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UND I - MATERIAIS

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23/09/2020 Ead.br
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MATERIAIS DE ACABAMENTOMATERIAIS DE ACABAMENTO
OS MATERIAIS NO DESIGN DEOS MATERIAIS NO DESIGN DE
INTERIORESINTERIORES
Autor: Me. Ana Carolina Pussi de Brito
R e v i s o r : O s M a t e r i a i s n o D e s i g n d e I n t e r i o r e s
I N I C I A R
23/09/2020 Ead.br
https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 2/37
introdução
Introdução
Os materiais são elementos fundamentais na composição dos projetos da
construção civil. Observar a evolução dos materiais é observar também a evolução
da sociedade e suas demandas construtivas. Mais precisamente, são um re�exo da
história das edi�cações e dos espaços construídos. Compreender o processo de
seleção e especi�cação de materiais é essencial no design de interiores. Os
projetistas devem ser capazes de identi�car como se desenvolvem os sistemas e
elementos construtivos que servem de suportes para os projetos de interiores dos
ambientes. Devem saber avaliar como a escolha dos materiais interfere no conceito
de projeto dos ambientes, e como é preciso articular características funcionais e
estéticas para garantir um bom desempenho. Para iniciar os estudos, vamos explorar
a relação entre os materiais e seus usos nos espaços interiores e vamos entender a
importância da especi�cação para diferentes contextos. A partir desses pontos,
vamos investigar as propriedades gerais dos materiais e conhecê-los por meio do
estudo de seus tipos e usos.
Bom estudo!
23/09/2020 Ead.br
https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 3/37
A materialização de uma obra ou de um espaço contempla inúmeras fases e
processos até a �nalização do objeto construído. Antes de entendermos a função e o
comportamento dos materiais de acabamento, é necessário conhecer quais são
algumas opções de suportes estruturais e elementos construtivos para o
recebimento de materiais de acabamento em design de interiores.
Existem, na construção civil, diversos sistemas construtivos para a execução de
obras. Frequentemente, a escolha das opções se dá durante a concepção do projeto
de arquitetura, em conjunto com o projetista da estrutura e o responsável pela
execução da obra. Devem ser considerados aspectos de logística (produção,
transporte, montagem da estrutura e equipamentos requeridos), gerenciamento e
planejamento da obra (ABDI, 2015).
Vamos conhecer exemplos de alguns dos sistemas construtivos mais empregados no
mercado da construção civil nacional.
Sistema Construtivo em Concreto
Suportes em Design deSuportes em Design de
InterioresInteriores
23/09/2020 Ead.br
https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 4/37
As estruturas em concreto são formadas a partir da combinação de elementos
estruturais, pilares, lajes e vigas. É um método construtivo amplamente utilizado no
projeto de edi�cações em obras habitacionais, industriais, comerciais e de
infraestrutura, pode ser moldado in loco ou pré-fabricado.
As estruturas em concreto apresentam grande durabilidade e resistência aos
esforços mecânicos. Os materiais de vedação mais utilizados nesse sistema
construtivo são os blocos cerâmicos e blocos de concreto.
Sistema Construtivo em Aço
Empregadas nos mais diversos tipos de obras e empreendimentos, as estruturas em
aço atendem diferentes tipologias da construção civil assim como obras viárias. São
também utilizadas em coberturas, fachadas, vedações e pisos. Por ser um material
versátil e �exível, a utilização desse sistema apresenta algumas vantagens. Sua alta
resistência mecânica permite vencer grandes vãos, apresenta menor peso próprio
reduzindo a carga nas fundações, e apresenta dimensões de peças reduzidas, o que
confere um aumento da área útil construída (ABDI, 2015).
Figura 1.1 - Sistema construtivo em concreto
Fonte: Hellen Sergeyeva / 123RF.
23/09/2020 Ead.br
https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 5/37
A fabricação e montagem desse tipo de estrutura obedecem a rigorosas
especi�cações, o que reduz o tempo de execução assim como reduz o desperdício de
materiais. As ligações são os detalhes construtivos que conectam as estruturas de
aço com os demais elementos construtivos. É de extrema importância a
compatibilização da estrutura e seus elementos complementares como as
instalações e vedações, responsáveis pela estanqueidades e estética de um projeto.
A estrutura metálica aceita uma grande variedade de materiais de fechamento como
alvenaria, painéis pré-fabricados, painéis metálicos, dentre outros (ABDI, 2015).
Sistema Construtivo em Light Steel Framing
Sistema estruturado por per�s de aço galvanizado formados a frio, o light steel
framing é indicado para diversas tipologias de obras, assim como para ampliações de
obras existentes e retro�t. Segundo o Manual da Construção Industrializada (ABDI,
2015), esse sistema tem como vantagens a facilidade de montagem, precisão nas
dimensões dos componentes, apresenta a durabilidade e resistência do aço, rapidez
da construção e redução de recursos naturais e desperdício uma vez que o sistema
de construção é realizado a seco. A região de implantação do projeto deve ser
considerada para correto dimensionamento e proteção dos per�s. Áreas litorâneas,
por exemplo, exigem maior cuidado na galvanização para proteção contra a
corrosão.
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https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 6/37
A adoção do steel frame permite ainda grande �exibilidade no projeto de arquitetura,
e o sistema é compatível com uma grande variedade de materiais de fechamento,
como chapas de gesso acartonado, placas cimentícias e OSB, a depender se a
vedação é interna ou externa.
Figura 1.3 - Per�s de steel frame na composição da estrutura e vedação
Fonte: stocksolutions / 123RF.
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Sistema Construtivo em Wood Frame
A característica mais relevante desse sistema é a utilização da madeira como
matéria-prima, que apresenta características físicas e mecânicas que a quali�cam
como material durável e versátil. O wood frame é um sistema construtivo composto
de painéis estruturais de madeira para a montagem de edi�cações.
saiba mais
Saiba mais
Os sistemas construtivos a seco são opções cada
vez mais difundidas no cenário da construção
civil nacional. Esses sistemas são construídos
pela montagem de per�s pré-fabricados, como é
o caso do steel frame e wood frame, e tem como
vantagens a redução de desperdício de matérias-
primas e recursos naturais, redução na produção
de resíduos, versatilidade no desenvolvimento
de projetos, e especialmente, a redução no
tempo de construção se comparado a sistemas
tradicionais, como o concreto e alvenaria. Essas
tecnologias construtivas além de estarem se
difundindo no mercado da construção, são
também objeto de diversos estudos acadêmicos
para avaliações de soluções de gestão de
projetos e sistemas mais e�cientes. Além disso,
tornaram-se alternativas para construções
moduladas como é o caso dos conjuntos
habitacionais. Saiba mais no artigo “Steel Frame
e Wood Frame: vantagens dos sistemas
construtivos a seco”, publicado no site ArchDaily:
ACESSAR
https://www.archdaily.com.br/br/890724/steel-frame-e-wood-frame-vantagens-dos-sistemas-construtivos-a-seco
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Os materiais de fechamento podem variar entre chapas OSB, chapas de madeira,
placa cimentícia e gesso acartonado a depender se a vedação é interna ou externa.
Por ser considerado um sistema construtivo seco, e utilizar a madeira – que deve
preferencialmente ser proveniente de re�orestamento com manejoambiental –,
esse sistema é considerado altamente e�ciente pelo baixo consumo e geração de
resíduos (ABDI, 2015).
praticarVamos Praticar
As construções em aço apresentam muitas vantagens. Pela versatilidade e durabilidade, o
uso do aço permite muitas possibilidades para engenheiros, arquitetos e designers, e
con�gura um sistema construtivo e�ciente no mercado da construção civil. Indique qual
das alternativas apresenta uma característica do sistema construtivo em aço:
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a) Peso próprio elevado.
b) Resistência mecânica reduzida.
c) Pouca �exibilidade para vedações e fechamentos.
d) Aumento da área útil construída.
e) Maior tempo de execução.
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Os componentes de estrutura, arquitetura e vedações, como pisos, paredes e tetos,
compõem os espaços internos das edi�cações. Ching (2013) a�rma que esses
elementos estabelecem um padrão para os ambientes internos, pois constroem a
forma da edi�cação. Em linhas gerais, esses elementos são usados como bases para o
desenvolvimento do projeto de interiores, podem ser modi�cados de modo a
atender funcionalmente e esteticamente as necessidades funcionais de um
ambiente.
Elementos ConstrutivosElementos Construtivos
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Piso
O sistema de piso pode ser de�nido como um sistema horizontal ou inclinado
composto por um conjunto parcial ou total de camadas destinado a cumprir a função
de estrutura, vedação e tráfego (ABNT, 2013b). O sistema de piso funciona como
uma base de apoio que sustenta atividades internas, móveis, equipamentos, e cargas
variáveis, e deve ser estruturado para suportar com segurança as cargas resultantes
(CHING, 2013). Algumas qualidades gerais devem ser observadas na escolha de
acabamento de pisos como a resistência ao desgaste e abrasão, inalterabilidade de
cor, textura, facilidade de conservação e manutenção.
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Após a execução das camadas de um sistema de piso, para o início dos serviços de
acabamento, devemos considerar alguns casos. De preferência, as vedações devem
estar concluídas e as instalações elétricas e hidráulicas do piso, em especial os ralos,
colunas e prumadas, devem estar executadas e testadas. A base deve estar limpa,
totalmente livre de restos de argamassa, terra, pedras ou qualquer outro material
aderido (YAZIGI, 2009).
Parede
As paredes são elementos de vedação que podem atuar com função estrutural ou
como fechamento. São partes da edi�cação que limitam verticalmente seus
ambientes como as paredes de fachadas ou divisórias internas. As vedações atuam
sustentando cargas de pisos, tetos e coberturas e devem apresentar nível de
segurança, limitando os deslocamentos, �ssuras e falhas a valores aceitáveis e
considerando ações passíveis de ocorrerem durante a vida útil do sistema (ABNT,
2013c).
Além de delimitarem os espaços, as paredes controlam a passagem de ar, calor,
umidade, luz e som. Atuam no isolamento térmico e acústico, e seu desempenho
Figura 1.6 - Execução de um sistema de piso e suas camadas
Fonte: gefufna / 123RF.
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varia de acordo com a especi�cação de material, dimensão, espessura e aberturas
(CHING, 2013; GURGEL, 2005).
A demarcação dos sistemas de vedação deve ser realizada sobre o piso,
criteriosamente nivelada, obedecer a espessuras, medidas e alinhamentos indicados
no projeto de arquitetura e estrutura, de maneira a deixar livre vãos de esquadrias
que se apoiam no piso, vãos de prumadas e shafts de tubulação, entre outros
(YAZIGI, 2009).
Segundo Azeredo (1997), antes de se iniciar qualquer serviço de acabamento,
devem ser testadas as canalizações de instalações hidrossanitárias, à pressão
recomendada para cada caso. As superfícies devem ser limpas, de modo a melhorar a
�xação de acabamentos e revestimentos.
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As paredes podem ser compostas de diversos materiais que garantam resistência e
durabilidade, dos quais listamos alguns exemplos a seguir:
pedras naturais;
alvenaria em blocos maciços cerâmicos;
alvenaria em blocos cerâmicos vazados;
alvenaria de blocos de concreto simples;
concreto celular;
gesso acartonado (drywall);
placas cimentícias, dentre outros.
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Paredes de montantes leves e painéis de vedação como gesso acartonado
apresentam grande versatilidade e são usualmente mais utilizadas em divisórias
internas, sem função estrutural. Quando usados em ambientes expostos à umidade
devem receber tratamento especial.
Figura 1.8 - Alvenaria de blocos de concreto
Fonte: Jozef Polc / 123RF.
Figura 1.9 - Parede de painéis leves, preenchimento de lã mineral e fechamento com
placas de gesso acartonado.
Fonte: roman023 / 123RF.
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Essas paredes são estruturadas por montantes de chapa dobradas de aço
galvanizado. Em geral, a estrutura é revestida em ambas as faces com os painéis, o
espaço entre os montantes pode ser preenchido com materiais isolantes que
garantam melhor desempenho térmico e acústico, e ainda permitem embutir as
instalações elétricas e hidráulicas. Os painéis de vedação podem servir como
acabamento, porém, é comum que recebam outras camadas de acabamento como
pintura, revestimentos, entre outros (ABDI, 2015; YAZIGI, 2009).
Ching (2013) aponta que paredes de alvenaria de blocos de concreto ou blocos
cerâmicos apresentam menor capacidade de alteração e são geralmente mais
grossas que as paredes de montantes leves, pois “dependem de sua massa para
resistência e estabilidade” (CHING, 2013, p. 155). Segundo Yazigi (2009), antes do
recebimento de materiais de acabamento, a alvenaria deve estar concluída, e
peitoris, caixilhos e batentes devem estar �xados. As superfícies devem receber
chapisco de cimento e areia e, posteriormente, revestimento de argamassa
constituída por uma camada única de argamassa industrializada ou pelas camadas
superpostas e uniformes de emboço e reboco.
Teto e Forro
O teto como elemento construtivo con�gura-se pela composição das faces
inferiores de estruturas e cobertura. O material do teto pode estar diretamente
�xado na estrutura, como é o caso das lajes de concreto ou estruturas metálicas e,
muitas vezes, pode ser deixado à vista, sem a utilização de forro.
Ching (2013, p. 164) a�rma que o “teto desempenha papel visual importante na
con�guração do espaço interno e na limitação de suas dimensões verticais”. O teto
pode ser composto de superfícies lisas e planas, retas ou inclinadas, podendo ou não
expressar o padrão estrutural do projeto ou de sua cobertura. Dependendo de seu
material de composição, pode receber diferentes opções de materiais de
acabamento, sendo os mais usuais a pintura e a utilização de forros.
A utilização de forros permite o rebaixamento de parte do teto, podendo assumir
diversos formatos. De maneira funcional, os forros podem esconder elementos
estruturais, tubulações e �ação. A escolha do material do forro deve levar em
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consideração o uso do espaço, sendo exemplos mais comuns o forro de madeira,
forro de gesso, forro mineral e forro metálico.
Pilares e Vigas
Elementos estruturais, os pilares e vigassão itens importantes na composição do
projeto e podem apresentar diferentes materiais como a madeira, o concreto e o
aço. Por sua característica estrutural, as dimensões e posicionamento desses
elementos devem ser respeitadas. Esses elementos podem ser mantidos em sua
aparência original com a estrutura aparente, ou podem ainda ter tratamento com
materiais de acabamento.
A utilização de materiais de acabamento pode ser explorada nesses elementos
estruturais para corrigir algumas imperfeições, incorporá-los como elementos
compositivos ou até como partido conceitual do projeto (GURGEL, 2005).
Portas e Janelas
As portas e janelas são elementos essenciais na composição de uma espaço.
Responsáveis pelo acesso e aberturas de luz e ventilação, possuem in�uência direta
no conforto ambiental do ambiente. De acordo com a função e uso do espaço,
inúmeros modelos e dimensões podem ser especi�cados.  
As portas e janelas podem apresentar uma ou mais unidades de folha, e possibilitam
diferentes tipos de abertura como de abrir, correr, pivotante, entre outros. Os
materiais mais utilizados são o ferro, alumínio, pvc, madeira e vidro. Os materiais de
acabamento variam entre pintura, laqueamento, verniz ou seladora, laminados e
chapas de ferro ou alumínio (CHING, 2013; GURGEL, 2005).
Escadas e Rampas
Escadas e rampas são elementos construtivos de circulação vertical de um projeto.
Seu posicionamento e dimensionamento in�uenciam diretamente a composição de
ambientes internos. A execução de escadas e rampas pode ser realizada com
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diferentes materiais e soluções projetuais. É importante destacar que para projetos
de escadas e rampas, dimensionamento e especi�cação de materiais de acabamento,
é necessário consultar a NBR 9050/2015 (Acessibilidade a edi�cações, mobiliário,
espaços e equipamentos urbanos) e a NBR 9077/2001 (Saída de emergência em
edifícios).
praticarVamos Praticar
Entre os elementos construtivos estudados, assinale a alternativa correta, que apresenta
qual se destaca por apresentar grandes superfícies para o recebimento de materiais de
acabamento e ser responsável pelo sistema de vedação vertical de uma edi�cação:
a) Paredes.
b) Pisos.
c) Pilares e vigas.
d) Tetos.
e) Escadas e rampas.
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No desenvolvimento de um projeto de interiores, as ideias e premissas do projetista
são desenvolvidas gra�camente e criam uma relação entre o conceito e a realização
concreta do objeto. A de�nição dos materiais, acabamentos, revestimentos e outros
elementos permitem explorar conceitualmente todos os objetivos do espaço
idealizado. Dessa maneira, a escolha de cada elemento implica, mais que uma
solução técnica, na qualidade/materialização do ambiente construído.
A prática de especi�cação de materiais de acabamento no projeto de design de
interiores é um dos exercícios mais importantes para a composição projetual. Um
projeto bem executado depende da durabilidade e da solidez de escolhas bem
realizadas pelos pro�ssionais.
Especi�cação de MateriaisEspeci�cação de Materiais
de Acabamentode Acabamento
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Conforme nos aponta Gurgel (2005, p. 114), “a escolha apropriada dos materiais é,
com certeza, uma das mais importantes etapas de um projeto”. A autora indica que a
repetição de soluções leva a resultados semelhantes e pouco inovadores, e que a
pesquisa e conhecimento de novos materiais enriquecem o repertório e fazem
diferença no exercício projetual. Nesse sentido, ela enfatiza:
Fatores climáticos, culturais e modismos exercem grande in�uência na
escolha de um determinado material, embora, muitas vezes, seu apelo
visual não corresponda às suas características funcionais, práticas e
tampouco ao seu custo. Portanto, cabe ao pro�ssional estabelecer
corretamente a relação custo-benefício, bem como priorizar os pontos
importantes e relevar os não fundamentais do contexto projetual,
culminando assim numa escolha mais adequada (GURGEL, 2005, p.
115).
A autora sugere, ainda, que um material deve ser avaliado em relação aos seguintes
pontos:
Adequação à utilização: prioritariamente deve se analisar se o material
supre as necessidades funcionais do ambiente, e se é adequado às
atividades e funções desenvolvidas. Devem ser considerados a
Figura 1.10 - A análise dos materiais é uma etapa fundamental no processo de projeto
Fonte: Andrea De Martin / 123RF.
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durabilidade, resistência, manutenção, propriedades de conforto térmico e
acústico e grau de segurança do material.
Contribuição estética: a escolha de um material para a composição do
projeto deve levar em consideração as dimensões e formas, as texturas e
cores, padronagens e acabamentos. O conceito e a �loso�a do projeto
devem indicar quais requisitos são prioritários e quais podem ser
eventualmente substituídos.
Custo: é necessário analisar entre todas as opções do mercado, itens que
se adaptam ao projeto, garantem bom desempenho e grau de satisfação ao
projeto �nal.
Ching (2013) de�ne que os materiais de acabamento podem ser parte integral dos
elementos de arquitetura, mas também podem ser acrescentados como uma camada
adicional a paredes, tetos e pisos, e desempenham um papel signi�cativo na criação
de um espaço interno. Para especi�cação de materiais de acabamento, o autor nos
aponta alguns critérios indicados a seguir (CHING, 2013):
1. conteúdo do item 1: Eu mi bibendum neque egestas congue quisque
egestas diam in.
2. conteúdo do item 2: Eu mi bibendum neque egestas congue quisque
egestas diam in.
3. conteúdo do item 3: Eu mi bibendum neque egestas congue quisque
egestas diam in.
Brown (2014) nos apresenta que ao considerar o uso de determinados materiais no
projeto, o designer de interiores deve se envolver com o cliente, o programa de
necessidades e o sítio. Segundo a autora a partir do programa de necessidades e
diálogo com o cliente, o processo de projeto pode ser analisado e aprimorado.
É pouco provável que o programa de necessidades �nal fará referência
especí�ca aos materiais, mas ele estabelecerá parâmetros que
in�uenciarão a seleção destes, e que podem incluir imagens ou marcas;
preços, padrões de qualidade ou características; emoções que serão
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desejadas; ou mesmo exigências funcionais, sensoriais, técnicas ou de
sustentabilidade (BROWN, 2014, p. 30).
O contexto é outro fator relevante a ser considerado. Se o projeto de design de
interiores será inserido em uma edi�cação preexistente, os materiais que já
compõem o espaço devem ser analisados. Edi�cações novas, em construção ou
instalações temporárias podem apresentar grandes possibilidades de intervenção. A
localização e o contexto físico do projeto (urbano ou rural), condições climáticas
(quente, frio, árido, úmido) podem in�uenciar os tipos de materiais com o qual os
conceitos de projeto são desenvolvidos (BROWN, 2014).
A tipologia da obra, o local de uso e as atividades do ambiente são condicionantes
fundamentais na especi�cação de materiais. Deve-se observar se o espaço é público
ou privado, se o uso é residencial, comercial, industrial, ou outros especí�cos como
laboratórios e hospitais, e se o ambiente possui área úmida ou molhada, ou é afetado
por outros fatores variáveis.
É importante destacar que, ao especi�car materiais de acabamento, é função do
pro�ssional buscar o atendimento e adequação às normas técnicas vigentes, assim
como avaliar as informações técnicas dos catálogos e manuais dos fabricantes e
fornecedores,bem como demais fontes disponíveis.
Os programas de qualidade e as normas técnicas atuam como importantes
instrumentos para o desenvolvimento tecnológico da qualidade na produção dos
materiais de construção (SOUZA, 2004). A ABNT de�ne que a normatização
representa uma atividade que estabelece, em relação a problemas existentes ou
potenciais, prescrições destinadas à utilização comum e repetitiva com vistas à
obtenção do grau ótimo de ordem em um dado contexto. No Brasil, o
reconhecimento de um produto em relação ao atendimento de uma norma técnica é
realizado pela certi�cação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e
Tecnologia (INMETRO).
Dentro do contexto de normas e regulamentações, destaca-se um documento
normativo importante, que vigora desde 2013, na avaliação de desempenho dos
sistemas construtivos, e que representou uma mudança relevante no cenário da
construção civil nacional. O conjunto normativo NBR 15.575: edi�cações
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habitacionais: desempenho indica requisitos de desempenho, critérios de
desempenho e métodos de avaliação organizados em seis partes, abrangendo
sistemas estruturais, de pisos, de vedações, de coberturas e hidrossanitários.
Dessa forma, podemos concluir que na especi�cação de materiais, é necessária a
maior exatidão possível. É essencial que se veri�quem todos os dados técnicos,
propriedades e requisitos de desempenho do material desejado. É sempre
conveniente consultar os catálogos de materiais, normas técnicas vigentes e demais
leis ou normativos que podem indicar restrições. Dessa forma, minimizam-se os
possíveis erros de projeto e execução, e aumentam as garantias de desempenho.
praticarVamos Praticar
A seleção dos materiais para uso em projetos de interiores envolve um conjunto
signi�cativo de aspectos para avaliação. Esses aspectos integram uma série de
condicionantes que devem ser resolvidas pelo projetista durante o desenvolvimento
projetual. Nesse sentido, assinale a alternativa que apresenta um dos aspectos a serem
avaliados durante a prática de projetos e especi�cação de materiais:
a) Aspectos econômicos, somente para obras de grande porte.
b) Critérios estéticos, prioritariamente, independentemente do tipo da obra.
c) Atendimento às normas técnicas e às especi�cações de fabricantes.
d) Tipologia do projeto, somente para contextos urbanos.
e) Desempenho técnico, somente para materiais de natureza especí�ca e pouco
comuns.
23/09/2020 Ead.br
https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 24/37
Os materiais de acabamento, e mais genericamente, os materiais de construção civil
têm passado por grandes processos de evolução ao longo dos anos. Alguns se
tornaram mais populares e difundidos que outros, assim como novas exigências e
padrões construtivos implicaram o desenvolvimento constante da indústria de
materiais. Os materiais se caracterizam, são identi�cados e se diferenciam pelas
suas propriedades. Bauer (2019) de�ne as propriedades gerais dos materiais, das
quais listamos algumas a seguir:
extensão: propriedade que possuem os corpos de ocupar um lugar no
espaço;
massa especí�ca: a relação entre a massa de um corpo e seu volume;
peso especí�co: a relação entre o peso de um corpo e seu volume;
porosidade: propriedade que tem a matéria de não ser contínua, havendo
espaço entre as massas;
compacidade: relação entre o volume de sólidos e o volume total, dado em
porcentagem;
absorção: propriedade dos materiais de absorver e reter um �uido,
especialmente a água;
Materiais: Propriedades eMateriais: Propriedades e
TiposTipos
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permeabilidade: propriedade dos materiais de permitir a passagem de
gases ou líquidos, em particular a água;
corrosão: perda de parte do material como resultado de reações deste com
o meio;
dureza: capacidade dos materiais de resistência a uma deformação
permanente;
tenacidade: propriedade dos materiais de resistir ao rompimento por
choque ou percussão;
plasticidade: capacidade que os materiais têm de serem moldados sem, no
entanto, se romperem;
durabilidade: capacidade que os materiais têm de permanecerem
inalterados com o tempo;
desgaste: perda de qualidade ou de dimensões como resultado do uso
contínuo;
resistência ao congelamento: capacidade do material em não se deteriorar
sob a ação de degelo sucessivos ou de congelamento;
resistência ao fogo: propriedade do material em não ser destruído pelo
fogo. Podem ser classi�cados como incombustíveis, fracamente
combustíveis e combustíveis;
resistência ao calor: capacidade dos materiais de resistir à ação prolongada
de altas temperaturas sem deformação;
resistência mecânica: propriedade dos materiais em resistir à ação das
solicitações.
Bauer (2019) pontua, ainda, que é básico, para o projetista e construtor, o
conhecimento das propriedades de cada material para aplicá-lo na prática de forma
mais e�caz. A concorrência entre materiais em relação a suas propriedades também
acontece de maneira evolutiva. Como aponta Smith (2012), um fator que leva à
substituição de materiais é o desenvolvimento de outros, novos, com propriedades
especí�cas para determinadas aplicações, como é o caso de materiais desenvolvidos
para atendimento de requisitos acústicos ou térmicos para a aplicação em locais que
demandam essas exigências de desempenho.
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Como nos descreve Brown (2014), os materiais podem ser agrupados a partir de
diversas abordagens, veja no infográ�co a seguir:
Figura 1.11 - Os materiais são identi�cados e se diferenciam por suas propriedades
Fonte: elcabron / 123RF.
Materiais
de
Acabamento
[DEM_MATACA_19]
I. de acordo com seus componentes: naturais,
sintéticos, compostos, etc.
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Vamos, agora, apresentar alguns dos diferentes tipos de  materiais disponíveis para
o design de interiores com uma breve descrição.
Cerâmica: material que pode ser moldado a diferentes formatos, queimado
a alta temperatura, e possibilita a criação de componentes diversos como
blocos, azulejos, pisos e aparelhos sanitários. Em geral, resistem à umidade
e altas temperaturas e podem ser texturizados, lisos, pigmentados, entre
outras possibilidades estéticas.
Polímeros: materiais de procedência natural (borracha, celulose, goma-
laca) sintética ou semissintética (propileno, nylon, silicone). Podem ser
moldados por diferentes técnicas e procedimentos e são empregados para
a criação de uma grande variedade de produtos utilizados no design de
interiores, como revestimentos, chapas e pisos plásticos (BROWN, 2014).
Pedras: as pedras em geral (granito, mármore, basalto etc.) são materiais
naturais, duráveis e de alta resistência, que podem ser empregados em
diversas �nalidades e cortados em diferentes tamanhos e formatos.
Segundo Brown (2014), as propriedades funcionais das pedras variam
bastante e estão disponíveis em inúmeras cores e acabamentos.
Metais: são materiais fortes e dúcteis e apresentam propriedades
mecânicas variadas de acordo com sua composição. Podem adquirir vários
formatos por meio de diferentes processos e são amplamente utilizados
em produtos, revestimentos e outras aplicações no design de interiores
devido a sua grande funcionalidade.
Madeira: a madeira se con�gura como um dos produtos mais utilizados no
mercado de produtos e acabamentos de design de interiores. Apresenta
diferentes opções de cores e texturas e pode ser aplicada em diferentes
soluções projetuais.
Existem, ainda, outros componentes e matérias-primas de materiais de acabamento
frequentemente usados nos projetosde interiores como as �bras orgânicas (bambu,
cortiça, algodão, lã, seda), os produtos de origem animal (couro, mar�m) e os
compostos (epóxi, �bra de vidro), entre outros (BROWN, 2014).
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Revestimentos Cerâmicos, Azulejos e
Porcelanatos
Os acabamentos cerâmicos podem ser de�nidos como placas compostas,
principalmente, de argila e outros materiais inorgânicos que sofrem um processo de
queima controlada e são incombustíveis. Esses materiais são utilizados para
revestimentos de pisos e paredes (ANFACER, 2016).
As placas cerâmicas integram o sistema de revestimento cerâmico, composto do
conjunto formado pelas placas cerâmicas, pela argamassa de assentamento e do
rejunte (ABNT, 1997a). Os azulejos são peças cerâmicas de revestimento vidradas
em uma das faces. São fabricados em grande variedade de cores e dimensões, com
superfícies brilhantes ou acetinadas e padrões lisos ou com relevo.
As placas cerâmicas são classi�cadas, de acordo com as normas técnicas vigentes,
quanto a vários critérios. Quanto ao seu processo de fabricação podem ser
conformadas por extrusão, prensagem ou outros processos. Podem receber
acabamento esmaltado ou não, o que in�uencia na sua função impermeabilizante. As
placas são classi�cadas quanto à sua absorção de água, divididos em cinco grupos de
absorção que variam de 0% a valores superiores de 10%. Os valores de absorção de
água estão relacionados com a porosidade e densi�cação do material, e são
fundamentais para a determinação de seu local de uso (ANFACER, 2016).
A resistência à abrasão é outro critério importante na especi�cação de peças
cerâmicas, e representa a oposição ao desgaste super�cial das placas. Aplicadas às
placas cerâmicas esmaltadas, apresentam uma classi�cação conhecida como escala
PEI e são exclusivas para o sistema de piso. A classi�cação PEI possui uma escala
entre 0 e 5, e descreve a resistência do desgaste super�cial do esmalte da placa
cerâmica. São classi�cados ainda pelas normas técnicas critérios de resistência ao
manchamento, resistência ao ataque de agentes químicos e aspecto super�cial
(ABNT,1997b).
As placas cerâmicas podem ser utilizadas basicamente em pisos ou paredes, e o local
de aplicação é determinante para a especi�cação do material, por isso a veri�cação
de propriedades especí�cas é fundamental.
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A especi�cação desse material deve considerar também as exigências de uso do
local e das condições de exposição (ANFACER, 2016). Apresentam diversas cores,
texturas, formas e tamanhos. Os acabamentos super�ciais variam entre polido e
natural. Enquanto os materiais naturais apresentam superfície fosca ou acetinada,
os materiais polidos se caracterizam por superfície mais lisa, com brilho e
possivelmente escorregadia. O acabamento de borda pode ser tradicional, com
bordas levemente arredondadas e juntas de assentamento maiores, ou reti�cado,
com bordas retas, juntas mais �nas e signi�cativa economia de material.
Os revestimentos em porcelanato consistem em placas compostas em grande parte
por minerais rochosos nobres, queimados em alta temperaturas. O porcelanato se
caracteriza por ser um revestimento cerâmico mais impermeável, com baixo nível de
absorção de umidade e alta resistência mecânica. Os porcelanatos podem ser
divididos em duas categorias: o porcelanato técnico e o esmaltado.
O porcelanato técnico não apresenta �nalização com esmalte. São indicados para
áreas de tráfego intenso, por serem mais resistentes. O porcelanato esmaltado
recebe uma camada de esmalte, dessa maneira o índice PEI é aplicado para sua
classi�cação. O acabamento de borda pode ser convencional ou reti�cado e seu
acabamento de superfície pode ser polido ou natural.
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O assentamento dos revestimentos cerâmicos é realizado com argamassa de
assentamento, e após a �xação das peças é realizada a aplicação da argamassa de
rejuntamento. Para o assentamento, a argamassa de assentamento ou argamassa
colante a ser utilizada depende do local a ser revestido, das dimensões do
revestimento e da absorção de água da placa cerâmica. A escolha da argamassa de
assentamento deve ser a que melhor se adapta ao uso do revestimento, de acordo
com as especi�cações dos fabricantes.
Os tipos de argamassa de rejuntamento mais utilizados são o cimentício, o epóxi e o
acrílico. O rejunte cimentício é composto por areia e cimento, porém absorve mais
sujeiras e manchas. Os rejuntes epóxi e acrílico possuem resistência a manchas e
mofo, e apresentam maior facilidade de limpeza e manutenção. A opção escolhida
deve seguir as orientações e recomendações dos fabricantes e fornecedores de
acordo com o uso (DOWNLOADS..., 2018).
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A seguir, estão algumas normas sobre materiais de revestimento para a utilização no
desenvolvimento e especi�cação de projeto:
1.   ABNT NBR 13816/1997: Placas cerâmicas para revestimento – Terminologia;  
2.   ABNT NBR 13817/1997: Placas cerâmicas para revestimento – Classi�cação;
3.   ABNT NBR 15463/2013: Placas cerâmicas para revestimento – Porcelanato;
4. ABNT NBR 14081-1/2012: Argamassa colante industrializada para assentamento
de placas cerâmicas - Requisitos.
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saiba mais
Saiba mais
Os revestimentos cerâmicos são um dos
materiais mais utilizados na construção civil
nacional e, por serem tão comuns em
acabamentos de pisos e paredes, suscitam
questionamentos. Eduardo Souza apresenta,
neste artigo, de maneira muito ilustrativa,
características, dúvidas e usos dos revestimentos
cerâmicos. Para saber mais, leia o artigo na
íntegra:
ACESSAR
https://www.archdaily.com.br/br/925708/10-duvidas-comuns-sobre-revestimentos-ceramicos
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Os revestimentos cerâmicos são classi�cados pelas normas técnicas segundo alguns
critérios. Essa classi�cação é importante, pois apresenta especi�cações úteis para a
aplicação dos materiais em determinados usos e locais. De acordo com o apresentado,
assinale a alternativa que apresenta um dos critérios de classi�cação dos revestimentos
cerâmicos:
a) Pigmentação e cores.
b) Resistência à compressão.
c) Resistência à abrasão super�cial.
d) Plasticidade.
e) Compacidade.
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indicações
Material
Complementar
L IVRO
Construção: 101 perguntas e respostas:
dicas de projetos, materiais e técnicas
Editora: Minha Editora
Autor: Jonas Silvestre Medeiros
ISBN: 978-8578681029
Comentário: de maneira didática e objetiva, esse trabalho
apresenta questionamentos e soluções recorrentes em
projetos e obras, a partir de estudos de casos que abordam
as relações entre os materiais e sua interface com os
elementos construtivos. Apresenta, por meio de ilustrações
e fotos, a importância da seleção dos materiais e as
necessidades técnicas dos modelos construtivos, num
complexo conjunto de decisões que visam à melhor
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e�ciência, desempenho e qualidade nos projetos de
construção civil.
FILME
Athos, 100 anos
Ano: 2018
Comentário: o documentário Athos, 100 anos (2018)
apresenta a história e a obra de Athos Bulcão (1918-2008),
artista plástico de referência na arte nacional. Além de
pinturas, desenhos e gravuras, teve na azulejaria grande
expressão artística. Destacam-se em suas composições as
cores, formas geométricas e a modulação. Suaprodução de
azulejos pode ser observada em diversas cidades,
especialmente em Brasília, que concentra vários exemplares
de murais como na Igrejinha Nossa Senhora de Fátima, no
Congresso Nacional e muitos outros. O trabalho do artista é
referência na produção de peças cerâmicas pela excelência
na integração entre arte, design e arquitetura.
T R A I L E R
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conclusão
Conclusão
Concluímos esta etapa do estudo, compreendendo um pouco mais o projeto de
design de interiores e sua relação com a escolha e especi�cação de materiais. Com
base no exposto neste material, foi possível conhecer diferentes modelos
construtivos e entender como os elementos construtivos são de�nidores na
composição da edi�cação. São esses elementos que servem de base para a de�nição
e aplicação dos materiais. A partir da avaliação do uso e função do ambiente,
conhecemos quais critérios são fundamentais na especi�cação de materiais. Foi
possível veri�car, também, como os materiais se comportam em relação a agentes
externos e como são identi�cados por suas propriedades especí�cas. Por �m, foi
possível explorar um dos conjuntos de materiais mais acessíveis e usados no
mercado nacional, os revestimentos cerâmicos.
referências
Referências
Bibliográ�cas
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construção industrializada: conceitos e etapas. Volume 1: estrutura e vedação.
Brasília: ABDI, 2015.
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ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9077: saída de
emergência em edifícios. Rio de Janeiro: ABNT, 2001.
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13816: placas
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ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15575:
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