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Como será o pós pandemia para os profissionais de Gestão de Pessoas

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Como será o pós-pandemia para os profissionais de 
Gestão de Pessoas? 
 
No meio da Saúde, há quem atribua à COVID-19 a ostentadora alcunha 
de “mal do século”. O vírus proporcionou uma intensa ruptura social, com 
milhões de casos confirmados em escala global, milhares de mortes, e 
significativas mudanças à rotina, como a implantação de uma quase 
interminável quarentena. E se os aspectos sociais foram abalados, 
consequentemente o mesmo panorama se estenderia ao cenário 
profissional. 
Para lidar com os impactos do novo coronavírus, diversas empresas 
precisaram se adaptar. A humanização ganhou força, assim como o 
modelo de trabalho remoto - que forçadamente aderiu à rotina de 
organizações que nunca antes sequer pensaram em adotá-lo. Mais do que 
isso, muitos negócios precisaram se reinventar para sobreviver, moldando 
novas estratégias para não perder público e manter o caixa corrente. 
Outros não tiveram a mesma sorte e precisaram optar por demissões, 
renegociações de dívidas, suspensões contratuais, reduções de salário, 
entre outros mecanismos de ultimato de sobrevivência. 
Em meio a tudo isso, nos últimos meses o protagonismo dos profissionais 
de Gestão de Pessoas deu as caras no mercado. A parte burocrática - da 
onda de cortes às adequações para as novas medidas 
provisórias anunciadas pelo governo durante a calamidade pública - nunca 
esteve tão em alta. Além disso, coube ao RH se fortalecer para cuidar do 
bem-estar de seus colaboradores, atuando ativamente na promoção da 
saúde mental (especialmente por conta dos sentimentos de 
angústia, tristeza e depressão proporcionados pelo isolamento social) e no 
desenvolvimento de cartilhas e ações preventivas contra a COVID-19. 
Todo o contexto motiva empregados e empregadores não somente a se 
perguntarem como lidar com as incertezas atuais, mas também a se 
questionarem: como será o pós-pandemia? 
Mudança de papéis para o profissional de RH após a crise 
Para Juliane Oliveira, RH Business Partner da Robert Half, consultoria 
global de Recursos Humanos, “a gestão de pessoas, que já era algo 
desafiador na sua essência, assume um novo panorama, ainda mais 
crítico e essencial, que é a gestão em meio ao caos”. A especialista 
ressalta que ninguém estava pronto para a proporção a qual o novo 
coronavírus assumiu e para todas as mudanças abruptas que foram feitas. 
Por conta disso, a exigência sobre o profissional de RH tende a aumentar. 
https://rhpravoce.com.br/posts/5-livros-de-negocios-que-vao-te-dar-bons-insights-durante-o-isolamento
https://rhpravoce.com.br/posts/mp-927-8-principais-pontos-que-podem-alterar-as-condicoes-de-trabalho
https://rhpravoce.com.br/posts/mp-927-8-principais-pontos-que-podem-alterar-as-condicoes-de-trabalho
https://rhpravoce.com.br/posts/covid-19-nossas-emocoes-podem-nos-fazer-adoecer
“O profissional de gestão de pessoas que, em suma, já tinha como 
responsabilidade ser parceiro do negócio, fazendo uma gestão eficiente 
de recursos e custos, capaz de alavancar produtividade e os resultados 
desejados, tem agora de fazer tudo isso com muito mais dinamismo, 
prontidão, flexibilidade e adaptabilidade. Não há muito tempo para ensaios 
ou longos debates. A situação demanda análises cautelosas, sim, mas, 
contudo com muito mais agilidade na resposta. Todos estão cedendo em 
alguma coisa, por isso, é importante fazermos o nosso melhor e sermos 
mais flexíveis. Ainda que decisões difíceis e duras precisem ser tomadas, 
não podemos deixar de lado a empatia e o respeito pelo próximo”, pontua 
a especialista. 
Fundador e CEO do Grupo Empreenda, consultoria empresarial, César 
Souza dá ênfase à reinvenção pela qual quem atua com gestão de 
pessoas precisará passar. Para ele, duas dimensões exigirão atenção 
especial: 
“A primeira delas é garantir a infraestrutura do funcionamento da área 
típica de RH: os processos, segurança, pagamentos, benefícios, 
remuneração, treinamento, recrutamento e seleção, cumprimento de 
legislação trabalhista, etc.. Essa área terá de funcionar com alta eficiência 
e utilizar todas as ferramentas e tecnologias já disponíveis para gestão 
desses processos e geração de informações úteis. Já a segunda 
dimensão diz respeito a contribuir para a formatação e disseminação 
da cultura da empresa que será advinda do enfrentamento dessa 
crise. O profissional de RH precisará ser mais estratégico do que nunca. 
As relações de trabalho vão mudar, a dinâmica de líderes e liderados será 
alterada, será preciso traçar o novo perfil dos profissionais do futuro, 
dentre outras ações contributivas na transformação cultural que está a 
caminho”, salienta. 
Juliane acrescenta que a capacidade de se adaptar ao “novo normal” será 
fator determinante para as empresas sobreviverem à pandemia e ao pós-
crise. Além disso, as áreas deverão atuar com maior sinergia em um 
trabalho mais cooperativo e sincronizado. “Tudo isso, liderando pelo 
exemplo, pois de nada adiantará implantar novas ações se o gestor não 
viver o que prega”. 
Novas demandas, capacidades e desafios surgirão 
Segundo Souza, o RH terá que ser menos cosmético e mais substantivo 
em suas ações. Para ele, não há mais espaço para o trabalho “feijão com 
arroz” e para que as portas do futuro sejam abertas será obrigatório o 
desprendimento do passado. O CEO lista os novos desafios que a gestão 
de pessoas precisará superar: 
https://rhpravoce.com.br/posts/reinvencao-e-o-futuro-do-trabalho-vamos-fazer-parte-dessa-nova-era
https://rhpravoce.com.br/posts/desafios-para-gestao-do-beneficio-saude-pos-covid-19
https://rhpravoce.com.br/posts/como-manter-a-motivacao-e-encarar-o-novo-normal-do-ritmo-de-trabalho
 Lidar com um contingente maior de pessoas que serão 
desligadas; 
 Aumentar a eficiência de custos operacionais, de back office 
e custos de gestão de saúde, por exemplo; 
 Cuidar com maior atenção do clima organizacional; 
 Estimular a cultura de inovação, que será extremamente 
necessária; 
 Atuação na linha de frente do negócio. 
Já de acordo com Juliane, “não sabemos o que acontecerá e não temos 
garantias, mas quem conseguir responder ao momento com soluções 
inovadoras e virtuais, e demonstrar uma adaptação constante, certamente 
sairá à frente e terá mais chances de estar bem quando toda a situação 
se acalmar”. A profissional da Robert Half crê que resiliência, 
criatividade, gratidão, empatia e gentileza são tendências a serem 
mantidas no pós-pandemia. Já vivíamos numa era tecnológica, digital, o 
que está sendo intensificado pela pandemia. Acredito que isso só vem a 
mostrar que é possível, sim, facilitar e desburocratizar as coisas, e que é 
isso dependente de foco e boa vontade. Contudo, acredito que para as 
coisas da vida, nada como o contato humano. Quando tudo passar, vamos 
querer passear, viajar, ir a restaurantes, fazer festas, ver gente”, diz. 
E quem cuida do RH? 
Por mais que o RH tenha a responsabilidade de cuidar dos colaboradores 
e proporcionar a eles bem-estar, jamais podemos cair no esquecimento de 
que quem está por trás da gestão de pessoas também precisa de 
cuidados. Para ajudar esses profissionais a não sucumbirem 
emocionalmente em meio à turbulência, na véspera do Dia do 
Profissional de Recursos Humanos (03 de junho), a psicóloga Sabrina 
Amaral, da Epopéia Desenvolvimento Humano, que soma 20 anos de 
experiência em Recursos Humanos, elaborou seis dicas para ajudar o 
profissional de RH a manter o equilíbrio emocional. 
1. Você não tem que dar conta de tudo 
O primeiro passo é quebrar esta atitude mental é trabalhar mais a 
autocompaixão. Pare de se cobrar tanto, de ser perfeccionista e substitua 
isso por um comportamento mais generoso consigo próprio. Não sabe 
como fazer isso? Pense como é fácil ter esta postura com as pessoas na 
empresa e faça o mesmo por você. 
2. Plantão x Prontidão 
Você não tem que estar disponível 24 horas via satélite para o Brasil e 
para o mundo. Nem conectado o tempo inteiro no WhatsApp, e-mail ou 
https://rhpravoce.com.br/posts/produtividade-em-meio-a-pandemia-a-pesquisa-de-clima-pode-ajudarcelular (ainda que seja o da empresa) para atender de bate-pronto as 
demandas da companhia. Desconecte-se, tenha um tempo para 
recarregar a ‘pilha’, cuidar da sua família e principalmente de você. Não 
confunda plantão com prontidão. Uma coisa é você responder 
prontamente, em horários e tempo adequados, outra coisa é cair em 
tentação e checar o celular a cada cinco minutos como se você pudesse 
salvar o mundo pelo fato de estar ali 100% disponível. 
3. Fuja da infodemia 
A infodemia é um neologismo para descrever o fenômeno da pandemia de 
informações excessivas - sem mencionar o surto de Fake News - que 
estamos experienciando. Geralmente os profissionais de RH acabam 
aceitando solicitações de amizade dos funcionários da empresa no seu 
perfil pessoal nas redes sociais, mesmo que, muitas vezes, a relação com 
esta pessoa seja apenas de trabalho. Com isso, seu perfil acaba se 
tornando uma extensão do seu papel como RH. A dica aqui é: preservar-
se um pouco mais. Você pode, por exemplo, deixar de seguir esse pessoal 
e sair do radar deles. 
4. Use a internet a seu favor 
Há sites confiáveis fazendo um compilado de todas as informações que o 
profissional de RH precisa saber sobre pandemia, legislação, cuidados, 
entre outros. Tudo isso lhe permite ganhar tempo e receber a informação 
de forma menos fragmentada. A Epopéia criou uma tabela com os tipos 
do DISC e a gestão do home office, um material para gestores poderem 
endereçar questões comportamentais mais facilmente mantendo a 
produtividade dos seus times. 
5. Juntos somos mais fortes 
Lembre-se: você não está sozinho nesta jornada. Existem outros 
profissionais da área passando pelas mesmas questões que você neste 
momento. Que tal compartilhar boas práticas, tirar dúvidas, fazer 
pesquisas, trocar experiências ou mesmo promover um bate papo para 
desabafar? 
6. Se precisar, peça ajuda 
Falar sobre suas vulnerabilidades é libertador. Portanto, se você não 
encontra este apoio na empresa para a qual trabalha, na sua rede de 
relacionamentos ou na família, procure por um terapeuta de sua confiança. 
Em muitos casos, poucas sessões podem fazer toda a diferença para se 
reequilibrar e, assim, ajudar muito mais gente. 
 
http://epopeia.com.br/downloads/

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