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Direito Penal I - caso concreto - aula 5

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
Graduação em Direito – 2º Período 
 
Disciplina: Direito Penal I - CCJ0007 
Turma: 3006 
Professora: Milay Adria Ferreira Francisco 
Aluna: Gabrielle Henrique Cordeiro 
Matrícula: 201807214991 
 
 
CASO CONCRETO – AULA 5 
 
 
Questão discursiva. 
 
No dia 20 de março de 2016, por volta de 23h25min, na Estrada Ademar Ferreira 
Torres, 230, na cidade do Rio de Janeiro, Carlos agindo de forma livre e consciente, 
mediante grave ameaça exercida por palavras de ordem e pelo emprego de arma de 
fogo, subtraiu, em proveito próprio, coisa alheia móvel, consistente em bens de 
propriedade de Abelardo, dentre os quais um veículo GM Cruze, cor preta, placa XYZ 
0000, um aparelho de telefone celular e documentos pessoais. Dos fatos, Carlos restou 
denunciado como incurso nas penas do art. 157, §2º, incisos I, do Código Penal, todavia 
a sentença julgou parcialmente procedente a pretensão punitiva estatal e condenou o 
denunciado Carlos pela prática da conduta típica prevista no artigo 157, § 2º-A, do 
Código Penal por força da alteração legislativa ocorrida no referido dispositivo pela 
Lei n.13.654, de 23 de abril, de 2018. 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre lei penal no tempo, responda de 
forma objetiva e fundamentada: a decisão do magistrado ao adotar a nova lei quando 
da aplicação da sentença está correta? 
 
Resposta: Não, pois a nova lei é mais prejudicial que a anterior, vigente no tempo do 
crime, desta forma não será possível que a lei atual retroaja para atingir fatos anteriores 
a sua vigência. Isto, porque, o art. 157, § 2º, I do CP, previa o aumento de pena de 1/3 
a 1/2, enquanto a lei atual prevê um aumento de 2/3 no art. 157, § 2º-A. 
 
 
 
 
 
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Questão objetiva. 
 
Em razão do aumento do número de crimes de dano qualificado contra o patrimônio da 
União (pena: detenção de 6 meses a 3 anos e multa), foi editada uma lei que passou a 
prever que, entre 20 de agosto de 2015 e 31 de dezembro de 2015, tal delito (Art. 163, 
parágrafo único, inciso III, do Código Penal) passaria a ter pena de 2 a 5 anos de 
detenção. João, em 20 de dezembro de 2015, destrói dolosamente um bem de 
propriedade da União, razão pela qual foi denunciado, em 8 de janeiro de 2016, como 
incurso nas sanções do Art. 163, parágrafo único, inciso III, do Código Penal. 
Considerando a hipótese narrada, no momento do julgamento, em março de 2016, 
deverá ser considerada, em caso de condenação, a pena de: 
 
a) 6 meses a 3 anos de detenção, pois a Constituição prevê o princípio da 
retroatividade da lei penal mais benéfica ao réu. 
b) 2 a 5 anos de detenção, pois a lei temporária tem ultratividade gravosa. 
c) 6 meses a 3 anos de detenção, pois aplica-se o princípio do tempus regit actum 
(tempo rege o ato). 
d) 2 a 5 anos de detenção, pois a lei excepcional tem ultratividade gravosa. 
 
Resposta: É a alternativa B.

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