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Leitura Fundamental_Estratégias de captação de recursos para o setor público

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Estratégias para Captação de 
Recursos para o Setor Público
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BA
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1.
1
2/149
Estratégias para Captação de Recursos para o Setor Público
Autor: Greiner Teixeira Marinho Costa
Como citar este documento: COSTA, Greiner Teixeira Marinho. Estratégias para Captação de 
Recursos para o Setor Público. Valinhos, 2015.
Sumário
Apresentação da Disciplina 03
Unidade 1: Condicionantes para a Captação de Recursos nos Municípios 07
Unidade 2: Procedimentos e Fontes de Financiamento para Projetos 44
Unidade 3: Elaboração de Projetos 78
Unidade 4: Casos e Linhas de Financiamento Específicas 114
2/149
3/149
Apresentação da Disciplina
Caro Leitor (a),
Nesta disciplina os participantes ao final 
dos trabalhos deverão estar informados 
sobre os procedimentos utilizados pelas 
administrações públicas municipais para 
avaliação de problemas nas cidades, 
seleção de prioridades, desenvolvimento 
de projetos, alocação de recursos e 
implantação de serviços e obras por meio 
do aporte de recursos externos captados 
junto a agências de fomento e organismos 
de financiamento do governo federal, 
dos governos estaduais e de projetos em 
parceria com entidades da sociedade civil.
A elaboração de projetos para captação 
de recursos é uma ferramenta de gestão 
que vem ganhando maior importância 
recentemente, em especial devido às 
novas e volumosas linhas de financiamento 
abertas pelos governos federal e estaduais 
e seus organismos de financiamento.
Para isso aos participantes do curso 
serão apresentados os procedimentos de 
priorização de projetos característicos 
da administração pública brasileira de 
modo que, seja trabalhando na gestão 
pública, seja atuando em entidades da 
sociedade civil, estejam habilitados a 
conhecer os planos anuais e plurianuais 
dos governos municipais, identificar nestas 
oportunidades e necessidades de projetos 
envolvendo a captação de recursos 
externos, trabalhar com a comunidade 
local, dominar técnicas de planejamento de 
projetos e desenvolver com êxito iniciativas 
desta natureza.
4/149
A captação de recursos externos 
representa um importante e necessário 
aporte financeiro que se soma às receitas 
tradicionais dos municípios representadas 
por tributação, cobrança de taxas e 
principalmente transferências obrigatórias 
dos governos federal e estaduais para 
os municípios. A grande maioria dos 
5.565 municípios brasileiros sobrevivem 
financeiramente a duras penas e graças 
principalmente a transferências de 
recursos realizadas pelo governo federal. 
Estas cidades não dispõem orçamento 
próprio suficiente, por não dispor de 
fontes de arrecadação de receitas próprias 
ou devido à incapacidade política e 
administrativa de seus dirigentes que não 
cobram taxas e impostos da forma como a 
lei lhes faculta e deveriam.
Por isso localizar e desenvolver novas 
fontes de financiamento é uma ação 
que pode ter grande impacto na 
disponibilidade de recursos para atender às 
demandas da população e resolver os mais 
relevantes problemas de nossas cidades, 
em especial das menores e mais precárias.
De que forma os governos locais elaboram 
seus planos anuais de gestão? O que é e 
qual é a importância dos Planos Plurianuais 
(PPA) locais? Como integrar com as cidades 
vizinhas em projetos consorciados? 
Quais são e onde podem ser localizadas 
novas fontes de financiamento? Quais os 
principais programas do governo federal 
disponíveis para esse fim? Como elaborar 
projetos para captação de recursos a partir 
de problemas prioritários identificados 
5/149
pelas gestões municipais? Que pontos 
devem ser destacados nos projetos para 
que sejam aprovados pelos organismos 
de financiamento? Serão trabalhadas 
no decorrer do curso respostas a estas 
questões e a outras sempre relevantes 
que são apresentadas pelos participantes 
durante as aulas.
Em outra ponta do processo, dada à 
progressiva modernização e ampliação 
da abrangência de atuação e da eficácia 
das políticas pública de fiscalização 
e controle, seja por órgãos como os 
tribunais de contas, as câmaras de 
vereadores, instâncias do judiciário, 
seja por organizações da sociedade civil 
que fiscalizam o trabalho dos gestores 
públicos, tem se tornado um conhecimento 
extremamente valorizado o domínio 
dos procedimentos para prestação de 
contas sobre recursos captados. A não 
prestação de contas de forma adequada 
tem sido um dos principais vetores de 
abertura de processos e imputação de 
responsabilidade a gestores públicos e 
dirigentes de entidades da sociedade civil.
Os processos de captação no setor 
público têm aumentado em volume e 
sofisticação e tem se tornado complexo, 
envolvendo muitos riscos. Por serem 
muito importantes acreditamos haver 
um amplo espaço e mercado de trabalho 
para aqueles que se especializam em 
suas ferramentas e técnicas específicas. 
Os órgãos de controle exigem cada vez 
mais projetos com boa definição de 
6/149
objetivos, beneficiários, indicadores de 
processo e de resultados finalísticos bem 
elaborados, mecanismos para a prestação 
de contas, monitoramento e avaliação 
bem definidos desde a concepção do 
projeto, instrumentos essenciais para o 
sucesso de programas, projetos e serviços 
continuados. 
É fundamental elaborar bons projetos, 
que sejam lastreados em necessidades e 
objetivos que valorizem em primeiro lugar 
o interesse público e as necessidades da 
maioria da população, e desde sua origem 
ter clareza sobre a quem se destina e os 
impactos positivos que podem ter sobre 
a vida das pessoas e da cidade. Veremos 
que essa é a melhor forma de obter sua 
aprovação e êxito na implementação. 
Todo esse conjunto de conhecimentos 
será trabalhado primordialmente com um 
viés prático resolutivo e com exemplos, de 
forma a proporcionar maior conexão entre 
a realidade e as escolhas das pessoas e do 
dirigente público. 
A você, caro leitor(a), que futuramente 
procurar se especializar e trabalhar dentro 
desta temática esperamos oferecer linhas 
de estudo e pesquisa que potencializem 
as habilidades e conhecimentos que você 
já tem. Desta forma com o componente 
fundamental que é seu interesse, 
disposição e motivação, poderá em curto 
tempo realizar iniciativas de alto valor 
social e que também podem representar 
oportunidades futuras para um trabalho de 
qualidade e com bom retorno.
7/149
Unidade 1
Condicionantes para a Captação de Recursos nos Municípios
Objetivos
1. Esta primeira aula da disciplina apresenta informações e conceitos 
fundamentais para a captação de recursos no setor público, buscando 
qualificar as informações sobre o tema para os participantes do curso. 
2. O ponto de partida adotado é qualificar o trabalho na gestão pública 
e em entidades da sociedade civil a ela relacionadas com foco para 
a resolução de problemas e o atendimento a demandas de interesse 
público. São oferecidas aos leitores informações necessárias e suficientes 
para que possam conhecer os procedimentos típicos de trabalho 
com planejamento e alocação de recursos na administração pública 
municipal, caracterizando a origem, o desenvolvimento e as iniciativas 
essenciais para que um projeto venha a ser priorizado e implantado.
Unidade 1 • Condicionantes para a Captação de Recursos nos Municípios8/149
Introdução
A execução de ações voltadas à promoção 
do desenvolvimento local, que resultem em 
melhorias efetivas na vida dos cidadãos é 
um desafio que se impõe às administrações 
municipais. O êxito em sua realização exige 
o aprimoramento das ações de cooperação 
mediante o fortalecimento e ampliação 
dos mecanismos de articulação entre os 
governos federal, estadual e municipal 
para a promoção do desenvolvimento 
integrado, além do intenso esforço de 
abertura de espaços à participação da 
sociedade civil por meio de processos 
democráticos de prestação de contas e de 
parcerias para a elaboração e efetivação 
de projetos e para o atendimento 
de demandas socioeconômicas e de 
sustentabilidade em âmbito nacional, 
regional e local.
Na medidaem que buscam orientação em 
planos de desenvolvimento os municípios 
terão informações estratégicas para 
elaborar os seus planos plurianuais a 
partir de oportunidades de mobilização 
de investimentos federais e estaduais, 
evitando-se que ações planejadas ou 
em curso deixem de ser consideradas. 
Contudo, para que os municípios 
possam aproveitar de modo eficaz tal 
oportunidade, é fundamental desenvolver, 
junto aos dirigentes e equipes técnicas 
municipais, competências essenciais no 
campo do planejamento e gestão.
A elaboração de projetos para captação de 
recursos é condicionada pelo diagnóstico 
de problemas e pelas prioridades 
estabelecidas no Plano Plurianual de cada 
Unidade 1 • Condicionantes para a Captação de Recursos nos Municípios9/149
município. Não pode ser vista apenas como 
um objetivo de um plano de negócio de 
uma entidade privada. Nesse sentido, 
busca-se não só elaborar projetos segundo 
a definição de necessidades, tendo em vista 
os programas, serviços e compromissos 
governamentais, mas também de 
considerá-los no que se refere à sua 
viabilidade política, técnica e financeira. 
Tem-se a expectativa de que a formação 
aqui propiciada privilegie a abordagem 
de experiências práticas, voltadas para os 
desafios enfrentados pelas administrações 
municipais, permitindo ao participante 
identificar procedimentos que devem ser 
evitados e aqueles que fundamentam boas 
práticas. 
A situação-problema que orienta a 
organização deste texto de apoio didático é 
o conflito entre a adoção de metodologias 
de planejamento e a improvisação 
desinformada sobre como organizar de 
forma ampla e completa uma gestão de 
quatro anos em âmbito local. Ela tem o 
objetivo de ampliar as possibilidades de 
que os governantes atinjam o objetivo 
de cumprir ao longo do mandato os 
compromissos assumidos na campanha 
eleitoral. Ao mesmo tempo busca abrir 
espaço para que entidades da sociedade 
civil possam atuar de forma cooperativa 
com as gestões locais por meio de projetos 
específicos focados em resultados.
Seu ponto de partida é procurar respostas 
a obstáculos existentes à elaboração de 
Unidade 1 • Condicionantes para a Captação de Recursos nos Municípios10/149
projetos nas administrações municipais de 
todo o país, com impacto negativo sobre a 
qualidade das demandas de financiamento 
apresentadas a instâncias de fomento 
dos governos federal e estadual. Estas 
restrições também geram efeitos 
indesejados sobre os gastos públicos 
inerentes à realização de compras e 
licitações de obras e serviços relacionados; 
sobre os parâmetros e critérios necessários 
à boa gestão de contratos; e, em última 
instância, sobre a execução orçamentária 
propriamente dita. Neste caso é notório o 
não cumprimento de prazos, a rejeição ou 
interrupção de projetos. Deve-se destacar 
finalmente que o ponto final desta cadeia 
de desajustes é a não utilização de recursos 
financeiros disponíveis ou mesmo sua 
devolução, fazendo com que as metas de 
fomento estabelecidas por programas 
federais e estaduais não sejam cumpridas, 
levando a toda uma série de problemas 
de natureza política, mas principalmente 
não elevando a qualidade da prestação de 
serviço público necessária para grandes 
segmentos da população. 
Para isso buscamos trabalhar respostas 
para perguntas como:
• Quais são os maiores obstáculos à 
elaboração local de projetos?
• Que informações são necessárias 
para elaborar projetos?
• Que tipo de apoio os governos 
federais e estaduais precisam 
garantir?
Unidade 1 • Condicionantes para a Captação de Recursos nos Municípios11/149
projetos, problemas integrados a espaço 
físico, métodos de trabalho e até mesmo 
a existência de profissionais destacados 
para esta tarefa junto ao gabinete do 
prefeito e nas principais secretarias ou 
diretoriais municipais. Em certa medida 
podemos dizer o mesmo para a maior parte 
de ONGs e demais instituições sociais. Mas 
consideramos que o principal problema 
que envolve a elaboração de projetos, e, 
por conseguinte, a insuficiente execução 
do Plano de Governo, do PPA e das demais 
peças orçamentárias, tem origem na 
deficiente orientação estratégica e no 
processo decisório no núcleo de governo 
que não aponta um direcionamento claro e 
preciso para que projetos sejam priorizados 
e elaborados.
• Como técnicos e servidores 
da administração local devem 
trabalhar para ter êxito na 
elaboração de projetos?
• Como entidades, ONGs e outras 
organizações da sociedade civil 
podem trabalhar em cooperação 
com o poder público para o 
desenvolvimento de projetos?
Como sempre reiteramos só haverá 
demanda por qualificação da gestão 
em um governo que valoriza a fixação 
de compromissos, a responsabilização, 
a cobrança e de prestação de contas. 
É um fato conhecido que a maioria 
dos municípios grandes e pequenos 
apresentam déficit de pessoal técnico 
e conhecimento para a elaboração de 
Unidade 1 • Condicionantes para a Captação de Recursos nos Municípios12/149
Esta primeira aula, portanto trata dos 
fatores gerais que condicionam a captação 
de recursos nos municípios tendo como 
eixo os compromissos expressos nos 
planos de governo e do PPA. A aula 2 da 
disciplina trabalhará com maiores detalhes 
os procedimentos para a viabilização de 
recursos e a apontará as principais fontes 
de financiamento disponíveis. A aula 3 
tem como foco específico os conceitos e 
metodologia para a elaboração de projetos 
para captação de recursos. A aula final da 
disciplina, de número 4, apresentará alguns 
exemplos e tratará dos procedimentos 
e cuidados com a prestação de contas 
relacionada a projetos para captação de 
recursos.
1. O Início do Governo
O começo da gestão municipal, que para 
alguns pode parecer um prêmio pela 
vitória nas eleições, pode trazer na verdade 
significados e desafios bem diversos. A 
posse é, muito além da festa, um dos 
primeiros passos para a concretização 
das expectativas e anseios da população. 
Assim, o que externamente deixa 
transparecer a imagem das solenidades, 
dos discursos, das comemorações, abraços 
e sorrisos, esconde também grande 
ansiedade natural, inúmeros problemas 
e atribulações que cercam aqueles que, 
muitas vezes, estão vivendo pela primeira 
vez o exercício de um cargo público já com 
responsabilidade de direção.
Unidade 1 • Condicionantes para a Captação de Recursos nos Municípios13/149
É neste importante momento, no qual 
o entusiasmo e a dúvida se misturam, 
em meio a um turbilhão de informações 
necessárias (mas nem sempre disponíveis), 
oferecendo um guia metodológico 
objetivo para que toda a equipe de 
governo - Prefeito, Vice, Secretários, 
Diretores, Técnicos - tome contato com 
a real situação da prefeitura e da cidade, 
defina suas ações de planejamento já no 
período de transição avalie os custos de 
benefícios de cada escolha, selecione 
suas prioridades, defina as ações projetos 
estratégicos que deverão implementar e 
do município e comece a governar com 
qualidade. É desde este momento também, 
que os dirigentes e envolvidos com 
entidades da sociedade civil que prestam 
serviços à administração municipal vão 
procurar obter informações, criar canais 
de contato e relacionamento para que 
futuramente venham a estabelecer 
parcerias onde couber.
Propomos dividir para estudo o início da 
gestão em três momentos importantes:
• O Período de Transição;
• Da Posse até os 100 Dias;
• 1º Ano de Governo.
Não temos a pretensão de esgotar os temas 
relativos a cada um dos três momentos 
citados e nem mesmo tecer um tratado 
sobre as questões relativas ao início 
da gestão municipal. O que buscamos, 
com uma linguagem direta, é apenas 
Unidade 1 • Condicionantes para a Captação de Recursos nos Municípios14/149
resumir preocupações e recomendações 
e apontar algumas ações próprias do 
início de governo, listando cuidados nas 
áreas do planejamento, das finanças e 
da administração pública. O interesse do 
leitor em aprofundar os estudos sobre 
qualquer um dos pontos apresentadosdeverá remetê-lo, necessariamente, para 
outras leituras e contatos com profissionais 
experientes que desenvolveram com maior 
detalhe cada assunto.
Destacamos então que é neste momento 
de início que as prioridades serão definidas 
e que os mecanismos de participação 
devem ser estabelecidos. É o ponto de 
partida para a elaboração de projetos. É o 
ponto de contato para que tanto gestores 
busquem aliados para a elaboração e 
desenvolvimento de projetos desde o início 
de governo; mas também para dirigentes 
e técnicos de entidades da sociedade civil 
busquem informações e contatos no poder 
público local para que em algum momento 
logrem estabelecer parcerias. Como será 
destacado a seguir.
Para saber mais
Orientações para transição em governos 
municipais.
Para saber mais clique aqui.
http://www.abm.org.br/wp-content/uploads/2013/09/CartilhaEncerramentodeMandatoSAFPR2012.pdf
Unidade 1 • Condicionantes para a Captação de Recursos nos Municípios15/149
2. Planejamento Governamental
O Planejamento é uma função essencial 
da administração pública municipal e 
é, antes de tudo, atribuição e obrigação 
do poder executivo. A iniciativa deve 
sempre partir do Prefeito, que deflagra o 
processo de planejamento, bem como o 
monitoramento da sua execução.
Haverá, sempre, por trás das “técnicas” 
de planejamento e de gestão, do método 
de planejamento, um modo de pensar o 
mundo ou, pode-se dizer, uma ideologia. 
Os modos de se fazer o planejamento e a 
operacionalização do plano serão sempre 
ferramentas de trabalho coerentes, em 
última instância, a um determinado projeto 
político.
O planejamento governamental que 
podemos denominar como tradicional, 
de forte base economicista, declara-se 
“neutro”, ancorado em uma pretensa 
objetividade das decisões orientadas 
por análises “técnicas”. Não é necessário 
nos determos neste ponto rejeitado por 
evidências práticas e também muito 
criticado por diversos autores. Vamos 
apenas enfatizar que “planejar” no setor 
público (e mesmo no setor privado) é 
essencialmente uma atividade política, 
inseparável das relações dos homens em 
sociedade, do jogo social, da escolha de 
metas e tomada de decisões. É uma forma 
de fazer política, pois a partir do momento 
em que se escolhe como se quer planejar, 
quando se escolhe o modelo de gestão que 
Unidade 1 • Condicionantes para a Captação de Recursos nos Municípios16/149
se pretende implementar, se está fazendo 
política no sentido mais amplo da palavra. 
Estes “como” se quer planejar, “quem” vai 
planejar, “quais problemas” (qual agenda) 
serão priorizados, devem ser coerentes 
entre si e demonstram a dimensão 
ideológica das escolhas de quem planeja, 
que é quem enuncia o desejo de construir 
resultados em seu período de gestão.
O potencial transformador desta opção 
está, em boa medida, condicionado pela 
clareza que os envolvidos têm sobre o fato 
de que a opção pelo modelo de gestão 
pode ser uma forma ativa de realizar uma 
gestão pública democraticamente e de 
fazer frente aos desafios colocados pela 
realidade sociopolítica de nossa sociedade.
Podemos resumir os objetivos de se 
trabalhar com planejamento desde antes 
do início formal do governo. Dentre eles, 
destacamos:
• Para definir estrategicamente as 
prioridades, os resultados a serem 
atingidos e a forma de trabalho em 
equipe para um período de governo;
• Para que estas definições sejam 
compartilhadas pelo conjunto da 
equipe de governo e, de forma 
integrada e bem articulada, sejam 
atingidos os resultados planejados;
• Para que a cidade tenha uma evolução 
e um crescimento ordenados;
• Para evitar ações que possam levar ao 
desperdício dos recursos públicos;
Unidade 1 • Condicionantes para a Captação de Recursos nos Municípios17/149
• Para garantir o bem-estar 
da população, mobilizando 
adequadamente os recursos do 
município e integrando os projetos 
prioritários;
• Para facilitar a busca de novos 
recursos nos níveis estadual, federal 
e internacional e junto à iniciativa 
privada;
• Para que o trabalho realizado seja 
feito em estreito contato com a 
população e com atores sociais 
atuantes no município;
• Para cumprir o que determina a 
legislação.
Apesar de o planejamento ter se tornado 
uma ferramenta e uma obrigação legal 
do gestor público, sempre existem outros 
setores da sociedade que têm um papel 
relevante em sua realização. A Câmara 
Municipal, os técnicos de cada área 
da administração, as associações de 
moradores, organizações e entidades da 
sociedade civil, os organismos públicos 
de fiscalização e controle, os conselhos e 
a população em geral também são parte 
desta história.
Como ninguém governa sozinho nem 
controla todos os recursos de poder sobre 
o município, conclui-se que não basta 
fazer um plano de governo para a gestão. 
É importante pensar também em como 
partilhar as responsabilidades com os 
outros “Atores Sociais” que participam da 
política, da agenda econômica e da vida 
Unidade 1 • Condicionantes para a Captação de Recursos nos Municípios18/149
social da comunidade. A governabilidade 
da administração municipal sobre os 
problemas locais é sempre limitada.
Um modelo de planejamento que mobilize 
a cidade pode cumprir a um só tempo 
três papéis diferentes e igualmente 
importantes: construir a democracia, 
ampliar a governabilidade e obter eficácia 
para a gestão na medida em que incorpore 
informações, legitimidade e compromisso 
com a execução por parte daqueles que 
participam.
Promove a democracia, na medida em 
que partilha o poder de decisão entre os 
diversos setores sociais e econômicos do 
município. Aumenta a governabilidade, na 
medida em que aproxima a população do 
governo, e amplia a visibilidade e o apoio 
dentro da comunidade. A Constituição 
de 1988 também optou por esse modelo 
de fortalecimento da descentralização e 
da democracia ao prever a participação 
popular na “definição das políticas 
públicas, na elaboração do orçamento 
[orçamento participativo] e no controle em 
diversos outros aspectos”.
Para que isto possa acontecer, é 
necessário que o Prefeito, juntamente 
com a sua equipe, assuma um papel 
mobilizador, articulador e mediador 
entre os diversos setores, combinando 
todo o funcionamento do processo de 
planejamento, a forma de acesso às 
informações municipais e as atribuições 
que irão caber a cada um. Para que todas 
estas diretrizes venham a ter efeito, é 
Unidade 1 • Condicionantes para a Captação de Recursos nos Municípios19/149
necessário que desde o princípio, em 
conjunto com o levantamento dos dados 
e informações sobre a Prefeitura e sobre 
a Cidade, que a futura equipe de governo 
elabore o seu Plano de Governo.
Este plano de trabalho para a entrada 
e início de governo deve ser bem 
fundamentado em análise estratégica 
da situação político-administrativa do 
que foi encontrado na transição e do que 
pode ser previsto para o início do governo. 
Deve levar em conta, igualmente, as 
expectativas e demandas da população 
para o futuro governo. Ele será essencial 
para, dentro do período dos “Primeiros 100 
Dias” da gestão, ser revisado, detalhado 
e complementado na forma de um Plano 
Estratégico de Governo, destinado a 
orientar a atuação municipal durante 
o primeiro ano e, com novas revisões e 
atualizações, ser o fio condutor de todo o 
período de quatro anos de gestão. 
Para saber mais
Sugerimos a leitura do excelente trabalho 
coordenado por Zenaide Sachet: Um Método para Governar.
CEPAM/Unicamp, 2009. Publicação disponível 
para download em <https://issuu.com/cepam/
docs/m_todo_completo_09>.
Dentre as definições fundamentais 
do planejamento, nesta fase inicial do 
governo, devem constar as decisões 
referentes ao relacionamento entre o 
governo e a sociedade, e as formas de 
https://issuu.com/cepam/docs/m_todo_completo_09
https://issuu.com/cepam/docs/m_todo_completo_09
Unidade 1 • Condicionantes para a Captação de Recursos nos Municípios20/149
participação desejadas e necessárias 
da população no planejamentoe no 
acompanhamento das ações de governo ao 
longo do tempo. Será também orientação 
essencial para o trabalho a ser realizado 
pela equipe de governo a partir do 
momento em que é nomeada, apontando 
diretrizes para os planos de ação setoriais e 
para as medidas imediatas após a posse em 
cada secretaria ou órgão municipal.
Etapas recomendadas para a elaboração.
Em síntese, recomenda-se que a 
metodologia de planejamento e de 
acompanhamento das ações para o 
governo cumpra os seguintes passos:
1º Passo - Até a primeira semana de 
dezembro: realizar reunião de trabalho 
restrita ao núcleo de coordenação da 
transição, Prefeito, Vice e dirigentes 
políticos. Idealmente, deve envolver 8 a 10 
pessoas. O produto desta reunião deve ser 
conjunto de diretrizes para a pose e para o 
início de governo.
2º Passo - Em meados de dezembro, após 
a nomeação da equipe de governo que 
vai tomar posse em 1º de janeiro: realizar 
1ª reunião estruturada de planejamento 
com o secretariado. O produto principal 
desta reunião é a orientação qualificada 
para os trabalhos de transição nos setores, 
recomendações para o trabalho desde a 
posse e no 1º mês de governo.
3º Passo – Acompanhar o desenvolvimento 
dos Planos Setoriais, o detalhamento e a 
realização das primeiras medidas relativas 
Unidade 1 • Condicionantes para a Captação de Recursos nos Municípios21/149
aos Projetos Prioritários, e o início dos 
trabalhos para definição do orçamento 
para o 1º ano e a elaboração do Plano 
Plurianual.
4º Passo – Realizar, na última semana 
de janeiro, a 2ª reunião de secretariado 
estruturada para avaliação do início do 
governo e atualização das prioridades. Essa 
atividade deve garantir quatro produtos 
principais: a revisão e atualização do 
planejamento; a verificação do andamento 
dos trabalhos nas secretarias; a verificação 
dos Resultados Esperados para os 100 dias 
de governo; e a definição de procedimentos 
para o desenvolvimento e finalização do 
Plano Estratégico de Governo e do PPA 
ainda no 1º semestre.
5º Passo – Colocar em funcionamento 
formal uma equipe ou comitê de 
coordenação do Plano de Governo para: 
apoiar e acompanhar o desenvolvimento 
dos planos setoriais; o detalhamento dos 
Projetos Prioritários e a realização das 
medidas imediatas a eles relacionadas; 
iniciar os trabalhos para a estruturação 
da Sala de Gestão; secretariar e apoiar 
a realização das reuniões ordinárias de 
secretariado.
6º Passo – Realizar, no início de abril 
do 1º ano, a 3ª reunião de secretariado 
estruturada para avaliação dos 100 dias 
de governo, preparação da 1ª prestação 
de contas à população e fixação das bases 
definitivas do Plano Estratégico 2013-
2016.
Unidade 1 • Condicionantes para a Captação de Recursos nos Municípios22/149
(Ver anexo 1 – Quadro com um resumo 
geral para uma AGENDA para quatro anos 
de gestão e conceitos relativos ao plano de 
governo e ao projeto de comunicação).
Obs.: regra geral a partir do período 
março-abril os governos municipais 
iniciam os trabalhos de planejamento 
participativo, em muitos casos mais 
recentes, de PPA participativo e também 
audiências públicas para processos de 
conferência da cidade. Estas agendas 
de planejamento semiabertas oferecem 
inúmeros insumos para o trabalho de 
planejamento governamental.
3. Planejamento Orçamentário
O planejamento orçamentário é 
aqui entendido como uma dimensão 
operacional que deve ser bem articulada 
às propostas e aos projetos identificados 
no plano estratégico de governo para 
que seja viabilizada a implementação das 
prioridades definidas. Ele cumpre um papel 
fundamental para abrir possibilidades para 
a elaboração de projetos para captação 
de recursos. O plano plurianual (PPA) é o 
instrumento pelo qual os projetos definidos 
Para saber mais
Manual para elaboração do PPA.
Para saber mais <clique aqui.
http://www.planejamento.gov.br/servicos/central-de-conteudos/publicacoes/orientacoes_elaboracao_ppa_2016_2019.pdf
Unidade 1 • Condicionantes para a Captação de Recursos nos Municípios23/149
no planejamento para os próximos quatro 
anos são sistematizados, como ação de 
governo, os recursos são programados 
e alocados, incluindo eventuais 
contrapartidas relacionadas à captação 
de recursos externos. O PPA contempla, 
assim, os três anos do governo atual mais o 
primeiro ano da próxima gestão.
O planejamento orçamentário é 
composto, além do PPA, da lei de diretrizes 
orçamentárias (LDO), que tem a finalidade 
de estabelecer as diretrizes para a lei 
orçamentária anual (LOA) para o próximo 
ano, da execução do orçamento e da 
prestação de contas. Resumidamente, a 
definição destes instrumentos pode ser 
apresentada como: 
Plano Plurianual – PPA. Ponto de Partida 
do Planejamento Orçamentário discrimina 
programas, objetivos, metas e indicadores 
da administração pública para as despesas 
de capital e outras delas decorrentes e 
para as relativas aos programas de duração 
continuada, para um período de quatro 
anos, incluindo o primeiro ano do mandato 
seguinte. A data de entrega do Projeto de 
Lei do PPA à Câmara Municipal varia de 
cidade para cidade, mas regra geral ocorre 
em agosto do primeiro ano de governo.
Lei de Diretrizes Orçamentária – LDO. 
Especifica as metas e as prioridades da 
administração Pública, para o exercício 
financeiro subsequente, com base no PPA. 
Orienta a elaboração da LOA e dispõe 
sobre alterações na legislação tributária 
Unidade 1 • Condicionantes para a Captação de Recursos nos Municípios24/149
e nos gastos com pessoal, no momento 
de avaliação do ano anterior e de revisão 
das prioridades, estabelecidas no PPA, 
bem como revisão dos valores previstos de 
acordo com modificações na projeção das 
receitas.
Lei Orçamentária Anual – LOA. Orçamento 
Municipal define as receitas e as despesas 
da Prefeitura, da Câmara Municipal, das 
Autarquias, das Fundações, dos Fundos 
e das Empresas Públicas, alocando 
recursos para programas e ações. Deve ser 
compatível com o PPA e a LDO.
Execução Orçamentária. Processo 
cotidiano em que a gestão executa o 
orçamento, normalmente restrito à 
contabilidade e por vezes à Secretaria 
de Finanças, cabendo às unidades e aos 
órgãos apenas acompanhar as informações 
recebidas.
Prestação Pública das Contas - A partir 
da Lei de Responsabilidade Fiscal e do 
Estatuto da Cidade, tornou-se obrigatório: 
a) A realização de audiências Públicas 
antes do envio à Câmara Municipal 
dos projetos de Lei do sistema de 
planejamento Orçamentários PPA, 
LDO, LOA; 
b) Prestação quadrimestral de contas na 
Câmara Municipal e envio periódico 
(mensal, bimestral, trimestral e 
semestral) ao Tribunal de contas, 
aos órgãos do Governo Federal e 
aos conselhos gestores de fundos 
públicos. 
Unidade 1 • Condicionantes para a Captação de Recursos nos Municípios25/149
Em síntese, o planejamento orçamentário 
deve ser desenvolvido com total integração 
ao plano de governo. Este processo de 
trabalho deve ser de domínio dos gestores 
públicos, dos membros das instâncias 
de controle e fiscalização, das câmaras 
municipais e de dirigentes e organizações 
da sociedade civil. São múltiplos os 
documentos e procedimentos fixando 
compromissos públicos relacionados à 
destinação do orçamento municipal e que 
terminam por condicionar a elaboração e 
projetos e a captação de recursos:
• Programa de governo apresentado 
nas eleições;
• Plano de Governo e/ou de Metas 
formalizado após a eleição;
• PPA, legislação orçamentária, LOA, 
LDO;
• Mensagem anual à Câmara de 
Vereadores;
• Exigência de Transparência, Acesso a 
Informações, Controle Público;
• Fiscalizações anuais do Tribunal de 
Contas. 
Unidade 1 • Condicionantes para a Captação de Recursos nos Municípios26/149
Glossário
PPA: Plano Plurianual.
LDO: Lei de Diretrizes Orçamentária.
LOA: Lei Orçamentária Anual.
SICONV: é o Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse instituído pelo governo 
federal. O SICONV bem como o Portal de Convênios – www.convenios.gov.br - foram legalmenteinstituídos pelo Decreto nº 6.170, de 25 de julho de 2007, alterado pelo Decreto nº 6.329, de 27 de 
dezembro de 2007, que dispõe sobre as normas relativas às transferências de recursos da União mediante 
convênios e contratos de repasse.
LRF: Lei de Responsabilidade Fiscal – Legislação Federal Complementar que estabelece normas de 
finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal definindo metas e procedimentos para 
o controle dos gastos públicos em estados e municípios, a partir de sua capacidade de arrecadação.
http://www.convenios.gov.br
http://pt.wikipedia.org/wiki/Controle
http://pt.wikipedia.org/wiki/Estado
http://pt.wikipedia.org/wiki/Munic%C3%ADpio
Unidade 1 • Condicionantes para a Captação de Recursos nos Municípios27/149
Glossário
ONG: Organização Não-Governamental – são entidades sem fins lucrativos voltadas à realização de 
iniciativas por meio de ações solidárias. Foi criado o estatuto para a constituição de ONG com o objetivo de 
substituir ou complementar o trabalho social que é de responsabilidade do Estado.
Estatuto das Cidades: é a denominação oficial da Lei 10.257, de 10 de julho de 2001, que regulamenta 
o capítulo “Política Urbana” da Constituição Federal. Seu objetivo é garantir o direito à cidade como um 
dos direitos fundamentais da pessoa humana, para que todos tenham acesso às oportunidades que a vida 
urbana oferece.
Unidade 1 • Condicionantes para a Captação de Recursos nos Municípios28/149
Glossário
TAC – Termo de Ajustamento de Condutas: É um instrumento legal utilizado pelos órgãos públicos, 
em especial pelos ministérios públicos, para o ajuste de ações contrárias à lei. É um documento assinado 
por partes que se comprometem a cumprir a resolver um problema que estão causando ou a compensar 
danos e prejuízos já causados. Os TACs buscam solução mais eficaz do que se o caso fosse a juízo, já que 
uma ação judicial geralmente leva anos até chegar a uma decisão final em razão dos inúmeros recursos 
existentes; e porque alguns danos, pela sua própria natureza, necessitam de soluções rápidas, sob pena de o 
prejuízo tornar-se definitivo e irreparável. É claro que, em alguns casos, se a parte demandada não cumpre 
o combinado, o caso será levado à Justiça. Os TACs são diferentes dos acordos judiciais: estes são firmados 
no curso de uma ação judicial já proposta, e, por isso, são homologados pelo juiz que preside o julgamento 
da causa. Mas, tanto o TAC quanto o acordo judicial têm o mesmo objetivo: abreviar o processo e reparar o 
dano causado.
Unidade 1 • Condicionantes para a Captação de Recursos nos Municípios29/149
ANEXO 1 - AGENDA RESUMO - PLANEJAMENTO DO GOVERNO MUNICIPAL
ELEIÇÃO TRANSIÇÃO PRIMEIROS 100 DIAS
• Planejamento de Campanha.
• Elaboração do Programa de 
Governo.
• Realização de Pesquisas de 
Opinião.
• Contato direto com a 
população.
• Debates com adversários e em 
entidades da sociedade civil.
• Prestação de contas de 
campanha.
• Definição da equipe de 
transição.
• Planejamento e organização 
dos trabalhos.
• Levantamento de informações 
e diagnósticos: geral e 
setoriais.
• Verificar existência de TACs.
• Verificar Atos do Governo que 
sai.
• Providências e alterações 
legislativas.
• Plano de Entrada:
• Posse.
• Medidas imediatas.
• Garantir a continuidade e 
o bom funcionamento dos 
serviços.
• Reorganização administrativa 
essencial.
• Concluir nomeações e 
montagem do governo.
• Garantir cobrança dos tributos 
municipais.
• Verificar consistência de 
informações e concluir 
diagnóstico.
Unidade 1 • Condicionantes para a Captação de Recursos nos Municípios30/149
ELEIÇÃO TRANSIÇÃO PRIMEIROS 100 DIAS
1. Estratégia geral.
2. Projetos prioritários.
3. Ações emergenciais.
4. Ações imediatas.
5. Ações de comunicação.
6. Resultados para 100 dias.
Formação da equipe de governo.
Organização da posse.
Documentação e registro 
completo de situação da cidade 
recebida em 01 de janeiro.
Elaboração do Plano de Governo.
Elaboração dos Planos Setoriais 
integrados ao Plano de Governo.
Planejamento de Projetos 
estratégicos.
Implantação das instâncias 
e procedimentos de 
acompanhamento e controle.
Prestação de contas do Governo 
que sai.
Mapeamento de conselhos 
municipais.
Unidade 1 • Condicionantes para a Captação de Recursos nos Municípios31/149
AGENDA RESUMO - PLANEJAMENTO DO GOVERNO MUNICIPAL
1º Ano 2º Ano 3º Ano 4º Ano
• Elaboração PPA – Projetos, 
Programas de Políticas 
Públicas no 1º semestre.
• Plano de Formação e 
atualização dos Servidores.
• Programação de concursos 
públicos e política geral 
para gestão de pessoas.
• Elaboração de projetos 
para captação de recursos 
(SICONV); priorizar os 
projetos estratégicos.
• Reorganização 
administrativa.
• Consolidação do 
sistema de gestão 
estratégica.
• Resolver problemas com 
licenças ambientais.
• Desenvolvimento pleno 
dos projetos prioritários 
para o período de 
governo. 
• Consolidação das 
políticas públicas para 
gestão de pessoas.
• Desenvolvimento 
dos projetos 
prioritários para o 
período de governo. 
• Primeiros macro 
resultados devem 
ser atingidos.
• Elaboração 
das peças 
orçamentárias (LOA, 
LDO).
• Pesquisas de 
opinião (março, 
julho e novembro).
• Prestação de contas 
de 3º ano.
• Novo processo 
eleitoral.
• Relatório de 
Gestão.
• Avaliação geral 
do período de 
gestão.
Unidade 1 • Condicionantes para a Captação de Recursos nos Municípios32/149
AGENDA RESUMO - PLANEJAMENTO DO GOVERNO MUNICIPAL
1º Ano 2º Ano 3º Ano 4º Ano
• Solicitar licenças 
ambientais quando couber.
• Pesquisas de opinião 
(entrada, 100 dias, 
novembro).
• Elaborar peças 
orçamentárias (LOA, LDO).
• Implantação do sistema de 
gestão estratégica.
• Avaliação e revisão do 
Plano Estratégico para 
o período de Gestão 
(dezembro).
• Prestação de contas: 100 
dias e de 1º ano.
• Concursos públicos.
• Reforma tributária.
• Elaboração das peças 
orçamentárias (LOA, 
LDO).
• Pesquisas de opinião 
(março, julho e 
novembro).
• Avaliação e prestação 
de contas de dois anos 
de governo.
• Consolidação de 
imagem do governo.
• Eleição em níveis 
federal e estadual.
Questão
reflexão
?
para
33/149
No município em que você vive quais são os principais 
compromissos da gestão pública local que são de seu 
conhecimento? Onde poderá pesquisar e tomar contato com 
estas informações? Elabore uma lista de prioridades nos 
documentos oficiais que localizar, site da prefeitura etc. Estão 
disponíveis em sua cidade as informações sobre o PPA e sobre 
o orçamento municipal? Após esta análise fica claro para você 
quais são os rumos para o futuro de sua cidade expressos nos 
documentos de planejamento público? Existem oportunidades 
para cooperação e parceria entre a administração pública e 
entidades da sociedade civil e iniciativa privada?
34/149
Considerações Finais (1/2)
Planejamento estratégico e captação de recursos são temas diferentes e 
um não substitui o outro. Não existe um projeto para captação de recursos 
que possa ser feito à margem do plano de governo municipal e das peças da 
legislação orçamentária.
Buscar aliados é essencial para a captação de recursos, seja para os gestores 
públicos, seja para organizações da sociedade civil.
São diversos os documentos envolvidos no processo de planejamento da 
administração pública: PLANO DE GOVERNO, MENSAGEM À CÂMARA 
MUNICIPAL, PPA, LOA, LDO.
A captação de recursos deve ser voltada ao atendimento de necessidades 
e por meio de análise de prioridades: prestar serviços continuados; atender 
demandas; resolver problemas, desenvolver bons indicadores de situação inicial.
Identificação de recursos necessários e existentes: Realizar atividades já 
previstas ou dar início a novos projetos?
35/149
Novos projetos que demandam recursos de outras fontes: Qual a fonte? Em 
que prazos? Exige contrapartida?
Quem pode realizar os projetos? Quem resolve o problema? Com que 
garantias? 
Por que meio? Licitação? Convênio de repasse?Contrato? Entidades, 
empresas, ONGs, Organizações Sociais, OSCIPs.
Considerações Finais (2/2)
Unidade 1 • Condicionantes para a Captação de Recursos nos Municípios36/149
Referências
BROSE, Markus. (org). Metodologia participativa: uma introdução a 29 instrumentos. Porto 
Alegre: Tomo Editorial, 2001. 
CECILIO, Luiz Carlos. A imanência do planejamento e da gestão: a experiência da Prefeitura 
Municipal de Curitiba. Brasília: ENAP, 1999. (Texto para discussão, 33).
COSTA, Greiner, DAGNINO, Renato. (orgs.). Gestão estratégica em políticas públicas. 
Campinas: Editora Átomo & Alínea, 2014. 2ª edição revista e ampliada.
De Toni, Jackson. Guia para elaboração dos PPAs municipais. Escola Nacional de 
Administração Pública, abril 2013.
MATUS, Carlos. Adeus, senhor presidente: governantes governados. Tradução de Luís Felipe 
R. del Riego. São Paulo: Fundap, 1996. 
PEREIRA, Edmo da Cunha. Governar o Município – Antes e depois da Posse. 5a edição. Belo 
Horizonte: Editora O Lutador, 2004. 
Roteiro para Elaboração do PPA Municipal - 12 Passos, elaborado por Denis Sant’Anna Barros 
e Otávio Gondim Pereira da Costa (SPI/Ministério do Planejamento, abril de 2013).
37/149
1. (assinale a alternativa incorreta) A elaboração de projetos para captação 
de recursos é:
a) Condicionada pelo diagnóstico de problemas e pelas prioridades estabelecidas no PPA 
municipal. 
b) É uma necessidade das prefeituras dada a escassez de recursos próprios existentes na 
maioria dos municípios. 
c) É uma ferramenta técnica do orçamento anual de uma prefeitura. 
d) É um objetivo que pode fazer parte do plano de negócios de ONGs e OSCIPs. 
e) É uma oportunidade dada a grande oferta de recursos disponibilizados pelo governo 
federal.
Questão 1
38/149
2. O planejamento estratégico de uma prefeitura:
a) Registra as prioridades para um período de gestão, porque quer atingir determinados 
objetivos e de que forma o fará. 
b) Só pode ser elaborado de forma participativa. 
c) Só pode ser elaborado nos primeiros meses de governo. 
d) É o conjunto de ações que serão realizadas durante o ano em curso para conseguir 
arrecadar recursos para a administração municipal. 
e) Deve obrigatoriamente detalhar iniciativas que serão realizadas para garantir o 
relacionamento com empresas privadas.
Questão 2
39/149
3. Um projeto para captação de recursos:
a) Só pode ser feito por uma entidade da sociedade civil ou uma ONG. 
b) Só pode ser feito por equipes da administração municipal.
c) Só pode ser aprovado por um órgão do governo federal. 
d) Pode envolve em sua elaboração a prefeitura e um outro ator social. 
e) Só pode ser elaborado se estiver previsto no programa de governo eleitoral.
Questão 3
40/149
4. (assinale a alternativa incorreta) O plano plurianual (PPA) é o instru-
mento pelo qual:
a) Os programas e os projetos definidos no planejamento de governo para um período de 
quatro anos são sistematizados.
b) São registradas as eventuais necessidades de contrapartidas para a viabilização da 
captação de recursos por uma prefeitura.
c) São integrados as peças de planejamento orçamentário como a lei de diretrizes 
orçamentárias (LDO) e a lei orçamentária anual (LOA).
d) Deve ser iniciado o trabalho anual de planejamento orçamentário em uma prefeitura.
e) A Câmara de Vereadores é informada sobre as despesas que a prefeitura deverá fazer a 
cada ano.
Questão 4
41/149
5. A captação de recursos por uma prefeitura deve ser voltada para:
a) Criar um departamento de captação de recursos na administração local.
b) Garantir o atendimento de necessidades e demandas da população incluindo a prestação 
de serviços continuados.
c) Garantir recursos para projetos não previstos no plano de governo da prefeitura.
d) Garantir todos os recursos que a prefeitura não tenha para cumprir suas funções.
e) Premiar o esforço e lealdade de entidades da sociedade civil que cooperam com o governo 
municipal. 
Questão 5
42/149
Gabarito
1. Resposta: C.
Visto que as iniciativas de elaboração de 
projetos para captação de recursos não 
podem ser entendidas como ferramenta 
técnica do orçamento de uma prefeitura. 
A elaboração de projetos exige iniciativa, 
boa análise de problemas e atende a uma 
necessidade fundamental que é obter 
recursos extra orçamentários dados 
os limites existentes nos orçamentos 
municipais.
2. Resposta: A.
A realização de planejamento estratégico 
em uma prefeitura pode ser feita a 
qualquer momento, deve ser atualizado 
a todo tempo e é nesse documento de 
planejamento que o governo define e 
orienta suas prioridades para um período 
de gestão, aponta os motivos pelos quais 
precisa atingir determinados objetivos e de 
que forma será efetivado.
3. Resposta: D.
Um projeto para captação de recursos pode 
ser elaborado de diversas formas, com 
diversos participantes e estando previstos 
em programas estaduais, federais e de 
entidades privadas. Por isso destacamos 
o envolvimento exigido de equipes da 
prefeitura e um outro ator social qualquer.
43/149
4. Resposta: E.
De fato o plano plurianual (PPA) é o 
instrumento pelo qual os programas 
e projetos definidos no planejamento 
de governo para um período de quatro 
anos são sistematizados, onde estarão 
registradas as eventuais necessidades 
de contrapartidas para a viabilização 
da captação de recursos, onde 
estarão apontadas as demais peças 
de planejamento orçamentário como 
a lei de diretrizes orçamentárias (LDO) 
e a lei orçamentária anual (LOA) e é o 
ponto de partida para o trabalho anual 
de planejamento orçamentário em uma 
prefeitura. Portanto não é um informativo à 
câmara de vereadores.
5. Resposta: B.
A captação de recursos tem por objetivo 
garantir o atendimento de necessidades 
e demandas da população incluindo 
a prestação de serviços continuados. 
Obviamente não visa criar departamentos, 
nem beneficiar apoios de entidades da 
sociedade civil, garantir todos os recursos 
necessários ou apenas buscar recursos 
para projetos não previstos no plano de 
governo, mas viabilizar recursos para os 
projetos prioritários já definidos, incluindo 
a prestação de serviços continuados.
Gabarito
44/149
Unidade 2
Procedimentos e Fontes de Financiamento para Projetos
Objetivos
1. Os municípios brasileiros crescentemente têm buscado 
formas alternativas para captar recursos. Em grande medida 
impulsionados pela disponibilização pelo governo federal de 
recursos para programas específicos aos quais as administrações 
locais tentam se adequar, atendendo às exigências e regras de 
financiamento e buscando parcerias para sua implementação.
2. A segunda aula tem por objetivo apresentar conceitos 
relacionados às formas previstas em lei para a captação de 
recursos, por meio de convênios e contratos de repasse, os 
procedimentos mais adequados para esse fim, incluindo os 
princípios gerais para elaboração de projetos.
Unidade 2 • Procedimentos e Fontes de Financiamento para Projetos45/149
Introdução
Como vimos na aula 1, o planejamento 
para o início do governo deve equacionar 
obrigatoriamente diversas necessidades 
para um bom desenvolvimento da gestão. 
Esta tarefa não pode ser vista como 
necessidade apenas para grandes cidades 
ou cidades “ricas”. Ao contrário, é onde 
menos recursos existem que mais se deve 
planejar, pois em situações de escassez 
de recursos maior razão haverá para 
direcionar adequadamente as despesas e 
investimentos. E ainda não foi inventada 
uma forma melhor para se utilizar bem 
os recursos públicos do que programar 
cuidadosamente cada investimento, 
escolhendo, com critério, onde e como 
aplicar cada centavo do tesouro municipal.
O planejamento – do governo como 
um todo e de cada programa, projeto 
ou ação em particular - pode em muito 
contribuir para a busca mais efetiva e 
bem direcionada por novos recursos, 
tanto financeiros quanto humanos, 
organizativos, cognitivos e políticos. Para 
captar recursos é necessário apresentar 
propostas bem delineadas e em que fique 
explícitocom clareza ao órgão financiador 
os passos que serão dados para que 
sejam atingidos os resultados esperados. 
Principalmente um projeto precisa ter uma 
estimativa de recursos bem feita para que 
seja evitado o risco de descontinuidade 
por esgotamento de recursos mal 
dimensionados ou a rejeição de projetos 
devido a orçamentos superdimensionados. 
Unidade 2 • Procedimentos e Fontes de Financiamento para Projetos46/149
A escolha dos projetos a serem 
desenvolvidos devem respeitar as regras 
das fontes de financiamento e ter um 
orçamento geral, incluindo contrapartidas 
adequadas tanto para quem financia, como 
disponíveis no orçamento municipal e de 
entidades parceiras quando for o caso.
A seguir serão trabalhados em maior 
detalhe o posicionamento de projetos 
passíveis de serem desdobrados em 
captação de recursos a partir de sua 
priorização no Plano de Governo e no PPA 
municipal; vão ser apresentados conceitos 
relativos às formas e fontes de captação; e 
ao final vamos descrever princípios gerais 
para a elaboração de projetos com foco no 
Projeto Básico, no Termo de referência e 
nas Contrapartidas.
1. Projetos Previstos no Plano 
de Governo
O plano de governo define as diretrizes 
para um período de gestão típico no 
Brasil que é de 4 anos. Em outros países 
este tempo pode variar para 5 ou até 
7 anos. Ele deve conter um conjunto 
de enunciados para propostas de ação 
bem objetivos, factíveis e potentes o 
suficiente para viabilizar os resultados 
que a Administração Municipal espera ou 
necessita alcançar. Em um sentido amplo, 
esse plano é um projeto geral básico que 
delineia as diretrizes estratégicas para 
todo o período de governo, com ênfase 
para as primeiras semanas. Para isso, deve 
responder adequadamente às seguintes 
perguntas orientadoras:
Unidade 2 • Procedimentos e Fontes de Financiamento para Projetos47/149
1. Quais são os principais Problemas a 
resolver na Cidade e na Prefeitura? 
Esse diagnóstico é situacional, um 
ponto de partida essencial para a 
orientação futura do governo. Deve 
levar em conta: 
• A identificação, análise e priorização 
de problemas e demandas 
municipais.
• Levantamentos de dados e 
informações econômicas, sociais e 
ambientais;
• Verificação de obstáculos ao 
desenvolvimento sustentável local e 
potencialidades;
• Dados de interesse: demografia, 
educação, saúde, infraestrutura, 
mobilidade urbana, trabalho, 
segurança pública, habitação, 
saneamento e meio ambiente;
• Consulta permanente a atores sociais 
relevantes.
2. Qual deve ser nossa Estratégia 
geral para um período de 4 anos de 
governo? 
Essa análise é política e é 
determinante e envolve decisões e 
escolhas estratégicas: 
• Que problemas serão enfrentados 
prioritariamente?
• Que resultados e metas devem ser 
atingidos?
• A quem pode interessar ou favorecer? 
Quem são os principais beneficiários?
Unidade 2 • Procedimentos e Fontes de Financiamento para Projetos48/149
• Pode ferir algum interesse ou direito?
• Existem riscos previsíveis no curto e 
no longo prazos?
• É possível alinhar os meios 
necessários para atingir os resultados 
esperados?
3. Quais devem ser os projetos 
prioritários para nosso período de 
governo? 
A decisão sobre prioridades leva em 
conta as análises acima mas também 
uma verificação detalhada sobre 
possibilidades de financiamento, 
com recursos próprios ou com apoio 
federal ou estadual. Para isso devem 
ser avaliados:
• O que já consta entre os programas 
do PPA e legislação orçamentária 
elaborada no ano anterior;
• Avaliação físico-financeira;
• O PPA é a principal peça de 
definição orçamentária – verificar 
a relevância dos programas e ações 
nele contidas;
• Instrumento: Matriz Operacional de 
Compromissos.
4. Quais são os Resultados Objetivos 
que devemos atingir e em quais 
prazos?
5. Como deve ser orientado nosso 
Projeto de Comunicação Política 
e Institucional para os 4 anos de 
governo?
Unidade 2 • Procedimentos e Fontes de Financiamento para Projetos49/149
Destaque-se portanto que os pontos 
1, 2 e 3 acima são as principais fontes 
de informação para oportunidades de 
trabalho relacionadas à elaboração de 
projetos.
Nos casos muito frequentes que equipes de 
governo tomam posse sem um plano bem 
delineado atendendo o acima sugerido, 
sempre será recomendado que seja 
organizado o quanto antes um seminário 
de planejamento de governo para seja 
debatido a fundo e elaborado. Mesmo que 
o seja no início do 2º ano de governo, após 
a necessária avaliação de 1º ano. Nesse 
caso as perguntas orientadoras colocadas 
acima continuam sendo o núcleo do 
roteiro de trabalho e o produto final desse 
seminário para deliberação e tomada de 
decisões será o plano de governo. Mas 
o PPA já estará elaborado e aprovado na 
câmara municipal, o que fará que, em caso 
de mudanças, tenha que atualizado.
2. Fontes de Recursos
Como exemplo apresentamos a seguir 
um quadro estilizado sobre as principais 
fontes de financiamento federal, retirado 
de apresentação do Sistema de Gestão 
de Convênios e Contratos de Repasse do 
Ministério do Planejamento, em outubro 
de 2013. Esse quadro reflete o crescimento 
exponencial da disponibilização de 
recursos para a execução de projetos nos 
municípios brasileiros.
Unidade 2 • Procedimentos e Fontes de Financiamento para Projetos50/149
Recursos Disponíveis (PPA Federal 2012-2015)
Unidade 2 • Procedimentos e Fontes de Financiamento para Projetos51/149
Link
Acesso a recursos - Governo Federal
<www.convenios.gov.br> – SICONV (Portal de 
Convênios)
* Ministério da Saúde: (<http://portalsaude.
saude.gov.br>)
* Ministério da Educação: (<http://www.mec.
gov.br/>)
<www.cidades.gov.br>
<www.esporte.gov.br>
Acesso a recursos – Governo Estadual – SP
Para saber mais
Manual de Elaboração de Projetos para 
Captação de Recursos Federais.
Ministério da Integração Nacional, 2010.
Para saber mais <clique aqui.
http://www.convenios.gov.br/
http://portalsaude.saude.gov.br
http://portalsaude.saude.gov.br
http://www.mec.gov.br/
http://www.mec.gov.br/
http://www.cidades.gov.br/
http://www.esporte.gov.br/
http://www.defesadoconsumidor.gov.br/images/manuais/MANUAL-DE-ELABORACAO-DE-PROJETOS.pdf
Unidade 2 • Procedimentos e Fontes de Financiamento para Projetos52/149
PRINCIPAIS CONCEITOS ENVOLVIDOS
Os projetos para captação de recursos efetivam processos de transferência de recursos. 
Os repasses de recursos federais a Municípios são efetuados por meio de três formas de 
transferências: 
Unidade 2 • Procedimentos e Fontes de Financiamento para Projetos53/149
a) Transferências constitucionais; 
b) Transferências voluntárias; 
c) Transferências legais.
As transferências constitucionais 
correspondem a parcelas de recursos 
arrecadados pelo Governo Federal e 
repassados aos Municípios por força de 
mandamento estabelecido em dispositivo 
da Constituição Federal. Dentre as 
principais transferências previstas na 
Constituição da União para os Esta- dos, o 
Distrito Federal e os Municípios, destacam-
se o Fundo de Participação dos Estados 
e do Distrito Federal – FPE, o Fundo de 
Participação dos Municípios – FPM, Fundo 
de Compensação pela Exportação de 
Produtos Industrializados – FPEX, Fundo 
de Manutenção e de Desenvolvimento 
do Ensino Fundamental e de Valorização 
do Magistério – FUNDEF, Imposto sobre 
Operações Financeiras – IOF- e Imposto 
sobre a Propriedade Territorial Rural – ITR.
As transferências voluntárias são definidas 
no art. 25 da Lei Complementar nº 101, de 
4 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade 
Fiscal-LRF), como a entrega de recursos 
correntes ou de capital a outro ente 
da Federação, a título de cooperação, 
auxílio ou assistência financeira, que não 
decorra de determinação constitucional, 
legal ou os destinados ao Sistema Único 
de Saúde. Há dois instrumentos para a 
operacionalização das transferências 
voluntárias: 
Unidade 2 • Procedimentos e Fontes de Financiamento para Projetos54/149
a) Convênio; 
b) Contrato de repasse. 
No convênio, osrecursos são transferidos 
diretamente da União para o município; no 
contrato de repasse, há a intermediação 
de um banco oficial. O convênio é um 
instrumento que disciplina a transferência 
de recursos públicos e tenha como 
partícipe órgão da administração pública 
federal direta, autárquica ou fundacional, 
empresa pública ou sociedade de 
economia mista que estejam gerindo 
recursos dos orçamentos da União, 
visando à execução de programas de 
trabalho, projeto, atividade ou evento de 
interesse recíproco, em regime de mútua 
cooperação.
As transferências legais são 
regulamentadas em leis específicas. Essas 
leis determinam a forma de habilitação, 
transferência, aplicação de recursos 
e prestação de contas. Existem duas 
modalidades de transferências legais: 
a) Transferências cuja aplicação dos 
recursos repassados não estão 
vinculados a um fim específico; 
b) As transferências que preveem 
aplicação dos recursos repassados 
vinculadas a um fim específico. 
No primeiro caso, o município possui 
discricionariedade para definir a despesa 
correspondente ao recurso repassado pela 
União. É o caso, por exemplo, dos royalties 
do petróleo, que conforme a Lei nº 
Unidade 2 • Procedimentos e Fontes de Financiamento para Projetos55/149
7.435/85, são repassados aos municípios, a 
título de indenização. 
Na segunda modalidade, a transferência 
legal tem um direcionamento finalístico, 
os recursos são repassados para 
acorrer a uma despesa específica. 
Nessa modalidade, o município deve se 
habilitar para receber recursos e, a partir 
da habilitação, passa a ter o direito aos 
recursos federais, sem a necessidade de 
apresentação de documentos e tramitação 
de processos a cada pleito, como ocorre 
nas transferências voluntárias. Esse 
mecanismo tem sido utilizado, nos 
últimos anos, para repassar recursos aos 
municípios em substituição aos convênios 
nos casos de ações de grande interesse 
para o Governo. 
Há duas formas de transferência legal 
cujos recursos estão vinculados a um fim 
específico: 
a) Transferência automática; 
b) Transferência fundo a fundo. 
A seguir apresentamos definições gerais 
de conceitos relevantes para a captação de 
recursos (pequeno GLOSSÁRIO):
Convênio: instrumento qualquer que 
discipline a transferência de recursos 
públicos e tenha como partícipe órgão 
da administração pública federal direta, 
autárquica ou fundacional, empresa 
pública ou sociedade de economia 
mista que estejam gerindo recursos dos 
orçamentos da União, visando à execução 
de programas de trabalho, projeto, 
Unidade 2 • Procedimentos e Fontes de Financiamento para Projetos56/149
atividade ou evento de interesse recíproco, 
em regime de mútua cooperação; 
Concedente: órgão da administração 
pública federal direta, autárquica ou 
fundacional, empresa pública ou sociedade 
de economia mista, responsável pela 
transferência dos recursos financeiros 
ou pela descentralização dos créditos 
orçamentários destinados à execução do 
objeto do convênio; 
Convenente: órgão da administração 
pública direta, autárquica ou fundacional, 
empresa pública ou sociedade de economia 
mista, de qualquer esfera de governo, 
ou organização particular com a qual a 
administração federal pactua a execução 
de programa, projeto, atividade ou evento 
mediante a celebração de convênio; 
Interveniente: órgão da administração 
pública direta, autárquica ou fundacional, 
empresa pública ou sociedade de 
economia mista, de qualquer esfera de 
governo, ou organização particular que 
participa do convênio para manifestar 
consentimento ou assumir obrigações em 
nome próprio. 
Executor: órgão da administração 
pública federal direta, autárquica ou 
fundacional, empresa pública ou sociedade 
de economia mista, de qualquer esfera 
de governo, ou organização particular, 
responsável direta pela execução do objeto 
do convênio; 
Contribuição: transferência corrente ou 
de capital concedida em virtude de lei, 
destinada a pessoas de direito público ou 
Unidade 2 • Procedimentos e Fontes de Financiamento para Projetos57/149
privado sem finalidade lucrativa e sem 
exigência de contraprestação direta em 
bens ou serviços; 
Auxílio: transferência de capital derivada 
da lei orçamentária que se destina a 
atender a ônus ou encargo assumido 
pela União e somente será concedida a 
entidade sem finalidade lucrativa; 
Subvenção social: transferência que 
independe de lei específica, a instituições 
públicas ou privadas de caráter assistencial 
ou cultural, sem finalidade lucrativa, com o 
objetivo de cobrir despesas de custeio; 
Nota de movimentação de crédito: 
instrumento que registra os eventos 
vinculados à descentralização de créditos 
orçamentários; 
Termo aditivo: instrumento que tenha 
por objetivo a modificação de convênio 
já celebrado, formalizado durante sua 
vigência, vedada a alteração da natureza 
do objeto aprovado.
A norma geral que regulamenta a 
assinatura de convênios entre os 
Municípios e o Governo Federal é a 
Instrução Normativa nº 01, de 15 de 
janeiro de 1997, da Secretaria do Tesouro 
Nacional (IN 01/97 – STN)2, que disciplina 
a celebração de convênios de natureza 
financeira que tenham por objeto a 
execução de projetos ou realização de 
eventos e dá outras providências. Observe-
se que a norma aplica-se à realização de 
programas de trabalho, projeto, atividade, 
ou de eventos com duração certa. 
Unidade 2 • Procedimentos e Fontes de Financiamento para Projetos58/149
Além dessas instruções normativas, é 
necessário seguir as disposições contidas 
na legislação vigente, em especial, na Lei 
Complementar nº 101, de 4 de maio de 
2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal – 
LRF) e nas leis de diretrizes orçamentárias 
promulgadas a cada ano. 
Observe-se que a obrigatoriedade de 
celebração de convênio não se aplica aos 
casos em que lei específica discipline a 
transferência de recursos para execução 
de programas em parceria do Governo 
Federal com governos estaduais e 
municipais, que regula-mente critérios de 
habilitação, transferir montante e forma 
de transferência, e a forma de aplicação e 
dos recursos recebidos. Esse é o caso das 
transferências legais, que tratamos em 
capítulo próprio deste manual.
A formalização do termo de convênio 
poderá ser substituída pelo termo 
simplificado, na forma regulamentada 
pela Secretaria do Tesouro Nacional, nas 
seguintes condições: 
a) Quando o valor da transferência 
for igual ou inferior ao limite para 
modalidade de licitação por convite 
para compras e serviços que 
não sejam de engenharia (Lei nº 
8.666/1993, arts. 23, II, “a”, e 120); 
b) Quando o convenente, ou 
destinatário da transferência ou 
da descentralização, for órgão ou 
entidade da administração pública 
federal, estadual, municipal ou do 
Distrito Federal; e 
Unidade 2 • Procedimentos e Fontes de Financiamento para Projetos59/149
c) Quando se tratar do custeio ou 
financiamento de programas de 
atendimento ao educando, no ensino 
fundamental, através de programas 
suplementares de material didático-
escolar, transporte, alimentação e 
assistência à saúde, executados por 
órgão público, ou por entidade da 
administração estadual ou municipal 
(Constituição Federal, art. 208, VII). 
Ressaltamos, portanto, que, sendo 
admitido pelo concedente, as Prefeituras 
podem se beneficiar do termo simplificado 
de convênio, cuja tramitação é 
significativamente mais rápida. Para 
operacionalizar esse instrumento, o 
Ministério concedente firma termo de 
cooperação com a instituição ou agência 
financeira oficial federal escolhida, que 
passa a atuar como mandatária da União. 
A partir da formalização do termo de 
cooperação, a transferência dos recursos 
será efetuada mediante contrato de 
repasse, do qual constarão os direitos e 
obrigações das partes, inclusive quanto à 
obrigatoriedade de prestação de contas 
perante o Ministério competente para a 
execução do programa ou projeto. 
Esse instrumento vem sendo utilizado pelo 
Governo Federal predominantemente para 
execuçãode programas sociais nas áreas 
de habitação, saneamento e infraestrutura 
urbana, esporte, bem como nos programas 
relacionados à agricultura. 
Para saber mais
Siconv – prestação de contas:
Para saber mais <clique aqui.
https://www.convenios.gov.br/portal/manuais/Manual_Convenente_Prestacao_Contas_Convenente_26122013.pdf.
Unidade 2 • Procedimentos e Fontes de Financiamento para Projetos60/149
3. Elaboração de Projetos nos 
Municípios
Um projeto é definido pelos dirigentes 
municipais em resposta a problemas 
concretos, identificados por pessoas que se 
incomodam com eles. Se não houver uma 
insatisfação que resulte na manifestação 
de uma demanda, não haverá projeto, 
pois não os envolvidos não se mobilizarão 
para buscar soluções. Por isso, na raiz 
de qualquer projeto estão os problemas 
que afetam determinado público. Como 
iniciativas para resolver problemas, as 
pessoas usualmente apontam soluções 
mas nem sempre investem tempo e energia 
em estudar porque as coisas são como 
são e o que de melhor poderá ser feito 
para solucionar dificuldades ou remover 
obstáculos. As ideia e propostas de solução 
precisam portanto serem transformadas 
em propostas fundamentadas para 
poderem ser colocadas em ação, para que 
algo possa ser feito e resulte em resultados 
práticos e comprováveis que equacionem 
a situação-problema e alterem com o 
passar do tempo a insatisfação inicial em 
compromisso cumprido.
A elaboração de projetos para captação de 
recursos deve ser considerada como uma 
atividade de risco. Risco do projeto não ser 
aprovado. Risco dos prazos necessários 
não serem cumpridos. Riscos de ocorrerem 
mudanças no marco legal enquanto o 
projeto é desenvolvido. Risco de haver 
problemas na execução, atrasos nos 
Unidade 2 • Procedimentos e Fontes de Financiamento para Projetos61/149
repasses, mudanças no comando política 
da administração municipal que criam 
problemas à continuidade e sustentação 
dos trabalhos. 
Desta forma trabalhar com captação 
de recursos implica em investimento. 
Estes investimentos se materializa 
no estudo de situações problema que 
justifiquem a aprovação do projeto, em 
equipes profissionais buscando fontes 
de financiamento e desenvolvendo 
projetos, investimento em contatos 
e relacionamento. Investimento 
na elaboração de propostas bem 
fundamentadas e factíveis, o que sempre 
toma tempo e exige bons profissionais 
envolvidos. 
Uma simples ideia por melhor que seja, 
apresentada em uma pasta luxuosa ou 
em papel brilhante ou uma fotocópia de 
um projeto de construção ou maquete, 
por mais bonitos que estejam não levam a 
lugar algum.
Finalmente será essencial um trabalho 
de relações públicas entre os dirigentes 
municipais, os avaliadores das agências de 
financiamento e os dirigentes de entidades 
da sociedade civil quando o projeto for 
feito em parceria. É fundamental a tarefa 
de informar e ganhar o compromisso das 
pessoas com o que se pretende fazer. Abrir 
espaço à participação da comunidade 
em todas as etapas dos trabalhos será 
sempre compartilhar informação e 
construir adesão e apoio. Dada a lógica 
Unidade 2 • Procedimentos e Fontes de Financiamento para Projetos62/149
de financiamento com forte ênfase em 
emendas parlamentares a colaboração 
de vereadores, deputados ou senadores, 
desde o início será muito importante para 
todas as etapas posteriores do processo.
A aprovação de projetos para captação 
de recursos dependerá da elaboração de 
documentos de planejamento e relatórios 
técnicos em três dimensões: 
PROJETO BÁSICO – Conjunto de elementos 
necessários e suficientes, com nível de 
precisão adequado para caracterizar o que 
se propõe fazer, obra ou serviço, elaborado 
com base nas indicações dos estudos 
técnicos preliminares, que assegurem 
a viabilidade técnica e o adequado 
tratamento do impacto ambiental do 
empreendimento, e que possibilite a 
avaliação do custo, definição dos métodos 
e do prazo de execução.
TERMO DE REFERÊNCIA – Documento 
apresentado quando o objeto do convênio, 
o contrato de repasse ou termo de 
cooperação envolver aquisição de bens ou 
prestação de serviços, que deverá conter 
elementos capazes de propiciar a avaliação 
do custo pela administração, diante de 
orçamento detalhado, considerando os 
preços praticados no mercado da região 
onde será executado o objeto, a definição 
dos métodos e o prazo de execução do 
objeto.
CONTRAPARTIDA – É a parcela de 
recursos próprios com que a entidade ou 
órgão participa no convênio, podendo 
ser financeira ou em bens e serviços. 
Unidade 2 • Procedimentos e Fontes de Financiamento para Projetos63/149
A contrapartida é calculada sobre o 
valor total do objeto. Este montante de 
recursos deve estar previsto e reservado no 
orçamento municipal quando necessário. 
Em muitos casos a contrapartida pode ser 
garantida por meio da doação de áreas e 
outras benfeitorias. LEI Nº 12.465/2011 
- Limite mínimo de 8% e máximo de 40% 
para municípios com população acima 
de 50.000 habitantes. Limites mínimo de 
2% e máximo de 4% para municípios com 
população abaixo de 50.000 habitantes.
Unidade 2 • Procedimentos e Fontes de Financiamento para Projetos64/149
Glossário
SICONV: é o Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse instituído pelo governo 
federal. O SICONV bem como o Portal de Convênios – <www.convenios.gov.br> - foram legalmente 
instituídos pelo Decreto nº 6.170, de 25 de julho de 2007, alterado pelo Decreto nº 6.329, de 27 de 
dezembro de 2007, que dispõe sobre as normas relativas às transferências de recursos da União mediante 
convênios e contratos de repasse.
OS – Organizações Sociais: é uma qualificação que a Administração Pública outorga a pessoas 
jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, para que ela possa receber determinados benefícios do 
Poder Público (dotações orçamentárias, isenções fiscais etc.), para a realização de seus fins, que devem ser 
necessariamente de interesse da comunidade. Trata-se de uma forma jurídica para realização de parcerias 
para a prestação de serviços de interesse público, mas que não necessitam sejam prestados pelos órgãos e 
entidades governamentais.
OSCIP Organização da Sociedade Civil de Interesse Público: são ONGs criadas por iniciativa privada, 
que obtêm um certificado emitido pelo poder público federal cuja finalidade é viabilizar a contratação de 
parcerias e convênios com todos os níveis de governo e órgãos públicos (federal, estadual e municipal).
http://www.convenios.gov.br
Questão
reflexão
?
para
65/149
No município em que você vive pesquise a existência de um 
projeto para a efetivação de um novo serviço da prefeitura, 
para uma obra nova, de reforma ou ampliação que tenha 
sido viabilizado por meio em um convênio ou contrato de 
repasse para captação de recursos do governo federal ou 
estadual. Levante informações sobre o financiamento do 
projeto. Os recursos vieram de que fonte? Houve contrapartida 
do governo local? O projeto é realizado pela administração 
municipal ou em parceria com alguma entidade ou ONG?
66/149
Considerações Finais (1/3)
O ponto de partida mais importante para que um projeto seja 
viabilizado é que o problema que ele pretende resolver esteja na lista 
de prioridades da administração municipal;
É um fato chave da estratégia de captação de recursos ter pessoas 
habilitadas e que conheçam: 
a) As necessidades da cidade que possam a se tornar um projeto; 
b) As linhas de financiamento adequadas a cada necessidade;
c) Como elaborar projetos dew qualidade e atendendo os requisitos 
dos financiadores;
d) Quem pode realizar o serviço com a qualidade necessária, nos 
prazos e dentro do orçamento previsto?
67/149
Os recursos para projetos podem vir de diversas fontes;
Captar recursos exige investimento em tempo, equipe profissional, 
relacionamentos com dirigentes e entidades e recursos financeiros;
Elaborar projetos para captar recursos é uma atividade de risco;
Os instrumentos jurídicos para a captação de recursossão os 
“convênios”, os “contratos de repasse” e os “consórcios”;
O convênio é uma das formas de descentralização de recursos públicos 
federais para execução de objetivos de interesses comuns entre os 
partícipes;
O contrato é um instrumento por meio do qual a transferência de 
recursos financeiros da União se dá através de instituição financeira 
pública federal;
Considerações Finais (2/3)
68/149
Nos contratos de repasse, o dinheiro vai inicialmente da União para 
instituição financeira oficial, a fim de ser utilizado especificamente em 
programa federal predeterminado;
O Portal de Convênios do Governo Federal é utilizado para quase 
todos os atos de celebração, alteração, liberação de recursos, 
acompanhamento da execução e prestação de contas de convênios e 
contratos de repasse firmados com recursos voluntários da União.
Considerações Finais (3/3)
Unidade 2 • Procedimentos e Fontes de Financiamento para Projetos69/149
Referências 
BROSE, Markus. (org). Metodologia participativa: uma introdução a 29 instrumentos. Porto 
Alegre: Tomo Editorial, 2001. 
COSTA, Greiner, DAGNINO, Renato. (orgs.). Gestão estratégica em políticas públicas. 
Campinas: Editora Átomo & Alínea, 2014. 2ª edição revista e ampliada.
De Toni, Jackson. Guia para elaboração dos PPAs municipais. Escola Nacional de 
Administração Pública, abril 2013.
MATUS, Carlos. Adeus, senhor presidente: governantes governados. Tradução de Luís Felipe R. 
del Riego. São Paulo: Fundap, 1996. 
Roteiro para Elaboração do PPA Municipal - 12 Passos, elaborado por Denis Sant’Anna Barros 
e Otávio Gondim Pereira da Costa (SPI/Ministério do Planejamento, abril de 2013).
Unidade 2 • Procedimentos e Fontes de Financiamento para Projetos70/149
Link
Manual de Elaboração de Projetos para 
Captação de Recursos Federais. Ministério 
da Integração Nacional, 2010. Disponível em: 
<clique aqui
Acessado em 05 de Maio de 2014.
Manual da Legislação Federal sobre Convênios 
da União Orientações aos Municípios. 
Ministério do Planejamento, Secretaria de 
Relações Institucionais, setembro DE 2009. 
Disponível em: <clique aqui
Acessado em 05 de Maio de 2014.
http://www.defesadoconsumidor.gov.br/images/manuais/MANUAL-DE-ELABORACAO-DE-PROJETOS.pdf
http://www.unb.br/administracao/decanatos/dex/formularios/convenios_M_A/manual_convenios_final.pdf
71/149
1. (assinale a alternativa incorreta) A escolha dos projetos a serem desen-
volvidos pela administração municipal deve respeitar:
a) uma estimativa de recursos bem feita para que seja evitado o risco de descontinuidade por 
esgotamento de recursos
b) uma estimativa de recursos bem feita para que seja evitado o risco de rejeição do projeto 
devido a um orçamento superdimensionado.
c) As regras para financiamento definidas pelo órgão de fomento.
d) As regras definidas pelo legislativo para o oferecimento de recursos por emendas 
parlamentares. 
e) Os limites do orçamento da cidade, não incluindo contrapartidas necessárias e a 
disponibilidade de recursos de entidades parceiras.
Questão 1
72/149
2. A qual conceito importante para a captação de recursos está relacionada 
a seguinte definição: “órgão da administração pública direta, autárquica ou 
fundacional, empresa pública ou sociedade de economia mista, de qualquer 
esfera de governo, ou organização particular que participa do convênio para 
manifestar consentimento ou assumir obrigações em nome próprio”.
a) Termo de Referência.
b) Executor.
c) Interveniente.
d) Convenente.
e) Subvenção social.
Questão 2
73/149
3. Entre as seguintes perguntas, existe uma que não faz parte do conjunto 
de questões que orientam a análise de riscos de um projeto. Qual é?
a) Existe alguma possibilidade de haver mudanças no marco legal enquanto o projeto é 
desenvolvido? 
b) Mudanças no comando política da administração municipal podem criar dificuldades à 
continuidade e sustentação dos trabalhos?
c) Os investimentos em bolsa de valores podem afetar a realização dos projetos? 
d) Em que medida pode haver atraso em repasses de recursos que inviabilizem o projeto? 
e) Que garantias temos que os parceiros públicos e privados do projeto manterão os 
compromissos ao longo do tempo?
Questão 3
74/149
4. O que é uma contrapartida?
a) É o montante de recursos com que um órgão de financiamento contribui para a realização 
de um projeto em uma cidade. 
b) É um montante fixo de 8% dos custos de um projeto que a prefeitura deve arcar para as 
ações do governo local sejam realizadas. 
c) São os recursos são reservados no orçamento municipal para a realização de projetos. 
d) É a parcela de recursos próprios que uma entidade ou órgão público participante em um 
convênio aloca para sua realização.
e) É a parcela financeira com que a prefeitura contribui para a execução de uma obra ou 
serviço.
Questão 4
75/149
5. Os repasses de recursos federais a Municípios são efetuados por meio de 
três formas de transferências: transferências constitucionais; transferências 
voluntárias; transferências legais. Identifique qual das frases abaixo é incor-
reta?
a) o Fundo de Participação dos Municípios – FPM é uma das formas de transferências 
constitucionais obrigatórias.
b) Convênios e contratos de repasse são instrumentos para a operacionalização das 
transferências legais.
c) A formalização do termo de convênio poderá ser substituída pelo termo simplificado 
quando se tratar do custeio ou financiamento de programas de atendimento ao educando, 
no ensino fundamental. 
d) O convênio é um instrumento que regula a transferência voluntária de recursos públicos 
visando à execução de um projeto de interesse recíproco em regime de mútua cooperação.
e) A entrada de recursos relacionadas aos royalties do petróleo para as prefeituras é um 
exemplo de transferência legal cuja aplicação dos recursos repassados não está vinculada 
a um fim específico.
Questão 5
76/149
Gabarito
1. Resposta: E.
A escolha dos projetos a serem 
desenvolvidos pela administração municipal 
não precisa se limitar ao orçamento da 
cidade mas deve respeitar os pontos 
destacados como possuir uma estimativa de 
recursos bem feita para que sejam evitados 
os riscos de descontinuidade de serviços 
ou de rejeição do projeto devido a um 
orçamento superdimensionado; certamente 
devem atender as regras para financiamento 
definidas pelo órgão de fomento e pelo 
legislativo para o oferecimento de recursos 
por emendas parlamentares; e sem dúvida 
devem rever contrapartidas necessárias e 
a disponibilidade de recursos de entidades 
parceiras.
2. Resposta: C.
Para projetos de captação de recursos 
o interveniente é quem assume 
compromissos com o financiador, portanto 
é um “órgão da administração pública 
direta, autárquica ou fundacional, empresa 
pública ou sociedade de economia 
mista, de qualquer esfera de governo, ou 
organização particular que participa do 
convênio para manifestar consentimento 
ou assumir obrigações em nome próprio”.
3. Resposta: C.
Certamente a possibilidade de realização 
de investimentos em bolsa de valores que 
podem afetar a realização de projetos é 
77/149
Gabarito
uma preocupação que não faz sentido 
e não é prevista em análise de riscos 
em nenhuma regulamentação para 
financiamento no setor público.
4. Resposta: D.
O conceito correto de contrapartida em 
projetos define é a parcela de recursos 
próprios que uma entidade ou órgão 
público participante em um convênio 
aloca para sua realização. Somada ao 
montante de recursos que um órgão de 
financiamento contribui para a realização 
de um projeto em uma cidade deve ser 
suficiente para a efetivada realização e 
conclusão do projeto.
5. Resposta: B.
Como descrito no texto desta aula, os 
convênios e contratos de repasse são 
instrumentos para a operacionalização 
de transferências voluntárias. Não são 
relacionados a transferências legais nem 
obrigatórias.
78/149
Unidade 3
Elaboração de Projetos
Objetivos
1. Como elaborar e aprovar projetos para captação 
de recursos?
2.

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