Buscar

Cumprimento de sentença

Prévia do material em texto

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ DE DIREITO DA ___ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE APUCARANA-PARANÁ
	CRISTIANO [nome completo], estava no ventre e agora, devidamente representado pela sua mãe MARGARIDA [nome completo], brasileira, solteira, trabalhadora rural, [nº do CPF], residente e domiciliado a Rua xxx nº xxx, Zona Rural, Cep nº xxx, Apucarana/PR, [endereço eletrônico], devidamente representado por seu advogado (procuração anexa), vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com fulcro no artigo 5º, LXVII, da Constituição Federal do Brasil de 1.988 c/c art. 528 e seguintes, do Código de Processo Civil de 2.015, propor a presente 
	CUMPRIMENTO DE SENTENÇA DE ALIMENTOS
COM PEDIDO DE PRISÃO
em face de
FRANCISCO [nome completo], brasileiro, casado, empresário rural, [nº do CPF], residente e domiciliado a Rua xxx nº xxx, Bairro xxx, Cep nº xxx, Londrina/PR, [endereço eletrônico], pelos motivos fáticos e fundamentos jurídicos a seguir.
DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
Requer se à concessão do pedido de justiça gratuita, pois o exequente não possui recursos suficientes para arcar com as custas processuais e honorários advocatícios sem prejudicar seu sustento e de sua família, conforme os termos do arts. 5º, inciso LXXIV da CF/98 e do art. 98, do CPC.
DOS FATOS
A tutela provisória de urgência foi dada por sentença, obrigando Francisco a prestar alimentos foi dada no dia, mês e ano, no valor mensal de R$ 3.350,00 (três mil, trezentos e cinquenta reais). A Margarida, mãe do exequente teve uma gravidez de risco e não pode trabalhar, agora com o nascimento da criança chamada de Cristiano, o Francisco automaticamente deixou de prestar alimentos, sob alegação de que somente estava obrigado durante a gestação. Mesmo após Margarida ter explicado que continuava necessitando dos valores, porquanto deveria arcar com as despesas para o sustento de Cristiano, mas Francisco manteve-se inerte e negou a realização de qualquer pagamento. 
Assim, após passados dois meses sem o pagamento de prestações referente aos alimentos, a representante do alimentando decidiu pedir o cumprimento da sentença transitada em julgado, já que está prestes a ser despejada do imóvel no qual reside e não tem condições de prover a Cristiano, infante que, certamente, necessita de cuidados.
	Dessa forma, o executado está com dois meses vencidos, totalizando-se o valor de R$ 6.700,00 (seis mil e setecentos reais) atrasados, sendo que, está prestes a vencer o terceiro mês consecutivo de atraso de pensão.
DO DIREITO
	O executado foi sentenciado a cumprir prestação de alimentos do alimentando e após o nascimento da criança deixou de efetuar os pagamentos da pensão deixando a criança desamparada.
	Dessa forma, o exequente não encontrou outra alternativa senão o presente cumprimento de sentença que condenou o executado ao pagamento dos alimentos.
	A Constituição Federal em seu art. 5º, LXVII, diz:
(...)
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel;
	Ainda assim, com fundamento no art. 528, §§1º, 3º e 7º do Código de Processo Civil, o pedido está amparado, senão vejamos:
Art. 528. No cumprimento de sentença que condene ao pagamento de prestação alimentícia ou de decisão interlocutória que fixe alimentos, o juiz, a requerimento do exequente, mandará intimar o executado pessoalmente para, em 3 (três) dias, pagar o débito, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo.
§ 1º Caso o executado, no prazo referido no caput , não efetue o pagamento, não prove que o efetuou ou não apresente justificativa da impossibilidade de efetuá-lo, o juiz mandará protestar o pronunciamento judicial, aplicando-se, no que couber, o disposto no art. 517.
§ 3º Se o executado não pagar ou se a justificativa apresentada não for aceita, o juiz, além de mandar protestar o pronunciamento judicial na forma do § 1º, decretar-lhe-á a prisão pelo prazo de 1 (um) a 3 (três) meses.
§ 7º O débito alimentar que autoriza a prisão civil do alimentante é o que compreende até as 3 (três) prestações anteriores ao ajuizamento da execução e as que se vencerem no curso do processo.
	O art. 229, da Constituição Federal diz:
Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade.
	Pelo exposto dos fatos e fundamentos de direito, Vossa Excelência, o art. 6º, da Lei 11.804/08 no diz:
Art. 6º. Diante da existência de indícios da paternidade apontada, mostra-se cabível a fixação de alimentos em favor do nascituro, destinados à mantença da gestante, até que seja possível a realização do exame de DNA.
	
	Dessa forma não restam dúvidas acerca do direito do exequente em querer fazer dar cumprimento de sentença transitada em julgado.
DOS PEDIDOS
	a) Requer intimação pessoal do executado Francisco para que no prazo de 3 (três) dias, efetue o pagamento das parcelas atrasadas devidamente corrigidas;
	b) Requer Cristiano, representado pela sua genitora a presença do Ministério Público para atuar, conforme art. 698, do Códido Processual Civil;
	c) Requer a condenação do executado dos honorários e custas processuais, de acordo com o art. 82, §2º, do CPC;
	d) Requer ainda, que o valor dos atrasados sejam atualizados nos moldes do inciso I, mais a fixação mensal dos alimentos em favor da criança, nos moldes do inciso III, ambos da Lei 11.804/08;
	DÁ-SE O VALOR DA CAUSA DE R$ 6.700,00 (seis mil e setecentos reais) dos alimentos atrasados, atualizados monetariamente, mais R$ 3.350,00 (três mil, trezentos e cinquenta reais) por mês, durante 12 (doze) meses, conforme art. 292, I e III, do CPC.

Continue navegando