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Por que Sou Adventista do 7º Dia? 2 101 Razões Porque Sou Adventista do Sétimo Dia Gilson Medeiros Por que Sou Adventista do 7º Dia? 3 “101 Razões Porque Sou Adventista do Sétimo Dia” Direitos de publicação reservados ao autor. Os infratores de tais direitos estarão sujeitos às penalidades previstas na Lei Federal N° 9.610, de 19/02/1998, e atualizações posteriores. COPYRIGHT Segunda edição Versão Digital (E-book) - 2015 Arte da capa: Madson Barbosa www.twitter.com/madsonetayanne Contatos com o autor: gilson.medeiros@oi.com.br IMPRESSO NO BRASIL Printed in Brazil 2015 Seja um Cristão autêntico. Não faça cópias deste material. Adquirindo o original, você estará colaborando para o evangelismo voluntário do autor. Lembre-se do mandamento: “Não furtarás!”. Êxodo 20:15 http://www.twitter.com/madsonetayanne Por que Sou Adventista do 7º Dia? 4 “...antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós.” 1Pedro 3:15 Por que Sou Adventista do 7º Dia? 5 DEDICATÓRIA A todos os nossos queridos irmãos Adventistas do Sétimo Dia, pela incansável luta como povo remanescente de Deus, em meio a um mundo que pisa na Lei do Senhor e persegue os que desejam permanecerem fieis. Não esqueçam jamais a letra daquele belo hino, que diz: “Reinos pereceram, tronos e nações, Mas a Igreja vence, mesmo em aflições”. A luta é grande, mas a vitória é certa! Maranata!!!! Por que Sou Adventista do 7º Dia? 6 ABREVIATURAS Neste livro serão utilizadas, em sua maioria, as abreviaturas dos textos bíblicos, conforme a versão Revista e Atualizada, de João Ferreira de Almeida, que é a tradução padrão adotada no presente trabalho. ANTIGO TESTAMENTO Gn Gênesis Ec Eclesiastes Êx Êxodo Ct Cantares Lv Levítico Is Isaías Nm Números Jr Jeremias Dt Deuteronômio Lm Lamentações de Jeremias Js Josué Ez Ezequiel Jz Juízes Dn Daniel Rt Rute Os Oséias 1Sm 1 Samuel Jl Joel 2Sm 2 Samuel Am Amós 1Rs 1 Reis Ob Obadias 2Rs 2 Reis Jn Jonas 1Cr 1 Crônicas Mq Miquéias 2Cr 2 Crônicas Na Naum Ed Esdras Hc Habacuque Ne Neemias Sf Sofonias Et Ester Ag Ageu Jó Jó Zc Zacarias Sl Salmos Ml Malaquias Pv Provérbios NOVO TESTAMENTO Mt Mateus Ef Efésios Hb Hebreus Mc Marcos Fp Filipenses Tg Tiago Lc Lucas Cl Colossenses 1Pe 1 Pedro Jo João 1Ts 1 Tessalonicenses 2Pe 2 Pedro At Atos 2Ts 2 Tessalonicenses 1Jo 1 João Rm Romanos 1Tm 1 Timóteo 2Jo 2 João 1Co 1 Coríntios 2Tm 2 Timóteo 3Jo 3 João 2Co 2 Coríntios Tt Tito Jd Judas Gl Gálatas Fm Filemom Ap Apocalipse Por que Sou Adventista do 7º Dia? 7 SUMÁRIO RAZÕES TEOLÓGICAS 13 1. A IASD CRÊ EM UM DEUS CRIADOR. 14 2. A IASD DEFENDE QUE O RELATO DE GÊNESIS É AUTÊNTICO. 15 3. A IASD CRÊ NA OCORRÊNCIA LITERAL DE UM DILÚVIO CATASTRÓFICO, CONFORME DESCRITO NAS ESCRITURAS. 16 4. A IASD CRÊ EM UMA TRINDADE DIVINA. 18 5. A IASD CRÊ QUE JESUS É TANTO DEUS QUANTO O PAI. 19 6. A IASD CRÊ QUE JESUS É O NOSSO ÚNICO E SUFICIENTE SALVADOR. 20 7. A IASD NÃO CRÊ QUE SATANÁS TENHA PARTE NO PLANO DE SALVAÇÃO COMO NOSSO CO-REDENTOR. 21 8. A IASD ACEITA A BÍBLIA COMO ÚNICA REGRA DE FÉ E DE BASE DOUTRINÁRIA. 22 9. A IASD ACEITA QUE TODA A BÍBLIA FOI INSPIRADA POR DEUS. 23 10. A IASD ACREDITA NA PERSONALIDADE DIVINA DO ESPÍRITO SANTO. 24 11. A IASD ENSINA QUE HÁ UM CONFLITO CÓSMICO INICIADO NA REBELIÃO DE LÚCIFER. 25 12. A IASD CRÊ QUE JESUS VIVEU UMA VIDA ABSOLUTAMENTE ISENTA DE PECADO. 27 13. A IASD CRÊ QUE O SACRIFÍCIO EXPIATÓRIO DE CRISTO É O ÚNICO MEIO DE SALVAÇÃO PARA O HOMEM. 28 14. A IASD CRÊ QUE JESUS VERDADEIRAMENTE MORREU NA CRUZ DO CALVÁRIO. 29 15. A IASD CRÊ NA RESSURREIÇÃO DE CRISTO. 30 16. A IASD CRÊ QUE A SALVAÇÃO VEM UNICAMENTE PELA FÉ. 31 17. A IASD CRÊ QUE, SALVOS PELA FÉ, SOMOS CONVIDADOS A VIVER UMA VIDA FRUTÍFERA DESSA FÉ. 31 18. A IASD CRÊ QUE DEUS SEMPRE TEVE UM POVO DURANTE A HISTÓRIA TERRESTRE. 33 19. A IASD ACREDITA QUE O SENHOR TAMBÉM TEM UM POVO NESTES ÚLTIMOS DIAS, QUE ESTÁ PREPARANDO-SE MUNDIALMENTE PARA O ENCONTRO GLORIOSO COM ELE. 35 20. A IASD ACREDITA QUE A MISSÃO DESSE REMANESCENTE É LEVAR O EVANGELHO ETERNO A TODA CRIATURA TERRESTRE, CONDUZINDO TODOS NA ADORAÇÃO AO DEUS CRIADOR DE TODAS AS COISAS. 36 21. A IASD CRÊ QUE A IGREJA DE DEUS É UMA COMUNIDADE DE PESSOAS QUE MANTÉM LAÇOS MÚTUOS DE AMOR E UNIÃO. 38 22. A IASD CRÊ QUE O BATISMO BÍBLICO SE DÁ POR IMERSÃO. 39 23. A IASD NÃO PRATICA O BATISMO DE CRIANÇAS, PORQUE A BÍBLIA NÃO O AUTORIZA. 39 24. A IASD PRATICA A CERIMÔNIA DA CEIA DO SENHOR COMO PARTICIPAÇÃO DOS SÍMBOLOS DO CORPO E SANGUE DE CRISTO. 40 25. A IASD PRATICA, COMO PREPARAÇÃO PARA A CEIA DO SENHOR, A CERIMÔNIA DO “LAVA-PÉS”. 41 26. A IASD CRÊ QUE DEUS CONCEDE DONS À SUA IGREJA, VISANDO A PREGAÇÃO DO EVANGELHO AO MUNDO. 42 27. A IASD CRÊ QUE NÃO HÁ UM DOM ESPECÍFICO PARA PROVAR O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO. 42 28. A IASD CRÊ QUE O DOM DE LÍNGUAS BÍBLICO NÃO É O MESMO OBSERVADO HOJE NAS IGREJAS “PENTECOSTAIS”. 43 29. A IASD CRÊ QUE UM DOS DONS DA IGREJA REMANESCENTE NESTES ÚLTIMOS DIAS É O DOM DE PROFECIA. 48 30. A IASD CRÊ QUE ESTE DOM DE PROFECIA FOI REVELADO NO MINISTÉRIO DE ELLEN GOULD WHITE. 49 31. A IASD CRÊ QUE DEUS TEM UMA LEI MORAL E ETERNA. 52 32. A IASD ENSINA QUE HAVIAM LEIS CERIMONIAIS, QUE PERDERAM O SENTIDO DE EXISTIR A PARTIR DO SACRIFÍCIO DA CRUZ. 55 Por que Sou Adventista do 7º Dia? 8 33. A IASD CRÊ QUE O SÁBADO DO 4º MANDAMENTO DEVE SER OBSERVADO EM NOSSOS DIAS, ASSIM COMO OS OUTROS 9 MANDAMENTOS DA LEI DO SENHOR. 58 34. A IASD CRÊ QUE JESUS NÃO ABOLIU O SÁBADO NEM AUTORIZOU ESTA MUDANÇA. 61 35. A IASD CRÊ QUE OS APÓSTOLOS NÃO ENSINARAM A ABOLIÇÃO DO SÁBADO DO SÉTIMO DIA. 66 36. A IASD CRÊ QUE HAVIAM OS SÁBADOS CERIMONIAIS, QUE NÃO PODEM SER CONFUNDIDOS COM OS SÁBADOS SEMANAIS DA LEI MORAL. 76 37. A IASD CRÊ QUE O PRINCÍPIO DO DÍZIMO AINDA É VÁLIDO PARA OS DIAS ATUAIS. 78 38. A IASD CRÊ QUE, JUNTAMENTE COM OS DÍZIMOS, DEVEMOS DOAR NOSSAS OFERTAS DE GRATIDÃO. 79 39. A IASD DEFENDE QUE O CRISTÃO DEVE TER UMA CONDUTA MORAL HONESTA E LIMPA, DIANTE DE DEUS E DOS HOMENS. 79 40. A IASD CRÊ QUE O SEXO DEVE SER DESFRUTADO UNICAMENTE NO MATRIMÔNIO. 80 41. A IASD CRÊ QUE O ÚNICO MOTIVO PARA O ROMPIMENTO DO VOTO MATRIMONIAL É O ADULTÉRIO. 81 42. A IASD CRÊ QUE A FAMÍLIA É A BASE INSTITUÍDA POR DEUS PARA O CRESCIMENTO MORAL DO HOMEM. 82 43. A IASD CRÊ QUE HÁ UM SANTUÁRIO NO CÉU, UTILIZADO POR DEUS COMO MODELO PARA ORIENTAR A CONSTRUÇÃO DO SANTUÁRIO DE ISRAEL NO DESERTO. 83 44. A IASD CRÊ QUE JESUS É NOSSO ADVOGADO E SUMO-SACERDOTE NO SANTUÁRIO CELESTIAL. 84 45. A IASD ACREDITA QUE O LIVRO DE DANIEL TRAZ A MAIOR PROFECIA DA BÍBLIA, QUE COBRE UM PERÍODO DE 2300 ANOS, CHEGANDO ATÉ OS DIAS MODERNOS. 84 46. A IASD CRÊ QUE JESUS RETORNARÁ EM BREVE A ESTE MUNDO, CONFORME ELE MESMO PROMETEU. 98 47. A IASD CRÊ QUE ESTA VINDA SERÁ PESSOAL, VISÍVEL E GLORIOSA. 98 48. A IASD NÃO CRÊ EM UM ARREBATAMENTO SECRETO DA IGREJA. 100 49. A IASD CRÊ QUE OS QUE MORRERAM EM CRISTO SERÃO RESSUSCITADOS POR OCASIÃO DA SUA VOLTA. 10350. A IASD CRÊ QUE OS MORTOS NÃO RECEBEM IMEDIATAMENTE APÓS A MORTE A SUA RECOMPENSA ETERNA. 103 51. A IASD CRÊ QUE A MORTE É UM SONO, COMO O PRÓPRIO JESUS ENSINOU. 104 52. OS ADVENTISTAS NÃO CRÊEM QUE OS ÍMPIOS SERÃO ATORMENTADOS ETERNAMENTE EM UM LAGO DE FOGO INFERNAL. 106 53. A IASD CRÊ QUE HAVERÁ DUAS RESSURREIÇÕES, SEPARADAS POR UM PERÍODO DE 1000 ANOS. 116 54. A IASD NÃO ACREDITA NA EXISTÊNCIA DE UM “PURGATÓRIO". 118 55. A IASD CRÊ QUE DEVEMOS CUIDAR DO NOSSO CORPO, POIS ELE É O TEMPLO DO ESPÍRITO SANTO. 120 56. A IASD CRÊ QUE JESUS PREPAROU UMA CIDADE ESPECIAL, NA QUAL OS SALVOS MORARÃO. 125 57. A IASD ENSINA QUE HAVERÁ UMA NOVA TERRA, ETERNAMENTE LIVRE DO PECADO. 126 58. A IASD ENSINA QUE NÃO PODEMOS DIZER EM QUE DIA JESUS IRÁ VOLTAR, MAS APENAS ACOMPANHAR OS SINAIS PROFETIZADOS NA BÍBLIA. 126 59. A IASD CRÊ QUE A LEI E A GRAÇA NÃO SÃO MUTUAMENTE EXCLUDENTES, E PODEM PERFEITAMENTE CONVIVEREM JUNTAS. 127 60. A IASD CRÊ QUE A PREGAÇÃO DO EVANGELHO É O OBJETIVO PRINCIPAL DA EXISTÊNCIA DA IGREJA DE DEUS NESTES ÚLTIMOS DIAS. 128 61. A IASD SEGUE O MÉTODO DE INTERPRETAÇÃO HISTORICISTA PARA O CUMPRIMENTO DAS PROFECIAS BÍBLICAS, E O GRAMÁTICO-HISTÓRICO PARA TODA A ESCRITURA SAGRADA. 129 62. A IASD CRÊ NA EXISTÊNCIA DOS ANJOS, COMO MENSAGEIROS DIVINOS E COMPANHEIROS CONSTANTES DO POVO DE DEUS NESTE MUNDO. 132 63. A IASD NÃO CRÊ QUE DEUS PREDESTINE NINGUÉM DIRETAMENTE À PERDIÇÃO, OU QUE UMA VEZ SALVO, SALVO PARA SEMPRE; MAS CREMOS QUE DEUS CONCEDE O LIVRE-ARBÍTRIO A CADA UM PARA ESCOLHER SERVI-LO OU NÃO. 133 RAZÕES ADMINISTRATIVAS 135 64. OS ADVENTISTAS MANTÊM UM RECONHECIDO SISTEMA DE EDUCAÇÃO EM TODO O MUNDO. 136 Por que Sou Adventista do 7º Dia? 9 65. A IASD PREOCUPA-SE EM LEVAR UM SERVIÇO DE SAÚDE E ASSISTÊNCIA MÉDICA ATRAVÉS DE SEUS HOSPITAIS E INSTITUIÇÕES DE SAÚDE. 137 66. OS PASTORES ADVENTISTAS FORMAM-SE EM UM CURSO SUPERIOR DE TEOLOGIA, DEMONSTRANDO PREPARO PARA CUIDAR DO REBANHO. 139 67. NA IASD O SISTEMA DE ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA É O MODELO REPRESENTATIVO. 140 68. OS PASTORES ADVENTISTAS RECEBEM SEU SALÁRIO BASEADO EM UM TETO ÚNICO, EVITANDO AS COMPETIÇÕES OBSERVADAS EM OUTRAS DENOMINAÇÕES EVANGÉLICAS. 141 69. OS LIVROS DAS CASAS PUBLICADORAS SÃO LIDOS EM TODO O MUNDO, LEVANDO MAIS SAÚDE, EDUCAÇÃO E CONHECIMENTO BÍBLICO PARA TODOS OS PAÍSES. 142 70. A IASD POSSUI UM MANUAL ECLESIÁSTICO QUE ORIENTA AS ATIVIDADES DA IGREJA EM ÂMBITO MUNDIAL. 143 71. NA IASD SÃO REALIZADOS CONCÍLIOS REGULARES COM DELEGADOS REPRESENTATIVOS DE TODAS AS IGREJAS DO MUNDO. 144 72. EM POUCOS ANOS, A IASD TORNOU-SE UMA DAS DENOMINAÇÕES CRISTÃS MAIS PRESENTES EM TODO O MUNDO. 145 73. OS ADVENTISTAS ESTUDAM AO MESMO TEMPO UMA SÓ LIÇÃO NA ESCOLA SABATINA MUNDIAL. 145 74. A IASD TEM UM PROGRAMA MUNDIAL DE CLUBES DE DESBRAVADORES, VOLTADOS AO TRABALHO DE ORIENTAÇÃO MORAL, FAMILIAR E CRISTÃ A JUVENIS, ADOLESCENTES E JOVENS. 146 75. A ADRA É UM ORGANISMO MUNDIAL, RECONHECIDO PELA ONU, QUE PRESTA ASSISTÊNCIA A COMUNIDADES CARENTES E AFLIGIDAS POR CATÁSTROFES. 147 76. OS PASTORES ADVENTISTAS NÃO PERMANECEM INDEFINIDAMENTE À FRENTE DAS MESMAS CONGREGAÇÕES, COMO SE FOSSEM SEUS “DONOS”. 148 77. OS SEMINÁRIOS TEOLÓGICOS DA IASD FORMAM OBREIROS, PASTORES E TEÓLOGOS CAPACITADOS PARA ATENDER ÀS NECESSIDADES DA IGREJA EM TODO O MUNDO. 149 78. OS DÍZIMOS E OFERTAS DOADOS PELOS MEMBROS ADVENTISTAS EM TODO O MUNDO SÃO CENTRALIZADOS E REDISTRIBUÍDOS DE FORMA A ATENDER CADA PONTO DO GLOBO COM A PREGAÇÃO DO EVANGELHO. 150 79. A IASD NÃO SURGIU DA DISSIDÊNCIA OU CISÃO POR PARTE DE PASTORES OU LÍDERES, COMO ACONTECEU COM ALGUMAS DAS DIVERSAS DENOMINAÇÕES CRISTÃS ATUAIS. 151 80. A IASD NUNCA MARCOU DATAS PARA A VOLTA DE CRISTO. 155 81. OS LÍDERES ADMINISTRATIVOS DA IASD SÃO ESCOLHIDOS ATRAVÉS DA VOTAÇÃO DIRETA OU INDIRETA, COM A PARTICIPAÇÃO DE REPRESENTANTES DE TODAS AS CONGREGAÇÕES, PERMANECENDO POR UM MANDATO DETERMINADO. 156 82. OS EVANGELISTAS ADVENTISTAS TÊM REALIZADO CAMPANHAS FRUTÍFERAS EM TODAS AS PARTES DO MUNDO, LEVANDO MILHARES DE PESSOAS AO ENCONTRO COM JESUS CRISTO. 157 83. IASD ESTÁ CONSTANTEMENTE DESENVOLVENDO CURSOS, TREINAMENTOS E EVENTOS PARA A DEVIDA CAPACITAÇÃO DOS MEMBROS PARA A PREGAÇÃO DO EVANGELHO. 158 84. EXISTE UMA UNIDADE DOUTRINÁRIA MUNDIAL NA IASD, GRAÇAS AOS CONCÍLIOS, ASSEMBLÉIAS E REUNIÕES QUE SE REALIZAM REGULARMENTE ENTRE OS PASTORES E MEMBROS. 159 RAZÕES RELATIVAS AO ESTILO DE VIDA 160 85. A IASD SEGUE OS PRINCÍPIOS BÍBLICOS SOBRE A ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL, MANTENDO O TEMPLO DO ESPÍRITO LIMPO E ORGANIZADO. 161 86. O MUNDO SECULAR JÁ RECONHECE OS ASPECTOS POSITIVOS DE UMA ALIMENTAÇÃO LIVRE DE EXCESSOS, COM VALORIZAÇÃO DOS ALIMENTOS NATURAIS E ABSTENÇÃO DAQUELES DE ORIGEM ANIMAL. 161 87. OS ADVENTISTAS SE ABSTÉM DO USO DE ALIMENTOS OU PRODUTOS RECONHECIDAMENTE PREJUDICIAIS AO NOSSO ORGANISMO, COMO: CAFÉ, FUMO, ÁLCOOL, CARNES IMUNDAS, ETC. 163 88. DEUS REVELOU PARA A IASD OS 8 PRINCÍPIOS DE SAÚDE QUE NOS TRAZEM UM FORTALECIMENTO DO CORPO E DA MENTE. 164 89. NOSSO MODO DE VIDA NATURAL TEM SIDO UMA BENÉFICA INFLUÊNCIA A PESSOAS DE TODO O MUNDO. 165 90. A MÚSICA TRADICIONAL ADVENTISTA É RECONHECIDA NO MEIO EVANGÉLICO COMO DE EXCELENTE QUALIDADE TÉCNICA E DEVOCIONAL. 165 Por que Sou Adventista do 7º Dia? 10 91. AS PESSOAS QUE SE CONVERTEM A JESUS NA IASD PASSAM POR UM ESTUDO SISTEMÁTICO DOS ENSINOS BÍBLICOS, PARA COMPREENDEREM O REAL SENTIDO DO PLANO DA SALVAÇÃO. 167 92. NOSSOS CULTOS SÃO INSPIRADORES E REVERENTES, NÃO POSSUINDO SEMELHANÇA COM OS CULTOS EMOTIVOS E BARULHENTOS VERIFICADOS EM OUTRAS DENOMINAÇÕES. 171 93. NA IASD HÁ UMA CONSTANTE PREOCUPAÇÃO COM A FAMÍLIA COMO BASE DA SOCIEDADE, SEMPRE PROCURANDO LEVAR OS CASAIS E FILHOS PARA MAIS PERTO DO AMOR DE DEUS. 172 94. OS ADVENTISTAS SÃO ORIENTADOS SOBRE A IMPORTÂNCIA DE SE REALIZAR CULTOS FAMILIARES DIÁRIOS, COMO MEIO DE FORTALECER OS LAÇOS DE UNS COM OS OUTROS E CADA UM PARA COM O SENHOR. 174 95. NOSSOS JOVENS PARTICIPAM REGULARMENTE DE ATIVIDADES ESPECIALMENTE VOLTADAS ÀS SUAS NECESSIDADES E OBJETIVOS, COMO: ACAMPAMENTOS, CAMPORIS, CONGRESSOS, RETIROS, ETC. 175 96. A IASD ESTIMULA OS SEUS MEMBROS À UMA VIDA DE ORAÇÃO INTERCESSÓRIA EM FAVOR DE SI MESMO, DOS AMIGOS, DA IGREJA E DO MUNDO TODO. 176 97. OS ADVENTISTAS UTILIZAM SEMANALMENTE AS HORAS DO SÁBADO PARA UM MOMENTO DE COMUNHÃO COMPLETA COM DEUS, E EM BENEFÍCIO DA PREGAÇÃO DO EVANGELHO ETERNO. 177 98. NA IASD HÁ UMA VALORIZAÇÃO ESPECIAL DAS CRIANÇAS, PROCURANDO ATENDÊ-LAS EM SUAS PECULIARIDADES E ANSEIOS QUANTO À RELIGIÃO. 179 99. A IASD PROCURA MANTER-SE FORA DAS DISPUTAS POLÍTICO-PARTIDÁRIAS LOCAIS, APESAR DE SER CONSCIENTE DO SEU PAPEL NA SOCIEDADE E CONTRIBUIR EFETIVAMENTE PARA A MELHORIA DO BEM-ESTAR DAS COMUNIDADES NAS QUAIS ESTAMOS INSERIDOS. 181 100. A IASD REALIZA SEMANALMENTE A REUNIÃO DOS PEQUENOS GRUPOS, SEGUINDO UMA ORIENTAÇÃO DIRETA DE DEUS. 181 101. JESUS E OS SANTOS APÓSTOLOS ERAM ADVENTISTAS DO SÉTIMO DIA. 185 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 190 Por que Sou Adventista do 7º Dia? 11 INTRODUÇÃO O presente livro surgiu do desejo de colocar diante dos meus irmãos Ad- ventistas as razões pelas quais eu sou grato ao meu Senhor por um dia ter sido convidado a fazer parte desta abençoada família – a família de Deus. Sempre nos deparamos com pessoas que, por não terem como argumen- tar bíblica e teologicamente conosco, procuram nos abater através da ironia, humilhação, perseguição, escárnio, zombaria, desprezo, etc. Cada Adventista tem uma história de humilhação pela qual já teve de passar, porque preferiu permanecer ao lado de Deus a obedecer às tradições impostas pela maioria. Não é meu objetivo aqui fazer uma descrição exaustiva, maçante, sobre as doutrinas adventistas. Existem outras excelentes obras que tratam disso (oNisto Cremos, por exemplo). Procurei não usar expressões rebuscadas, mais apropria- das para teólogos e acadêmicos; mas preferi escrever de uma maneira simples, direta, sem rodeios, em uma linguagem que pessoas das diferentes camadas sociais pudessem analisar, apreciar e absorver sem maiores dificuldades. Entre- tanto, em alguns pontos mais controvertidos, o estudo é feito de forma mais detalhada, para que os nossos irmãos tenham subsídios sólidos sobre os quais fundamentarem sua fé. Espero sinceramente que estas 101 razões que me fazem crer, sem qual- quer sombra de dúvidas, de que a nossa Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD) é a Igreja Remanescente da profecia bíblica, ajudem você a aproximar-se mais de Deus, compreendendo o que Ele espera daqueles que professam Seu sagrado nome. E para você que “ainda” não é um Adventista, livre-se de qualquer possível preconceito, e analise cada razão com o coração desejoso de buscar a revelação divina do Espírito Santo de Deus... Ele te guiará durante a leitura. Faça bom proveito... Estarei orando por você. Gilson Medeiros da Silva Por que Sou Adventista do 7º Dia? 12 Sou Adventista do 7° Dia Porque... Por que Sou Adventista do 7º Dia? 13 RAZÕES TEOLÓGICAS Por que Sou Adventista do 7º Dia? 14 1. A IASD crê em um Deus Criador. A sociedade atual está sendo bombardeada por diferentes teorias acerca da origem da vida humana. A grande maioria crê na Evolução, ou seja, acreditam que o homem é o “progresso” de alguma forma primitiva de vida, que foi se desenvolvendo em nosso mundo ao longo de milhões de anos. Até mesmo a cristandade em geral já não defende tão seriamente o ensino bíblico de que o homem foi criado do “pó da terra”, saindo das mãos de um Deus Criador, conforme relatado em Gênesis 1 e 2. Como Adventistas do Sétimo Dia somos um dos únicos defensores do Criacionismo bíblico, pois a grande maioria dos cristãos já não crê mais que o relato de Gênesis seja literal e autêntico. Os Adventistas crêem que Deus criou o homem, os animais e as plantas na semana da Criação, coro- ando-a com a escolha do sétimo dia, o sábado, como sendo um selo se- manal sobre a obra divina. Nossa mensagem está profundamente ligada ao ensinamento bíblico da criação literal da vida na Terra (e em seis dias literais), o que descarta qualquer possibilidade de longas eras criadoras, nas quais o Senhor foi desenvolvendo a vida em nosso planeta. A crença em um Deus Criador deve fazer parte da mensagem da Igreja de Deus, pois a Bíblia sempre se refere ao Senhor como sendo o Criador de todas as coisas (cf. Sal. 95:6; Is 40:26; 42:5; 45:18; Ap 4:11; etc.), não dando margem à crença popular de que tudo veio a existir do nada, sem um fim ou objetivo específico. Não cremos que viemos de algum organismo unicelular disforme há milhões de anos no passado. Não! Fomos criados à imagem e semelhança do nosso Pai, um Deus de Amor, que nos criou, nos salvou e nos mantém sob o Seu supremo cuidado. Por que Sou Adventista do 7º Dia? 15 2. A IASD defende que o relato de Gênesis é autêntico. Uma das porções bíblicas mais discutidas nos meios teológicos são os 11 primeiros capítulos de Gênesis. Nesta passagem significativa encon- tramos desde o relato da Criação, passando pela queda do homem, a dis- tribuição dos descendentes de Adão, o dilúvio como uma catástrofe literal e universal, o “repovoamento” da Terra a partir de Noé e sua família, e a Torre de Babel. Podemos observar que grande parte dos eventos posteriormente des- critos na Bíblia tem como pano de fundo os relatos narrados nestes pri- meiros capítulos das Escrituras. Por exemplo, temos o relato sobre a que- da do homem e a posterior degradação moral e física a partir do pecado dos nossos primeiros pais, dando origem ao plano de salvação desenvol- vido no restante da Bíblia. Como ajustar o ensino bíblico sobre o pecado e suas conseqüências, se não houve um início de sua existência em nosso mundo? Ademais, diversos personagens bíblicos, que citam o tema do Gênesis, sempre o fazem afirmando o seu sentido literal e histórico (cf. Rm 5:12- 21; Mt 24:38-39; 2Pe 2:5; etc.). Como Adventistas, cremos numa Criação literal, conforme relatada em Gênesis, diferentemente de outros conceitos mais modernos acerca da origem do mundo. Por exemplo, há atualmente os que crêem em uma evolução “deísta”, na qual Deus iniciou o processo criador, a partir da primeira matéria vida. Então, Ele programou o processo evolucionário fecundando a matéria com as leis naturais, seguidas por seu desenvolvi- mento subseqüente, ausentando-Se logo em seguida. Há também os que crêem numa evolução “teísta”, que ensina que a evolução não é um fim em si mesma; é apenas o meio pelo qual Deus traz à existência tudo que há no universo. Como todo sistema evolutivo, não Por que Sou Adventista do 7º Dia? 16 há menção sobre o pecado, pois há apenas um progresso contínuo da Criação. Este tem sido o conceito mais aceito nos meios evangélicos mo- dernos. Porém, como crentes na proclamação evangélica dos 3 anjos de Apoca- lipse, que voam pelo meio do céu pregando uma mensagem de adoração ao Deus Criador (cf. Ap 14:6-12), não podemos jamais deixar de crer no que diz o Livro Sagrado: Deus formou o homem do pó da terra, e inspirou neste “boneco de barro” o fôlego de vida, trazendo o primeiro exemplar da nossa raça à existência. Pelo Seu infinito amor pelo homem, o Senhor Se dispôs a moldar a massa informe, e dar Sua própria imagem ao materi- al que estava sendo trabalhado por Suas mãos. Isso não se deu com ne- nhum outro ser criado; somente na criação do homem, o Criador assumiu a posição de “Oleiro”, e trouxe à existência a mais esperada criação – o ser humano. 3. A IASD crê na ocorrência literal de um dilúvio catastrófico, conforme des- crito nas Escrituras. Após criar a raça humana, Deus viu pesarosamente esta se desviar do plano inicial de uma vida de perfeita paz, amor e comunhão com o Divino Criador. O Senhor, então, contemplou a extrema apostasia pela qual o homem estava se deixando enredar por suas próprias escolhas erradas (cf. Gn 3-10). O relato bíblico informa-nos que Deus resolveu, a partir daí, colocar um fim ao mal presente no mundo; porém, ainda seria dada uma via de esca- pe para aqueles que desejassem fugir da catástrofe. Talvez por não co- nhecerem ainda a existência da chuva, pois uma neblina é que brotava do solo para molhar a superfície (Gn 2:6), os povos anti-diluvianos não acei- taram a oferta de graça concedida por Deus através de Noé, e preferiram Por que Sou Adventista do 7º Dia? 17 continuar vivendo em seus prazeres, longe do Deus que os criara. O Se- nhor enviou, então, um dilúvio que cobriu toda a superfície terrestre, e que pôs um fim àqueles que haviam tão ferozmente afrontado o caráter de amor e justiça de Deus. Apenas 8 pessoas são salvas, e começam um novo povoamento do planeta (cf. Gn 6:1-8:22). Este é o relato bíblico acerca do dilúvio, que modernamente tem sido rejeitado pela quase tota- lidade dos teólogos cristãos. Os adventistas crêem que houve este dilúvio literal, que trouxe conse- qüências fantásticas à estrutura geológica e à vida do planeta. O Dr. Ariel A. Roth, phD, do Instituto de Pesquisa Geológica, da Universidade Adven- tista de Loma Linda (citado no artigo do Dr. Willian Shea, ver Bibliografia), defende a posição bíblica ao dizer que,no mundo, cerca da metade dos sedimentos sobre os continentes atuais veio do mar. Como é que tanto material marinho se depositou sobre os continentes? Era de se esperar que ficasse no oceano. A distribuição extensa de oceanos sobre os conti- nentes é certamente uma situação que difere de hoje - e ela é coerente com a crença num dilúvio universal. O Dr. Roth apresenta outros pontos importantes para comprovar que há evidências fortes sobre a existência de um dilúvio universal, conforme relatado em Gênesis, tais como: abun- dante atividade de água subterrânea nos continentes; distribuição ampla de sedimentos exóticos; ausência de erosão nas lacunas das camadas se- dimentares; e sistemas ecológicos incompletos. A Igreja Adventista é uma das únicas que mantém Institutos de Pesqui- sa com excelentes cientistas, em sua maioria com títulos de Pós- graduação, pesquisando as evidências físicas, geológicas, climáticas, ar- queológicas, etc., que trazem cada vez mais iluminação sobre o relato bíblico do Gênesis, em especial do dilúvio. No Brasil, por exemplo, temos a Sociedade Criacionista Brasileira (http://www.scb.org.br), cuja presidên- http://www.scb.org.br/ Por que Sou Adventista do 7º Dia? 18 cia está nas mãos de cientistas Adventistas, com um profundo sentimento de preocupação na divulgação da mensagem de que gomos originados através das mãos do Pai Criador. Isso mostra a preocupação desta Igreja em levar ao mundo a mensagem de que devemos adorar “Aquele que fez” todas as coisas (cf. Ap 14:6-7). 4. A IASD crê em uma Trindade Divina. A Bíblia mostra que há uma Divindade formada por 3 Pessoas Coeter- nas: Pai, Filho e Espírito Santo (cf. Mt 28:19; 2Co 13:13). Eles desempe- nham em perfeita unidade o trabalho de Criar, Restaurar e Manter o ho- mem ao seu estado edênico antes do pecado. O Pr. Demóstenes Neves apresenta um artigo com pelo menos 15 pas- sagens bíblicas neo-testamentárias, nas quais sempre aparecem a presen- ça das três Pessoas da Trindade de forma pessoal e independente uma da outra: Jo 14:16, 26; At 1:1-4; 2:32-33, 38-39; 4:8-10, 24-26; 5:31-32; 7:55- 56; 10:46-48; 20:21-23; Ef 1:13-17; Tt 3:4-6; Hb 10:12-15; 1Co 2:10-12, 16 (ver Bibliografia). Poderíamos acrescentar, ainda, Rm 15:30 e 1Co 12:4-6. Uma passagem bíblica que mostra de forma muito nítida a atuação das 3 Pessoas da Trindade de maneira distinta é a que trata da morte de Estê- vão. Vemos ali que o discípulo estava cheio do Espírito Santo, O qual foi o seu Guia durante a pregação (At 7:55), enquanto que o Pai e o Filho esta- vam no Céu, observando a atuação fiel do eloqüente discípulo (At 7:55- 56). Vê-se claramente que as 3 Pessoas são distintas, e não apenas 1 Pes- soa em diferentes “funções” como alguns antitrinitarianos querem insis- tentemente defender nos dias atuais. Aos poucos a doutrina da Trindade foi se cristalizando na teologia Ad- ventista, desde a época dos pioneiros, e, assim como tantas outras dou- trinas (sábado, dízimos, temperança, etc.), desenvolveu-se até o ponto Por que Sou Adventista do 7º Dia? 19 em que a conhecemos hoje. 5. A IASD crê que Jesus é tanto Deus quanto o Pai. Há algumas denominações religiosas que não aceitam o ensino bíblico de que Jesus é tão divino quanto o Pai. Eles crêem que o Pai criou, em algum momento da eternidade, o Filho, que é uma espécie de deus menor (ou demiurgo, na concepção grega), inferior ao Pai. Até mesmo uma nova versão da Bíblia foi escrita, na qual as referências a Jesus aparecem com um “d” minúsculo, quando Ele é chamado de “Deus” pelos discípulos. Mas a Igreja Adventista não crê dessa forma. Os Adventistas crêem do mesmo modo que Paulo cria, que em Jesus habita corporalmente toda a plenitude da divindade (cf. Col. 1:19; 2:9). Ou seja, para Paulo, todos os atributos divinos (eternidade, poder, caráter, etc.) habitam na Pessoa de Jesus, igualando-O ao Pai e ao Espírito. Ademais, diversas passagens bíblicas também confirmam que Jesus possuía as prerrogativas divinas, reservadas nas Escrituras somente para Deus: a) Jo 1:18 – Ele é chamado de “Deus Unigênito”. b) At 2:36 – Jesus é o Senhor e Cristo. c) Tt 2:13 – Jesus é o nosso grande Deus e Salvador. d) Mt 1:1 cf. Is 9:6 – O Messias era o Deus Forte. e) Rm 9:1, 5 – Jesus é o Deus Bendito. f) Fp 2:5-7 – Jesus tinha a forma (grego MORPHÊ, “cópia exata”) de Deus. g) 2Co 5:19-20 – Deus estava em Cristo h) Jo 5:18 – Os judeus entenderam quando Jesus afirmou que era igual a Deus. i) Jo 10:30 – Jesus é um com o Pai. Por que Sou Adventista do 7º Dia? 20 j) Hb 1:1-8 – Jesus ocupa o mesmo lugar que o Pai na Majestade celes- te. l) At 3:15 – Jesus é o Autor da Vida. m) Jo 20:28 – Tomé chamou Jesus de “Senhor” e “Deus”, e Ele não re- preendeu o apóstolo, por um possível “exagero”. n) Ap 1:8 – Jesus chama para Si atributos pertencentes unicamente à Divindade. o) 2Pe 1:1-2 – Jesus era reconhecido pelos apóstolos como nosso Deus e Salvador. p) Mt 3:3 cf Is 40:3 – João Batista viria preparar o caminho de Jeová. q) Zc 11:13 cf. Mt 27:9 – a profecia diz que Deus seria vendido por 30 moedas de prata, o que aconteceu em Jesus. r) 1Jo 5:20 – Jesus é o verdadeiro Deus e a vida eterna. s) Jd 25 – Jesus é Senhor e Deus do cristão. Seguindo todas estas inquestionáveis verdades bíblicas, os Adventistas não poderiam deixar de crer que Jesus é tanto Deus quanto o é o Pai e o Espírito Santo. 6. A IASD crê que Jesus é o nosso único e suficiente Salvador. Para os Adventistas, a única maneira de o homem se livrar da conde- nação do pecado é aceitando, pela fé, o sacrifício expiatório de Jesus rea- lizado em benefício da raça humana. Na cruz, Ele pagou o preço que o homem deveria pagar (cf. 1Co 15:1-3), e nos concedeu Sua justiça como um manto que nos reveste contra a penalidade eterna (cf. Zc 3:1-5; Jo 3:18; 5:24). Não há qualquer outro ser que possa assumir o papel de nosso Salva- dor, Mediador e Advogado junto ao Pai (cf. 2Tm 1:10; 1Tm 2:5; Fp 3:20; 1Jo 4:14; 1Jo 2:1). Ninguém mais possui tais prerrogativas como Salvador Por que Sou Adventista do 7º Dia? 21 da raça humana, pois somente Jesus Cristo demonstrou uma vida livre do pecado, e concede ao arrependido a justiça que por direito é Sua, mas que Ele doa gratuitamente ao pecador convertido, por meio unicamente da fé (cf. 2Co 5:21; Ef 2:8). 7. A IASD não crê que satanás tenha parte no plano de salvação como nosso co-redentor. Os Adventistas são freqüentemente criticados, através de publicações preconceituosas e destituídas de embasamento bíblico, de fazerem de satanás um “co-redentor”, juntamente com Cristo, devido à interpretação que damos à figura do bode emissário, utilizado no serviço do santuário de Israel, no Dia da Expiação. Entretanto, um estudo coerente e livre de preconceitos mostrará que a Igreja Adventista também está correta em sua interpretação acerca desse bode, chamado de AZAZEL. Vejamos... Lv 16:1-34 traz a descrição dos eventos que ocorriam no Dia da Expia- ção, que era o encerramento do calendário judaico, e a ocasião na qual se realizava uma “purificação” do santuário (v. 19). O v. 5 declara que os dois bodes seriam tomados para servirem de oferta pelo pecado; porém os vv. 7-9 mostram que era feito um sorteio para saber qual o bode que realmente seria utilizado no serviço de expia- ção. O v. 5 diz que os dois eram, inicialmente, tomados como oferta pelo pecado (heb. CHATTAH), porque ainda não havia sido realizado o sorteio; por isso, a princípio, os dois eram apresentados como podendo ser o ani- mal da oferta pelo pecado. Os vv. 9-10 descrevem claramente que haviauma visível diferença na participação dos dois bodes, pois apenas um era oferecido como oferta, enquanto que o outro (chamado em hebraico de AZAZEL) deveria ser le- vado ao deserto, para morrer por lá, sem ter seu sangue derramado no Por que Sou Adventista do 7º Dia? 22 serviço do Dia da Expiação, no santuário. Ora, o próprio livro de Levítico esclarece que apenas pelo sangue se poderia fazer a expiação pelos peca- dos (17:10-12), por isso não se pode afirmar, com base bíblica, que o bode AZAZEL também seria um tipo de Cristo, pois o seu sangue não era der- ramado (cf. Hb 9:22). Para deixar mais claro ainda, temos a límpida declaração do v. 20, que diz que apenas após ter “acabado” (heb. KALAH) o serviço da expiação pelos pecados, é que o bode vivo deveria ser trazido; ou seja, é evidente que ele não participava em nenhum momento da cerimônia de expiação, pois sua participação ocorria somente após a purificação estar concluída. Portanto, não é correto dizer que os Adventistas fazem de satanás um co-participante no plano de redenção, tomando-se como base para tão absurda declaração o nosso ensinamento sobre a figura de AZAZEL, pois a Bíblia é bastante clara em afirmar que Satanás certamente levará sobre seus ombros o peso de ter sido o mentor da destruição da raça humana, através do pecado (cf. Ap 20:1-10; 12:9-12; Lc 13:16; At 5:3; etc.). Dos dois bodes, como vimos, apenas um tinha parte no plano da redenção esboçado no serviço do santuário – e este era aquele que derramava seu sangue, prefigurando ao sacrifício de Jesus na Cruz do Calvário. 8. A IASD aceita a Bíblia como única regra de fé e de base doutrinária. A Igreja Adventista crê e ensina que toda a Bíblia foi inspirada por Deus, através do Seu Santo Espírito, atuando na vida de homens santos e piedosos (cf. 2Pe 1:21). Todo o plano da salvação, com os temas necessários à compreensão do homem concernentes à redenção, está claramente manifestado através das páginas sagradas das Escrituras. Este Livro é útil nas diversas áreas da vida cristã, desde a revelação inicial do amor de Deus até à crescente edu- Por que Sou Adventista do 7º Dia? 23 cação que necessitamos desenvolver em nossa jornada rumo ao céu (cf. 2Tm 3:16-17). Nenhuma das doutrinas Adventistas está baseada nos escritos de Ellen White, como os críticos gostam de declarar. Todas as doutrinas e ensina- mentos desta amada Igreja podem ser facilmente comprovados nas pági- nas da Bíblia, como vimos até aqui e veremos no decorrer do presente livro. Sempre que a tradição, os costumes, as declarações eclesiásticas, etc., se colocarem em choque com as verdades delineadas na Palavra de Deus, o Seu povo deve ficar do lado do “Assim diz o Senhor” bíblico, e deixar com Deus as conseqüências (cf. Mc 7:6-7; Mt 15:6-9; At 24:14). É assim que age e prega a Igreja Adventista do Sétimo Dia. 9. A IASD aceita que toda a Bíblia foi inspirada por Deus. Um costume peculiar em algumas denominações cristãs é tentar “esco- lher” as partes da Bíblia que ainda são proveitosas para os dias atuais; e tudo o mais, que não esteja de acordo com os interesses dessas denomi- nações, é contado como não tendo mais valor para a atualidade. A porção preferida pelos “selecionadores do que passou” é o Antigo Testamento, especialmente no que se refere ao tema da Lei (sobre este assunto estu- daremos mais detalhadamente em tópicos posteriores). Porém, isso não ocorre na Igreja Adventista. Não temos o costume de ficar separando as porções da Bíblia, classifi- cando-as entre “válidas” ou “não-válidas”. Afinal, toda a Bíblia foi inspira- da por Deus, e ainda é útil para nosso ensino (cf. 2Tm 3:16-17; 2Pe 1:21). O próprio Jesus reconhecia amplamente o valor do Antigo Testamento em Seu ministério, pois esta parte da Bíblia era a única “Escritura” dispo- nível no Seu tempo; por isso Ele declarou em vários momentos que elas Por que Sou Adventista do 7º Dia? 24 apontavam para Ele e Seu ministério (cf. Mt 22:29; Jo 5:39). Vemos repe- tidas vezes, tanto com Jesus quanto com os demais escritores do Novo Testamento, a citação de passagens do Antigo Testamento para corrobo- rar a pregação (cf. At 2:17-21; Mt 13:34-35; 15:3-9; 22:37-39; etc.). O Apocalipse, por exemplo, está cheio de alusões às figuras do Antigo Tes- tamento, o que demonstra o valor inquestionável desta parte da Bíblia, inclusive para os dias atuais. Pena que tantas denominações preferem continuar desprezando as maravilhosas mensagens do Antigo Testamento! Mas, parece que isto só ocorre em situações convenientes, pois percebe-se que mensagens for- temente vinculadas ao Antigo Testamento não foram rejeitadas por tais denominações, como por exemplo, o dízimo. Quando convém, eles bem que se utilizam do Antigo Testamento em seus sermões! A Igreja Adventista segue o mesmo princípio do apóstolo Paulo, crendo em tudo que está revelado no Texto Sagrado (At 24:14), e ficamos com a certeza de que a Palavra do Senhor jamais deixará de ter importância ou validade, pois é eterna, com exceção apenas aos pontos que foram niti- damente encerrados com Jesus na Cruz, como os sacrifícios de animais, por exemplo (cf. Hb 10:1-4). Mais detalhes sobre estes pontos que foram “cravados” na Cruz serão analisados posteriormente. 10. A IASD acredita na personalidade divina do Espírito Santo. A crença na Trindade envolve, além da divindade de Cristo, a persona- lidade e divindade do Espírito, distintamente do Pai e do Filho. A Bíblia mostra em diversos textos que o Espírito Santo possui atribu- tos pessoais, e participa na obra de salvação de uma maneira que somen- te uma Pessoa Divina poderia fazê-lo. Vejamos alguns textos que servem de exemplo sobre a personalidade Por que Sou Adventista do 7º Dia? 25 do Espírito: a) At 5:3-4 – Ananias mentiu ao Espírito Santo, e o apóstolo afirmou claramente que o Espírito era também Deus. b) At 8:29 – O Espírito fala com os discípulos, orientando-os sobre a obra da pregação (cf. At 10:17-20; 11:12; 13:2-4; 20:22-23). c) Rm 8:26 – O Espírito intercede por nós junto ao Pai. d) Rm 15:30 – O Espírito colabora com Jesus na intercessão em nosso favor, junto ao Deus. Este texto mostra claramente que o Pai, o Filho e o Espírito são Pessoas distintas na Trindade. e) 1Co 12:4-6 – O Espírito é o responsável, na Trindade, por distribuir os dons na Igreja. f) Ef 4:30 – É possível entristecer o Espírito Santo, quando não damos ouvidos às Suas orientações e conselhos. g) 1Pe 1:2 – O Espírito é quem desempenha a obra de santificação, en- quanto as outras duas Pessoas realizam outras atividades no plano da redenção. A Igreja Adventista recentemente publicou um livro que estuda deta- lhadamente o tema da Trindade. Aconselho sua leitura, caso você esteja buscando uma fonte abalizada de informações sobre este importante as- sunto, tanto no Antigo quanto no Novo Testamentos (ver Bibliografia). 11. A IASD ensina que há um conflito cósmico iniciado na rebelião de Lúcifer. Conforme o relato bíblico, no céu havia um anjo de elevada formosura e inteligência. Seu nome é Lúcifer (este termo não aparece na Bíblia em português, mas seu correspondente hebraico - HEYLEL - é encontrado em Is 14:12, traduzido na versão Almeida Revista e Atualizada por “estrela da manhã”). Lúcifer rebelou-se contra Deus, por acreditar que poderia ocupar o Por que Sou Adventista do 7º Dia? 26 próprio trono da Divindade, devido ao esplendor de sua aparência e pres- tígio entre os demais anjos (cf. Ez 28:13-17; Is 14:12-15). Sua elevada po-sição como chefe do exército angelical levou-o a tentar usurpar a posição que cabia unicamente a Jesus, como Supremo Comandante do Universo. Nesta rebelião, Lúcifer conseguiu arregimentar 1/3 de todos os anjos, que se uniram a ele em uma guerra cósmica, ocorrida antes da fundação do nosso planeta (cf. Ap 12:1-12). Lúcifer foi derrotado e expulso do céu, vindo cair neste mundo, juntamente com seu exército de anjos rebeldes, que iniciaram um terrível plano para desviar o homem dos caminhos de Deus. Seu primeiro alvo foi o casal edênico, que foi iludido pelas mentiras do anjo rebelde e passou a viver uma existência de revolta contra o amo- rável e justo Criador (cf. Gn 3:1-24). Satanás (termo hebraico para “adversário”) tem, a partir do Éden, uma chance para tentar provar perante o Universo se as acusações que fizera contra Deus são verdadeiras ou não. Desenrola-se, então, em nosso mun- do a história do pecado com suas nefastas conseqüências. Por Adão en- trou o pecado no mundo; e como seus descendentes, todos fazemos par- te deste grande conflito cósmico entre o Bem e o Mal, entre Cristo e o diabo (cf. Rm 5:12). O diabo e seus anjos caídos são os responsáveis dire- tos pelas mazelas que o pecado trouxe à raça humana (dores, sofrimen- tos, doenças, desilusões, violência, imoralidade, guerras, injustiças, mor- te...). Esta obra diabólica tem por trás de si este grande líder e estrategista, juntamente com seu exército (cf. 2Co 11:14-15). Mas, a Bíblia afirma, e os Adventistas assim crêem, que Jesus já é o vencedor nesta batalha (cf. Ap 3:21; 1Jo 3:8; Jo 16:33; Ap 12:10-11). Por que Sou Adventista do 7º Dia? 27 12. A IASD crê que Jesus viveu uma vida absolutamente isenta de pecado. Para ser o perfeito sacrifício pelo pecado da humanidade, o Salvador não poderia condescender com o pecado. Por isso, os Adventistas crêem que Cristo viveu esta vida livre da contaminação do pecado, constituindo- Se no perfeito Cordeiro que expiou os pecados do mundo (cf. Jo 8:46; 2Co 5:21). Jesus foi o único que pôde confiantemente afirmar perante o diabo: “[você] nada tem em Mim” (cf. Jo 14:30). Seria muito fácil de desmascarar Jesus perante os discípulos, caso Ele tivesse qualquer mancha ou propen- são para o pecado. Mas tal não aconteceu, pois Cristo não possui qual- quer mancha ou inclinação pecaminosa. Nas palavras do apóstolo Paulo, Cristo “esvaziou-Se” momentanea- mente de Suas prerrogativas divinas, em benefício do homem, para que pudesse ser o nosso capaz Redentor, vencendo o pecado apenas com o poder da comunhão com o Pai, independente de quaisquer “poderes” sobre-humanos (cf. Fp 2:7). Assim, deu-nos um perfeito exemplo de obe- diência e resignação aos ditames do Pai, única forma de nos mantermos puros em meio a um mundo tão mau e perverso (cf. Mt 6:9-10; 26:39; Hb 6:12; Fp 2:8; Rm 5:19; Tg 1:27). Gostaria de acrescentar aqui uma declara- ção inspirada, que diz: “Cristo é nosso exemplo: o perfeito e santo exemplo que nos tem sido dado para seguir. Nunca podemos nos igualar a Ele, mas podemos imitá- Lo e nos parecermos de acordo com nossas possibilidades” – Ellen White, Review and Herald, 05/02/1895 – grifos meus. Por que Sou Adventista do 7º Dia? 28 13. A IASD crê que o sacrifício expiatório de Cristo é o único meio de salvação para o homem. Algumas pessoas não conseguem entender a real razão pela qual Jesus teve que morrer na Cruz do Calvário. Por que tanto sofrimento? Por que tanta humilhação? Por que era necessária a morte de Alguém inocente? Não haveria outro meio para Deus perdoar a humanidade dos seus peca- dos? Para respondermos satisfatoriamente a estas indagações é necessá- rio, primeiramente, entendermos o que é o “pecado”. Deus criou o homem para habitar o Éden e viver uma existência eterna de perfeita comunhão com o Pai de amor (cf. Gên. 2:15; 3:8). Porém, de- vido à rebelião, o pecado e suas terríveis conseqüências tornaram-se co- nhecidos do homem. A morte foi, talvez, o mais trágico resultado deste momento, pois a partir de então o homem não mais teria acesso à arvore da vida, e deveria viver longe da presença do Senhor, morrendo ao final da jornada (cf. Gên. 3:22-24). Deus havia advertido o casal: “da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gên. 2:17). O diabo tentou, mais uma vez, fazer com que Deus Se passasse por injusto ou egoísta (cf. Gên. 3:1- 7), e conseguiu levar o casal a duvidar de que a determinação de Deus realmente seria cumprida, caso eles comessem do fruto proibido. O casal duvidou de Deus, e comeu o fruto. Agora, a morte seria o triste fim. Mas o Senhor, em Seu infinito amor e misericórdia, não desejava ver a destruição eterna do homem. Sua Lei havia sido quebrada; o homem desobedeceu e merecia morrer; mas o desejo de salvá-lo também fazia parte do caráter redentivo do Pai. Como conciliar, então, a justiça e o amor? Só havia uma forma: alguém pagar a penalidade pela transgressão no lugar do homem, para que tanto a justiça quanto a misericórdia pudes- Por que Sou Adventista do 7º Dia? 29 sem ser confirmadas. E esse “alguém” seria o próprio Deus, na Pessoa do Filho Amado (cf. 1Pe 1:17-21; Ef 1:3-12). Jesus, então, aceitou ser o sacri- fício expiatório pelo pecado do homem, fazendo com que tanto a justiça quanto a misericórdia de Deus prevalecessem. Este “plano” da redenção começou a ser posto em prática logo em seguida ao pecado, o que mostra que ele já existia mesmo antes da rebelião no Éden, como um “plano al- ternativo” (cf. Gên. 3:15, 21). O “plano” foi posto em execução. Para que o pecador tivesse sua transgressão perdoada, ele deveria trazer uma oferta animal, que morria “em lugar” do pecador, prefigurando um Inocente que algum dia deveria ser morto pelos pecados de todo o mundo (cf. Gên. 22:7-8; Êx 12; todo o livro de Levítico; 2Cr 30:15; etc.). Jesus foi o prometido “Cordeiro de Deus” que tirou o pecado do mundo (Jo 1:29, 36). Sobre Seus ombros pesou a responsabilidade de expiar os pecados de todos nós. Ele tornou- Se o perfeito sacrifício: inocente, imaculado, morto... mas acima de tudo, voluntário (cf. Is 53)! Em Cristo, vemos a perfeita confirmação do Deus de amor que não inocenta o pecador, sem antes lhe conceder Sua própria justiça (2Co 5:21). Sem aceitar esta oferta divina de salvação e graça, o homem não resistirá à condenação do pecado (cf. Hb 2:1-3), e terá que suportar sozi- nho a pena da morte eterna (cf. Mc 16:15-16; Ap 13:8), impossível de ser paga por méritos do próprio homem. 14. A IASD crê que Jesus verdadeiramente morreu na Cruz do Calvário. Uma teoria que tem sido divulgada em alguns meios religiosos é a de que Jesus, na verdade, não morreu na Cruz, pois tudo não passou de um “desmaio”, ou algo parecido, que levou as pessoas a crerem que Cristo havia falecido. Lee Strobel cita em seu livro (ver Bibliografia) que existe Por que Sou Adventista do 7º Dia? 30 uma seita muçulmana que crê que Jesus fugiu para a Índia e, até hoje, há um santuário que supostamente marca Seu verdadeiro túmulo, em Srina- gar, Caxemira (ver: Strobel, 254). Alguns teólogos famosos, como Karl Barth, por exemplo, também criam que a ressurreição era falsa, pois Jesus apenas desmaiara de exaustão na cruz; ou que deram para o Senhor al- gum tipo de “remédio”, fazendo parecer que Ele havia morrido. Os Adventistas, ao contrário, crêem no relato bíblico da morte de Cris- to, pois, como vimos, foi através de Seu supremo sacrifício que Jesus abriu o caminho da salvação ao pecador arrependido. A Bíblia é muito clara ao afirmarque Cristo, de fato, morreu na Cruz do Calvário (cf. Jo 19:32-37; At 3:15; 10:39; 1Ts 2:14-15; Ap 5:12; entre tantos outros). 15. A IASD crê na ressurreição de Cristo. Da mesma forma que põem dúvidas sobre a morte de Jesus, alguns desconfiam de que a ressurreição também não passa de um “mito”. Mui- tas teorias fantasiosas surgem para tentar explicar o “túmulo vazio” de Jesus (Strobel cita algumas em sua investigativa obra, op. cit., 271-296). Porém, mais uma vez, podemos basear nossa confiança na certeza de que Jesus ressuscitou, sim, dentre os mortos, para trazer novamente à vida a esperança de todo cristão que deposita nEle sua vitória. Desde o início, a mensagem da ressurreição fez parte ativa na lista de ensinamentos dos primeiros discípulos (cf. 1Co 15; At 13:29-31); muitos deles eram mesmo testemunhas oculares dos fatos que narravam (At 2:24, 32; 3:15; 4:10; 5:30; Rm 4:24; Col. 2:12; 1Pe 1:21). Não há como duvidar da ressurreição de Cristo, quando nos colocamos em Suas mãos, pois Ele passa a viver em nosso coração e mente, fazendo- nos estar certos de Sua existência, ainda hoje. Aliás, a grande diferença entre o Cristianismo e outras religiões, é que os cristãos não têm um tú- Por que Sou Adventista do 7º Dia? 31 mulo para cultuar, pois nossa mensagem é de que Ele vive (cf. Lc 24:23; Mc 16:6)! 16. A IASD crê que a salvação vem unicamente pela fé. Uma das críticas mais ouvidas pelos Adventistas, é a de que nós somos “legalistas”, ou seja, usamos as obras da Lei como meio de salvação. Se bem que pode existir algum Adventista mal-informado (ou fanático), que creia que as obras têm parte como méritos para a salvação, esse não é o ensinamento da Igreja Adventista, pois não é o ensinamento bíblico. O Texto Sagrado é bastante claro em afirmar que não podemos utilizar nossas obras para salvar-nos, pois elas estão totalmente maculadas pelo pecado (cf. Zc 3:1-7; Rm 3:20; Gál. 3:11; Fp 3:8-9). Paulo foi um dos escri- tores bíblicos que mais se preocupou em tirar da mente dos seus ouvintes e leitores a idéia judaica e pagã de que podemos contribuir com nossas obras para nos justificar diante de Deus. Ele considera isso um absurdo inadmissível, capaz de anular toda a redenção (Gál. 2:21). Nada do que fazemos, por mais bem intencionado e fervoroso que se- ja, contribui para nossa justificação diante do Pai. Unicamente pelos méri- tos de Cristo é que podemos nos achegar à presença do Senhor Todo- Poderoso do Universo. O justo vive diante de Deus tão-somente “pela fé”, e isto desde o início do mundo (cf. Gên. 3:15; 15:6; Hab. 2:4; Rm 1:17). Não vivemos “agora” no “tempo da graça”, pois ela sempre existiu (Sal. 66:20 – um dos meus textos preferidos do Antigo Testamento). 17. A IASD crê que, salvos pela fé, somos convidados a viver uma vida frutífera dessa fé. Há dois extremos com relação à salvação: um é aquele que acha que pode salvar-se através de méritos próprios (legalismo); o outro é crer que, Por que Sou Adventista do 7º Dia? 32 uma vez salvo pela fé, não preciso produzir frutos, ou “obras”, em minha vida diária (isso é chamado de “libertinagem” – Jud. 4). Os dois extremos são perigosos, e precisam ser evitados. Uma vez que o Senhor nos salva mediante Sua oferta de graça imereci- da, devemos produzir uma fé que opere bons frutos, não como méritos de salvação, mas como “evidência” dessa salvação (cf. Mt 5:16; Ef 2:10; 1Tm 2:10; 5:24-25; 6:17-19; Tt 2:7, 14; 3:8; Hb 10:24; 1Pe 2:12). Uma das mais belas explanações sobre a perfeita coerência, e interde- pendência, entre a fé e as obras é a epístola de Tiago. Os que acreditam que só precisam “viver pela fé”, professando o nome de Cristo, e não de- monstrando qualquer mudança real de vida nem obedecendo aos recla- mos da Lei Moral dos 10 Mandamentos, não conseguem aceitar certos conceitos declarados nesta epístola. Diz-se que Lutero, por exemplo, con- siderava Tiago uma “carta de palha”, e recusou aceitá-la como canônica por acreditar que ela entrava em choque com as declarações de Paulo, conforme vistas no tópico anterior. Porém, com a ajuda do Espírito Santo, podemos perfeitamente harmonizar os dois escritores inspirados. Tomando como base a vida de Abraão, os dois autores dão versões di- ferentes sobre a justificação do Patriarca: Para Paulo, Abraão foi justifica- do pela fé na promessa divina (cf. Rm 4:1-5; Gên. 15:3); Tiago, por sua vez, analisa a vida de Abraão após ele já ter sido justificado pela fé, ou seja, na ocasião do sacrifício de Isaque (cf. Tg 2:21-24; Gên. 22). Veja que Paulo afirma que Abraão foi justificado pela fé, e Tiago diz que isto ocor- reu pelas obras. Por isso Lutero não aceitava a epístola de Tiago. Como harmonizar os dois autores? O Dr. Luiz Nunes, em suas inspiradoras aulas no nosso Seminário Ad- ventista Latino-americano de Teologia, na Bahia, consegue harmonizar os dois autores da seguinte forma: Paulo fala da justificação diante de Deus, Por que Sou Adventista do 7º Dia? 33 para a qual não podemos apresentar qualquer obra meritória própria; Tiago trata da justificação diante dos homens, pois é perante eles que “evidenciamos” nossa fé, através das obras (Tg 2:18-20). Vê-se que o cristão não pode viver uma vida improdutiva, destituída de crescimento espiritual, pois assim o fazendo estará denegrindo a imagem do Evangelho, apresentando um testemunho incoerente perante o mun- do. Devemos revelar em nossa vida um procedimento de alguém que re- almente “nasceu de novo”, e que possui a plenitude do Espírito vivendo nele (cf. Gál. 5:22-23). O Espírito produz este “batismo” em nossa vida, tão necessário ao nosso crescimento na fé. Os Adventistas do Sétimo Dia, assim como os demais servos de Deus, são salvos unicamente pela fé, mas procuramos também viver uma vida de obediência à Lei do Senhor, jamais como meio de salvação, mas em demonstração de amor e gratidão pelo dom gratuito revelado na graça de Deus pos nós. Afinal, nas palavras do irmão de Jesus, “a fé sem obras é morta” (Tg 2:17, 26; cf. Jer. 17:9-10). 18. A IASD crê que Deus sempre teve um povo durante a história terrestre. Desde o Éden, o Senhor possui no mundo aqueles que realmente são considerados “Seus”, no mais amplo sentido da palavra. Já na primeira família encontramos um exemplo da rivalidade e apostasia que caracteri- zaria toda a história humana permeada pelo pecado. Abel era considera- do justo (Mt 23:35; Hb 11:4), enquanto seu irmão, Caim, tornou-se um tipo daqueles que traem e destroem seu semelhante (1Jo 3:12). Algum tempo depois vem o dilúvio, no qual apenas 8 pessoas se consti- tuíram na “igreja” de Deus, enquanto todo o restante da população vivia na completa e dissoluta apostasia (1Pe 3:20). Abraão foi outro que Deus considerou como sendo “Seu” escolhido, Por que Sou Adventista do 7º Dia? 34 tendo separado o Patriarca para ser o originador daquela que deveria ter se constituído para sempre na Sua nação distinta, perante todos os de- mais povos do mundo (Gên. 12:1-3). Israel falhou em sua missão de atrair as outras nações para a grandeza do seu Deus. Por diversos momentos, o Senhor pensou mesmo em iniciar uma nova nação, a partir de algum ser- vo verdadeiramente fiel (cf. Êx 32:10). Mesmo em meio à apostasia quase geral, sempre haviam aqueles que permaneciam íntegros em seu relacio- namento com o Senhor. Por exemplo: Elias (cf. 1Rs 18), Isaías (cf. Is 6:5), Daniel (cf. Dn 6), os 3 jovens hebreus em Babilônia (cf. Dn 3), etc. O Novo Testamento também nos mostra que Deus não conseguiu con- tar com a maioria do povo e, novamente, um pequeno grupo foi que creu no Evangelhoe tornou-se a semente do Israel espiritual, não mais basea- do na raça, mas na crença comum em Jesus Cristo (cf. Gál. 3:29). Ao longo do tempo, a Igreja foi perdendo sua identidade ao aliar-se ao Estado Romano, e aquela que nasceu para pregar o Evangelho de Jesus ao mundo, preferiu encastelar-se nos mosteiros e palácios medievais, a viver a vida de obediência e fé ensinada por Jesus e Seus apóstolos. Porém Deus ainda contou com servos fiéis, que continuaram seguindo Seus Mandamentos e vivendo em conformidade com os reais ensinos da Pala- vra do Senhor. Entre estes podemos citar os valdenses, albigenses, hu- guenotes, anabatistas, etc., os quais foram perseguidos e humilhados pela igreja romana dominante, tentando forçá-los a desistir das verdades tão claras das Escrituras. Quase foram destruídos, mas Deus os protegeu, e a verdade permaneceu ao longo das trevas da Idade Média, até chegar à Reforma, que veio trazer à tona alguns dos importantes temas teológicos que haviam sido negligenciados por tanto tempo. Desde o início, Deus sempre conservou Seus fiéis filhos. Mesmo em meio às duras perseguições, as portas do inferno não puderam prevalecer Por que Sou Adventista do 7º Dia? 35 contra a Sua Igreja (Mt 16:18). A Igreja sempre saiu vitoriosa, apesar de parecer o contrário! 19. A IASD acredita que o Senhor também tem um povo nestes últimos dias, que está preparando-se mundialmente para o encontro glorioso com Ele. Após a apostasia da Idade Média, durante a qual a Igreja de Deus este- ve “escondida no deserto” (cf. Ap 12:14), ou seja, durante o período de 1260 anos (cf. Ap 13:5; 12:14; Dn 7:25), compreendidos entre 538 d.C. (data em que a igreja romana recebe autoridade para perseguir os “here- ges”) a 1798 d.C. (quando o poder papal é momentaneamente impedido de continuar sua dominação sobre os reinos europeus), a Igreja verdadei- ra estava numa situação de humilhação e perseguição, sobrevivendo atra- vés dos poucos fiéis que conseguiram preservar a mensagem original dos apóstolos de Cristo. A partir desta declaração bíblica (Ap 12:14), podemos ver que todas as organizações eclesiásticas (igrejas) que conseguiam viver livremente durante o período dos 1260 anos da profecia (538 a 1798 d.C.) não eram de fato a Igreja Remanescente do Senhor, pois esta estava “es- condida no deserto”, ou seja, no exílio. Após este período profético, a Igreja verdadeira novamente teria liber- dade para pregar as mensagens bíblicas originais, de forma audaciosa, livre, mundial e contínua (cf. Ap 10:11). A Igreja recebeu, a partir deste momento profético, a tarefa de pregar ao mundo a última mensagem de advertência, confiada a ela pelo Senhor. Esta mensagem pode ser chama- da de “tríplice mensagem angélica”, pois foi registrada na Bíblia na simbo- logia de 3 anjos que voam pelo meio do céu, pregando o Evangelho eter- no a todo o mundo (cf. Ap 14:6-12). Esta última Igreja, a Remanescente, é descrita no Apocalipse como possuindo algumas características distintivas, pois surgiria exatamente em Por que Sou Adventista do 7º Dia? 36 meio à confusão e apostasia religiosa disseminadas nas trevas da Idade Média. Essas características são, basicamente, três: a) A fé em Jesus Cristo, seu Senhor e Salvador – Ap 14:12. b) A guarda de todos os 10 Mandamentos da Lei Divina – Ap 12:17; 14:12 (cf. Tg 2:10-12). c) A manifestação do Testemunho de Jesus, definido no Apocalipse como sendo o “Espírito de Profecia” – Ap 12:17; 19:10. A Igreja Remanescente está agora preparando-se para o esperado en- contro com seu “Noivo”, como uma noiva que se apronta ansiosamente paras as núpcias (cf. Ap 19:9; 21:1-5; 22:17). A Igreja da qual você é membro cumpre as características que descre- vem a Igreja de Deus no Apocalipse? 20. A IASD acredita que a missão desse remanescente é levar o Evangelho eterno a toda criatura terrestre, conduzindo todos na adoração ao Deus Criador de todas as coisas. A mensagem especial da Igreja Remanescente, perseguida e humilhada pelas mãos do “dragão” (cf. Ap 12:17, 9), seria voltada ao retorno da ado- ração a Deus como Criador e Senhor de todo o Universo (cf. Ap 14:6-7). O mundo foi imerso numa mensagem adulterada acerca do caráter e justiça de Deus; a Lei do Senhor foi arrogantemente modificada e ensina- da de forma deturpada para o povo (cf. Dn 7:25); o dia de guarda que o Senhor havia instituído desde o Éden (cf. Gên. 2:1-3; Êx 20:8-11) foi es- quecido, e colocado um outro dia em seu lugar, independente das claras advertências da Palavra de Deus sobre a eternidade de Sua santa Lei (cf. Mt 5:17-19; Rm 7:12; Mc 7:13; Sal. 119). Para restaurar esta “confusão religiosa”, foi que o Senhor levantou um povo profético, que surgiria após os 1260 anos de dominação papal (538- Por que Sou Adventista do 7º Dia? 37 1798 d,C.) e dos 2300 anos para a restauração da verdade (cf. Dn 8:14). Isto ocorreu em 1844 d.C. (como será demonstrado detalhadamente em um tópico posterior), através do surgimento do Movimento Adventista, que posteriormente (em 1860 d.C.), tornar-se-ia a Igreja Adventista do Sétimo Dia, uma Igreja visível, com a missão de congregar a Igreja “invisí- vel” do Senhor, ainda espalhada por todos os cantos da Terra (cf. Ap 18:1- 4; Jo 10:16). A Igreja Adventista levanta sua voz em mais de 200 países, exortando todos a que temam a Deus e dêem a glória que Ele merece, através da adoração sincera e fiel dAquele que “fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas” (Ap 14:6-7). A primeira mensagem angélica mostra-nos, de forma cristalina, que a grande apostasia produzida pela cristandade foi ter deixado de lado a adoração ao Criador, no dia específico que Ele mes- mo escolhera – o sábado semanal do sétimo dia (cf. Êx 20:8-11). De forma impressionante, vemos que quase a mesma seqüência de palavras sobre a autoridade divina é utilizada nas duas passagens paralelas (Ap 14:12; Êx 20:11). Uma igreja, por mais “animada”, “milagreira”, “rica”, “numerosa”, “in- fluente” e/ou “tradicional” que seja, se não cumpre os requisitos apresen- tados nas Escrituras, como aqui analisados, não pode arrogar-se o título de “Igreja de Jesus”, somente por falar acerca dEle (cf. Mt 7:21-23). Podem até nos chamar de “seita”, mas isso não nos incomoda, porque o mesmo faziam os preconceituosos e caluniadores do tempo de Paulo, acusando-o de ser o principal líder da “seita dos nazarenos” (cf. At 24:5, 14-16). Aqueles que chamam pejorativamente a Igreja Adventista do Sé- timo Dia de “seita” ou estão usando de falsidade, ou não conhecem nada sobre os ensinos e a teologia Adventista. Por que Sou Adventista do 7º Dia? 38 21. A IASD crê que a Igreja de Deus é uma comunidade de pessoas que mantém laços mútuos de amor e união. Deus não chama ninguém à salvação sem convidar esta pessoa a fazer parte da comunhão com os demais crentes. Ninguém deve permanecer “isolado” após ter recebido o dom da graça em sua vida. O relato dos pri- meiros conversos registrados em Atos nos mostra que os salvos passavam imediatamente a fazer parte da comunhão com os demais crentes (cf. 2:42-47). A Igreja deve ser, então, esta comunidade de “salvos”, ou seja, pessoas que foram chamadas para viver uma vida de comunhão com Deus, demonstrando ao mundo um estilo de vida que afirme, por atos e palavras, o seu “novo nascimento” (cf. Jo 3:5). É certo que aqueles que ingressam na Igreja não são pessoas “perfei- tas”, no mais profundo significado desta palavra. Por isso, mesmo depois de convertidos, podemos continuar demonstrando traços imperfeitos de caráter que somente com a ajuda do EspíritoSanto é que conseguiremos vencer; mas não será fácil (cf. Rm 7:13-25)! Devemos lutar constantemen- te contra estas tendências pecaminosas, que podem levar desunião e en- fraquecimento à Igreja do Senhor. Um dos argumentos mais fortes em favor do nosso Cristianismo, é quando os membros da Igreja vivem uma vida de ajuda mútua e amor fraternal, que nos dão força para vencer os desafios e enfrentarmos, jun- tos, o caminho rumo à Pátria Celestial. Quando o mundo vê em nós a re- velação do verdadeiro amor, que somente procede do Pai, nosso teste- munho penetra os corações mais endurecidos (cf. Jo 13:35; 1Jo 3:14; 4:20). Por que Sou Adventista do 7º Dia? 39 22. A IASD crê que o batismo bíblico se dá por imersão. O batismo nas águas é a “porta de entrada” para o Reino de Cristo (cf. Mc 16:16). Através deste rito, damos uma prova diante de Deus e do mundo de que decidimos viver de forma diferente, deixando que o Se- nhor trace o caminho para nossas vidas. A palavra “batizar” (do grego, BAPTIZO), significa “submergir”, “mergu- lhar”, “afundar”. Isso quer dizer que para ser eficaz em sua simbologia, o batismo deve ser realizado com água suficiente para que a pessoa fique completamente “afundada” na água. Por que? Porque o batismo é o símbolo do “sepultamento” do “velho homem”, ou seja, da vida de pecado, a qual estamos deixando de lado (cf. Rm 6:1-4; 2Co 5:17). É para cumprir este simbolismo que o batismo deve ser reali- zado por imersão, e não apenas molhando uma pequena porção do cor- po: cabeça, membros, mãos, etc. Para que o batismo cumpra seu papel simbólico de sepultamento do velho homem, ele deve ser realizado uni- camente do modo como a Bíblia o descreve, e este é através da submer- são total do corpo em água (cf. At 8:26-40; Mt 3:13-17; Jo 3:23). 23. A IASD não pratica o batismo de crianças, porque a Bíblia não o autoriza. Para que uma pessoa seja batizada, ela precisa “crer” em Jesus como Salvador (cf. Mc 16:16; Mt 28:19-20). O pecador precisa reconhecer que Jesus pagou o preço por nossos pecados, e que somente através de Seu supremo sacrifício é que o homem pode fugir da pena do pecado (cf. Hb 11:6; Jo 3:16; At 16:31). Como pode uma criança, especialmente aquela recém-nascida, ter consciência do seu pecado e da necessidade de um Salvador? Que teste- munho ela está dando de que morreu para a vida de pecado, sepultando o “velho homem”? Compreende ela os detalhes do plano da salvação, de Por que Sou Adventista do 7º Dia? 40 modo que possa “crer” e ser um “discípulo” do Senhor? É evidente que não. Somente quando atingimos uma idade suficiente para compreender- mos o imenso amor de Cristo, demonstrado pelo Seu sacrifício expiatório em nosso lugar na Cruz, é que devemos participar do rito do batismo. E essa compreensão só começa a se formar a partir do 8, 10 ou 12 anos idade, dependendo da maturidade de cada um individualmente. A Igreja Adventista pratica, sim, a “apresentação” (ou “dedicação”) de crianças, pois era este o desejo de Cristo, revelado em Sua própria experi- ência com os discípulos (cf. Mc 10:14-16; Mt 19:13-15). Nesta cerimônia, pede-se a bênção de Deus sobre a criança e sobre os pais, para que te- nham zelo e fé em conduzi-la nos caminhos do Senhor. 24. A IASD pratica a cerimônia da Ceia do Senhor como participação dos sím- bolos do corpo e sangue de Cristo. Uma das mais belas cerimônias cristãs é a chamada “Santa Ceia”, pois seu simbolismo é inspirador e deixa nos participantes um profundo sen- timento de gratidão por ser parte da família de Deus nesta Terra. Jesus instituiu a Ceia pouco antes de entregar-Se como o perfeito “Cordeiro” de Deus, que tirou o pecado do mundo (cf. Jo 1:29, 36). Nesta ocasião, os cristãos se reúnem para participarem juntos do “pão” e do “vinho”, que representam, respectivamente, o “corpo” e o “sangue” que o Senhor ofereceu por nós na Cruz (cf. Mt 26:26-30; Lc 22:19-23). Desde cedo, a celebração da Ceia do Senhor tornou-se um es- pecial motivo de reunião da Igreja, pois nestas ocasiões os discípulos re- lembravam as palavras de Cristo acerca de Seu retorno (cf. 1Co 11:17-34). Vemos que Paulo logo tratou de dar instruções seguras, especialmente à problemática igreja de Corinto, para que tal cerimônia ocorresse dentro Por que Sou Adventista do 7º Dia? 41 dos ideais para os quais ela fora instituída. Tanto o pão quanto o suco de uva devem ser livres de fermento, pois este representa o pecado, que estava totalmente ausente na vida de Je- sus (cf. Êx 12:15-19; Ez 45:21). Participando da Ceia estamos confirmando a “aliança” que fizemos com o Senhor, por ocasião do batismo, e supli- cando dEle a misericórdia e a força necessárias para continuarmos na jor- nada. 25. A IASD pratica, como preparação para a Ceia do Senhor, a cerimônia do “lava-pés”. Antes de realizar a Ceia com os discípulos, Jesus celebrou um outro momento de grande valor para a Igreja Adventista – a cerimônia do “lava- pés” (cf. Jo 13:1-20). A lição que Cristo quis ensinar através da lavagem dos pés dos discípu- los era muito propicia naquele momento – a humildade. Não poderia ha- ver entre eles qualquer sentimento de rivalidade ou superioridade orgu- lhosa, pois tais coisas não fazem parte do Reino de Deus (cf. Mt 23:11-12; Mc 9:35; Lc 9:47-48; 22:24-30). Portanto, é através da cerimônia do lava-pés que os Adventistas man- tém em sua mente a lição de Cristo a respeito da pretensão que nosso coração carnal tem de buscar sempre posições elevadas, apenas pelo de- sejo de status ou autoridade. Nestas belas ocasiões, cada membro procu- ra desenvolver este sentimento de humildade e consideração para com seus irmãos em Cristo, não permitindo que rivalidades, mágoas, desaven- ças, etc., tomem o tempo que devemos dispensar para a pregação do Evangelho e à preparação para a volta do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Por que Sou Adventista do 7º Dia? 42 26. A IASD crê que Deus concede dons à Sua Igreja, visando a pregação do Evangelho ao mundo. Para conseguir desempenhar a tarefa de ser a portadora da mensagem de salvação ao mundo (cf. 1Tm 3:15), a Igreja recebe do Senhor os dons necessários para levar avante esta obra. A Igreja Adventista crê na existência de todos os dons mencionados na Bíblia (cf. Rm 12:4-8; 1Co 12:8-11, 27-28; Ef 4:11-13; etc.), além daqueles que podem surgir de acordo com as novas necessidades que se apresen- tarem. O objetivo pelo qual o Senhor concede o dom à Igreja é para que esta possa pregar o Evangelho de forma mais eficaz, sem impedimentos (cf. 1Co 12:7). É o Santo Espírito que escolhe e determina o dom (cf. 1Co 12:11), portanto, não somos nós que “exigimos” o dom que gostaríamos de ter, mas é o Senhor que o dá segundo Seus propósitos. Isto não impe- de que nos dediquemos com humildade a buscar desenvolver alguns dons, especialmente aqueles considerados “melhores”. Dentre eles, Paulo cita o amor (cf. 1Co 12:31; 13:13). 27. A IASD crê que não há um dom específico para provar o batismo com o Espírito Santo. O batismo com o Espírito Santo é o “selo” que o crente recebe para vi- ver a nova vida em Cristo (cf. Ef 1:13; 4:30; 2Co 5:5). Este “selamento” ocorre por ocasião do batismo nas águas, que é o momento que marca o início desta nova vida (cf. At 11:17-18), ou seja, somos batizados no Espíri- to no momento da conversão, e este “penhor” se renova diariamente, à medida que progredimos na jornada rumo ao Céu (cf. Ef 1:13; Mt 3:16). O Espírito nos concede o “lavar regenerador”, que nos ajuda a vencer os traços pecaminosos de caráter, tornando-nos cada vez mais semelhantes Por que Sou Adventista do 7º Dia? 43 a Jesus (cf. Tt 3:3-7). O crente batizado no Espírito olha para trás e vê o quanto já mudou, com a ajuda do Pai, e o quanto ainda precisa buscar pelo Poder do Alto, para continuar sempre crescendo. A Bíblia não diz, em momento algum, que existe uma “prova” do ba- tismo do Espírito Santo revelada através da manifestação de algum dom específico. As denominações chamadas “pentecostais” afirmam que o batismo do Espírito só ocorreu após verificada a manifestação do dom de “línguas”. Mas, onde se encontra tal afirmação na Bíblia? Não existe. A grande prova do batismo no Espírito não é a manifestação de algum “dom” específico, mas a demonstração clara de que o “fruto” do Espírito pode ser visto na vida do crente (cf. Gál. 5:22-23). Tem muita gente por aí que se “orgulha” de ser batizada no Espírito (falar em línguas estranhas) mas que não revelam os traços de caráter de um verdadeiro servo de Deus. 28. A IASD crê que o dom de línguas bíblico não é o mesmo observado hoje nas igrejas “pentecostais”. Como falei anteriormente, a Igreja Adventista crê na manifestação de todos os dons espirituais relatados na Bíblia, inclusive o de “línguas”. Po- rém, como vimos, os dons são concedidos visando a um fim proveitoso, e são distribuídos conforme a vontade do Espírito Santo. Nem todos os crentes possuem o mesmo dom, e é exatamente isso que traz unidade e progresso à Igreja do Senhor (cf. 1Co 12:4-31). Precisamos conhecer como se manifestava o dom de línguas na Bíblia, para sabermos se as demonstrações desse dom que vemos nas igrejas “pentecostais” são mesmo autênticas. Analisemos as ocorrências do dom de línguas na Igreja Primitiva. Por que Sou Adventista do 7º Dia? 44 ATOS 2 O Espírito Santo foi derramado no Pentecostes, e não antes, porque o ministério do Espírito não havia ainda sido iniciado (cf. Jo 7:39; At 2:33). O ministério do Espírito só iniciou após a glorificação de Jesus como Vence- dor sobre a morte. Pedro estava naquela ocasião em um momento especial para a disse- minação do Evangelho. Estavam em Jerusalém milhares de judeus vindos de diversas partes do mundo (At 2:5), e aquela seria a ocasião propícia para falar de Jesus para eles. Mas como isso ocorreria? Eles falavam dife- rentes idiomas (vv. 6-11), e os discípulos eram, em sua maioria, pessoas simples do povo local, sem instrução acadêmica formal. Deus, então, dotou os discípulos da capacidade sobrenatural de pregar o Evangelho de uma maneira que todos os diferentes grupos lingüísticos compreendessem e pudessem aceitar a mensagem. E foi o que aconte- ceu. Pedro pregou, e cada pessoa ali presente o ouviu falar em sua pró- pria língua, ou seja, o dom concedido em Atos 2 não foi uma “língua es- tranha” ou “língua dos anjos”, incompreensível. Ao contrário, foi a capacidade de falar no idioma da pessoa que estava necessitando da mensagem de salvação. E qual foi o resultado? Veja no verso 41. ATOS 10 Deus já havia concedido a Pedro uma revelação sobre o preconceito religioso que ainda estava presente no coração dos judeus, inclusive no dele próprio (At 10:9-16, 28). A visão nada tinha que ver com alimenta- ção, como alguns ensinam por aí; o objetivo do Senhor era alertar o após- tolo Pedro sobre a acepção de pessoas na pregação do Evangelho eterno. Após receber a visita de pessoas enviadas por Cornélio, Pedro vai ter com eles, porém leva “alguns irmãos”, para servirem de testemunhas da possível conversão do militar gentio (v. 23). Por que Sou Adventista do 7º Dia? 45 Ao chegarem lá, Pedro compreende o significado da visão sobre o “len- çol”, pois ele percebeu que a mensagem do Evangelho deveria sim alcan- çar todas as pessoas, de todas as nações, independentemente de raças ou culturas (vv. 28 e 34). Após Pedro pregar sobre Jesus e confirmar a conversão do centurião, o Espírito desce sobre os que ouviam o apóstolo, deixando os discípulos judeus “admirados” (vv. 44-45), pois viam Cornélio e outros falando em línguas, “engrandecendo a Deus”, do mesmo modo que os discípulos de Jerusalém no Pentecostes (v. 46). Imediatamente eles reconheceram que ali estavam pessoas féis a Deus, e concluíram a festa com o batismo de Cornélio nas águas. Como vemos, o dom de línguas aqui serviu para quebrar o preconceito que os judeus tinham sobre a aceitação de gentios no Reino de Deus. Tan- to é assim, que a Igreja da Judéia ficou querendo mais informações sobre o ocorrido (cf. At 11:1-18), e Pedro teve a oportunidade de testemunhar do que ele havia visto com seus próprios olhos. Como militar romano, Cornélio também poderia usar o dom de falar em outros idiomas para difundir a mensagem do Evangelho em suas viagens pelo Império. ATOS 19 Paulo faz um breve questionamento aos discípulos que encontrou em Éfeso, e percebe que eles receberam um batismo “pobre”, pois não pos- suíam nenhum conhecimento sobre o Espírito Santo (vv. 1-3). Ele os orienta na doutrina, acrescentando o ensino verdadeiro sobre a salvação em Jesus Cristo; em seguida, os discípulos de João Batista rece- bem o batismo no Espírito Santo, com a manifestação do dom de falar em línguas (v. 6). Assim como no caso de Cornélio, o dom serviu para ajudar aqueles dis- cípulos a pregarem o Evangelho naquela cidade, conhecida pela impor- Por que Sou Adventista do 7º Dia? 46 tância do seu porto, e pela grande passagem de pessoas de todas as regi- ões e nações vizinhas. Estes discípulos não haviam recebido o batismo do Espírito Santo no momento de sua conversão, porque não haviam se “convertido” realmente, pois foram instruídos em uma doutrina deficien- te. 1 CORÍNTIOS 14 Em Corinto, a língua não era “estranha”, mas um dom legítimo que precisava ser orientado. Vejamos... O que é um dom? É a capacitação sobrenatural, dada por Deus aos sal- vos, para um objetivo útil na Igreja. Os dons sempre são concedidos pelo Espírito com um fim “proveitoso” para a obra (cf. 1Co 12:7; 1Co 14:12, 19). Portanto, o objetivo principal da concessão do dom é EDIFICAR, INS- TRUIR e ORIENTAR a Igreja de Deus (cf. Ef 4:11-13). No caso do dom de línguas, a condição para que ele seja útil é que pos- sa ser compreendido (cf. 1Co 14:6-11). Isso é fácil de se entender, pois para a evangelização e edificação é necessário que os “sons” sejam com- preensíveis. Já que o que fala se edifica (1Co 14:1-4), ou seja, entende o que está dizendo, então ele certamente fala em um idioma estrangeiro. O que ocorre em 1Co 14 é o mesmo dom de Atos 2. O que estava ha- vendo de errado era a desordem com que acontecia a manifestação do dom, e a irreverência que isto causava ao culto. Por isso Paulo orienta a organização desse dom durante os cultos públicos em Corinto (vv. 26-33, 39-40). Os pentecostais dizem que o dom de línguas é uma “prova” perante a igreja de que determinado irmão foi “batizado” com o Espírito Santo. Nes- te caso, o dom seria um sinal para os crentes, o que está totalmente em desarmonia com o que Paulo afirma no v. 22. Paulo também estava interessado em desvincular o culto cristão com o Por que Sou Adventista do 7º Dia? 47 culto à deusa pagã Cibele, que era realizado em Corinto, e que era carac- terizado por grandes demonstrações de êxtase e transes. Em uma mani- festação desordenada do dom de línguas, como estava ocorrendo na igre- ja de Corinto, algum visitante poderia estranhar as semelhanças com os rituais pagãos. ESTUDO DO TERMO GREGO USADO PARA “LÍNGUAS” A palavra traduzida por “línguas” na versão Almeida Revista e Atualiza- da é GLOSSA.
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