Plano de Atendimento a Emergências em Canteiro de Obras

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PLANO DE ATENDIMENTO A EMERGÊNCIAS 
P A E 
 
 10/05/2012 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O Plano de Atendimento a Emergências tem como finalidade básica estabelecer 
procedimentos técnicos e administrativos de ações imediatas, disciplinadas e eficientes, por 
meio da utilização de recursos humanos treinados e de equipamentos e materiais 
adequados, a serem aplicados em situações de emergência que eventualmente possam 
ocorrer. Dessa forma, promovem-se atuações rápidas e eficazes, visando preservar vidas, 
evitar ou minimizar a destruição do empreendimento, protegendo comunidades vizinhas e o 
meio ambiente da região. 
 
Daí a necessidade de se treinar pessoas, principalmente as que atuam nas frentes de serviço 
no campo, priorizando as técnicas de RCP - Ressuscitação Cardiopulmonar, análise da 
vítima, cuidados com ferimentos e hemorragias, picadas de animais peçonhentos, 
imobilização em casos de traumas e fraturas decorrentes de acidentes de trabalho. Os 
conhecimentos dos aspectos básicos de higiene, saúde, segurança e a aplicação de medidas 
de primeiros socorros, por certo, minimizarão os agravos à saúde, garantindo a qualidade de 
vida dos empregados da GVE ENGENHARIA LTDA. 
 
A principal finalidade deste Plano é determinar procedimentos com o fim de agilizar o 
atendimento ao acidentado no menor espaço de tempo possível, haja vista que o socorro 
rápido e imediato constitui muitas vezes, fator de salvamento ou de recuperação do doente 
ou acidentado, com a diminuição das conseqüências das lesões físicas e mentais. 
 
2. OBJETIVOS 
 
Como principais objetivos temos os abaixo relacionados: 
 
2.1 Por intermédio de procedimentos antecipadamente treinados, agilizar o atendimento ao 
acidentado no menor espaço de tempo possível; 
2.2 Promover as condições de preservação de saúde e segurança de todos os funcionários 
da obra; 
2.3 Dar atendimento às situações de emergências; 
2.4 Ampliar conhecimentos sobre prevenção da saúde e de acidentes aos trabalhadores 
vinculados à obra. 
 
3. ESTRUTURA DO PLANO 
 
O Plano de Emergência deve contemplar todas as hipóteses acidentais identificadas em 
canteiros de obras, suas consequências e medidas efetivas para o desencadeamento das 
ações de controle em cada uma destas situações. Sua estrutura deverá contemplar todos os 
procedimentos e recursos, humanos e materiais, de modo a propiciar as condições 
necessárias à adoção de ações, rápidas e eficazes, para acidentes causados durante as 
etapas de construção da SE ARAPIRACA III, principalmente ocasionados por quedas e 
eletrocussão. 
 
4. FORMAÇÃO DA BRIGADA DE INCÊNDIO: 
 
 
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Em tempo hábil, será formada a Brigada de Emergência do CDO, composta por 
representantes da empresa em quantidade determinada pela NBR- 14.276/1999, contendo 
obrigatoriamente as funções de Coordenador Geral, Chefe da Brigada, Líder e Brigadistas. 
Como forma de manter o grupo sempre apto a efetuar atendimentos em situações de 
emergência, sempre que se julgar necessário ou a critério da Fiscalização, haverá um 
Simulado de Emergência. Estes exercícios serão obrigatoriamente registrados no formulário 
FO 530.45: Ata de Registro de Eventos de Emergências da ALSTOM. 
 
Em toda e qualquer situação de emergência, serão acionadas as pessoas abaixo, por 
intermédio dos seguintes telefones celulares: 
Eng. Patrasana- 82 8151-6441; 
Téc. Seg. Trab. Marcella Régia- 82 8151-6969; 
Adm. Valdemar- 82 8151-6559. 
 
Como forma de alertar todos os trabalhadores do CDO da existência de alguma emergência 
no interior do mesmo, serão convencionados sinais de alarme para a convocação da brigada 
e abandono da área. 
 
5. METODOLOGIA 
 
Todos os órgãos de saúde municipais, estaduais e particulares dos municípios situados na 
área de abrangência das obras, serão antecipadamente contatados, para que seja tomado 
conhecimento por todos, dos tipos de acidentes mais propensos a acontecer na obra em 
andamento, bem como para que estejam preparados para qualquer eventualidade em casos 
de emergências. 
 
Em todas as situações que envolvam vítimas de acidentes de trabalho, os trabalhadores da 
empresa são orientados a remover a vítima para o hospital ou posto de saúde mais próximo, 
conforme indicado no final deste documento. Todas as equipes serão dotadas de estojo com 
medicamentos de primeiros socorros e, pelo menos um componente da equipe, possuirá 
conhecimentos na área, estando apto a prestar atendimento de emergência em situações 
que envolvam incêndios, picadas de animais peçonhentos, acidentes de trânsito, quedas, 
choque elétrico e outros tipos de acidentes. 
 
A ação de remoção será feita e estabelecida através das seguintes medidas: 
 
5.1 Todas os acidentados deverão ser removidos com os cuidados necessários no manuseio 
do corpo da pessoa acidentada, para um local seguro, onde receberão os primeiros socorros 
e, logo após, serão transportados para um hospital ou posto de saúde mais próximo, de 
acordo com o potencial de gravidade (PG), em veículo da empresa; 
 
5.2 Os acidentes graves, definido pelo médico, enfermeira ou pessoa capacitada para fazer 
esta avaliação, serão removidos de imediato, e com presteza, para um hospital de 
referência. 
 
5.3 Os casos omissos como acidentes de trajeto ou à noite nos alojamentos, deverão ser 
removidos da mesma forma e para um hospital ou posto de saúde indicado neste plano; 
 
 
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5.4 Em caso de impossibilidade do atendimento ser feito pelo SUS, o paciente será 
encaminhado a alguma instituição hospitalar particular. 
 
6. ATENDIMENTO 
 
Sempre que ocorrer algum acidente de trabalho, obrigatoriamente será emitida uma CAT 
(Comunicação de Acidente do Trabalho), a fim de que o trabalhador possa ser atendido e 
assistido pela Previdência Social, caso seja necessário. Caso o acidente tenha sido 
classificado como de Potencial de Gravidade 2 ou 3, a CIPA se reunirá extraordinariamente 
para discutir as causas do acidente e como fazer para prevenir a ocorrência de outros 
eventos semelhantes. 
 
Os primeiros socorros serão prestados às vítimas, utilizando-se os medicamentos contidos 
nas caixas de primeiros socorros existentes em todas as frentes de serviço. Todas as 
equipes, além da caixa de primeiros socorros, terão à sua disposição uma padiola para ser 
usada em remoções de pessoas, do local do acidente para um local seguro. 
 
6.1 Caixa de Primeiros Socorros 
 
QUANTIDADE 
MATERIAIS E 
EQUIPAMENTOS 
UTILIZAÇÃO 
01 unid Tesoura para trauma. Cortar vestes, gazes, ataduras. 
01 unid Maleta plástica Para acondicionamento e 
transporte de material curativo. 
06 unid Atadura de crepom 10cm. Contenção. 
06 pcts Compressa de gaze estéril 
7,5 x 7,5 cm com 11 fios. 
Curativos. 
01 unid Esparadrapo impermeável 10 
x 4,5 cm. 
Fixação de curativos. 
01 cx. Curativos prontos. Proteção pequenos ferimentos. 
10 pares Luva de procedimento. Proteção do socorrista. 
01 pct Algodão em bolas. Limpeza de ferimentos. 
01 unid 
Tintura de Iodo tópico PVPI a 
10%, com 100 ml. 
Antissepsia da pele (não deve ser 
utilizado em pessoas alérgicas a 
iodo). 
01 unid Sabão neutro líquido c/100 
ml.. 
Limpeza de ferimentos. 
02 frascos Soro Fisiológico de 500 ml. Para limpeza de ferimentos e/ou 
queimaduras de pele e para 
instilação dos olhos em casos de 
corpos estranhos ou irritação 
ocular. 
01 tubo Loção a base de cânfora e 
mentol. 
Em caso de coceira por picadas 
de insetos, aplicar na pela após 
limpezado local com água e 
sabão. 
 
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QUANTIDADE 
MATERIAIS E 
EQUIPAMENTOS 
UTILIZAÇÃO 
05 pct Soro para hidratação oral 
(cloreto de potássio + citrato 
de sódio + cloreto de sódio + 
glicose) 
Em caso de diarréia – diluir um 
envelope em 500 ml de água e 
dar ½ copo a cada 15 min. 
Manter em local fresco, frasco 
tampada. 
OBS: Os trabalhos executados em altura e as atividades que envolvam linhas energizadas, 
deverão atender a lista acima, acrescida dos seguintes materiais/equipamentos abaixo: 
QUANTIDADE 
MATERIAIS/EQUIPAMENT
OS 
UTILIZAÇÃO 
01 unid. Colar cervical tamanho 
regular. 
Imobilização do pescoço em caso 
de fratura cervical 
01 unid Pocket Mask. Respiração artificial em parada 
cárdio-respiratória 
01 unid Kit imobilização. Imobilização de membros 
inferiores e superiores 
01 unid Prancha longa c/ 03 cintos. Transporte de acidentado 
01 tubo Cânfora + mentol em loção. Em casos de coceira por picadas 
de insetos, aplicar na pela após 
antissepsia 
 
Obs.: As relações de materiais acima obedecem rigorosamente às exigências da 
CHESF para Planos de Segurança Tipo III. 
 
6.2 Registro de dados 
 
Todos os tratamentos de Primeiros Socorros serão registrados no livro de ocorrências da 
obra, constando dos seguintes dados: 
 
- Nome do acidentado; 
- Nome e assinatura de testemunhas e trabalhadores envolvidos no atendimento, 
principalmente no transporte da vítima; 
- Local, data e hora da ocorrência; 
- Caracterização do acidente com o seu PG; 
- Primeiros socorros prestados à vítima; 
- Cuidados médicos adicionais; 
 
O registro no livro de ocorrências não substitui em hipótese alguma o Relatório de 
Investigação de Acidentes do Trabalho, sendo, portanto, utilizado apenas para fins de 
informações junto a Gerência da obra e a Fiscalização. 
 
No caso de ocorrência de acidente fatal, proceder da seguinte forma: 
 
 
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- comunicar o acidente imediatamente à autoridade policial competente mais próxima do 
local do acidente a ao órgão regional do Ministério do Trabalho, que repassará 
imediatamente ao sindicato da categoria profissional do local da obra; 
- isolar imediatamente o local relacionado ao acidente, mantendo suas características até 
sua liberação pela autoridade policial competente e pelo órgão do Ministério do Trabalho; 
- fazer uma reunião extraordinária da CIPA para discutir as causas do acidente e como fazer 
para prevenir a ocorrência de outros semelhantes. 
 
Mensalmente a GVE ENGENHARIA LTDA enviará à Fiscalização da obra as estatísticas de 
acidentes, incluindo aqueles ocorridos com as empresas subcontratadas. Todo e qualquer 
acidente será comunicado imediatamente, quando da sua ocorrência. 
 
7. CLASSIFICAÇÃO DOS ACIDENTES DE TRABALHO 
 
7.1 Acidente de Trabalho com Potencial de Gravidade 1 (PG 1)- São acidentes cujas 
lesões não oferecem risco de vida aos funcionários. Os primeiros socorros deverão ser 
realizados pelos trabalhadores das frentes de serviços, treinados pelo SESMT em primeiros 
socorros. 
 
Ex.: Ferimentos leves, contusões leves, escoriações, queimaduras leves e corpos estranhos. 
 
7.2 Acidente de Trabalho com Potencial de Gravidade 2 (PG 2)- São acidentes que 
podem caracterizar lesões e traumas, oferecendo riscos de vida. Os primeiros socorros 
deverão ser realizados pelos trabalhadores das frentes de serviço, treinados pelo SESMT em 
primeiros socorros e, após a identificação da gravidade, encaminhar ao serviço médico 
especializado mais próximo ou comunicar via rádio para que outro veículo efetue a remoção 
da vítima. 
 
Ex.: Choque elétrico, hemorragias, fraturas fechadas ou expostas, entorses, contusões com 
ou sem inchaço, mal súbito, desmaios e crise convulsiva, trauma de coluna e trauma de 
bacia, onde o acidentado possa responder às solicitações verbais e com sinais vitais 
presentes. 
 
7.3 Acidente de Trabalho com Potencial de Gravidade 3 (PG 3)- São acidentes 
caracterizados por lesões e traumas que colocam em risco a vida dos funcionários. Os 
primeiros socorros deverão ser realizados pelos trabalhadores das frentes de serviços, 
treinados pelo SESMT em primeiros socorros e, após a identificação da gravidade, após a 
identificação da gravidade, encaminhar ao serviço médico especializado mais próximo ou 
comunicar via rádio para que outro veículo efetue a remoção da vítima. 
 
Ex.: Parada cárdio-respiratória, parada respiratória, obstrução respiratória, traumatismo 
crânio-encefálico, traumatismo de tórax, traumatismo de abdômen, hemorragias interna e 
externa, queimaduras, etc. 
 
Nos casos de acidentes com Potencial de Gravidade PG 1 e PG 2, solicitar o atendimento do 
SAMU pelo telefone 192 para remoção ou Corpo de Bombeiros através do telefone 193. 
 
 
 
 
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8. RELAÇÃO DE HOSPITAIS NO ENTORNO DA OBRA 
 
Quando da ocorrência de acidentes de trabalho, a vítima será encaminhada para o hospital 
indicado abaixo: 
 
8.1 UNIDADE DE EMERGÊNCIA DO AGRESTE DR. DANIEL HOULY 
 
 Localização- Rodovia AL 220, km 5 – Bairro Senador Arnon de Mello. 
 Telefone- 82 3539 8634 
 Obs.: Serviços de URGÊNCIAS e EMERGÊNCIAS, 24 horas por dia. É o hospital mais 
próximo do canteiro de obras, estando localizado a mais ou menos 5 (cinco) quilômetros 
do mesmo. 
 
8.2 HOSPITAL REGIONAL DE ARAPIRACA 
 
 Localização- Rua São Francisco, 154 - Centro 
 Telefone- 82 3522 1521 / 3522 1753 
 Obs.: Serviços de URGÊNCIAS e EMERGÊNCIAS, 24 horas por dia. Está localizado a 
mais ou menos 6 (seis) quilômetros do canteiro de obras. 
 
* A cidade de Arapiraca conta com os serviços do SAMU, atendendo pelo telefone 
192, possuindo 06 (seis) ambulâncias para remoções, sendo 5 (cinco) de Suporte 
Básico(USB) e 1 (uma) de Suporte Avançado(USA). A USA é composta por um 
médico, um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem e um condutor (motorista), 
enquanto cada Unidade de Suporte Básico (USB) tem dois técnicos de 
enfermagem, além do condutor. Está situado a uma distância aproximada de 5 
(cinco) quilômetros. 
 
* Além dos hospitais acima, existem diversos postos de atendimento médico nos 
diversos bairros da cidade para atendimento de pequenas emergências. 
 
* Todos os veículos mobilizados na obra terão no seu interior a relação dos 
hospitais com telefone e endereço. 
 
* O Corpo de Bombeiros está situado a aproximadamente 7 (sete) quilômetros do 
canteiro de obras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tarcísio Vilarinho Gomes de Oliveira 
Eng. de Seg. Trabalho 
CREA 16.250-D / PE-FN