eletrolise para remoção de ferrugem

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Retirando ferrugem por eletrolise em casa 
 
Heliardo Antônio de Freitas Silva 
Universidade Estadual de Minas Gerais 
Heliardo.silva@outlook.com 
 
 
 
RESUMO 
Este artigo tem como objetivo apresentar um experimento simples de restauração de um 
objeto enferrujado com o uso da eletrolise, por meio dele também é possível mensurar a 
importância de tal processo para a sociedade. O mesmo pôde ser realizado com materiais 
de fácil acesso ou que são comumente encontrados em casa. 
PALAVRAS CHAVE: Eletrolise, Reação. 
 
ABSTRACT 
This article aims to present a simple experiment to restore a rusted object using 
electrolysis, through which it is also possible to measure the importance of such a process 
for the industry. The same could be done with materials that are easily accessible or that 
are commonly found at home. 
KEY WORDS: Electrolysis, Reaction. 
 
1 – INTRODUÇÃO 
 
Na eletroquímica a pilha foi criada primeiro, em 1800, quando o químico e físico 
Alessandro Giuseppe Antonio Anastasio Volta (1745 - 1827) utilizou discos de Zinco 
(Zn) e Cobre (Cu) separados por algodão embebido em solução salina. 
A eletrolise veio depois como um processo criado pelo químico britânico Humphry Davy 
(1778 - 1829) que obteve potássio passando uma corrente elétrica através do carbonato de 
potássio. Desde então essa reação não espontânea vem sendo utilizado para várias 
finalidades, como a galvanização para proteger o aço da ferrugem, cromação, obtenção de 
substâncias como a soda cáustica e água oxigenada entre outros. Ademais existem outros 
usos para essa reação, como a separação do hidrogênio da água e a restauração de objetos 
enferrujados. 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/1800
https://pt.wikipedia.org/wiki/Humphry_Davy
https://pt.wikipedia.org/wiki/1778
https://pt.wikipedia.org/wiki/Corrente_el%C3%A9trica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hidr%C3%B3xido_de_s%C3%B3dio
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81gua_oxigenada
 
 
2 – METODOLOGIA 
 
Este experimento foi realizado utilizando uma simples metodologia conforme o 
fluxograma abaixo. 
 
 
Fonte: Autoral 
 
 
 
3 – BASE TEÓRICA 
 
A eletrolise é uma reação não espontânea que transforma energia elétrica em energia 
química, sendo o contrário da pilha, isso quer dizer que ela precisa de uma fonte de energia 
constante para que seja efetiva. 
É utilizado então uma fonte de alimentação que é ligada aos eletrodos. 
O polo positivo vai ser conectado ao ânodo, onde ocorre a oxidação (perda de elétrons) e 
o polo negativo é conectado ao cátodo, onde ocorre a redução (ganho de elétrons), como 
existem dois polos contrários, cria-se uma diferença de potencial e conseguintemente uma 
corrente elétrica com sentido do ânodo para o cátodo. Todo o processo acontece em um 
recipiente chamado de cuba eletrolítica que permite a passagem de elétrons, no caso da 
eletrolise aquosa é utilizado agua com outro composto. 
 
 
 
 
 
 Eletrólise 
Fonte:https://culturalivre.com/eletroquimica_pilha_de_daniell_eletrolise_ignea_aquosa 
 
 
 
 
4 – MATERIAIS UTILIZADOS 
 
 Lã de aço - como metal de sacrifício. 
 Corrente de bicicleta - Metal a ser desenferrujado. 
 Dois cabos de cobre com cores distintas - preto e verde, aproximadamente 30cm 
cada. 
 Recipiente de plástico grande o suficiente para comportar os eletrodos separados. 
 Sal de cozinha (NaCl). 
 Fonte de computador com saída de 5 volts. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 – PROCEDIMENTO 
 (Fotos do experimento. Fonte: autoral) 
 
 Realizado em local aberto para escape de gases nocivos à saúde. 
 
 Foi feita a separação dos materiais e depois a utilização de equipamentos de 
proteção individuais. 
 
 
 
 Para começar, os cabos foram conectados nos respectivos eletrodos: 
Cabo preto é o polo negativo e foi conectado no cátodo (metal a ser 
desenferrujado). O cabo verde é o polo positivo e foi conectado ao ânodo (lã de 
aço). 
 
 
 
 O recipiente de plástico foi preenchido de água até uma altura que submergisse os 
eletrodos, depois foi misturado sal de cozinha até ocorrer a saturação da água. 
 
 Os eletrodos conectados aos cabos foram mergulhados na solução, mantendo 
distância entre eles. 
 
 
 
 
 
 Os cabos foram conectados a fonte, onde na saída de 5 volts existem dois cabos, 
um preto que é o negativo e outro amarelo, o positivo. Na ligação estão conectados 
preto com preto e verde com amarelo. 
 
 
 
 Por último a fonte foi conectada em uma tomada de 127 volts e a reação começou. 
 
 Foi necessário distanciamento do experimento, e o tempo de duração foi de 30 
minutos. O tempo pode variar conforme a fonte de energia e o tamanho ou estado 
do eletrodo a ser desenferrujado. 
 
6 – EQUAÇÕES 
 
A Ferrugem que nós identificamos de cor alaranjada é a Fe(OH)3, formada pela reação: 
 
 
Formação da Ferrugem. Fonte: Autoral 
 
 
A redução do Fe(OH)3 é forçada pela corrente elétrica e faz com que a molécula se 
decomponha, restando o ferro sólido no eletrodo, e os demais elementos são libertos na 
solução eletrolítica, que podem reagir e formar novas substancias. 
 
 
A solução de NaCl + H2O também sofre eletrolise e é dada por: 
 
 
Fonte: https://static.mundoeducacao.uol.com.br/mundoeducacao/conteudo/eletrolise-
do-cloreto-de-sodio.jpg 
 
Podemos ver que ocorre a formação de compostos inflamáveis, no caso do hidrogênio e 
tóxicos no caso do cloro, por isso deve ser feita somente em lugar aberto ou ventilado 
 
 
 
 
 
 
 
7 – RESULTADO 
 
Após o termino de reação é visto que a água se torna suja, com bolhas de hidrogênio 
formado na eletrolise da agua, o metal de sacrifício foi oxidado e a corrente está sem oxido 
de ferro, restaram apenas algumas poças de ferrugem que são retiradas com uma escova. 
 
 
Fonte: Autoral 
 
 
 
8 – CONCLUSÃO 
 
Vemos que a eletrolise é um processo muito importante para indústria, além de ser 
utilizada para desenferrujar é usada para proteger. Pode se analisar também que é possível 
realizar procedimentos científicos em casa, com materiais acessíveis e que podem ser 
benéficos para nós, dês de que sejam feitos com segurança. 
 
 
 
 
9 – REFERÊNCIAS 
 
 
ATKINS, P. W. Atkins físico-química. 8 ed. Rio de Janeiro: 
Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 2003. 
 
COSTA, Victor. Eletroquímica. USP, 2020. Disponível em: 
http://www.cmr.poli.usp.br/resumos/QFL2129%20-%20Eletroquímica.pdf. Acesso em: 
02 de setembro. de 2020. 
 
FOGAÇA, Jennifer. “Eletrólise”; Manual da Química. Disponivel em: 
https://www.manualdaquimica.com/fisico-quimica/eletrolise.htm. Acesso em 22 de 
setembro de 2020. 
 
SOUZA, Líria Alves de. "Aplicação da Eletrólise"; Brasil Escola. Disponível em: 
https://brasilescola.uol.com.br/quimica/aplicacao-eletrolise.htm. Acesso em 22 de 
setembro de 2020. 
 
Imagem da eletrolise: 
https://culturalivre.com/eletroquimica_pilha_de_daniell_eletrolise_ignea_aquosa/ 
Acesso em: 22 de setembro. De 2020. 
 
Imagem eletrolise do cloreto de sódio: 
https://static.mundoeducacao.uol.com.br/mundoeducacao/conteudo/eletrolise-do-cloreto-de-
sodio.jpg. Acesso em: 23 de setembro. De 2020. 
 
 
http://www.cmr.poli.usp.br/resumos/QFL2129%20-%20Eletroquímica.pdf
https://www.manualdaquimica.com/fisico-quimica/eletrolise.htm
https://brasilescola.uol.com.br/quimica/aplicacao-eletrolise.htm
https://culturalivre.com/eletroquimica_pilha_de_daniell_eletrolise_ignea_aquosa/
https://static.mundoeducacao.uol.com.br/mundoeducacao/conteudo/eletrolise-do-cloreto-de-sodio.jpg
https://static.mundoeducacao.uol.com.br/mundoeducacao/conteudo/eletrolise-do-cloreto-de-sodio.jpg