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PEÇA 15 PRÁT V CONSTIT - MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO COM PEDIDO DE MEDIDA LIMINAR

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO Y
 Processo nº xxx
 SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO ESTADO Y, pessoa jurídica, inscrita no CNPJ sob o nº xxx com sede no endereço xxx, com endereço eletrônico xxx, por meio de seu advogado que a esta subscreve, com endereço profissional xxx, endereço eletrônico xxx, nos termos da procuração, conforme artigo 287 do Código de Processo Civil, vem respeitosamente perante Vossa Excelência, com fundamento no artigo 5, LXX, I, b da Constituição Federal, artigo 21 da Lei 12.016/09 e artigo 319 do Código de Processo Civil, impetrar 
MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO COM PEDIDO DE MEDIDA LIMINAR
 Em face da autoridade coatora xxx, nacionalidade xxx, estado civil xxx, SECRETÁRIO ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E GESTÃO DO ESTADO Y, vinculado ao Estado Y, inscrito no CPF sob o nº xxx e RG sob o nº xxx com endereço xxx, endereço eletrônico xxx, pela violação de direito líquido e certo, conforme se provará e demonstrado a seguir. 
I – DOS FATOS 
 Os Servidores Públicos do Estado Y receberam incremento salarial de 10%, por lei específica, que seriam pagos em seis parcelas. Todavia, após receberem a 3ª parcela do incremento, o Estado Y editou Medida Provisória revogando tal direito, e então os pagamentos foram interrompidos. A Autoridade coatora fora questionada e indeferiu os pedidos sob alegações de que não se tratava de direito adquirido e que os servidores teriam apenas expectativa de direito.
II– DO FORO COMPETENTE 
 O artigo 105, I, b da Constituição Federal aduz que compete ao Superior Tribunal de Justiça processar e julgar o Mandado de Segurança contra ato do Ministro de Estado. Neste sentido, pelo princípio da simetria constitucional, cabe aos Tribunais de Justiça Estaduais a competência para julgar os Secretários de Estado, quando estes forem autoridades coatoras, violadora do direito líquido e certo. No caso em tela, temos direito líquido e certo violado pelo Secretário de Estado do Estado Y, portanto, a competência pertinente ao presente Mandado de Segurança pertence ao Tribunal do Estado Y.
 III – DO CABIMENTO 
 Conforme preleciona o artigo 5, LXIX da Constituição Federal, o Mandado de Segurança será concedido para proteger direito líquido e certo, não amparado por Habeas Corpus ou Habeas Data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público. Neste mesmo sentido é o artigo 1 da Lei 12.1016 de 2009. 
 No caso, o direito líquido e certo violado não pode ser amparado nem por Habeas Corpus e, tampouco por Habeas Data, de modo que o Mandado de Segurança, garantia constitucional com caráter residual é plenamente cabível.
 IV – DA LEGITIMIDADE E DA TEMPESTIVIDADE 
 O artigo 5, LXX, I, b da Constituição Federal ainda prevê a hipótese do Mandado de Segurança Coletivo, caso em que o direito líquido e certo violado for de uma coletividade. Nestes mesmos termos é o artigo 21 da Lei 12.016/09, que diz que o Mandado de Segurança pode ser impetrado por partido político com representação no Congresso Nacional, na defesa de seus interesses legítimos relativos a seus integrantes ou à finalidade partidária, ou por organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há, pelo menos um ano, em defesa de direitos líquidos e certos da totalidade, ou de parte, dos seus membros ou associados na forma dos seus estatutos e desde que pertinentes às suas finalidades. 
 Dispensada, para tanto, autorização especial. No presente caso, o impetrante que é Sindicato dos Servidores Públicos encontra-se na categoria de organização sindical, e portanto, pode figurar no polo ativo desta demanda. Cumpre dizer que o Impetrante, nesta demanda encontra-se na posição de substituto processual de seus associados que tiveram seu direito líquido e certo violado pelo Impetrado. 
 No que tange ao polo passivo, temos como autoridade coatora o impetrado, Secretário do Estado Y, responsável pela Gestão e Planejamento que com o excesso de poder, violou direito líquido e certo do Impetrante ao negar aos associados da Impetrante o direito adquirido. É, portanto, o legitimado passivo da Ação em obediência ao artigo 5, LXX, I, b da Constituição Federal e artigo 21 da Lei 12.016 /09. 
 Ainda, o artigo 23 da Lei 12.016/09, estabelece o prazo de 120 dias para requerer a segurança do direito líquido e certo violado. De tal modo, tempestiva é a presente demanda, pois a violação ocorreu há menos de 120 dias. 
V – DA VIOLAÇÃO AO DIREITO LÍQUIDO E CERTO
 O artigo 5, XXXVI, da Constituição Federal estabelece que a lei não prejudicará o direito líquido e certo. Os associados da Impetrante conquistaram, em pleno respeito à legalidade o incremento salarial de 10% a serem pagos em seis parcelas e, logo na terceira parcela, houve a paralisação do pagamento pelo ato coator, ensejando na afronta ao direito já incorporado ao patrimônio dos associados da Impetrante. 
 Ainda, o artigo 37, XV, da Constituição Federal prevê que o subsídio e vencimentos dos ocupantes de cargos públicos são irredutíveis. Neste caso, como o incremento que se deu por antiguidade e merecimento já se incorporou ao patrimônio dos associados da Impetrante, não poderia a Administração Pública simplesmente cancelar ou revogar um direito que já fora entregue. É notável que o ato coator também fere os princípios da Dignidade Humana e Razoabilidade, pois os associados já contavam com o incremento de natureza salarial e num gesto de “dar e “tomar” a Administração Pública, através do ato coator, feriu em cheio o direito líquido e certo dos Associados da Impetrante. 
VI – DA PROVA PRÉ-CONSTITUÍDA 
 Saliente-se que toda a prova do direito líquido e certo violado já está previamente constituída e acompanha a inicial, não sendo necessária dilação probatória. 
VII – DO PEDIDO DE MEDIDA LIMINAR
 No tocante ao Mandado de Segurança Coletivo a medida liminar pode ser concedida nos termos do artigo 22 e artigo 7, III da Lei 12.016 /09, onde o juiz suspenderá o ato que deu motivo ao pedido de segurança, quando houver fundamento relevante. Ora, existe plausibilidade jurídica no direito dos associados pois conquistaram por lei específica o incremento salarial, tendo inclusive recebido três parcelas do mesmo. 
 Ainda, cumpre dizer que os associados da Impetrante contam com o incremento e fizeram planos, já que se incorporou ao patrimônio deles. Simplesmente deixar de pagá-los o que já se havia garantido certamente causará danos aos associados. É, então, urgente que seja concedida a liminar pretendida. 
VIII – DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS
 Diante do exposto, requer deste Egrégio Tribunal, que se digne pela: 
a) Concessão da medida liminar para suspender o ato lesivo que deu motivo ao pedido, assegurando aos associados da Impetrante o direito líquido e certo de receberem as três últimas parcelas do incremento salarial de 10%, nos termos do artigo 7, III, da Lei 12.016 /09.
b) Realização da Audiência com o representante judicial do Estado Y, para que no prazo de 72 horas se pronuncie afim de que seja concedida a medida liminar nos termos do artigo 22, parágrafo 2 da Lei 12.016/09. 
c) Notificação da autoridade coatora, o Secretário Estadual de Planejamento e Gestão do Estado Y para prestar as informações no prazo de 10 dias, nos termos do artigo 7, I, da Lei 12.016 /09. 
d) Ciência ao Órgão de representação judicial da pessoa jurídica interessada, na pessoa do Procurador do Estado Y, enviando-lhe as cópias da Inicial, para querendo, apresente defesa, nos termos do artigo 7, I da Lei 12.016 /09. 
e) A intimação do Ministério Público, para apresentar o seu parecer, no prazo de 10 dias, nos termos do artigo 12 da Lei 12.016/09. 
f) Recebimento das provas pré-constituidas, cópia do Edital de Publicação do Concurso Público e do Requerimento Administrativoe resposta da Administração Pública. 
g) Concessão Definitiva da Segurança, tornando efetiva a Medida Liminar, declarando a ilegalidade do requisito de idade mínima no concurso público nº xxx promovido pelo Estado X, anulando o ato lesivo da autoridade coatora. 
 Dá-se à causa, o valor de R$ xxxx.
Termos em que
Pede deferimento.
Local e data
ADVOGADO/OAB Nº XXX

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