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MODELO DE PEÇA MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO LIMINAR

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA__ VARA CIVIL DA COMARCA DE MONTE BELO
Rosa, nacionalidade..., estado civil..., funcionária pública municipal, portadora da cédula de identidade RG nº..., inscrita no Cadastro de Pessoas físicas sob o nº..., residente e domiciliada na Rua..., nº..., Bairro..., Cidade..., Estado..., CEP..., endereço eletrônico..., por seu advogado que esta subscreve (procuração em anexo, com endereço profissional situado na Rua..., nº..., Bairro..., Cidade..., Estado..., CEP..., endereço eletrônico..., local onde receberá todas as intimações (artigo 106 do Código de Processo Civil de 2015), vem, respeitosamente, perante vossa excelência, com fulcro nos artigos 5º, inciso LXIX, da Constituição Federal de 1988, 319 do Código de Processo Civil de 2015 e em conformidade com o artigo 1º e seguintes da Lei 12.016/2009 impetrar
MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO LIMINAR
Em face do secretário municipal de administração de Monte Belo, autoridade responsável pelo ato coator (endereço completo), pelos motivos a seguir articulados:
Dos fatos
A impetrante é funcionária pública municipal da cidade de Monte Belo, exercendo a função de professora há vinte anos. Ocorre que a Secretaria de Administração municipal da cidade em comento, com o apoio do prefeito criou uma lei especifica que adicionou aos vencimentos dos servidores que preencheram os requisitos previstos pela referida lei, um acréscimo de 20% dividido em 06(seis) parcelas, procedimento aprovado pelo poder legislativo inclusive, tendo a senhora rosa percebido 3 ( três) parcelas referentes ao parcelamento descrito acima.
Neste sentido, sobreveio a edição de uma nova lei que revogou a sistemática da lei anterior, ocasionando a exclusão do incremento referente à 4ª parcela que seria paga no mês de junho. Diante da situação em análise, a impetrante requereu a Secretaria Municipal de Administração Pública de Monte Belo a inserção do acréscimo na sua folha de pagamento. Em resposta, o secretário indeferiu o pleito, não restando outra opção a não ser o ajuizamento do remédio constitucional para garantia de seus direitos e aplicabilidade da mais lídima justiça ao violamento dos direitos tutelados a impetrante no referido caso em concreto.
Do direito
Nessa esteira, de acordo com os artigos 5º, inciso XXXVI, da Constituição Federal de 1988 e 6º do Decreto-Lei 4.657 de 04 de setembro de 1942, que disciplinam sobre o tema em cerne, o direito adquirido já consumado por lei vigente ao tempo, o que ocorreu na situação em análise. Desse modo, vale ressaltar o patente tolhimento e cerceamento do direito adquirido da funcionária municipal rosa, direitos estes preceituados constitucionalmente e em leis pertinentes, já corroboradas anteriormente.
Entretanto, na celeuma em epígrafe, resta configurado inequivocamente a ofensa do direito da irredutibilidade de vencimentos da ora impetrante, previstos no artigo 37, inciso XV, da Constituição Federal de 1988, que se deu com a revogação da lei que concedeu o incremento salarial disposto por lei especifica, violando de forma cristalina direitos tutelados pela Constituição Federal de 1988 e lei específica.
Além disso, foram violados ainda, o direito líquido e certo da senhora Rosa, gerando o direito e legitimidade para impetração do presente mandamus. Não podendo ser aceito que a administração revogue lei anterior prejudicando o direito adquirido da impetrante.
Neste diapasão, a Constituição Federal de 1988 expressa em seu inciso LXIX, artigo 5º, bem como no artigo 1º da Lei 12.016/09, que tratam da concessão do mandado de segurança, sendo concedido para tutelar direito líquido e certo, sempre que ocorrer ilegalidade ou abuso de poder a qualquer pessoa física ou jurídica que sofrer violações, por parte de autoridade de quaisquer âmbito, seja de que categoria for.
Desta forma, em se tratando de legitimidade ativa, resta configurada a legitimidade da senhora Rosa, por ter sofrido o lesionamento, ocasionado pela ilegalidade da lei que revogou um direito já adquirido pela ora impetrante, prejudicando-a e cerceando direitos. Desta feita, a senhora Rosa busca a efetivação de suas garantias através do remédio constitucional adequado para tutela de seus direitos.
Noutro lado, o legitimado passivo é o Secretário Municipal de Administração Pública de Monte Belo, responsável pelo ato coator, da retirada da folha de pagamento do incremento já adquirido, fato ocorrido com a promulgação da lei que revogou a lei anterior. 
Em assim sendo, infere-se, que a conduta praticada pela autoridade competente ao caso em epígrafe, feriram os preceitos constitucionais já aduzidos alhures, obrigando a ora impetrante, buscar o poder judiciário para tutelar seus direitos e corrigir a injustiça cometida contra seu direito adquirido.
Nesta seara, e como prova pré constituída, é corroborado a lei que incrementou o acréscimo de 20% no salário da servidora Rosa em 06 (seis) parcela, bem como os comprovantes do recebimento de 03 (três) parcelas observados no contra cheques, acréscimos estes adquiridos por força de lei específica e aprovada pelo poder legislativo.
Da liminar
Nos termos do artigo 7º, III, da Lei 12.016/09, que disciplina o mandado de segurança, dispondo de forma explicita, que será concedida liminar, quando houver relevante fundamento e o ato impugnado puder causar a ineficácia da medida, suspendendo o ato que deu motivo ao pedido.
Nesta senda, o fundamento do direito invocado esta pautado na plausibilidade do direito violado, no fumus boni iuris. Enquanto a ineficácia da medida, caso não seja deferida de imediato, refere-se ao chamado periculum in mora.
Portanto, estão presentes o fumus boni iuris, pela patente inconstitucionalidade, uma vez que a nova lei violou a determinação constitucional de não prejudicar o direito adquirido, bem como o periculum in mora, pois a retirada se deu de forma ilegal e de forma abrupta, chegando ao conhecimento da impetrante de forma negativa, pois a servidora já tinha seu direito as parcelas 04 a 06 garantidas, justificando o pedido liminar ao caso em tela.
Dos pedidos
Ante o exposto, requer o impetrante a vossa excelência se digne:
Conceder, in limine, a segurança requerida, expedindo-se o necessário para garantir a imediata inserção do incremento das parcelas 04 a 06 ao salário da servidora Rosa;
Determinar a notificação do secretário municipal de administração de Monte Belo, para prestar informações no prazo legal de dez dias, como de direito, entregando-lhes a segunda via da petição inicial acompanhadas dos documentos reproduzidos por cópia;
Dar ciência do feito ao representante judicial das pessoas jurídicas às quais estão vinculadas as autoridades coatoras, nos termos do art. 7º, II, da Lei 12.016/09;
Determinar a intimação do Parquet para oferecer parecer, nos termos do artigo 12 da Lei 12.016/09;
Intimação do parquet para se manifestar dentro do prazo legal;
Acatar as provas que demonstram o direito líquido e certo corroborado na inicial, confirmando a prova pré constituída como exigência no mandado de segurança;
A fixar multa, nos termos do §2º do artigo 77 do Código de Processo Civil de 2015;
Requer, ao final, a concessão da segurança e a ratificação da liminar deferida garantido ao impetrante a inserção das três parcelas restantes no salário, restabelecendo o direito adquirido que não pode ser prejudicado por lei posterior.
Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais).
Nesses termos,
Pede deferimento.
Local e data.
Advogado/OAB

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