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Profmat 2011 - Teoria dos Números Lista III - para ser entregue em 19/11/2011 Problema 1. Prove que 3636 + 4141 é diviśıvel por 77. Problema 2. Determine com quantos zeros consecutivos termina a representação decimal de 2011!. Problema 3. Sejam p e q primos distintos. Mostre que i) pq + qp ≡ p+ q (mod pq) ii) ⌊ pq + qp pq ⌋ é par se p, q 6= 2. Problema 4. Mostre que se n divide um número de Fibonacci então ele dividirá uma infinidade. Problema 5. Seja d(n) a soma dos d́ıgitos de n. Suponha que n + d(n) + d(d(n)) = 1995. Quais os posśıveis restos da divisão de n por 9? Problema 6. Prove que para cada primo p a diferença 111 . . . 11222 . . . 22333 . . . 33 . . . 888 . . . 88999 . . . 99− 123456789 (onde cada digito está escrito exatamente p vezes) é múltiplo de p. 1 Profmat UEM – PR - Roberto Luiz Spenthof RESUMO DO CONTEÚDO DA 2ª PROVA – MA14 – ARITMÉTICA I UNIDADE 12 – Teorema Fundamental da Aritmética Proposição 1. Sejam a, b, *p , com p primo. Se |p ab , então |p a ou |p b . Corolário. Se 1, , , np p p são números primos e, se 1| np p p , então ip p para algum 1, ,i n . Teorema 1 (Teorema Fundamental da Aritmética). Todo número natural maior do que 1 ou é primo ou se escreve de modo único (a menos da ordem dos fatores) como um produto de números primos. Teorema 1’. Dado um número natural 1n , existem primos 1 rp p e *1, , r , univocamente determinados, tais que 11 rrn p p . Proposição 2. Seja 11 rrn p p um número natural escrito na forma acima. Se 'n é um divisor de n, então 11' rrn p p , onde 0 i i , para 1, ,i r . Teorema 2. Sejam 11 nna p p e 11 nnb p p . Pondo min ,i i i , max ,i i i , 1, ,i n , tem-se que 11, nna b p p e 11, nna b p p . Teorema 3. Existem infinitos números primos. Lema 1. Se um número natural 1n não é divisível por nenhum número primo p tal que 2p n , então ele é primo. UNIDADE 13 – Pequeno Teorema de Fermat Lema 1. Seja p um número primo. Os números p i , onde 0 i p , são todos divisíveis por p. Teorema 1 (Pequeno Teorema de Fermat). Dado um número primo p, tem-se que p divide o número pa a , para todo a . Corolário. Se p é um número primo e se a é um número natural não divisível por p, então p divide 1 1pa . UNIDADE 14 – Primos de Fermat e de Mersenne Proposição 1. Sejam a e n números naturais maiores do que 1. Se 1na é primo, então a é par e 2mn , com m . Definição. Os números de Fermat são os números da forma 22 1nnF , com n . Corolário. , 1n mF F , se n m . Proposição 2. Sejam a e n números naturais maiores do que 1. Se 1na é primo, então 2a e n é primo. Definição. Os números de Mersenne são os números da forma 2 1ppM , onde p é um número primo. Profmat UEM – PR - Roberto Luiz Spenthof Corolário. , 1p qM M , se p e q são números primos distintos. Teorema (de Dirichlet). Em uma PA de números naturais, com primeiro termo e razão primos entre si, existem infinitos números primos. Proposição 3. Na progressão aritmética 3, 7, 11, 15, , 3 4 ,n existem infinitos números primos. Proposição 4. Na progressão aritmética 1, 5, 9, 13, 17, , 4 1,n existem infinitos números primos. UNIDADE 15 – Números Perfeitos Definição. Seja n um número natural maior do que 1. Denotamos por S n a soma de todos os divisores de n. Proposição 1. Seja 11 rrn p p , onde 1, , rp p são números primos e *1, , r . Então, 1 1 1 1 1 1 1 1 1 r r r p p S n p p Corolário. A função S n é multiplicativa; isto é, se , 1n m , então S n m S n S m . Lema 1. Seja *n . Tem-se que 1S n n se, e somente se, n é um número primo. Teorema 1 (Euclides-Euler). Um número natural n é um número perfeito par se, e somente se, 12 2 1p pn , onde 2 1p é um primo de Mersenne. UNIDADE 16 – Decomposição do Fatorial em Fatores Primos Definição. O símbolo b a significa o quociente da divisão de b por a, na divisão euclidiana. Proposição 1. Sejam a e *,b c . Temos que a b a c bc . Teorema 1 (Legendre). Sejam n um número natural e p um número primo. Então, 2 3 !p n n n E n p p p onde !pE n é o expoente de p na decomposição em fatores primos de !n . Para calcular !pE n , usamos o seguinte algoritmo: 1 1 1 2 2 1s s s n pq r q pq r q pq r Como 1 2q q , segue que, para algum s, tem-se que sq p . Portanto, segue-se que Profmat UEM – PR - Roberto Luiz Spenthof 1 2!p sE n q q q . Lema 2. Sejam 1, , ,ma a b números naturais, com 0b . Tem-se que 1 1m ma a a a b b b . Corolário. Se 1, , ma a são números naturais, então é natural o número 1 1 ! ! ! m m a a a a . Teorema 2. Sejam *,p n com p primo. Suponha que 11 1 0r rr rn n p n p n p n seja a representação p-ádica de n. Então 0 1! 1 r p n n n n E n p . UNIDADE 17 – Aritmética dos Restos Definição. Seja m um número natural diferente de zero. Dizemos que dois números naturais a e b são “congruentes módulo m” se os restos de sua divisão euclidiana por m são iguais, e escrevemos moda b m . Proposição 1. A operação é uma relação de equivalência. De fato, seja m , com 1m . Para todos , ,a b c , tem-se que: (i) moda a m (ii) se moda b m , então modb a m (iii) se moda b m e modb c m , então moda c m . Proposição 2. Suponha que ,a b são tais que b a . Tem-se que moda b m se, e somente se, |m b a . Definição. Chamamos de “sistema completo de resíduos módulo m” a todo conjunto de números naturais cujos restos pela divisão por m são os números 0, 1, , 1m , sem repetições e numa ordem qualquer. Proposição 3. Sejam , , , ,a b c d m , com 1m . (i) Se moda b m e modc d m , então moda c b d m . (ii) Se moda b m e modc d m , então modac bd m . Corolário 1. Para todos *n , ,a b , se moda b m , então modn na b m . Corolário 2. Sejam *, ,a b m , com 1m . Se 0 moda b m , então, para todo n , tem-se que 2 2 modn na b m e 2 1 2 1 0 modn na b m . Teorema (Pequeno Teorema de Fermat). Se p é um número primo e a , então modpa a p , e se |p a , então 1 1 modpa p . Proposição 4. Sejam , , ,a b c m , com 1m . Tem-se que mod moda c b c m a b m Proposição 5. Sejam , , ,a b c m , com 0c e 1m . Temos que Profmat UEM – PR - Roberto Luiz Spenthof mod mod , m ac bc m a b c m Corolário. Sejam , , ,a b c m , com 1m e , 1c m . Temos que mod modac bc m a b m Proposição 6. Sejam , ,a k m , com 1m e , 1k m . Se 1, , ma a é um sistema completo de resíduos módulo m, então 1, , ma ka a ka também é um sistema completo de resíduos módulo m. Proposição 7. Sejam ,a b , 1, , , , rm n m m \ 0,1 . Temos que (i) se moda b m e |n m , então moda b n ; (ii) mod ia b m , 1, ,i r 1mod , , ra b m m ; (iii) se moda b m , então , ,a m b m . UNIDADE 18 – Aplicações das Congruências Apenas exemplos. UNIDADE 19 – Os Teoremas de Euler e Wilson Proposição 1. Sejam ,a m , com 1m . A congruência 1 modaX m possui uma solução 0x se, e somente se, , 1a m . Além disso, x é uma solução da congruência se, e somente se, 0 modx x m . Definição (Função fi de Euler). Designaremos por m à quantidade de números naturais entre 0 e 1m que são primos com m. Assim, 1m m , para todo natural m e 1m m se, e somente se, m é um número primo. Resultado Importante (Gauss). |dn d n Proposição 2. Obtêm-se um “sistema reduzido de resíduos 1, , sr r módulo m” a partir de um sistema completo de resíduos 1, , ma a módulo m, eliminando os elementos ia que não sejam primos com m. Seja 1, , mr r um sistema reduzido de resíduos módulo m e seja a tal que , 1a m . Então 1, , mar ar é um sistema reduzido de resíduos módulo m. Teorema 1 (Euler). Sejam ,m a com 1m e , 1a m . Então 1 modma m . Corolário (Pequeno Teorema de Fermat). Sejam ,a p , onde p é um número primo e , 1a p . Tem-se que 1 1 modpa p . Proposição 3. Sejam , 'm m , com 1m , ' 1m e , ' 1m m . Então ' 'm m m m Lema 1. Se p é um número primo e r, um número natural, então tem-se que 1 11r r r rp p p p p Profmat UEM – PR - Roberto Luiz Spenthof Teorema 2. Se 11 nnm p p é a decomposição de m em fatores primos, então 11 1 1 1 1 1nn n m p p p p que pode ser reescrita como: 1 1 1 11 1 1 1 1n nn n np p p p p p . Proposição 4. Dado *a , existe *h tal que 1 modha m se, e somente se, , 1a m . Definição. Define-se a “ordem de a com respeito a m” como sendo o número natural *min ; 1 modimord a i a m . Lema 2. Temos que 1 modna m se, e somente se, |mord a n . Corolário. Sejam ,a m , com , 1a m . Temos que |mord a m . Proposição 5. Todo divisor de nF é da forma 12 1n k . Corolário. Na progressão aritmética de primeiro termo 1 e razão 2r , para r fixo, existem infinitos números primos. Teorema 3 (Lucas). Sejam a e m dois números naturais tais que , 1a m . Suponha que 1 1 modma m , e que 1 mod , , 1ka m k k m ; então, m é primo. Teorema 4 (Wilson). p é um número primo se, e somente se, 1 ! 1 modp p p . Em outras palavras, p é primo se, e somente se, 1 ! 1 0 modp p . UNIDADE 20 – Resolução de Congruências Proposição 1. Dados *, ,a c m , com 1m , as congruências modaX c m e 0 modaX c m possuem solução se, e somente se, , |a m c . Teorema 1. Sejam *, ,a c m , com 1m e , |a m c . Se 0x é a solução minimal (i.e, a menor solução) da congruência modaX c m (respectivamente, 0 modaX c m ), então 0 0 0 0, , 2 , , 1 m m m x x x x d d d d onde ,d a m formam um sistema completo de soluções incongruentes da congruência. Corolário 1. Se , 1a m , então as congruências modaX c m e 0 modaX c m possuem uma única solução módulo m. Corolário 2. Sejam 1m e 'R um conjunto reduzido de resíduos módulo m. Seja *a , com , 1a m . Então, para todo 'r R , a congruência modrX a m possui uma única solução em 'R . Teorema 2 (Teorema Chinês dos Restos). O sistema Profmat UEM – PR - Roberto Luiz Spenthof 1 1 2 2 mod mod modr r X c n X c n X c n onde , 1i jn n , para todo par ,i jn n com i j , possui uma única solução módulo 1 2 rN n n n . Tal solução pode ser obtida como se segue: 1 1 1 r r rx N y c N y c , onde i iN N n e iy é solução de 1 modi iNY n , 1, ,i r . UNIDADE 21 – Aritmética das Classes Residuais Definição. O conjunto ; moda x x a m é chamado de “classe residual módulo m” do elemento a de . Proposição 1. As classes residuais módulo m possuem as seguintes propriedades: (i) a b se e somente se moda b m ; (ii) Se a b , então a b ; (iii) a a . Proposição 2. Para cada a existe um, e somente um r , com r m , tal que a r . Corolário. Existem exatamente m classes residuais módulo m distintas, a saber: 0 , 1 , , 1m . Definição. Em m definimos as seguintes operações: Adição: a b a b Multiplicação: a b a b Propriedades da Adição: Para todos , , ma b c , temos 1)A Associatividade: a b c a b c ; 2)A Comutatividade: a b b a ; 3)A Existência de zero: 0a a para todo ma ; 4)A Existência do simétrico: Para todo a m , tem-se que 0a m a . Propriedades da Multiplicação: Para todos , , ma b c , temos 1)M Associatividade: a b c a b c ; 2)M Comutatividade: a b b a ; 3)M Existência de unidade: 1a a ; )AM Distributividade: a b c a b a c . Proposição 3. ma é invertível se, e somente se, , 1a m . Corolário. m é um corpo se, e somente se, m é primo. PROFMAT-UFRPE Lista de Exercícios U13 MA 14 Pedro José da Silva Santos Júnior Resolução 1) De fato: a. O Pequeno Teorema de Fermat (denotaremos por PTF) nos garante que 7|a7-a. b. a7 e a tem mesma paridade, portanto a7-a é par, ou seja, 2| a7-a. c. Basta mostrar que 3|a7-a= a(a6-1)= a(a3-1) (a3+1). Vejamos: i. Se a=3k ok. ii. Se a=3k+1 então (a3-1) = ((3k+1)3-1) = = 3j iii. Se a=3k-1 então (a3+1) = 3p. E segue o resultado. 2) Pelo PTF temos que 1212| p p ou seja )1 1 12(12| p p , como p é primo p|12 ou )1 1 12(| p p . Dois casos temos a considerar: a. p|12 então r = 0; b. 11,1 1 121 1 12)1 1 12(| rpcomqp p qp p quetalNqentão p p 3) De fato: .2 . 3 3 2 . 5 5 3 15 303 15 105 15 9 15 10 15 9 15 11 15 103 15 10 15 95 15 9 15 113 15 105 15 9 15 113 3 25 5 3 n bObs nn aObs nnnnnnn nnnnnnnnnnnnn a. )(5|5, 5 3 5 PTFnnpoisNnn ; b. )(3|3, 3 2 3 PTFnnpoisNnn . 4) Raciocínio idêntico ao da questão anterior. Vejamos: nnnnnnnnnnnnnnn 15) 3 (5) 5 (35375 3 53 5 37 3 5 5 3 Cada uma das parcelas é divisível por 15 (veja as observações a. e b. da questão anterior), e o resultado segue. PROFMAT-UFRPE Lista de Exercícios U13 MA 14 Pedro José da Silva Santos Júnior 5) De fato: a. )( 5 |5 PTFnn , mas )1²)(1)(1()1²)(1²()1 4 ( 5 nnnnnnnnnnn ou seja, ).1²(|55)1²)(1)(1(|5 nfatoresprimeirostrêsdosqualquerdividenãomasnnnn b. Raciocínio análogo sabendo que )( 7 |7 PTFnn e, fatorando, chegaremos ao resultado pretendido 6) Sabemos que )( 7 |7 PTFnn para todo n. em particular para k an . Sendo assim )1|71)7,(),1|7|77|7 667 (( kkkkkk aaaaaa amaska 7) Mostremos: a. Por 2 : a13 e a têm mesma paridade b. Por 13: aplicação direta do PTF c. Por 7: divide aaaaaaaaaaaaaa 7 )7()1 6 () 7 () 7 ( 6771313 d. Por 91: 13.7= 91 e (13,7)=1 e. Por 5: divide aaaaaaaaaaaaaaaaaaaa 5 )5()1 48 () 5 () 5 ( 4 ) 5 ( 855991313 f. Por 3: divide aaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaa 3 )3()1 246810 ( ) 3 () 3 ( 2 ) 3 ( 4 ) 3 ( 6 ) 3 ( 8 ) 3 ( 10 3355779911111313 g. Por 273: é por 3 e por 91, com 3.91=273 e (3,91)=1 8) Deve-se mostrar que: a. 13| a12-b12, se (13,a) = (13,b) = 1. De fato i. )1 12 (|13 (*) )1 12 (|13)( 13 |13 aaaPTFaa ii. )1 12 (|13 (*) )1 12 (|13)( 13 |13 bbbPTFbb As implicações (*) se dão pelo fato de (13,a) = (13,b) = 1. Sendo assim temos que temos que: . 1212 |13)1 12 ()1 12 (|13 baba b. 91| a12-b12, de fato. Basta usar a letra d da questão 7 e mesmo raciocínio da letra a. deste item.UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ CENTRO DE CIÊNCIAS DA NATUREZA DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA MA14- ARITMÉTICA – UNID. 16 PROFESSORES: ROGER MOURA CARLOS HUMBERTO SOARES JÚNIOR GRUPO DE ESTUDO: ALBERTO CUNHA ALVES ALIPRECÍDIO JOSÉ DE SIQUEIRA FILHO DANIEL RIBEIRO DA FONSECA FÁBIO BARBOSA DE OLIVEIRA FRANJOSSAN Teresina – Outubro – 2011 1) Ache a decomposição em fatores primos de 100! e determine com quantos zeros termina a representação decimal desse número. Tomaremos primeiro as potências de 2 na decomposição de ( ) [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] ( ) [ ] [ ] [ ] [ ] ( ) [ ] [ ] ( ) [ ] [ ] ( ) [ ] ( ) [ ] ( ) [ ] ( ) [ ] ( ) [ ] ( ) [ ] ( ) [ ] ( ) [ ] ( ) [ ] ( ) [ ] ( ) [ ] ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) . Desta maneira, podemos escrever que a decomposição de 100! Será dado por: Já com relação a quantidade de zeros de 100! Está vinculado ao às potências de 5. Desta forma teremos que a quantidade de zeros será determinado pelo expoente de 5 e neste caso será de 24 zeros. 2) a) Ache as maiores potências de 2 e de 5 que dividem 10000! . Achar as maiores potências de 2 e 5 que dividem 10000! É encontrar ( ) quando p for igual a 2 ou a 5. Assim, ( ) [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] ( ) ( ) ( ) [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] ( ) ( ) b) Determine com quanto zeros termina a representação decimal de 10000! . Basta observar as potências de 5. Como tem-se que a quantidade de zeros em 10000! Será de 2499 zeros. c) Ache a maior potência de 104 que divide 10000! . Primeiro: observemos que Segundo: Como já encontramos ( ) , procuremos o resultado de ( ). Assim, ( ) [ ] [ ] [ ] ( ) ( ) Assim, o maior expoente de 2 é 9995 e o de 13 é 832 e sabemos ainda que ( ) Logo, existem menos fatores de 13 do que de , portanto a maior potência de 104 que divide 10000! É 3) Ache o menor valor de n, de modo que a maior potência de 5 que divide n! seja . Quais são os outros números que gozam dessa propriedade? Primeiro vamos calcular as potências de 5 com relação a n!. Pelo Teorema 8.3.2 temos que ( ) ( ) Desta forma, ( ) ( ) ( ) ( ) Tomando veremos que a potência de de será , pois ( ) [ ] [ ] [ ] Observamos que para acrescentar mais uma unidade nas potências de 5 precisamos de mais um múltiplo de 5, desta forma como precisamos de mais 2 unidades tomaremos 345. Assim, ( ) [ ] [ ] [ ] Veremos para termos expoente 84, o maior valor de n deverá ser 349, pois 350 acrescentariam mais uma unidade. Logo, os outros valores deverão ser: 346, 347, 348 e 349. 4) Mostre que não há nenhum número natural n tal que seja a maior potência de 3 que divida n!. Temos que: ( ) ( ) ( ) ( ) Faremos agora alguns testes: ( ) [ ] [ ] ( ) [ ] [ ] ( ) [ ] [ ] ( ) [ ] [ ] Observamos que as potências de 3 entre 15 e 18 (múltiplos de 3) é 6 e 8, mostrando que não aparecerá nenhuma potência de 3 com expoente 7. Logo, podemos afirmar que não divide nenhum n!. 5) Dados e , mostre que [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] Prova de [ ] [ ] [ ] Tomando , ..., . Como temos que [ ] [ ] [ ] . Agora se somarmos membro a membro as igualdades, obteremos [ ] [ ] ( ) ( ) Desta forma, se ( ) , o que nos dá [ ] [ ] ( ) (I) No entanto, se ( ) , com temos que[ ] , e assim com . Desta forma, [ ] [ ] ( ), a qual poderemos afirmar que: [ ] [ ] [ ] (II) Portanto , tomando (I) e (II) vamos obter que: [ ] [ ] [ ] (solução Franjossan) Prova de [ ] [ ] [ ] Tomando com , com ..., com . Como temos que [ ] [ ] [ ] . Agora se somarmos membro a membro as igualdades os restos obteremos: ( ) ( ) Logo, ao tomarmos: ( ) ( ) ( ) ( )< ( ) . Portanto [ ] [ ] [ ] 6) (Solução Pablo) Mostre que, se são tais que ( ) , então ( ) Pelo corolário pág. 106, temos que ( ) ( ) ( )( ) (( ) ) ( ) Como ( ) , segue que . Mas ( ) , logo , ou ainda: (( ) ) ( ) (( ) ) ( ) ( ) Segue que ( ) 7) (solução Helder) Sejam com . Mostre que a) [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] Sejam [ ] e [ ] , com e . Assim sendo, temos os seguintes casos 1º Caso: ⁄ e ⁄ [ ] [ ] , temos então [ ] [ ] [ ] Observamos também que: [ ] e que: [ ] [ ] e [ ] e que: [ ] [ ] Então, [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] 2º Caso: ⁄ e ⁄ [ ] [ ] , temos então [ ] [ ] [ ] Observamos também que: [ ] e que: [ ] [ ] e [ ] e que: [ ] [ ] Então, [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] 3º Caso: ⁄ e ⁄ [ ] [ ] , temos então { [ ] [ ] [ ] ⁄ [ ] [ ] [ ] ⁄ Observamos também que: [ ] e que: [ ] [ ] e [ ] e que: [ ] [ ] Então, [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] 4º Caso: ⁄ e ⁄ . Análogo ao 3º caso. Portanto, [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] b) ( ) ( ) ( ) é um número natural. Pelo corolário pág. 106, Temos que os números abaixo são naturais ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) Como ( ) ( ) ( ) ( ) É natural, tem se então que ( ) ( ) ( ) ( ) também é naturale sabemos ainda que ( ) é natural. Portanto, tem-se que ( ) ( ) ( ) É natural. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ CENTRO DE CIÊNCIAS DA NATUREZA DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA MA14- ARITMÉTICA – UNID. 17 PROFESSORES: ROGER MOURA CARLOS HUMBERTO SOARES JÚNIOR GRUPO DE ESTUDO: ALBERTO CUNHA ALVES ALIPRECÍDIO JOSÉ DE SIQUEIRA FILHO DANIEL RIBEIRO DA FONSECA FÁBIO BARBOSA DE OLIVEIRA FRANJOSSAN Teresina – Outubro – 2011 1) Sejam , com . a) Mostre que, se e , então . Se então e como então . Assim, ( ) ( ) Como ( ) e ( ) tem-se que e assim b) Mostre que, se ( ) e ( ), então Tomando tem-se que e tem-se . Desta forma, ( ) ( ) Como ( ) e ( ) tem-se que . Logo . c) Suponha que , . Mostre que se n é ímpar, então + ; e, se n é par, então . d) Dê uma outra prova para o Corolário 2 da Proposição 3 . 2) Sejam , com , e . a) Mostre que se então . Tomando temos que ( ) logo b) Mostre que ( ) . Temos que ( ) , a qual temos que ao dividir ( ) por m tem-se que deixa resto , ou seja, ( ) . 3) Sejam , com p primo. Mostre que, se , então ou . Ao tomarmos tem-se que e que ( )( ). Desta forma, tem-se que: Ou neste caso tem-se que Ou neste caso tem-se que ou ainda que que implica que 4) Ache o resto da divisão a) de por 51 . Logo, ( ) ou seja, Desta maneira para que o resto da divisão por 51 deixe resto zero, precisamos encontrar e , sabendo que e que , onde . Como , tem-se que Logo, o resto da divisão é 19. b) por 11 Sabemos que pelo pequeno teorema de Fermat que: . Logo, ( ) . Assim, o resto da divisão é de 1. c) por 127. Temos que . Desta maneira, . Logo, o resto da divisão é 126. d) por 17 Sabemos que , pelo pequeno teorema de Fermat. Desta maneira, tem-se que ( ) e que . Desta forma, o resto da divisão é 1. e) ( ) por 8 Sabemos que: e que: Assim, e desta maneira, tem-se que ( ) . Agora pare encontrar o resta da divisão encontremos o resto da divisão de por 8. No entanto, sabemos que . Assim, ( ) e que . Portanto, o resto da divisão é 5. f) por 3 Temos que , logo, Vejamos agora com relação a Sabemos que e que ( ) . Podemos observar que . Como , tem-se que Portanto ( ) . Logo, . O resto da divisão é 0. g) de ( ) por 5) (ENC 98) O resto da divisão de por 5 é: a) 0 b) 1 c) 2 d) 3 e) 4 Pelo pequeno teorema de Fermat que: , assim ( ) . Logo, o resto da divisão é 1. 6) Para todo , mostre que: a) é divisível por 70; Observemos que: (corolário 1) Temos ainda que pelo pequeno teorema de Fermat que Pela proposição 9.1.7, podemos afirmar que: e ainda pelo corolário 1 temos . Logo, . Portanto, é divisível por 70. b) é divisível por 17. Primeiro observamos que: Pelo corolário 1 da proposição 9.1.3 a qual temos Pelo corolário 1 da proposição 9.1.3 ( ) . Logo Portanto, é divisível por 17. 7) Determine o resto da divisão por 7 do número. a) Temos que: Logo, o resto de por 7 é 4. Vejamos agora para No entanto, vemos que Logo, Logo, o resto de por 7 é 4. Vejamos mais um caso. Já sabemos que . Assim, Ao tomarmos os numa divisão por 7 teremos que o resto da divisão será 4. Logo, Concluímos desta maneira que, o resto da divisão por 7 é igual a 1. b) Tomando o pequeno teorema de Fermat temos que: . Logo Desta forma, podemos afirmar que o resto de por 7 é 3. c) De novo, usaremos o pequeno teorema de Fermat, pois temos que . Desta maneira, ( ) ( ) ( ) ( ) Portanto, o resto da divisão de por 7 é 2. d) Tomando . ( ) Desta forma, Tomando agora ( ) Desta forma, Sabemos que encontrar o resto da divisão de por 7 é o mesmo que Logo, o resto da divisão é 4. 8) Determine o resto da divisão por 4 do número a) Observando as potências com tem-se que . Logo, Desta forma, O resto é 3. b) Pelo item anterior os múltiplos de 4 deixam resto 0 quando divididos por 4. Assim, as potências dos números pares deixam resto 0, pois aparecem , desta maneira temos. Logo, precisamos saber o resto da divisão de por 4. Podemos observar que todos ( ) deixam resto 1 quando divididos por 4. Assim, ( ) Logo, o resto é 2. 9) Determine o algarismo das unidades do número . Sabemos que e sabemos pelo corolário 2 que se tem-se . Assim, como é ímpar, tem-se que: , pois é do tipo , ou seja, é ímpar. Desta forma, temos que: Logo, o termo das unidades é 9. 10) Ache os algarismos das centenas e das unidades do número . Sabemos que: ( ) Desta maneira, tem-se que a unidade é 3 e a centena 3. 11) Mostre, para todo , que a) , tem-se que e logo, ( )( ). Como ( )( ) segue que e pelo corolário 1 tem-se que . b) Temos que ( )( ) e como , tem-se que e portanto . 12) Se , então tem-se que . Assim, como ( )( ). Logo ou . Assim, o que nos dá ou . 13) Suponha que . Mostre que: , . Sabemos que , pois . Desta maneira, pela proposição 9.1.7 temosque: para cada . 14) Ache o menor número natural que deixa restos 5 , 4 , 3 e 2 quando dividido, respectivamente, por 6 , 5 , 4 e 3 . Podemos observar que: , ou seja, . Assim, Assim, Como . Temos desta forma que . Logo, 15) a) Mostre que um quadrado perfeito é congruente a 0, 1 ou 4 , módulo 8. Observamos que um número pode ser escrito da forma . Assim, temos que pode ser escrito como: ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) Logo, os restos de qualquer quadrado perfeito ao ser dividido por 8 é 0, 1 ou 4. b) Mostre que não há nenhum quadrado perfeito na sequência: Tomando o número 2 já sabemos que o mesmo não é quadrado perfeito. No entanto, vamos observar que um número é quadrado perfeito se deixa resto o, 1 ou 4 quando divididos por 8. Tomando ou outros valores temos Como, ao dividir por 8 sempre deixa resto 6. Desta maneira, como não deixa resto 0, 1 ou 4. Logo, dentre os números não existe um quadrado perfeito. c) Mostre que não há nenhum quadrado perfeito na PA: A PA: são dados pelos números da forma ( ) , a qual podemos ver que numa divisão por 8 terá como resto 3, ou seja, ( ) Ora, como na divisão por 8, não deixa resto nem 0, 1 ou 4 temos que na PA: não há quadrado perfeito. 16) Mostre que a soma dos quadrados de quatro números naturais consecutivos nunca p o de ser um quadrado. Tomando , temos que a soma dos quadrados de quatro números consecutivos será dado por: ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) . Assim, ( ) ( ) ( ) . Já vimos em questões anteriores que para ser quadrado perfeito, o número precisa deixar resto 0, 1 ou 4 quando divididos por 8, o que não acontece com a soma dos quadrados acima. 17) Mostre que nenhum número natural da forma pode ser escrito como a soma de dois quadrados. Um quadrado pode ser escrito como: (I) ou (II) ou (III) Assim, Tomando estes valores dois a dois teremos: ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) Desta forma, vemos que a soma de dois quadrados não tem como resultado . 18) Se , mostre, para a ímpar, que . Provemos que por indução que . Lembrando que a é ímpar, então podemos escrever i) Para , temos que: ( ) ii) Vamos supor válido que , o que nos dá que Supor válido para ( ) , o que nos dá . Tomando ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
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