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303_346_Geografia_7_ano_2020

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305
PARTE I
CONCEITOS DA GEOGRAFIA E DIVISÃO REGIONAL DO BRASIL
UNIDADE 01
• DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO: REGIÕES ADENSADAS E VAZIOS DEMOGRÁFICOS
• DINÂMICA DEMOGRÁFICA: CRESCIMENTO VEGETATIVO E POPULACIONAL
• ESTRUTURA ETÁRIA DA POPULAÇÃO BRASILEIRA
• ALGUNS INDICADORES DA POPULAÇÃO BRASILEIRA
DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO: REGIÕES ADENSADAS E VAZIOS DEMOGRÁFICOS
Segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a popula-
ção mundial já alcançou a marca de 7 bilhões de pessoas! Ou melhor em 5 de fevereiro de 2013
éramos 7,064,310,167 pessoas habitando o planeta Terra. E a maioria desse total ocupa a China,
Índia, Estados Unidos, Indonésia e Brasil, os 5 países mais populosos do mundo!
Nesse sentido, o continente mais populoso é a Ásia que responde por cerca de 60% do total da
população mundial, somente a China, a Índia e a Indonésia representam um elevado contingente,
cerca de 2,8 bilhões de habitantes. Por outro lado, a Oceania responde por apenas 0,5% da popula-
ção mundial. Além da Oceania, estão nesta situação o extremo norte da América, da Europa e da
Ásia e também grande parte do Norte da África e extremo sul da América, assim como o interior da
Ásia, da América do Norte e toda a Antártida.
Com estas regiões praticamente desertas, contrastam quatro grandes focos populacionais. São
eles o Sul (A) e o Sudeste asiático (B), a Europa Ocidental (C) e a faixa costeira atlântica da América
do Norte (D).
Fig. 1 - Distribuição da população mundial.
Do conjunto destaca-se assim uma maior concentração populacional no hemisfério norte, onde
se encontra também a maior parte das terras emersas. Contudo, outros fatores estão na origem
desta distribuição populacional.
O homem é um ser com grande capacidade de adaptação ao meio natural. Contudo, existem
algumas regiões cujas características naturais lhe são francamente hostis, impedindo, assim, a sua
fixação.
306
FATORES JUSTIFICATIVOS DAS FRACAS DENSIDADES POPULACIONAIS
Incluímos neste grupo as regiões de clima frio, as regiões desérticas, as regiões de clima quen-
te e úmido e as regiões de montanha.
Os climas frios são dificilmente suportados pelo Homem, não só pela longa duração do Inverno
e pelo rigor das suas temperaturas, como também pelos baixos níveis de luminosidade. Por outro
lado, as atividades econômicas são fortemente limitadas. A fraca luminosidade, as baixas tempera-
turas e a constante camada de gelo sobre o solo impedem o desenvolvimento de uma cobertura
vegetal e, como tal, a prática da agricultura.
Existem pequenos grupos naturalmente adaptados a estas condições naturais (Esquimós) que
vivem sobretudo da pesca e da caça. Também o grande desenvolvimento tecnológico permite criar
condições artificiais de forma a fixar o Homem nestas regiões. Contudo, os custos são de tal forma
elevados que só pequenas comunidades de cientistas se fixam temporariamente nestas regiões.
As regiões desérticas são caracterizadas por elevadas temperaturas e pela escassez de água.
A água é um elemento fundamental nos organismos vivos e a sua inexistência impossibilita a
vida a qualquer espécie animal ou vegetal. Assim estas regiões são caracterizadas pela ausência de
população que não encontra nestas regiões qualquer forma de subsistência, urna vez que a agricul-
tura é uma atividade impossível. Contudo, sempre que nessas regiões surge água, agrupam-se
pequenas comunidades que praticam uma agricultura intensiva numa área muito restrita - são os
oásis.
Estas regiões são caracterizadas por elevados valores de temperatura, precipitação e umidade
durante todo o ano. Estas são as condições ideais para o desenvolvimento da vegetação, dando
origem ao aparecimento de florestas muito densas (das quais a mais conhecida é a floresta amazô-
nica, situada na América do Sul). A densidade das árvores, que nesta região atinge muitos metros de
altura, é de tal forma elevada que as suas copas formam um teto contínuo impedindo a penetração
da luz até ao solo. Deste modo torna-se impossível ao Homem viver nestas regiões.
O calor e a umidade são também elementos favoráveis ao desenvolvimento de microrganismos
causadores de doenças, constituindo-se, assim, um meio insalubre e desfavorável à presença hu-
mana.
As regiões de montanha são normalmente áreas pouco povoadas. Isto porque a altitude afeta o
normal funcionamento do organismo humano em virtude da diminuição da pressão atmosférica, da
temperatura e da proporção de oxigênio no ar. Em altitudes superiores a três mil metros o homem se
cansa facilmente, pelo que o trabalho se torna quase impossível de praticar.
Assim, a cordilheira dos Himalaias, na Ásia, as montanhas do Quilimanjaro, na África, os Alpes
e os Pirinéus, na Europa, as montanhas Rochosas e os Apalaches, na América do Norte, e a cordi-
lheira dos Andes, na América do Sul, são autênticos desertos humanos.
Apesar de haver exceções, o Homem tem manifestado sempre a sua preferência pelas regiões
baixas, mais fáceis de cultivar e irrigar e próximas da costa ou de rios navegáveis.
FATORES JUSTIFICATIVOS DAS FORTES DENSIDADES POPULACIONAIS
As áreas pouco povoadas ou repulsivas contrastam com as áreas atrativas, fortemente povoa-
das. São vários os fatores que contribuem para as elevadas densidades populacionais. Notadamente
as condições favoráveis à agricultura, à indústria, às cidades, às vias de comunicação e às migra-
ções.
A Agricultura
A atividade agrícola (agricultura de jardinagem) concentra metade da população mundial, com
áreas conhecidas como "formigueiros humanos", nos detalhes dos rios chineses, nos portos e nas
planícies aluviais. Vale destacar que devido a grande concentração de terras faz com poucas sejam
as áreas agrícolas que concentram um contingente populacional tão grande. Outro fator é a moder-
nização agrícola que vem ocorrendo no momento atual, reduzindo assim a oferta de empregos no
setor.
307
A Indústria
Nas sociedades modernas é a indústria e não a agricultura que surge como grande fonte em-
pregadora da população. Ao oferecer emprego a indústria atrai população que abandona a sua terra
natal para se fixar junto a áreas industriais. Por esta razão, as regiões muito industrializadas
correspondem quase sempre a grandes concentrações populacionais, principalmente se concen-
tram indústrias que necessitam de muita mão de obra.
As Cidades
O Homem é um ser social que desde cedo começou a viver em grupo. Com o desenvolvimento
econômico e científico, os pequenos grupos humanos foram aos poucos dando origem a cidades.
Estas, pela grande variedade de atividades que integram, constituem um grande foco de oferta de
emprego. Proporcionam também o aumento da qualidade de vida, pois as populações têm à sua
disposição a possibilidade de satisfazer todas as suas necessidades ao nível do trabalho, educação,
saúde e diversão. Por isto a cidade constitui um grande foco de atração para a população.
As Migrações
Os motivos que estão na base da sua existência residem quase sempre na busca de meios que
garantam a sobrevivência das pessoas ou a melhoria do seu nível de vida. Estão neste contexto os
grandes fluxos verificados do século XV ao século XVIII a partir da Europa e que estiveram na base
do povoamento e colonização dos novos territórios da América, África e Ásia.
Atualmente verifica-se uma tendência generalizada para a emigração dos países pobres para
os países mais industrializados. Daí o fato dos EUA, da Austrália e dos países da Europa Ocidental
continuarem a ser os mais atrativos.
308
CONCEITOS IMPORTANTES (CLASSIFICAÇÃO)
Países Populosos: São aqueles que possuem um total de habitantes grande (população abso-
luta), como a China, Índia e Brasil.
Países Povoados: São aqueles que possuem uma população relativa elevada (densidade
demográfica), ou seja, um grande número de hab/Km2 .
SUPERPOPULAÇÃO OU SUPERPOVOAMENTO
O conceito de país com superpopulação envolve não apenas o elevado número de habitantes por
Km2, mas também a má qualidade de vida da maior parte da população, o que vai envolvera situação
econômica da área. Quando afirmamos que a superpopulação é relativa, podemos dar o seguinte
exemplo: a Índia, 311 hab/ Km2, é superpovoada ou superpopulosa, e o Japão, 341 hab/ Km2, não.
DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO BRASILEIRA
Como vimos, o Brasil é um país muito populoso, com a 5ª maior população do mundo. No
entanto, devido à enorme extensão territorial, o país é pouco povoado, com menos de 20 hab/ Km2.
A baixa densidade demográfica brasileira não mostra, porém, as enormes desigualdades regi-
onais, com áreas muito povoadas como o estado do Rio de Janeiro (mais de 300 hab/ Km2) e áreas
que são praticamente vazios demográficos, como determinados trechos da Amazônia.
309
DINÂMICA DEMOGRÁFICA: CRESCIMENTO VEGETATIVO E POPULACIONAL
Nesse tópico, iremos ver que em relação à dinâmica demográfica o importante é saber interpre-
tar as tabelas e gráficos, afim de que, a partir dessa análise possamos ver o que está por trás dos
números, ou seja, aquilo que na realidade caracteriza a dinâmica demográfica.
Entende-se por dinâmica populacional ou demográfica o estudo da variação na quantidade dos
indivíduos de determinada população. Já o conceito população pode ser definido como o conjunto
de pessoas que residem em determinado território, que pode estar constituído em uma cidade, um
estado, um país ou mesmo o planeta como um todo. Tal população pode ser classificada ainda
segundo sua religião, nacionalidade, local de moradia (urbana e rural), atividade econômica (ativa
ou inativa), e os seus respectivos comportamentos são objeto dos denominados "indicadores soci-
ais", estatística destinada a traduzir em uma grandeza quantitativa um conceito social abstrato e
informar algo sobre certo aspecto da realidade social, como por exemplo taxas de natalidade, mor-
talidade, expectativa de vida, índices de analfabetismo, entre outras variáveis.
Para que possamos trabalhar melhor com os números é importante que essas duas equações
estejam gravadas em nossa memória:
Na evolução do crescimento da população mundial, para o qual obviamente só interessa o
crescimento vegetativo, podemos visualizar três fases:
1ª Fase
Baixo crescimento vegetativo devido às altas taxas de natalidade e mortalidade.
2ª Fase
Chamada de "explosão demográfica", ocorre com a revolução médico-sanitária e a consequente
redução da taxa de mortalidade, que causa um grande aumento no crescimento vegetativo.
3ª Fase
Momento atual dos países centrais, ocorre com a redução da taxa de natalidade, que determina
redução do crescimento vegetativo.
Ex:
310
ESTRUTURA ETÁRIA DA POPULAÇÃO BRASILEIRA
É denominada pirâmide populacional ou etária um determinado gráfico no formato de barras, utiliza-
do para representar a diferença quantitativa da estrutura de gênero de determinada população em mas-
culina e feminina combinadas com suas respectivas faixas etárias. Em outras palavras, o gráfico em
formato de pirâmide analisa diversas variáveis de um conjunto populacional a partir da idade e sexo.
Assim, ao observá-lo, podemos perceber que pode haver variação do número de indivíduos em
cada uma das faixas etárias. Nesse caso, torna-se necessário entender como e por que se dá esta
variação.
Quanto mais estreita for a faixa etária menor o número de indivíduos e quanto mais larga,
maior número de indivíduos. Vale ressaltar que a altura da pirâmide varia de acordo com a expec-
tativa de vida, ou seja, a média de idade que vive a população de uma dada região.
As pirâmides, de modo geral, apresentam alguns indicadores importantes sobre a população à
qual ela se refere, como:
• através da base: a taxa de Natalidade e de Mortalidade;
• através do corpo: o Nº de pessoas em idade ativa (PEA);
• através do topo: a expectativa de vida da população.
A composição da pirâmide populacional pode ser dividida em três partes: na base temos a
população jovem, entre zero e 19 anos; no meio está a população adulta, entre 19 e 59 anos, e
finalmente, no topo fica a população idosa, acima dos 60 anos. Os números atribuídos às idades
podem variar de acordo com o autor do estudo ou o objetivo deste.
Neste tipo de gráfico, o grupo da base, o primeiro, costuma surgir em maior número que o grupo
seguinte, e este por sua vez, apresenta-se maior que o grupo do topo, formando o desenho de uma
pirâmide, sendo esta a razão de seu nome.
A pirâmide dá origem a um gráfico de barras no qual o eixo vertical indica a escala de idades, e
o horizontal a população masculina de um lado e a feminina no outro, representada por barras, de
acordo com o número absoluto ou percentual desejado.
É de grande importância o estudo da estrutura etária, pois esta aponta a tendência do tipo de
crescimento que experimenta determinada população em determinado período. Para a administra-
ção pública, por exemplo, a elaboração da pirâmide populacional ajuda a canalizar os recursos
disponíveis: se a pirâmide aponta aumento no número de jovens, os investimentos terão maior
eficácia caso sejam direcionados a tal grupo. Caso a pirâmide mostre um envelhecimento da popu-
lação, certamente a natureza dos investimentos serão bem diversos da situação anterior.
311
Os tipos de pirâmides etárias e suas características são:
• Pirâmide jovem: possui uma base larga, resultado de elevada natalidade e um topo estreito
em consequência de uma elevada mortalidade e uma esperança média de vida reduzida. Tal tipo de
pirâmide representa uma população muito jovem, típica de países menos desenvolvidos.
• Pirâmide envelhecida: sua base é mais estreita do que a classe dos adultos, e reflete dimi-
nuição da natalidade e um aumento da esperança média de vida. É representativa de países desen-
volvidos.
Entre as duas modalidades comuns, há ainda outras duas situações intermediárias:
• Pirâmide adulta: nesta pirâmide, a base é ainda larga mas existe um aumento das classes
adulta e idosa. A taxa de natalidade é decadente e a expectativa média de vida apresenta tendência
de aumento.
• Pirâmide rejuvenescida: reflete uma recuperação do grupo dos jovens, consequência do
aumento da fecundidade.
ALGUNS INDICADORES DA POPULAÇÃO BRASILEIRA
A Brasil possui atualmente 206,1 milhões de habitantes (Pnad 2016 - IBGE). Segundo as esti-
mativas, no ano de 2025, a população brasileira deverá atingir 228 milhões de habitantes. A popula-
ção brasileira distribui-se pelas regiões da seguinte forma: Sudeste (86,3 milhões), Nordeste (56,9
milhões), Sul (29,4 milhões), Norte (17,7 milhões) e Centro-Oeste (15,6 milhões).
Taxa de Natalidade e de Mortalidade
Se observarmos os dados populacionais brasileiros, poderemos verificar que a taxa de natalida-
de tem diminuído nas últimas décadas. Isto ocorre em função de alguns fatores. A adoção de méto-
dos anticoncepcionais mais eficientes tem reduzido o número de gravidez. A entrada da mulher no
mercado de trabalho também contribuiu para a diminuição no número de filhos por casal. Enquanto
nas décadas de 1950-60 uma mulher, em média, possuía de 4 a 6 filhos, hoje em dia um casal
possui um ou dois filhos, em média.
A taxa de mortalidade também está caindo em nosso país. Com as melhorias na área de medi-
cina, mais informações e melhores condições de vida, as pessoas vivem mais. Enquanto no começo
da década de 1990 a expectativa de vida era de 66 anos, em 2013 foi para 74,9 anos (dados do
IBGE).
A diminuição na taxa de fecundidade e aumento da expectativa de vida tem provocado mudan-
ças na pirâmide etária brasileira. Há algumas décadas, ela possuía uma base larga e o topo estreito,
indicando uma superioridade de crianças e jovens. Atualmente ela apresenta características de equi-
líbrio. Alguns estudiosos afirmam que, mantendo-se estas características, nas próximas décadas, o
Brasil possuirá mais adultos e idosos do que crianças e jovens. Um problema que já é enfrentado por
países desenvolvidos, principalmente na Europa.
Mortalidade Infantil
Embora ainda seja alto, o índice de mortalidade infantil diminui a cada ano no Brasil. Em 1995,
a taxa de mortalidade infantil era de 66 por mil.Em 2005, este índice caiu para 25,8 por mil. Já no
último Censo feito pelo IBGE em 2010, o índice verificado foi de 15,6 por mil.
Para termos uma base de comparação, em países desenvolvidos a taxa de mortalidade infantil
é de, aproximadamente, 5 por mil.
Este índice tem caído no Brasil em função, principalmente, de alguns fatores: melhorias no
atendimento à gestante, exames prévios, melhorias nas condições de higiene (saneamento básico),
uso de água tratada, utilização de recursos médicos mais avançados, etc.
312
 Outros dados da População brasileira
• Crescimento demográfico: 0,80% ao ano (entre 2015 e 2016) - Fonte PNAD IBGE (2016)
• Expectativa de vida: 73,4 anos **
• Taxa de natalidade (por mil habitantes): 20,40 *
• Taxa de mortalidade (por mil habitantes): 6,31 *
• Taxa de fecundidade (média do Nº de filhos por mulher) total: 1,74 ***
• Estrangeiros no Brasil: 0,23% **
• Estados mais populosos: São Paulo (44,7 milhões), Minas Gerais (21 milhões), Rio de Ja-
neiro (16,6 milhões), Bahia (15,2 milhões) e Rio Grande do Sul (11,2 milhões). - Fonte: PNAD IBGE
2016 - estimativa
• Estados menos populosos: Roraima (514,2 mil), Amapá (782,3 mil) e Acre (816,6 mil). -
Fonte PNAD IBGE (2016) - estimativa
• Capital menos populosa do Brasil: Palmas-TO (279,8 mil) - Fonte PNAD IBGE (2016) -
estimativa
• Cidade mais populosa: São Paulo-SP (12,03 milhões) Fonte: PNAD IBGE 2016 - estimativa
• Proporção dos sexos: 98,4 milhões de homens e 104,7 milhões de mulheres.
(Pnad 2014 - IBGE)
• Vivem na Zona Urbana: 172,8 milhões de habitantes, enquanto que na Zona Rural vivem
30,3 milhões de brasileiros. (Pnad 2014 - IBGE).
• Pessoas que vivem sozinhas: 14,4% ***
Fontes: IBGE * 2005 , ** Censo 2010, *** IBGE (Síntese de Indicadores Sociais 2015, referente
ao ano de 2014)
O BRASIL E A TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA
Até 1940 o Brasil apresentou taxas de crescimento populacional próximas a 1,8% ao ano. Com
a redução das taxas de mortalidade (revolução médico-sanitária), houve um aumento do CV até
atingir 2,9% na década de 60.
A partir daí o Brasil entrou num rápido processo de redução das taxas de natalidade e,
consequentemente, CV, causadas basicamente pelo processo de urbanização (maior crescimento
da população urbana em relação à rural).
313
Essa queda no ritmo de CP está expressa no gráfico abaixo:
Essa queda pode também ser explicada pela maior participação da mulher no mercado de
trabalho, fator esse que leva a queda na taxa de fecundidade, como podemos ver no gráfico a
seguir:
A pirâmide etária brasileira também passou por transformações. Após a década de 60 o país
começou a passar um lento e gradual processo de melhoria nas condições de vida da população que
levou a uma mudança na estrutura etária, apresentada na pirâmide a seguir:
Tais mudanças são explicadas pela queda da taxa de natalidade e pelo aumento da expectativa
de vida. Assim, podemos dizer que o Brasil se encontra em Transição Demográfica, ou seja, o
brasileiro viverá mais com menos filhos.
314
POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA
É formada pelas pessoas que trabalham ou estão procurando trabalho, não incluindo, portanto,
estudantes, aposentados e "donas de casa", que formam a população inativa.
Sendo assim a P.E.A. (população economicamente ativa) é composta, basicamente, pela popu-
lação de adultos (aqueles que na estrutura etária, estão compondo o corpo da pirâmide).
Setores de Atividade
A P.E.A. pode estar ocupada em três setores de atividades. Porém, alguns estudiosos já estão
discutindo se podemos falar de um quarto setor, que nas últimas décadas vêm assumindo um papel
importante na economia mundial. Tal setor se caracteriza pela produção de novas tecnologias que
têm aumentado a produtividade da indústria de bens duráveis e não-duráveis, dos processos de
produção agrícola e ainda agilizando a prestação de serviços.
Primário:
É o setor que está ligado ao aproveitamento de recursos naturais e à produção agrícola. Sendo
assim, é formado pelo chamado meio rural, agricultura, pecuária, coleta, extrativismo, mineração e
pesca.
Secundário:
Produção industrial - transformação de matérias primas em produtos elaborados ou semi-ela-
borados.
Terciário:
Comércio e serviços - setor de trocas de bens e prestação de serviços.
Os países que apresentam elevadas taxas de P.E.A. no setor primário demonstram uma estru-
tura econômica atrasada, já que nos países centrais, devido a intensa mecanização e urbanização,
este número é inferior a 10%, sendo que em alguns países é próximo de zero.
O setor secundário é considerado o mais importante da estrutura econômica. Os países cen-
trais apresentam percentuais de aproximadamente 20%. No entanto, mesmo nos países mais indus-
trializados, este setor vem sofrendo redução na população ocupada devido à automação e robotização
industrial.
O setor terciário é o que mais cresce e absorve mão de obra, porém engloba tanto serviços
modernos (setor financeiro, universidades, hospitais assessorias, etc), como atividades de baixa
qualificação, que as vezes se tornam desnecessárias, como guardadores de automóvel, camelôs,
etc., os chamados subempregos. O processo de TERCIARIZAÇÃO (crescimento do setor terciário)
é mundial, mas como nos países periféricos há um grande número de subempregados, podemos
dizer que o setor está hipertrofiado, ou seja, inchado.
315
Fonte: Dados do Banco Mundial, Word Development report, 1995.
Nos países subdesenvolvidos, o grande surto de urbanização não é acompanhado de um pro-
cesso de industrialização de igual porte, ocorrendo assim o desemprego disfarçado ou subemprego
nas cidades. As pessoas, como não encontram empregos dignos, como salários razoáveis, acabam
por disfarçar seu desemprego como atividades na maioria das vezes de baixíssima remuneração. É
o caso das pessoas que ficam nas ruas, nos sinais de trânsito, vendendo produtos miúdos (flores,
refrigerantes, balas etc.), dos camelôs, das prostitutas, dos guardadores de carro, dos inúmeros
intermediários etc. todas essas pessoas subempregadas ou como desemprego disfarçado são clas-
sificadas no setor terciário. Nos países periféricos, portanto, o setor terciário, mesmo quando abran-
ge uma porcentagem de população ativa semelhante à dos países centrais, na realidade é
qualificadamente diferente, devido ao grande número de subempregados.
01 Quais são as áreas mais povoadas do planeta?
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
02 Relacione os fatores físicos, como clima e relevo, à densidade demográfica.
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
03 O que são vazios demográficos?
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
316
04 Quais são os fatores responsáveis pela grande atração populacional à determinadas áreas do
planeta?
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
05 Justifique a concentração populacional em cidades brasileiras como São Paulo e Rio de Janeiro.
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
06 Apresente algumas consequências da modernização agrícola.
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
07 Relacione o desenvolvimento da industrias nas sociedades modernas ao êxodo rural.
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
08 Porquê as pessoas migram?
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
09 Porquê países como E.U.A. e Alemanha tornam-se tão atrativos à população dos países pobres
ou em desenvolvimento?
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
10 Como calculamos a densidade demográfica de uma determinada área?
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
11 Diferencie países populosos de países povoados.
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
317
12 No caso do Brasil, vivemos em um país populoso ou povoado? Justifique sua resposta.
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
13 Coloque em ordem crescente as regiões brasileiras, utilizando como critério a densidade
demográfica.
______________________________________________________________________________________
14 Apresente um exemplo de país populoso e de um país povoado.
______________________________________________________________________________________
15 O que é uma pirâmide etária?
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
16 Que tipo de informação sobre determinada sociedade, a pirâmide etária pode nos fornecer?
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
17 Caracterize os tipos de pirâmides etárias a seguir:
a) Jovem _____________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
b) Envelhecida ________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
c) Adulta _____________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
d) Rejuvenecida ______________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
18 Justifique a queda das taxas de natalidade, mortalidade e mortalidade infantil no Brasil nas
últimas décadas.
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
318
19 O que significa dizer que o Brasil está em um processo de “transição demográfica”?
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
20 Como é formada a P.E.A.?
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
21 De que forma se apresentam o desenvolvimento econômico/social dos países que possuem
elevadas taxas de P.E.A. nos setores:
a) Primário: ___________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
b) Secundário: ________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
c) Terciário: _________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
01 O envelhecimento da população está mudando radicalmente as características da população
da Europa, onde o número de pessoas com mais de 60 anos deverá chegar nas próximas
décadas a 30% da população total. Graças aos avanços da medicina e da ciência, a população
está cada vez mais velha.
Isso ocorre em função do:
(A) Declínio da taxa de natalidade e aumento da longevidade.
(B) Aumento da natalidade e diminuição da longevidade.
(C) Crescimento vegetativo e aumento da taxa de natalidade.
(D) Aumento da longevidade e do crescimento vegetativo.
(E) Declínio da taxa de mortalidade e diminuição da longevidade.
02 Um estudo sobre a dinâmica e a distribuição da população de uma determinada área é realiza-
do a partir do conhecimento e da compreensão dos seus indicadores demográficos. Em relação
a alguns desses indicadores, analise as proposições abaixo.
(A) A densidade demográfica é obtida a partir da divisão da superfície territorial de um lugar
pela sua população absoluta.
(B) O crescimento vegetativo é calculado com base nas taxas de natalidade, mortalidade e
migração.
(C) O superpovoamento de uma área não é identificado apenas pela densidade demográfica
mas também pelas condições socioeconômicas existentes.
319
(D) A taxa de mortalidade infantil identifica o número de óbitos de crianças menores de um ano.
(E) A taxa de fecundidade é um indicador populacional que influencia diretamente o comporta-
mento de um outro indicador, o da natalidade.
03 Enquanto países europeus como a Bélgica e a Suíça apresentam taxas de mortalidade infantil
inferiores a 5 por mil, países como Serra Leoa, Angola e Somália, na África, apresentam taxas
de mortalidade infantil acima de 100 por mil. A comparação entre essas taxas nos revela que
(A) as condições climáticas temperadas são mais favoráveis à vida humana que as tropicais.
(B) países de povoamento muito antigo tiveram mais condições de superar os problemas
demográficos que os países novos.
(C) os efeitos dos avanços alimentares e médicosanitários não atingem de forma semelhante
os vários países do mundo.
(D) apesar das diferenças na mortalidade infantil, a expectativa de vida aumenta na mesma
proporção nos dois grupos de países.
(E) as taxas de mortalidade mais elevadas tornam a estrutura da população dos países africa-
nos semelhante à dos países europeus.
04 A análise da atual pirâmide etária brasileira permite afirmar que houve um estreitamento da
base e um alargamento do topo, demonstrando
I. a diminuição das taxas de natalidade.
II. o aumento das taxas de mortalidade infantil.
III. o aumento da expectativa de vida.
IV. o aumento das taxas de fecundidade.
Estão corretos SOMENTE os itens
(A) I e II.
(B) I e III.
(C) I e IV.
(D) II e III.
(E) II e IV.
05 As características demográficas de um país são dinâmicas e alteram-se ao longo da história,
segundo diferentes contextos socioeconômicos. Recentemente, o IBGE identificou algumas
mudanças no perfil da população brasileira, entre as quais, a diminuição da população mascu-
lina em relação à feminina nas regiões metropolitanas e, por outro lado, o aumento da popula-
ção masculina em relação à feminina em alguns estados das Regiões Norte e Centro-Oeste,
além de um envelhecimento geral da população. Assinale a alternativa que melhor explique
pelo menos uma dessas alterações.
(A) É natural que exista uma população masculina maior nas áreas rurais, dadas as caracterís-ticas das atividades agropecuárias.
(B) O envelhecimento da população explica-se pela baixa qualidade de vida de que dispõe o
povo brasileiro, em média.
(C) Nas Regiões Norte e Centro-Oeste, as más condições de vida afetam principalmente mu-
lheres e crianças, o que explica o aumento proporcional da população masculina.
(D) A violência nas regiões metropolitanas envolve mais a população masculina, o que ajuda a
explicar a diminuição proporcional dessa população em relação à feminina nessas regiões.
(E) O aumento da população feminina nas regiões metropolitanas explica-se pelo êxodo rural,
ou seja, a busca de trabalho nas frentes agrícolas pela população masculina.
320
06 As conquistas femininas redefiniram o papel social da mulher. A sua maior participação no
mercado de trabalho e, conseqüentemente, no orçamento doméstico, provocou também uma
redefinição de seu papel perante a família. Invalidou-se a visão do homem como "chefe da
casa" nas sociedades modernas.
É conseqüência do fenômeno citado no texto:
(A) a redução das taxas de natalidade.
(B) o aumento do desemprego.
(C) o aumento da economia informal.
(D) o incremento do subemprego.
(E) a diminuição do desemprego.
07 A população mundial está concentrada sobretudo nos países subdesenvolvidos, ainda que al-
guns desenvolvidos estejam entre os mais populosos. Em termos absolutos, qual é o continente
mais populoso?
(A) Oceania. (B) Ásia.
(C) Europa. (D) África.
(E) América.
08 Os índices de analfabetismo são alarmantes. O ser humano fica impossibilitado de desenvolver
as suas potencialidades, de conhecer os fatos, de comparar, de enxergar melhor o mundo que
está em sua volta e ao qual ele pertence.
É mais provável que o texto anterior possa ser aplicado a milhões de pessoas que vivem na:
(A) África e América Anglo-Saxônica.
(B) Europa e América Anglo-Saxônica.
(C) América Latina e Rússia.
(D) Ásia Meridional e Europa.
(E) África e América Latina.
09 Observe atentamente as pirâmides etárias da população brasileira que se encontram a seguir:
(A) a primeira pirâmide populacional é típica de um país em desenvolvimento - maioria da
população é jovem -, já a segunda aponta para um país subdesenvolvido, onde as altas
taxas de mortalidade infantil fazem com que a população mais jovem "encolha".
(B) as melhores condições de vida no campo geraram um aumento de expectativa de vida da
população, mas não tiveram impacto sobre as elevadas taxas de natalidade, que matém
ainda o país como predominantemente jovem.
321
(C) as pirâmides mostram que o Brasil, ao longo dos trinta anos que se passaram, efetuou a
chamada transição demográfica, apresentando um envelhecimento de sua população.
(D) devido ao elevado número de jovens do país as alterações ocorridas na distribuição etária
da população brasileira ao longo desses trinta anos não provocaram impacto algum na
economia brasileira.
(E) não existem alterações substanciais na distribuição da população brasileira, já que a taxa
de natalidade se manteve constante ao longo do período.
10 Assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente as lacunas do parágrafo abaixo,
na ordem em que aparecem. Caso os componentes demográficos (fecundidade, mortalidade e
migrações) do Brasil continuem apresentando, nas próximas cinco décadas, comportamento
similar ao atual, a pirâmide etária brasileira, em 2050 apresentará base _____________, altura
___________ e topo _______________.
(A) estreita - grande - estreito
(B) estreita - pequena - estreito
(C) estreita - pequena - largo
(D) larga - grande - largo
(E) larga - pequena - estreito
11 Com base na tabela que trata da população absoluta e relativa dos países mais populosos do
mundo e nos seus conhecimentos sobre esse assunto, assinale a(s) proposição(ões) correta(s).
I. O Brasil é um país bastante povoado.
II. O Brasil é um país bastante populoso.
III. O Brasil é um país populoso e bastante povoado.
IV. Comparado aos principais países mais populosos do mundo, o Brasil possui baixa popula-
ção relativa.
V. Por ser um país bastante povoado, o Brasil não exige políticas de desenvolvimento regional
para a ocupação do território.
Estão corretas as alternativas:
(A) I e III apenas. (B) I, III e V apenas.
(C) I, II e V. (D) III e IV apenas.
(E) II e IV apenas.
322
12 A cidade reflete as contradições da sociedade que a produz. No relato de seus habitantes, é
possível se perceber a lógica perversa do sistema.
"Quando eles se cansavam de andar pelas ruas, eles pediam:
- Mãe, eu quero ir para casa!
Aí eu tinha que explicar pra eles: nós não temos casa, até eles se acostumar…"
Wagner Celestino. Cortiços: uma realidade que ninguém vê.
Analisando o texto anterior, podemos constatar que o(a):
(A) processo de ocupação dos espaços urbanos demonstra o caráter igualitário da sociedade.
(B) crescimento populacional é o grande responsável pela situação de miséria, e o controle da
natalidade é a única solução.
(C) atuação do Estado tem sempre a intenção de democratizar o acesso aos serviços públicos
essenciais.
(D) exclusão social está presente na paisagem urbana, não respeitando nem mesmo as áreas
nobres.
(E) especulação imobiliária promove a segregação do espaço urbanizado, gerando, assim, a
igualdade social.
13
O Brasil em 2020
Será, é claro, um Brasil diferente sob vários aspectos. A maior parte deles, imprevisível. Uma
década é um período longo o suficiente para derrubar certezas absolutas (ninguém prediz uma
Revolução Francesa, uma queda do Muro de Berlim ou um ataque às torres gêmeas de Nova
York). Mas é também um período de maturação dos grandes fenômenos incipientes - dez anos
antes da popularização da internet já era possível imaginar como ela mudaria o mundo. Da
mesma forma, fenômenos detectáveis hoje terão seus efeitos mais fortes a partir de 2020.
 David Cohen, Revista Época, 25/05/2009
Com base no enunciado, observe as afirmações abaixo, assinalando V (verdadeiro) ou F (falso).
( ) A diminuição da fecundidade no Brasil deve-se às transformações econômicas e sociais
que se acentuaram na primeira metade do século XX devido à intensa necessidade de mão de
obra no campo, inclusive de mulheres, fato este que elevou o país ao patamar de agrário-
exportador.
( ) Devido à mudança do papel social da mulher do século XX, ela deixa de viver, exclusiva-
mente, no núcleo familiar, ingressando no mercado de trabalho e passando a ter acesso ao
planejamento familiar e a métodos contraceptivos. Esses aspectos, conjugados, explicam a
diminuição vertiginosa das taxas de fecundidade no Brasil.
( ) As quedas nas taxas de natalidade de um país levam, ao longo do tempo, ao envelheci-
mento da população (realidade da maioria dos países desenvolvidos). Neste sentido, verifica-se
uma forte tendência a um mercado de trabalho menos competitivo e exigente, demandando
menos custos do Estado com os aspectos sociais.
323
Dessa forma, a sequência correta, de cima para baixo é:
(A) V-V-V.
(B) F-V-V.
(C) V-V-F.
(D) F-V-F.
(E) V-F-V.
14 O conceito de êxodo rural pode ser definido como:
(A) conjunto de investimentos realizados pelo governo federal na zona rural do Brasil no século
XX.
(B) conjunto de técnicas e insumos usados no espaço agrário para promover a revolução ver-
de no Brasil.
(C) deslocamento em massa da população do campo para as cidades, que ocorreu no Brasil a
partir da década de 1960.
(D) política de governo oficial que incentivava a migração do campo para a cidade em busca de
promover a urbanização e a industrialização do país.
(E) política de governo que incentivava a diminuição da taxa de natalidade no campo visando
diminuir a quantidade de pessoas residentes no campo e aumentar a população urbana.
15 O êxodo rural no Brasil foi mais intenso entre as décadas de 1960 e 1980, período em que
também se acentuou o processo de urbanização no país. Dentre as principais causas do êxodo
rural no Brasil, podemos destacar:
(A) a mecanização do campo, que substituiua mão de obra humana por máquinas, forçando a
migração do trabalhador do campo para as cidades.
(B) a política de governo implantada na ditadura militar, que incentivava a ida das pessoas para
as cidades a fim de facilitar o controle social pelo Estado.
(C) a grande quantidade de pragas na lavoura, que impossibilitava o cultivo de praticamente
todos os tipos de gêneros agrícolas.
(D) a grande quantidade de eventos sociais nas cidades, que atraia os jovens para as grandes
cidades e que acabavam preferindo morar nelas.
(E) a grande quantidade de pessoas vivendo no campo, que diminuía a oferta de trabalhos
disponíveis e incentivava a migração dos trabalhadores para as cidades em busca de tra-
balho.
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324
PARTE I
CONCEITOS DA GEOGRAFIA E DIVISÃO REGIONAL DO BRASIL
UNIDADE 02
• MALHA URBANA LOCAL (BAIRROS, DISTRITOS, REGIÕES ADMINISTRATIVAS, CENTROS E SUB-CENTROS)
• OS MUNICÍPIOS
• AS REGIÕES METROPOLITANAS
• OS ESTADOS BRASILEIROS
• REDE E HIERARQUIA URBANA
• OS MEIOS DE TRANSPORTES E O ESPAÇO GEOGRÁFICO
• PRINCIPAIS SISTEMAS DE TRANSPORTES (MODAIS) E SUA DISTRIBUIÇÃO
• TRANSPORTE RODOVIÁRIO, FERROVIÁRIO, AQUAVIÁRIO, DUTOVIÁRIO E AÉREO
INTRODUÇÃO
A geografia urbana tem como objetivo permitir o entendimento do espaço urbano. É nele em
que hoje vive a maior parte da população mundial e onde ocorre a maior parte dos conflitos sociais,
demandando dessa forma um olhar mais atento sobre as cidades.
É comum acreditar que urbanização é sinônimo de desenvolvimento. Entretanto, a lista do IDH
mundial mostra que isso nem sempre é verdade, que várias nações em posições superiores à do
Brasil possuem índices menores de urbanização.
O termo urbanização apresenta diferentes significados que podem estar ligados à questão
demográfica, cultural e também à infraestrutura das cidades. Por exemplo: ao ritmo de crescimento
da população urbana, assim como ao surgimento de novas cidades, à presença de uma infraestrutura
comum ao espaço urbano, o modo de vida e as atividades econômicas.
Há dois séculos, 98% dos habitantes do planeta moravam no campo. A partir de 2008 temos,
pela primeira vez, mais moradores nas cidades do que no campo, e de acordo com Organização das
Nações Unidas, até 2030, 60% da população do planeta estará vivendo em cidades. Ou seja, a
humanidade caminha para um futuro urbano e cabe aos governos adotarem políticas de planeja-
mento eficientes capazes de garantir demandas crescentes.
Para entender o atual estágio desse fenômeno, devemos fazer um caminho de volta na história.
Sendo assim, destacamos que as primeiras cidades surgiram milhares de anos antes da Era
Cristã, com destaque para Jericó, Ur, Damasco e, na América do Sul, Tiahuanaco (atualmente terri-
tório da Bolívia). No entanto, podemos dizer que o processo de urbanização das sociedades propri-
amente dito ocorreu a partir do início do Capitalismo Comercial, intensificando-se com o passar dos
tempos, sobretudo após as revoluções industriais.
Por esse motivo, é possível dizer que a urbanização é a representação da modernidade, pois
ela proporciona uma transição social fundamentada no setor primário para os setores industrial,
comercial e de serviços. A divisão social e territorial do trabalho tende a intensificar-se à medida que
as relações econômicas se tornam mais complexas. O espaço urbano é, pois, a expressão mais
dinâmica do espaço geográfico, pois representa um aglomerado de práticas culturais, sociais, eco-
nômicas e outras em espaços justapostos entre si.
Existem dois principais tipos de fatores que se associam ao processo de urbanização: os fato-
res atrativos e os fatores repulsivos.
Fatores atrativos: ocorrem pela urbanização causada pela atração da população do campo
para as cidades em busca da maior oferta de emprego gerada pela industrialização, além da exis-
tência de melhores condições de renda e de vida. O rápido e fácil acesso a produtos, bens de
consumo e serviços, como escolas e hospitais, além de uma maior interação cultural, também pode
ser listado como um fator atrativo da urbanização.
325
Fatores repulsivos: ocorrem quando a urbanização acontece pela "expulsão" ou afastamento
da população do campo para as cidades, com uma migração em massa que chamamos de êxodo
rural ou "migração campo-cidade". Dentre os fatores repulsivos da urbanização, podemos citar a
concentração fundiária (muita terra nas mãos de poucos), os baixos salários do campo, a mecaniza-
ção das atividades agrícolas com a substituição da mão de obra, entre outros.
Os países desenvolvidos foram os primeiros a urbanizar-se, com a maior presença de fatores
atrativos. Com a Revolução Industrial, ao longo do século XVIII, cidades como Londres e Paris trans-
formaram-se em grandes centros urbanos, porém com uma grande carga de problemas sociais e
miséria acentuada, questão que só veio a ser atenuada pelas reformas urbanas no século seguinte.
Já os países subdesenvolvidos e emergentes só conheceram uma urbanização mais intensifi-
cada a partir de meados do século XX, e muitos territórios ainda estão em fase inicial desse proces-
so. Os principais fatores são os repulsivos, como a mecanização do campo e concentração de
terras, além de alguns fatores atrativos, como a industrialização realizada, predominantemente, pela
instalação de empresas multinacionais estrangeiras.
MALHA URBANA LOCAL (BAIRROS, DISTRITOS, REGIÕES ADMINISTRATIVAS, CENTROS E SUB-CENTOS)
A Malha ou Tecido Urbano é um determinado tipo de urbanização de uma região urbana. O
tecido urbano pode ser verticalizado, horizontal ou misto, podendo ter os dois tipos de urbanização.
Esse tipo específico de urbanização é normalmente planejado, ou seja, o zoneamento é feito para
organizar o traçado urbano.
Assim, a organização espacial é, antes de mais nada, o arranjo espacial, estrutura territorial e
espaço socialmente produzido pelo homem no decorrer da História, ou seja, campos, caminhos,
minas, dutos, redes, fábricas, lojas, habitações, templos, etc, dispostos sobre a superfície da terra. É
a transformação da natureza pelo trabalho social, de acordo com as possibilidades que cada socie-
dade possui e que derivam do desenvolvimento e das relações sociais e de produção.
326
As cidades possuem diferentes dimensões, paisagens e dinâmicas, que fazem com que cada
cidade tenha características próprias de crescimento.
Esse crescimento pode ser horizontal ou vertical, orientado pelo aumento da população em
relação a ocupação de um dado território.
No crescimento horizontal, a cidade vai ocupando áreas antes utilizadas para atividades primá-
rias. Essas áreas são divididas em lotes, isto é, frações do território urbano que variam de tamanho
e são comprados e vendidos de acordo com o poder aquisitivo de sua população.
Quando um lote é retido por muito tempo, pode significar que seu proprietário está esperando
que seu preço aumente para posteriormente vender. É o processo de especulação imobiliária e
que traz muitas consequências para o social.
Essa retenção artificial do solo urbano provoca uma escassez artificial do chão, obrigando a
cidade a expandir-se horizontalmente, criando loteamentos em áreas cada vez mais distantes.
Na forma de crescimento vertical, percebemos o aumento do número de edifícios. A aglomera-
ção de prédios se faz maior no centro, dispersando-se à medida quevamos nos afastando para os
bairros mais distantes.
O crescimento vertical de uma cidade ocorre para atender às exigências de moradia de sua
população, com o aparecimento de edifícios residenciais, ou para criar espaço para atividades eco-
nômicas. Esse crescimento depende da ação dos agentes que atuam na estruturação urbana, tanto
o poder público como a iniciativa privada.
A disposição da população neste espaço está relacionada ao poder capitalista que se impõe.
Assim, as camadas mais baixas da população ocuparão terrenos desfavoráveis, onde as constru-
ções geralmente são onerosas e quase impossíveis, localizando-se em áreas periféricas ou nos
centros deteriorados, onde o solo possui menor preço no mercado.
Essa dinâmica atua sobre a estrutura espacial urbana, ou estrutura das cidades, daí, cabe
destacar e considerar como elementos da estrutura espacial urbana o centro principal da metrópole
(a maior aglomeração de empregos ou de comércio e serviços); os subcentros de comércio e servi-
ços (aglomerações diversificadas de comércios e serviços, réplicas menores do centro principal), os
bairros residenciais e as áreas industriais. Em uma definição análoga pode-se ressaltar que a unida-
de de organização da cidade é constituída pelo conjunto de centros necessários para fornecer a
totalidade dos serviços requisitados pelas atividades e pela população. Logo, a organização do
espaço resulta da localização dos diferentes centros. E em virtude da diferença entre os centros, a
geografia leva a definição de formas de interdependência entre os centros, o que permite a passa-
gem de uma noção de centro para uma noção de rede de centros, formando uma base para a
definição das denominadas redes urbanas, ou ainda sistema urbano de um espaço.
• Os municípios
• As regiões metropolitanas
• Os estados brasileiros
• Rede e hierarquia urbana
As cidades são diferentes, não somente pelo número de habitantes, mas também pela concen-
tração de serviços nelas contidos.
Um aspecto que caracteriza a urbanização brasileira é referente a uma extrema concentração
de uma vasta parcela da população em grandes cidades, dando origem assim às metrópoles.
Estes grandes centros urbanos (metrópoles) abrigam empresas e serviços de alto padrão e
sofisticação, neles estão presentes universidades, centros de pesquisas, laboratórios, clínicas
especializadas, além dos meios de comunicação de massa e revenda de produtos importados.
O Brasil possui 26 estados e um Distrito Federal. Cada Estado possui cidades importantes no
aspecto cultural, turístico, ambiental, histórico, econômico, entre outros. Mas quando se fala em
cidades do Brasil, algumas merecem destaque, seja por sua participação na economia do país, pelo
seu contexto histórico, por sua concentração populacional, entre outros critérios. Entre as várias
cidades brasileiras podemos destacar:
327
Brasília: É a capital do país, localizada na Região Centro-Oeste. Brasília possui extensão territorial
de 5.802 km² e população de 2.570.160 habitantes*.
São Paulo: Capital do estado de São Paulo, sua extensão territorial é de 1.523 km². A população
é composta por 11.253.503* habitantes, além de estar entre as cidades mais populosas do mundo.
Rio de Janeiro: É a capital do estado do Rio de Janeiro, possui 1.182 km². A população é
composta por 6.320.446* habitantes. Possui um importante acervo histórico e arquitetônico, além de
suas belezas naturais que atraem vários turistas.
328
Salvador: Capital da Bahia, sua extensão territorial é de 707 km². A população é composta por
2.675.656* habitantes. Foi a primeira capital do Brasil e possui belas construções do período colonial.
Belo Horizonte: Capital do estado de Minas Gerais, sua extensão territorial é de 331 km². A
população é composta por 2.375.151 * habitantes.
Fortaleza: Capital do estado do Ceará, sua extensão territorial é de 313 km². A população é
composta por 2.452.185* habitantes. Apresenta 90 km de praias, fato que atrai turistas do mundo todo.
Curitiba: Capital do estado do Paraná, sua extensão territorial é de 435 km². A população é
composta por 1.751.907* habitantes. Apresenta um dos melhores padrões de qualidade de vida
entre todas as capitais do Brasil.
329
Manaus: Capital do estado do Amazonas, sua extensão territorial é de 11.401 km². A população é
composta por 1.802.014* habitantes. Apresenta marcos arquitetônicos do período áureo da borracha.
Recife: Capital do estado do Pernambuco, sua extensão territorial é de 217 km². A população é
composta por 1.537.704* habitantes. Possui belas praias e arquitetura holandesa.
Porto Alegre: Capital do estado do Rio Grande do Sul, sua extensão territorial é de 497 km². A
população é composta por 1.409.351* habitantes. É uma das cidades mais arborizadas do país.
 *A população de cada cidade segue dados do Censo Demográfico de 2010, realizado pelo IBGE
 (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Metrópoles significam grandes aglomerações urbanas que concentram um enorme contingente
populacional, além de abrigarem uma imensa variedade de indústrias, comércio em geral, universi-
dades, centros de pesquisas, hospitais de referência, bancos e instituições financeiras, repartições
públicas, empresas de comunicação, como rádio, TV, jornais impressos, entre outros.
Uma cidade se destaca em diferentes níveis de acordo com a função e o grau de importância
que ela exerce em escala regional ou nacional em relação aos outros centros urbanos, independen-
temente do tamanho.
No Brasil, existem metrópoles, cidades de grande, médio e pequeno porte, interdependentes de
acordo com sua influência, dando origem à hierarquia das cidades.
330
As cidades médias, muitas vezes, não dispõem de tantas variedades de serviços, apesar desse
processo estar mudando, uma vez que o processo de globalização tem dinamizado as informações
e o acesso ao consumo. Nas cidades pequenas ou vilas, é oferecido somente o necessário à sua
população, geralmente o serviço de saúde não consegue cuidar de casos mais complexos e não há
variedade em serviços e acesso ao consumo.
A partir dessas considerações, a rede urbana brasileira é classificada da seguinte forma:
• Centro regional: possui uma influência restrita em relação a outras cidades, trata-se de cida-
des médias que são subordinadas às capitais, mas ao mesmo tempo é um centro para núcleos
urbanos menores.
• Capital regional: exerce uma grande influência e abriga vários centros regionais, porém seu
domínio se limita à fronteira estadual. Nesse caso, trata-se de cidade de grande e médio porte, que
apesar de não se enquadrar na categoria de metrópole, possui indústrias e prestação de serviços
como hospitais, bancos, centro comercial e muitos outros.
• Metrópole regional: são cidades que exercem grande influência em seu próprio estado; além
de avançar a fronteira de outros, essas correspondem a centros urbanos que concentram um núme-
ro superior a um milhão de habitantes e detêm uma economia diversificada.
• Metrópole nacional: graças à sua importância, exerce influência nos centros regionais, capi-
tais regionais e nas metrópoles regionais, ou seja, preponderância em diferentes estados.
• Metrópole mundial: são cidades de grande importância cultural e econômica que exercem
influência sobre todo o território e são os centros urbanos mais conhecidos internacionalmente. No
caso do Brasil, destacam-se duas cidades com essas características, São Paulo e Rio de Janeiro.
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_______________________________________________________________________________________331
O PAPEL DO SETOR DE TRANSPORTE NA ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO
Os sistemas de transportes possuem importância fundamental no sistema econômico de um
país, pois os serviços que produz são, praticamente, absorvidos por todas as unidades produtivas.
Estabelece a conexão entre local de moradia e de trabalho, entre a produção e o mercado.
O Brasil é um país com dimensões continentais, apresentando uma larga extensão norte-sul,
além de uma grande distância no sentido leste-oeste em sua porção setentrional. Por esse motivo,
é necessária uma ampla rede articulada que ligue os diferentes pontos do território nacional a fim de
propiciar o melhor deslocamento de pessoas e mercadorias.
Além disso, para que o país possa ampliar as exportações, importações e, principalmente, os
investimentos estrangeiros, é necessário que os meios de transporte ofereçam condições para que
os empreendedores tanto do meio agrário quanto do meio industrial possam ter condições de exer-
cer suas funções sociais. No Brasil, a estratégia principal foi a de priorizar a estruturação do sistema
rodoviário - sobretudo a partir do Governo JK - em detrimento da construção de ferrovias e hidrovias,
que só recentemente vêm recebendo maiores investimentos.
Porém, no período pré-industrial, o sistema brasileiro de transporte se compunha de ferrovias,
ligando o interior aos portos e da navegação que unia entre si as diferentes regiões do país e estas,
ao exterior.
332
Esse sistema era incompatível com o surto industrial concentrado no eixo Rio-São Paulo. Como
a produção se orientava, essencialmente, para o mercado interno, tornava-se indispensável um
sistema verdadeiramente interno de transportes. As ferrovias, com sua multiplicidade de bitolas,
elevados custos de implantação e longo período de maturação, dificilmente poderiam se adaptar à
nova estrutura produtiva do país. A solução foi a que destacamos a partir dos anos 50.
Relação custo-benefício dos diferentes sistemas de transportes
Os custos de transportes incidem sobre os custos das matérias-primas e sobre o preço da
mercadoria final e ainda contribuem para a dispersão industrial e urbana.
Fonte: ANTT
• RODOVIÁRIO
Rodovia: via onde o veículo roda sobre uma superfície comum.
Transporte Rodoviário:
Quando usar o Modal Rodoviário?
Mercadorias perecíveis, mercadorias de alto valor agregado, pequenas distâncias (até 400Km),
trajetos exclusivos onde não há vias para outros modais, quando o tempo de trânsito for valor agregado.
Adaptabilidade:
• Reboques que podem trafegar sobre trilhos e rodovias.
• Complementa outros modais.
• Flexibilidade nos tipos de reboque.
• Extensíveis.
Tipos:
• Caminhão (01 parte)
• Carreta (02 partes)
• Bitrem (02 ou 03 partes)
• Treminhão (03 partes)
333
O transporte rodoviário no Brasil foi - e ainda é - o meio responsável pela maior parte dos fluxos
de bens e pessoas no país, que priorizou a sua construção para favorecer as empresas estrangeiras
do setor automobilístico e promover a entrada delas no país. A expectativa era estruturar o modal
rodoviário a fim de propiciar a construção de polos industriais de automóveis no Brasil com o objetivo
de ampliar a geração de empregos, embora hoje as indústrias desse setor empreguem cada vez
menos trabalhadores, em função das novas tecnologias fabris.
Outra característica da implantação das rodovias no Brasil foi a integração das diferentes partes
do território brasileiro, que concentrou seus investimentos nas regiões litorâneas. Esse quadro co-
meçou a mudar ao longo do século XX, destacando-se a construção da capital Brasília. Assim,
rodovias como Belém-Brasília, Cuiabá-Porto Velho e tantas outras tinham como preocupação esta-
belecer a ligação entre pontos e localidades até então desconectados.
Trecho da rodovia Belém-Brasília em Tocantins (BR-153)
A grande crítica a essa dinâmica questiona a opção por rodovias, algo não muito recomendado
para países com larga extensão territorial, como o Brasil. Em geral, as estradas costumam ter um
custo de manutenção mais elevado do que outros meios de transporte, como o ferroviário e o
hidroviário, além de um maior gasto com combustíveis e veículos. Em virtude dos elevados custos e
da política neoliberal de redução dos gastos públicos em investimentos estruturais, iniciou-se uma
campanha de privatização das rodovias, que encontrou o seu auge na década de 1990, mas que
ainda ocorre atualmente através de concessões públicas.
Apesar disso, a qualidade das rodovias no Brasil é bastante ruim, além da larga quantidade de
estradas não pavimentadas. Elas oneram os gastos públicos, que muitas vezes não conseguem
atender às necessidades principais, fator que não se modifica nem com as privatizações, uma vez
que as concessões costumam ocorrer apenas com as estradas que já estão prontas e estruturadas.
• FERROVIÁRIO
Ferrovia: via onde o veículo roda sobre uma superfície de ferro.
Transporte ferroviário:
334
Quando usar o modal ferroviário?
• Grandes volumes de cargas.
• Grandes distâncias a transportar (800 Km).
• Trajetos exclusivos (não há vias para outros modais)
• Veículos ferroviários: Locomotivas e vagões.(tanques, roadtrailer, flat car)
Energia:
• Elétrica ou diesel-elétrica.
Adaptabilidade:
• Trailer on flat car.
• Container on flat car.
• Double stack (02 containeres).
• Roadtrailer/transtrailer.
O transporte ferroviário no Brasil foi predominante até o final do século XIX, quando estruturava
os deslocamentos de mercadorias da economia cafeeira, sendo, por essa razão, bastante consoli-
dado na região Sudeste. As ferrovias, apesar dos elevados custos em suas construções, possuem
baixos gastos em manutenção, o que não impediu que, de 1950 até os dias atuais, várias delas
fossem sucateadas e até desativadas.
Trecho da rodovia norte-sul na cidade de Imperatriz (MA)
Além disso, existem várias ferrovias no Brasil em construção, mas que as obras se encontram
inacabadas, muito embora os recentes investimentos por meio do PAC (Programa de Aceleração do
Crescimento) trabalhem para modificar esse cenário. A principal ferrovia no Brasil em construção é
a Ferrovia Norte-Sul, que já possui algumas áreas concluídas e em operação (ou com uso e opera-
ção a serem efetuados em breve).
Após a privatização de boa parte das ferrovias nacionais na década de 1990 e da derrocada da
Rede Ferroviária Federal (RFFSA), empresa estatal responsável por administrá-las, a participação
das ferrovias no Brasil até aumentou, apesar de atender interesses e deslocamentos muito especí-
ficos e limitados. Ainda hoje, a malha ferroviária nacional concentra-se nas regiões Sul e Sudeste.
335
• AQUAVIÁRIO
É o que se dá através da água, podendo ser por mar, rios e lagos.
Mar ⇒⇒⇒⇒⇒ Marítimo
Rio ⇒⇒⇒⇒⇒ Fluvial
Lagos ⇒⇒⇒⇒⇒ Lacustre
Cabotagem ⇒⇒⇒⇒⇒ transporte dentro do país, entre portos locais
Longo curso ⇒⇒⇒⇒⇒ transportes entre diferentes países e/ou continentes
Transporte Aquaviário:
Quando usar o transporte Aquaviário?
• Grandes volumes de carga.
• Grandes distâncias a transportar.
• Trajetos exclusivos (não há vias para outros modais).
• Tempo de trânsito não é importante.
• Encontra-se uma redução de custo de frete.
Tipos de navios:
• Navios para cargas gerais ou convencionais:
• Navios dotados de porões (holds) e pisos (decks), utilizados para carga seca ou refrigerada,
embaladas ou não.
Navios especializados:
• Graneleiros (bulk vessels): carga a granel (líquido, gasoso e sólido), sem decks.
• Ro-ro (roll-on roll-off): cargas rolantes, veículos entram por rampa, vários decks de diversas
alturas.
Navios Multipropósito:
• Transportam cargas de navios de cargas gerais e especializados ao mesmo tempo.
• Granel sólido + líquido
• Minério + óleo
• Ro-ro + container
Navios porta-container:
• Transportam exclusivamente cargas em container.
• Sólido, líquido, gasoso
• Desde que seja em container
• Tem apenas 01 (um) deck (o principal)
O transporte hidroviário é o que possui a menor representatividade e participação nos sistemas
de deslocamento nacional, o que é uma grande contradição,haja vista o grande potencial que o país
possui para esse modal. No Brasil, a rede hidroviária é muito ampla e muitos rios são navegáveis
sem sequer exigir a construção de grandes empreendimentos e estruturas, como obras de correção
e instalação de equipamentos.
336
Uma justificativa para a negligência de investimentos nas hidrovias brasileiras é a existência de
muitos rios de planalto, que são mais acidentados e exigem mais obras de correção para facilitar o
transporte. Os rios de planície, mais facilmente navegáveis, encontram-se em áreas afastadas dos
grandes centros econômicos.
Eclusa em operação na Hidrovia Tietê-Paraná
Por outro lado, cita-se a concentração de investimentos em rodovias em áreas onde o mais
indicado seria o investimento em hidrovias, cujo exemplo mais notório é o caso da Transamazônica,
uma estrada construída quase que paralelamente ao rio Amazonas, de fácil navegação.
No entanto, a partir dos anos 1980 e sobretudo após a criação do Mercosul, que passou a exigir
mais das hidrovias para a integração do Cone Sul, os investimentos públicos nessa área elevaram-
se, mas ainda são insuficientes. As principais hidrovias do Brasil são a Tietê-Paraná, a do Rio São
Francisco, a do Amazonas, entre outras.
• AÉREO
Transporte aéreo é aquele realizado por aeronaves, dentro do país ou entre países.
Transporte Aéreo:
Quando usar o transporte aéreo?
• Pequenos volumes de cargas.
• Mercadorias com curto prazo de validade e/ou frágeis.
• Grandes distâncias a transportar.
• Trajetos exclusivos. (não há via para outros modais)
• Tempo de trânsito é muito importante.
Aeronaves:
• Full pax ⇒⇒⇒⇒⇒ somente de passageiros.
• Full cargo ⇒⇒⇒⇒⇒ somente de cargas.
• Combi ⇒⇒⇒⇒⇒ misto de carga e passageiros.
337
Movimentação de cargas:
• Container
• Pallet
• Elevadores de carga.
O transporte aéreo permite a locomoção de pessoas e determinadas mercadorias pelo ar, isso
por meio de aeronaves, como aviões e helicópteros. O uso desse tipo de transporte se intensificou
após a Segunda Guerra Mundial, com a expansão do comércio internacional e das empresas
multinacionais e/ou transnacionais. Esse é o meio de deslocamento em massa mais rápido, isso
pelo fato de percorrer grandes distâncias em tempo reduzido se comparado com o transporte marí-
timo, por exemplo.
No entanto, o transporte de cargas por esse tipo de meio não é muito viável em virtude do alto
custo, determinado pela limitação da capacidade de carga dos aviões. As aeronaves não podem
carregar toneladas de soja, por exemplo, como fazem os navios. Diante disso, o transporte aéreo é
indicado em caso de produtos perecíveis e leves, e urgências no tempo de entrega.
• DUTOVIÁRIO
Dutos: tubulações especialmente desenvolvidas e construidas para transportar produtos a gra-
nel por distâncias especialmente longas.
Transporte Dutoviário:
Tipos de dutos:
• Subterrâneos
• Aparentes
• Submarinos
Oleodutos ⇒⇒⇒⇒⇒ gasolina, álcool, nafta, glp, diesel.
Minerodutos ⇒⇒⇒⇒⇒ sal-gema, ferro.
Gasodutos ⇒⇒⇒⇒⇒ gás natural.
338
O transporte por dutos e tubulações é um tipo de transporte pelo qual o produto, geralmente
líquido ou gasoso, se desloca de um determino local para outro por meio de tubulações. A infraestrutura
desse sistema é fixa, pode ser instalada sobre o solo, no subsolo e submarina.
Os produtos mais transportados nesse segmento são: minérios, petróleo e gás natural. A implan-
tação do transporte em questão apresenta duas vertentes, sendo uma positiva e outra negativa.
A positiva é que o valor investido na construção de dutos e tubulações tem rápido retorno em
relação ao capital investido, por meio da economia gerada por esse tipo de transporte, além de
causar poucos impactos ambientais. A negativa é em razão do alto valor da implantação dos siste-
mas de tubulações e dutos.
 Transporte de líquidos e gases por meio de tubulações.
Em resumo, o que se percebe é que os meios de transporte no Brasil precisam de diversifica-
ção para que haja menos dependência das rodovias nos deslocamentos de mercadorias e pessoas.
Em geral, é necessária a instalação de uma matriz multimodal, ou seja, com vários sistemas de
transportes diferentes integrados. Outra necessidade é uma maior integração rumo ao oeste do
país, principalmente em direção aos países sul-americanos e ao Oceano Pacífico, com vistas a
ampliar as trocas comerciais dentro do continente e em direção aos países asiáticos.
01 Urbanização é sinônimo de desenvolvimento? Sim ou não? Justifique.
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______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
02 Porque podemos afirmar que: “A urbanização é a representação de modernidade.”?
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03 Apresente dois exemplos dos fatores que se associam ao processo de urbanização.
a) Fatores atrativos: ____________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
b) Fatores repulsivos: __________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
04 Como se deu o processo de urbanização nos países desenvolvidos (ex.: Inglaterra) e nos paí-
ses em desenvolvimento (ex.: Brasil)?
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05 O que são e como funcionam os dois modelos de malhas urbanas, o verticalizado e o misto?
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06 Quais são as diferenças entre uma grande cidade e uma metrópole?
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07 Apresente alguns exemplos de metrópoles brasileiras.
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______________________________________________________________________________________
08 Exemplifique como cada integrante da rede urbana influência em sua dinâmica:
a) Centro regional ____________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
b) Capital regional ____________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
c) Metrópole regional __________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
340
d) Metrópole nacional __________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
e) Metrópole mundial __________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
09 Qual o papel do sistema de transporte na dinâmica econômica de um determinado local?
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_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
10 Relacione a importância do sistema de transporte aos investimentos estrangeiros, exportação e
importação.
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___________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
11 Qual foi a importância do governo J.K. no desenvolvimento do sistema de transporte no Brasil?
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12 Explique por que ainda existe uma crítica permanente ao modelo rodoviário brasileiro.
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13 Qual a justificativa apresentada para a falta de investimento nas hidrovias brasileiras?
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341
01 As figuras a seguir representam dois esquemas de relações entre as cidades: o clássico e o
atual.
Adap.: SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Geografia Geral e do Brasil. São Paulo: Scipione, 1999.
Por que a concepção tradicional de hierarquia urbana está sendo substituída pela atual?
(A) Porque muitos distritos, vilas e até mesmo bairros se emanciparam e foram elevados à
categoria de município.
(B) Porque o êxodo rural leva ao desaparecimento de muitas vilas e cidades pequenas, locali-
zadas distantes das metrópoles.
(C) Porque o avanço tecnológico dos transportes e comunicações e a disponibilidade de renda
encurtam as distâncias.
(D) Porque a queda de regimes totalitários não permitiu maior mobilidade da população e favo-
receu a migração interurbana.
(E) Porque as atuais diretrizes do planejamento urbano promovem a concentração das indús-
trias de base nas metrópoles.
02 Segundo a hierarquia urbana, as cidades mais importantes de um país, que comandam a rede
urbana nacional, estabelecendo áreas de influência, correspondem aos (às):
(A) capitais regionais
(B) centros regionais
(C) metrópoles regionais
(D) cidades-dormitórios
(E) metrópoles nacionais
342
03 A rede urbana brasileira está em contínua construção, constituindo-se em um conjunto de cen-
tros que tiveram origem nos diversos séculos da história do Brasil e que coexistem de forma
hierarquizada em uma mesma região. Na Amazônia, a rede urbana, até os anos de 1960, tinha
o padrão espacial dendrítico, comandada por Belém. As transformações verificadas a partir de
1970 introduziram maior complexidade à rede urbana, originando novos padrões espaciais não
mais definidos pela rede fluvial nem por ligações exclusivas com a capital paraense. Assinale a
alternativa que apresenta de modo correto a hierarquia de centros e metrópoles existentes na
Região, de acordo com a classificação do IBGE.
(A) Centros sub-regionais, centros regionais e metrópole global.
(B) Centros sub-regionais, centros regionais e metrópoles nacionais.
(C) Centros sub-regionais, centros regionais e metrópoles regionais.
(D) Centros regionais, metrópoles regionais e metrópoles nacionais.
(E) Centros sub-regionais, metrópoles regionais e metrópoles nacionais.
04 Com relação ao conceito de "rede urbana", assinale a afirmativa CORRETA:
(A) Constitui um sistema integrado de cidades formado exclusivamente pela infraestrutura de
transporte, energia e informação.
(B) Apresenta-se como um conjunto de cidades interdependentes com um núcleo urbano cen-
tral que articula as atividades econômicas entre elas.
(C) Define um sistema integrado de cidades formado por uma realidade material (rede técnica)
e outra imaterial (rede social).
(D) Representa um conjunto de cidades com um sistema integrado a partir dos eixos centrais
de distribuição de mercadorias.
05 Sobre a rede urbana do Brasil, assinale o que for correto.
01) O Norte e o Nordeste são desarticulados, com poucas cidades importantes, pequena ma-
lha rodoviária e baixa densidade urbana e industrial.
02) A rede urbana do Nordeste tem carência de portos, indústrias, rodovias e aeroportos, prin-
cipalmente na área litorânea onde se encontram cidades como Salvador e Recife.
04) A terceira mais importante rede urbana está no Centro-Oeste devido às influências de
Brasília, e possui boa articulação entre as grandes cidades da região, grande malha rodo-
viária e alta densidade urbana e industrial.
08) O Sudeste é a região brasileira mais importante quanto à rede urbana, porque possui as
maiores e principais cidades e é bem articulada, pois é integrada por rodovias, aeroportos,
portos, ferrovias e infovias.
16) A segunda rede urbana mais organizada do país está na região Sul graças a uma boa
infraestrutura de transporte e comunicação.
Soma: ( )
06 A falta de mobilidade urbana no Brasil, um problema recorrente nas grandes metrópoles do
país, vem se tornando uma questão com soluções cada vez mais difíceis. Dentre suas princi-
pais causas, podemos destacar, EXCETO:
(A) o crescimento desordenado das grandes cidades brasileiras.
(B) a precarização dos sistemas públicos de transporte urbano.
(C) as políticas urbanas e sociais que privilegiaram o uso do automóvel.
(D) a falta de investimentos públicos em políticas de mobilidade.
(E) o excesso de ciclovias e faixas exclusivas de ônibus nos grandes centros citadinos.
343
07 Considere o segmento abaixo, a respeito do Plano Diretor de uma cidade.
Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), o Plano Diretor de uma cidade
é instrumento básico de um processo de planejamento municipal para a implantação da políti-
ca de desenvolvimento urbano. Em uma sociedade desigual como a brasileira, o resultado do
planejamento urbano e a sua execução geraram uma série de insatisfações na população.
Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações abaixo, sobre os resultados da aplica-
ção do Plano Diretor como causa das demandas de mobilidade urbana.
( ) A criação de bairros funcionais, a exemplo dos comerciais, residenciais, mistos e industri-
ais, aumenta a necessidade de deslocamentos e o uso de transporte público.
( ) O desequilíbrio do uso dos equipamentos urbanos, a valorização e o uso do solo urbano
evitam a criação de centros e periferias.
( ) O estímulo ao transporte público em vias principais promove um maior deslocamento das
pessoas.
( ) O estímulo ao transporte coletivo, através de malha abrangente e rápida, evita o transporte
individual.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
(A) V - V - F - F (B) F - V - F - V (C) V - F - V - F
(D) F - F - V - F (E) V - V - F - V
08 Leia as características geográficas dos países X e Y.
País X: desenvolvido - pequena dimensão territorial - clima rigoroso com congelamento de
alguns rios e portos - intensa urbanização - autossuficiência de petróleo
País Y: subdesenvolvido - grande dimensão territorial - ausência de problemas climáticos, rios
caudalosos e extenso litoral - concentração populacional e econômica na faixa litorânea - expor-
tador de produtos primários de baixo valor agregado.
A partir da análise dessas características é adequado priorizar as diferentes modalidades de
transporte de carga, na seguinte

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