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PROSA ROMÂNTICA

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// LITERATURA
Prosa romântica: José de Alencar,
Macedo e Almeida
Dayana Mendes
TEXTO I
Há anos raiou no céu fluminense uma nova estrela.
Desde o momento de sua ascensão ninguém lhe disputou o cetro; foi
proclamada a rainha dos salões.
Tornou-se deusa dos bailes; a musa dos poetas e o ídolo dos noivos em
disponibilidade.
Era rica e famosa.
Duas opulências, que se realçavam como a flor em vaso de alabastro; dois
esplendores que se refletem, como o raio de sol no prisma do diamante.
Quem não se recorda de Aurélia Camargo, que atravessou o firmamento
da corte como brilhante meteoro, e apagou-se de repente no meio do
deslumbramento que produzira seu fulgor?
ALENCAR, J. Senhora. São Paulo: Ática, 2006
Prosa romântica: José de Alencar, Macedo e Almeida | Literatura
CARACTERÍSTICAS GERAIS DA 
PROSA ROMÂNTICA
• Linguagem simples.
• Personagens planos.
• Maniqueísmo.
• No Brasil, a prosa romântica propôs a valorização de aspectos
nacionais ou regionais -> “cor local”
• Idealização amorosa ou nacional.
• Desfecho: fatalismo amoroso ou final feliz.
Prosa romântica: José de Alencar, Macedo e Almeida | Literatura
ROMANCES DE FOLHETIM 
• O romance-folhetim surge na França em 1830.
• Trata-se de uma narrativa ficcional publicada de forma parcial e
sequenciada em jornais.
• Usava uma linguagem simples e acessível para agradar o público.
• Para prender a atenção do leitor, os escritores usam técnicas de
suspense (flashbacks, cortes, dentre outras).
Prosa romântica: José de Alencar, Macedo e Almeida | Literatura
QUESTÃO 01
Quem não se recorda de Aurélia Camargo, que atravessou o firmamento
da corte como brilhante meteoro e apagou-se de repente no meio do
deslumbramento que produzira seu fulgor? Tinha ela dezoito anos quando
apareceu a primeira vez na sociedade. Não a conheciam; e logo buscaram
todos com avidez informações acerca da grande novidade do dia. Dizia-se
muita coisa que não repetirei agora, pois a seu tempo saberemos a
verdade, sem os comentos malévolos de que usam vesti-la os noveleiros.
Aurélia era órfã; tinha em sua companhia uma velha parenta, viúva, D.
Firmina Mascarenhas, que sempre a acompanhava na sociedade. Mas
essa parenta não passava de mãe de encomenda, para condescender com
os escrúpulos da sociedade brasileira, que naquele tempo não tinha
admitido ainda certa emancipação feminina.
Prosa romântica: José de Alencar, Macedo e Almeida | Literatura
QUESTÃO 01
Guardando com a viúva as deferências devidas à idade, a moça não
declinava um instante do firme propósito de governar sua casa e dirigir
suas ações como entendesse. Constava também que Aurélia tinha um
tutor; mas essa entidade era desconhecida, a julgar pelo caráter da pupila,
não devia exercer maior influência em sua vontade, do que a velha
parenta.
ALENCAR, J. Senhora. São Paulo: Ática, 2006.
Prosa romântica: José de Alencar, Macedo e Almeida | Literatura
QUESTÃO 01
O romance Senhora, de José de Alencar, foi publicado em 1875. No
fragmento transcrito, a presença de D. Firmina Mascarenhas como
“parenta” de Aurélia Camargo assimila práticas e convenções sociais
inseridas no contexto do Romantismo, pois
a) o trabalho ficcional do narrador desvaloriza a mulher ao retratar a
condição feminina na sociedade brasileira da época.
b) O trabalho ficcional do narrador mascara os hábitos no enredo de seu
romance.
c) as características da sociedade em que Aurélia vivia são remodeladas
na imaginação do narrador romântico.
d) o narrador evidencia o cerceamento sexista à autoridade da mulher,
financeiramente independente.
e) o narrador incorporou em sua ficção hábitos muito avançados para a
sociedade daquele período histórico.
Prosa romântica: José de Alencar, Macedo e Almeida | Literatura
TIPOS DE ROMANCES ROMÂNTICOS 
• Urbanos
• Regionalista
• Histórico
• Indianista
Prosa romântica: José de Alencar, Macedo e Almeida | Literatura
TIPOS DE ROMANCES ROMÂNTICOS 
Por isso mesmo, o nosso romance tem fome de espaço e ânsia
topográfica de apalpar todo o país. Talvez o seu legado consista menos
em tipos, personagens e enredo do que em certas regiões tornadas
literárias, a sequência narrativa inserindo-se no ambiente, quase se
escravizando a ele. Assim, o que vai se formando e permanecendo na
imaginação do leitor é um Brasil colorido e multiforme, que a criação
artística sobrepõe à realidade geográfica e social. (...)”
CANDIDO, Antonio. Formação da literatura brasileira. 
Prosa romântica: José de Alencar, Macedo e Almeida | Literatura
ROMANCES URBANOS 
• Relatos dos costumes e do comportamento da sociedade na cidade do
Rio de Janeiro.
• Reafirma os valores e ideais da sociedade de sua época.
• Escritores importantes: José de Alencar e Joaquim Manuel de Macedo.
Prosa romântica: José de Alencar, Macedo e Almeida | Literatura
ROMANCES URBANOS 
Quem não se recorda de Aurélia Camargo, que atravessou o firmamento
da corte como brilhante meteoro e apagou-se de repente no meio do
deslumbramento que produzira seu fulgor? Tinha ela dezoito anos quando
apareceu a primeira vez na sociedade. Não a conheciam; e logo buscaram
todos com avidez informações acerca da grande novidade do dia. Dizia-se
muita coisa que não repetirei agora, pois a seu tempo saberemos a
verdade, sem os comentos malévolos de que usam vesti-la os noveleiros.
Aurélia era órfã; tinha em sua companhia uma velha parenta, viúva, D.
Firmina Mascarenhas, que sempre a acompanhava na sociedade. Mas essa
parenta não passava de mãe de encomenda, para condescender com os
escrúpulos da sociedade brasileira, que naquele tempo não tinha admitido
ainda certa emancipação feminina.
Prosa romântica: José de Alencar, Macedo e Almeida | Literatura
ROMANCES URBANOS 
Guardando com a viúva as deferências devidas à idade, a moça não
declinava um instante do firme propósito de governar sua casa e dirigir
suas ações como entendesse. Constava também que Aurélia tinha um
tutor; mas essa entidade era desconhecida, a julgar pelo caráter da pupila,
não devia exercer maior influência em sua vontade, do que a velha
parenta.
ALENCAR, J. Senhora. São Paulo: Ática, 2006.
Prosa romântica: José de Alencar, Macedo e Almeida | Literatura
ROMANCE INDIANISTA
• O índio é o protagonista.
• Celebra a formação mestiça do povo brasileiro e a pureza do índio.
• Apresenta visão ufanista.
Prosa romântica: José de Alencar, Macedo e Almeida | Literatura
TRECHO DE IRACEMA
Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu
Iracema.
Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que
a asa da graúna e mais longos que seu talhe de palmeira.
O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no
bosque como seu hálito perfumado.
Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o sertão e as
matas do Ipu?" onde campeava sua guerreira tribo da grande nação
tabajara, o pé grácil e nu, mal roçando alisava apenas a verde pelúcia que
vestia a terra com as primeiras águas
(ALENCAR, José de Alencar. Iracema. )
Prosa romântica: José de Alencar, Macedo e Almeida | Literatura
TRECHO DE IRACEMA
Prosa romântica: José de Alencar, Macedo e Almeida | Literatura
UBIRAJARA
ADVERTÊNCIA
Este livro é irmão de Iracema.
Chamei-lhe de lenda como ao outro. Nenhum título responde melhor pela
propriedade, como pela modéstia, às tradições da pátria indígena.
Quem por desfastio percorrer estas páginas, se não tiver estudado com
alma brasileira o berço de nossa nacionalidade, há de estranhar em outras
coisas a magnanimidade que ressumbra no drama selvagem a formar-lhe
o vigoroso relevo.
Como admitir que bárbaros, quais nos pintaram os indígenas, brutos e
canibais, antes feras que homens, fossem suscetíveis desses brios nativos
que realçam a dignidade do rei da criação?
Os historiadores, cronistas e viajantes da primeira época, senão de todo o
período colonial, devem ser lidos à luz de uma crítica severa. É
indispensável, sobretudo, escoimar os fatos comprovados, das fábulas a
que serviam de mote, e das apreciações a que ossujeitavam espíritos
acanhados, por demais imbuídos de uma intolerância ríspida.
Prosa romântica: José de Alencar, Macedo e Almeida | Literatura
UBIRAJARA
Homens cultos, filhos de uma sociedade velha e curtida por longo trato de
séculos, queriam esses forasteiros achar nos indígenas de um mundo novo
e segregado da civilização universal uma perfeita conformidade de ideias e
costumes.
Não se lembravam, ou não sabiam, que eles mesmos provinham de
bárbaros ainda mais ferozes e grosseiros do que os selvagens americanos.
Desta prevenção não escaparam muitas vezes espíritos graves e bastante
ilustrados para escreverem a história sob um ponto de vista mais largo e
filosófico.
Entre muitos citarei um exemplo. Barlaeus referindo as justas que se
faziam entre os selvagens para obterem em prêmio de seu valor a virgem
mais formosa, não se esqueceu de acrescentar este comento - finis
spectantium est voluptas.
Prosa romântica: José de Alencar, Macedo e Almeida | Literatura
UBIRAJARA
Narrados com este pessimismo, as cenas da cavalaria, os torneios e justas
não passariam de manejos inspirados pela sensualidade. Nada resistiria à
censura ou ao ridículo.
Por igual teor, senão mais grosseiras, são as apreciações de outros
escritores acerca dos costumes indígenas. As coisas mais poéticas, os
traços mais generosos e cavaleirescos do caráter dos selvagens, os
sentimentos mais nobres desses filhos da natureza são deturpados por
uma linguagem imprópria, quando não acontece lançarem à conta dos
indígenas as extravagâncias de uma imaginação desbragada.
Releva ainda notar que duas classes de homens forneciam informações
acerca dos indígenas a dos missionários e a dos aventureiros. Em luta uma
com outra, ambas se achavam de acordo nesse ponto, de figurarem os
selvagens como feras humanas. Os missionários encareciam assim a
importância da sua catequese; os aventureiros buscavam justificar-se da
crueldade com que tratavam os índios.
Prosa romântica: José de Alencar, Macedo e Almeida | Literatura
UBIRAJARA
Faço estas advertências para que ao lerem as palavras textuais dos
cronistas citados nas notas seguintes não se deixem impressionar por
suas apreciações muitas vezes ridículas. É indispensável escoimar o fato
dos comentos de que vem acompanhado, para fazer uma ideia exata dos
costumes e índole dos selvagens.
(ALENCAR, José de Alencar. Ubirajara)
Prosa romântica: José de Alencar, Macedo e Almeida | Literatura
ATENÇÃO!
Memórias de um sargento de milícias
• Apesar de estar inserido dentro do Romantismo, a narrativa se
distancia bastante do estilo romântico.
• O protagonista é um anti-herói (natureza picaresca)
• A narrativa põe em destaque personagens caricaturais que pertencem
à classe menos abastada.
• Distancia-se da visão maniqueísta dos romances da época.
• Há forte apelo para o humor.
• Apresenta uma linguagem mais simples e direta.
Prosa romântica: José de Alencar, Macedo e Almeida | Literatura
ATENÇÃO!
Memórias de um sargento de milícias
Passemos por alto sobre os anos que decorreram desde o nascimento e
batizado do nosso memorando, e vamos encontrá-lo já na idade de 7
anos. Digamos unicamente que durante todo este tempo o menino não
desmentiu aquilo que anunciara desde que nasceu: atormentava a
vizinhança com um choro sempre em oitava alta; era colérico; tinha ojeriza
particular à madrinha, a quem não podia encarar, e era estranhão até não
poder mais.
Logo que pôde andar e falar tornou-se um flagelo; quebrava e rasgava
tudo que lhe vinha à mão.
ALMEIDA, Manuel Antoniode. Memórias de um sargento de milícias
Prosa romântica: José de Alencar, Macedo e Almeida | Literatura
QUESTÃO 02
Talvez julguem que isto são voos de imaginação: é possível. Como não dar
largas à imaginação, quando a realidade vai tomando proporções quase
fantásticas, quando a civilização faz prodígios, quando no nosso próprio
país a inteligência, o talento, as artes, o comércio, as grandes ideias, tudo
pulula, tudo cresce e se desenvolve? Na ordem dos melhoramentos
materiais, sobretudo, cada dia fazemos um passo, e em cada passo
realizamos uma coisa útil para o engrandecimento do país.
ALENCAR, J. Ao correr da pena. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br.Acesso em: 12 ago. 2013.
Prosa romântica: José de Alencar, Macedo e Almeida | Literatura
http://www.dominiopublico.gov.br/
QUESTÃO 02
No fragmento da crônica de José de Alencar, publicada em 1854, a
temática nacionalista constrói-se pelo elogio ao(à)
a) passado glorioso.
b) progresso nacional.
c) inteligência brasileira.
d) imponência civilizatória.
e) imaginação exacerbada.
Prosa romântica: José de Alencar, Macedo e Almeida | Literatura
GABARITO 
1. D
2. B
Prosa romântica: José de Alencar, Macedo e Almeida | Literatura
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