Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
29/08/2020 1 Módulo 1 – Física da Tomografia Computadorizada Goiânia-GO Prof. Aguinaldo Silva contato@amrededeensino.com.br ASPECTOS HISTÓRICOS Era uma sexta-feira, 8 de novembro de 1895, noite chegando quando Wilhelm Röentgen, decidiu repetir o experimento realizado por Lenard. Apagou a luz do laboratório, acomodou os olhos à escuridão e foi afastando a tela até 2m do tubo. Ligou e desligou o tubo e percebeu que toda vez que desligava a luminescência desaparecia. 2 Wilhelm Röentgen (1845 – 1923) 1901 – Prêmio Nobel em Física Descoberta dos raios X 29/08/2020 2 Durante a colocação de uma das peças entre o tubo e a tela, ele observou o contorno dos ossos de seus dedos. Concluiu que aqueles raios era parados pelos ossos, da mesma forma que por uma placa de chumbo. No dia 22 de dezembro, Röentgen radiografou a mão da sua esposa Ana Bertha e deveria ficar estática durante 15 minutos de exposição. 3 Ana Bertha Röentgen (1833 – 1919) ASPECTOS HISTÓRICOS A palavra tomografia significa imagem em tomos, ou em planos, sendo esta a definição para as imagens de qualquer aparelho diagnóstico que permita a geração de imagem de um plano de corte, possibilitando o estudo de estruturas internas do corpo humano. O método tomográfico é utilizado em várias ciências sendo as principais medicina, indústria, biologia e física; Este método é baseado em um procedimento matemático chamado de reconstrução matemática. 4 ASPECTOS HISTÓRICOS 29/08/2020 3 5 ASPECTOS HISTÓRICOS Os princípios básicos matemáticos da tomografia computadorizada foram desenvolvidos por Johan Randon, matemático austríaco em 1917. “A imagem de um objeto conhecido pode ser produzida se a mesma tiver infinitas projeções desse objeto” 6 Johan Radon (1887 – 1956) ASPECTOS HISTÓRICOS 29/08/2020 4 Allan Comarck, físico sul- africano, matemática computacional e desenvolvimento da CAT – Tomografia Axial Computadorizada. 7 Allan Comarck (1924 – 1998) 1979 – Prêmio Nobel em Fisiologia e Medicina Desenvolvimento da CAT ASPECTOS HISTÓRICOS Godfrey Hounsfield, engenheiro elétrico inglês, desenvolvimento da CAT – Tomografia Axial Computadorizada em 1971. 8 Godfrey Hounsfield (1919 – 2004) 1979 – Prêmio Nobel em Fisiologia e Medicina Desenvolvimento da CAT ASPECTOS HISTÓRICOS 29/08/2020 5 Definição CT – procedimento radiológico de reconstrução matemática da imagem de um corte do corpo a partir de uma série de análises de densidades efetuadas pela rotação do conjunto tubo raios X e detectores. A TC como método de diagnóstico por meio de imagens surgiu no ano de 1971, quando foram realizadas as primeiras imagens de crânio. No entanto, essa tecnologia só foi apresentada à sociedade científica no ano de 1972 por Godfrey Hounsfield. 9 ASPECTOS HISTÓRICOS 10 ASPECTOS HISTÓRICOS 29/08/2020 6 11 ASPECTOS HISTÓRICOS 12 ASPECTOS HISTÓRICOS 29/08/2020 7 13 FONTE: http://www.youtube.com/watch?v=u_R47LDdlZM ASPECTOS HISTÓRICOS 14 FONTE: http://www.youtube.com/watch?v=dBulN83zjuM&feature=relmfu ASPECTOS HISTÓRICOS 29/08/2020 8 15 ASPECTOS HISTÓRICOS Tomografia Computadorizada Transmissão (CT) Gera imagem anatômica Alta resolução (1024x1024) Emissão (PET ou SPECT) Gera imagem funcional Baixa resolução (120x120) CLASSIFICAÇÃO BÁSICA CT 29/08/2020 9 Entre os principais aspectos da evolução deste método pode-se destacar: mudanças nas gerações dos equipamentos que eram acompanhadas de significativa redução nos tempos de exames e redução da dose para o paciente. Um exame de crânio passou de mais de 1 hora para alguns segundos. 17 ASPECTOS HISTÓRICOS Durante a aquisição de um corte tomográfico, enquanto o tubo gira ao redor do paciente, um feixe de radiação é emitido, incidindo nos detectores que coletam as informações obtidas a partir de múltiplas projeções. 18 INTRODUÇÃO AO ESTUDO CT 29/08/2020 10 19 INTRODUÇÃO AO ESTUDO CT 20 INTRODUÇÃO AO ESTUDO CT 29/08/2020 11 As imagens dos primeiros equipamentos eram formadas a partir do sinal obtido nos detectores. Cerca de 160 exposições eram realizadas ao longo de uma direção (varredura linear). Após completar esta varredura, o conjunto tubo- detectores fazia um movimento de rotação de 1° e uma nova varredura linear iniciava-se. 21 INTRODUÇÃO AO ESTUDO CT 22 INTRODUÇÃO AO ESTUDO CT 29/08/2020 12 23 Quando visualizamos uma imagem de CT estamos observando vários elementos de volume (Voxel) da fatia de corte reconstruída. Cada Voxel é representado na Matriz pelo menor elemento de imagem (Pixel), sendo que a altura do Voxel é a própria espessura do corte. Matriz é a quantidade de linhas e colunas responsáveis pela formação da imagem digital. PIXEL MATRIZ DA IMAGEM CT RESOLUÇÃO DE IMAGEM 24 Quanto maior a quantidade de linhas e colunas melhor será a resolução da imagem. MATRIZ DA IMAGEM CT 29/08/2020 13 RESOLUÇÃO DE IMAGEM 25 MATRIZ DA IMAGEM CT 26 MATRIZ DA IMAGEM CT 29/08/2020 14 O FOV (Field of View) ou o campo de visão, refere- se a área examinada pela tomografia. Normalmente o FOV é definido em centímetros. Assim, o tamanho do Pixel é dado pela razão entre FOV e MATRIZ que pode variar de 256x256, 512x512 ou 1024x1024. 27 MATRIZ DA IMAGEM CT RESOLUÇÃO DE IMAGEM 28 MATRIZ DA IMAGEM CT 29/08/2020 15 PRIMEIRA GERAÇÃO Após a primeira varredura, o tubo sofria uma rotação de 1° para iniciar nova varredura e coletar outros 160 feixes na nova projeção. Tempo de aquisição de um único corte podia chegar a cinco minutos e um estudo completo durava mais de uma hora. 29 EVOLUÇÃO DA CT PRIMEIRA GERAÇÃO 30 EVOLUÇÃO DA CT 29/08/2020 16 31 EVOLUÇÃO DA CT SEGUNDA GERAÇÃO O equipamento de 2ª geração trouxe como inovação a aquisição de dados a partir de um conjunto de detectores e não mais um único como era o equipamento de 1ª geração. O feixe de RX passou a ser laminar (forma de leque) suficiente para cobrir o conjunto de detectores. 32 EVOLUÇÃO DA CT 29/08/2020 17 SEGUNDA GERAÇÃO 33 EVOLUÇÃO DA CT 34 EVOLUÇÃO DA CT 29/08/2020 18 TERCEIRA GERAÇÃO Nesses equipamentos, eliminou-se a varredura linear. A partir de então, os tubos mudaram do procedimento de varredura a cada grau e passaram a realizar movimentos de 360º não contínuos. 35 EVOLUÇÃO DA CT TERCEIRA GERAÇÃO 36 EVOLUÇÃO DA CT 29/08/2020 19 TERCEIRA GERAÇÃO 37 EVOLUÇÃO DA CT 38 EVOLUÇÃO DA CT 29/08/2020 20 QUARTA GERAÇÃO A 4ª geração surgiu com um conjunto de detectores distribuídos ao longo dos 360° do gantry, ocupando assim todo o anel. Principal inovação foi a tecnologia Slip-ring. Houve uma melhora significativa mas devido ao alto custo, inviabilizou a produção. 39 EVOLUÇÃO DA CT QUARTA GERAÇÃO 40 EVOLUÇÃO DA CT 29/08/2020 21 41 EVOLUÇÃO DA CT QUINTA GERAÇÃO – CT por feixe de elétrons Esses equipamentos apresentam como principal característica a ausência de tubo de raios X convencionais. Nesses equipamentos os elétrons são acelerados e colidem com um enorme alvo que ocupa 180° da abertura do gantry e os outros 180° são ocupados por detectores. Principal vantagem é a ausência de movimentos de detectores e tubo de raios X como observado nos demais equipamentos de TC. 42 EVOLUÇÃO DA CT 29/08/2020 22 QUINTA GERAÇÃO – CT por feixe de elétrons 43 EVOLUÇÃO DA CT 44 EVOLUÇÃO DA CT 29/08/2020 23 CT é muito bom! Mas ainda há alguns problemas... Necessidades Clínicas... 45 A respiração era o problema... Caro paciente, sua lesão não foi detectada porque você não manteve o mesmo nível de respiração em cada scan... 46 29/08/2020 24 Inspiração moderada Perda de informação devido à respiração Problemas do CT Convencional... Inspiração profunda 47 SEXTA GERAÇÃO – Sistema Helicoidal O sistema utilizado é de rotação total da ampola, sendo que os detectores podem ser fixos ou móveis (3ª e 4ª ger.). Os cortes são obtidos com a mesa em movimento. Nas gerações anteriores a mesa do paciente movia-se após a ampola terminar a aquisição do corte. Com acapacidade computacional de novos tomógrafos, a aquisição de dados é contínua, de forma em que a ampola permanece girando enquanto a mesa permanece movimentando-se. 48 EVOLUÇÃO DA CT 29/08/2020 25 SEXTA GERAÇÃO – Sistema Helicoidal 49 EVOLUÇÃO DA CT SINGLE SLICE HELICAL COMPUTED TOMOGRAPHY (TC HELICOIDAL ÚNICO CORTE) 50 1 Segundo/Revolução 50 29/08/2020 26 SEXTA GERAÇÃO – Sistema Helicoidal 51 EVOLUÇÃO DA CT SEXTA GERAÇÃO – Sistema Helicoidal Com o advento da tecnologia helicoidal reduziu de forma drástica o tempo de realização dos exames e surgiram novas técnicas, que são: ❑ Revolução ❑ Pitch 52 EVOLUÇÃO DA CT 29/08/2020 27 SEXTA GERAÇÃO – Sistema Helicoidal Pitch: razão entre o deslocamento da mesa pela espessura de corte. Nas aquisições de imagens com Pitch 1:1, observa- se que a mesa se desloca na mesma proporção da espessura do corte em cada revolução, “ou seja”, se os cortes forem de 10mm, para cada imagem a mesa se deslocará 10mm. 53 EVOLUÇÃO DA CT SÉTIMA GERAÇÃO – Helicoidal / Multidetector O GRANDE AVANÇO... 54 EVOLUÇÃO DA CT 29/08/2020 28 SÉTIMA GERAÇÃO – Helicoidal / Multidetector 55 Esses equipamentos passaram a apresentar múltiplos conjuntos de detectores, tornando-se possível a aquisição de dados simultânea de vários cortes de imagens por um tempo ainda menor. EVOLUÇÃO DA CT SÉTIMA GERAÇÃO – Helicoidal / Multidetector 56 EVOLUÇÃO DA CT 29/08/2020 29 SÉTIMA GERAÇÃO – Helicoidal / Multidetector 57 EVOLUÇÃO DA CT MULTISLICE HELICAL COMPUTED TOMOGRAPHY (TC HELICOIDAL DE MÚLTIPLOS CORTES) 58 0.28 Sec./Revolução + 1700 Imag./Vol. do Corpo Estudado 29/08/2020 30 SÉTIMA GERAÇÃO – Helicoidal / Multidetector 59 EVOLUÇÃO DA CT 60 EVOLUÇÃO DA CT 29/08/2020 31 61 VELOCIDADE DE VARREDURA / SCANNING SEXTA GERAÇÃO CT vs SÉTIMA GERAÇÃO CT (HELICOIDAL – CT) (MULTISLICE-CT) Multslice Single slice EVOLUÇÃO DA CT QUANDO USAR A CT HELICOIDAL? ❑ Para exames contrastados; ❑ Para todas as regiões do corpo; ❑ Para pacientes com trauma ou pediátricos, que necessitam de rapidez; ❑ Para longas faixas anatômicas (abdome total). 62 INCURSOS/Comparação varredura SS e MS.wmv INCURSOS/Comparação Scout SS e MS.avi 29/08/2020 32 CT vs Radiografia Convencional 63 A CT possui três vantagens gerais em relação a radiografia convencional: Primeira: as informações 3D são apresentadas na forma de uma série de cortes finos; a informação resultante não é superposta; Segunda: sistema é + sensível na diferenciação de tipos de tecido quando comparado com a RC; Terceira: habilidade de manipular e ajustar a imagem após ter sido completada a varredura, como de fato ocorre com toda a tecnologia digital. 64 CT vs Radiografia Convencional 29/08/2020 33 O equipamento de CT Os principais constituintes de um equipamento de tomografia como: ❖ Corpo do aparelho (gantry); ❖ Tubo de RX; ❖ Mesa de comando e exames; ❖ Computadores para planejamento das imagens; ❖ Suportes em geral; ❖ Unidade de distribuição de força (gerador). 6666 EQUIPAMENTO DE CT 29/08/2020 34 Os equipamentos atuais de tomografia são do tipo helicoidal com um único canal (single-slice) ou na sua maioria helicoidal com múltiplos canais de detectores (multslice). 6767 EQUIPAMENTO DE CT Esses equipamentos apresentam um corpo (gantry) constituído de um grande bloco contendo no seu interior uma abertura circular onde posiciona-se o paciente. Na parte interior do gantry encontra-se o tubo de RX e detectores e computadores de bordo responsáveis pela realização das tarefas definidas na mesa de comando. 6868 EQUIPAMENTO DE CT 29/08/2020 35 69 7070 GANTRY 29/08/2020 36 Na parte frontal do Gantry possui um painel com comandos manuais onde possibilita alguns controles como: ❖Movimentação da mesa; ❖ Angulação do Gantry; ❖ Laser de posicionamento; ❖ Regulagem de altura e botão de emergência. 71 GANTRY Além de botões de comando, existem marcadores digitais capazes de informar a angulação do gantry em graus e a partir do ponto zero, a posição em que se encontra a mesa com o paciente, medida em milímetros. 72 DISPLAY INFORMATIVO... 29/08/2020 37 73 GANTRY 74 GANTRY 29/08/2020 38 75 PAINEL DO GANTRY Os principais componentes do Gantry são: ❖ Tubo de RX; ❖ Conjunto de detectores; ❖ DAS (Data Aquisition Sytem); ❖ Colimadores de feixe; ❖ Botões controladores dos movimentos da mesa e do gantry. 76 GANTRY 29/08/2020 39 Normalmente o Gantry possui inclinação variando entre +30° à -30° em relação ao eixo vertical. 77 ANGULAÇÃO DO GANTRY O posicionamento do paciente em relação ao gantry é realizado com o auxílio de eixos luminosos na vertical e horizontal com os quais se pode situar o paciente de acordo com o posicionamento desejado. 78 LASER DE POSICIONAMENTO... 29/08/2020 40 Existe um sistema de megafone que permite ao profissional instruir o paciente durante o exame ou comunicar-se com ele, se necessário. 79 COMUNICAÇÃO COM O PACIENTE 80 GANTRY 29/08/2020 41 Na mesa de comando encontram-se armazenados os protocolos para a aquisição das imagens e ainda pode ser realizado o planejamento, processamento e documentação das imagens. Pode ser apresentada com um ou dois monitores de imagens. 81 MESA DE COMANDO... Na mesa de comando podemos encontrar: ❑ Monitores para processamento e planejamento das imagens; ❑ Teclado alfanumérico; ❑ Mouse; ❑ Trackball (3ª geração – CT); ❑ Sistema de comunicação com o paciente. 82 MESA DE COMANDO... 29/08/2020 42 83 PERIFÉRICOS 84 GANTRY 29/08/2020 43 O sistema computacional é o responsável pela geração das imagens tomográficas a partir do processamento dos sinais enviados pelos detectores de radiação. Para isso, possui um software específico que contém algoritmos especiais capazes de obter a imagem digitalizada a partir dos sinais enviados pelos detectores. Esta imagem é armazenada no computador, que possibilita sua manipulação de acordo com a necessidade do profissional. 85 PROCESSAMENTO DAS IMAGENS... A mesa do aparelho de CT é onde o paciente deve ser posicionado. A mesa é regulável de altura e profundidade em relação ao gantry. 86 MESA DE EXAMES 29/08/2020 44 As mesas dos aparelhos de CT apresentam um limite de carga e esse limite deve ser respeitado. Em aparelhos mais recentes o limite de carga da mesa está na faixa de 200kg, mas existem aparelhos com limites de cargas maiores e menores. Por isso, pessoas que apresentam massa corporal maior que o limite de carga estabelecido pelo fabricante do equipamento ficam impossibilitados de se submeter a esse tipo de exame. 87 MESA DE EXAMES 88 MESA DE EXAMES 29/08/2020 45 89 MESA DE EXAMES Os principais acessórios utilizados na mesa de exames são: ❑ Suportes para crânio; ❑ Extensão da mesa; ❑ Dispositivos de contenção do paciente; ❑ Suporte de soros e outros. 90 MESA DE EXAMES 29/08/2020 46 91 SUPORTES e ACESSÓRIOS... 9292 29/08/2020 47 9393 94 29/08/2020 48 95 Bomba injetora de contraste em CT ACESSÓRIOS... ❑ Para prolongar a vida útil, o tubo de RX deve ser aquecido após duas horas de inatividade; ❑ Após o aquecimento do tubo, é conveniente, pelo menos uma vez ao dia realizar a calibração dos detectores; ❑ Equipamentos dotados de laser para posicionamento do paciente, deve-se tomar o cuidado para não direcionar o feixe luminoso nos olhos do paciente; ❑ O limite de peso estipulado pelo fabricante deve ser respeitado; 96 ASPECTOS DE SEGURANÇA EM CT 29/08/2020 49 ❑ Os equipamentos de CT são dotados de mecanismos de segurança especiais que permitem interromper a alimentação do conjunto tubo/detectores. 97 ASPECTOS DE SEGURANÇA EM CT ❑ Cuidado deve ser tomado com relação às angulações do gantry durante os exames. Alguns pacientes podem ter parte do corpo pressionado pelo equipamento ou até mesmo fobia. 98 ASPECTOS DE SEGURANÇA EM CT 29/08/2020 50 99 100 29/08/2020 51 Formação da Imagem em CT PIXEL: BIDIMENSIONAL VOXEL: TRIDIMENSIONAL Cortesaxial original adquirido 102 FORMAÇÃO DE IMAGENS... 29/08/2020 52 Tanto na Radiologia Convencional como na CT, os RX atravessam o paciente e são absorvidos de diferentes formas pelos tecidos que compõem o corpo humano. As diferenças de atenuações são registradas nos filmes radiológicos ou por detectores para obtenção de imagens médicas analógicas ou digitais. Nesse método diagnóstico, o tubo de raios X gira 360 graus em torno da região do corpo a ser estudada. Esses raios X são emitidos em feixes em formato de leque com espessura que varia de acordo com o aparelho, podendo chegar a 0,5 mm ou menos. 103 FORMAÇÃO DE IMAGENS... 104 FORMAÇÃO DE IMAGENS... 29/08/2020 53 105 Quando visualizamos uma imagem de CT estamos observando vários elementos de volume (Voxel) da fatia de corte reconstruída. Cada Voxel é representado na Matriz pelo menor elemento de imagem (Pixel), sendo que a altura do Voxel é a própria espessura do corte. Matriz é a quantidade de linhas e colunas responsáveis pela formação da imagem digital. PIXEL MATRIZ DA IMAGEM... 106 MATRIZ DA IMAGEM... 29/08/2020 54 RESOLUÇÃO DE IMAGEM 107 Quanto maior a quantidade de linhas e colunas melhor será a resolução da imagem. MATRIZ DA IMAGEM... RESOLUÇÃO DE IMAGEM 108 MATRIZ DA IMAGEM... 29/08/2020 55 O FOV (Field of View) ou o campo de visão, refere- se a área examinada pela tomografia. Normalmente o FOV é definido em centímetros. Assim, o tamanho do Pixel é dado pela razão entre FOV e MATRIZ que pode variar de 256x256, 512x512 ou 1024x1024. 109 MATRIZ DA IMAGEM... Caso o paciente tenha suspeita de mieloma será indicado a realização do exame com o início dos cortes na S1 até L1. 110 FOV DA COLUNA LOMBAR... 29/08/2020 56 FOV Field of View ou Campo de Visão serve para visualizarmos o campo de estudo. Eles variam de 14cm à 48cm, são diretamente proporcionais ao tamanho do objeto, por exemplo: Imagem grande FOV grande; Imagem pequena FOV pequeno. 111 Exemplos de Campos de Visão (FOV) Tórax 35cm Abdome 40cm Joelho 18cm Face 14cm PARÂMETROS TÉCNICOS... O processo de formação da imagem em CT pode ser dividido em três formas: ❑ Aquisição de dados; ❑ Reconstrução dos dados obtidos; ❑ Apresentação da imagem. 112 FORMAÇÃO DE IMAGENS... 29/08/2020 57 A aquisição de dados se refere a medida dos raios X transmitidos provenientes do paciente. Após passar pelo paciente, os raios X que o atravessaram atingem os detectores, medindo o que se pode chamar valores de transmissão ou valores de atenuação (dados). Devem ser coletados valores de transmissão suficientes para que o processo de construção das imagens seja realizado pelo sistema computacional. 113 FORMAÇÃO DE IMAGENS... No processo de aquisição de imagens, são coletados dados de forma sistemática do paciente. Existem basicamente dois métodos de aquisição de imagens: 114 FORMAÇÃO DE IMAGENS... 29/08/2020 58 AQUISIÇÃO AXIAL O conjunto tubo de RX e detectores giram ao redor do paciente e os dados são coletados. Em seguida, o movimento do conjunto é cessado e a mesa é deslocada para a posição do próximo corte. O segundo corte é adquirido. Esse é um processo contínuo até que toda região de interesse seja irradiada. 115 FORMAÇÃO DE IMAGENS... AQUISIÇÃO VOLUMÉTRICA É utilizada uma geometria helicoidal ou espiral. O conjunto tubo de RX e Detectores giram ao redor do paciente simultaneamente com o deslocamento da mesa, adquirindo os dados de forma volumétrica de toda região de interesse. 116 FORMAÇÃO DE IMAGENS... 29/08/2020 59 117 Corte a Corte Conjunto tubo de RX e Detectores com rotação de 360º não contínua, movimento não contínuo da mesa durante a aquisição. Corte em Volume Conjunto de tubo de RX e Detectores com rotação de 360º contínua, movimento contínuo da mesa durante a aquisição das imagens. AQUISIÇÃO AXIAL AQUISIÇÃO VOLUMÉTRICA AQUISIÇÃO DE DADOS... 118 FORMAÇÃO DE IMAGENS... 29/08/2020 60 119 O Feixe de raios X após interagirem com o corpo do paciente posicionado no centro de varredura, atingem os detectores que estão distribuídos de forma oposta ao tudo de raios X. Os detectores recebem individualmente apenas a projeção da secção em estudo de um determinado ângulo. PROJEÇÃO DE FEIXE PARALELO PROJEÇÃO DE FEIXE EM LEQUE FORMAÇÃO DE IMAGENS... GERAÇÃO DOS DADOS Um feixe de raios X, ao atravessar um objeto, sofre alteração na sua composição devido à interação de seus fótons com a matéria. A parcela de fótons que interage está associada às características da estrutura e à energia do fóton, definida pelo coeficiente de atenuação linear (μ). Fatores que influenciam as interações com o μ são os efeitos fotoelétrico, Compton e o comprimento do trajeto que o feixe percorre na matéria objeto (x). Logo, para um dado número de fótons I0 de entrada, o número de fótons It transmitido é obtido através da seguinte continha... 120 FORMAÇÃO DE IMAGENS... 29/08/2020 61 m Io I RX x o eII -= m x I – INTENSIDADE DO FEIXE FINAL (TRANSMITIDA) I0 – INTENSIDADE DO FEIXE INICIAL (INCIDENTE) e – BASE LOGARÍTMA NEPERIANO m – COEFICIENTE DE ATENUAÇÃO LINEAR x – ESPESSURA DO MEIO MATERIAL D E T E C T O R E S AQUISIÇÃO DE DADOS... x m Io I Io I RX RX m m2 m3 x x o eII ++- = )( 321 mmm x o eII -= m DE T E C T O R E S Sendo o corpo humano constituído de diferentes tipos de tecido, para construir um corte ou fatia do mesmo, é necessário mapear os coeficientes de atenuação de cada tecido que compõe a secção do corte. AQUISIÇÃO DE DADOS... 29/08/2020 62 x oI I -=m 1 lnm Io I RX x D E T E C T O R E S x oI I -=m2 1 lnm2 Io I RX x D E T E C T O R E S Os valores de Intensidade Inicial e Final do Feixe de Raios-X são aferidos pelos detectores e a Espessura também é conhecida, pode-se determinar o valor do Coeficiente de Atenuação Linear do Meio. Ele determina quanto esse material atenua o feixe de Raios-X por unidade de comprimento. AQUISIÇÃO DE DADOS... Os dados da Projeção são armazenados no Computador e a imagem é reconstruída. O objetivo dessa etapa é calcular os Coeficientes de Atenuação Linear em cada ponto (Pixel) no objeto, µ(x,y), com base nos valores dos coeficientes através do objeto em direções diferentes. AQUISIÇÃO DE DADOS... 29/08/2020 63 m(x,y) DETECTOR FONTE θ X Y Uma projeção é composta por um conjunto de medidas de atenuação dos raios, denominado perfil de atenuação. AQUISIÇÃO DE DADOS... m(x,y) DETECTOR FONTE θ3 X Y θ2 θ1 DETECTOR DETECTOR FONTE FONTE Para produzir uma imagem é necessário um conjunto de perfis de atenuação obtidos em diferentes ângulos de projeção. AQUISIÇÃO DE DADOS... 29/08/2020 64 Quando visualizamos uma imagem de CT estamos observando vários elementos de volume (voxel) da fatia de corte reconstruída. Cada voxel é representado na Matriz Bidimensional (Dados Brutos da Imagem) pelo menor elemento da imagem (pixel), sendo que a altura do voxel é a própria espessura de corte. Voxel Pixel Espessura do corte: 0,5;1;2;...5;...10mm RECONSTRUÇÃO DA IMAGEM... 128 512 FOV Voxel Pixel Matriz Filme O FOV (Field of View) ou o campo de visão, refere-se a área examinada pela tomografia. FOV é definido em centímetros. Assim, o tamanho do Pixel é dado pela razão entre FOV e MATRIZ que varia de 512x512 ou 1024x1024. Espessura do corte: 0,5;1;2;...5;...10mm RECONSTRUÇÃO DA IMAGEM... 29/08/2020 65 256 FOV Espessura do corte: 0,5;1;2;...5;...10mm Voxel Pixel Matriz Filme O FOV, Pixel e tamanho da Matriz de Reconstrução determinam a Resolução Espacial da Imagem. RECONSTRUÇÃO DA IMAGEM... PROCESSO DE RECONSTRUÇÃO DA IMAGEM O processo de reconstrução da imagem em CT é realizado por computador, onde, algoritmos matemáticos transformam os dados obtidos em imagem digital. Para que a imagem na CT seja reconstruída existem vários métodos matemáticos computacionais capazes da manipulação dos dados adquiridos durante o processo de aquisição aplicadosna formação da imagem. I. Transformada de Radon; II. Retroprojeção; III. Interpolação; IV. Transformada de Fourier. 130 FORMAÇÃO DA IMAGEM EM CT 29/08/2020 66 270º 180º0º 90º CONCEITO DE PROJEÇÃO RECONSTRUÇÃO DA IMAGEM... CONCEITO DE PROJEÇÃO RECONSTRUÇÃO DA IMAGEM... 29/08/2020 67 RECONSTRUÇÃO DA IMAGEM... RECONSTRUÇÃO DA IMAGEM... 29/08/2020 68 SINOGRAMA RECONSTRUÇÃO DA IMAGEM... PROCESSO DE RECONSTRUÇÃO DA IMAGEM Apesar das imagens de cortes transversos (axiais) serem as mais úteis no processo diagnóstico em CT, as imagens de cortes com outras orientações podem ser solicitadas e por isso são frequentemente reconstruídas a partir das imagens originais (cortes axiais). O processo de reconstrução que permite gerar a imagem de outros cortes anatômicos a partir dos cortes transversos é denominado Reconstrução Multiplanar ou MPR. 136 RECONSTRUÇÃO MPR 29/08/2020 69 PROCESSO DE RECONSTRUÇÃO DA IMAGEM A partir do volume obtido, o sistema computacional é capaz de gerar a imagem de um outro corte anatômico em qualquer plano ortogonal, dependendo da disponibilização do software adequado. A qualidade da imagem gerada, dependerá da distância entre os eixos de corte utilizados na aquisição. Quanto < a distância entre os cortes axiais melhor será a qualidade da imagem gerada por Reconstrução Multiplanar (MPR). 137 RECONSTRUÇÃO MPR PROCESSO DE RECONSTRUÇÃO DA IMAGEM 138 RECONSTRUÇÃO MPR 29/08/2020 70 PROCESSO DE RECONSTRUÇÃO DA IMAGEM 139 RECONSTRUÇÃO MPR PROCESSO DE RECONSTRUÇÃO DA IMAGEM A reconstrução por Projeção de Intensidade Máxima (MIP) é uma opção comumente disponível nos pacotes de softwares de reconstrução de volume para imagens médicas. Esse tipo de técnica é largamente utilizado particularmente em imagens de angiografia por CT ou MRI. Ao utilizar a técnica MIP, pode-se realçar estruturas como pequenos vasos, bronquíolos e até mesmo pontos de contraste para melhorar o diagnóstico. 140 RECONSTRUÇÃO MIP 29/08/2020 71 Projeção de Intensidade Máxima (MIP) 141 RECONSTRUÇÃO MIP PROCESSO DE RECONSTRUÇÃO DA IMAGEM A reconstrução por Projeção de Intensidade Máxima (MIP) consiste em projetar o voxel com o maior valor de atenuação de cada exibição em todo o volume em uma imagem em 2D. 142 RECONSTRUÇÃO MIP 29/08/2020 72 RECONSTRUÇÃO MIP RECONSTRUÇÃO MIP 29/08/2020 73 A Projeção de Intensidade Mínima (MinIP) é um método de visualização de dados que permite a detecção de estruturas de baixa densidade em um determinado volume. O algoritmo utiliza todos os dados de um volume de interesse e consiste em projetar o voxel com o menor valor de atenuação em todas as visualizações do volume em uma imagem 2D. O algoritmo MinIP é quase idêntico ao algoritmo MIP, mas, no caso do MinIP, apenas o menor valor de HU é representado. Dessa forma, apenas as estruturas mais hipodensas do volume são representadas. 145 RECONSTRUÇÃO MinIP RECONSTRUÇÃO MinIP https://radiopaedia.org/articles/voxel?lang=us 29/08/2020 74 RECONSTRUÇÃO MinIP 148 APRESENTAÇÃO DA IMAGEM A fase final é a conversão da imagem analógica para imagem digital, onde o profissional poderá utilizar todos os recursos disponíveis para edição da imagem. 29/08/2020 75 Em CT, os valores de atenuação são medidos em unidades Hounsfield (HU). O valor de atenuação do ar e da água (-1000HU e 0HU) representam pontos fixos na escala de densidade do tomógrafo servindo como referência para análise de outros tecidos. Trata-se de um padrão universal. 149 ESCALA DE HOUNSFIELD +1000 -1000 0 +100 -100 GORDURA O SS O C O M PA C TO OSSO ESPONJOSO AR TECIDO PULMÃO +1OO +90 +80 +70 +60 +50 +40 +30 +20 +10 0 -10 -20 -30 -40 -50 -60 -70 -80 -90 -100 RIM PÂNCREAS FÍGADO G O R D U R A MÚSCULO SA N G U E ÁGUA SUOR Escala HU 150 29/08/2020 76 AR OSSO N ÍV E L 0 -1000 + 1000 0 L A R G U R A 1 0 0 0 NÃO VISÍVEL NÃO VISÍVEL TUDO PRETO TUDO BRANCO + 500 UH + 500 UH - 500 UH ESCALA DE UNIDADES HOUNSFIELD - UH ÁGUA - 500 RECONSTRUÇÃO DA IMAGEM... OSSO COMPACTO + 1000 FÍGADO + (40 ~ 60) MASSA BRANCA (CÉREBRO) + 46 MASSA CINZENTA (CÉREBRO) + 43 SANGUE + 40 MÚSCULO + 10 - 40 RIM + 30 FLUÍDO ESPINHAL + 15 ÁGUA 0 GORDURA - (50 ~ 100) AR - 1000 ESCALA DE UNIDADES HOUNSFIELD - UH RECONSTRUÇÃO DA IMAGEM... 29/08/2020 77 Para cada exame e região existe um janelamento adequado. As janelas utilizadas na visualização de cada imagem dependem da região do corpo e da resolução de contraste requerido. 153 APLICAÇÃO DE JANELAS... LARGURA DA JANELA WW (Window Width) A largura da janela refere-se a quantas unidades de HU, incluídas no quadro de escala de tons de cinza que varia de -1000 a +1000HU, relacionado ao contraste da imagem. NÍVEL DA JANELA WL (Window Level) Está diretamente relacionado com os valores de atenuação tecidual, determina o brilho da imagem. 154 APLICAÇÃO DE JANELAS... 29/08/2020 78 O gráfico abaixo define os parâmetros para se estabelecer uma correlação entre a escala de cinzas e a escala numérica de Hounsfield (HU). 155 O valor de L define o valor de HU que receberá a cor cinza médio (cor central da escala de cinzas). O valor W corresponde à janela da escala HU na qual será distribuída a escala de cinzas. APLICAÇÃO DE JANELAS... 156 Se for definido um valor de L = +100HU e um valor de W = +400HU, a escala de cinzas estará centrada no número +100HU e distribuída entre -100 e +300HU, que correspondem aos pontos p1 e p2 do gráfico. = 100 – 400 2 = –100HU = 100 + 400 2 = +300HU APLICAÇÃO DE JANELAS... 29/08/2020 79 157 Todos os valores da escala de HU que estiverem fora do intervalo entre p1 e p2 estarão saturados no preto ou no branco na escala de cinzas. Valores da escala de HU menores que o valor de p1 receberão a cor preta (valores negativos) e valores da escala de HU que forem maiores que p2 receberão a cor branca (valores positivos). APLICAÇÃO DE JANELAS... APLICAÇÃO DE JANELAS... 29/08/2020 80 APLICAÇÃO DE JANELAS... APLICAÇÃO DE JANELAS... 29/08/2020 81 161 WL = -500HU WW = +1000HU Tecido Pulmonar (Lung) WL = 0HU WW = +400HU Tecidos moles (soft tissue) WL = +200HU WW = +800HU Tecidos ósseo (bone tissue) APLICAÇÃO DE JANELAS... Mulher, 69 anos, com febre, tosse e dor muscular com histórico de exposição a Wuhan, China. Achados tomográficos de COVID-19 indicados pelas setas (opacidade em vidro fosco). Fonte: https://pubs.rsna.org/doi/10.1148/radiol.2020200490 APLICAÇÃO DE JANELAS... https://pubs.rsna.org/doi/10.1148/radiol.2020200490 29/08/2020 82 163 PARTES MOLES PARTES ÓSSEAS Largura da Janela WW (Window Width) 130 - 180 Nível da Janela WL (Window Level) 30 - 40 Largura da Janela WW (Window Width) 1200 - 3000 Nível da Janela WL (Window Level) 300 - 400 APLICAÇÃO DE JANELAS... 164 APLICAÇÃO DE JANELAS... 29/08/2020 83 165 APLICAÇÃO DE JANELAS... 166 DOCUMENTAÇÃO EM CT... 29/08/2020 84 ANATOMIA SECCIONAL ANATOMIA SECCIONAL 29/08/2020 85 ANATOMIA SECCIONAL ANATOMIA SECCIONAL 29/08/2020 86 Parâmetros Técnicos em CT São imagens na radiografia que não correspondem as estruturas pertencentes ao corpo do examinado e que podem induzir ao médico a erros de avaliação. Materiais de Alta Densidade (Strike) – objetos metálicos produzem artefatos de alta densidade devido aos altos números atômicos. 172 Piercing ARTEFATOS DA IMAGEM EM CT 29/08/2020 87 Ruído da Imagem – aspecto que confere granulosidade às imagens, ocorre em função de feixes de baixa energia ou quando o objeto apresenta grandes dimensões, como pacientes obesos. É necessário aumentar a dose de exposição. 173 Granulosidade ARTEFATOS DA IMAGEM EM CT Artefatos de movimento – devido à movimentação do paciente produzindo linhas através da imagem. 174 ARTEFATOS DA IMAGEM EM CT 29/08/2020 88 ESPESSURA DO CORTE ou SLICE Está relacionado com a colimação do corte podendo ser de 0,1mm; 0,5mm; 1mm; 1,5mm; 2mm; 3mm; 5mm. INCREMENTOou INDEX ou GAP É o espaçamento (intervalo) entre os cortes. 175 PARÂMETROS TÉCNICOS ZOOM Aumento da imagem a partir de dados brutos adquiridos a partir de RAWDATA (dados brutos de aquisição de imagem). MAGNIFICAÇÃO Aumento da imagem já formada com perda de resolução. 176 PARÂMETROS TÉCNICOS 29/08/2020 89 ROI Serve para medir a densidade bem como calcular a área, número de pixels e desvio padrão. VARREDURA / ESCANOGRAMA / SCOUT Nesta imagem aplica-se as programações de cortes necessários para o exame, planejamento de cortes. FEET FIRST / HEAD FIRST Direção em que o paciente entra no grantry FF = pés / HD = cabeça. 177 ROI PARÂMETROS TÉCNICOS KILOVOLTAGEM (KV) Correlacionado com a penetrabilidade do feixe de Raios- X. Quanto maior, melhor a penetração de RX. Na CT variam de 80kV a 140kV. Relação direta com o contraste da imagem. 178 RX normal 70kV RX com superposição 80kV RX subexposta 60kV PARÂMETROS TÉCNICOS 29/08/2020 90 MILIAMPERAGEM (mA) Relacionado com a corrente elétrica aplicada no tubo de RX, diretamente proporcional á quantidade de radiação produzida. Relação direta com a densidade (detalhar) das estruturas. MILIAMPERAGEM x SEGUNDO (mAs) Quanto tempo irá passar a mesma quantidade de corrente elétrica pelo tubo de Raios-X para se fazer o corte, ou seja, é a duração de radiação produzida. PARÂMETROS TÉCNICOS RX do abdome 70kV 10 mAs RX do abdome 70kV 12,5 mAs RX do abdome 70kV 15 mAs PARÂMETROS TÉCNICOS 29/08/2020 91 A maioria dos sistemas de raios X padrão possui três componentes principais, que são um tubo de raios X, uma fonte de alimentação de alta tensão e uma unidade de controle. Trabalhando juntos, esses componentes são comuns a todos os sistemas padrão. 181 TUBO DE RAIOS X EM CT Três requisitos são necessários para geração dos raios X: fonte de elétrons, meio de aceleração e um alvo para interação. A energia elétrica é fundamental e necessária para a geração de raios X. FONTE DE ELÉTRONS Se pegarmos um pedaço de fio condutor e passarmos uma corrente por ele, o fio aquecerá devido à resistência no fio. O calor do fio excita os elétrons e eles se separam do fio. 182 TUBO DE RAIOS X EM CT 29/08/2020 92 MEIO DE ACELERAÇÃO Quanto maior a velocidade do elétron quando ele interage com um átomo, maior a energia da radiação que será produzida. Como as cargas diferentes (positivas e negativas) se atraem, tudo o que precisa é de uma carga positiva nas proximidades para atrair o elétron. Pode-se fazer isso colocando um pedaço de metal (ânodo) a uma curta distância do filamento do fio (cátodo). 183 TUBO DE RAIOS X EM CT Quando aplicamos uma tensão neste ânodo, colocamos uma carga positiva alta nele. Essa carga positiva atua como um ímã e atrai os elétrons livres. Essa força atraente puxa os elétrons em direção ao ânodo em alta velocidade. Ao aumentar a tensão aplicada ao ânodo, pode-se aumentar a velocidade dos elétrons. 184 TUBO DE RAIOS X EM CT 29/08/2020 93 ALVO PARA INTERAÇÃO Nos geradores de raios X de alta tensão, um material-alvo especial (tungstênio) é incorporado no ânodo. Isso fornece aos elétrons um material adequado para interagir e produzir raios X. Quando o elétron atinge o material alvo, várias fótons são produzidos. 185 TUBO DE RAIOS X EM CT O tubo de raios X utilizado em CT tem princípio de funcionamento similar aos utilizados em radiografias convencionais. No entanto, deve-se observar que, em radiografias o tubo permanece estático (ânodo estático), enquanto nos aparelhos de CT o tubo de raios X está em movimento circular (ânodo giratório). 186 TUBO DE RAIOS X EM CT 29/08/2020 94 Os tubos de raios X em CT trabalham alimentados com valores de alta-tensão (kV) em corrente contínua e corrente cátodo-ânodo (mA). A alimentação da alta- tensão em corrente contínua utiliza sistemas retificadores de alta frequência (transformador). Os tubos de raios X apresentam ânodos giratórios com rotações acima de 10.000rpm, produzem fótons de 30 a 140V e são gerados, em sua maioria por bremsstrahlung. 187 TUBO DE RAIOS X EM CT Tomografia Computadorizada CT vs MRI 29/08/2020 95 189 A Imagem por Ressonância Magnética (MRI) é um método que utiliza um campo magnético e ondas de radiofrequência (RF) para produzir imagens de diferentes regiões do corpo e não utiliza radiação ionizante como nos aparelhos de CT e RX. A MR é baseada nos princípios da ressonância magnética nuclear (NMR), uma técnica utilizada por cientista para obter informações químicas e físicas de átomos e moléculas. HISTÓRIA DA MRI 190 HISTÓRIA DA MRI 29/08/2020 96 191 HISTÓRIA DA MRI HISTÓRIA DA MRI 192 HISTÓRIA DA MRI 29/08/2020 97 ❑ Obtenção de imagens em três planos – axial, coronal e sagital, inclusive oblíquos; ❑ Obtenção de imagens de vasos sanguíneos, determinando direção e velocidade de fluxo sanguíneo, sem a necessidade de contraste; ❑ Uso de contraste paramagnético e não iodado, em caso de pacientes alérgicos a iodo. 193 VANTAGENS DA MRI ❑ Tempo de realização dos exames relativamente demorado; ❑ Necessidade de cooperação por parte do paciente, evitando artefatos de movimento; ❑ Altos custos operacionais; ❑ Próteses ou corpos estranhos que podem ser deslocados (dano funcional e anatômico) em portadores de: Clipes cerebrais ou cirúrgicos; Marcapasso; DIU; Diafragma; Implantes auditivos; e Próteses. 194 DESVANTAGENS DA MRI 29/08/2020 98 RESSONÂNCIA A ressonância, é um fenômeno que ocorre quando um núcleo é exposto a uma alteração oscilatória que tem uma frequência próxima de sua própria frequência natural de oscilação. Esse núcleo ganha energia da força externa e entra em ressonância. Para que ocorra a ressonâncias do átomo de H, é necessário que seja aplicado um pulso de energia por radiofrequência exatamente na mesma frequência de Larmor do H. 195 PRINCÍPIOS FÍSICOS QUEM é QUEM? E AGORA JOSÉ? 29/08/2020 99 Nos exames por CT o profissional tem grande responsabilidade ao manipular as imagens, sendo assim, deve ter total domínio dos conhecimentos técnicos, anatômicos e tecnológicos para que não haja uma manipulação inadequada das imagens, atrapalhando um bom diagnóstico. O profissional é peça chave no processo diagnóstico, sendo assim deve-se estar preparado para atender as expectativas. 197 PAPEL DO TECNÓLOGO EM CT... 198 PENSAMENTO... 29/08/2020 100 199 FIM
Compartilhar