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101Razões Porque Sou Adventista - Gilson Medeiros

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Prévia do material em texto

 Por que Sou Adventista do 7º Dia? 2 
 
 
 
101 
Razões Porque 
Sou Adventista do 
Sétimo Dia 
 
 
 
 
Gilson Medeiros 
 
 
 
 
 
 Por que Sou Adventista do 7º Dia? 3 
 
“101 Razões Porque Sou Adventista do Sétimo Dia” 
 
 
Direitos de publicação reservados ao autor. 
Os infratores de tais direitos estarão sujeitos às penalidades previstas na Lei 
Federal N° 9.610, de 19/02/1998, e atualizações posteriores. 
COPYRIGHT 
 
 
Segunda edição 
Versão Digital (E-book) - 2015 
Arte da capa: Madson Barbosa 
www.twitter.com/madsonetayanne 
 
 
 
 
Contatos com o autor: 
 gilson.medeiros@oi.com.br 
 
 
 
IMPRESSO NO BRASIL 
Printed in Brazil 
2015 
 
Seja um Cristão autêntico. Não faça cópias deste material. 
Adquirindo o original, você estará colaborando para o evangelismo 
voluntário do autor. Lembre-se do mandamento: “Não furtarás!”. 
Êxodo 20:15 
 
http://www.twitter.com/madsonetayanne
 Por que Sou Adventista do 7º Dia? 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“...antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, 
estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos 
pedir razão da esperança que há em vós.” 
1Pedro 3:15 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Por que Sou Adventista do 7º Dia? 5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
A todos os nossos queridos irmãos Adventistas do Sétimo Dia, pela 
incansável luta como povo remanescente de Deus, em meio a um mundo 
que pisa na Lei do Senhor e persegue os que desejam permanecerem fieis. 
Não esqueçam jamais a letra daquele belo hino, que diz: 
“Reinos pereceram, tronos e nações, 
Mas a Igreja vence, mesmo em aflições”. 
 
A luta é grande, mas a vitória é certa! 
Maranata!!!! 
 
 Por que Sou Adventista do 7º Dia? 6 
 
ABREVIATURAS 
Neste livro serão utilizadas, em sua maioria, as abreviaturas dos textos bíblicos, 
conforme a versão Revista e Atualizada, de João Ferreira de Almeida, que é a 
tradução padrão adotada no presente trabalho. 
 
ANTIGO TESTAMENTO 
Gn Gênesis Ec Eclesiastes 
Êx Êxodo Ct Cantares 
Lv Levítico Is Isaías 
Nm Números Jr Jeremias 
Dt Deuteronômio Lm Lamentações de Jeremias 
Js Josué Ez Ezequiel 
Jz Juízes Dn Daniel 
Rt Rute Os Oséias 
1Sm 1 Samuel Jl Joel 
2Sm 2 Samuel Am Amós 
1Rs 1 Reis Ob Obadias 
2Rs 2 Reis Jn Jonas 
1Cr 1 Crônicas Mq Miquéias 
2Cr 2 Crônicas Na Naum 
Ed Esdras Hc Habacuque 
Ne Neemias Sf Sofonias 
Et Ester Ag Ageu 
Jó Jó Zc Zacarias 
Sl Salmos Ml Malaquias 
Pv Provérbios 
 
NOVO TESTAMENTO 
Mt Mateus Ef Efésios Hb Hebreus 
Mc Marcos Fp Filipenses Tg Tiago 
Lc Lucas Cl Colossenses 1Pe 1 Pedro 
Jo João 1Ts 1 Tessalonicenses 2Pe 2 Pedro 
At Atos 2Ts 2 Tessalonicenses 1Jo 1 João 
Rm Romanos 1Tm 1 Timóteo 2Jo 2 João 
1Co 1 Coríntios 2Tm 2 Timóteo 3Jo 3 João 
2Co 2 Coríntios Tt Tito Jd Judas 
Gl Gálatas Fm Filemom Ap Apocalipse 
 Por que Sou Adventista do 7º Dia? 7 
 
SUMÁRIO 
RAZÕES TEOLÓGICAS 13 
1. A IASD CRÊ EM UM DEUS CRIADOR. 14 
2. A IASD DEFENDE QUE O RELATO DE GÊNESIS É AUTÊNTICO. 15 
3. A IASD CRÊ NA OCORRÊNCIA LITERAL DE UM DILÚVIO CATASTRÓFICO, CONFORME DESCRITO NAS ESCRITURAS. 16 
4. A IASD CRÊ EM UMA TRINDADE DIVINA. 18 
5. A IASD CRÊ QUE JESUS É TANTO DEUS QUANTO O PAI. 19 
6. A IASD CRÊ QUE JESUS É O NOSSO ÚNICO E SUFICIENTE SALVADOR. 20 
7. A IASD NÃO CRÊ QUE SATANÁS TENHA PARTE NO PLANO DE SALVAÇÃO COMO NOSSO CO-REDENTOR. 21 
8. A IASD ACEITA A BÍBLIA COMO ÚNICA REGRA DE FÉ E DE BASE DOUTRINÁRIA. 22 
9. A IASD ACEITA QUE TODA A BÍBLIA FOI INSPIRADA POR DEUS. 23 
10. A IASD ACREDITA NA PERSONALIDADE DIVINA DO ESPÍRITO SANTO. 24 
11. A IASD ENSINA QUE HÁ UM CONFLITO CÓSMICO INICIADO NA REBELIÃO DE LÚCIFER. 25 
12. A IASD CRÊ QUE JESUS VIVEU UMA VIDA ABSOLUTAMENTE ISENTA DE PECADO. 27 
13. A IASD CRÊ QUE O SACRIFÍCIO EXPIATÓRIO DE CRISTO É O ÚNICO MEIO DE SALVAÇÃO PARA O HOMEM. 28 
14. A IASD CRÊ QUE JESUS VERDADEIRAMENTE MORREU NA CRUZ DO CALVÁRIO. 29 
15. A IASD CRÊ NA RESSURREIÇÃO DE CRISTO. 30 
16. A IASD CRÊ QUE A SALVAÇÃO VEM UNICAMENTE PELA FÉ. 31 
17. A IASD CRÊ QUE, SALVOS PELA FÉ, SOMOS CONVIDADOS A VIVER UMA VIDA FRUTÍFERA DESSA FÉ. 31 
18. A IASD CRÊ QUE DEUS SEMPRE TEVE UM POVO DURANTE A HISTÓRIA TERRESTRE. 33 
19. A IASD ACREDITA QUE O SENHOR TAMBÉM TEM UM POVO NESTES ÚLTIMOS DIAS, QUE ESTÁ PREPARANDO-SE MUNDIALMENTE PARA O ENCONTRO 
GLORIOSO COM ELE. 35 
20. A IASD ACREDITA QUE A MISSÃO DESSE REMANESCENTE É LEVAR O EVANGELHO ETERNO A TODA CRIATURA TERRESTRE, CONDUZINDO TODOS NA 
ADORAÇÃO AO DEUS CRIADOR DE TODAS AS COISAS. 36 
21. A IASD CRÊ QUE A IGREJA DE DEUS É UMA COMUNIDADE DE PESSOAS QUE MANTÉM LAÇOS MÚTUOS DE AMOR E UNIÃO. 38 
22. A IASD CRÊ QUE O BATISMO BÍBLICO SE DÁ POR IMERSÃO. 39 
23. A IASD NÃO PRATICA O BATISMO DE CRIANÇAS, PORQUE A BÍBLIA NÃO O AUTORIZA. 39 
24. A IASD PRATICA A CERIMÔNIA DA CEIA DO SENHOR COMO PARTICIPAÇÃO DOS SÍMBOLOS DO CORPO E SANGUE DE CRISTO. 40 
25. A IASD PRATICA, COMO PREPARAÇÃO PARA A CEIA DO SENHOR, A CERIMÔNIA DO “LAVA-PÉS”. 41 
26. A IASD CRÊ QUE DEUS CONCEDE DONS À SUA IGREJA, VISANDO A PREGAÇÃO DO EVANGELHO AO MUNDO. 42 
27. A IASD CRÊ QUE NÃO HÁ UM DOM ESPECÍFICO PARA PROVAR O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO. 42 
28. A IASD CRÊ QUE O DOM DE LÍNGUAS BÍBLICO NÃO É O MESMO OBSERVADO HOJE NAS IGREJAS “PENTECOSTAIS”. 43 
29. A IASD CRÊ QUE UM DOS DONS DA IGREJA REMANESCENTE NESTES ÚLTIMOS DIAS É O DOM DE PROFECIA. 48 
30. A IASD CRÊ QUE ESTE DOM DE PROFECIA FOI REVELADO NO MINISTÉRIO DE ELLEN GOULD WHITE. 49 
31. A IASD CRÊ QUE DEUS TEM UMA LEI MORAL E ETERNA. 52 
32. A IASD ENSINA QUE HAVIAM LEIS CERIMONIAIS, QUE PERDERAM O SENTIDO DE EXISTIR A PARTIR DO SACRIFÍCIO DA CRUZ. 55 
 Por que Sou Adventista do 7º Dia? 8 
 
33. A IASD CRÊ QUE O SÁBADO DO 4º MANDAMENTO DEVE SER OBSERVADO EM NOSSOS DIAS, ASSIM COMO OS OUTROS 9 MANDAMENTOS DA LEI DO 
SENHOR. 58 
34. A IASD CRÊ QUE JESUS NÃO ABOLIU O SÁBADO NEM AUTORIZOU ESTA MUDANÇA. 61 
35. A IASD CRÊ QUE OS APÓSTOLOS NÃO ENSINARAM A ABOLIÇÃO DO SÁBADO DO SÉTIMO DIA. 66 
36. A IASD CRÊ QUE HAVIAM OS SÁBADOS CERIMONIAIS, QUE NÃO PODEM SER CONFUNDIDOS COM OS SÁBADOS SEMANAIS DA LEI MORAL. 76 
37. A IASD CRÊ QUE O PRINCÍPIO DO DÍZIMO AINDA É VÁLIDO PARA OS DIAS ATUAIS. 78 
38. A IASD CRÊ QUE, JUNTAMENTE COM OS DÍZIMOS, DEVEMOS DOAR NOSSAS OFERTAS DE GRATIDÃO. 79 
39. A IASD DEFENDE QUE O CRISTÃO DEVE TER UMA CONDUTA MORAL HONESTA E LIMPA, DIANTE DE DEUS E DOS HOMENS. 79 
40. A IASD CRÊ QUE O SEXO DEVE SER DESFRUTADO UNICAMENTE NO MATRIMÔNIO. 80 
41. A IASD CRÊ QUE O ÚNICO MOTIVO PARA O ROMPIMENTO DO VOTO MATRIMONIAL É O ADULTÉRIO. 81 
42. A IASD CRÊ QUE A FAMÍLIA É A BASE INSTITUÍDA POR DEUS PARA O CRESCIMENTO MORAL DO HOMEM. 82 
43. A IASD CRÊ QUE HÁ UM SANTUÁRIO NO CÉU, UTILIZADO POR DEUS COMO MODELO PARA ORIENTAR A CONSTRUÇÃO DO SANTUÁRIO DE ISRAEL NO 
DESERTO. 83 
44. A IASD CRÊ QUE JESUS É NOSSO ADVOGADO E SUMO-SACERDOTE NO SANTUÁRIO CELESTIAL. 84 
45. A IASD ACREDITA QUE O LIVRO DE DANIEL TRAZ A MAIOR PROFECIA DA BÍBLIA, QUE COBRE UM PERÍODO DE 2300 ANOS, CHEGANDO ATÉ OS DIAS 
MODERNOS. 84 
46. A IASD CRÊ QUE JESUS RETORNARÁ EM BREVE A ESTE MUNDO, CONFORME ELE MESMO PROMETEU. 98 
47. A IASD CRÊ QUE ESTA VINDA SERÁ PESSOAL, VISÍVEL E GLORIOSA. 98 
48. A IASD NÃO CRÊ EM UM ARREBATAMENTO SECRETO DA IGREJA. 100 
49. A IASD CRÊ QUE OS QUE MORRERAM EM CRISTO SERÃO RESSUSCITADOS POR OCASIÃO DA SUA VOLTA. 10350. A IASD CRÊ QUE OS MORTOS NÃO RECEBEM IMEDIATAMENTE APÓS A MORTE A SUA RECOMPENSA ETERNA. 103 
51. A IASD CRÊ QUE A MORTE É UM SONO, COMO O PRÓPRIO JESUS ENSINOU. 104 
52. OS ADVENTISTAS NÃO CRÊEM QUE OS ÍMPIOS SERÃO ATORMENTADOS ETERNAMENTE EM UM LAGO DE FOGO INFERNAL. 106 
53. A IASD CRÊ QUE HAVERÁ DUAS RESSURREIÇÕES, SEPARADAS POR UM PERÍODO DE 1000 ANOS. 116 
54. A IASD NÃO ACREDITA NA EXISTÊNCIA DE UM “PURGATÓRIO". 118 
55. A IASD CRÊ QUE DEVEMOS CUIDAR DO NOSSO CORPO, POIS ELE É O TEMPLO DO ESPÍRITO SANTO. 120 
56. A IASD CRÊ QUE JESUS PREPAROU UMA CIDADE ESPECIAL, NA QUAL OS SALVOS MORARÃO. 125 
57. A IASD ENSINA QUE HAVERÁ UMA NOVA TERRA, ETERNAMENTE LIVRE DO PECADO. 126 
58. A IASD ENSINA QUE NÃO PODEMOS DIZER EM QUE DIA JESUS IRÁ VOLTAR, MAS APENAS ACOMPANHAR OS SINAIS PROFETIZADOS NA BÍBLIA. 126 
59. A IASD CRÊ QUE A LEI E A GRAÇA NÃO SÃO MUTUAMENTE EXCLUDENTES, E PODEM PERFEITAMENTE CONVIVEREM JUNTAS. 127 
60. A IASD CRÊ QUE A PREGAÇÃO DO EVANGELHO É O OBJETIVO PRINCIPAL DA EXISTÊNCIA DA IGREJA DE DEUS NESTES ÚLTIMOS DIAS. 128 
61. A IASD SEGUE O MÉTODO DE INTERPRETAÇÃO HISTORICISTA PARA O CUMPRIMENTO DAS PROFECIAS BÍBLICAS, E O GRAMÁTICO-HISTÓRICO PARA 
TODA A ESCRITURA SAGRADA. 129 
62. A IASD CRÊ NA EXISTÊNCIA DOS ANJOS, COMO MENSAGEIROS DIVINOS E COMPANHEIROS CONSTANTES DO POVO DE DEUS NESTE MUNDO. 132 
63. A IASD NÃO CRÊ QUE DEUS PREDESTINE NINGUÉM DIRETAMENTE À PERDIÇÃO, OU QUE UMA VEZ SALVO, SALVO PARA SEMPRE; MAS CREMOS QUE 
DEUS CONCEDE O LIVRE-ARBÍTRIO A CADA UM PARA ESCOLHER SERVI-LO OU NÃO. 133 
RAZÕES ADMINISTRATIVAS 135 
64. OS ADVENTISTAS MANTÊM UM RECONHECIDO SISTEMA DE EDUCAÇÃO EM TODO O MUNDO. 136 
 Por que Sou Adventista do 7º Dia? 9 
 
65. A IASD PREOCUPA-SE EM LEVAR UM SERVIÇO DE SAÚDE E ASSISTÊNCIA MÉDICA ATRAVÉS DE SEUS HOSPITAIS E INSTITUIÇÕES DE SAÚDE. 137 
66. OS PASTORES ADVENTISTAS FORMAM-SE EM UM CURSO SUPERIOR DE TEOLOGIA, DEMONSTRANDO PREPARO PARA CUIDAR DO REBANHO. 139 
67. NA IASD O SISTEMA DE ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA É O MODELO REPRESENTATIVO. 140 
68. OS PASTORES ADVENTISTAS RECEBEM SEU SALÁRIO BASEADO EM UM TETO ÚNICO, EVITANDO AS COMPETIÇÕES OBSERVADAS EM OUTRAS 
DENOMINAÇÕES EVANGÉLICAS. 141 
69. OS LIVROS DAS CASAS PUBLICADORAS SÃO LIDOS EM TODO O MUNDO, LEVANDO MAIS SAÚDE, EDUCAÇÃO E CONHECIMENTO BÍBLICO PARA TODOS 
OS PAÍSES. 142 
70. A IASD POSSUI UM MANUAL ECLESIÁSTICO QUE ORIENTA AS ATIVIDADES DA IGREJA EM ÂMBITO MUNDIAL. 143 
71. NA IASD SÃO REALIZADOS CONCÍLIOS REGULARES COM DELEGADOS REPRESENTATIVOS DE TODAS AS IGREJAS DO MUNDO. 144 
72. EM POUCOS ANOS, A IASD TORNOU-SE UMA DAS DENOMINAÇÕES CRISTÃS MAIS PRESENTES EM TODO O MUNDO. 145 
73. OS ADVENTISTAS ESTUDAM AO MESMO TEMPO UMA SÓ LIÇÃO NA ESCOLA SABATINA MUNDIAL. 145 
74. A IASD TEM UM PROGRAMA MUNDIAL DE CLUBES DE DESBRAVADORES, VOLTADOS AO TRABALHO DE ORIENTAÇÃO MORAL, FAMILIAR E CRISTÃ A 
JUVENIS, ADOLESCENTES E JOVENS. 146 
75. A ADRA É UM ORGANISMO MUNDIAL, RECONHECIDO PELA ONU, QUE PRESTA ASSISTÊNCIA A COMUNIDADES CARENTES E AFLIGIDAS POR 
CATÁSTROFES. 147 
76. OS PASTORES ADVENTISTAS NÃO PERMANECEM INDEFINIDAMENTE À FRENTE DAS MESMAS CONGREGAÇÕES, COMO SE FOSSEM SEUS “DONOS”. 
148 
77. OS SEMINÁRIOS TEOLÓGICOS DA IASD FORMAM OBREIROS, PASTORES E TEÓLOGOS CAPACITADOS PARA ATENDER ÀS NECESSIDADES DA IGREJA EM 
TODO O MUNDO. 149 
78. OS DÍZIMOS E OFERTAS DOADOS PELOS MEMBROS ADVENTISTAS EM TODO O MUNDO SÃO CENTRALIZADOS E REDISTRIBUÍDOS DE FORMA A 
ATENDER CADA PONTO DO GLOBO COM A PREGAÇÃO DO EVANGELHO. 150 
79. A IASD NÃO SURGIU DA DISSIDÊNCIA OU CISÃO POR PARTE DE PASTORES OU LÍDERES, COMO ACONTECEU COM ALGUMAS DAS DIVERSAS 
DENOMINAÇÕES CRISTÃS ATUAIS. 151 
80. A IASD NUNCA MARCOU DATAS PARA A VOLTA DE CRISTO. 155 
81. OS LÍDERES ADMINISTRATIVOS DA IASD SÃO ESCOLHIDOS ATRAVÉS DA VOTAÇÃO DIRETA OU INDIRETA, COM A PARTICIPAÇÃO DE REPRESENTANTES 
DE TODAS AS CONGREGAÇÕES, PERMANECENDO POR UM MANDATO DETERMINADO. 156 
82. OS EVANGELISTAS ADVENTISTAS TÊM REALIZADO CAMPANHAS FRUTÍFERAS EM TODAS AS PARTES DO MUNDO, LEVANDO MILHARES DE PESSOAS AO 
ENCONTRO COM JESUS CRISTO. 157 
83. IASD ESTÁ CONSTANTEMENTE DESENVOLVENDO CURSOS, TREINAMENTOS E EVENTOS PARA A DEVIDA CAPACITAÇÃO DOS MEMBROS PARA A 
PREGAÇÃO DO EVANGELHO. 158 
84. EXISTE UMA UNIDADE DOUTRINÁRIA MUNDIAL NA IASD, GRAÇAS AOS CONCÍLIOS, ASSEMBLÉIAS E REUNIÕES QUE SE REALIZAM REGULARMENTE 
ENTRE OS PASTORES E MEMBROS. 159 
RAZÕES RELATIVAS AO ESTILO DE VIDA 160 
85. A IASD SEGUE OS PRINCÍPIOS BÍBLICOS SOBRE A ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL, MANTENDO O TEMPLO DO ESPÍRITO LIMPO E ORGANIZADO. 161 
86. O MUNDO SECULAR JÁ RECONHECE OS ASPECTOS POSITIVOS DE UMA ALIMENTAÇÃO LIVRE DE EXCESSOS, COM VALORIZAÇÃO DOS ALIMENTOS 
NATURAIS E ABSTENÇÃO DAQUELES DE ORIGEM ANIMAL. 161 
87. OS ADVENTISTAS SE ABSTÉM DO USO DE ALIMENTOS OU PRODUTOS RECONHECIDAMENTE PREJUDICIAIS AO NOSSO ORGANISMO, COMO: CAFÉ, 
FUMO, ÁLCOOL, CARNES IMUNDAS, ETC. 163 
88. DEUS REVELOU PARA A IASD OS 8 PRINCÍPIOS DE SAÚDE QUE NOS TRAZEM UM FORTALECIMENTO DO CORPO E DA MENTE. 164 
89. NOSSO MODO DE VIDA NATURAL TEM SIDO UMA BENÉFICA INFLUÊNCIA A PESSOAS DE TODO O MUNDO. 165 
90. A MÚSICA TRADICIONAL ADVENTISTA É RECONHECIDA NO MEIO EVANGÉLICO COMO DE EXCELENTE QUALIDADE TÉCNICA E DEVOCIONAL. 165 
 Por que Sou Adventista do 7º Dia? 10 
 
91. AS PESSOAS QUE SE CONVERTEM A JESUS NA IASD PASSAM POR UM ESTUDO SISTEMÁTICO DOS ENSINOS BÍBLICOS, PARA COMPREENDEREM O REAL 
SENTIDO DO PLANO DA SALVAÇÃO. 167 
92. NOSSOS CULTOS SÃO INSPIRADORES E REVERENTES, NÃO POSSUINDO SEMELHANÇA COM OS CULTOS EMOTIVOS E BARULHENTOS VERIFICADOS EM 
OUTRAS DENOMINAÇÕES. 171 
93. NA IASD HÁ UMA CONSTANTE PREOCUPAÇÃO COM A FAMÍLIA COMO BASE DA SOCIEDADE, SEMPRE PROCURANDO LEVAR OS CASAIS E FILHOS PARA 
MAIS PERTO DO AMOR DE DEUS. 172 
94. OS ADVENTISTAS SÃO ORIENTADOS SOBRE A IMPORTÂNCIA DE SE REALIZAR CULTOS FAMILIARES DIÁRIOS, COMO MEIO DE FORTALECER OS LAÇOS DE 
UNS COM OS OUTROS E CADA UM PARA COM O SENHOR. 174 
95. NOSSOS JOVENS PARTICIPAM REGULARMENTE DE ATIVIDADES ESPECIALMENTE VOLTADAS ÀS SUAS NECESSIDADES E OBJETIVOS, COMO: 
ACAMPAMENTOS, CAMPORIS, CONGRESSOS, RETIROS, ETC. 175 
96. A IASD ESTIMULA OS SEUS MEMBROS À UMA VIDA DE ORAÇÃO INTERCESSÓRIA EM FAVOR DE SI MESMO, DOS AMIGOS, DA IGREJA E DO MUNDO 
TODO. 176 
97. OS ADVENTISTAS UTILIZAM SEMANALMENTE AS HORAS DO SÁBADO PARA UM MOMENTO DE COMUNHÃO COMPLETA COM DEUS, E EM BENEFÍCIO 
DA PREGAÇÃO DO EVANGELHO ETERNO. 177 
98. NA IASD HÁ UMA VALORIZAÇÃO ESPECIAL DAS CRIANÇAS, PROCURANDO ATENDÊ-LAS EM SUAS PECULIARIDADES E ANSEIOS QUANTO À RELIGIÃO. 
179 
99. A IASD PROCURA MANTER-SE FORA DAS DISPUTAS POLÍTICO-PARTIDÁRIAS LOCAIS, APESAR DE SER CONSCIENTE DO SEU PAPEL NA SOCIEDADE E 
CONTRIBUIR EFETIVAMENTE PARA A MELHORIA DO BEM-ESTAR DAS COMUNIDADES NAS QUAIS ESTAMOS INSERIDOS. 181 
100. A IASD REALIZA SEMANALMENTE A REUNIÃO DOS PEQUENOS GRUPOS, SEGUINDO UMA ORIENTAÇÃO DIRETA DE DEUS. 181 
101. JESUS E OS SANTOS APÓSTOLOS ERAM ADVENTISTAS DO SÉTIMO DIA. 185 
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 190 
 
 Por que Sou Adventista do 7º Dia? 11 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
O presente livro surgiu do desejo de colocar diante dos meus irmãos Ad-
ventistas as razões pelas quais eu sou grato ao meu Senhor por um dia ter sido 
convidado a fazer parte desta abençoada família – a família de Deus. 
Sempre nos deparamos com pessoas que, por não terem como argumen-
tar bíblica e teologicamente conosco, procuram nos abater através da ironia, 
humilhação, perseguição, escárnio, zombaria, desprezo, etc. Cada Adventista 
tem uma história de humilhação pela qual já teve de passar, porque preferiu 
permanecer ao lado de Deus a obedecer às tradições impostas pela maioria. 
Não é meu objetivo aqui fazer uma descrição exaustiva, maçante, sobre as 
doutrinas adventistas. Existem outras excelentes obras que tratam disso (oNisto 
Cremos, por exemplo). Procurei não usar expressões rebuscadas, mais apropria-
das para teólogos e acadêmicos; mas preferi escrever de uma maneira simples, 
direta, sem rodeios, em uma linguagem que pessoas das diferentes camadas 
sociais pudessem analisar, apreciar e absorver sem maiores dificuldades. Entre-
tanto, em alguns pontos mais controvertidos, o estudo é feito de forma mais 
detalhada, para que os nossos irmãos tenham subsídios sólidos sobre os quais 
fundamentarem sua fé. 
Espero sinceramente que estas 101 razões que me fazem crer, sem qual-
quer sombra de dúvidas, de que a nossa Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD) 
é a Igreja Remanescente da profecia bíblica, ajudem você a aproximar-se mais de 
Deus, compreendendo o que Ele espera daqueles que professam Seu sagrado 
nome. 
E para você que “ainda” não é um Adventista, livre-se de qualquer possível 
preconceito, e analise cada razão com o coração desejoso de buscar a revelação 
divina do Espírito Santo de Deus... Ele te guiará durante a leitura. 
Faça bom proveito... Estarei orando por você. 
 
Gilson Medeiros da Silva 
 
 Por que Sou Adventista do 7º Dia? 12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sou 
Adventista do 7° Dia 
Porque... 
 
 Por que Sou Adventista do 7º Dia? 13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RAZÕES TEOLÓGICAS 
 
 Por que Sou Adventista do 7º Dia? 14 
 
1. A IASD crê em um Deus Criador. 
A sociedade atual está sendo bombardeada por diferentes teorias 
acerca da origem da vida humana. A grande maioria crê na Evolução, ou 
seja, acreditam que o homem é o “progresso” de alguma forma primitiva 
de vida, que foi se desenvolvendo em nosso mundo ao longo de milhões 
de anos. 
Até mesmo a cristandade em geral já não defende tão seriamente o 
ensino bíblico de que o homem foi criado do “pó da terra”, saindo das 
mãos de um Deus Criador, conforme relatado em Gênesis 1 e 2. 
Como Adventistas do Sétimo Dia somos um dos únicos defensores do 
Criacionismo bíblico, pois a grande maioria dos cristãos já não crê mais 
que o relato de Gênesis seja literal e autêntico. Os Adventistas crêem que 
Deus criou o homem, os animais e as plantas na semana da Criação, coro-
ando-a com a escolha do sétimo dia, o sábado, como sendo um selo se-
manal sobre a obra divina. Nossa mensagem está profundamente ligada 
ao ensinamento bíblico da criação literal da vida na Terra (e em seis dias 
literais), o que descarta qualquer possibilidade de longas eras criadoras, 
nas quais o Senhor foi desenvolvendo a vida em nosso planeta. A crença 
em um Deus Criador deve fazer parte da mensagem da Igreja de Deus, 
pois a Bíblia sempre se refere ao Senhor como sendo o Criador de todas 
as coisas (cf. Sal. 95:6; Is 40:26; 42:5; 45:18; Ap 4:11; etc.), não dando 
margem à crença popular de que tudo veio a existir do nada, sem um fim 
ou objetivo específico. 
Não cremos que viemos de algum organismo unicelular disforme há 
milhões de anos no passado. Não! Fomos criados à imagem e semelhança 
do nosso Pai, um Deus de Amor, que nos criou, nos salvou e nos mantém 
sob o Seu supremo cuidado. 
 
 Por que Sou Adventista do 7º Dia? 15 
 
2. A IASD defende que o relato de Gênesis é autêntico. 
Uma das porções bíblicas mais discutidas nos meios teológicos são os 
11 primeiros capítulos de Gênesis. Nesta passagem significativa encon-
tramos desde o relato da Criação, passando pela queda do homem, a dis-
tribuição dos descendentes de Adão, o dilúvio como uma catástrofe literal 
e universal, o “repovoamento” da Terra a partir de Noé e sua família, e a 
Torre de Babel. 
Podemos observar que grande parte dos eventos posteriormente des-
critos na Bíblia tem como pano de fundo os relatos narrados nestes pri-
meiros capítulos das Escrituras. Por exemplo, temos o relato sobre a que-
da do homem e a posterior degradação moral e física a partir do pecado 
dos nossos primeiros pais, dando origem ao plano de salvação desenvol-
vido no restante da Bíblia. Como ajustar o ensino bíblico sobre o pecado e 
suas conseqüências, se não houve um início de sua existência em nosso 
mundo? 
Ademais, diversos personagens bíblicos, que citam o tema do Gênesis, 
sempre o fazem afirmando o seu sentido literal e histórico (cf. Rm 5:12-
21; Mt 24:38-39; 2Pe 2:5; etc.). 
Como Adventistas, cremos numa Criação literal, conforme relatada em 
Gênesis, diferentemente de outros conceitos mais modernos acerca da 
origem do mundo. Por exemplo, há atualmente os que crêem em uma 
evolução “deísta”, na qual Deus iniciou o processo criador, a partir da 
primeira matéria vida. Então, Ele programou o processo evolucionário 
fecundando a matéria com as leis naturais, seguidas por seu desenvolvi-
mento subseqüente, ausentando-Se logo em seguida. 
Há também os que crêem numa evolução “teísta”, que ensina que a 
evolução não é um fim em si mesma; é apenas o meio pelo qual Deus traz 
à existência tudo que há no universo. Como todo sistema evolutivo, não 
 Por que Sou Adventista do 7º Dia? 16 
 
há menção sobre o pecado, pois há apenas um progresso contínuo da 
Criação. Este tem sido o conceito mais aceito nos meios evangélicos mo-
dernos. 
Porém, como crentes na proclamação evangélica dos 3 anjos de Apoca-
lipse, que voam pelo meio do céu pregando uma mensagem de adoração 
ao Deus Criador (cf. Ap 14:6-12), não podemos jamais deixar de crer no 
que diz o Livro Sagrado: Deus formou o homem do pó da terra, e inspirou 
neste “boneco de barro” o fôlego de vida, trazendo o primeiro exemplar 
da nossa raça à existência. Pelo Seu infinito amor pelo homem, o Senhor 
Se dispôs a moldar a massa informe, e dar Sua própria imagem ao materi-
al que estava sendo trabalhado por Suas mãos. Isso não se deu com ne-
nhum outro ser criado; somente na criação do homem, o Criador assumiu 
a posição de “Oleiro”, e trouxe à existência a mais esperada criação – o 
ser humano. 
 
3. A IASD crê na ocorrência literal de um dilúvio catastrófico, conforme des-
crito nas Escrituras. 
Após criar a raça humana, Deus viu pesarosamente esta se desviar do 
plano inicial de uma vida de perfeita paz, amor e comunhão com o Divino 
Criador. O Senhor, então, contemplou a extrema apostasia pela qual o 
homem estava se deixando enredar por suas próprias escolhas erradas 
(cf. Gn 3-10). 
O relato bíblico informa-nos que Deus resolveu, a partir daí, colocar um 
fim ao mal presente no mundo; porém, ainda seria dada uma via de esca-
pe para aqueles que desejassem fugir da catástrofe. Talvez por não co-
nhecerem ainda a existência da chuva, pois uma neblina é que brotava do 
solo para molhar a superfície (Gn 2:6), os povos anti-diluvianos não acei-
taram a oferta de graça concedida por Deus através de Noé, e preferiram 
 Por que Sou Adventista do 7º Dia? 17 
 
continuar vivendo em seus prazeres, longe do Deus que os criara. O Se-
nhor enviou, então, um dilúvio que cobriu toda a superfície terrestre, e 
que pôs um fim àqueles que haviam tão ferozmente afrontado o caráter 
de amor e justiça de Deus. Apenas 8 pessoas são salvas, e começam um 
novo povoamento do planeta (cf. Gn 6:1-8:22). Este é o relato bíblico 
acerca do dilúvio, que modernamente tem sido rejeitado pela quase tota-
lidade dos teólogos cristãos. 
Os adventistas crêem que houve este dilúvio literal, que trouxe conse-
qüências fantásticas à estrutura geológica e à vida do planeta. O Dr. Ariel 
A. Roth, phD, do Instituto de Pesquisa Geológica, da Universidade Adven-
tista de Loma Linda (citado no artigo do Dr. Willian Shea, ver Bibliografia), 
defende a posição bíblica ao dizer que,no mundo, cerca da metade dos 
sedimentos sobre os continentes atuais veio do mar. Como é que tanto 
material marinho se depositou sobre os continentes? Era de se esperar 
que ficasse no oceano. A distribuição extensa de oceanos sobre os conti-
nentes é certamente uma situação que difere de hoje - e ela é coerente 
com a crença num dilúvio universal. O Dr. Roth apresenta outros pontos 
importantes para comprovar que há evidências fortes sobre a existência 
de um dilúvio universal, conforme relatado em Gênesis, tais como: abun-
dante atividade de água subterrânea nos continentes; distribuição ampla 
de sedimentos exóticos; ausência de erosão nas lacunas das camadas se-
dimentares; e sistemas ecológicos incompletos. 
A Igreja Adventista é uma das únicas que mantém Institutos de Pesqui-
sa com excelentes cientistas, em sua maioria com títulos de Pós-
graduação, pesquisando as evidências físicas, geológicas, climáticas, ar-
queológicas, etc., que trazem cada vez mais iluminação sobre o relato 
bíblico do Gênesis, em especial do dilúvio. No Brasil, por exemplo, temos 
a Sociedade Criacionista Brasileira (http://www.scb.org.br), cuja presidên-
http://www.scb.org.br/
 Por que Sou Adventista do 7º Dia? 18 
 
cia está nas mãos de cientistas Adventistas, com um profundo sentimento 
de preocupação na divulgação da mensagem de que gomos originados 
através das mãos do Pai Criador. Isso mostra a preocupação desta Igreja 
em levar ao mundo a mensagem de que devemos adorar “Aquele que 
fez” todas as coisas (cf. Ap 14:6-7). 
 
4. A IASD crê em uma Trindade Divina. 
A Bíblia mostra que há uma Divindade formada por 3 Pessoas Coeter-
nas: Pai, Filho e Espírito Santo (cf. Mt 28:19; 2Co 13:13). Eles desempe-
nham em perfeita unidade o trabalho de Criar, Restaurar e Manter o ho-
mem ao seu estado edênico antes do pecado. 
O Pr. Demóstenes Neves apresenta um artigo com pelo menos 15 pas-
sagens bíblicas neo-testamentárias, nas quais sempre aparecem a presen-
ça das três Pessoas da Trindade de forma pessoal e independente uma da 
outra: Jo 14:16, 26; At 1:1-4; 2:32-33, 38-39; 4:8-10, 24-26; 5:31-32; 7:55-
56; 10:46-48; 20:21-23; Ef 1:13-17; Tt 3:4-6; Hb 10:12-15; 1Co 2:10-12, 16 
(ver Bibliografia). Poderíamos acrescentar, ainda, Rm 15:30 e 1Co 12:4-6. 
Uma passagem bíblica que mostra de forma muito nítida a atuação das 
3 Pessoas da Trindade de maneira distinta é a que trata da morte de Estê-
vão. Vemos ali que o discípulo estava cheio do Espírito Santo, O qual foi o 
seu Guia durante a pregação (At 7:55), enquanto que o Pai e o Filho esta-
vam no Céu, observando a atuação fiel do eloqüente discípulo (At 7:55-
56). Vê-se claramente que as 3 Pessoas são distintas, e não apenas 1 Pes-
soa em diferentes “funções” como alguns antitrinitarianos querem insis-
tentemente defender nos dias atuais. 
Aos poucos a doutrina da Trindade foi se cristalizando na teologia Ad-
ventista, desde a época dos pioneiros, e, assim como tantas outras dou-
trinas (sábado, dízimos, temperança, etc.), desenvolveu-se até o ponto 
 Por que Sou Adventista do 7º Dia? 19 
 
em que a conhecemos hoje. 
 
5. A IASD crê que Jesus é tanto Deus quanto o Pai. 
Há algumas denominações religiosas que não aceitam o ensino bíblico 
de que Jesus é tão divino quanto o Pai. Eles crêem que o Pai criou, em 
algum momento da eternidade, o Filho, que é uma espécie de deus menor 
(ou demiurgo, na concepção grega), inferior ao Pai. Até mesmo uma nova 
versão da Bíblia foi escrita, na qual as referências a Jesus aparecem com 
um “d” minúsculo, quando Ele é chamado de “Deus” pelos discípulos. 
Mas a Igreja Adventista não crê dessa forma. Os Adventistas crêem do 
mesmo modo que Paulo cria, que em Jesus habita corporalmente toda a 
plenitude da divindade (cf. Col. 1:19; 2:9). Ou seja, para Paulo, todos os 
atributos divinos (eternidade, poder, caráter, etc.) habitam na Pessoa de 
Jesus, igualando-O ao Pai e ao Espírito. 
Ademais, diversas passagens bíblicas também confirmam que Jesus 
possuía as prerrogativas divinas, reservadas nas Escrituras somente para 
Deus: 
a) Jo 1:18 – Ele é chamado de “Deus Unigênito”. 
b) At 2:36 – Jesus é o Senhor e Cristo. 
c) Tt 2:13 – Jesus é o nosso grande Deus e Salvador. 
d) Mt 1:1 cf. Is 9:6 – O Messias era o Deus Forte. 
e) Rm 9:1, 5 – Jesus é o Deus Bendito. 
f) Fp 2:5-7 – Jesus tinha a forma (grego MORPHÊ, “cópia exata”) de 
Deus. 
g) 2Co 5:19-20 – Deus estava em Cristo 
h) Jo 5:18 – Os judeus entenderam quando Jesus afirmou que era igual 
a Deus. 
i) Jo 10:30 – Jesus é um com o Pai. 
 Por que Sou Adventista do 7º Dia? 20 
 
j) Hb 1:1-8 – Jesus ocupa o mesmo lugar que o Pai na Majestade celes-
te. 
l) At 3:15 – Jesus é o Autor da Vida. 
m) Jo 20:28 – Tomé chamou Jesus de “Senhor” e “Deus”, e Ele não re-
preendeu o apóstolo, por um possível “exagero”. 
n) Ap 1:8 – Jesus chama para Si atributos pertencentes unicamente à 
Divindade. 
o) 2Pe 1:1-2 – Jesus era reconhecido pelos apóstolos como nosso Deus 
e Salvador. 
p) Mt 3:3 cf Is 40:3 – João Batista viria preparar o caminho de Jeová. 
q) Zc 11:13 cf. Mt 27:9 – a profecia diz que Deus seria vendido por 30 
moedas de prata, o que aconteceu em Jesus. 
r) 1Jo 5:20 – Jesus é o verdadeiro Deus e a vida eterna. 
s) Jd 25 – Jesus é Senhor e Deus do cristão. 
Seguindo todas estas inquestionáveis verdades bíblicas, os Adventistas 
não poderiam deixar de crer que Jesus é tanto Deus quanto o é o Pai e o 
Espírito Santo. 
 
6. A IASD crê que Jesus é o nosso único e suficiente Salvador. 
Para os Adventistas, a única maneira de o homem se livrar da conde-
nação do pecado é aceitando, pela fé, o sacrifício expiatório de Jesus rea-
lizado em benefício da raça humana. Na cruz, Ele pagou o preço que o 
homem deveria pagar (cf. 1Co 15:1-3), e nos concedeu Sua justiça como 
um manto que nos reveste contra a penalidade eterna (cf. Zc 3:1-5; Jo 
3:18; 5:24). 
Não há qualquer outro ser que possa assumir o papel de nosso Salva-
dor, Mediador e Advogado junto ao Pai (cf. 2Tm 1:10; 1Tm 2:5; Fp 3:20; 
1Jo 4:14; 1Jo 2:1). Ninguém mais possui tais prerrogativas como Salvador 
 Por que Sou Adventista do 7º Dia? 21 
 
da raça humana, pois somente Jesus Cristo demonstrou uma vida livre do 
pecado, e concede ao arrependido a justiça que por direito é Sua, mas 
que Ele doa gratuitamente ao pecador convertido, por meio unicamente 
da fé (cf. 2Co 5:21; Ef 2:8). 
 
7. A IASD não crê que satanás tenha parte no plano de salvação como nosso 
co-redentor. 
Os Adventistas são freqüentemente criticados, através de publicações 
preconceituosas e destituídas de embasamento bíblico, de fazerem de 
satanás um “co-redentor”, juntamente com Cristo, devido à interpretação 
que damos à figura do bode emissário, utilizado no serviço do santuário 
de Israel, no Dia da Expiação. Entretanto, um estudo coerente e livre de 
preconceitos mostrará que a Igreja Adventista também está correta em 
sua interpretação acerca desse bode, chamado de AZAZEL. Vejamos... 
Lv 16:1-34 traz a descrição dos eventos que ocorriam no Dia da Expia-
ção, que era o encerramento do calendário judaico, e a ocasião na qual se 
realizava uma “purificação” do santuário (v. 19). 
O v. 5 declara que os dois bodes seriam tomados para servirem de 
oferta pelo pecado; porém os vv. 7-9 mostram que era feito um sorteio 
para saber qual o bode que realmente seria utilizado no serviço de expia-
ção. O v. 5 diz que os dois eram, inicialmente, tomados como oferta pelo 
pecado (heb. CHATTAH), porque ainda não havia sido realizado o sorteio; 
por isso, a princípio, os dois eram apresentados como podendo ser o ani-
mal da oferta pelo pecado. 
Os vv. 9-10 descrevem claramente que haviauma visível diferença na 
participação dos dois bodes, pois apenas um era oferecido como oferta, 
enquanto que o outro (chamado em hebraico de AZAZEL) deveria ser le-
vado ao deserto, para morrer por lá, sem ter seu sangue derramado no 
 Por que Sou Adventista do 7º Dia? 22 
 
serviço do Dia da Expiação, no santuário. Ora, o próprio livro de Levítico 
esclarece que apenas pelo sangue se poderia fazer a expiação pelos peca-
dos (17:10-12), por isso não se pode afirmar, com base bíblica, que o bode 
AZAZEL também seria um tipo de Cristo, pois o seu sangue não era der-
ramado (cf. Hb 9:22). 
Para deixar mais claro ainda, temos a límpida declaração do v. 20, que 
diz que apenas após ter “acabado” (heb. KALAH) o serviço da expiação 
pelos pecados, é que o bode vivo deveria ser trazido; ou seja, é evidente 
que ele não participava em nenhum momento da cerimônia de expiação, 
pois sua participação ocorria somente após a purificação estar concluída. 
Portanto, não é correto dizer que os Adventistas fazem de satanás um 
co-participante no plano de redenção, tomando-se como base para tão 
absurda declaração o nosso ensinamento sobre a figura de AZAZEL, pois a 
Bíblia é bastante clara em afirmar que Satanás certamente levará sobre 
seus ombros o peso de ter sido o mentor da destruição da raça humana, 
através do pecado (cf. Ap 20:1-10; 12:9-12; Lc 13:16; At 5:3; etc.). Dos 
dois bodes, como vimos, apenas um tinha parte no plano da redenção 
esboçado no serviço do santuário – e este era aquele que derramava seu 
sangue, prefigurando ao sacrifício de Jesus na Cruz do Calvário. 
 
8. A IASD aceita a Bíblia como única regra de fé e de base doutrinária. 
A Igreja Adventista crê e ensina que toda a Bíblia foi inspirada por 
Deus, através do Seu Santo Espírito, atuando na vida de homens santos e 
piedosos (cf. 2Pe 1:21). 
Todo o plano da salvação, com os temas necessários à compreensão do 
homem concernentes à redenção, está claramente manifestado através 
das páginas sagradas das Escrituras. Este Livro é útil nas diversas áreas da 
vida cristã, desde a revelação inicial do amor de Deus até à crescente edu-
 Por que Sou Adventista do 7º Dia? 23 
 
cação que necessitamos desenvolver em nossa jornada rumo ao céu (cf. 
2Tm 3:16-17). 
Nenhuma das doutrinas Adventistas está baseada nos escritos de Ellen 
White, como os críticos gostam de declarar. Todas as doutrinas e ensina-
mentos desta amada Igreja podem ser facilmente comprovados nas pági-
nas da Bíblia, como vimos até aqui e veremos no decorrer do presente 
livro. 
Sempre que a tradição, os costumes, as declarações eclesiásticas, etc., 
se colocarem em choque com as verdades delineadas na Palavra de Deus, 
o Seu povo deve ficar do lado do “Assim diz o Senhor” bíblico, e deixar 
com Deus as conseqüências (cf. Mc 7:6-7; Mt 15:6-9; At 24:14). É assim 
que age e prega a Igreja Adventista do Sétimo Dia. 
 
9. A IASD aceita que toda a Bíblia foi inspirada por Deus. 
Um costume peculiar em algumas denominações cristãs é tentar “esco-
lher” as partes da Bíblia que ainda são proveitosas para os dias atuais; e 
tudo o mais, que não esteja de acordo com os interesses dessas denomi-
nações, é contado como não tendo mais valor para a atualidade. A porção 
preferida pelos “selecionadores do que passou” é o Antigo Testamento, 
especialmente no que se refere ao tema da Lei (sobre este assunto estu-
daremos mais detalhadamente em tópicos posteriores). Porém, isso não 
ocorre na Igreja Adventista. 
Não temos o costume de ficar separando as porções da Bíblia, classifi-
cando-as entre “válidas” ou “não-válidas”. Afinal, toda a Bíblia foi inspira-
da por Deus, e ainda é útil para nosso ensino (cf. 2Tm 3:16-17; 2Pe 1:21). 
O próprio Jesus reconhecia amplamente o valor do Antigo Testamento 
em Seu ministério, pois esta parte da Bíblia era a única “Escritura” dispo-
nível no Seu tempo; por isso Ele declarou em vários momentos que elas 
 Por que Sou Adventista do 7º Dia? 24 
 
apontavam para Ele e Seu ministério (cf. Mt 22:29; Jo 5:39). Vemos repe-
tidas vezes, tanto com Jesus quanto com os demais escritores do Novo 
Testamento, a citação de passagens do Antigo Testamento para corrobo-
rar a pregação (cf. At 2:17-21; Mt 13:34-35; 15:3-9; 22:37-39; etc.). O 
Apocalipse, por exemplo, está cheio de alusões às figuras do Antigo Tes-
tamento, o que demonstra o valor inquestionável desta parte da Bíblia, 
inclusive para os dias atuais. 
Pena que tantas denominações preferem continuar desprezando as 
maravilhosas mensagens do Antigo Testamento! Mas, parece que isto só 
ocorre em situações convenientes, pois percebe-se que mensagens for-
temente vinculadas ao Antigo Testamento não foram rejeitadas por tais 
denominações, como por exemplo, o dízimo. Quando convém, eles bem 
que se utilizam do Antigo Testamento em seus sermões! 
A Igreja Adventista segue o mesmo princípio do apóstolo Paulo, crendo 
em tudo que está revelado no Texto Sagrado (At 24:14), e ficamos com a 
certeza de que a Palavra do Senhor jamais deixará de ter importância ou 
validade, pois é eterna, com exceção apenas aos pontos que foram niti-
damente encerrados com Jesus na Cruz, como os sacrifícios de animais, 
por exemplo (cf. Hb 10:1-4). Mais detalhes sobre estes pontos que foram 
“cravados” na Cruz serão analisados posteriormente. 
 
10. A IASD acredita na personalidade divina do Espírito Santo. 
A crença na Trindade envolve, além da divindade de Cristo, a persona-
lidade e divindade do Espírito, distintamente do Pai e do Filho. 
A Bíblia mostra em diversos textos que o Espírito Santo possui atribu-
tos pessoais, e participa na obra de salvação de uma maneira que somen-
te uma Pessoa Divina poderia fazê-lo. 
Vejamos alguns textos que servem de exemplo sobre a personalidade 
 Por que Sou Adventista do 7º Dia? 25 
 
do Espírito: 
a) At 5:3-4 – Ananias mentiu ao Espírito Santo, e o apóstolo afirmou 
claramente que o Espírito era também Deus. 
b) At 8:29 – O Espírito fala com os discípulos, orientando-os sobre a 
obra da pregação (cf. At 10:17-20; 11:12; 13:2-4; 20:22-23). 
c) Rm 8:26 – O Espírito intercede por nós junto ao Pai. 
d) Rm 15:30 – O Espírito colabora com Jesus na intercessão em nosso 
favor, junto ao Deus. Este texto mostra claramente que o Pai, o Filho e o 
Espírito são Pessoas distintas na Trindade. 
e) 1Co 12:4-6 – O Espírito é o responsável, na Trindade, por distribuir 
os dons na Igreja. 
f) Ef 4:30 – É possível entristecer o Espírito Santo, quando não damos 
ouvidos às Suas orientações e conselhos. 
g) 1Pe 1:2 – O Espírito é quem desempenha a obra de santificação, en-
quanto as outras duas Pessoas realizam outras atividades no plano da 
redenção. 
A Igreja Adventista recentemente publicou um livro que estuda deta-
lhadamente o tema da Trindade. Aconselho sua leitura, caso você esteja 
buscando uma fonte abalizada de informações sobre este importante as-
sunto, tanto no Antigo quanto no Novo Testamentos (ver Bibliografia). 
 
11. A IASD ensina que há um conflito cósmico iniciado na rebelião de Lúcifer. 
Conforme o relato bíblico, no céu havia um anjo de elevada formosura 
e inteligência. Seu nome é Lúcifer (este termo não aparece na Bíblia em 
português, mas seu correspondente hebraico - HEYLEL - é encontrado em 
Is 14:12, traduzido na versão Almeida Revista e Atualizada por “estrela da 
manhã”). 
Lúcifer rebelou-se contra Deus, por acreditar que poderia ocupar o 
 Por que Sou Adventista do 7º Dia? 26 
 
próprio trono da Divindade, devido ao esplendor de sua aparência e pres-
tígio entre os demais anjos (cf. Ez 28:13-17; Is 14:12-15). Sua elevada po-sição como chefe do exército angelical levou-o a tentar usurpar a posição 
que cabia unicamente a Jesus, como Supremo Comandante do Universo. 
Nesta rebelião, Lúcifer conseguiu arregimentar 1/3 de todos os anjos, 
que se uniram a ele em uma guerra cósmica, ocorrida antes da fundação 
do nosso planeta (cf. Ap 12:1-12). Lúcifer foi derrotado e expulso do céu, 
vindo cair neste mundo, juntamente com seu exército de anjos rebeldes, 
que iniciaram um terrível plano para desviar o homem dos caminhos de 
Deus. Seu primeiro alvo foi o casal edênico, que foi iludido pelas mentiras 
do anjo rebelde e passou a viver uma existência de revolta contra o amo-
rável e justo Criador (cf. Gn 3:1-24). 
Satanás (termo hebraico para “adversário”) tem, a partir do Éden, uma 
chance para tentar provar perante o Universo se as acusações que fizera 
contra Deus são verdadeiras ou não. Desenrola-se, então, em nosso mun-
do a história do pecado com suas nefastas conseqüências. Por Adão en-
trou o pecado no mundo; e como seus descendentes, todos fazemos par-
te deste grande conflito cósmico entre o Bem e o Mal, entre Cristo e o 
diabo (cf. Rm 5:12). O diabo e seus anjos caídos são os responsáveis dire-
tos pelas mazelas que o pecado trouxe à raça humana (dores, sofrimen-
tos, doenças, desilusões, violência, imoralidade, guerras, injustiças, mor-
te...). Esta obra diabólica tem por trás de si este grande líder e 
estrategista, juntamente com seu exército (cf. 2Co 11:14-15). Mas, a Bíblia 
afirma, e os Adventistas assim crêem, que Jesus já é o vencedor nesta 
batalha (cf. Ap 3:21; 1Jo 3:8; Jo 16:33; Ap 12:10-11). 
 
 
 Por que Sou Adventista do 7º Dia? 27 
 
12. A IASD crê que Jesus viveu uma vida absolutamente isenta de pecado. 
Para ser o perfeito sacrifício pelo pecado da humanidade, o Salvador 
não poderia condescender com o pecado. Por isso, os Adventistas crêem 
que Cristo viveu esta vida livre da contaminação do pecado, constituindo-
Se no perfeito Cordeiro que expiou os pecados do mundo (cf. Jo 8:46; 2Co 
5:21). 
Jesus foi o único que pôde confiantemente afirmar perante o diabo: 
“[você] nada tem em Mim” (cf. Jo 14:30). Seria muito fácil de desmascarar 
Jesus perante os discípulos, caso Ele tivesse qualquer mancha ou propen-
são para o pecado. Mas tal não aconteceu, pois Cristo não possui qual-
quer mancha ou inclinação pecaminosa. 
Nas palavras do apóstolo Paulo, Cristo “esvaziou-Se” momentanea-
mente de Suas prerrogativas divinas, em benefício do homem, para que 
pudesse ser o nosso capaz Redentor, vencendo o pecado apenas com o 
poder da comunhão com o Pai, independente de quaisquer “poderes” 
sobre-humanos (cf. Fp 2:7). Assim, deu-nos um perfeito exemplo de obe-
diência e resignação aos ditames do Pai, única forma de nos mantermos 
puros em meio a um mundo tão mau e perverso (cf. Mt 6:9-10; 26:39; Hb 
6:12; Fp 2:8; Rm 5:19; Tg 1:27). Gostaria de acrescentar aqui uma declara-
ção inspirada, que diz: 
“Cristo é nosso exemplo: o perfeito e santo exemplo que nos tem sido 
dado para seguir. Nunca podemos nos igualar a Ele, mas podemos imitá-
Lo e nos parecermos de acordo com nossas possibilidades” – Ellen White, 
Review and Herald, 05/02/1895 – grifos meus. 
 
 
 Por que Sou Adventista do 7º Dia? 28 
 
13. A IASD crê que o sacrifício expiatório de Cristo é o único meio de salvação 
para o homem. 
Algumas pessoas não conseguem entender a real razão pela qual Jesus 
teve que morrer na Cruz do Calvário. Por que tanto sofrimento? Por que 
tanta humilhação? Por que era necessária a morte de Alguém inocente? 
Não haveria outro meio para Deus perdoar a humanidade dos seus peca-
dos? Para respondermos satisfatoriamente a estas indagações é necessá-
rio, primeiramente, entendermos o que é o “pecado”. 
Deus criou o homem para habitar o Éden e viver uma existência eterna 
de perfeita comunhão com o Pai de amor (cf. Gên. 2:15; 3:8). Porém, de-
vido à rebelião, o pecado e suas terríveis conseqüências tornaram-se co-
nhecidos do homem. A morte foi, talvez, o mais trágico resultado deste 
momento, pois a partir de então o homem não mais teria acesso à arvore 
da vida, e deveria viver longe da presença do Senhor, morrendo ao final 
da jornada (cf. Gên. 3:22-24). Deus havia advertido o casal: “da árvore do 
conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela 
comeres, certamente morrerás” (Gên. 2:17). O diabo tentou, mais uma 
vez, fazer com que Deus Se passasse por injusto ou egoísta (cf. Gên. 3:1-
7), e conseguiu levar o casal a duvidar de que a determinação de Deus 
realmente seria cumprida, caso eles comessem do fruto proibido. 
O casal duvidou de Deus, e comeu o fruto. Agora, a morte seria o triste 
fim. Mas o Senhor, em Seu infinito amor e misericórdia, não desejava ver 
a destruição eterna do homem. Sua Lei havia sido quebrada; o homem 
desobedeceu e merecia morrer; mas o desejo de salvá-lo também fazia 
parte do caráter redentivo do Pai. Como conciliar, então, a justiça e o 
amor? 
Só havia uma forma: alguém pagar a penalidade pela transgressão no 
lugar do homem, para que tanto a justiça quanto a misericórdia pudes-
 Por que Sou Adventista do 7º Dia? 29 
 
sem ser confirmadas. E esse “alguém” seria o próprio Deus, na Pessoa do 
Filho Amado (cf. 1Pe 1:17-21; Ef 1:3-12). Jesus, então, aceitou ser o sacri-
fício expiatório pelo pecado do homem, fazendo com que tanto a justiça 
quanto a misericórdia de Deus prevalecessem. Este “plano” da redenção 
começou a ser posto em prática logo em seguida ao pecado, o que mostra 
que ele já existia mesmo antes da rebelião no Éden, como um “plano al-
ternativo” (cf. Gên. 3:15, 21). 
O “plano” foi posto em execução. Para que o pecador tivesse sua 
transgressão perdoada, ele deveria trazer uma oferta animal, que morria 
“em lugar” do pecador, prefigurando um Inocente que algum dia deveria 
ser morto pelos pecados de todo o mundo (cf. Gên. 22:7-8; Êx 12; todo o 
livro de Levítico; 2Cr 30:15; etc.). Jesus foi o prometido “Cordeiro de 
Deus” que tirou o pecado do mundo (Jo 1:29, 36). Sobre Seus ombros 
pesou a responsabilidade de expiar os pecados de todos nós. Ele tornou-
Se o perfeito sacrifício: inocente, imaculado, morto... mas acima de tudo, 
voluntário (cf. Is 53)! 
Em Cristo, vemos a perfeita confirmação do Deus de amor que não 
inocenta o pecador, sem antes lhe conceder Sua própria justiça (2Co 
5:21). Sem aceitar esta oferta divina de salvação e graça, o homem não 
resistirá à condenação do pecado (cf. Hb 2:1-3), e terá que suportar sozi-
nho a pena da morte eterna (cf. Mc 16:15-16; Ap 13:8), impossível de ser 
paga por méritos do próprio homem. 
 
14. A IASD crê que Jesus verdadeiramente morreu na Cruz do Calvário. 
Uma teoria que tem sido divulgada em alguns meios religiosos é a de 
que Jesus, na verdade, não morreu na Cruz, pois tudo não passou de um 
“desmaio”, ou algo parecido, que levou as pessoas a crerem que Cristo 
havia falecido. Lee Strobel cita em seu livro (ver Bibliografia) que existe 
 Por que Sou Adventista do 7º Dia? 30 
 
uma seita muçulmana que crê que Jesus fugiu para a Índia e, até hoje, há 
um santuário que supostamente marca Seu verdadeiro túmulo, em Srina-
gar, Caxemira (ver: Strobel, 254). Alguns teólogos famosos, como Karl 
Barth, por exemplo, também criam que a ressurreição era falsa, pois Jesus 
apenas desmaiara de exaustão na cruz; ou que deram para o Senhor al-
gum tipo de “remédio”, fazendo parecer que Ele havia morrido. 
Os Adventistas, ao contrário, crêem no relato bíblico da morte de Cris-
to, pois, como vimos, foi através de Seu supremo sacrifício que Jesus abriu 
o caminho da salvação ao pecador arrependido. A Bíblia é muito clara ao 
afirmarque Cristo, de fato, morreu na Cruz do Calvário (cf. Jo 19:32-37; At 
3:15; 10:39; 1Ts 2:14-15; Ap 5:12; entre tantos outros). 
 
15. A IASD crê na ressurreição de Cristo. 
Da mesma forma que põem dúvidas sobre a morte de Jesus, alguns 
desconfiam de que a ressurreição também não passa de um “mito”. Mui-
tas teorias fantasiosas surgem para tentar explicar o “túmulo vazio” de 
Jesus (Strobel cita algumas em sua investigativa obra, op. cit., 271-296). 
Porém, mais uma vez, podemos basear nossa confiança na certeza de 
que Jesus ressuscitou, sim, dentre os mortos, para trazer novamente à 
vida a esperança de todo cristão que deposita nEle sua vitória. 
Desde o início, a mensagem da ressurreição fez parte ativa na lista de 
ensinamentos dos primeiros discípulos (cf. 1Co 15; At 13:29-31); muitos 
deles eram mesmo testemunhas oculares dos fatos que narravam (At 
2:24, 32; 3:15; 4:10; 5:30; Rm 4:24; Col. 2:12; 1Pe 1:21). 
Não há como duvidar da ressurreição de Cristo, quando nos colocamos 
em Suas mãos, pois Ele passa a viver em nosso coração e mente, fazendo-
nos estar certos de Sua existência, ainda hoje. Aliás, a grande diferença 
entre o Cristianismo e outras religiões, é que os cristãos não têm um tú-
 Por que Sou Adventista do 7º Dia? 31 
 
mulo para cultuar, pois nossa mensagem é de que Ele vive (cf. Lc 24:23; 
Mc 16:6)! 
 
16. A IASD crê que a salvação vem unicamente pela fé. 
Uma das críticas mais ouvidas pelos Adventistas, é a de que nós somos 
“legalistas”, ou seja, usamos as obras da Lei como meio de salvação. Se 
bem que pode existir algum Adventista mal-informado (ou fanático), que 
creia que as obras têm parte como méritos para a salvação, esse não é o 
ensinamento da Igreja Adventista, pois não é o ensinamento bíblico. 
O Texto Sagrado é bastante claro em afirmar que não podemos utilizar 
nossas obras para salvar-nos, pois elas estão totalmente maculadas pelo 
pecado (cf. Zc 3:1-7; Rm 3:20; Gál. 3:11; Fp 3:8-9). Paulo foi um dos escri-
tores bíblicos que mais se preocupou em tirar da mente dos seus ouvintes 
e leitores a idéia judaica e pagã de que podemos contribuir com nossas 
obras para nos justificar diante de Deus. Ele considera isso um absurdo 
inadmissível, capaz de anular toda a redenção (Gál. 2:21). 
Nada do que fazemos, por mais bem intencionado e fervoroso que se-
ja, contribui para nossa justificação diante do Pai. Unicamente pelos méri-
tos de Cristo é que podemos nos achegar à presença do Senhor Todo-
Poderoso do Universo. O justo vive diante de Deus tão-somente “pela fé”, 
e isto desde o início do mundo (cf. Gên. 3:15; 15:6; Hab. 2:4; Rm 1:17). 
Não vivemos “agora” no “tempo da graça”, pois ela sempre existiu (Sal. 
66:20 – um dos meus textos preferidos do Antigo Testamento). 
 
17. A IASD crê que, salvos pela fé, somos convidados a viver uma vida frutífera 
dessa fé. 
Há dois extremos com relação à salvação: um é aquele que acha que 
pode salvar-se através de méritos próprios (legalismo); o outro é crer que, 
 Por que Sou Adventista do 7º Dia? 32 
 
uma vez salvo pela fé, não preciso produzir frutos, ou “obras”, em minha 
vida diária (isso é chamado de “libertinagem” – Jud. 4). Os dois extremos 
são perigosos, e precisam ser evitados. 
Uma vez que o Senhor nos salva mediante Sua oferta de graça imereci-
da, devemos produzir uma fé que opere bons frutos, não como méritos 
de salvação, mas como “evidência” dessa salvação (cf. Mt 5:16; Ef 2:10; 
1Tm 2:10; 5:24-25; 6:17-19; Tt 2:7, 14; 3:8; Hb 10:24; 1Pe 2:12). 
Uma das mais belas explanações sobre a perfeita coerência, e interde-
pendência, entre a fé e as obras é a epístola de Tiago. Os que acreditam 
que só precisam “viver pela fé”, professando o nome de Cristo, e não de-
monstrando qualquer mudança real de vida nem obedecendo aos recla-
mos da Lei Moral dos 10 Mandamentos, não conseguem aceitar certos 
conceitos declarados nesta epístola. Diz-se que Lutero, por exemplo, con-
siderava Tiago uma “carta de palha”, e recusou aceitá-la como canônica 
por acreditar que ela entrava em choque com as declarações de Paulo, 
conforme vistas no tópico anterior. Porém, com a ajuda do Espírito Santo, 
podemos perfeitamente harmonizar os dois escritores inspirados. 
Tomando como base a vida de Abraão, os dois autores dão versões di-
ferentes sobre a justificação do Patriarca: Para Paulo, Abraão foi justifica-
do pela fé na promessa divina (cf. Rm 4:1-5; Gên. 15:3); Tiago, por sua 
vez, analisa a vida de Abraão após ele já ter sido justificado pela fé, ou 
seja, na ocasião do sacrifício de Isaque (cf. Tg 2:21-24; Gên. 22). Veja que 
Paulo afirma que Abraão foi justificado pela fé, e Tiago diz que isto ocor-
reu pelas obras. Por isso Lutero não aceitava a epístola de Tiago. Como 
harmonizar os dois autores? 
O Dr. Luiz Nunes, em suas inspiradoras aulas no nosso Seminário Ad-
ventista Latino-americano de Teologia, na Bahia, consegue harmonizar os 
dois autores da seguinte forma: Paulo fala da justificação diante de Deus, 
 Por que Sou Adventista do 7º Dia? 33 
 
para a qual não podemos apresentar qualquer obra meritória própria; 
Tiago trata da justificação diante dos homens, pois é perante eles que 
“evidenciamos” nossa fé, através das obras (Tg 2:18-20). 
Vê-se que o cristão não pode viver uma vida improdutiva, destituída de 
crescimento espiritual, pois assim o fazendo estará denegrindo a imagem 
do Evangelho, apresentando um testemunho incoerente perante o mun-
do. Devemos revelar em nossa vida um procedimento de alguém que re-
almente “nasceu de novo”, e que possui a plenitude do Espírito vivendo 
nele (cf. Gál. 5:22-23). O Espírito produz este “batismo” em nossa vida, 
tão necessário ao nosso crescimento na fé. 
Os Adventistas do Sétimo Dia, assim como os demais servos de Deus, 
são salvos unicamente pela fé, mas procuramos também viver uma vida 
de obediência à Lei do Senhor, jamais como meio de salvação, mas em 
demonstração de amor e gratidão pelo dom gratuito revelado na graça de 
Deus pos nós. Afinal, nas palavras do irmão de Jesus, “a fé sem obras é 
morta” (Tg 2:17, 26; cf. Jer. 17:9-10). 
 
18. A IASD crê que Deus sempre teve um povo durante a história terrestre. 
Desde o Éden, o Senhor possui no mundo aqueles que realmente são 
considerados “Seus”, no mais amplo sentido da palavra. Já na primeira 
família encontramos um exemplo da rivalidade e apostasia que caracteri-
zaria toda a história humana permeada pelo pecado. Abel era considera-
do justo (Mt 23:35; Hb 11:4), enquanto seu irmão, Caim, tornou-se um 
tipo daqueles que traem e destroem seu semelhante (1Jo 3:12). 
Algum tempo depois vem o dilúvio, no qual apenas 8 pessoas se consti-
tuíram na “igreja” de Deus, enquanto todo o restante da população vivia 
na completa e dissoluta apostasia (1Pe 3:20). 
Abraão foi outro que Deus considerou como sendo “Seu” escolhido, 
 Por que Sou Adventista do 7º Dia? 34 
 
tendo separado o Patriarca para ser o originador daquela que deveria ter 
se constituído para sempre na Sua nação distinta, perante todos os de-
mais povos do mundo (Gên. 12:1-3). Israel falhou em sua missão de atrair 
as outras nações para a grandeza do seu Deus. Por diversos momentos, o 
Senhor pensou mesmo em iniciar uma nova nação, a partir de algum ser-
vo verdadeiramente fiel (cf. Êx 32:10). Mesmo em meio à apostasia quase 
geral, sempre haviam aqueles que permaneciam íntegros em seu relacio-
namento com o Senhor. Por exemplo: Elias (cf. 1Rs 18), Isaías (cf. Is 6:5), 
Daniel (cf. Dn 6), os 3 jovens hebreus em Babilônia (cf. Dn 3), etc. 
O Novo Testamento também nos mostra que Deus não conseguiu con-
tar com a maioria do povo e, novamente, um pequeno grupo foi que creu 
no Evangelhoe tornou-se a semente do Israel espiritual, não mais basea-
do na raça, mas na crença comum em Jesus Cristo (cf. Gál. 3:29). 
Ao longo do tempo, a Igreja foi perdendo sua identidade ao aliar-se ao 
Estado Romano, e aquela que nasceu para pregar o Evangelho de Jesus ao 
mundo, preferiu encastelar-se nos mosteiros e palácios medievais, a viver 
a vida de obediência e fé ensinada por Jesus e Seus apóstolos. Porém 
Deus ainda contou com servos fiéis, que continuaram seguindo Seus 
Mandamentos e vivendo em conformidade com os reais ensinos da Pala-
vra do Senhor. Entre estes podemos citar os valdenses, albigenses, hu-
guenotes, anabatistas, etc., os quais foram perseguidos e humilhados pela 
igreja romana dominante, tentando forçá-los a desistir das verdades tão 
claras das Escrituras. Quase foram destruídos, mas Deus os protegeu, e a 
verdade permaneceu ao longo das trevas da Idade Média, até chegar à 
Reforma, que veio trazer à tona alguns dos importantes temas teológicos 
que haviam sido negligenciados por tanto tempo. 
Desde o início, Deus sempre conservou Seus fiéis filhos. Mesmo em 
meio às duras perseguições, as portas do inferno não puderam prevalecer 
 Por que Sou Adventista do 7º Dia? 35 
 
contra a Sua Igreja (Mt 16:18). A Igreja sempre saiu vitoriosa, apesar de 
parecer o contrário! 
 
19. A IASD acredita que o Senhor também tem um povo nestes últimos dias, 
que está preparando-se mundialmente para o encontro glorioso com Ele. 
Após a apostasia da Idade Média, durante a qual a Igreja de Deus este-
ve “escondida no deserto” (cf. Ap 12:14), ou seja, durante o período de 
1260 anos (cf. Ap 13:5; 12:14; Dn 7:25), compreendidos entre 538 d.C. 
(data em que a igreja romana recebe autoridade para perseguir os “here-
ges”) a 1798 d.C. (quando o poder papal é momentaneamente impedido 
de continuar sua dominação sobre os reinos europeus), a Igreja verdadei-
ra estava numa situação de humilhação e perseguição, sobrevivendo atra-
vés dos poucos fiéis que conseguiram preservar a mensagem original dos 
apóstolos de Cristo. A partir desta declaração bíblica (Ap 12:14), podemos 
ver que todas as organizações eclesiásticas (igrejas) que conseguiam viver 
livremente durante o período dos 1260 anos da profecia (538 a 1798 d.C.) 
não eram de fato a Igreja Remanescente do Senhor, pois esta estava “es-
condida no deserto”, ou seja, no exílio. 
Após este período profético, a Igreja verdadeira novamente teria liber-
dade para pregar as mensagens bíblicas originais, de forma audaciosa, 
livre, mundial e contínua (cf. Ap 10:11). A Igreja recebeu, a partir deste 
momento profético, a tarefa de pregar ao mundo a última mensagem de 
advertência, confiada a ela pelo Senhor. Esta mensagem pode ser chama-
da de “tríplice mensagem angélica”, pois foi registrada na Bíblia na simbo-
logia de 3 anjos que voam pelo meio do céu, pregando o Evangelho eter-
no a todo o mundo (cf. Ap 14:6-12). 
Esta última Igreja, a Remanescente, é descrita no Apocalipse como 
possuindo algumas características distintivas, pois surgiria exatamente em 
 Por que Sou Adventista do 7º Dia? 36 
 
meio à confusão e apostasia religiosa disseminadas nas trevas da Idade 
Média. Essas características são, basicamente, três: 
a) A fé em Jesus Cristo, seu Senhor e Salvador – Ap 14:12. 
b) A guarda de todos os 10 Mandamentos da Lei Divina – Ap 12:17; 
14:12 (cf. Tg 2:10-12). 
c) A manifestação do Testemunho de Jesus, definido no Apocalipse 
como sendo o “Espírito de Profecia” – Ap 12:17; 19:10. 
A Igreja Remanescente está agora preparando-se para o esperado en-
contro com seu “Noivo”, como uma noiva que se apronta ansiosamente 
paras as núpcias (cf. Ap 19:9; 21:1-5; 22:17). 
A Igreja da qual você é membro cumpre as características que descre-
vem a Igreja de Deus no Apocalipse? 
 
20. A IASD acredita que a missão desse remanescente é levar o Evangelho 
eterno a toda criatura terrestre, conduzindo todos na adoração ao Deus 
Criador de todas as coisas. 
A mensagem especial da Igreja Remanescente, perseguida e humilhada 
pelas mãos do “dragão” (cf. Ap 12:17, 9), seria voltada ao retorno da ado-
ração a Deus como Criador e Senhor de todo o Universo (cf. Ap 14:6-7). 
O mundo foi imerso numa mensagem adulterada acerca do caráter e 
justiça de Deus; a Lei do Senhor foi arrogantemente modificada e ensina-
da de forma deturpada para o povo (cf. Dn 7:25); o dia de guarda que o 
Senhor havia instituído desde o Éden (cf. Gên. 2:1-3; Êx 20:8-11) foi es-
quecido, e colocado um outro dia em seu lugar, independente das claras 
advertências da Palavra de Deus sobre a eternidade de Sua santa Lei (cf. 
Mt 5:17-19; Rm 7:12; Mc 7:13; Sal. 119). 
Para restaurar esta “confusão religiosa”, foi que o Senhor levantou um 
povo profético, que surgiria após os 1260 anos de dominação papal (538-
 Por que Sou Adventista do 7º Dia? 37 
 
1798 d,C.) e dos 2300 anos para a restauração da verdade (cf. Dn 8:14). 
Isto ocorreu em 1844 d.C. (como será demonstrado detalhadamente em 
um tópico posterior), através do surgimento do Movimento Adventista, 
que posteriormente (em 1860 d.C.), tornar-se-ia a Igreja Adventista do 
Sétimo Dia, uma Igreja visível, com a missão de congregar a Igreja “invisí-
vel” do Senhor, ainda espalhada por todos os cantos da Terra (cf. Ap 18:1-
4; Jo 10:16). 
A Igreja Adventista levanta sua voz em mais de 200 países, exortando 
todos a que temam a Deus e dêem a glória que Ele merece, através da 
adoração sincera e fiel dAquele que “fez o céu, e a terra, e o mar, e as 
fontes das águas” (Ap 14:6-7). A primeira mensagem angélica mostra-nos, 
de forma cristalina, que a grande apostasia produzida pela cristandade foi 
ter deixado de lado a adoração ao Criador, no dia específico que Ele mes-
mo escolhera – o sábado semanal do sétimo dia (cf. Êx 20:8-11). De forma 
impressionante, vemos que quase a mesma seqüência de palavras sobre a 
autoridade divina é utilizada nas duas passagens paralelas (Ap 14:12; Êx 
20:11). 
Uma igreja, por mais “animada”, “milagreira”, “rica”, “numerosa”, “in-
fluente” e/ou “tradicional” que seja, se não cumpre os requisitos apresen-
tados nas Escrituras, como aqui analisados, não pode arrogar-se o título 
de “Igreja de Jesus”, somente por falar acerca dEle (cf. Mt 7:21-23). 
Podem até nos chamar de “seita”, mas isso não nos incomoda, porque 
o mesmo faziam os preconceituosos e caluniadores do tempo de Paulo, 
acusando-o de ser o principal líder da “seita dos nazarenos” (cf. At 24:5, 
14-16). Aqueles que chamam pejorativamente a Igreja Adventista do Sé-
timo Dia de “seita” ou estão usando de falsidade, ou não conhecem nada 
sobre os ensinos e a teologia Adventista. 
 
 Por que Sou Adventista do 7º Dia? 38 
 
21. A IASD crê que a Igreja de Deus é uma comunidade de pessoas que mantém 
laços mútuos de amor e união. 
Deus não chama ninguém à salvação sem convidar esta pessoa a fazer 
parte da comunhão com os demais crentes. Ninguém deve permanecer 
“isolado” após ter recebido o dom da graça em sua vida. O relato dos pri-
meiros conversos registrados em Atos nos mostra que os salvos passavam 
imediatamente a fazer parte da comunhão com os demais crentes (cf. 
2:42-47). A Igreja deve ser, então, esta comunidade de “salvos”, ou seja, 
pessoas que foram chamadas para viver uma vida de comunhão com 
Deus, demonstrando ao mundo um estilo de vida que afirme, por atos e 
palavras, o seu “novo nascimento” (cf. Jo 3:5). 
É certo que aqueles que ingressam na Igreja não são pessoas “perfei-
tas”, no mais profundo significado desta palavra. Por isso, mesmo depois 
de convertidos, podemos continuar demonstrando traços imperfeitos de 
caráter que somente com a ajuda do EspíritoSanto é que conseguiremos 
vencer; mas não será fácil (cf. Rm 7:13-25)! Devemos lutar constantemen-
te contra estas tendências pecaminosas, que podem levar desunião e en-
fraquecimento à Igreja do Senhor. 
Um dos argumentos mais fortes em favor do nosso Cristianismo, é 
quando os membros da Igreja vivem uma vida de ajuda mútua e amor 
fraternal, que nos dão força para vencer os desafios e enfrentarmos, jun-
tos, o caminho rumo à Pátria Celestial. Quando o mundo vê em nós a re-
velação do verdadeiro amor, que somente procede do Pai, nosso teste-
munho penetra os corações mais endurecidos (cf. Jo 13:35; 1Jo 3:14; 
4:20). 
 
 
 Por que Sou Adventista do 7º Dia? 39 
 
22. A IASD crê que o batismo bíblico se dá por imersão. 
O batismo nas águas é a “porta de entrada” para o Reino de Cristo (cf. 
Mc 16:16). Através deste rito, damos uma prova diante de Deus e do 
mundo de que decidimos viver de forma diferente, deixando que o Se-
nhor trace o caminho para nossas vidas. 
A palavra “batizar” (do grego, BAPTIZO), significa “submergir”, “mergu-
lhar”, “afundar”. Isso quer dizer que para ser eficaz em sua simbologia, o 
batismo deve ser realizado com água suficiente para que a pessoa fique 
completamente “afundada” na água. Por que? 
Porque o batismo é o símbolo do “sepultamento” do “velho homem”, 
ou seja, da vida de pecado, a qual estamos deixando de lado (cf. Rm 6:1-4; 
2Co 5:17). É para cumprir este simbolismo que o batismo deve ser reali-
zado por imersão, e não apenas molhando uma pequena porção do cor-
po: cabeça, membros, mãos, etc. Para que o batismo cumpra seu papel 
simbólico de sepultamento do velho homem, ele deve ser realizado uni-
camente do modo como a Bíblia o descreve, e este é através da submer-
são total do corpo em água (cf. At 8:26-40; Mt 3:13-17; Jo 3:23). 
 
23. A IASD não pratica o batismo de crianças, porque a Bíblia não o autoriza. 
Para que uma pessoa seja batizada, ela precisa “crer” em Jesus como 
Salvador (cf. Mc 16:16; Mt 28:19-20). O pecador precisa reconhecer que 
Jesus pagou o preço por nossos pecados, e que somente através de Seu 
supremo sacrifício é que o homem pode fugir da pena do pecado (cf. Hb 
11:6; Jo 3:16; At 16:31). 
Como pode uma criança, especialmente aquela recém-nascida, ter 
consciência do seu pecado e da necessidade de um Salvador? Que teste-
munho ela está dando de que morreu para a vida de pecado, sepultando 
o “velho homem”? Compreende ela os detalhes do plano da salvação, de 
 Por que Sou Adventista do 7º Dia? 40 
 
modo que possa “crer” e ser um “discípulo” do Senhor? É evidente que 
não. 
Somente quando atingimos uma idade suficiente para compreender-
mos o imenso amor de Cristo, demonstrado pelo Seu sacrifício expiatório 
em nosso lugar na Cruz, é que devemos participar do rito do batismo. E 
essa compreensão só começa a se formar a partir do 8, 10 ou 12 anos 
idade, dependendo da maturidade de cada um individualmente. 
A Igreja Adventista pratica, sim, a “apresentação” (ou “dedicação”) de 
crianças, pois era este o desejo de Cristo, revelado em Sua própria experi-
ência com os discípulos (cf. Mc 10:14-16; Mt 19:13-15). Nesta cerimônia, 
pede-se a bênção de Deus sobre a criança e sobre os pais, para que te-
nham zelo e fé em conduzi-la nos caminhos do Senhor. 
 
24. A IASD pratica a cerimônia da Ceia do Senhor como participação dos sím-
bolos do corpo e sangue de Cristo. 
Uma das mais belas cerimônias cristãs é a chamada “Santa Ceia”, pois 
seu simbolismo é inspirador e deixa nos participantes um profundo sen-
timento de gratidão por ser parte da família de Deus nesta Terra. Jesus 
instituiu a Ceia pouco antes de entregar-Se como o perfeito “Cordeiro” de 
Deus, que tirou o pecado do mundo (cf. Jo 1:29, 36). 
Nesta ocasião, os cristãos se reúnem para participarem juntos do 
“pão” e do “vinho”, que representam, respectivamente, o “corpo” e o 
“sangue” que o Senhor ofereceu por nós na Cruz (cf. Mt 26:26-30; Lc 
22:19-23). Desde cedo, a celebração da Ceia do Senhor tornou-se um es-
pecial motivo de reunião da Igreja, pois nestas ocasiões os discípulos re-
lembravam as palavras de Cristo acerca de Seu retorno (cf. 1Co 11:17-34). 
Vemos que Paulo logo tratou de dar instruções seguras, especialmente à 
problemática igreja de Corinto, para que tal cerimônia ocorresse dentro 
 Por que Sou Adventista do 7º Dia? 41 
 
dos ideais para os quais ela fora instituída. 
Tanto o pão quanto o suco de uva devem ser livres de fermento, pois 
este representa o pecado, que estava totalmente ausente na vida de Je-
sus (cf. Êx 12:15-19; Ez 45:21). Participando da Ceia estamos confirmando 
a “aliança” que fizemos com o Senhor, por ocasião do batismo, e supli-
cando dEle a misericórdia e a força necessárias para continuarmos na jor-
nada. 
 
25. A IASD pratica, como preparação para a Ceia do Senhor, a cerimônia do 
“lava-pés”. 
Antes de realizar a Ceia com os discípulos, Jesus celebrou um outro 
momento de grande valor para a Igreja Adventista – a cerimônia do “lava-
pés” (cf. Jo 13:1-20). 
A lição que Cristo quis ensinar através da lavagem dos pés dos discípu-
los era muito propicia naquele momento – a humildade. Não poderia ha-
ver entre eles qualquer sentimento de rivalidade ou superioridade orgu-
lhosa, pois tais coisas não fazem parte do Reino de Deus (cf. Mt 23:11-12; 
Mc 9:35; Lc 9:47-48; 22:24-30). 
Portanto, é através da cerimônia do lava-pés que os Adventistas man-
tém em sua mente a lição de Cristo a respeito da pretensão que nosso 
coração carnal tem de buscar sempre posições elevadas, apenas pelo de-
sejo de status ou autoridade. Nestas belas ocasiões, cada membro procu-
ra desenvolver este sentimento de humildade e consideração para com 
seus irmãos em Cristo, não permitindo que rivalidades, mágoas, desaven-
ças, etc., tomem o tempo que devemos dispensar para a pregação do 
Evangelho e à preparação para a volta do nosso Senhor e Salvador Jesus 
Cristo. 
 
 Por que Sou Adventista do 7º Dia? 42 
 
26. A IASD crê que Deus concede dons à Sua Igreja, visando a pregação do 
Evangelho ao mundo. 
Para conseguir desempenhar a tarefa de ser a portadora da mensagem 
de salvação ao mundo (cf. 1Tm 3:15), a Igreja recebe do Senhor os dons 
necessários para levar avante esta obra. 
A Igreja Adventista crê na existência de todos os dons mencionados na 
Bíblia (cf. Rm 12:4-8; 1Co 12:8-11, 27-28; Ef 4:11-13; etc.), além daqueles 
que podem surgir de acordo com as novas necessidades que se apresen-
tarem. 
O objetivo pelo qual o Senhor concede o dom à Igreja é para que esta 
possa pregar o Evangelho de forma mais eficaz, sem impedimentos (cf. 
1Co 12:7). É o Santo Espírito que escolhe e determina o dom (cf. 1Co 
12:11), portanto, não somos nós que “exigimos” o dom que gostaríamos 
de ter, mas é o Senhor que o dá segundo Seus propósitos. Isto não impe-
de que nos dediquemos com humildade a buscar desenvolver alguns 
dons, especialmente aqueles considerados “melhores”. Dentre eles, Paulo 
cita o amor (cf. 1Co 12:31; 13:13). 
 
27. A IASD crê que não há um dom específico para provar o batismo com o 
Espírito Santo. 
O batismo com o Espírito Santo é o “selo” que o crente recebe para vi-
ver a nova vida em Cristo (cf. Ef 1:13; 4:30; 2Co 5:5). Este “selamento” 
ocorre por ocasião do batismo nas águas, que é o momento que marca o 
início desta nova vida (cf. At 11:17-18), ou seja, somos batizados no Espíri-
to no momento da conversão, e este “penhor” se renova diariamente, à 
medida que progredimos na jornada rumo ao Céu (cf. Ef 1:13; Mt 3:16). O 
Espírito nos concede o “lavar regenerador”, que nos ajuda a vencer os 
traços pecaminosos de caráter, tornando-nos cada vez mais semelhantes Por que Sou Adventista do 7º Dia? 43 
 
a Jesus (cf. Tt 3:3-7). O crente batizado no Espírito olha para trás e vê o 
quanto já mudou, com a ajuda do Pai, e o quanto ainda precisa buscar 
pelo Poder do Alto, para continuar sempre crescendo. 
A Bíblia não diz, em momento algum, que existe uma “prova” do ba-
tismo do Espírito Santo revelada através da manifestação de algum dom 
específico. As denominações chamadas “pentecostais” afirmam que o 
batismo do Espírito só ocorreu após verificada a manifestação do dom de 
“línguas”. Mas, onde se encontra tal afirmação na Bíblia? Não existe. 
A grande prova do batismo no Espírito não é a manifestação de algum 
“dom” específico, mas a demonstração clara de que o “fruto” do Espírito 
pode ser visto na vida do crente (cf. Gál. 5:22-23). Tem muita gente por aí 
que se “orgulha” de ser batizada no Espírito (falar em línguas estranhas) 
mas que não revelam os traços de caráter de um verdadeiro servo de 
Deus. 
 
28. A IASD crê que o dom de línguas bíblico não é o mesmo observado hoje nas 
igrejas “pentecostais”. 
Como falei anteriormente, a Igreja Adventista crê na manifestação de 
todos os dons espirituais relatados na Bíblia, inclusive o de “línguas”. Po-
rém, como vimos, os dons são concedidos visando a um fim proveitoso, e 
são distribuídos conforme a vontade do Espírito Santo. Nem todos os 
crentes possuem o mesmo dom, e é exatamente isso que traz unidade e 
progresso à Igreja do Senhor (cf. 1Co 12:4-31). 
Precisamos conhecer como se manifestava o dom de línguas na Bíblia, 
para sabermos se as demonstrações desse dom que vemos nas igrejas 
“pentecostais” são mesmo autênticas. Analisemos as ocorrências do dom 
de línguas na Igreja Primitiva. 
 
 Por que Sou Adventista do 7º Dia? 44 
 
ATOS 2 
O Espírito Santo foi derramado no Pentecostes, e não antes, porque o 
ministério do Espírito não havia ainda sido iniciado (cf. Jo 7:39; At 2:33). O 
ministério do Espírito só iniciou após a glorificação de Jesus como Vence-
dor sobre a morte. 
Pedro estava naquela ocasião em um momento especial para a disse-
minação do Evangelho. Estavam em Jerusalém milhares de judeus vindos 
de diversas partes do mundo (At 2:5), e aquela seria a ocasião propícia 
para falar de Jesus para eles. Mas como isso ocorreria? Eles falavam dife-
rentes idiomas (vv. 6-11), e os discípulos eram, em sua maioria, pessoas 
simples do povo local, sem instrução acadêmica formal. 
Deus, então, dotou os discípulos da capacidade sobrenatural de pregar 
o Evangelho de uma maneira que todos os diferentes grupos lingüísticos 
compreendessem e pudessem aceitar a mensagem. E foi o que aconte-
ceu. Pedro pregou, e cada pessoa ali presente o ouviu falar em sua pró-
pria língua, ou seja, o dom concedido em Atos 2 não foi uma “língua es-
tranha” ou “língua dos anjos”, incompreensível. Ao contrário, foi a 
capacidade de falar no idioma da pessoa que estava necessitando da 
mensagem de salvação. E qual foi o resultado? Veja no verso 41. 
ATOS 10 
Deus já havia concedido a Pedro uma revelação sobre o preconceito 
religioso que ainda estava presente no coração dos judeus, inclusive no 
dele próprio (At 10:9-16, 28). A visão nada tinha que ver com alimenta-
ção, como alguns ensinam por aí; o objetivo do Senhor era alertar o após-
tolo Pedro sobre a acepção de pessoas na pregação do Evangelho eterno. 
Após receber a visita de pessoas enviadas por Cornélio, Pedro vai ter 
com eles, porém leva “alguns irmãos”, para servirem de testemunhas da 
possível conversão do militar gentio (v. 23). 
 Por que Sou Adventista do 7º Dia? 45 
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Ao chegarem lá, Pedro compreende o significado da visão sobre o “len-
çol”, pois ele percebeu que a mensagem do Evangelho deveria sim alcan-
çar todas as pessoas, de todas as nações, independentemente de raças ou 
culturas (vv. 28 e 34). 
Após Pedro pregar sobre Jesus e confirmar a conversão do centurião, o 
Espírito desce sobre os que ouviam o apóstolo, deixando os discípulos 
judeus “admirados” (vv. 44-45), pois viam Cornélio e outros falando em 
línguas, “engrandecendo a Deus”, do mesmo modo que os discípulos de 
Jerusalém no Pentecostes (v. 46). Imediatamente eles reconheceram que 
ali estavam pessoas féis a Deus, e concluíram a festa com o batismo de 
Cornélio nas águas. 
Como vemos, o dom de línguas aqui serviu para quebrar o preconceito 
que os judeus tinham sobre a aceitação de gentios no Reino de Deus. Tan-
to é assim, que a Igreja da Judéia ficou querendo mais informações sobre 
o ocorrido (cf. At 11:1-18), e Pedro teve a oportunidade de testemunhar 
do que ele havia visto com seus próprios olhos. Como militar romano, 
Cornélio também poderia usar o dom de falar em outros idiomas para 
difundir a mensagem do Evangelho em suas viagens pelo Império. 
ATOS 19 
Paulo faz um breve questionamento aos discípulos que encontrou em 
Éfeso, e percebe que eles receberam um batismo “pobre”, pois não pos-
suíam nenhum conhecimento sobre o Espírito Santo (vv. 1-3). 
Ele os orienta na doutrina, acrescentando o ensino verdadeiro sobre a 
salvação em Jesus Cristo; em seguida, os discípulos de João Batista rece-
bem o batismo no Espírito Santo, com a manifestação do dom de falar em 
línguas (v. 6). 
Assim como no caso de Cornélio, o dom serviu para ajudar aqueles dis-
cípulos a pregarem o Evangelho naquela cidade, conhecida pela impor-
 Por que Sou Adventista do 7º Dia? 46 
 
tância do seu porto, e pela grande passagem de pessoas de todas as regi-
ões e nações vizinhas. Estes discípulos não haviam recebido o batismo do 
Espírito Santo no momento de sua conversão, porque não haviam se 
“convertido” realmente, pois foram instruídos em uma doutrina deficien-
te. 
1 CORÍNTIOS 14 
Em Corinto, a língua não era “estranha”, mas um dom legítimo que 
precisava ser orientado. Vejamos... 
O que é um dom? É a capacitação sobrenatural, dada por Deus aos sal-
vos, para um objetivo útil na Igreja. Os dons sempre são concedidos pelo 
Espírito com um fim “proveitoso” para a obra (cf. 1Co 12:7; 1Co 14:12, 
19). Portanto, o objetivo principal da concessão do dom é EDIFICAR, INS-
TRUIR e ORIENTAR a Igreja de Deus (cf. Ef 4:11-13). 
No caso do dom de línguas, a condição para que ele seja útil é que pos-
sa ser compreendido (cf. 1Co 14:6-11). Isso é fácil de se entender, pois 
para a evangelização e edificação é necessário que os “sons” sejam com-
preensíveis. Já que o que fala se edifica (1Co 14:1-4), ou seja, entende o 
que está dizendo, então ele certamente fala em um idioma estrangeiro. 
O que ocorre em 1Co 14 é o mesmo dom de Atos 2. O que estava ha-
vendo de errado era a desordem com que acontecia a manifestação do 
dom, e a irreverência que isto causava ao culto. Por isso Paulo orienta a 
organização desse dom durante os cultos públicos em Corinto (vv. 26-33, 
39-40). 
Os pentecostais dizem que o dom de línguas é uma “prova” perante a 
igreja de que determinado irmão foi “batizado” com o Espírito Santo. Nes-
te caso, o dom seria um sinal para os crentes, o que está totalmente em 
desarmonia com o que Paulo afirma no v. 22. 
Paulo também estava interessado em desvincular o culto cristão com o 
 Por que Sou Adventista do 7º Dia? 47 
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culto à deusa pagã Cibele, que era realizado em Corinto, e que era carac-
terizado por grandes demonstrações de êxtase e transes. Em uma mani-
festação desordenada do dom de línguas, como estava ocorrendo na igre-
ja de Corinto, algum visitante poderia estranhar as semelhanças com os 
rituais pagãos. 
 
ESTUDO DO TERMO GREGO 
USADO PARA “LÍNGUAS” 
A palavra traduzida por “línguas” na versão Almeida Revista e Atualiza-
da é GLOSSA.

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