municípios de suas residências, em razão de não encontrarem mais ali, possibilidades para o tratamento adequado do qual necessitam para a conservação ou promoção de sua saúde. Visto dessa forma, não é difícil perceber que o TFD, em muitos casos, pode significar até mesmo a sobrevivência de muitos cidadãos.
De acordo com a Lei 8.080 de 19 de setembro de 1990, a saúde e um direito de todos, no seu artigo 2 diz que a saúde e um direito fundamental ao ser humano, e o estado deve promover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício. 
O Tratamento Fora de Domicílio – TFD, instituído pela Portaria nº. 55/99 da Secretaria de Assistência à Saúde (Ministério da Saúde), é um instrumento legal que visa garantir, através do SUS, tratamento médico a pacientes portadores de doenças não tratáveis no município de origem quando esgotado todos os meios de atendimento. Assim, o TFD consiste em uma ajuda de custo ao paciente, e em alguns casos, também ao acompanhante, encaminhados por ordem médica à unidades de saúde referenciada em outro município ou Estado da Federação, quando esgotados todos os meios de tratamento na localidade de residência do mesmo, desde que haja possibilidade de cura total ou parcial, limitado no período estritamente necessário a este tratamento e aos recursos orçamentários existentes. Destina-se a permitir o fluxo dos pacientes que necessitem de assistência médico-hospitalar cujo procedimento seja considerado de alta e média complexidade eletiva, por isso a necessidade de organização dos fluxos de encaminhamentos de acordo com a proposta de regionalização de cada Estado.
O Tratamento Fora do Domicilio é regulamentado, no âmbito nacional, através da Portaria SAS/GM no. 55, de 24 de setembro de 1999, e na esfera estadual, por meio da CIB/Ba no. 054- 055-056 e 117 de 2005 e 011 de 2006. Observe-se que muitas diretrizes foram ratificadas e aprimoradas através das Portarias no. 399, de 22 de fevereiro de 2006 e no. 648 de 28 de março de 2006. Segundo a Portaria GM no. 648, de 28 de março de 2006, no item 2, inciso IV, é da competência das Secretarias Municipais de Saúde a organização do "fluxo de usuários, visando a garantia das referências a serviços e ações de saúde fora do âmbito da Atenção Básica". O Manual Estadual de Tratamento Fora do Domicílio, disciplina o Programa no âmbito do Estado da Bahia e está disponível no site: www.saude.ba.gov.br (links & dowloads). 1 O texto foi adaptado a partir da cartilha TFD elaborada pelo Ministério Público do Pará e do Manual de TFD do Estado da Bahia, bem como por documentos e informações prestadas pela coordenação Estadual TFD. Os Municípios deverão constituir uma Comissão Municipal de avaliação de TFD, composta por um médico, um técnico de nível superior – assistência social ou enfermeira, e um técnico de nível médio. No entanto ainda a falha de informação, divulgação e também demorar de diagnósticos de doenças de médias e altas complexidades, e necessário maior atenção primordialmente no diagnóstico precoce de tais enfermidades e em conjunto com maior auxilio dos assistentes sociais para assim dar o suporte necessário e orientações para se chegar ao tratamento fora do domicilio.
REFERÊNCIAS
CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL (CFESS).Código de Ética Profissional do Assistente Social. Parâmetros para atuação de assistências sociais na politica de assistência social. Brasília: CFESS,2009.
________. Ministério do Desenvolvimento social e Combate a Fome. SUAS: proteção Social Básica: Orientações Técnicas. Brasilia:MDS,2009b.
________. Ministério do Desenvolvimento social e Combate a Fome. Politicas Nacionais de Assistência Social. Brasilia:MDS,2005b.132
________. Lei Orgânica de Saúde. Lei 8.080 de 19 de setembro de 1990. Brasília. 1990.
 BRASIL. Ministério da Saúde. Lei 8080 de 19 de setembro de 1990. Disponível em <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm> Acesso em 20.11.2018. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Portaria/SAS/Nº55 de 24 de fevereiro 1999. Disponível em <http://drt2001.saude.gov.br/sas/PORTARIAS/Port99/PT-055.html> Acesso em 04.11.2018. 
 ______. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria/GM/Nº1559 de 01 de agosto de 2008. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2008/prt1559_01_08_ 2008.html> Acesso em 04.11.2018. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Atenção Básica. Atenção Básica e Saúde da Família. Disponível em http://dtr2004.saude.gov.br/dab/atencaobasica.php. Acesso em:
14.11.2018
______. Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondente e dá outras providências. Biblioteca Virtual em Saúde. Disponível em http://bvsms.saude.gov.br/html/pt/legislacao/leis.html. Acesso em: 19/08/2008.
______. Lei n. 8.142, de 28 de dezembro de 1990. Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde, e dá outras providências. Biblioteca Virtual em Saúde Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/html/pt/legislacao/leis.html. Acesso em: 19/11/2018.
______. Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº 319, de 07 de novembro de 2002. Aprova as diretrizes para criação, reformulação, estruturação e funcionamento dos conselhos de saúde. Ministério Público. Disponível em: http://www.mp.ba.gov.br/atuacao/cidadania/legislacao/direitos/resolucao_319_02.ap. Acesso em: 19/11/2018.
______. Constituição da República Federativa do Brasil (1988). São Paulo: Rideel, 2001.
______. Lei n. 8.662, de 7 de junho de 1993. Dispõe sobre a profissão de Assistente Social e dá outras providências. Lei 8.662 de regulamentação da profissão. 3. ed. Brasília: CFESS, 1997.
Anexos:
	residência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos
LEI Nº 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990.
	
	Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências.
O PRESIDENTE

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