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REDAÇÃO INSTRUMENTAL - AV1

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REDAÇÃO INSTRUMENTAL 
AV1 
 
 
1. Os profissionais da área jurídica sabem que todas as peças processuais 
complexas organizam-se em uma estrutura textual. Essa estrutura, motivada pela 
Teoria Tridimensional do Direito, foi desenvolvida pelo jusfilósofo brasileiro 
Miguel Reale, no ano de 1968, e compõe-se de três dimensões: FATO, VALOR e 
________________. 
RESPOSTA: NORMA. 
 
 
2. Que recurso polifônico é usado na frase em destaque (que se encontra 
em letra maiúscula)? Myers: E esta é a verdade: que Leonard Vole voltou, naquela 
noite, às dez horas e dez minutos. Que tinha sangue nas mangas de seu paletó e que 
disse à senhora: “EU A MATEI.” Essa, diante de Deus, é a verdade? Romaine: 
Essa é a verdade. (MYERS senta-se.) 
RESPOSTA: Discurso direto. 
 
 
3. “Suponha que dois colegas, que passeavam juntos, encontram-se na rua 
com João, um amigo que há muito não viam. Este estava em um carro importado, 
grande, brilhante, muito bem cuidado, mas também muito antigo. Usava roupas 
caras, bonitas, mas com certo desleixo: gravata mal arrumada, colarinho não 
fechado. Seu semblante estava muito bom, jovial, mas sua barba estava por fazer e 
os cabelos, despenteados”. Vendo a mesma cena, cada amigo fez a seguinte 
descrição: 
Primeiro: “Encontrei o João. Ele estava em um carro importado caríssimo, 
brilhante, bem cuidado, com bancos de couro lindos, um deslumbre. Seu rosto 
estava jovial, de quem se deu bem na vida, suas roupas eram finíssimas, num tom 
de desleixado, que dava certo ar de despreocupação. Sorridente, cumprimentou-
me rapidamente, apressado para algum negócio, e pediu para que eu fosse 
conhecer seu escritório”. 
Segundo: “Encontrei o João. Ele estava em um carro velho, daqueles grandalhões, 
que hoje em dia não valem centavo. Procurava cuidar do carro para dar uma 
valorizada, mas de longe se vê que não tem um tostão para comprar um carro 
novo, coitado. Seu aspecto era desleixado, a barba por fazer, a roupa amassada, 
mal arrumada, acho que suja até. Cumprimentou-me rapidamente e foi embora, 
fez um convite formal de que eu o visitasse”. Com base nos textos acima, responda: 
a) O que se pode dizer a respeito do ponto de vista de cada um dos narradores? 
b) Que recursos utilizaram os relatores para convencer o leitor ou ouvinte a 
respeito do seu ponto de vista? 
RESPOSTA: Temos aqui o mesmo fato (acontecimento), presenciado por ambos os 
narradores que por sua vez, descreveram exatamente o mesmo fato, entretanto, 
acrescendo seu particular ponto de vista (interpretação). 
O primeiro, narrou o fato com um ponto de vista positivo, defendendo João, o amigo 
que há muito não via. (Ponto de vista defensivo). 
O segundo, narrou o fato de um ponto de vista mais negativo, onde reparou mais nos 
defeitos e desleixo de João, o amigo que há muito não via. (Ponto de vista acusatório) 
 
 
4. A partir da leitura dos textos abaixo, comente sobre a modalização da 
linguagem utilizada. 
a) O réu ameaçava a vítima que, aos gritos, clamava por não ser morta. Ele pediu 
as joias e, ao ouvir a negativa da vítima, que dizia não possuir nenhuma, não teve 
dúvida: com frieza desumana, puxou o gatilho do revólver encostado à cabeça da 
vitimada, prostrando-a no chão sem vida, de forma cruel, por motivo 
absolutamente fútil. (RODRÍGUEZ, 2002, p.178) 
b) O réu, no intento de roubar, pediu à vítima joias e dinheiro. Assustado, 
temeroso e alterado, pois não é bandido profissional, mas incidentalmente 
cometendo aquele equívoco, ouviu a ríspida negação da vítima e, supondo tendo 
ela chance de reação que, por certo, poria sua vida em risco, em um ímpeto de 
emoção e medo, apertou o gatilho, temendo por sua sobrevivência. (RODRÍGUEZ, 
2002, p.178) 
RESPOSTA: Modalização da linguagem nada mais é que a manifestação das atitudes 
do falante no enunciado cujas marcas revelam o maior ou menor grau de envolvimento 
do sujeito em relação à mensagem que transmite. 
Temos aqui o mesmo fato (acontecimento), presenciado por ambos os narradores que 
por sua vez, descreveram exatamente o mesmo fato, entretanto, acrescendo seu 
particular ponto de vista (interpretação). 
O primeiro, narrou o fato de um ponto de vista mais negativo, alegando que o réu agiu 
com extrema frieza desumana e crueldade. (Ponto de vista acusatório) 
O segundo, narrou o fato de um ponto de vista mais positivo ao réu, alegando que o 
mesmo estava assustado, pois não era bandido profissional e que cometeu um equívoco, 
por temer pela própria vida, em um ímpeto de emoção e medo, puxou o gatilho. (Ponto 
de vista defensivo)

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