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Economia Regional - Souza resumo

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Economia Regional
As disciplinas Economia Regional e Economia Urbana somente emergiram no final da década de 1940. Os grandes pioneiros foram: Von Thünen, Weber, Christaller e Lösch.
Em 1960, Walter Isard publicou seu livro Métodos de análise regional, que foi o grande responsável pelos principiais instrumentos do Planejamento Regional: projeções demográficas, estimativa de migrações, renda regional e fluxos inter-regionais, etc.
William Petty (1623 – 1687) 
Precursor da escola clássica, enfatizou a importância divisão de trabalho na geração de riqueza. Também considerava que (a) salários altos estimulavam a indolência, (b) excesso de moeda em circulação eleva preços, (c) seria preferível queimar o excesso da produção de tecidos não exportados, para não gerar desemprego ( Brasil, 1931 crise mundial, crise do café) e (d) população numerosa gera riqueza para a nação. 
Richard Cantillon (1680 – 1734)
Segundo o pensador francês, Richard Cantillon, o problema do território consiste na articulação entre cidades e o campo, no estudo das grandes cidades e de suas vantagens. Rendas criadas no meio rural são gastas nas cidades, ondem residem os proprietários e onde se formam os grandes mercados. 
Na análise de Cantillon, a organização espacial efetua-se em função de centros urbanos hierarquizáveis com suas respectivas áreas de influência. O número de centros aumenta em direção da periferia (área rural).
Adam Smith (1723 – 1790)
Em seu livro A riqueza das nações o autor leva em conta explicitamente o fator espaço, isto é, ao afirmar que a extensão dos mercados proporciona maior divisão de trabalho, e portanto aumentando assim a produtividade e a riqueza nacional ,dá destaque para o fato de que várias ocupações só podem ser executadas em grandes cidades. 
O crescimento econômico concentra as atividades em função da localização da mão de obra e dos consumidores. 
David Ricardo (1772 – 1823)
Em seu livro Princípios faz referência ao elemento espaço indiretamente ao analisar a renda da terra. “As melhores terras são ocupadas em primeiro lugar; os agricultores vão se deslocando para as áreas com fertilidade decrescente e mais distantes dos mercados”.
 As rendas surgem em terras melhores!
Os produtores que se localizam mais próximos do mercado obtém uma renda locacional, uma vez que os preços são determinados nas terras piores e mais distantes dos centros urbanos. 
· Teoria das vantagens comparativas do comércio exterior 
Ricardo reduz as diferentes nações a pontos, abstraindo o elemento espaço ao desconsiderar os custos de transportes. Toda a ênfase de sua análise recai sobre o custo do fator trabalho. Cada país importa o produto que produziria internamente com maior custo de trabalho, exportando aquele de menor custo independente da distância e dos custos de transferência.
John Stuart Mill (1806 – 1873)
Reconheceu que o custo total de produção fica acrescido dos custos de transporte, que variam com a distância aos mercados.
Alfred Marshall (1842 – 1924)
Marshall diferenciou economias externas de economias internas.
· Economias de escalas decorrem do aumento das quantidades produzidas da melhoria da eficiência produtiva, da melhor organização da produção no nível da empresa.
· Economias externas dependem do desenvolvimento geral da indústria, da concentração de empresas interdependentes em uma dada localização.
· Economias externas tecnológicas decorrem da interdependência entre as atividades econômicas 
· Economias externas pecuniárias são constituídas por fatores gratuitos e internalizados pela empresa i. Elas se originam da existência prévia de concentração demográfica e econômica, podendo levar à concentração industrial. 
As indústrias se concentram em torno de vantagens físicas (como clima, solo, minas, pedreiras, portos) acesso à mão de obra e aos mercados. Outro fato interessante é que a concentração das empresas facilita a difusão do conhecimento técnico e a concentração da mão de obra atrai atividades interligadas. Já a diversificação industrial reduz o custo da mão de obra e eleva a renda familiar pelo aumento do emprego e dos salários.
· Deseconomia externas podem surgir pela elevação dos salários e dos alugueis nas aglomerações urbanas.
O crescimento tende a difundir-se no território pelo surgimento de deseconomias nas grandes cidades ou por restrições criadas pela legislação antipoluição, isso eleva os custos e criam barreiras. Outra característica interessante é quando ocorre o desenvolvimento dos meios de comunicação e de transporte altera as forças de aglomeração.
Ao baratear os custos de transportes, altera-se os padrões locacionais e a distribuição geográfica das atividades econômicas.
Tarifas alfandegárias mais brandas de matérias-primas e componentes industrializados estimulam a produção industrial em regiões exportadoras. Entretanto, a liberalização repentina de importações pode arruinar a produção agrícola e industrial de muitas áreas e destruir rapidamente o artesanato e atividades mais tradicionais, embora possa estimular a modernização da indústria. 
Noções de Região 
Uma região forma uma identidade, apresentando características semelhantes, atraindo unidades econômicas e organizando todo o território à sua proximidade. Definida provisoriamente como um subespaço do território nacional, a região se relaciona com outras regiões, incluindo o exterior do país em que está inserida.
Segundo o estudioso Isard, a região não pode ser estudada apenas do ponto de vista econômica, é preciso englobar aspectos demográficos, sociais e tecnológicos. Sua proposta de intervenção se trata de uma abordagem com um enfoque multidisciplinar e pelo meio da base espacial, onde interagem vários elementos. 
Cada região tem sua própria “essência”, portanto não pode ser definida isolamento, tem que ser levado em consideração sua inserção no país e no mundo, além claro de estrutura interna. 
O conceito região tem dois extremos:
· A noção de região desaparece, para ceder lugar à noção de organização espacial
· A região fica definida em termos de um problema específico a ser tratado, em um dado momento.
Como os problemas estão interligados a análise precisa considerar o conjunto de regiões, voltando – se à ideia de hierarquia.
Noções de espaço
A diferença entre a noção de espaço e a noção de região pode ser caraterizada pela restrição de vizinhança. A região necessariamente precisa ser construída por um território continuo, delimitado por uma fronteira.
O espaço econômico de um centro urbano-industrial, por exemplo, pode ultrapassar as fronteiras político-administrativas, ou seja, o espaço econômico pode ter descontinuidades.
Boudeville, dizia que o espeço pode ser visto através de três noções: geográfico, matemático e econômico.
· Espaço geográfico: diz respeito às condições naturais de solo, clima e de acessibilidade aos homens sem considerações técnicas.
“o espaço é percebido como uma distância, logo, como um elemento de custo”.
· Espaço matemático: compreende as relações técnicas de variáveis econômicas, independentes de considerações geográficas.
· Espaço econômico: diz respeito à localização de tais relações técnicas em uma área geográfica, compreendendo também as relações de comportamento de produtores e consumidores. 
No Desenvolvimento Regional, o espaço vem sendo considerado mais como uma superfície do que distância, porque sua abordagem ultrapassa a teoria.
A superfície espacial nem sempre é apresentada de forma homogênea e continua, seus elementos essências possuem descontinuidades. Portanto o território pode ser concebido também como um conjunto de lugares, ou pontos, como centros de produção diferenciados, onde se materializam custos e preços.
Diferentes concepções de região 
As noções de região estão centradas na restrição de contiguidade e na existência de um espaço geográfico básico, que é o território nacional.
Um grande autor fala exatamente sobre isso, Boudeville, eles estabeleceram as noções de homogênea, região polarizada e região-plano.
· Região homogênea: se caracteriza pela semelhançade suas unidades componentes, como topografia, relevo etc., ou características econômicas, como renda per capita ou um tipo de atividade predominante.
· Região Polarizada: é determinada a partir de um polo urbano-industrial que organiza sua área de influência. Está implícita a noção de hierarquia entre polo principal, sede da região, e os centros ou polos secundários subordinados, de dimensões variadas.
Um tipo de região polarizada é o de região metropolitana, com características e problemas específicos. 
· Região-Plano: está região pode ser homogênea ou polarizada e está afetada a um problema especifico, como secas e níveis de pobreza. A característica fundamental da região-plano é ser objeto de políticas regionais de desenvolvimento, visando reduzir a disparidade de sua renda em relação a outras regiões do país, criar novos empregos etc. 
O governo pode estabelecer uma politica de regionalização do gasto público, conceder incentivos fiscais e criar mecanismos de planejamento, financiamento execução de programas regionais de desenvolvimento.
Exemplo, PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) que foi criado em 2007 durante o governo Lula.
Umas das grandes dificuldades do conceito de região está na delimitação precisa das fronteiras regionais, que não coincidem, necessariamente com as fronteiras.
Exemplo: Floresta amazônica, que engloba cerca de 8 países, a maiorias está dentro do território brasileiro, mas isso não significa que se limita apenas as nossas fronteiras.
O conceito de região depende da escala e do tipo de questionamento feito, porém o tamanho da região, no interior de um país, vai definir o número de regiões de estudo e planejamento.
Exemplo: No Brasil utiliza-se o conceito de macrorregião (Sudeste, Nordestes, Norte, Centro-Oeste e Sul), mesorregião e microrregião está composta por municípios.
Mesorregião se trata de um conjunto de microrregiões, definidas segundo sua homogeneidade ou estrutura produtiva. Entre as mesorregiões e microrregiões estão unidade federativas, ou seja, Estados Brasileiros. 
Outra dificuldade do conceito de região é a restrição da contiguidade: o território regional deve ser contínuo e não intercalado pelo território de outras regiões.
Terceira grande dificuldade do conceito de região acontece quando a determinação de fronteiras encontra atritos no que diz respeito a dinâmica. Por exemplo, as rendas per capita das regiões mudam; cada território geralmente apresenta crescimento diferenciado; a estrutura urbana e os meios de transportes modificam-se no processo de desenvolvimento, enfraquecendo assim a importância do conceito região.
Por estas grandes dificuldades os autores têm preferido uma noção mais neutra, a noção de espaço. O espaço econômico de um determinado polo urbano-industrial normalmente ultrapassa as fronteiras regionais, portanto uma noção com conotação dinâmica. 
Território Polarizado 
O território polarizado por determinar polo varia de extensão em função de sua taxa de crescimento econômico e nível de desenvolvimento. O aumento da área de influência do polo urbano-industrial uniformiza os espaços no longo prazo, quando se reduzem as disparidades regionais.
Uma força de expansão regional é a base exportadora que aumenta a integração entre as áreas, pelas trocas inter-regionais. Portanto, a região pode ser definida em função de sua base de exportação, ou estrutura produtiva.
Para Vining (1949) as indústrias baseiam-se nas ligações interindústrias no território, que afetam as estruturas econômicas e as concentrações demográficas.
Em suma, toda região organiza-se em torno de um ou mais artigos que produz e “exporta” para outras regiões do sistema nacional e para o exterior. Com a renda gerada, a população gastará suas rendas nos centros urbanos, gerando emprego e renda nas atividades de mercado local, comércio e serviços.
Hierarquia e tamanho dos centros urbanos
Não se pode falar de região sem considerar os centros urbanos, sua população etc. Ao se trata dos diferentes centros urbanos de um dado país, pode existir uma relação empírica, segundo qual o tamanho de uma dada cidade guardaria uma relação como tamanho da maior cidade do país, de sorte que: 
: a ordem da cidade na hierarquia urbana
: a população da principal cidade do país 
: a população da cidade de classe r e n
O tamanho de uma dada cidade não é inteiramente independente da rede urbana total e cada região engloba uma cidade ou um grupo de cidades, com suas respectivas áreas rurais de influência. A noção de região aparece vinculada à noção de fluxos comercias no território.
Walter Isard 
Segundo o autor, a sociedade estaria em um processo contínuo de ajustamento, procurando chegar a uma condição de ótimo global. Os núcleos urbanos crescem por força centrípetas, gerando retornos crescentes à escalas, pelas economias de aglomeração; no longo prazo, surgem forças centrífugas, retornos decrescentes no uso da terra e deseconomias externas.
Estes deslocamentos ocorrem segundo os meios de transportes, a dotação de recursos naturais e a distribuição da população já existente nas áreas periféricas. Quando a economia se torna exploradora de recursos, a infraestrutura de transportes procura se adaptar, com a abertura de novas estradas, construção de ponte etc.
Isard aponta algumas questões fundamentais na formação econômica de uma dada região, são elas:
· A produção agrícola regional ocorre segundo o modelo de Thunen, isto é, por círculos concêntricos em relação ao mercado central e levando em conta a distância e os custos de transportes.
· A conjunção de fatores naturais e de natureza cultural levam a região a iniciar um processo de industrialização, principalmente junto de a portos ou centros de exportação.
· A disponibilidade de mão de obra feminina e jovem atrai a indústria têxtil.
· acompanhado por industrias gerando forças desaglomerativas em relação à área central. 
· O surgimento de centros comerciais e de serviços nos números menores da periferia tende a ser ↘ crescimento poli nuclear e despolarizado
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