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PROCESSO CIVIL V - TATIANA DENCZUK - 1º BIMESTRE

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RESUMO PC V 
NEGÓCIOS JURÍDICOS PROCESSUAIS 
AULA 25.08.2020 
TÍPICOS 
 Já estão tipificado no cpc sobre o que pode ser negociado. 
ATÍPICOS: 
• O legislador, no art. 190, permitiu negócio jurídicos processuais sem estabelecer a 
respeito do que. Ele simplesmente previu no art. 190 que se o direito envolvido no 
processo permitir autocomposição as partes podem, desde que elas sejam plenamente 
capazes, estipular mudanças no procedimento e ajustar este procedimento às 
especificidades da causa e ocasionar sobre seus ônus, deveres, poderes e direito antes 
e ou durante o processo. 
• Quando o art. 190 fala assim “se o direito no processo admitir autocomposição e as 
partes forem capazes” elas podem dar o que elas bem entenderem. 
• 1º o direito precisa admitir autocomposição; se estou falando em direito 
indisponível, não é possível o NJP; 
• E o juiz? O juiz pode interferir na negociação. O § único do art. 190 fala: 
• O juiz de ofício, veja ele não precisa homologar para ter uma validade, um negócio 
jurídico processual entabulado entre as partes antes ou durante o processo ele já visa. 
Ou seja, o NJP não precisa de homologação prévia do juiz, mas o juiz pode, 
eventualmente, negar validade de eficácia a esse negócio processual. 
Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito 
às partes plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às 
especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e 
deveres processuais, antes ou durante o processo. 
Parágrafo único. De ofício ou a requerimento, o juiz controlará a validade das 
convenções previstas neste artigo, recusando-lhes aplicação somente nos casos de 
nulidade ou de inserção abusiva em contrato de adesão ou em que alguma parte se 
encontre em manifesta situação de vulnerabilidade. 
Somente nos casos de nulidade ou de inserção abusiva em contrato de adesão, alguma parte 
se encontre em manifesta situação de vulnerabilidade. SOMENTE ESSES CASOS, os demais o 
juiz não pode interferir. 
Recurso não é possível no caso que o juiz não respeitar os negócios jurídicos processuais, 
pois não temos decisões sobre isso. 
ENUNCIADOS FPPC de orientação sobre negócios processuais e servem 
enquanto não há jurisprudência. 
Enunciados do Fórum Permanente de Processualistas Civis 
ENUNCIADO 16. O controle dos requisitos 
objetivos e subjetivos de validade da 
convenção de procedimento deve ser 
conjugado com a regra segundo a qual não 
há invalidade do ato sem prejuízo 
Não faz sentido o juiz vir simplesmente falar 
assim: olha vou controlar e interferir nesse 
negócio feito entre vocês que são capazes, 
que a causa admite autocomposição, sendo 
que nenhuma das partes veio levantar 
prejuízo. 
ENUNCIADO 17. As partes podem, no 
negócio processual, estabelecer outros 
deveres e sanções para o caso do 
descumprimento da convenção 
Nos casos em que é acordado algo antes do 
litigio e no momento do litigio não é 
cumprido. 
ENUNCIADO 18. Há indício de 
vulnerabilidade quando a parte celebra 
acordo de procedimento sem assistência 
técnico-jurídica. 
É um indício, mas não necessariamente deve 
ser levado em consideração, pois pode ser 
algo simples ou uma das partes é formada 
em direito. 
ENUNCIADO 19. São admissíveis os 
seguintes negócios processuais, dentre 
outros: pacto de impenhorabilidade, acordo 
de ampliação de prazos das partes de 
qualquer natureza, acordo de rateio de 
despesas processuais, dispensa consensual de 
assistente técnico, acordo para retirar o efeito 
suspensivo de recurso , acordo para não 
promover execução provisória; pacto de 
mediação ou conciliação extrajudicial prévia 
obrigatória, inclusive com a correlata previsão 
de exclusão da audiência de conciliação ou de 
mediação prevista no art. 334; pacto de 
exclusão contratual da audiência de 
conciliação ou de mediação prevista no art. 
334; pacto de disponibilização prévia de 
documentação (pacto de disclosure), inclusive 
com estipulação de sanção negocial, sem 
prejuízo de medidas coercitivas, 
mandamentais, sub-rogatórias ou indutivas; 
previsão de meios alternativos de 
comunicação das partes entre si; acordo de 
produção antecipada de prova; a escolha 
consensual de depositário-administrador no 
caso do art. 866; convenção que permita a 
presença da parte contrária no decorrer da 
colheita de depoimento pessoal. 
Possui vários exemplos admissíveis. 
Pacto de impenhorabilidade= quando as 
partes convencionam que não irão penhorar 
determinado bem; 
acordo para retirar o efeito suspensivo de 
recurso = o recurso será apenas de 
devolutivo. 
previsão de meios alternativos de 
comunicação das partes entre si = pelo 
whats, telegrama, etc. 
 
ENUNCIADO 20. Não são admissíveis os 
seguintes negócios bilaterais, dentre outros: 
acordo para modificação da competência 
absoluta, acordo para supressão da primeira 
instância, acordo para afastar motivos de 
impedimento do juiz, acordo para criação de 
novas espécies recursais, acordo para 
ampliação das hipóteses de cabimento de 
recursos. 
Exemplos que NÃO são admissíveis. 
 
ENUNCIADO 21. São admissíveis os 
seguintes negócios, dentre outros: acordo 
Exemplos ADMISSÍVEIS. 
para realização de sustentação oral, acordo 
para ampliação do tempo de sustentação 
oral, julgamento antecipado do mérito 
convencional, convenção sobre prova, 
redução de prazos processuais. 
Convenção sobre a prova= as partes 
estabelecem quais provas serão produzidas. 
 
ENUNCIADO 115. O negócio jurídico 
celebrado nos termos do art. 190 obriga 
herdeiros e sucessores. 
Negócio não perde a eficácia com a morte 
do titular da negociação. 
ENUNCIADO 132. Além dos defeitos 
processuais, os vícios da vontade e os vícios 
sociais podem dar ensejo à invalidação dos 
negócios jurídicos atípicos do art. 190. 
Por exemplo, se a pessoa foi coagida para 
realizar o negócio processual. 
ENUNCIADO 133. Salvo nos casos 
expressamente previstos em lei, os negócios 
processuais do art. 190 não dependem de 
homologação judicial. 
Nada impede que as partes façam um NJ 
com cláusula que só será válido se o juiz 
homologar, pois elas querem, mas via de 
regra o juiz não precisa homologar. 
ENUNCIADO 135. A indisponibilidade do 
direito material não impede, por si só, a 
celebração de negócio jurídico processual. 
Se permite autocomposição, as vezes o 
direito é indisponível, mas admite 
autocomposição por uma parte dele, então é 
possível celebração de njp. 
ENUNCIADO 134. Negócio jurídico 
processual pode ser invalidado parcialmente. 
 
ENUNCIADO 252. O descumprimento de 
uma convenção processual válida é matéria 
cujo conhecimento depende de 
requerimento 
O juiz não pode simplesmente vir e dizer que 
não é válido por nada, muito menos se não 
houve prejuízo para as partes. 
ENUNCIADO 6 . O negócio jurídico 
processual não pode afastar os deveres 
inerentes à boa-fé e à cooperação 
Não pode afastar os deveres básicos como: 
boa-fé, lealdade e cooperação. 
ENUNCIADO 253. O Ministério Público pode 
celebrar negócio processual quando atua 
como parte. 
A fazenda pública também pode 
ENUNCIADO 254. É inválida a convenção 
para excluir a intervenção do Ministério 
Público como fiscal da ordem jurídica. 
Ex: tem uma causa com interesse de incapaz 
e faz uma convenção dizendo que o MP não 
pode participar. NÃO É PERMITIDO. 
ENUNCIADO 255. É admissível a celebração 
de convenção processual coletiva. 
 
ENUNCIADO 256. A Fazenda Pública pode 
celebrar negócio jurídico processual. 
 
ENUNCIADO 257. O art. 190 autoriza que as 
partes tanto estipulem mudanças do 
procedimento quanto convencionem sobre 
os seus ônus, poderes, faculdades e deveres 
processuais. 
Já está claro no caput do 190. 
ENUNCIADO 258. As partes podem 
convencionar sobre seus ônus, poderes, 
faculdades e deveres processuais, ainda queessa convenção não importe ajustes às 
especificidades da causa. 
Causa que não requer um tratamento 
específico, mas não quer dizer que é 
somente nesses casos você pode modificar e 
fazer NJP. 
ENUNCIADO 259. A decisão referida no 
parágrafo único do art. 190 depende de 
contraditório prévio. 
 Quando o juiz for invalidar um NJP por 
conta de nulidade, manifesta vulnerabilidade 
de uma das partes ou cláusula abusiva de 
adesão, precisa dar um contraditório prévio, 
ou seja, precisa que as partes se manifestem. 
Ele não pode surpreender. 
ENUNCIADO 260. A homologação, pelo juiz, 
da convenção processual, quando prevista 
em lei, corresponde a uma condição de 
eficácia do negócio. 
 
ENUNCIADO 261. O art. 200 aplica-se tanto 
aos negócios unilaterais quanto aos 
bilaterais, incluindo as convenções 
processuais do art. 190. 
 
ENUNCIADO 262. É admissível negócio 
processual para dispensar caução no 
cumprimento provisório de sentença. 
 
ENUNCIADO 402. A eficácia dos negócios 
processuais para quem deles não fez parte 
depende de sua anuência, quando lhe puder 
causar prejuízo. 
 
ENUNCIADO 403. A validade do negócio 
jurídico processual, requer agente capaz, 
objeto lícito, possível, determinado ou 
determinável e forma prescrita ou não defesa 
em lei. 
Se não tem as características determinadas 
neste enunciado é NULO e o juiz pode negar 
eficácia. 
ENUNCIADO 404. Nos negócios processuais, 
atender-se-á mais à intenção 
consubstanciada na manifestação de vontade 
do que ao sentido literal da linguagem. 
 
ENUNCIADO 405. Os negócios jurídicos 
processuais devem ser interpretados 
conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua 
celebração. 
 
ENUNCIADO 406. Os negócios jurídicos 
processuais benéficos e a renúncia a direitos 
processuais interpretam-se estritamente. 
 
ENUNCIADO 407. Nos negócios processuais, 
as partes e o juiz são obrigados a guardar 
nas tratativas, na conclusão e na execução do 
negócio o princípio da boa-fé. 
 
ENUNCIADO 408. Quando houver no 
contrato de adesão negócio jurídico 
processual com previsões ambíguas ou 
contraditórias, dever-se-á adotar a 
interpretação mais favorável ao aderente. 
 
ENUNCIADO 409. A convenção processual é 
autônoma em relação ao negócio em que 
estiver inserta, de tal sorte que a invalidade 
deste não implica necessariamente a 
invalidade da convenção processual. 
 
ENUNCIADO 411. O negócio processual 
pode ser distratado. 
 
ENUNCIADO 490. São admissíveis os 
seguintes negócios processuais, entre outros: 
Outros exemplos de negócios jurídicos 
processuais admissíveis. 
pacto de inexecução parcial ou total de multa 
coercitiva; pacto de alteração de ordem de 
penhora; pré-indicação de bem penhorável 
preferencial (art. 848, II); pré-fixação de 
indenização por dano processual prevista nos 
arts. 81, §3º, 520, inc. I, 297, parágrafo único 
(cláusula penal processual); negócio de 
anuência prévia para aditamento ou 
alteração do pedido ou da causa de pedir até 
o saneamento (art. 329, inc. II). 
ENUNCIADO 491. É possível negócio 
jurídico processual que estipule mudanças no 
procedimento das intervenções de terceiros, 
observada a necessidade de anuência do 
terceiro quando lhe puder causar prejuízo. 
 
ENUNCIADO 579. Admite-se o negócio 
processual que estabeleça a contagem dos 
prazos processuais dos negociantes em dias 
corridos. 
Pelo CPC é em dias úteis, mas pode ser 
estabelecido em dias corridos conforme este 
enunciado. 
CALENDARIZAÇÃO 
AULA DIA 27/08/2020 
- Correção trabalho 
Continuação NJP 
Art. 191, cpc = se refere à prazos, mas ele é típico e ele aplica-se o disposto no art 191. 
Art. 191. De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar calendário para a prática 
dos atos processuais, quando for o caso. 
§ 1º O calendário vincula as partes e o juiz, e os prazos nele previstos somente serão 
modificados em casos excepcionais, devidamente justificados. 
§ 2º Dispensa-se a intimação das partes para a prática de ato processual ou a 
realização de audiência cujas datas tiverem sido designadas no calendário. 
• As partes podem conjuntamente com o juiz estipular alterações no procedimento para 
fixar calendário ou cronograma prévio dos prazos. 
• Cronograma com datas especificas que os atos serão praticados. 
• O cronograma poderá ser feito por petição inicial ou audiência, o objeto do processo 
não precisa ser disponível e nem as partes serem capazes. Porque quem vai fazer esse 
calendário serão os advogados das partes e se espera que estas partes estejam 
devidamente representadas. 
• Isso pode ser muito bom para as partes, pois com o calendário prévio já há uma 
previsibilidade e pode saber quando os atos serão praticados e economiza os atos 
processuais, pois com a calendarização não há necessidade de intimação das partes. 
• A calendarização é o cronograma prévio para prática dos atos processuais, que permite 
a organização planejada dos tempos do processo. 
• É muito difícil modificar, não tem discussão quanto a isso. 
• Caso uma das partes não se manifeste dentro da data estipulada há pena de preclusão 
desse direito (EX.: réu não apresentou contestação = REVELIA) 
TUTELAS PROVISÓRIAS 
AULA DIA 01/09/2020 
TUTELA= proteção dos direitos, pode ser prestada pelos 3 poderes (executivo, legislativo e 
judiciário) e no processo civil o que importa é o judiciário. 
• O judiciário presta essa tutela por meio de técnicas processuais (sentenças, decisão 
interlocutória etc.). 
• Para que a tutela seja adequadamente prestada há necessidade de que haja uma 
solução adequada, efetiva e tempestiva. 
• O processo muitas vezes encontra diversos conflitos entre princípios e direitos. A 
harmonização desses conflitos se dá por meio da ponderação dos valores em discussão. 
• Se prioriza o direito material. 
• Há diversas técnicas processuais que o legislador prevê para tutelar os direitos de forma 
adequada e dentro dessas técnicas o juiz pode adaptar essas técnicas. 
 
1.TUTELA JURISDICIONAL 
TUTELA SATISFATIVA TUTELA CAUTELAR 
satisfazer um direito é realizar 
concretamente esse direito. Quando a 
tutela jurisdicional realiza ou permite a 
realização concreta do direito. 
ex.: uma pessoa procurou a justiça pra 
receber um tratamento de saúde que não 
foi concedido, ela quer receber o 
medicamento. Quando o juiz fala 
“determino que o réu entregue o 
medicamento” ele está dando uma tutela 
satisfativa que permite a satisfação 
concreta do direito. 
não permite a satisfação imediata do 
direito. Ela permite assegurar a satisfação 
eventual e futura do direito da parte, ela 
não permite a imediata satisfação por isso 
costuma falar “aquilo que acautela não 
satisfaz”. 
exemplo: XYZ quer receber R$100 mil de 
um contrato realizado com ABC. XYZ irá 
receber quando o juiz mandar o réu pagar 
e então terá a satisfação do direito dela. 
Acontece que, no curso do processo, XYZ 
toma conhecimento que ABC está 
promovendo artifícios fraudulentos para 
passar os bens para terceiros e, assim, no 
momento que XYZ for receber não terá 
mais nada. Com isso, se essa tutela for 
dada e não for cumprida, ou seja, não for 
efetivada é a mesma coisa que não ser 
dada. O juiz pode assegurar que no futuro 
seja possível que XYZ tenha essa 
satisfação, bloqueando o bem de ABC 
enquanto ainda está tramitando o 
processo, pois se no futuro xyz ganhar a 
ação ela terá como receber. 
 
PARA SABER A DIFERENÇA ENTRE SATISFATIVA E CAUTELAR? 
Não importa o momento em que foi concedida, nem por qual decisão, a questão é AQUELA 
DECISÃO QUE O JUIZ DÁ PERMITE A REALIZAÇÃO IMEDIATA DO DIREITO? 
SIM = SATISFATIVA. 
NÃO= CAUTELAR. 
De acordo com a atividade prestada pelo órgão jurisdicional: COGNIÇÃO E EXECUÇÃO 
1.1 COGNIÇÃO 
COGNIÇÃO= é uma técnica pela qual o juiz forma juízo de valor sob aquilo que foi 
apresentado no processo. Ele apreciou, valorou, analisou as provas e alegações trazida pelas 
partes.A cognição é o exame fundamentado das alegações e provas das partes. Quem faz esse exame? 
O juiz. Para que ele faz isso? Para formar juízo de valor. 
De maneira geral, diz-se que a cognição do juiz pode ser analisado por dois planos: 
VERTICAL 
 
analisa-se a profundidade 
do conhecimento da 
cognição realizada pelo 
magistrado. Estamos 
dizendo quanto é que o 
juiz se aprofunda no 
exame dos fatos e provas 
produzidas. 
EXAURIENTE 
quando o juiz decide com base em um 
procedimento que foi garantida a realização 
plena do contraditório e da ampla defesa diz que 
é EXAURIENTE, pois foi dada a oportunidade das 
partes serem ouvidas, produzirem as provas 
necessárias, essa cognição prestigia a segurança 
jurídica, porque vai-se a fundo na realidade 
fática e chega-se a convicção da verdade. Atinge 
um juízo de certeza e são aptas para formar a 
coisa julgada. 
SUMÁRIA 
Quando o exame que o juiz faz se dá através de 
um procedimento que não foi possível ouvir 
todas as partes ou uma das partes, as vezes, 
ambas as partes foram ouvidas mas a produção 
de provas ainda pode ser enriquecida e 
aprofundada. Quando se trata de cognição 
SUMÁRIA a produção de provas ainda é 
incompleta e pode ser mais bem aprofundada. 
Quando o juiz julga com cognição sumária ele 
está julgando com juízo de PROBABILIDADE, pois 
analisa com aquilo que foi apresentado no 
momento e não são aptas a formar a coisa 
julgada e é típica dos provimentos provisórios 
em que não há tempo nem condições suficientes 
para que ele julgue com cognição EXAURIENTE, 
mas com base na urgência ou tempo ele precise 
decidir. 
HORIZONTAL 
 
analisa-se a quantidade 
PARCIAL 
Casos em que a lei traz limitações quanto a 
matéria que pode ser deduzida e conhecida. 
Quem faz essa limitação da matéria é a lei. Trata-
material que o juiz 
conhece. Amplitude do 
conhecimento utilizado 
pelo magistrado. 
se então de cognição parcial ou limitada. O juiz 
não pode conhecer certas questões porque a lei 
traz limitações na fixação do objeto sob litígio. 
PLENA 
todo o conflito de interesse, todas as matérias 
que são levadas ao juiz naquele processo, sem 
exceções, podem ser conhecidas pelo juiz. Na 
maioria das cognições são plenas. 
Não há limitações de matérias que podem ser 
conhecidas pelo juiz, a cognição plena abrange 
TODAS as questões do processo, as partes 
podem desenvolver plenamente suas 
pretensões e deduzir todas as matérias de 
defesa que elas entenderem que são cabíveis. 
EXEMPLO SUMÁRIA= uma pessoa precisa realizar uma cirurgia num prazo de 90 dias, caso 
contrário irá morrer e o plano negou, não quis cobrir essa cirurgia. Não dá para produzir todas 
as provas e nem o juiz exaurir toda a ação, então o juiz precisa analisar com o que tem no 
momento, com base de probabilidade. O juiz atinge a verossimilhança (aparência da verdade). 
As afirmativas pesam mais que as negativas. 
EXEMPLO PARCIAL: embargos do executado, não são todas as execuções fáticas que podem 
ser discutidas. 
2. TUTELA COGNITIVA 
Dentro da tutela cognitiva, há 5 espécies de tutela. 
Quando o juiz está analisando os fatos e provas pode ser: 
TUTELA COGNITIVA DECLARATÓRIA 
tem por finalidade reconhecer a existência ou 
a inexistência de uma relação jurídica. 
TUTELA COGNITIVA CONSTITUTIVA 
analisando os fatos e as provas, a decisão do 
juiz está criando, modificando ou extinguindo 
aquela relação jurídica. 
TUTELA COGNITIVA MERAMENTE 
CONDENATÓRIA 
é aquela em que o juiz analisando os fatos e 
provas produzidas cria compulsoriamente 
uma relação jurídica obrigacional, cria uma 
obrigação entre as partes, e se não for 
cumprida vai haver invasão no patrimônio do 
devedor. É aquela que tem caráter 
pecuniário. Se utiliza meios sub-rogatórios. 
TUTELA COGNITIVA MANDAMENTAL 
contém um mandamento para que a parte 
contrária corrija uma ilegalidade, uma 
ilicitude. O juiz verifica a prática de um ilícito 
e para corrigir essa ilegalidade o juiz da uma 
ordem para que a parte corrija esse ilícito. Na 
essência, é o ato que cria um DEVER. A 
premissa básica é a existência de uma ordem 
e sua efetivação depende de atos pela parte. 
Para ter efetividade, essa técnica vem 
acompanhada de uma sanção. A sanção é 
uma técnica processual que vai trazer 
efetividade a tutela mandamental. Quem 
atua é o próprio destinatário da ordem. 
TUTELA COGNITIVA EXECUTIVA “LATO 
SENSU” 
o juiz analisando os fatos e provas 
produzidas, reconhece também uma 
ilicitude. Quem corrige o ilícito é o próprio 
Estado. Não há necessidade da parte cumprir 
algo, o seu conteúdo principal é uma 
autorização para que o próprio órgão judicial 
possa corrigir o ilícito, possa executar, possa 
satisfazer o direito INDEPENDENTE da 
vontade da parte. 
 
EXEMPLO DECLARATÓRIA= união estável, quando o juiz declara o reconhecimento da união 
estável e declara desde quando. 
EXEMPLO DECLARATÓRIA= reconhecimento de paternidade, quando o juiz reconhece essa 
relação paternidade existe desde a concepção. 
EXEMPLO CONSTITUTIVA= divórcio, existe casamento no documento, deixa de existir na 
sentença que põe fim a ele. Quando o juiz declara que há o divórcio ele está extinguindo aquela 
relação jurídica a partir da sentença. 
EXEMPLO CONSTITUTIVA= interdição. Uma pessoa sofreu acidente e ficou inválida, a mãe 
respondia por ela em tudo, ela solicitou interdição e o juiz declara a pessoa civilmente incapaz 
a partir da sentença. 
EXEMPLO MANDAMENTAL= a autor vem ao juiz dizendo “o réu está construindo uma edícula 
e não temos autorização para construir e com base nessa edícula está causando uma infiltração 
no meu imóvel. O juiz, com base nos fatos e provas produzidas, ele vera que o autor tem razão 
e determina que o réu desfaça a obra. 
EXEMPLO EXECUTIVA: Reintegração de posse. 
 
AULA DIA 03.09.2020 
• Nem sempre há ligação entre cognição e execução, pois existem algumas tutelas 
cognitivas que são autossuficientes (declaratórias e constitutivas) e não dependem de 
posteriores atos para serem efetivadas. 
• Já as tutelas condenatórias, mandamental e executiva podem depender de atos 
executivos posteriores pq se não houver cumprimento espontâneo por parte do réu, o 
estado deverá continuar agindo. 
• Quando falamos de cognição pode ser analisado de dois enfoques HORIZONTAL E 
VERTICAL, para nós é mais importante o vertical. 
TUTELA JURISDICIONAL E TEMPO 
• Tempo é um elemento essencial para o processo e as vezes eles entram em conflito. 
• A tendência é encarar o tempo como uma forma negativa. 
• A CF garante como direito fundamental um tempo razoável de processo, mas ela não 
diz um processo instantâneo e não garante um processo rápido e célere. Ela quis 
eliminar o tempo patológico, a mora desproporcional que existe em alguns processos, 
a desproporcionalidade do tempo do processo e a complexidade do objeto do litígio. 
• O tempo e o processo andam juntos e são essenciais. 
• Não tem como falar em cognição exauriente sem tempo. 
• Há casos que não há possibilidade de espera do processo e o tempo pode ser prejudicial. 
• Há casos que há conflitos de valores. 
• As tutelas são técnicas que estão à disposição do juiz para dar mais efetividade. 
• Além das tutelas de urgência, existe a tutela de evidência que não trabalha com o 
conflito de efetividade, trabalha com dois direitos diferentes. 
 
CLASSIFIFICAÇÃO 
I. QUANTO À ANTERIORIDADE EM RELAÇÃO AO ILÍCITO. 
Essa tutela que o juiz está dando foi dada antes ou depois a ocorrência do ilícito 
• Ato ilícito= é um ato contrário ao direito. 
• Dano= prejuízo juridicamente relevante. 
Quando fala da concessão da tutela antes ou depois do ilícito, a tutela que é dada pode ter a 
pretensão de evitar a ocorrência desse ilícito ou pode ser prestado depois que esse ilícito ou 
dano ocorreu para remover ou reparar. 
Pode impedir, remover ou reparar a causa do ilícito. 
TUTELA PREVENTIVA 
TUTELA REPRESSIVA 
(outros exemplos de nome REINTEGRATÓRIA, 
REPARATÓRIA, RESSARCITÓRIA)Anterior ao ilícito. Prestada de forma 
preventiva, futuro. Se o juiz defere ela, está 
determinando que a ré não cometa. O ilícito 
não ocorreu e evitar que ocorra. VOLTADA 
PARA O FUTURO. 
Posterior ao ilícito. Quer remover o ilícito ou 
seus efeitos, reparar os danos. É voltada 
para o passado. VOLTADA PARA O PASSADO. 
 
TUTELA ANTECIPADA: antecipação dos efeitos da tutela; 
TUTELA CAUTELAR: além da urgência, não satisfaz a vontade da parte, mas garante a 
satisfação futura; 
II. QUANTO AO MOMENTO DA CONCESSÃO 
1º garante aos litigantes o exercício de ampla defesa, contraditório, devido processo legal e 
depois haver a concessão de tutela. Ou seja, tutela, via de regra, é concedida ao final depois de 
já produzida todas as provas, debatidos todos os argumentos, um exame mais aprofundado da 
matéria em litígio. 
TUTELA ANTECIPADA= providência excepcional, é antecipada quando há um receio de um 
dano irreparável, demora do processo pode prejudicar a efetividade da tutela. É antecipada 
porque a segurança jurídica cede espaço a efetividade e garante o resultado útil. 
ATOS PROCESSUAIS. ONDE ESTÁ A TUTELA? 
 
 | | | | | 
Fase postulatória fase saneadora fase instrutória fase decisória fase executiva 
 
• FASE POSTULATÓRIA: Inicial, citação, contestação. 
• FASE SANEADORA: saneamento (o juiz verifica, junto com as partes, vê o passado do 
processo e se há alguma questão processual pendente) 
• FASE INSTRUTÓRIA: perícia, audiência de instrução 
• FASE DECISÓRIA: sentença, recurso. TUTELA SE ENCONTRA AQUI. 
• FASE EXECUTIVA: cumprimento de sentença. TUTELA SE ENCONTRA AQUI. 
 
EXEMPLO: pessoa pede pensão por ato ilícito cometido pelo réu e diz que não pode esperar 
todo processo para começar a receber. O juiz pode deferir na petição inicial, na contestação, na 
perícia, na audiência de instrução e em todos estes momentos é uma TUTELA ANTECIPADA. 
Mas, também, na sentença e no recurso HÁ TUTELA ANTECIPADA. Pois, no exemplo acima, a 
pensão seria efetiva a partir do cumprimento de sentença, todo ato antes disso é tutela 
antecipada. 
Antecipar a tutela, não é antecipar a decisão, é antecipar o direito. 
Ao deferir a tutela antecipada na sentença, o juiz concede a execução da tutela e mesmo no 
recurso já estará em execução na publicação desta. 
Processo de conhecimento não é de simples cognição ou apenas cognição. 
Existe uma antecipação que se concede antes mesmo do contraditório. É a LIMINAR. 
LIMINAR 
na porta do processo, no início do processo, o máximo da antecipação e 
sequer houve o contraditório. O juiz só tem a tese do autor e não tem a 
antítese do réu. É o momento cronológico, onde não houve a formação 
do contraditório. 
Tem caráter satisfativo, está satisfazendo a vontade da parte. 
 
III. QUANTO À DURAÇÃO 
Nosso sistema foi construído, como regra, a tutela deve ser dada como exauriente. 
TUTELA DEFINITIVA= é caracterizada porque foi obtida em cognição exauriente, é apta 
para formar a coisa julgada material. 
• Tutelas dadas na sentença e no recurso são tutelas definitivas. 
• A tutela definitiva é aquela que se destina a durar para sempre. 
• Se contrapõe a tutela provisória, que não se destina a durar para sempre e se dá com 
base em cognição sumária e pode ser modificada e revogada a qualquer tempo. 
• A tutela no nosso código é definitiva ou provisória. 
• Dentro das tutelas provisórias o CPC faz uma subclassificação: tutela provisória é um 
gênero do qual fazem partes duas espécies = URGÊNCIA E EVIDÊNCIA. 
• A tutela de urgência pode ser cautelar ou satisfativa, CAUTELAR para assegurar o 
futuro do pedido ou pode ser uma tutela SATISFATIVA e o juiz já dá a parte aquilo que 
ela veio buscar. 
A doutrina fala que apesar da tutela antecipada e cautelar serem pelo CPC tratada como 
provisória, existe uma diferença entre elas, qual seja: 
TUTELA 
ANTECIPADA 
É PROVISÓRIA. Tutela que não dura para sempre, prevê um evento 
sucessivo, uma tutela definitiva, de mesma natureza que iria lhe 
substituir. 
TUTELA CAUTELAR 
É TEMPORÁRIA. Seria aquilo que também não sendo destinada a durar 
para sempre, não seria substituída por outra de mesma natureza. 
Duraria apenas por certo tempo até que uma tutela de outra natureza 
(definitiva) fosse prestada e os seus efeitos se tornassem 
desnecessários. Cumpre sua função e depois não precisa mais existir. 
 
IV. QUANTO À URGÊNCIA 
Se é urgente não há tempo de aguardar uma cognição exauriente, porque está acontecendo 
uma situação emergencial que pode causar um dano. Visa evitar um dano que se perpetue. 
TUTELA DE URGÊNCIA 
AULA 10.09.2020 
Essa tutela de urgência pode ter um cunho cautelar, como cunho satisfativo. 
TUTELA DE URGÊNCIA DE CUNHO SATISFATIVO = Pode ser concedida para já permitir a parte 
a imediata realização fruição do direito. CPC diz que é tutela antecipada. FINAL, DEFINITIVA E 
SATISFATIVA. 
TUTELA CAUTELAR= Pode apenas assegurar que haja essa satisfação no futuro. Ela não 
permite a imediata fruição do direito. 
Tratamento uniforme, art. 300 fala da tutela de urgência. 
Qual é o denominador comum para que as tutelas sejam consideradas de urgência? O 
PERIGO DA DEMORA. 
• Para que haja a concessão dessa tutela, necessita de 2 pressupostos: PROBABILIDADE 
DO DIREITO E PERIGO DA DEMORA. 
• O direito que a parte está alegando tem que ser provável, está ligado a 
verossimilhança (aparência da verdade) as afirmativas pesam mais que as negativas. 
• Tem que ter elementos no caso concreto que demonstrem a probabilidade do direito 
e o perigo da demora. 
• O perigo da demora precisa ser justificado/fundado em circunstâncias fáticas objetivas 
que demonstrem. 
• Perigo da demora= Fundado, iminente e grave e de tal forma que posse acarretar a 
impossibilidade de efetivação da tutela. 
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que 
evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do 
processo. 
§ 1 o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir 
caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a 
sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não 
puder oferecê-la. 
§ 2º A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação 
prévia. 
§ 3º A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver 
perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão. 
DISPOSIÇÕES GERAIS A RESPEITO DA TUTELA DE URGÊNCIA. 
 AULA DIA 15.09.2020 
 
I. REQUERIMENTO DA PARTE 
No novo cpc não há mais a previsão nenhuma que o juiz possa conceder, ainda que 
excepcionalmente, tutela cautelar de ofício. 
• O entendimento que hoje prevalece quando as tutelas de urgência, sejam elas 
cautelares ou antecipadas, é que não é possível ao juiz conceder a tutela de ofício. 
Se a parte não pedir o juiz não pode conceder, mesmo verificando possibilidade de 
se encaixar uma tutela cautelar ou antecipada. 
II. INTERINALIDADE 
 A tutela de urgência é postulada internamente, ou seja, dentro do procedimento em que vai 
se pedir a tutela definitiva, final e satisfativa. 
• Ainda que se trate de uma tutela, cautelar ou antecipada, dentro do próprio processo 
ela pode ser INCIDENTAL OU ANTECEDENTE. (será estudado melhor) 
III. COMPETÊNCIA. 
 Art. 299. A tutela provisória será requerida ao juízo da causa e, quando antecedente, ao 
juízo competente para conhecer do pedido principal. 
Parágrafo único. Ressalvada disposição especial, na ação de competência originária de 
tribunal e nos recursos a tutela provisória será requerida ao órgão jurisdicional competente para 
apreciar o mérito. 
Art. 932 cabe aos recursos. 
Art. 932. Incumbe ao relator: 
II - apreciar o pedido de tutela provisória nos recursos e nos processosde competência 
originária do tribunal; 
• Qual é o juiz mais adequado a julgar seu pedido. EX= ação de alimentos; divórcio e 
etc. 
 
A QUESTÃO DA INCOMPETÊNCIA DO JUIZ 
 Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de 
contestação. 
§ 4º Salvo decisão judicial em sentido contrário, conservar-se-ão os efeitos de decisão proferida 
pelo juízo incompetente até que outra seja proferida, se for o caso, pelo juízo competente. 
• Para que a parte que pede a tutela não tenha dano irreparável, o cpc diz que o juiz 
incompetente deverá conceder ou revogar a tutela antes de encaminhar o processo 
para o juiz correto. 
IV. DEVER DE MOTIVAÇÃO 
 Art. 298. Na decisão que conceder, negar, modificar ou revogar a tutela provisória, o juiz 
motivará seu convencimento de modo claro e preciso. 
Se é uma decisão em que o juiz antecipa os efeitos ou que assegura os efeitos lá na frente, é 
obvio que ele precisa fundamentar. 
Esse dever de fundamentar claro e preciso, deve ser analisado em conjunto com o 489, § 1º que 
diz que não se considera fundamentada uma decisão quando, por exemplo, ela só indica ou 
reproduz um texto de lei sem colocar sua relação com a causa, empresa conceitos jurídicos 
indeterminados etc. 
Art. 489. São elementos essenciais da sentença: 
§ 1º Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, 
sentença ou acórdão, que: 
I - se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua 
relação com a causa ou a questão decidida; 
II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua 
incidência no caso; 
III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão; 
IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, 
infirmar a conclusão adotada pelo julgador; 
V - se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus 
fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles 
fundamentos; 
VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela 
parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do 
entendimento. 
Os pressupostos da concessão são a probabilidade do direto e perigo da demora e o juiz não 
pode apenas dizer que estão presentes ou ausentes, ele precisa fundamento. 
V. MOMENTO. 
 Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem 
a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. 
§ 1 o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução 
real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo 
a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la. 
§ 2º A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia. 
§ 3º A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo 
de irreversibilidade dos efeitos da decisão. 
LIMINAR = momento processual, momento cronológico do processo. É o momento em que 
não houve a formação do contraditório. É o máximo da antecipação. 
• É necessário a liminar, pois há casos em que, se a parte contrária tomar conhecimento 
ela pode atuar de tal forma que frustre o resultado que o autor pretende obter. 
• Outro motivo da liminar é que até citar o réu e ele responder, pode prejudicar o 
direito do autor, levando-o dano. 
JUSTIFICAÇÃO PRÉVIA = é uma audiência na qual, a parte que pediu a tutela de urgência, 
vai comparecer e vai ser ouvida ou levar testemunhas. Não se confunde com a audiência de 
instrução, pois a audiência de justificação prévia é para que o autor prove a presença dos 
pressupostos de admissibilidade (probabilidade do direito e perigo da demora). 
• Geralmente essas audiências de justificação prévia são marcadas com mais urgência 
e em alguns casos ela acontece em segredo. 
• Não significa que em uma audiência de justificação prévia o réu não possa ser citado 
e até comparecer na audiência, mas ele não vai poder levar testemunhas, oferecer 
contestação, pois é uma AUDIÊNCIA PARA O AUTOR. 
• A participação do réu é mínima, ele pode contraditar as testemunhas do autor ou 
fazer perguntas para elas. 
O entendimento do § 2º do art. 300 não quer dizer que justificação prévia se contrapõe ao 
pedido de liminar, pois o juiz só ouve a parte autora e o réu não ofereceu sua contestação. 
VI. DURAÇÃO/EFICÁCIA. 
 A tutela de urgência conserva sua eficácia enquanto o processo se desenvolver, mas como 
é uma tutela não definitiva, portanto, pode ser pelo mesmo juiz revogada ou modificada a 
qualquer tempo, caso não esteja presente os pressupostos que autorizaram seu deferimento. 
• EXEMPLO= o juiz deferiu uma tutela antecipada, porque se convenceu da 
probabilidade do direito e perigo da demora. Mas no meio do processo a cognição 
se torna exauriente e há uma mudança do quadro probatório, então ele verifica que 
os requisitos de probabilidade do direito e perigo da demora na verdade não estão 
presentes, então ele a revoga, 
 Art. 296. A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas pode, a 
qualquer tempo, ser revogada ou modificada. 
• Juiz revogou ou modificou, tem que fundamentar. 
• A tutela que foi concedida conserva sua eficácia durante o período de suspensão do 
processo. 
A tutela cautelar é um direito da parte e dever do estado que destina dar segurança que no 
futuro haja a satisfação do direito. 
• A tutela cautelar não cessa na sentença e nem em trânsito em julgado. 
• A efetividade dessa tutela pode depender da execução. 
• A tutela cautelar deve se manter eficaz até a utilização dos meios executivos. 
• Essa tutela cautelar não tem relação com a sentença de procedência, ela tem relação 
com o perigo que pode inviabilizar a efetiva tutela do direito. 
• Se esse perigo se extinguir durante o processo, o juiz pode revogar a tutela cautelar. 
 Agora, há limites em improcedência do pedido de tutela cautelar. 
• EXEMPLO = o autor propôs ação de indenização contra o réu, no curso do processo 
o juiz bloqueou um bem do réu, após o processo continua normalmente até que 
veio a sentença de improcedência dizendo que o autor não tem o direito de receber 
a indenização. Com isso, não tem fundamento para continuar bloqueando o bem do 
réu. 
REGRA: Em princípio, tanto a tutela cautelar quanto a tutela antecipada, perdem a 
eficácia em caso de sentença de improcedência. 
Art. 1.012. A apelação terá efeito suspensivo. 
§ 1º Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a produzir efeitos imediatamente 
após a sua publicação a sentença que: 
V - Confirma, concede ou revoga tutela provisória; 
TUTELA CAUTELAR PROCEDENTE Continua seus efeitos até que haja efetividade do 
direito do autor. não cessa efeitos nem na 
sentença e nem em trânsito em julgado 
IMPROCEDENTE Perde a eficácia a partir do momento de 
improcedência 
TUTELA 
PROVISÓRIA 
PROCEDENTE Continua seus efeitos até tornar-se uma tutela 
definitiva. 
IMPROCEDENTE Perde a eficácia a partir do momento de 
improcedência 
• No recurso a parte pode pedir para continuar com a eficácia da tutela. 
VII. REVOGAÇÃO OU MODIFICAÇÃO DA TUTELA DE URGÊNCIA. 
 Na medida em que a cognição vai se exaurindo e o juiz vai se aprofundando na analise 
daquele caso concreto, pode ser que ele revogue essa tutela porque ele acredite, por 
exemplo, que não há mais perigo, antes ele entendeu de um jeito e agora há prova contrária. 
O juiz deve revogar a tutela de urgência não apenas quando surgir um fato novo, por 
exemplo, mas também quando surgir uma nova prova. 
O juiz julga em cognição sumária e ele aceita, no momento em que defere, implicitamente, 
e as partes também, a possibilidade de chegar a uma convicção diferente no curso do 
processo.Quando falamos em cognição sumária, quebra-se aquele princípio através do qual não se 
pode decidir a mesma questão duas vezes. Pois no início, ao não ter conhecimento suficiente 
e a urgência do caso fez com que deferiu e depois pode revogar, vice-e-versa. 
Tem que ter requerimento da parte para REVOGAR! Da mesma forma que há pedido 
para a tutela. 
VIII. PODER GERAL DE CAUTELA E DE ANTECIPAÇÃO 
 Art. 297. O juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para efetivação 
da tutela provisória. 
Parágrafo único. A efetivação da tutela provisória observará as normas referentes ao 
cumprimento provisório da sentença, no que couber 
Para efetivar a tutela o juiz pode bloquear um bem ou expedir um ofício ordenando algo. 
Na verdade, é um poder geral de ordenar medidas cautelares ou antecipadas que o juiz 
melhor achar adequada ao processo. 
PODER DISCRICIONÁRIO = poder de escolher, dentro de certos limites, a providência que 
ele irá adotar. 
PODER DEVER= quando os pressupostos estão presentes, é dever do juiz deferir. 
 
 
 
IX. REVERSIBILIDADE 
Para a tutela antecipada há um outro pressuposto. Ela precisa ser reversível. 
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a 
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo 
§ 3º A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo 
de irreversibilidade dos efeitos da decisão. 
É um pressuposto negativo. O juiz precisa analisar o perigo da demora inverso, ou seja, ele tem 
que verificar se a concessão da tutela satisfativa não pode vir ocasionar um dano ao réu no 
sentido de não mais se reverter ao estado anterior. 
Tem que ter probabilidade do direito e perigo da demora, mas também tem que ter esse 
requisito, ou seja, se não pode ser concedida, ainda que haja probabilidade do direito e perigo 
da demora e essa tutela for antecipada (satisfativa), se os seus efeitos forem reversíveis. 
O requisito da reversibilidade não é absoluto, porque há casos de irreversibilidade recíproca em 
que esse requisito pode ser relativizado no caso concreto. 
X. CAUÇÃO E CONTRACAUTELA. 
 Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem 
a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. 
§ 1 o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução 
real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo 
a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la. 
O que seria caução? 
O autor está lá pedindo uma tutela de urgência, a caução seria uma garantia que ele vai dar, 
uma garantia real (indicando um bem, fiança), para ressarcir eventuais danos que a parte 
contrária possa vir a sofrer caso haja improcedência do pedido. 
É uma contracautela que o autor presta. 
Serve para garantir ressarcimento dos eventuais prejuízos que o réu possa ter com a 
efetivação da tutela jurisdicional. 
Se o juiz exige caução é o autor que vai ter que dar a garantia. 
Está fundado no princípio de igualdade entre as partes e o juiz pode exigir para suprir 
eventuais possíveis danos que o réu irá sofrer e que tem que ser ressarcido pelo autor caso 
seja vencido. 
O juiz não pode exigir caução se o réu não sofrer danos. 
Juiz sempre tem que analisar os pressupostos e fundamentar. 
XI. MEDIDAS DE URGÊNCIA 
Distinção ontológica. 
TUTELA DE URGÊNCIA = é proteção jurisdicional, ou seja, é proteção que o poder judiciário dá 
quando há perigo da demora e probabilidade do direito. quando o juiz concede a tutela de 
urgência ele está protegendo uma situação em que há perigo da demora e/ou probabilidade 
do direito. 
Como essa proteção é dada? Através de medidas de urgência. 
O que são medidas de urgência? São meios através dos quais o juiz efetiva a tutela. 
Como ele efetiva? Ofício, ordem, bloqueio do bem, arresto, sequestro etc. 
Essas medidas que o juiz determina podem ser cautelares ou satisfativas. 
O QUE SÃO MEDIDAS CAUTELARES? 
São os meios cautelatórios que vão assegurar a futura satisfação do direito. São meios 
temporários. 
Então conservam-se os meios para que o bem possa satisfazer no futuro. 
Quando essa medida, seja cautelar ou antecipada, sem a formação do contraditório, podemos 
dizer que é uma medida liminar. 
Art. 301. A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante arresto, 
sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer outra 
medida idônea para asseguração do direito. 
Art. 301, caput, traz exemplos, mas não explica o que são os exemplos. Então quem diz? A 
doutrina. 
ARRESTO= É uma medida cautelar para garantir futura execução para entrega de quantia 
certa. Garante, enquanto não chega a penhora, a existência de bens da parte que no futuro se 
tornará devedora. 
SEQUESTRO= é uma medida cautelar que assegura futura execução para entrega de coisa. A 
coisa é o objeto de litígio, quando sequestra o bem quer garantir o estado de conservação no 
final da lide. Assegura que a coisa não seja dilapidada e deteriorada e no futuro possa se 
estabelecer se é do autor ou do réu. 
ARROLAMENTO DE BENS= autor também pretende a coisa, mas a coisa é indeterminada e 
pode ser determinável. O oficial de justiça faz um rol dos bens. 
 
RESPONSABILIDADE DA PARTE QUE FOI BENEFICIADA COM A 
TUTELA DE URGÊNCIA E DEPOIS VERIFICOU-SE QUE NÃO TINHA 
DIREITO. 
AULA DIA 17.09.2020 
1. Responsabilidade que a parte tem pelo prejuízo que a efetivação da tutela causar a 
parte contrária 
O juiz, ao conceder a tutela de urgência, pode exigir uma caução e esta serva como um peso 
na balança quando o juiz verifica que a concessão da tutela de urgência gera um desiquilíbrio, 
um receio de que possa haver prejuízo futuro para a parte contrária. 
Sempre lembrando que a tutela de urgência é dada em cognição sumária, a qual o juiz não tem 
como se aprofundar na causa, ele verifica apenas a probabilidade do direito e o perigo da 
demora. 
Se, após o desenvolvimento do processo, transformando-se em cognição exauriente, o juiz 
verifica que a parte não tinha o direito e, portanto, não havia motivos para deferir uma tutela 
satisfativa. 
 Art. 302. Independentemente da reparação por dano processual, a parte responde pelo 
prejuízo que a efetivação da tutela de urgência causar à parte adversa, se: 
I - a sentença lhe for desfavorável; 
II - obtida liminarmente a tutela em caráter antecedente, não fornecer os meios necessários 
para a citação do requerido no prazo de 5 (cinco) dias; 
III - ocorrer a cessação da eficácia da medida em qualquer hipótese legal; 
IV - o juiz acolher a alegação de decadência ou prescrição da pretensão do autor. 
Parágrafo único. A indenização será liquidada nos autos em que a medida tiver sido 
concedida, sempre que possível. 
Independentemente da reparação por dano processual, a parte que foi beneficiada com a 
medida de urgência responde pelo prejuízo que causar à parte contrária. 
REQUISITOS: tem que ter havido proveito da parte autora e prejuízo da parte ré. 
A indenização será liquidada nos próprios autos. 
A parte contrária deverá apresentar o prejuízo e o nexo de causalidade, ou seja, tem que 
demonstrar que esse prejuízo foi em decorrência da efetivação da tutela concedida ao autor. 
SITUAÇÕES DE RESPONSABILIZAÇÃO: 
A) Sentença lhe for desfavorável; 
O juiz com base em cognição sumaria defere uma tutela provisória pois se convenceu da 
probabilidade do direito e do perigo da demora. Mas, conforme o processo foi prosseguindo e, 
em cognição exauriente, ou seja, uma tutela definitiva/final ele verifica que o autor não tinha 
direito e julga improcedente os pedidos do autor. 
B) A tutela obtida liminarmente e não houve os meios necessários para a citação do 
réu; 
Os meios necessáriospara citação do réu tem que ser fornecidos em, no máximo, 5 dias, que 
são: endereço do réu, pagamento das custas oficiais, pagamento do A.R para expedir a carta. 
Se o autor não consegue fornecer os meios necessários em 5 dias, já começa se pressupor que 
há um prejuízo ao réu. 
C) Cessou eficácia da tutela em qualquer hipótese; 
Em tutela cautelar antecedente, primeiro pede a tutela cautelar e depois, em até 30 dias, 
apresenta o pedido principal. Se o autor não formula dentro do prazo de 30 dias, ela perde a 
eficácia e nesse meio de tempo em que foi eficaz, pode ter causado prejuízo ao réu. 
D) O juiz acolher alegação de decadência ou prescrição da pretensão do autor. 
O autor vai até o juiz e alega a probabilidade do direito, o juiz se convence e defere. Mas, vem a 
tona que, aquele direito que parecia provável, está culminado pela decadência ou prescrição. O 
reconhecimento da decadência ou prescrição acarreta a extinção do feito com resolução de 
mérito. Durante a efetividade dessa tutela se houver prejuízo ao réu (comprovado), o autor terá 
que indenizar. 
ENUNCIADO FPPC 499 
(art. 302, III, parágrafo único; art. 309, III) Efetivada a tutela de urgência e, posteriormente, 
sendo o processo extinto sem resolução do mérito e sem estabilização da tutela, será possível 
fase de liquidação para fins de responsabilização civil do requerente da medida e apuração de 
danos. (Grupo: Tutela de urgência e tutela de evidência) 
TUTELA ANTECIPADA ANTECEDENTE 
CAPÍTULO II 
DO PROCEDIMENTO DA TUTELA ANTECIPADA REQUERIDA EM CARÁTER 
ANTECEDENTE 
 Art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição 
inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela 
final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco 
ao resultado útil do processo. 
§ 1º Concedida a tutela antecipada a que se refere o caput deste artigo: 
I - o autor deverá aditar a petição inicial, com a complementação de sua argumentação, a 
juntada de novos documentos e a confirmação do pedido de tutela final, em 15 (quinze) dias ou 
em outro prazo maior que o juiz fixar; 
II - o réu será citado e intimado para a audiência de conciliação ou de mediação na forma 
do art. 334 ; 
III - não havendo autocomposição, o prazo para contestação será contado na forma do art. 
335 . 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art334
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art335
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art335
§ 2º Não realizado o aditamento a que se refere o inciso I do § 1º deste artigo, o processo 
será extinto sem resolução do mérito. 
§ 3º O aditamento a que se refere o inciso I do § 1º deste artigo dar-se-á nos mesmos 
autos, sem incidência de novas custas processuais. 
§ 4º Na petição inicial a que se refere o caput deste artigo, o autor terá de indicar o valor 
da causa, que deve levar em consideração o pedido de tutela final. 
§ 5º O autor indicará na petição inicial, ainda, que pretende valer-se do benefício previsto 
no caput deste artigo. 
§ 6º Caso entenda que não há elementos para a concessão de tutela antecipada, o órgão 
jurisdicional determinará a emenda da petição inicial em até 5 (cinco) dias, sob pena de ser 
indeferida e de o processo ser extinto sem resolução de mérito. 
A tutela de urgência pode ser classificada por 2 critérios: 
1. Funcional= qual é o objeto tutelado, podendo ser cautelar ou satisfativa (código chama 
de antecipada); 
2. Temporal= quanto ao momento, podendo ser antecedente ou incidental. 
O que veremos agora é uma tutela de urgência que satisfaz o direito da parte, mas em um 
momento que é antecedente. 
Tanto a tutela de antecipada quanto a cautelar podem ser pedidas desde o inicio da ação e 
também no decorrer. 
QUANDO A TUTELA É INCIDENTAL? Quando o autor propõe a petição inicial, formula todos os 
pedidos e abre o tópico da tutela e terá que falar da urgência, probabilidade do direito e nos 
pedidos solicitar o que ser quer. 
PODE ACONTECER DA SURGIR URGÊNCIA NO DECORRER DO PROCESSO = a parte protocola a 
petição e nesta irá falar da probabilidade do direito e perigo da demora a justificar aquela 
tutela. 
 
Requisitos para que seja possível utilizar do art. 303. 
1º) Urgência contemporânea a propositura da ação. Então não é uma urgência que surge no 
decorrer da ação. É uma urgência que o autor já percebe na propositura da ação. 
2º) Expresso pedido de utilização dessa técnica. Como ela é uma opção, o autor já poderia 
formular todos os pedidos, ele tem que deixar claro. §5º do art. 303. É expressa a indicação por 
parte do autor que eles pretendem se valer desse 86 benefício. Se ele não deixa claro pode 
deixar margem para o juiz não entender e mandar emendar. Tem que deixar claro que está 
usando essa possibilidade do art. 303 e pretende complementar depois com novos argumentos 
e novas alegações. Então existe necessidade do autor dizer que quer se valer desse benefício 
para ele esclarecer que não se trata de uma petição inicial mal feita, e sim que ele pretende se 
usar dessa técnica de sumarização formal. O autor tem que dizer claramente que ele quer se 
valer dessa técnica. 
3º) Limitar o pedido a tutela antecedente. Ele não precisa desenvolver essa peça inicial de 
maneira exaustiva, trazendo todos os requisitos, cumprindo com todos os requisitos do art. 319, 
320, ele nem precisa trazer todo o lastro probatório, porque depois ele vai ter essa 
oportunidade, vai ter um prazo para aditar. O cliente está em uma situação de vida ou morte 
como no exemplo. Não é viável nem recomendável que se perca tempo buscando 
documentação específica. Se o plano de saúde de uma maneira ilícita deixou de autorizar uma 
cirurgia ou internação na UTI, em um hospital específico, etc., não seria razoável exigir que o 
autor já juntasse o contrato, um laudo médico. É possível que essa documentação seja juntada, 
complementada, depois. A preocupação naquele momento quando se fala em tutela antecipada 
antecedente é a preservação do bem da vida. O advogado pode fazer essa petição inicial 
limitada, pedido de tutela de urgência para autorizar a cirurgia, agora deixou de lado eventual 
indenização por dano material ou moral. 
4º) Indicar na petição inicial qual é o pedido final. Apesar de ele se limitar a fundamentação da 
tutela de urgência, ele tem que indicar qual é o pedido final. Ele não vai falar qual é o pedido, 
mas ele já menciona qual é, como revisão do contrato junto com dano material, moral. Ele indica 
qual ele vai fazer. E ele tem que demonstrar perigo da demora e probabilidade do direito. 
 
 
Caso o juiz entenda que não há elementos para a concessão da tutela e indeferir e o autor pode 
emendar e se, mesmo assim, o juiz indeferir o autor pode agravar. 
Estabilização dos efeitos da tutela = é uma figura excepcional que permite uma sumarização do 
procedimento e é uma grande vantagem. Quando a parte autora pediu provimento, a parte ré 
recebeu esse provimento, ficou satisfeita com esse provimento e a parte ré se conformou, tanto 
se conformou que não agravou. 
PRAZO 
15 dias para aditar a citação, começa o prazo do réu a partir da juntada 
aos autos do mandado de citação devidamente cumprido. 
E para o autor aditar? 15 dias da ciência da decisão. 
Temos que entender que se tiver recurso, o réu agravou, só isso já afasta a estabilidade, então 
não há que se falar em estabilização se o réu agrava. 
TUTELA CAUTELAR ANTECEDENTE 
Não confundir com a antecipada. 
Se estamos falando de cautelar, estamos falando de uma tutela que não vai dar a parte aquilo 
que ela vai buscar. Apenas vai servir para assegurar futura satisfação do direito 
Se a função dela é cautelar, estamos falando de uma tutela que vai ser dada para, por exemplo, 
bloquear um bem, arrestar um bem, mas ela não está dandoo bem a parte. Um arresto as vezes 
para garantir futura execução, futuro pagamento de valor, ou sequestro para garantir um futuro 
recebimento daquele valor. 
Esse pedido dessa tutela cautelar pode ser antecedente. A parte vai fazer uma petição inicial 
limitada a aquele pedido de tutela cautelar. Depois, no prazo de 30 dias, ela vai poder formular 
o pedido principal. 
O autor tem que demonstrar para que ele tem necessidade daquela tutela cautelar, qual é o 
perigo da demora e que existe um direito que vai ser discutido futuramente. 
Art. 310. O indeferimento da tutela cautelar não obsta a que a parte formule o pedido principal, 
nem influi no julgamento desse, salvo se o motivo do indeferimento for o reconhecimento de 
decadência ou de prescrição. 
Se o juiz defere a tutela cautelar e ela é efetivada, ou seja, ela é cumprida, aí é que começa o 
prazo que o autor tem para formular o pedido principal. Este prazo de 30 dias se conta da 
efetivação da tutela. 
prazo se conta do cumprimento da medida, da efetivação. 
O autor não apresentando pedido principal cessa a eficácia da tutela cautelar. 
Se ele apresenta o pedido principal as partes serão intimadas para a audiência de conciliação ou 
de mediação. Então o processo vai continuar, prosseguir, para que haja concessão da tutela final 
definitiva e satisfativa.

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