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Projeto Stewardship Brasil

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Projeto Stewardship Brasil 
GVIMS/GGTES/Anvisa 
 
 
 
 
 
 
Agência Nacional de Vigilância Sanitária 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROJETO STEWARDSHIP BRASIL 
 
Avaliação Nacional dos Programas de Gerenciamento 
do Uso de Antimicrobianos em Unidade de Terapia 
Intensiva Adulto dos Hospitais Brasileiros 
 
 
 
 
Gerência de Vigilância e Monitoramento em Serviços de Saúde 
Gerência Geral de Tecnologia em Serviços de Saúde 
Agência Nacional de Vigilância Sanitária 
 
 
 
 
 
 Brasília, 01 de julho de 2019 
 
Projeto Stewardship Brasil 
GVIMS/GGTES/Anvisa 
 
 
 
Agência Nacional de Vigilância Sanitária 
 
 
 
Diretor-Presidente 
William Dib 
 
Chefe de Gabinete Substituta 
Ana Cecília Ferreira de Almeida Martins de Morais 
 
Diretores 
William Dib 
Alessandra Bastos Soares 
Renato Alencar Porto 
Fernando Mendes Garcia Neto 
 
Adjuntos de Diretor 
Patrícia Tiana Pacheco Lamarão 
Daniela Marreco Cerqueira 
Bruno de Araújo Rios 
Meiruze Sousa Freitas 
Rogério Luiz Zeraik Abdalla 
 
Gerência Geral de Tecnologia em Serviços de Saúde – GGTES 
Guilherme Antonio Marques Buss 
 
Gerência de Vigilância e Monitoramento em Serviços de Saúde - GVIMS/GGTES 
Magda Machado de Miranda Costa 
 
Equipe Técnica GVIMS/GGTES 
Ana Clara Ribeiro Bello dos Santos André Anderson Carvalho 
Cleide Felicia de Mesquita Ribeiro 
Heiko Thereza Santana 
Humberto Luiz Couto Amaral de Moura 
Lilian de Souza Barros 
Luana Teixeira Morelo 
Luciana Silva da Cruz de Oliveira 
Mara Rubia Santos Gonçalves 
Maria Dolores Santos da Purificação Nogueira 
 
Coordenação do Projeto 
Associação Brasileira de Profissionais em Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar 
(ABIH) 
Gerência Geral de Tecnologia em Serviços de Saúde (GGTES) 
 
Elaboração 
Eliane Carlosso Krummenauer (Hospital Santa Cruz /Santa Cruz do Sul – RS) 
Magda Machado de Miranda Costa (GVIMS/GGTES) 
Mara Rubia Santos Gonçalves (GVIMS/GGTES) 
Maria Dolores Santos da Purificação Nogueira (GVIMS/GGTES) 
Marcelo Carneiro (ABIH) 
Rochele Mosmann Menezes (Hospital Santa Cruz /Santa Cruz do Sul – RS) 
 
Projeto Stewardship Brasil 
GVIMS/GGTES/Anvisa 
 
 
 
Apoio técnico 
Grupo de Tecnologia, Ensino e Segurança do Paciente (GTESP) do Hospital Santa Cruz 
Programa de Pós-Graduação em Promoção em Saúde da Universidade de Santa Cruz do 
Sul (UNISC) – RS 
 
Colaboradores: 
Cézane Priscila Reuter (Universidade de Santa Cruz do Sul - UNISC) 
Jane Dagmar Pollo Renner (Universidade de Santa Cruz do Sul - UNISC) 
Lia Gonçalves Possuelo (Universidade de Santa Cruz do Sul -UNISC) 
Sylvia Lemos Hinrichsen (Universidade Federal de Pernambuco – UFPE) 
 
 
Revisão: 
Coordenações estaduais/distrital de Controle de Infecção Hospitalar (CECIH/CDCIH) 
Comissão Nacional de Prevenção e Controle de Infecção Relacionada à Assistência à 
Saúde (CNCIRAS) 
 
 
Projeto Stewardship Brasil 
GVIMS/GGTES/Anvisa 
 
 
Sumário 
1.Apresentação ................................................................................................................................................................. 5 
2.Introdução ....................................................................................................................................................................... 6 
3.Escopo ............................................................................................................................................................................ 8 
4.Objetivos ......................................................................................................................................................................... 8 
4.1Objetivo Geral .......................................................................................................................................................... 8 
4.2Objetivos Específicos ............................................................................................................................................. 8 
5.Duração .......................................................................................................................................................................... 8 
6. Desenvolvimento .......................................................................................................................................................... 9 
6.1Etapa I – Divulgação do projeto e capacitação dos hospitais participantes .................................................. 9 
6.2Etapa II - Validação da ferramenta (formulário) de autoavaliação dos programas .................................... 10 
6.3Etapa III – Aplicação da ferramenta de autoavaliação dos programas de gerenciamento do uso de 
antimicrobianos dos hospitais participantes ........................................................................................................... 10 
6.4Etapa IV – Avaliação dos indicadores de IRAS e de RM e das medidas preventivas ............................... 13 
6.5Etapa V – Análise dos dados .............................................................................................................................. 15 
6.6Etapa VI – Conclusão do projeto ........................................................................................................................ 16 
7.Cronograma ................................................................................................................................................................. 17 
8.Referências bibliográficas .......................................................................................................................................... 18 
Anexo I – Instruções para preenchimento do formulário de Autoavaliação dos Programas de Gerenciamento 
do Uso de Antimicrobianos ........................................................................................................................................... 19 
2.1 Orientações gerais ............................................................................................................................................... 20 
2.2 Avaliação da implementação do programa de gerenciamento do uso de antimicrobianos .................... 22 
 
 
5 
Projeto Stewardship Brasil 
GVIMS/GGTES/Anvisa 
 
 
 
1. Apresentação 
 Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o uso inadequado de 
antimicrobianos é a principal causa do surgimento de microrganismos 
multirresistentes. 
A resistência antimicrobiana é um dos principais desafios mundiais em 
saúde pública, pois impacta negativamente em vários aspectos no processo de 
assistência nos serviços de saúde, principalmente por levar ao insucesso 
terapêutico. Consequentemente, leva a desfechos desfavoráveis e contribui de 
forma significativa para o aumento das taxas de morbimortalidade e dos custos com 
a assistência clínica. Portanto, ações de gerenciamento do uso de antimicrobianos 
são de extrema importância no enfrentamento da emergência e da propagação de 
microrganismos multirresistentes e na segurança dos pacientes. 
 Com este intuito, programas de gerenciamento do uso de antimicrobianos 
ou programas de Stewardship estão sendo instituídos mundialmente com o objetivo 
principal de otimizar a prescrição de antimicrobianos nos serviços de saúde para 
garantir o efeito farmacoterapêutico máximo, reduzir a ocorrência de eventos 
adversos (EA) nos pacientes, prevenir a seleção e a disseminação de 
microrganismos resistentes, assim diminuir os custos da assistência. Entretanto, 
apesar dos programas de Stewardship apresentarem grande impacto clínico e, 
secundariamente, econômico para o cenário assistencial hospitalar, ainda se 
encontra no país instituições que não os possuem. 
 Nesse sentido, a execução deste projeto se justifica pela necessidade de 
avaliar o panorama nacional dos programas de gerenciamento do uso de 
antimicrobianos implementados nos hospitais brasileiros com unidades de terapia 
intensiva (UTI) adulto para identificaroportunidades de melhoria e para buscar 
estratégias a fim de promover a implementação desses programas em todos os 
hospitais do país. 
 
 
6 
Projeto Stewardship Brasil 
GVIMS/GGTES/Anvisa 
 
 
1. Introdução 
 
 As infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) são as 
complicações mais comuns entre os pacientes hospitalizados e, nas últimas 
décadas, essas infecções causadas por microrganismos multirresistentes têm 
ocasionado um aumento expressivo na morbimortalidade destes. 
 O uso clínico excessivo e inadequado de antimicrobianos nos hospitais 
favorece a seleção de cepas bacterianas resistentes, consistindo em uma das 
principais causas da disseminação e emergência da resistência microbiana no 
ambiente hospitalar. Como exemplo, a adição sucessiva de elementos genéticos 
codificantes de resistência aos aminoglicosídeos e β-lactâmicos de amplo 
espectro, associada com o acúmulo de mutações cromossomais, faz com que os 
carbapenêmicos sejam a droga de primeira escolha para o tratamento de infecções 
graves causadas por bacilos gram-negativos. Esta classe de antibióticos possui 
ação bactericida e tem sido utilizada extensivamente por serem drogas estáveis à 
maioria das β-lactamases, como as AmpCs e as β-lactamases de espectro-
estendido (ESBL)1. 
 Relatos de resistência aos carbapenêmicos eram esporádicos até o início 
dos anos 90, porém, a partir da última década, a resistência a esses antibióticos 
tem se tornado um problema alarmante, sendo considerada uma questão de saúde 
pública em diversos países, principalmente no que tange a ordem Enterobacterales 
e nos gêneros Pseudomonas spp. e Acinetobacter spp., devido às opções 
terapêuticas disponíveis para tratamento das infecções causadas por estes 
microrganismos serem limitadas2,3. 
 No ambiente hospitalar, as Unidades de Terapia Intensiva (UTI) são 
consideradas os setores mais críticos. Nessas unidades, as IRAS afetam 
aproximadamente 50% dos pacientes internados4 e os antimicrobianos são drogas 
de prescrição frequente, associados, geralmente, aos pacientes críticos com 
múltiplas comorbidades devido aos quadros clínicos complexos e multifacetados1,5. 
 A incidência de microrganismos multirresistentes aumenta gradativamente 
em todos os continentes. No entanto, o tratamento antimicrobiano precoce e 
apropriado tem demonstrado uma importante redução da mortalidade nos 
pacientes com choque séptico. Estima-se que entre 20-50% dos antimicrobianos 
 
 
7 
Projeto Stewardship Brasil 
GVIMS/GGTES/Anvisa 
 
prescritos nos hospitais americanos são inapropriados ou desnecessários7. 
Estudos de prevalência demonstram uma porcentagem global de indicadores 
inadequados, em torno de 16,8%, com uma proporção de esquemas inadequados 
nas profilaxias cirúrgicas de aproximadamente 47,1% e nos tratamentos empíricos 
de 15,1% 8,9. 
 Toda essa exposição desnecessária aumenta o risco de ocorrência de 
eventos adversos, interações medicamentosas não desejadas, aquisição de 
infecções concomitantes por outros patógenos multirresistentes, fungos e por 
Clostridium difficile, além do aumento expressivo nos custos assistenciais (diretos 
e indiretos)10. Ademais, ao contrário dos outros medicamentos, o uso não 
gerenciado dos antimicrobianos produz um impacto negativo não apenas no 
paciente que os recebe, mas também no ecossistema, ao se selecionar patógenos 
multirresistentes. Estima-se que mais de 2 milhões de pessoas estão infectados 
por microrganismos multiressistentes, resultando em 23.000 mortes anuais11. 
 Todo esse contexto justifica a necessidade de intervenções efetivas no 
ambiente hospitalar para o gerenciamento do uso das diversas classes de 
antimicrobianos (antibacterianos, antifúngicos, antivirais e outros), abrangendo 
todos os aspectos do uso desses medicamentos, desde a decisão de tratar a 
infecção até a sua correta utilização (o antimicrobiano certo, na dose certa, pela 
duração certa e no momento certo). 
 O gerenciamento do uso de antimicrobianos tem o objetivo de garantir o 
efeito farmacoterapêutico máximo; reduzir a ocorrência de eventos adversos (EA) 
nos pacientes; prevenir a seleção e a disseminação de microrganismos resistentes 
e diminuir os custos da assistência12. 
 Uma das intervenções na lógica da otimização do uso dos antimicrobianos 
é o Programa de Gerenciamento do Uso de Antimicrobianos, que pode ser 
entendido como uma abordagem multifacetada que inclui políticas, diretrizes, 
vigilância da prevalência e dos padrões de resistência e do consumo de 
antimicrobianos, além de educação e avaliação/auditoria de seu uso12. 
 Dessa forma, o desenvolvimento de Programas para o Gerenciamento do 
Uso de Antimicrobianos no âmbito hospitalar tem sido identificado como uma 
estratégia útil para melhorar os resultados assistenciais, vinculados ao uso desses 
agentes, de uma maneira segura e custo-efetiva, reduzindo o desenvolvimento da 
resistência antimicrobiana. 
 
 
8 
Projeto Stewardship Brasil 
GVIMS/GGTES/Anvisa 
 
 
2. Escopo 
 Hospitais brasileiros que possuam leitos de unidades de terapia intensiva 
(UTI) adulto. 
 
3. Objetivos 
 
4.1 Objetivo Geral 
 
 Avaliar o panorama nacional dos programas de gerenciamento do uso de 
antimicrobianos em hospitais brasileiros com unidades de terapia intensiva (UTI) 
adulto. 
 
4.2 Objetivos Específicos 
 
• Identificar os fatores que favorecem ou prejudicam a elaboração e a 
implementação dos programas de gerenciamento do uso de antimicrobianos 
pelos hospitais brasileiros com leitos de UTI adulto. 
• Avaliar o grau de implementação do programa de gerenciamento do uso de 
antimicrobianos nos hospitais brasileiros com leitos de UTI adulto. 
• Correlacionar os indicadores de resultado das Infecções Relacionadas à 
Assistência à Saúde (IRAS) e da resistência microbiana (RM) com o nível de 
implementação dos programas de gerenciamento do uso de antimicrobianos e 
com as medidas de prevenção e controle implementadas pelos hospitais 
avaliados. 
 
4. Duração 
 
De dezembro de 2018 a outubro de 2019 (10 meses) 
 
 
 
 
 
9 
Projeto Stewardship Brasil 
GVIMS/GGTES/Anvisa 
 
 
6. Desenvolvimento 
 
O projeto Stewardship Brasil será desenvolvido em 6 (seis) etapas: 
1. Divulgação do projeto e capacitação dos hospitais participantes; 
2. Validação da ferramenta (formulário) de autoavaliação dos programas; 
3. Aplicação da ferramenta de autoavaliação dos programas de 
gerenciamento do uso de antimicrobianos dos hospitais participantes; 
4. Coleta dos dados dos indicadores de IRAS e de RM e das medidas 
preventivas; 
5. Análise dos dados; 
6. Conclusão do projeto. 
 
6.1 Etapa I – Divulgação do projeto e capacitação dos hospitais 
participantes 
 
 A presente etapa tem como objetivo divulgar o projeto Stewardship Brasil 
para todos os hospitais com leito de UTI adulto do país e capacitar os profissionais 
desses hospitais para a coleta de dados. 
 A Anvisa, a Associação Brasileira de Profissionais em Controle de 
Infecção e Epidemiologia Hospitalar (ABIH) e o Hospital Santa Cruz/UNISC 
divulgarão, em seus sítios eletrônicos e em outros meios de comunicação, o 
convite para todos os hospitais com leitos de UTI adulto do Brasil participarem do 
projeto. 
 No mês de julho de 2019 será realizada a apresentação geral do projeto 
e capacitação dos profissionais para a coleta de dados, por meio de vídeos 
disponibilizados nas redes sociais. Nos vídeos também serão apresentados os 
elementos essenciais de um programa de gerenciamento de uso de 
antimicrobianos abordados na Diretriz Nacional para a Elaboração de Programa 
de Gerenciamento do Uso de Antimicrobianos em Serviços de Saúde. 
 É recomendável que respondam ao formulário de autoavaliação dos 
programas de gerenciamento do uso de antimicrobianos: 
 
 
10 
Projeto Stewardship Brasil 
GVIMS/GGTES/Anvisa 
 
a. Hospitais com programa de gerenciamento do uso de antimicrobianosimplementado ou em implementação: membros dos times operacionais do 
programa; 
b. Hospitais que ainda não possuam programas implementados: 
preferencialmente, membros da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar 
(CCIH) e da farmácia hospitalar. 
 
6.2 Etapa II - Validação da ferramenta (formulário) de autoavaliação dos 
programas 
 
 A ferramenta de autoavaliação, formulário FormSUS, será validado 
nessa etapa do projeto. Em um primeiro momento, será feita a validação de 
conteúdo por especialistas no tema elencados pela GVIMS e pela ABIH. 
 Em seguida, será realizado um piloto da autoavaliação com hospitais 
definidos pela ABIH e pela GVIMS com auxílio de algumas Coordenações 
Estaduais de Controle de Infecção Hospitalar. Os hospitais serão indicados de 
maneira a representar as cinco regiões brasileiras. 
 A consistência interna, como medida de confiabilidade do questionário de 
autoavaliação, será estimada pelo Alfa de Cronbach, com a utilização dos 
resultados do projeto piloto. 
 
6.3 Etapa III – Aplicação da ferramenta de autoavaliação dos programas de 
gerenciamento do uso de antimicrobianos dos hospitais participantes 
 A realização dessa etapa do projeto fornecerá subsídios para se conhecer 
a taxa de hospitais com leitos de UTI que possuem programas implementados, 
bem como a identificação dos fatores que favorecem ou dificultam a 
implementação do programa de gerenciamento do uso de antimicrobianos, além 
de possibilitar a avaliação do grau de implementação desses programas pelos 
hospitais brasileiros. 
 Todos os hospitais com leitos de UTI adulto deverão preencher o formulário 
eletrônico (FormSUS/Datasus/MS) para autoavaliação da implementação dos seus 
programas de gerenciamento do uso de antimicrobianos, disponível no endereço 
eletrônico: http://formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php?id_aplicacao=46727. 
 
 
11 
Projeto Stewardship Brasil 
GVIMS/GGTES/Anvisa 
 
As instruções completas para preenchimento do formulário eletrônico estão 
descritas no Anexo I (Instruções para Autoavaliação dos Programas de 
Gerenciamento do Uso de Antimicrobianos). 
 O formulário apresenta uma parte inicial com questionamentos acerca da 
implementação ou não de programa de gerenciamento do uso de antimicrobianos 
e sobre os fatores que favorecem ou que dificultam a elaboração e implementação 
desse programa que deverá ser preenchida por todos os hospitais. 
 Para fins deste projeto, entende-se por programa implementado aquele 
que possui mais de 50% das suas atividades em execução, com seus indicadores 
monitorados e divulgação dos seus resultados. O Programa de Controle de 
Infecção Hospitalar (PCIH) não é um programa de gerenciamento do uso de 
antimicrobianos, dessa forma, as atividades do PCIH não devem ser consideradas. 
 Os hospitais que ainda não possuem programas de gerenciamento de 
antimicrobianos implementados deverão informar os motivos que impedem a 
implementação do programa e se já desenvolvem ações para o uso racional de 
antimicrobianos, mesmo sem ainda possuir um programa formalizado. 
 Já os hospitais com programa implementado, deverão responder ao 
questionário de autoavaliação propriamente dito. Os critérios de avaliação 
disponíveis nesta parte do formulário foram agrupados nos elementos essenciais 
para implementação desses programas descritos na Diretriz Nacional para 
Elaboração de Programa de Gerenciamento do Uso de Antimicrobianos em 
Serviços de Saúde. 
Desta forma, o formulário é composto de 6 (seis) elementos essenciais: 
1. Apoio da alta direção do hospital; 
2. Definição de responsabilidades dos profissionais envolvidos; 
3. Educação; 
4. Ações estratégicas para melhorar a prescrição de antimicrobianos; 
5. Monitoramento do programa e 
6. Divulgação de resultados. 
 Dentro de cada um desses elementos essenciais, podem ser definidas 
diversas ações para o gerenciamento do uso de antimicrobianos. A definição de 
 
 
12 
Projeto Stewardship Brasil 
GVIMS/GGTES/Anvisa 
 
quais ações cada elemento do programa deverá conter, depende da realidade do 
hospital, levando em consideração sua realidade de atendimento e disponibilidade 
de recursos financeiros. 
 Entre as ações que podem ser implementadas pelos hospitais, existem 
algumas que são consideradas essenciais ou estratégicas, como por exemplo, 
avaliação/auditoria e medidas restritivas, e outras que são complementares. Sendo 
que não existe obrigatoriedade de adoção de todas as medidas, mesmo que das 
essenciais, nem definição de quais são melhores ou mais adequadas. A definição 
de quais ações estratégicas ou complementares serão empregadas no Programa 
é realizada pelo time gestor considerando a realidade do hospital. 
 Dessa forma, cada ação dentro dos elementos essenciais avaliados nessa 
parte do formulário terá uma nota atribuída, sendo que as ações estratégicas terão 
uma pontuação maior e as ações complementares receberão uma nota 
proporcional. 
 Com a soma das notas obtidas em cada elemento essencial será 
possível estabelecer uma pontuação para o grau de implementação do programa 
do hospital. A pontuação terá um mínimo de 0 e um máximo de 990. Assim, ao final 
do preenchimento do formulário o hospital poderá verificar qual a sua nota e em 
qual nível de desenvolvimento ele foi classificado. 
 Essa autoavaliação fornecerá uma medida de referência nacional do 
nível de implementação dos programas dos hospitais com leito de UTI adulto do 
país, possibilitando que o hospital verifique seu nível em relação aos demais 
hospitais participantes. 
Grupo 1 (0 – 239) – Inadequado: sem programa de gerenciamento do uso de 
antimicrobianos elaborado ou implementado ou com a implementação dos 
elementos essenciais deficiente. É necessária uma melhoria significativa. 
Grupo 2 (240 – 509) Básico: os elementos essenciais do programa estão 
estabelecidos com algumas ações estratégicas, mas não estão suficientemente 
implementados. Melhorias adicionais são necessárias. 
Grupo 3 (510 – 724) Intermediário: a maioria dos aspectos dos elementos 
essenciais do programa estão adequadamente implementados contemplando as 
 
 
13 
Projeto Stewardship Brasil 
GVIMS/GGTES/Anvisa 
 
ações estratégicas. O estabelecimento deve continuar a melhorar o escopo e a 
qualidade da implementação e se concentrar no desenvolvimento de planos de 
longo prazo para manter e promover ainda mais as atuais ações do programa. 
Grupo 4 (725 – 1020) Avançado: as ações estratégicas dos componentes 
essenciais estão completamente implementadas e existe implementação de ações 
complementares. 
 Os hospitais que ainda não possuem os seus programas implementados 
ou que ainda estão em fase de elaboração serão automaticamente classificados 
como Grupo 1. 
 
6.4 Etapa IV – Avaliação dos indicadores de IRAS e de RM e das medidas 
preventivas 
 Os indicadores de processo e de resultados coletados na vigilância 
epidemiológica das IRAS e da resistência microbiana permitem avaliar, de forma 
indireta, o impacto das ações de gerenciamento de uso de antimicrobianos. 
 Por outro lado, a adoção de medidas de prevenção de infecção é um fator 
que interfere diretamente na redução das IRAS e, consequentemente, representa 
uma barreira na análise do impacto do programa de gerenciamento do uso de 
antimicrobianos na redução da resistência microbiana no hospital. 
 Dessa forma, esse projeto fará uma correlação dos indicadores de 
resultado das IRAS e da RM com o nível de implementação dos programas de 
gerenciamento do uso de antimicrobianos e com as medidas de prevenção e 
controle de infecção implementadas pelos hospitais de forma combinada. 
 Só serão avaliados nessa etapa, os hospitais com Programas de 
Gerenciamento do Uso de Antimicrobianos implementados, que preencheram o 
formulário de autoavaliação dos programas e que realizaram as notificações dos 
indicadores nacionais de IRAS para UTI adulto nos anos de 2016 a2018. 
 Além disso, para participar dessa etapa, os hospitais devem preencher o 
Formulário Nacional de Autoavaliação das Práticas de Segurança do Paciente 
2019, disponível no endereço eletrônico 
 
 
14 
Projeto Stewardship Brasil 
GVIMS/GGTES/Anvisa 
 
https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/noticias/153-
formulario-nacional-de-autoavaliacao-das-praticas-de-seguranca-do-paciente-
2019, até o dia 31/07/2019. 
 
Indicadores de IRAS e de RM 
 Nessa etapa será realizada a mensuração dos indicadores de IRAS e de 
RM. As informações para o cálculo desses indicadores serão coletadas do Sistema 
Nacional de Vigilância Epidemiológica das IRAS. 
 Desde 2010, a Anvisa, por meio da Gerência de Vigilância e 
Monitoramento em Serviços de Saúde - GVIMS da Gerência Geral de Tecnologia 
em Serviços de Saúde – GGTES, realiza a vigilância epidemiológica de IRAS 
prioritárias nacionais que são notificadas mensalmente pelas Comissões de 
Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) de serviços de saúde com leitos de UTI ou 
que possuam centro cirúrgico ou que realizem parto cirúrgico (cesariana). 
 Dessa forma, as informações dos indicadores de IRAS e de RM serão 
coletadas dos formulários eletrônicos de notificação dos indicadores nacionais, 
com exceção dos estados de São Paulo, Paraná e Amazonas que possuem 
formulários próprios de notificação e por isso, os dados serão solicitados às 
Coordenações Estaduais de Controle de Infecção desses Estados. 
 Os indicadores de resultado utilizados para fazer a correlação com o grau 
de implementação dos programas de gerenciamento do uso de antimicrobianos 
são a densidade de incidência (DI) de infecção primária de corrente sanguínea 
confirmada laboratorialmente (IPCSL) e a DI de infecção de trato urinário associada 
à cateter vesical de demora (ITU-AC), ocorridas nas UTIs adulto dos hospitais 
participantes. 
 A densidade de incidência (DI) reflete uma probabilidade relativa ao tempo 
de exposição, ou seja, reflete melhor o risco, visto que considera o tempo de 
permanência do paciente submetido a um procedimento de risco. 
 A densidade de incidência (DI) de IRAS expressa a razão entre o número 
de casos novos de paciente com IRAS no mês de vigilância (numerador) em 
relação ao número de pacientes em risco de adquirir IRAS a cada dia no mês de 
vigilância (denominador). 
https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/noticias/153-formulario-nacional-de-autoavaliacao-das-praticas-de-seguranca-do-paciente-2019
https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/noticias/153-formulario-nacional-de-autoavaliacao-das-praticas-de-seguranca-do-paciente-2019
https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/noticias/153-formulario-nacional-de-autoavaliacao-das-praticas-de-seguranca-do-paciente-2019
 
 
15 
Projeto Stewardship Brasil 
GVIMS/GGTES/Anvisa 
 
DI = n° de casos novos de um evento em uma população exposta X 1000 
 Total de pacientes-dia expostos 
 Já os dados de resistência microbiana coletados serão utilizados para a 
avaliação do perfil de resistência das IPCSL e ITU-AC notificadas e para o cálculo 
das taxas dessas infecções para os principais microrganismos monitorados. 
 
Medidas Preventivas 
 A avaliação das medidas de prevenção de IRAS adotadas se dará por meio 
da coleta das informações da Autoavaliação das Práticas de Segurança do 
Paciente realizada pelo hospital por meio do preenchimento do formulário 
FormSUS/DataSUS. 
 Serão extraídas do formulário informações sobre as seguintes medidas 
preventivas: 
• Higiene de mãos; 
• Protocolo para a prevenção de infecção primária de corrente sanguínea 
associada ao uso de cateter venoso central; 
• Protocolo para a prevenção de infecção do trato urinário relacionado ao 
uso de cateter vesical de demora; 
• Protocolo de prevenção da resistência microbiana e controle do uso de 
antimicrobianos. 
 
 
6.5 Etapa V – Análise dos dados 
 Na presente etapa serão realizadas as análises estatísticas dos dados 
coletados nas etapas anteriores do projeto. A análise estatística será executada 
pelo Grupo de Tecnologia, Ensino e Segurança do Paciente (GTESP) do Hospital 
Santa Cruz e Programa de Pós-Graduação em Promoção em Saúde da 
Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) – RS. 
Para análise dos dados serão utilizadas medidas da estatística descritiva 
utilizando Statistical Package for the Social Sciences - SPSS versão 23.0 
 
 
16 
Projeto Stewardship Brasil 
GVIMS/GGTES/Anvisa 
 
 
 
 
6.6 Etapa VI – Conclusão do projeto 
 Na etapa de conclusão do projeto, será realizada uma devolutiva para os 
hospitais participantes e os resultados do projeto serão amplamente divulgados no 
site da Anvisa e em eventos dos quais a Gerência Geral de Tecnologia em Serviços 
de Saúde (GGTES) participe. 
 Também serão realizadas reuniões para discussão dos resultados e 
definição de medidas a serem adotadas. Os resultados deverão ser discutidos com 
a Comissão Nacional de Prevenção e Controle de IRAS (CNCIRAS), as 
coordenações de controle de infecção hospitalar (estaduais, distrital e municipais) 
e com a Câmara Técnica de Resistencia Microbiana (CATREM). Além disso, 
poderão ser convidados para participar das reuniões, associações de classes ou 
entidades representativas relacionadas ao tema. 
Os resultados desse projeto também poderão ser utilizados para nortear a 
definição de ações e metas relacionadas com o objetivo de prevenir e controlar a 
disseminação da resistência microbiana em serviços de saúde do Programa 
Nacional de Prevenção e Controle de IRAS para o quadriênio (2021 – 2025), a ser 
elaborado em 2020. 
 
 
17 
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GVIMS/GGTES/Anvisa 
 
 
7. Cronograma 
 
ATIVIDADES 
2018 2019 
DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET 
 
OUT 
Elaboração do 
Projeto/Protocolo 
X X X X X 
 
Validação da 
ferramenta 
(formulário) de 
avaliação dos 
programas 
 X X 
 
Videoaulas de 
treinamento para 
participação no 
Projeto (objetivos, 
metodologia e 
formulário) 
 X 
 
Autoavaliação 
para os hospitais 
 X 
 
Coleta de dados 
nos hospitais 
participantes 
 X 
 
Análise dos 
Dados 
 X X 
 
Entrega dos 
resultados para as 
instituições 
participantes. 
(Divulgação 
nacional e 
internacional 
(publicação 
 X 
 
 
 
X 
Reunião para 
discussão dos 
resultados e 
proposição de 
estratégias para 
promover o 
desenvolvimento 
e implementação 
do programa de 
gerenciamento do 
uso de 
antimicrobianos 
nos hospitais 
brasileiros 
 
 
 
 
 
 
 
X 
 
 
18 
Projeto Stewardship Brasil 
GVIMS/GGTES/Anvisa 
 
 
8. Referências bibliográficas 
1. Tzouvelekis, L. S., Markogiannakis, A., Psichogiou, M., Tassios, P. T. & Daikos, G. L. 
(2012). Carbapenemases in Klebsiella pneumoniae and Other Enterobacteriaceae: an Evolv-
ing Crisis of Global Dimensions. Clin Microbiol Rev 25, 682-707. 
2. Nordmann, P., Naas, T. & Poirel, L. (2011). Global spread of Carbapenemase-producing 
Enterobacteriaceae. Emerg Infect Dis 17, 1791-1798. 
3. Walsh, T. R. (2010). Emerging carbapenemases: a global perspective. Int J Antimicrob 
Agents 36 Suppl 3, S8-14. 
4. Vicent, J.L.; Rello, J.; Marshall, J. et al. International study of the prevalence and out-
comes of infection in Intensive Care Units. JAMA, v. 302, n.21, p. 2323-29, 2009. 
5. Queenan, A. M. & Bush, K. (2007). Carbapenemases: the versatile beta-lactamases. Clin 
Microbiol Rev 20, 440-458, table of contents. 
6. Gupta, N., Limbago, B. M., Patel, J. B. & Kallen, A. J. (2011). Carbapenem-resistant Enter-
obacteriaceae: epidemiology and prevention. Clin Infect Dis 53, 60-67. 
7. Luther, V.P., Shnekendorf, R., Abbo, L.M., Advani, S., Armstrong, W.S., Barsoumian, 
A.E., Beeler, C.B., Bystritsky, R., Cherabuddi, K., Cohen, S., Hamilton, K.W., Ince, D., 
Justo, J.A., Logan, A., Lynch, J.B. 3rd, Nori, P., Ohl, C.A.,Patel, P.K., Pottinger, P.S., 
Schwartz, B.S., Stack, C., Zhou, Y. (2018). Antimicrobial stewardship training for infectious 
diseases fellows: program directors identify a curriculum need. Clin Infect Dis 67(8), 1285-
1287. 
8. Pitiriga, V., Kanellopoulos, P., Kampos, E., Panagiotakopoulos, G., Tsakris, A., Saro-
glou, G. (2018). Antimicrobial stewardship program in a Greek hospital: implementing a man-
datory prescription form and prospective audits. Future Microbiol 13, 889-896. 
9. Pulcini, C., Binda, F., Lamkang, A.S., Trett, A., Charani, E., Goff, D.A., Harbarth, S., Hin-
richsen, S.L., Levy-Hara, G., Mendelson, M., Nathwani, D., Gunturu, R., Singh, S., Srini-
vasan, A., Thamlikitkul, V., Thursky, K., Vlieghe, E., Wertheim, H., Zeng, M., Gandra, S., 
Laxminarayan, R. (2018). Developing core elements and checklist items for global hospital 
antimicrobial stewardship programmes: a consensus approach. Clin Microbiol Infect 25(1), 
20-25. 
10. Conway, E., Sellick, J., Mergenhagen, K. (2018). Decreased mortality in patients prescribed 
vancomycin after implementation of an antimicrobial stewardship program. Am J Infect Control 
46(4), 477-478. 
11. McCarthy, M.W., Walsh, T. J. (2018). The rise of hospitalists: an opportunity for infectious 
diseases investigators. Expert Rev Anti Infect Ther 11, 1-5. 
12. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Diretriz Nacional para Elaboração de 
Programa de Gerenciamento do Uso de Antimicrobianos em Serviços de Saúde, 2017. 
13. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Plano Nacional para a Prevenção e o 
Controle da Resistência Microbiana nos Serviços de Saúde, 2017. 
 
 
 
 
 
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Projeto Stewardship Brasil 
GVIMS/GGTES/Anvisa 
 
Anexo I – Instruções para preenchimento do formulário de 
Autoavaliação dos Programas de Gerenciamento do Uso de 
Antimicrobianos 
 
O presente documento tem como objetivo fornecer orientações gerais para o 
preenchimento do formulário e para a realização da autoavaliação da implementação dos 
Programas de Gerenciamento do Uso de Antimicrobianos. 
 
1. Preenchimento do Formulário 
 
O primeiro passo para preenchimento da autoavaliação dos programas é acessar o 
formulário utilizando o endereço eletrônico 
http://formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php?id_aplicacao=46727. 
A primeira parte do formulário solicita informações gerais sobre o hospital (Dados do 
Hospital), como CNES, nome da instituição, número de leitos de UTI, e sobre o responsável 
pelo preenchimento (Dados do Respondente), como nome, setor no qual trabalha, e-mail e 
telefone. Essa etapa deve ser respondida por todos os hospitais participantes do Projeto 
Stewardship Brasil. 
A segunda parte do formulário GERENCIAMENTO DO USO DE ANTIMICROBIANOS 
tem como objetivo identificar os fatores que contribuem e os que dificultam a elaboração e a 
implementação do programa de gerenciamento do uso de antimicrobianos, devendo ser 
preenchida por todos os hospitais participantes. Essa parte apresenta dois grupos de questões, 
um para os hospitais que não possuem o programa de gerenciamento do uso de 
antimicrobianos implementado e outro para os hospitais que possuem. 
Ao responder à questão: O Hospital possui um Programa de Gerenciamento do Uso de 
Antimicrobianos implementado? Serão abertas questões específicas para os que responderem 
SIM e outras para os que responderem NÃO. 
A terceira parte do formulário consiste na AUTOAVALIAÇAO DA IMPLEMENTAÇÃO DO 
PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DO USO DE ANTIMICROBIANOS e só ficará disponível 
para os hospitais que responderam SIM na questão anterior. 
 
 
 
 
http://formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php?id_aplicacao=46727
 
 
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Projeto Stewardship Brasil 
GVIMS/GGTES/Anvisa 
 
2. Realização da autoavaliação da implementação do Programa de Gerenciamento 
do Uso de Antimicrobianos 
 
2.1 Orientações gerais 
 
Um Programa de Gerenciamento de Uso de Antimicrobianos é uma abordagem 
multifacetada que inclui políticas, diretrizes, vigilância da prevalência-padrões de resistência e 
do consumo de antimicrobianos, além de educação e auditoria de seu uso. 
Constituem elementos essenciais para a criação, implantação e execução desse 
Programa nos hospitais: 
• Apoio da alta direção do hospital 
• Definição de responsabilidades de todos os profissionais envolvidos 
• Educação 
• Desenvolvimento de ações para melhorar a prescrição de antimicrobianos 
• Monitoramento do programa 
• Divulgação de resultados 
 
Dessa forma, cada ação dentro dos elementos essenciais avaliados terá uma nota 
atribuída. Sendo que as ações estratégicas terão uma pontuação maior e as ações 
complementares receberão uma nota proporcional. 
Para calcular a nota de cada elemento, deverá ser realizado o somatório de todos os 
pontos atribuídos às questões selecionadas. O valor atribuído à questão está indicado, entre 
parênteses, no seu lado direito. Exemplo: 
1.1 O hospital possui um documento formal, aprovado pelo conselho diretor da instituição, que constitui o Programa 
de Gerenciamento do Uso de Antimicrobianos? 
SIM (40) 
NÃO (0) 
 
Nesse exemplo, caso o hospital possua um documento formal constituindo o Programa 
deverá selecionar a opção SIM e computar 40 pontos no somatório. Caso a resposta seja NÃO, 
não haverá pontuação uma vez que seu valor é 0 (zero). 
Algumas perguntas permitem múltiplas respostas. Selecione todas as respostas 
adequadas à sua instituição. Você deverá assinalar pelo menos uma resposta que se aplica ao 
seu serviço de saúde. Na contagem dos pontos, deve ser considerada a pontuação de todas 
as opções selecionadas. 
 
 
21 
Projeto Stewardship Brasil 
GVIMS/GGTES/Anvisa 
 
No exemplo abaixo, deve ser contado 20 pontos referentes à soma dos dois itens 
selecionados: 
 Se SIM, o laboratório de microbiologia apoia a realização das atividades do Programa: 
Possui sistemas automatizados de identificação: Vitek 2 ou Maldi-TOF (10) 
Realiza teste de sensibilidade aos antimicrobianos (TSA) por disco fusão (10) 
Realiza antibiograma com concentração inibitória mínima – CIM (10) 
Agilidade em fornecer resultados de culturas/antibiogramas em até 72h (10) 
 
Após ter respondido todas as questões de cada seção do formulário (elementos 
essenciais), a pontuação deverá será calculada com o somatório de todos os pontos atribuídos 
às respostas assinaladas pelo serviço de saúde. O resultado geral será a soma de todos os 
subtotais de cada um dos 6 elementos essenciais. 
Ao somar as pontuações totais de todos os 6 elementos essenciais, o resultado geral 
será obtido e o serviço de saúde será qualificado quanto aos níveis de implementação do 
programa de gerenciamento do uso de antimicrobianos conforme descrito na Tabela 1. 
 
Tabela 1. Níveis de implementação do programa de gerenciamento do uso de antimicrobianos 
ELEMENTO GRUPO 1 
INADEQUADO 
GRUPO 2 
BÁSICO 
GRUPO 3 
INTERMEDIÁRIO 
GRUPO 4 
AVANÇADO 
Apoio da alta dire-
ção do hospital 
 
< 60 60 - 119 120 - 149 150 – 170 
Definição de res-
ponsabilidades 
< 50 50 - 89 90 -129 130 - 170 
Educação 
 
< 25 25 - 69 70 - 89 90 - 145 
Desenvolvimento 
de ações para me-
lhorar a prescrição 
de antimicrobianos 
< 70 70 - 139 140 - 219 220 - 340 
Monitoramento do 
programa 
 
< 15 15 - 29 30 - 54 55 - 75 
Divulgação de re-
sultados 
< 20 20 - 59 60 - 79 80 - 120 
TOTAL < 240 240 - 509 510 - 724 725 - 1020 
 
 
 
 
 
 
 
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GVIMS/GGTES/Anvisa 
 
 
 
 
2.2 Avaliação da implementação do programa de gerenciamento do uso de 
antimicrobianos 
 
Componente 1 - Apoio da alta direção do hospital (suporte institucional) 
 
O êxito no desenvolvimento e na implementação do Programa de Gerenciamento de 
Uso de Antimicrobianos dentro do hospital depende da dedicação de recursos humanos, 
financeiros e tecnológicos, do apoio e colaboração das lideranças médicas bem como da 
administração hospitalar. Dessa forma, nessa parte, são realizadosquestionamentos 
relacionados com a oficialização do programa, a dedicação de recursos humanos, financeiros 
e tecnológicos para sua implementação e o suporte da tecnologia da informação (TI) e do 
laboratório de microbiologia. 
A pontuação máxima desse elemento essencial é 170 pontos e a classificação: 
Avançado – 170-150; Intermediário - 149–120; Básico – 119 - 60; Inadequado < 60. 
 
Componente 2 - Definição de responsabilidade 
Para uma adequada implementação do programa, é fundamental a nomeação de um 
time gestor, responsável por definir as políticas e normativas, bem como as diretrizes gerais, 
monitoramento contínuo, propostas de melhoria e retroalimentação dos resultados (feedback) 
do Programa. 
O item 2.1 do formulário questiona se foi definida uma equipe (time gestor) responsável 
por definir as políticas e normativas, bem como as diretrizes gerais, monitoramento contínuo, 
propostas de melhoria e retroalimentação dos resultados (feedback) do Programa. Caso seja 
selecionada a opção SIM, será aberta a questão 2.1.1 Assinale os profissionais que compõem 
o time gestor do programa em seu hospital: 
Representante da alta direção (5) 
Médico (5) 
Médico – infectologista (5) 
Enfermeiro (5) 
Farmacêutico clínico (5) 
Microbiologista (5) 
 
 
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GVIMS/GGTES/Anvisa 
 
Representante do laboratório de microbiologia (5) 
Representante da CCIH (5) 
Representante do Comissão de Farmácia e Terapêutica (5) 
Representante do setor de qualidade (5) 
Representante do setor de tecnologia de informação (5) 
Outros (5) 
 
Nesse campo, deverão ser selecionados todos os profissionais que compõem o time 
gestor. Como a recomendação da Diretriz é que esse time seja interdisciplinar e formado por 
representantes das principais áreas envolvidas com o programa, quanto mais profissionais 
fizerem parte do time operacional do hospital, maior a sua pontuação para esse item. Para o 
cálculo da pontuação deverá ser somado 5 pontos para cada profissional selecionado. 
Além do time gestor, deve ser definido também o time operacional que é responsável 
pela elaboração, execução e monitoramento das ações do Programa. O time operacional deve 
estar formalmente nomeado e seus componentes devem possuir tempo específico definido 
para a execução das ações do programa. 
Além disso, é necessário que exista um profissional, líder, responsável pelo time 
operacional. A Diretriz Nacional recomenda que esse profissional seja um infectologista, um 
médico com expertise em doenças infecciosas ou um farmacêutico clínico com conhecimento 
em doenças infecciosas, por isso, a pontuação para esses profissionais é maior que para os 
outros profissionais de saúde. 
A pontuação máxima desse elemento essencial é 170 pontos: Avançado – 170-130; 
Intermediário - 129–90; Básico – 89 - 50; Inadequado < 50. 
 
Componente 3 – Educação 
A educação é um componente essencial para o sucesso do Programa de Gerenciamento 
do Uso de Antimicrobianos e deve abranger tanto os profissionais de saúde quanto os pacientes 
e seus familiares e cuidadores. Um aspecto importante é o treinamento continuado para toda a 
instituição sobre o Programa e sobre as ações estratégicas para setores específicos envolvidos. 
Dessa forma, para uma maior conformidade na implementação de um programa de 
gerenciamento do uso de antimicrobianos é necessário que o hospital conte com um programa 
de educação continuada, com treinamentos e capacitações periódicas para todos os 
profissionais de saúde, além dos pacientes e acompanhantes/cuidadores. 
 
 
24 
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GVIMS/GGTES/Anvisa 
 
A pontuação máxima desse elemento essencial é 145 pontos e a classificação: 
Avançado – 145-90; Intermediário - 89–70; Básico – 69 - 25; Inadequado < 25. 
 
Componente 4 – Desenvolvimento de ações para melhorar a prescrição de antimicrobianos 
A pontuação máxima desse elemento essencial é 340 pontos e a classificação: 
Avançado – 340-220; Intermediário - 219–140; Básico – 139 - 70; Inadequado < 70. 
A melhoria da prescrição de antimicrobianos no hospital exige a integração do programa 
com outras áreas, comitês, comissões do hospital, de uma política institucional que determine 
a adoção de protocolos e a adoção das boas práticas de prescrição pelos seus prescritores, 
além do desenvolvimento de ações específicas para o gerenciamento do uso de 
antimicrobianos no hospital. 
Na avaliação das políticas institucionais voltadas para a melhoria da prescrição de 
antimicrobianos, a utilização de protocolos para as principais síndromes clínicas para auxiliar 
na seleção de antimicrobianos é uma das mais importantes. Entretanto, os protocolos do 
hospital dependem das características clínicas e dos perfis epidemiológico e microbiológico 
locais. 
Como não é possível estabelecer quais os protocolos que um hospital deve possuir, pois 
depende do seu tipo de atendimento, aos itens 4.2.1 do formulário (O hospital possui protocolos 
para as principais síndromes clínicas para auxiliar na seleção de antimicrobianos?) foram 
atribuídos valores apenas àqueles que são comuns para todos os hospitais que possuem leitos 
de UTI: Pneumonia adquirida na comunidade; Infecção do trato urinário baixo; Sepse; Infecções 
de corrente sanguínea confirmadas laboratorialmente; Infecção de trato urinário associada ao 
cateter vesical de demora; Pneumonia associada a ventilação mecânica ou Pneumonia 
Hospitalar. Apesar dos demais protocolos terem apenas valor informativo, é importante que 
sejam selecionados todos os protocolos que o hospital possui para uma maior qualidade dos 
dados informados. 
Quanto as ações para o gerenciamento do uso de antimicrobianos, item 4.3 do 
formulário, algumas delas, como por exemplo a auditoria e pré-autorização, são componentes 
centrais de qualquer programa de gerenciamento do uso desses medicamentos. Assim, o 
programa deve conter ambas estratégias ou ao menos uma delas, considerando a 
disponibilidade de recursos específicos do serviço de saúde, para uma implementação 
 
 
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Projeto Stewardship Brasil 
GVIMS/GGTES/Anvisa 
 
consistente. Por isso, tais ações receberam uma pontuação maior na avaliação. Já as ações 
consideradas complementares, receberam uma pontuação menor. 
São consideradas ações estratégicas para melhorar a prescrição de antimicrobianos: 
 
• Auditoria da prescrição de antimicrobianos 
A auditoria de antimicrobianos consiste em revisar sistematicamente, no momento 
da sua prescrição ou retrospectivamente, sua indicação, posologia e duração do 
tratamento. 
Preferencialmente, para uma maior redução do uso inadequado de 
antimicrobianos, a auditoria deve ser feita por um infectologista, um farmacêutico clínico 
ou outro profissional com treinamento ou formação em doenças infecciosas ou no uso 
desses medicamentos. 
 
• Auditoria retrospectiva 
É recomendável que a auditoria retrospectiva seja realizada 48 horas após a 
prescrição, quando já há melhor definição do quadro clínico e disponibilidade de 
resultados de testes diagnósticos, podendo ser feita a adequação com base no resultado 
de culturas ou a suspensão do tratamento, quando o diagnóstico de infecção bacteriana 
tiver sido descartado, de acordo com a evolução clínica e os resultados de exames 
laboratoriais. 
 
É importante que após a realização da auditoria retrospectiva, os médicos sejam 
informados sobre a conformidade das suas prescrições de antimicrobianos, por meio de 
contato direto (pessoalmente) ou indireto (por telefone, por e-mail, mensagens, etc.). 
 
• Auditoria prospectiva interdisciplinar 
Também chamada de revisão pós-prescrição, é desenvolvida em geral por meio 
de visitas programadas em tempo real, periódicas e conjuntas entre membros do time 
operacional e médicos assistenciais e residentes da unidade hospitalar. Essas visitas 
incluem a revisão e a discussão de todos antimicrobianos em uso na unidade ou apenas 
dosestratégicos ou os de reserva. 
 
 
 
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• Medidas Restritivas 
A restrição antimicrobiana, realizada por meio da utilização de formulário de 
restrição ou exigência de pré-autorização, é o método mais eficaz de controle do uso de 
antimicrobianos. 
É importante garantir que tal medida não atrase o tratamento de pacientes 
independente do dia e do horário, por exemplo em caso de prescrições à noite, finais de 
semana ou feriado. 
Cada serviço de saúde deve definir a relação dos antimicrobianos com restrição 
e com necessidade de pré-autorização, considerando, entre outros fatores, seu perfil de 
sensibilidade microbiológico, segundo os protocolos clínicos institucionais. 
 
 
Componente 5 - Monitoramento do programa 
O monitoramento das ações estratégicas e dos resultados relacionados ao 
Programa tem o objetivo de avaliar o impacto das intervenções, identificar potenciais 
áreas de melhoria e promover o retorno das informações para todos os profissionais 
envolvidos. 
A pontuação máxima desse elemento essencial é 75 pontos e a classificação: 
Avançado – 75 - 55; Intermediário - 54 – 30; Básico –29 - 15; Inadequado < 15. 
 
 
Componente 6 - Divulgação dos resultados do Programa 
A divulgação sistemática e regular de informações sobre o resultado do Programa 
para todos os profissionais do hospital, com ênfase para gestores, médicos, enfermeiros 
e funcionários relevantes no gerenciamento do uso de antimicrobianos é um dos 
elementos-chave para um Programa bem-sucedido. 
A pontuação máxima desse elemento essencial é 120 pontos e a classificação: 
Avançado – 120 - 80; Intermediário - 79 – 60; Básico –59 - 20; Inadequado < 20.

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