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Sistematização da Assistência de Enfermagem Perioperatória - SAEP Prof. Débora C.S. Popov Processo de trabalho do enfermeiro do CC Aspecto gerencial: visão da importância do enfermeiro do CC para o desenvolvimento de gestão dentro do Hospital Visão da importância do enfermeiro como administrador no CC – afastado da assistência direta ao paciente A busca do enfermeiro por reconhecimento: equipes médica, enfermagem e administrativa dentro do CC Destaque ao respeito nas relações profissionais no CC Destaque ao aspecto tecnológico do CC: local duro, frio, estressante, com perda de autonomia Pereira FCC, Bonfada D, Valença CN et al. R. pesq.: cuid. fundam. online 2013. jan./mar. 5(1):3251-58 COMPLETE AS FASES/etapas DA SAE – E UMA ATIVIDADE QUE é REALIZADA EM CADA ETAPA FASE 1 FASE 2 FASE 3 FASE 4 FASE 5 Introdução SAE: Resolução n. 358/2009 – COFEN - obrigatoriedade da SAE em todas as unidades do hospital “Organiza o trabalho profissional quanto ao método, ao pessoal e aos instrumentos tornando possível o processo de Trabalho – PE” Cinco etapas: Histórico de Enfermagem/ coleta de dados Diagnósticos de enfermagem Prescrição/ planejamento da assistência Implementação da assistência Evolução / avaliação de enfermagem Importância e objetivo do SAEP As orientações sobre o processo cirúrgico devem ser fornecidas no período pré-operatório, se possível antes mesmo da internação, para que o cliente tenha a oportunidade de expressar seus sentimentos, dúvidas e medos, e de ser compreendido, atendido ou apenas ouvido sobre suas necessidades. Assim se pode concretizar a assistência humanizada, um atendimento digno e individualizado, considerando as crenças, valores e anseios do cliente e sua família e a possibilidade de suprir as suas necessidades com explicações sobre a cirurgia, procedimentos e possíveis consequências. Objetivos do SAEP Ajudar o paciente e a família a compreenderem e a se prepararem para o tratamento anestésico – cirúrgico proposto Prever, prover e controlar recursos humanos, e materiais necessários Diminuir ao máximo os riscos decorrentes da utilização de materiais e equipamentos Diminuir os riscos inerentes ao ambiente específico do CC e SRPA Fases do SAEP Castellanos e Jouclas – 1990 : proposta de assistência global ao paciente cirúrgico em todas as fases do perioperatório, do forma continuada, participativa, individualizada, documentada e avaliada, chamando a esse processo SAEP Deve ser implementado por enfermeiros perioperatórios Foco na satisfação do cliente Qualidade e profissionais motivados, desenvolvendo segurança, destreza e confiabilidade Fases do SAEP Visita pré operatória de enfermagem Planejamento da assistência de enfermagem perioperatória Implementação da assistência Avaliação da assistência por meio da visita pós operatória de enfermagem Reformulação da assistência a ser planejada, segundo resultados obtidos e solução de situações não desejadas ou ocorrência de eventos adversos Recomendações para viabilizar o SAEP Implementar a assistência de enfermagem integral, individualizada e documentada nos períodos pré, trans e pós operatórios Identificar e analisar as necessidades individuais do paciente Realizar o planejamento da assistência de enfermagem Ajudar o paciente e sua família a compreenderem o problema de saúde, preparando-os para o procedimento Diminuir a inquietação e a ansiedade do paciente e de sua família, contribuindo para sua recuperação. A visita pré-operatória vem a ser, então, fator impor- tantíssimo na ação do enfermeiro na SAEP, pois, viabiliza o monitoramento da evolução do paciente e a detecção precoce de possíveis falhas na assistência de enfermagem, em que o cliente deve ser assistido holisticamente. Porém, na prática, ela nem sempre é realizada devido à sobrecarga de trabalho desse profissional. Importância da VPOE para a qualidade no CC Construir indicadores que contemplem a SAEP é um método que avalia a organização, o cuidado individualizado e a administração da assistência, favorecendo maior integração do enfermeiro com o paciente, família e comunidade, gerando resultados positivos para a melhoria dessa assistência. A SAEP tem como uma de suas ferramentas mais importantes para operacionalizar as premissas no período pré-operatório a visita pré-operatória ao paciente cirúrgico, que tem, entre outros objetivos, promover maior interação entre o enfermeiro do centro cirúrgico e o paciente. Por meio da visita pré-operatória, o enfermeiro do CC tem a oportunidade de conhecer o seu cliente com antecedência, traçar um plano de cuidados e fornecer todas as informações necessárias, diminuindo, com isso, o estresse e a ansiedade sobre o procedimento a ser realizado. Santos MC, Renno CSN RAS _ Vol. 15, No 58 – Jan-Mar, 2013 Pré operatório - imediato Atuacão no pré operatório imediato Dar continuidade a assistência de Enfermagem entre a unidade de origem e o CC, orientando o paciente em relação as suas expectativas do período transoperatório Realizar o histórico, diagnósticos e prescrição de enfermagem para os período pré e transoperatórios Realizar levantamento de problemas pautado em informações contidas no prontuário, entrevista com o paciente e sua família, exame físico, observação direta , e nas informações relatadas pela equipe de enfermagem. Atuação no pré operatório imediato Checar preparo do paciente – jejum, retirada de adornos, próteses, lentes, pele, pré anestésico, termos de compromisso, entre outros Reduzir se possível , a ansiedade do paciente Comunicar alterações a equipe Verificar duvidas e necessidades do paciente, e de sua família em relação ao ato anestésico cirúrgico. Exemplo Ao avaliar um paciente que será submetido a uma cirurgia de revascularização do miocárdio, o enfermeiro do CC encontra o mesmo ansioso, referindo medo, e acompanhado de seus familiares. A pressão arterial do paciente se encontra em 160x97mmHg, e sua frequência cardíaca, em 100bpm. Qual seria sua intervenção de enfermagem a esse paciente, em relação ao diagnostico de enfermagem ansiedade? Qual(is) sua(s) prioridade(s)? Justifique suas respostas. Transoperatorio - intraoperatorio Atuação do enfermeiro no período transoperatorio Receber o paciente no CC – conferir pulseira de identificação, prontuário, prescrição anterior e do dia da cirurgia, exames laboratoriais, exames diagnósticos, por imagem e lateralidade da cirurgia quando pertinente Confirmar jejum, alergias, doenças anteriores, uso de medicações Aferir SSVV, exame físico simplificado, nível de consciência, padrão respiratório, queixas álgicas, movimentos, integridade da pele, infusões, acessos venosos, drenos, sondas, cateteres, curativos, imobilizações, trações , etc. Atuação do enfermeiro no transoperatorio Encaminhar o paciente em maca com grades elevadas, a SO, quando a sala estiver pronta e equipada, e equipe cirúrgica presente – anestesista, cirurgião, assistente e circulante de sala. Colocar o paciente na mesa de modo confortável e seguro, mantendo-o em decúbito dorsal horizontal, em posição anatômica Monitorar o paciente verificando os parâmetros vitais e mantendo o paciente aquecido Realizar o check list antes da indução, antes da incisão, e depois da cirurgia em consonância com a equipe cirurgica Atuação do enfermeiro no período transoperatorio Auxiliar o anestesiologista durante indução anestésica Auxiliar a equipe cirúrgica a colocar o paciente em posição para a cirurgia Proteger a pele do paciente durante a assepsia Manter o paciente aquecido com cobertor manta térmica ou colchão aquecido Instalar compressas intermitente ou meias elásticas nos MMII como profilaxia a tromboembolismo e Trombose venosa profunda Atuação do enfermeiro no transoperatorio Realizar cateterismo vesical quando necessário Colocar placa de eletrocautério Controlar perdas sanguíneas, diurese, e secreções Identificar peças anatômicas e encaminhar aos serviços Aplicar protocolos institucionaispara garantir a adequação dos processos Registrar todos os cuidados de enfermagem Atuação do enfermeiro no período transoperatorio Rever a prescrição do transoperatório alterando-a se necessário Realizar prescrição de enfermagem para o pós operatório Manter a família informada Preservar a segurança física e emocional do paciente. Proposta Investigue e procure instrumentos de registro do período perioperatorio utilizado em instituições de atenção a saúde. Apresente a sua turma o que compreendeu do processo de registro desse período pela equipe de enfermagem e enfermeiro particularmente As orientações que os pacientes recebem no pré operatório: Tricotomia: [...] deixar a área ali bem limpinha, não pode ter nada (S1). Por causa dos pontos da cirurgia, fica melhor (S3). Tem que raspa por causa das infecções (S4). [...] para ficar mais higiênica (S8). Para não cair pêlo na cirurgia (S9). Para o curativo ficar melhor (S10). Punção venosa e coleta de sangue É para botar a medicação (S1). Por causa da anestesia, depois tem que dar a medicação (S2). Só disse que ia coleta, mas não disse nada, para que? (S1) Não sei que tipo de exame era, mas fiz quatro coletas (S2). Sondagem vesical: Como é que vai ta urinando lá (S1). Para a bexiga não ta cheia lá na hora (S3). Para não urina na cama, na hora da cirurgia (S9). Administração de pré anestésico para dormir (S3). Para já ir tranquilizando a pessoa (S4). Isso é para acalmar os nervos (S5). Me explicaram, mas eu não lembro mais (S7). Agora não estou me lembrando, mas falaram sim (S10). Conhecimento dos profissionais que realizaram os procedimentos de orientação Nem me lembro, a gente fica tão tenso um dia antes que não lembro (S5). Nem sei! Sou muito nervoso, estava com medo [...] (S4). Um fala uma coisa e o outro fala outra e usam um monte de termos técnicos e a gente no final não absorve tudo (S10). Perrando et al O PREPARO PRÉ-OPERATÓRIO NA ÓTICA DO PACIENTE CIRÚRGICO R. Enferm. UFSM 2011 Jan/Abr;1(1):61-70 Humanização Significa tornar humano, dar condições humanas Centralizar as ações no homem, no seu todo e em suas necessidades Processo vivencial Programa de Humanização da Assistência hospitalar: 2001 – PNHAH Difundir uma cultura de humanização na rede hospitalar Melhorar a qualidade e eficácia da atenção aos usuários Capacitar profissionais para valorização da vida e cidadania Conceber e implementar novas iniciativas de humanização Fortalecer e articular as iniciativas já existentes Estimular parcerias de conhecimentos e experiíncias na área Desenvolver conjunto de indicadores de resultados na humanização Modernizar as relações de trabalho no âmbito dos hospitais públicos A tecnologia e a humanização Tecnologia pode ser uma aliada – propicia tempo e segurança para termos energia com ações que as máquinas não realizam Como humanzar a assistência ao paciente cirúrgico? Filosofia institucional Motivação das equipes, condições de trabalho adequadas, problemas de relacionamento Com certeza é um desafio O Que fazer Promover empatia por meio de comunicação verbal ou não verbal com paciente e família Estreitar relações entre o paciente/família e equipe cirúrgica Promover assistência biopsicoespiritual, segundo a necessidade de cada paciente Favorecer a expressão da espitirualidade do paciente, por meio de símbolos que possam trazer segurança Realizar técnocas de trabalho pautadas em conhecimento e competências técnico-científicas Permitir que um membro da família acompanhe o paciente até a entrada do CC Garantir privacidade e o cuidado com a exposição do corpo do paciente durante o período transoperatório Permitir que um acompanhante fique com o paciente durante sua permanência na SRPA, especialmente no caso de idosos, crianças e pacientes com necessidades especiais. Promover assistência com fundamentação científica durante todo o o perioperatório. A família no CC O foco da atenção de cuidados do enfermeiro não deve estar centrado apenas no paciente, mas também na família que vivencia a situação de doença O período perioperatório envolve o espaço de tempo que começa no momento em que o cliente toma a decisão de submeter-se ao tratamento cirúrgico e termina com uma avaliação de acompanhamento no ambiente clínico ou em casa, após a cirurgia As orientações sobre o processo cirúrgico, fornecidas ao cliente e seus familiares ou acompanhantes, são importantes, pois lhes permitem encarar essa situação com mais tranqüilidade. Ademais, elas são indispensáveis à promoção e manutenção da saúde, além de lhes darem a oportunidade de participar do processo que envolve o tratamento e reabilitação Salimena, Andrade, Melo Cienc Cuid Saude 2011; 10(4):773-780 A ansiedade da família na sala de espera A ansiedade é um estado emocional desconfortável e consiste basicamente no pressentimento do perigo, na atitude de espera e na desestruturação em meio à sensação de desproteção. De acordo com os depoimentos, a preocupação com o desconhecido e o fato de não saber como se encontra a pessoa no momento da cirurgia desvelam o estado de cada familiar de modo singular, fazendo emergir a necessidade de a assistência ser também individual, respeitando- se, é claro, o desejo de ser assistido ou não. Salimena, Andrade, Melo Cienc Cuid Saude 2011; 10(4):773-780 Atuação do enfermeiro no periodo pos operatorio imediato Ações de enfermagem no pós operatório imediato Recepcionar o paciente Monitorar o paciente e realizer o exame físico direcionado Registro e implementação da SAEP na SRPA Indice de Aldrete e Kroulik Avaliação da dor – processo de cuidado da dor Bibliografia Associação Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização – SOBECC Práticas Recomendadas. 6. Edição. São Paulo – SP, 2013. Carvalho R Enfermagem em Centro de Material, Biossegurança e Bioética. Manuais de Especialização. Ed. Manole, 2015. Salimena, Andrade, Melo Cienc Cuid Saude 2011; 10(4):773-780 Perrando et al O PREPARO PRÉ-OPERATÓRIO NA ÓTICA DO PACIENTE CIRÚRGICO R. Enferm. UFSM 2011 Jan/Abr;1(1):61-70 Costa, Garanhani rem E – Rev. Min. Enferm.;14(3): 361-368, jul./set., 2010 Santos MC, Renno CSN RAS _ Vol. 15, No 58 – Jan-Mar, 2013 Pereira FCC, Bonfada D, Valença CN et al. R. pesq.: cuid. fundam. online 2013. jan./mar. 5(1):3251-58
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