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MODELO Contestação Trabalhista

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EGRÉGIO JUÍZO DA ____ VARA DO TRABALHO DE _____________ 
 
 
Autos n. _________ 
 
 
 
 
EMPRESA, já qualificada nos autos da Reclamação Trabalhista que lhe 
promove LUÍS ANÍBAL, por intermédio de seu procurador judicial adiante subscrito 
(instrumento de mandado incluso), vem com as reverências de estilo, com fulcro no artigo 847, 
da CLT, apresentar CONTESTAÇÃO, nos termos dos substratos fáticos e jurídicos a seguir: 
 
 
 
1 BREVE SÍNTESE DOS FATOS 
 
O reclamante, Luís Aníbal, alega na exordial ter sofrido, em 02/01/2015, um 
acidente durante prestação de serviço em favor da empresa de telefonia e internet. O fato teria 
ocorrido durante uma instalação em um poste, localizado em frente à residência do cliente, onde 
o mesmo teria caído da escada, resultando em uma fratura em sua perna. 
Somente em 04/01/2020 decidiu por ingressar com a deferida Reclamação 
Trabalhista em desfavor à Empresa de Telefonia e Internet, reivindicando danos morais, 
materiais e estéticos. Além de dupla violação de seus direitos, em razão da falta de Equipamento 
de Proteção Individual (EPI’s), tal como afronte ao Princípio da Dignidade da Pessoa Humana. 
Compete ressalvar que o contrato de trabalho do Reclamante permanece em 
vigor. 
Os eventos narrados acima, notoriamente não coincidem com a realidade dos 
fatos, conforme será demonstrado. 
 
2 PREJUDICIAL DE MÉRITO 
 
2.1 Da prescrição quinquenal 
 
A Constituição federal, em seu art. 7º, previu a expressamente o prazo 
prescricional à Ação Trabalhista, nos seguintes termos: 
 
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, 
além de outros que visem à melhoria de sua condição 
social: 
(...) 
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de 
trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os 
trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a 
extinção do contrato de trabalho; 
 
Sobre a mesma matéria dispõe o artigo 11, da Consolidação das Leis do 
Trabalho: 
 
Art. 11. A pretensão quanto a créditos resultantes das relações 
de trabalho prescreve em cinco anos para os trabalhadores 
urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do 
contrato de trabalho. 
 
Ou seja, não há que se falar em viabilidade de análise de verbas trabalhistas 
de mais de 5 anos: 
 
REENQUADRAMENTO – PRESCRIÇÃO TOTAL – O 
enquadramento do empregado em plano de cargos e salários 
constitui ato único do empregador, sendo passível de prescrição 
total, conforme orientação traçada pela Súmula 275, II, do TST. 
Ajuizada a ação quando já ultrapassados mais de cinco anos 
das lesões aduzidas, impõe-se declarar fulminados pela 
prescrição os direitos reivindicados pela autora. Recurso 
improvido, no aspecto (Processo: RO – 0001590-
76.2015.5.06.0007, Relator: Milton Gouveia da Silva Filho, Data 
de julgamento: 24/01/2018, Segunda Turma, data da assinatura: 
25/01/2018). 
 
Requer, portanto, o reconhecimento da prescrição quinquenal dos pedidos, 
com fundamento no artigo 7º, inc. XXIV, CFRB/88 e artigo 11 da CLT, com a extinção do 
processo com resolução do mérito sobre esses pedidos. 
 
 
3 DEFESA DE MÉRITO 
 
A Reclamada impugna todos os fatos articulados na inicial, esperando a 
IMPROCEDÊNCIA DA RECLAMAÇÃO PROPOSTA , pelos seguintes motivos: 
 
3.1 Da não ocorrência do dano moral 
 
No caso em questão não há o que se falar em danos morais em face à situação, 
tendo em vista que, o dano moral é caracterizado quando, de alguma forma, no ambiente de 
trabalho, ocorra ofensa a honra, a intimidade ou a imagem do empregado. Logo os fatos 
narrados pelo Reclamante não condizem com tais exemplificações. 
Uma vez que, em momento algum, houve ofensa à honra, intimidade ou 
imagem do Reclamante. Não ocorreu invasão à privacidade do mesmo, bem como, sua vida 
privada não foi afetada pelo fato relatado. 
O art. 5º, inciso X, da Constituição Federal, exemplifica situações em que é 
devida indenização pelo dano moral, e assim, se observa que não há comparações a serem feitas 
em favor do Reclamante. Vejamos: 
 
“X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a 
imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo 
dano material ou moral decorrente de sua violação;” 
 
Isto posto, certifica-se que não ocorreu, contra o Reclamante, nenhuma 
violação das figuras mencionadas. Portanto, é indevido ao mesmo, o pagamento de Indenização 
por Danos Morais pleiteado na inicial. 
 
3.2 Da não ocorrência do dano estético 
 
Os danos estéticos são considerados uma subcategoria inserida em danos 
morais, estima-se determinada violação à integridade física e à imagem da vítima, ainda que se 
tratando de tema totalmente amplo e sem demarcação. Isto é, para inferir tal dano, espera-se 
que a vítima venha a ter sofrido tal acontecimento que a tenha prejudicado fisicamente, tal fato 
que, venha a caracterizar uma lesão à sua imagem, à sua autoestima. 
O Reclamante alega ter sofrido lesão na perna, com isso, confirma-se que a 
lesão sofrida não tem qualquer vinculação com a descrição de dano estético. É clara a intenção 
do Reclamante de obter para si vantagem, enriquecimento ilícito. Consideremos o 
indeferimento do próprio TST: 
 
AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. AÇÃO 
INDENIZATÓRIA. (...). DANOS MORAIS E ESTÉTICOS. 
CARÁTER PUNITIVO-COMPENSATÓRIO. (...) AGRAVO 
DESPROVIDO. 
1. Apesar do subjetivismo que envolve o tema, uma vez que não 
existem critérios pré-determinados para a quantificação do 
dano moral e estético, o Superior Tribunal de Justiça tem se 
posicionado no sentido de que a indenização deve ser estabelecida 
em patamar suficiente para restaurar o bem-estar da vítima e 
desestimular o ofensor a repetir a falta, sem importar em 
enriquecimento ilícito do ofendido. 
(...) 
3. Agravo interno desprovido. 
 
3.3 Do equipamento de proteção individual (EPI) 
 
Conforme disposição da Consolidação das Leis do Trabalho, é dever do 
empregador fornecer, de maneira gratuita, ao empregado, todo o Equipamento de Proteção 
Individual (EPI), em favor da manutenção da segurança do trabalhador. 
 
“Art. 166 - A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, 
gratuitamente, equipamento de proteção individual adequado ao 
risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, 
sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa 
proteção contra os riscos de acidentes e danos à saúde dos 
empregados.” 
 
Com base nisso, a Empresa Reclamada reconhece e cumpre tal dever, 
oferecendo, gratuitamente, a todos seus funcionários, de atuação semelhante ao Reclamante, 
todo o equipamento necessário para proteção individual e, ainda, coletiva. Prezando sempre 
pela segurança e dignidade do serviço de cada funcionário. 
Por conseguinte, a Reclamada requer que sejam juntados e apurados os 
devidos documentos os quais comprovam o recebimento de tais equipamentos de segurança por 
cada funcionário, em especial, o Reclamante. Constando-se estes de data, hora e categoria de 
qual instrumento de proteção foi utilizado pelo Reclamante em favor de sua seguridade no 
ambiente de trabalho. 
Restando comprovado, pois, que a Empresa desempenha com excelência sua 
função de segurança em favor do Reclamante, desde o início do contrato de trabalho até os 
atuais dias de labor. 
Portanto, não há o que se falar em falta do Equipamento de Proteção 
Individual (EPI), visto que, resta-se comprovado que a Empresa Reclamada não veio a falhar 
nesta obrigação trabalhista em momento algum. 
 
3.4 Da não violação ao Princípio da dignidade da pessoa humana 
 
O Princípio da dignidade da pessoa humana é um valor moral e espiritual 
inerente à pessoa, ou seja, todo ser humano é dotado desse preceito, e tal constitui o princípio 
máximo do estado democrático de direito, em conformidade com o artigo 1º, III, da CF/88. 
O objetivo de tal princípio é garantir ao cidadão uma vida digna, epunir 
corretamente aqueles que o infringirem. 
Destarte, é evidente que em momento algum se restou comprovado que a 
queda veio a prejudicar a dignidade humana do Reclamante, uma vez que, o mesmo veio a 
sofrer apenas uma fratura em sua perna. Com isso, não há qualquer relação do acidente com a 
manutenção ou não da dignidade do Autor desta demanda. Portanto, solicita-se à Vossa 
Excelência que indefira tal pedido rogado pela parte Reclamante. 
 
 
3.5 Da natureza subjetiva da responsabilidade em razão de acidente de 
trabalho 
 
Em se tratando de acidente de trabalho o artigo 7º da Constituição Federal, 
dispõe em seu inciso XXVIII que o empregador é obrigado a indenizar em casos de acidente 
do trabalho quando o empregador incorrer em culpa ou dolo. 
Nesse sentido, também a jurisprudência se manifesta: 
 
10006544 – ACIDENTE DE TRABALHO – INDENIZAÇÃO 
POR DANOS MATERIAIS E MORAIS – Nos moldes do 
artigo 7º, XXVIII, da Constituição Federal, a 
responsabilidade do empregador, em caso de acidente de 
trabalho, é subjetiva, ou seja, depende da existência de culpa 
ou dolo. Neste caso, o onus probandi relativo à existência de 
culpa recai sobre a parte que figura no polo ativo da demanda, 
por se tratar de fato constitutivo de seu direito, a teor do que 
prescreve o artigo 333, I, do Código de Processo Civil, c/c o 
artigo 818 da CLT. Recurso ordinário improvido por 
unanimidade. (TRT 24ª R.- RO 1093/2001 – TP – Rel. Juiz João 
de Deus Gomes de Souza – DOMS 22.03.2002). 
 
Desta feita, conforme disposto, a Reclamada nada incorreu em culpa ou dolo 
no que tange o incidente narrado, além do mais, cumpre ao autor comprovar a atitude culposa 
ou dolosa do empregador, como fato constitutivo de seu suposto direito. 
 
3.6 Dos honorários sucumbenciais 
 
Levando em consideração a inclusão do Art. 791 na CLT, requer seja o 
pagamento referente aos honorários sucumbenciais no percentual de __ % do valor fixado a 
esta causa. 
 
 
4 CONCLUSÃO 
 
Ante ao exposto 
REQUER, de Vossa Excelência 
 
4.1 Que seja reconhecida prescrição quinquenal, extinguindo o processo com 
o julgamento do mérito, com base no artigo 487, I, do novo Código de Processo Civil. 
4.2 Que haja por bem em julgar improcedente os pedidos da reclamação 
trabalhista, quais sejam: 
a) Danos morais, materiais e estéticos 
b) Falta de EPIs e afronta ao Princípio da dignidade da pessoa humana 
c) Responsabilidade objetiva 
 
Condenando o reclamante no pagamento de custas e defesas processuais. 
 
Protesta se provar o alegado por todos os meios de prova, especialmente 
juntada de documentos, depoimentos testemunhais e pessoal e perícia. 
 
Em caso de condenação, pede se a dedução e ou compensação dos valores 
comprovadamente pagos 
 
Termos em que, 
cumpridas as formalidades de praxe, 
pede-se e espera-se o deferimento. 
 
Local e data 
 
 
OAB/SP

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