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Resenha o cérebro e a tomada de decisões cap 5 (andré Palmini)

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Psicologia Cognitiva
Professor Júlio Carneiro
Acadêmica Heloisa M. Mendes
Data: 29/09/2020
Resenha do capítulo 5 O Cérebro e a Tomada de Decisões (André Palmini) do livro Terapia Cognitivo-Comportamental na Prática Psiquiátrica - Paulo Knapp
O capítulo 5, o cérebro e a tomada de decisões do Dr. André Palmini começa sua introdução falando um pouco sobre os impulsos e os instintos biológicos básicos, onde apresentamos constante evolução do nosso cérebro no desenvolvimento de novas estruturas e circuitos, que moldam nossos seres através de nossas respostas a determinados estímulos.
A todos os momentos estamos diante de diversos estímulos, por exemplo, nossas necessidades biológicas, que são estímulos que eliciam respostas a fim de saciar uma necessidade, porém cada resposta é um comportamento, e cada comportamento gera uma consequência que pode ser de um sentimento positivo ou negativo. 
Apesar da amplitude de repostas, nosso cérebro está fundamentado em dois níveis de impacto das chamadas valências, um curto e outra em longo prazo, que traz o subtópico “O CONCEITO DE TEMPO NO PROCESSO DE TOMADA DE DECISÕES: CONSEQUÊNCIAS DE SER HUMANO”. O autor faz uma comparação de nós seres humanos e os animais no processo de tomada de decisão:
“Entretanto, existe uma grande diferença entre o que é futuro para o home e para os outros animais. Os animais respondem ao ambiente de forma mais impulsiva e instintiva.”
As nossas respostas aos estímulos também podem ser para mais ou para menos impulsivas, direcionadas na maioria das vezes para satisfazer nossas necessidades, mas tudo isso com um, porém, nós pensamos no conjunto de consequências. Por exemplo, estamos atrasados para o trabalho e podemos levar uma bronca do chefe, se irmos mais rápido e acelerar o carro consegue-se chegar no horário, mas certamente mais adiante receberemos uma multa, através dessas opções temos dois tipos de consequências, uma em curto prazo (bronca do chefe) e outra em longo prazo (multa por alta velocidade). Então “VOCÊ DECIDE! – AS FUNÇÕES EXECUTIVAS E O PROCESSO DE TOMADA DE DECISÕES”.
Neste subtópico, para facilitar o entendimento do leitor, ele usa a ilustração de uma sanfona, dependendo da decisão e dos elementos envolvidos (estímulo, resposta, consequência), a sanfona vai abrir mais para um lado ou mais para outro, ou seja, o indivíduo irá contextualizar sua decisão com base nas suas experiências do passado, e suas consequências futuras. As funções que o cérebro usa para organizar melhor o comportamento pela coincidência de representações de presente, passado e futuro, são como chaves para o processo de tomada de decisões. 
Essas tais funções executivas se dividem em duas partes: numero 1 Inibição Comportamental, e número 2 Working Memory ou para que serve as memórias. No número 1 algo que era prazeroso, tornou-se agora um problema, então por mais que tenha vontade o correto a se fazer é inibir o impulso e dar um tempo para pensar nas consequências que serão sentidas adiante. Já no número 2 é com base nas memórias que vamos acumulando ao longo do tempo, essa função revive memórias que se relaciona com estímulos específicos, ela traz para o presente, por um breve momento, um conjunto de memórias que estão dispersas no cérebro, mas que tem em comum a situação na qual você deve tomar uma decisão, onde você passou por algo similar no passado e lembrará se foi bem sucedido ou não, ajudando a escolher no presente a resposta que terá consequência mais vantajosa no futuro.
ANATOMIA DAS FUNÇÕES EXECUTIVAS: POR QUE OS “GOLS DE CABEÇA”? 
Aqui o autor mostra a nossa capacidade de evolução dos lobos frontais e as regiões pré-frontais, a partir do momento de raciocínio rápido em comparação a outros animais. Essas partes do cérebro estão inteiramente conectadas, e elas têm participação fundamental no processo de tomada de decisões, e lesões nessas áreas podem prejudicar exatamente isso, a reflexão para o indivíduo tomar decisões sábias e vantajosas.
A GANGORRA DO PRAZER VERSUS O DEVER: SISTEMAS CEREBRAIS DE RECOMPENSA E PUNIÇÃO, OU “ZOOMING” NO TEMPO 2.
Nos parágrafos a seguir ele discorre e explica os sistemas cerebrais de recompensa e punição (SCRP), a descoberta desse sistema se deu através das primeiras pesquisas realizadas em roedores conforme explica o texto:
“Estudos em roedores com auto estimulação elétrica de estruturas cerebrais ou com auto injeção de substâncias estimulantes [...] Mostraram que havia uma inequívoca preferência dos animais em auto estimularem-se ou auto injetarem-se estimulantes quando o eletrodo de estimulação ou cânula de injeção estava, especificamente, em algumas regiões cerebrais”
Todos esses estímulos levavam o comportamento dos roedores a algum reforço positivo para o animal, a partir dai vimos que essas estruturas têm grande participação no SCRP, tanto nos roedores quanto em nós. Transtornos desses circuitos levam á uma série de sintomas, interferindo na homeostase do sujeito, eles existem para garantir nossa sobrevivência biológica.
Assim como os outros sistemas cerebrais, o SCRP é formado por várias estruturas, subcorticais e corticais. Esses sistemas se ativam quando detectam qualquer eliciação ou perspectiva de situação prazerosa com recompensa imediata. Vários comportamentos são aceitáveis em determinado momento, entretanto, existem alguns momentos que não são tão aceitáveis assim como, por exemplo, o ato de fazer as necessidades é prazeroso, porém em momentos e locais corretos, mas o que nos assegura de manter o comportamento que é mais socialmente aceitável? O nosso freio é representado pelo polo cortical do SCRP sendo acionado sempre que necessário, então quando não transgredimos nada, o freio frontal é aliviado e a gangorra pende para a satisfação das nossas necessidades mais básicas e de outras nem tanto. Isso tudo é possível através do tempo 2 da função executiva onde o individuo analisa suas experiências vividas e escolhe a resposta de consequência mais vantajosa e valor social aceito. 
EMOÇÃO OU RAZÃO, QUEM DÁ MAIS?
As emoções também tem um papel muito importante na tomada de decisões. Pacientes com lesões nessa parte dos lobos frontais sofrem com grandes consequências, como por exemplo, o interessante caso de Phineas Gage, um homem com comportamentos normais até sofrer um acidente de trabalho onde uma barra de ferro atravessou seu crânio destruindo suas regiões pré-frontais, ele teve uma excelente recuperação, porém, esse acidente mudou completamente seu comportamento e suas ações, passando a agir impulsivamente e a ter um relacionamento conflituoso em sociedade. 
Situações como essa de Phineas Gage levaram ao desenvolvimento de estudos e pesquisas, a fim de tentar descobrir mais sobre decisões impulsivas que pareciam ter origem de lesões pré-frontais, sendo assim, o estudo foi realizado com um grupo de pacientes com lesão e outro grupo sem lesão e foram submetidos a uma série de vídeos e imagens, paciente que tinham lesões pré-frontais não esboçavam emoção nenhuma, e pacientes sem lesão mostravam claramente suas expressões e emoções. Mais recentemente essas descobertas foram aplicadas e postas a prova no estudo de pacientes com transtornos de personalidade antissocial, e foi comprovado que indivíduos que tem esse transtorno possuem em média de 11% de neurônios a menos nas regiões pré-frontais do que em pessoas sem esse transtorno.
“DE BOAS INTENÇÕES O INFERNO ESTÁ CHEIO: DISTÂNCIAS ENTRE A TEORIA E A PRÁTICA”
Neste momento do texto o autor quis fazer uma relação de teoria e prática, comentando que a vida real se distingue da teoria no aspecto neurobiológico, porque na prática os estímulos são reais, pendendo a “gangorra” para vários lados de recompensa imediata ou recompensa tardia, sendo essa a grande questão, ele pontua que o papel do terapeuta é modular os impulsos visto que na vida real a modificação comportamental e as respostas aos estímulos dependem da vontade do paciente, o terapeuta ajuda a reforçar as funções executivas e o papel das regiões pré-frontais na tomada de decisões.
RELATODE CASO
Nesses parágrafos o autor relata o caso de LM, uma mulher de 29 anos com desenvolvimento neurológico normal, mas que possui um quadro de depressão onde alterna períodos de euforia e otimismo, apesar de vários tratamentos ela nunca conseguiu estabilizar seu humor, aos 28 anos tentou suicídio onde acabou lesionando as regiões laterais e pré-frontais da cabeça. Após o retiro dos tecidos em uma cirurgia da lesão ela teve uma perda significativa de tecido pré-frontal, mas continuou sua vida normalmente sem prejuízos cognitivos, entretanto, teve seu comportamento social alterado, sendo inadequada e impulsiva, e ela tem discernimento sabe que seus atos são errados e sabe admiti-los, mas, não consegue muda-los.
FORÇA DE VONTADE: QUERER É PODER?
Para finalizar, ele termina o capítulo com um discurso reflexivo e motivacional, apesar de esforços diários, não basta querer para poder, é preciso um funcionamento saudável dos sistemas cerebrais que direcionam nossas decisões, tratar alterações e prevenir é uma tarefa que começa na infância e se prolonga conforme a cultura social infere no funcionamento cerebral de cada sujeito, moldando os conceitos de certo, errado, recompensa e punição. Depende o desenvolvimento de cérebros que deverão modular suas condutas dentro do que é aceitável socialmente.

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