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Interatividade Adriana Pedrenho Conforme o professor Marco Silva declara bem na live “Docência e Aprendizagem na sala de aula Online (disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=HgsMGGTijq4&t=2785s), a palavra “interação” é costumaz e respeitosa e remete à capacidade de interagir, ao diálogo, trato, contato. Eu como bióloga da área de bioquímica celular e fisiológica enxergo as diferentes capacidades de uma célula sinalizar para outra célula ou até para ela própria, verdadeira interação biológica (playlist do YouTube contendo as bases da sinalização celular gravada por mim para o Canal Nave Química Fisiológica: https://www.youtube.com/playlist?list=PLv3BDI3EXb0ICNFVjKwXTrFaocrejBpl5). Mas a interação pode acontecer em diferentes campos, onde, de alguma forma, o emissor e o receptor se conectam, promovendo a interação (Primo e Cassol, 1999). Já a palavra “interatividade” surge a partir de 1970 e, em meados da década de 80, com a popularização dos computadores veio a explosão da palavra interatividade; vendeu até geladeira (Santos e Silva, 2014). A interatividade faz referência ao trabalho entre o emissor e o receptor na co-criação da mensagem, até que se confundam entre si e o conhecimento surge como resultado dessa interação. Dessa forma, a dimensão conversacional da informática precisa ter essa bidirecionalidade para gerar interatividade e assim, o conceito de interatividade transcende o da interação onde o emissor e o receptor têm seus papéis bem definidos. E esses seriam os fundamentos da teoria da interatividade, onde através da participação bidirecional é possível transformar um determinado conteúdo, surgindo assim um conteúdo novo, co-criado (Primo, 2000). Transpor os fundamentos da interatividade para a docência online é, sem dúvida, um dos maiores desafios desse momento de pandemia de 2021, onde muitas vezes a interatividade já vinha escassa na sala de aula presencial e agora a necessidade de uma revolução na maneira de se educar surge como uma espécie de “pokemón” voraz que muitos professores e alunos têm medo, mas na verdade a voracidade dele é pelo ferro das algemas que nos amarram a maneiras arcaicas e pouco produtivas no processo de aprendizagem e será preciso muita humildade para nos aventurar e encontrar novos caminhos para trazer essa interatividade para as salas de aula tanto online como presenciais. Para efetivar essa jornada docentes e discentes poderiam construir uma obra coletiva, onde ambos poderiam somar conteúdo de maneira igualitária sem foco no professor/emissor, mas também valorizando o aluno/receptor e assim proporcionando o rompimento da concepção linear de aprendizagem que permeia muitas das salas de aula atuais, e levando em direção à aprendizagem colaborativa. A interatividade também pode permear até os fóruns de discussão assíncronos. Como a interatividade está baseada em participação, bidirecionalidade e permutabilidade, para fazer com que ela se permeie até os fóruns, os interlocutores precisam desenvolver participação colaborativa onde a o emissor/professor passa a ser criador de um sistema onde se constrói a informação e a postura discente precisa mudar de receptiva para colaborativa, utilizando o sistema conforme vai co-criando (Santos e col., 2016). O professor tem então papel de mediador a fim de coordenar as atividades discentes para construção do conhecimento em grupo, incitando os alunos a compartilhar e cruzar ideias e reflexões através de debates. É importante que o docente possa incentivar a participação de todos, articular os diálogos entre os cursistas, trazer informações adicionais e proporcionar que os cursistas criem discussões entre si (Santos e col., 2016). É exatamente o que está sendo feito nesse desafio da WEBQUEST dessa semana, cada um de nós cursistas iremos fazer esse texto e teremos que comentar em dois textos de nossos colegas e isso vai gerar interconectividade, poderemos “ver” a mágica acontecer. E não existe nada melhor que a prática para que possamos aprender melhor. Que venha mais uma semana! Bora, bora, como diz a Méa! https://www.youtube.com/watch?v=HgsMGGTijq4&t=2785s https://www.youtube.com/playlist?list=PLv3BDI3EXb0ICNFVjKwXTrFaocrejBpl5 https://doi.org/10.22456/1982-1654.6286 https://www.agrinho.com.br/site/wp-content/uploads/2014/09/2_02_A-pedagogia-da-transmissao.pdf https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/revistafamecos/article/view/3068/2346 http://dx.doi.org/10.20396/etd.v18i1.8640749 http://dx.doi.org/10.20396/etd.v18i1.8640749
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