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144 Re vi sã o: F ab ríc ia - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 4/ 05 /1 8 Unidade III Unidade III 7 NADO DE BORBOLETA 7.1 Histórico do nado de borboleta O nado de borboleta surgiu por uma variação do nado de peito, que era na época permitida pela regra. Os nadadores vinham utilizando nas provas do nado de peito uma braçada com recuperação pela lateral do corpo e por fora da água, o que permitia não só a eliminação da resistência para levar os braços a frente, como também a braçada mais longa, com extensão dos cotovelos e consequente maior propulsão. Como a regra não proibia tal movimento, passou a ser utilizado e atribuiu‑se ao americano Henry Myers em 1933 o marco desta mudança na recuperação da braçada (VELASCO, 1997, p. 33). As regras tiveram que ser modificadas para preservar o antigo nado de peito “clássico” deste novo estilo de nadar que vinha se destacando por ser mais rápido. Pela aparência da nova braçada, foi batizado como borboleta, inicialmente realizado ainda com a pernada de peito e, mais tarde, com a determinação de novas regras, incorporou definitivamente a pernada conhecida como “golfinhada”. 7.2 Movimentação geral do nado de borboleta e seu ensino 7.2.1 Aprendizagem da pernada do nado borboleta Apesar de o nado borboleta requerer uma força de braçada e coordenação que o costumam levar para ser o último nado a ser ensinado, a pernada do borboleta é simples e pode ser aprendida facilmente pelas crianças ainda na fase de habilidade básica de propulsão, pois utiliza movimentos ondulatórios do corpo inteiro, exercício chamado comumente de “minhoquinha”. Já para os adultos, apesar de o movimento não ser desgastante quando realizado para experimentação, há uma maior dificuldade, pois adultos se mostram mais “rígidos” em movimentações anteroposteriores da coluna, como requer esta pernada. O movimento das pernas é simultâneo e na vertical, com duas fases: fase descendente (propulsiva) e fase ascendente (recuperação). O movimento de pernas do nado de borboleta (golfinhada) imita o movimento realizado pelos golfinhos ao nadar. A movimentação ocorre a partir do quadril, sendo extensiva às pernas que permanecem juntas com joelhos semiflexionados no início da fase descendente, estendendo‑se e mantendo‑se estendidos na fase ascendente. A aprendizagem da pernada do nado borboleta pode ser feita com a execução de um movimento anteroposterior de quadril com o aluno na posição em pé. Depois o mesmo movimento será experimentado com o aluno em decúbito ventral, associando com a submersão ou na superfície. Podemos usar a forma lúdica com uso de materiais e jogos de imitação, em que o aluno irá executar a movimentação 145 Re vi sã o: F ab ríc ia - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 4/ 05 /1 8 NATAÇÃO: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS na superfície ou em conjunto com a submersão, à meia água. Materiais podem ser utilizados, como espaguetes e arcos, dispostos no plano horizontal ou vertical para estimular a execução da golfinhada. Também podemos incrementar a prática com desafios, como fazer a pernada em decúbito lateral e dorsal. Tudo isso sempre criando situações que estimulem e desafiem os alunos a praticarem a golfinhada. Usualmente, parte do trabalho deve ser realizada sem o uso da prancha, para justamente permitir uma oscilação de ombros e braços e facilitar o movimento corporal do tronco, quadris e pernas, enquanto o aluno tem pouca experiência no movimento, pois a prancha irá “travar” os braços do aluno na superfície, sem permitir que as mãos afundem, por exemplo. Logicamente, com mais experiência, o uso da prancha passa a ser uma importante referência no trabalho de pernadas de nadadores mais experientes. Uma variação bastante interessante é a realização das pernadas com os braços ao lado do tronco e não acima da cabeça. Com este “encurtamento”, reduzindo a tronco e pernas a ondulação, cria‑se uma percepção diferenciada do movimento que pode enriquecer a experiência motora do aluno. 7.2.2 Exemplos de exercícios para desenvolvimento da pernada do nado de borboleta São exemplos de exercícios: • Em pé, fora da água, executar movimentos de ondulação com braços ao longo do corpo e acima da cabeça. • Repetir a ondulação dentro da piscina, em pé. • Com espaguete colocado sobre a superfície da piscina, saltar e mergulhar (mergulho elementar), passando sobre o material. • Em pé, impulsionar o corpo e passar por cima da raia divisória (verifique se é seguro utilizar a raia desta forma). • Atravessar a piscina executando ondulações em profundidade (submerso). • Executar a pernada do borboleta na posição lateral, com o braço de cima ao longo do corpo, e o braço submerso estendido para a frente da cabeça. • Executar a pernada do borboleta em diferentes amplitudes e velocidades: longa, curta, rápida, lenta etc. 7.2.3 Posição do corpo Antes de descrevermos as diferentes ações do nado, faz‑se necessária a compreensão do movimento ondulatório do corpo que se origina na cabeça/ombros e passa pela coluna, quadris, joelhos e pés. Esta percepção se mostra como a base da execução geral do nado e sem ela se torna difícil o desenvolvimento do nado de borboleta. Portanto, quando abordarmos a pernada do borboleta, o movimento conjugado tem uma influência desde os ombros (conjugados com a braçada) até os pés. 146 Re vi sã o: F ab ríc ia - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 4/ 05 /1 8 Unidade III 7.2.4 Aprendizagem da braçada do nado de borboleta O movimento da braçada do nado de borboleta é simultâneo e apresenta duas fases: a fase aérea (recuperação) e a fase submersa (propulsiva). A fase aérea é a fase de recuperação em que os braços estão em voltando para a frente do corpo, e com as palmas das mãos voltadas para cima para trás. A fase submersa da braçada deste nado lembra a braçada do nado crawl, porém realizada simultaneamente dos dois lados, com algumas diferenças a serem detalhadas no seu aperfeiçoamento. O trabalho para o ensino da braçada do nado de borboleta pode ser feito com a vivência do movimento em pé, caminhando pela piscina enquanto realiza a circundução simultânea dos braços. Pode‑se também, ao invés de caminhar, realizar saltos na vertical no momento em que a fase da braçada corresponde à extensão de cotovelos, para evidenciar a importância desta fase no desenvolvimento do nado, como veremos a seguir na análise técnica do aperfeiçoamento. Uma maneira interessante de iniciar o movimento da braçada do borboleta durante o nado é executar a braçada de apenas um dos lados, juntamente com a pernada do nado de borboleta. Esse trabalho possibilita iniciar também a coordenação entre braçada e pernada, e, como a braçada é unilateral neste exercício, possibilita também que a respiração seja feita lateralmente, como no crawl. Isso alivia muito a sobrecarga da elevação da cabeça para fora da água, como aconteceria se a respiração fosse frontal. Quando a opção do professor for um exercício para trabalhar os dois braços, deve‑se pensar em como diminuir a sobrecarga ao nadador. Uma opção pode ser utilizar um flutuador, colocando‑o bem próximo ao quadril (terço proximal da coxa), para que a flutuação fornecida não cause uma hiperextensão da coluna. O uso do flutuador possibilita uma experimentação da braçada mais leve, aliviando o trabalho das pernas, ainda pouco eficiente nesta fase. Outra possibilidade é realizar a braçada do borboleta juntamente com a pernada do nado crawl para manter a flutuabilidade (equilíbrio) dos membros inferiores e tronco. No momento da extensão dos cotovelos, o aluno deve acelerar o batimento de pernas de crawl para facilitar o lançamento dos braços à frente, por cima da superfície,o que é bastante pesado. Uma outra forma também possível de fazer a introdução à braçada do nado de borboleta é realizar uma pernada de peito para cada ciclo de braçadas, fazendo esta pernada coincidir com o momento de extensão dos cotovelos e início da recuperação da braçada, para melhorar a potência desta realização. 7.2.5 Exemplos de exercícios para desenvolvimento da braçada do nado de borboleta São exemplos de exercícios: • Realizar a golfinhada na superfície da água com braçada do nado crawl de apenas um dos lados. Esse exercício permite a rotação do tronco, projetando o ombro para fora da água e facilitando a circundução do braço. 147 Re vi sã o: F ab ríc ia - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 4/ 05 /1 8 NATAÇÃO: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS • Executar a braçada do borboleta com a pernada do nado de peito. Esse exercício permite, devido à característica aguda da impulsão da pernada de peito, impulsionar os ombros para fora da água, facilitando a recuperação dos braços do borboleta. • Executar a pernada do borboleta alternando com braçada do mesmo nado em diferentes proporções (2x1, 3x1, 1x1 etc.). 7.2.6 Aprendizagem da respiração do nado de borboleta A respiração do nado é essencialmente frontal (mais de 95% dos nadadores), mas também pode ser feita para a lateral. A inspiração ocorre ao final do empurre até o meio da fase de recuperação dos braços e a expiração vai do início da puxada (tração) dos braços até o final da ação motora submersa. O trabalho com a respiração não requer muitos exercícios, pois se o nado de borboleta for ensinado após o ensino do nado de peito, espera‑se que o aluno já domine a movimentação necessária à respiração. Assim, pode‑se iniciar o ensino da respiração já coordenando com o movimento da braçada. No início da aprendizagem, considerando a baixa eficiência dos movimentos de braçadas e pernadas, a respiração é dificultada, geralmente ocorrendo em falta de sincronia com o momento da braçada (atrasada), fazendo com que a cabeça ainda esteja em extensão no momento em que os ombros já retornam para dentro da água. Isso gera uma maior resistência, dificultando ainda mais a progressão. Figura 108 – A pouca potência da braçada durante o aprendizado vai resultar em uma menor impulsão para frente e para cima, e consequente aumento de resistência na descida do tronco, “empurrando” água para frente especialmente ao respirar, ao invés de “mergulhando” a cada movimento de braçada 148 Re vi sã o: F ab ríc ia - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 4/ 05 /1 8 Unidade III 7.2.7 Ensino da coordenação das braçadas com as pernadas A coordenação do nado de borboleta acontece da seguinte forma: duas golfinhadas para cada ciclo de braçadas, sendo geralmente uma golfinhada na entrada das mãos na água e a outra golfinhada juntamente com a fase final da extensão dos cotovelos sob a água. Antes de chegar à coordenação do nado, pode‑se trabalhar com movimentos separados da braçada e pernada para depois integrar os dois movimentos de forma coordenada. Uma possibilidade de variação da proporção de pernadas para três, a cada ciclo de braçada, pode em alguns casos possibilitar melhor organização do movimento em fases iniciais do trabalho de coordenação. 7.3 Aspectos técnicos, aperfeiçoamento e habilidades complexas do nado de borboleta 7.3.1 Aperfeiçoamento das pernadas do nado de borboleta Como analisamos no tópico de aprendizagem da pernada, o movimento das pernas acontece a partir da continuidade do movimento ondulatório do corpo, mas, especificamente, com origem no quadril passando pelos joelhos e finalmente no tornozelo, sendo que o ponto de maior pressão ocorre no peito dos pés. Deve‑se evitar que os pés saiam da água, o que causaria perda de eficiência propulsiva da pernada do nado de borboleta. A frequência da pernada é ditada pelo ciclo de braçadas, e o ideal é que para cada ciclo ocorram duas ações de perna: a primeira pernada após a entrada dos braços na água, e a segunda na transição da fase de finalização do empurre para a fase de recuperação. Figura 109 – O aperfeiçoamento da pernada do borboleta vai incluir aspectos como coordenação, força e controle muscular e flexibilidade – note a importância da extensão do tornozelo na figura (a) para provocar uma resultante de movimento para a frente 7.3.2 Aperfeiçoamento das braçadas do nado de borboleta As fases da braçada do nado de borboleta se dividem em quatro momentos distintos a partir da posição inicial, em que os braços estão unidos e estendidos no prolongamento do ombro, tendo a cabeça entre eles. 149 Re vi sã o: F ab ríc ia - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 4/ 05 /1 8 NATAÇÃO: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS • Agarre: após a entrada das mãos na água, os braços se afastam da linha média do corpo, mantendo‑se paralelos à linha da água na posição de “Y”. Os punhos se flexionam (agarre) e as palmas das mãos são apontadas para trás, prontas para iniciar a tração. Os cotovelos flexionam‑se até 30º a 40º aproximadamente. • Tração: ocorre uma flexão dos cotovelos com as mãos e antebraços se dirigindo na direção da linha média do corpo em um ângulo de cotovelos de aproximadamente 90º. Este é um movimento que ocorre de cima para baixo como um “S”. Ao final da tração, as mãos se alinham aos ombros e os cotovelos se mantêm voltados para fora em relação à linha dos ombros, com as mãos voltadas para trás, em uma distância entre elas que pode variar dependendo do nadador (para alguns nadadores, as mãos se aproximam uma da outra, e, para outros, podem ficar na vertical dos respectivos ombros). Figura 110 – Fase de tração da braçada. Após o ponto do agarre, em que as mãos são apontadas para trás, o nadador puxa a água, afundando as mãos e flexionando os cotovelos • Empurre: os braços se dirigem para a região dos quadris com as palmas das mãos voltadas para trás, os cotovelos se mantêm afastados, ou seja, voltados para fora da linha média do corpo, e se estendem aplicando força, enquanto as mãos dirigem‑se à superfície, quando passam ao lado dos quadris. Ao terminar o empurre, as mãos saem da água aproveitando a inércia adquirida, para começar a recuperação. • Recuperação: os braços saem estendidos da água bem ao lado dos quadris num movimento de semicírculo, paralelos a linha da água com as mãos relaxadas e os polegares voltados para baixo. A entrada na água se dá com as palmas das mãos voltadas para baixo e/ou inclinadas para as laterais e com os braços alinhados na direção dos ombros. Alguns nadadores optam por recuperar os braços com ligeira flexão de cotovelos. Importante notar que junto à recuperação da braçada ocorre o movimento de extensão cervical para a cabeça ser levantada e realizar a respiração. 150 Re vi sã o: F ab ríc ia - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 4/ 05 /1 8 Unidade III A) B) Figura 111 – (a) Início da fase de recuperação, quando os braços saem da água em velocidade. O momento coincide com a respiração frontal. (b) Metade da fase de recuperação. Note que este nadador faz a opção de flexionar ligeiramente os cotovelos Figura 112 – Observe que este nadador não respirou nesta braçada. A opção em não respirar em todas as braçadas economiza energia, pois evita que parte da energia dispendida seja gasta para elevar o corpo em vez de lançá‑lo à frente Observação Assim como nos nados anteriores, diferentes autores podem adotar um detalhamento de forma específica para evidenciar certas características do nado. Maglischo (1999), por exemplo, divide as fases subaquáticas da braçada do nado de borboleta em: varredura para foraaté o agarre, varredura para dentro e varredura para cima. 151 Re vi sã o: F ab ríc ia - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 4/ 05 /1 8 NATAÇÃO: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS 1 1 1 2 2 2 3 3 3 4 4 4 5 5 5 Vista lateral Vista frontal Vista inferior 1‑2 Varredura para fora até o agarre 2‑3 Varredura para dentro 3‑4 Varredura para cima 4‑5 Liberação e saída Figura 113 – Análise da braçada do nado de borboleta de acordo com Maglischo 7.3.3 Aperfeiçoamento da respiração no nado de borboleta A frequência respiratória possui uma influência singular no desenvolvimento do nado, ela se inicia na fase de apoio e termina no final da fase de empurre, quando os braços iniciam a fase de recuperação. A cabeça já deve se dirigir para baixo, se alinhando ao corpo. Atualmente, ocorre uma variável da respiração frontal: alguns atletas optam por realizar a respiração lateralmente, parecida com a respiração do nado crawl, embora esta seja uma opção minoritária e relativa à adaptação pessoal. Figura 114 – A respiração do nado de borboleta é predominantemente frontal e deve ser coordenada com uma boa finalização da braçada, para permitir a elevação da cabeça acima do nível da superfície 152 Re vi sã o: F ab ríc ia - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 4/ 05 /1 8 Unidade III • Dica 1: o nado de borboleta geralmente é o último dos nados formais a ser aprendido, pois possui ações motoras de grande monta. Muitos adultos que aprendem a nadar tardiamente nem executam o nado de borboleta devido à sua complexidade. Muitas crianças, mesmo que tenham aprendido a nadar desde a primeira infância, somente executam o nado de borboleta corretamente após os 10‑12 anos. • Dica 2: o uso de nadadeiras pode auxiliar no aprendizado do nado, mas não devem ser utilizadas sem critério ou supervisão do professor, pois podem causar cãibras ou outros acometimentos que podem causar pequenas lesões das articulações de membros inferiores quadril ou mesmo na coluna. 7.3.4 Exemplos de educativos para o nado de borboleta São exemplos: • Realizar o nado com a braçada alternada, ou seja, um braço de cada vez com ou sem o auxílio de nadadeiras. A respiração pode ser realizada de diferentes maneiras: realizar nas braçadas pares ou ímpares. • Uma variação seria realizar uma braçada com cada braço, depois, em sequência, executar uma braçada normal, ou seja, com os dois braços ao mesmo tempo. Pode‑se também variar para duas braçadas de cada lado, e duas completas, de acordo com a característica que se deseja trabalhar. A respiração pode ser realizada, por exemplo: uma respiração a cada braçada única e não realizar a respiração na braçada dupla ou ao contrário, não realizar respiração nas braçadas individuais e realizar a respiração na braçada dupla. • Realizar duas a três ondulações e, subsequentemente, um ciclo de braços e pernas com ou sem respiração. • Para nadadores de maior domínio motor: realizar as fases submersas, mas fazer a recuperação de braços submersa, mantendo a frequência ondulatória do nado com a respiração. Pode se realizar com os dois braços ou com um braço de cada vez. Também é possível se realizar o movimento com um braço de cada vez sem a respiração e depois realizar um ciclo completo normal do nado com a respiração. O inverso também é possível, realizar a respiração em cada movimento único de cada braço e recuperação aérea, e no movimento completo não se realiza a recuperação aérea. Estes exercícios podem ou não serem realizados com o auxílio de nadadeiras, dependerá dos objetivos e possibilidades motoras do nadador com a avaliação do professor/treinador. 7.4 Saídas do nado de borboleta A saída do nado de borboleta é a mesma em suas fases de preparação e voo, antes da entrada na água. Após a entrada na água, o nadador realizará a movimentação específica ao perceber a desaceleração após o impulso da borda e então iniciará a ação de pernas ainda submerso, antes de iniciar o ciclo de braços. Após começar a ação de braços, o nadador deverá iniciar o ciclo 153 Re vi sã o: F ab ríc ia - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 4/ 05 /1 8 NATAÇÃO: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS respiratório após o primeiro ciclo de braços e pernas para minimizar a desaceleração, por isso a dificuldade dos iniciantes em executar o nado dentro de parâmetros plausíveis de execução do nado como citado anteriormente. 7.5 Viradas do nado de borboleta Similarmente à virada do nado de peito, o toque na parede deve ser realizado com ambas as mãos ao mesmo tempo. A virada do corpo ocorre da mesma forma e durante o deslize o nadador deve perceber a desaceleração após o impulso da borda e então iniciar a ação de pernas ainda submersa, antes de iniciar o ciclo de braços. 7.6 Regras do nado de borboleta Segundo a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos, as regras do nado de borboleta são as seguintes: SW 8.1 – A partir do início da primeira braçada, após a saída e em cada volta, o corpo deve ser mantido sobre o peito. Não é permitido ficar na posição de costas em nenhum momento, exceto quando da volta, após o toque na parede é permitido girar de qualquer maneira, quando deixar a parede o corpo deve estar na posição sobre o peito. SW 8.2 – Ambos os braços devem ser levados simultaneamente à frente por sobre a água e trazidos para trás simultaneamente por baixo da água durante todo o percurso, conforme SW 8.5. SW 8.3 – Todos os movimentos para cima e para baixo das pernas devem ser simultâneos. As pernas ou os pés não precisam estar no mesmo nível, mas não podem alternar um em relação ao outro. O movimento de pernada de peito não é permitido. SW 8.4 – Em cada virada e na chegada, o toque deve ser efetuado com ambas as mãos separadas e simultaneamente, acima, abaixo ou no nível da superfície da água. SW 8.5 – Após a saída e na volta, ao nadador é permitido uma ou mais pernadas e uma braçada sob a água, que deve trazê‑lo à superfície. É permitido ao nadador estar completamente submerso até uma distância não maior do que 15 metros após a partida e após cada virada. Nesse ponto, a cabeça deve quebrar a superfície. O nadador tem que permanecer na superfície até a próxima volta ou final (CBDA, 2017, p. 11). 154 Re vi sã o: F ab ríc ia - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 4/ 05 /1 8 Unidade III 8 PLANEJAMENTO DE AULAS E TREINAMENTO 8.1 Planejamento de aulas de natação Todo ensino deve ser organizado e sistematizado, e com a natação não é diferente, pois envolve um processo de aprendizagem que deve ser, antecipadamente, planejado. O planejamento é a ação do professor que antecede uma aula. É o momento em que ele irá elaborar planos de ensino, planos de aula, cronogramas, planilhas de treinamento adequados para o aluno e para as turmas. Para elaborar um planejamento adequado ao ensino, devem ser observados, inicialmente, os elementos envolvidos no ensino da natação. O primeiro elemento a ser observado são as características do aluno. Precisamos saber quem é este aluno com relação aos níveis de desenvolvimento e estágios de aprendizagem em que ele se encontra e verificar seu momento atual com relação aos aspectos do comportamento (físico, motor, cognitivo, afetivo e social). Devemos compreender seus sentimentos, como o medo e a ansiedade; observar seus movimentos; verificar como ele reage nas atividades em grupo, dentre outros detalhes importantes. Assim, o plano de atividades fará sentido e irá atender aos interesses e às necessidades dos alunos, motivando‑os e incentivando a prática. É preciso que o professor tenha conhecimentoteórico e prático sobre a natação. A teoria, para dar subsídios que fundamentem seu trabalho. A prática, para facilitar sua compreensão acerca das dificuldades que os alunos podem apresentar no decorrer do processo de ensino aprendizagem e para saber como agir em situações que exigem vivência efetiva em atividades aquáticas, como na prevenção de acidentes. Outro elemento a ser observado antes do planejamento é o local onde as aulas serão realizadas. Primeiro, deve‑se conhecer os recursos físicos e materiais disponíveis. Também é preciso saber sobre a organização do local e os cuidados necessários antes, durante e após o uso dos recursos disponíveis. Também cabe ao professor conhecer, respeitar e fazer com que os alunos respeitem os horários de aula e utilização da piscina e materiais. Sobre a piscina, é primordial verificar suas dimensões (tamanho, profundidade), como a água é tratada e sua temperatura. Algumas atividades não deverão constar no planejamento se o local não for adequado à prática delas. Por exemplo, se a piscina for profunda, não há como realizar um jogo que os alunos realizariam em pé. Ainda com relação ao local, precisamos considerar a instituição onde as aulas de natação acontecem e se elas pertencem à área escolar ou não escolar. Na área escolar, o planejamento deve levar em consideração o projeto pedagógico da escola, que por sua vez deve estar pautado nas Leis Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) e de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) da Educação Física. Caso a natação na área escolar esteja inserida na aula de Educação Física prevista na grade curricular, ela fará parte do conteúdo de dois blocos: esporte e conhecimento sobre o corpo. Neste caso, a natação deve fazer parte no Plano de Ensino da disciplina de Educação Física. Outra forma de inserção da natação no meio escolar é a escolinha de esportes. Neste caso, ela é considerada atividade extracurricular, ocorrendo fora do período de aulas do aluno. Sendo assim, 155 Re vi sã o: F ab ríc ia - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 4/ 05 /1 8 NATAÇÃO: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS seu planejamento será feito separadamente da Educação Física da grade curricular, sendo necessário somente verificar o calendário letivo para que não ocorram conflitos de datas ao realizar um evento, como um Festival de Natação, por exemplo. Fora da área escolar, a natação é realizada em academias, clubes públicos e particulares, associações, ONGs (Organizações Não Governamentais), hospitais, universidades e condomínios. Neste caso, o planejamento deve levar em consideração os regimentos e as diretrizes do próprio local em que está inserida ou, se for o caso, do órgão representativo, como o exemplo dos clubes públicos que estão vinculados às Secretarias de Esporte. O planejamento das aulas de natação deve ser elaborado para atender a objetivos e conteúdos a serem atingidos e trabalhados a longo prazo (bimestral, trimestral, semestral ou anual) ou a curto prazo (semanal, diário). Para o planejamento a longo prazo, são elaborados os planos de ensino e/ou um cronograma de atividades. No meio escolar, são elaborados planos de ensino, principalmente se a natação estiver inserida como conteúdo nas aulas de Educação Física. A escola pode solicitar um plano de ensino nos mesmos moldes solicitados nas disciplinas convencionais teóricas. Um plano de ensino geralmente é composto pelos seguintes itens: • Objetivo geral: objetivo a ser alcançado a longo prazo (exemplo: um ano). • Objetivo específico: objetivos a serem alcançados num prazo menor (exemplo: um bimestre). • Conteúdo: temas, assuntos a serem desenvolvidos. • Estratégia: como os temas serão desenvolvidos nas aulas; quais recursos serão utilizados (recursos físicos e materiais). • Avaliação: como o processo de ensino será avaliado (forma e frequência das avaliações; níveis de ensino). O planejamento a longo prazo pode ser realizado de forma menos detalhada. Neste caso, pode ser elaborada uma planilha constando as atividades previstas (conteúdos das aulas), organizadas de acordo com os níveis de ensino da natação. Pode ser incluído um objetivo a ser atingido em cada nível e também algumas estratégias de ensino. A classificação em níveis é muito importante para a identificação do estágio de aprendizagem em que o aluno se encontra. Nesta classificação devem ser apresentadas, de forma clara e objetiva, quais as habilidades o aluno deve “dominar” em cada um dos níveis. Para facilitar o trabalho do professor e tornar mais fácil a comunicação com o aluno sobre o nível em que ele se encontra, podemos utilizar cores e símbolos. Costuma‑se utilizar imagens de peixinhos e outros animais aquáticos. A estratificação a ser utilizada para determinar os diferentes níveis pode variar de uma instituição para outra, ou ainda apresentar variações quando necessário para, por exemplo, acomodar um excesso de alunos de um nível ou de outro, em uma piscina cheia. Exemplificação de um quadro de acordo com os níveis de ensino: 156 Re vi sã o: F ab ríc ia - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 4/ 05 /1 8 Unidade III Quadro 5 – Exemplo da divisão das fases de aprendizagem de natação. Esta escolha se baseia no ambiente disponível para prática, características dos alunos e propostas da equipe pedagógica Nível de ensino Habilidades Símbolo Adaptação ao meio aquático Entrar na piscina; movimentar‑se andando, correndo e saltando, colocar o rosto na água, bloqueio da respiração Conchinha Iniciação à aprendizagem Flutuação, propulsão e controle respiratório Caranguejo Aprendizagem dos nados I Nadar crawl e costas Peixinho Aprendizagem dos nados II Nadar peito e borboleta Golfinho Aprendizagem das saídas e viradas Realizar as saídas e viradas dos nados ventrais e nado costas Foca Aperfeiçoamento dos quatro nados, saídas e viradas Melhora da técnica de movimentos dos quatro nados, saídas e viradas Tubarão Treinamento Melhora do rendimento nos quatro nados Tubarão com medalha O quadro anterior trata‑se apenas de um exemplo. Ele pode e deve ser modificado para atender às necessidades do professor de acordo com as especificidades do local, objetivos que se deseja atingir, fatores individuais, dentre outros parâmetros importantes de serem considerados. Também outros itens podem ser incluídos como datas especiais de “aulões” e festivais; objetivos a serem alcançados em cada etapa, formas de avaliação. Enfim, esta planilha deve de fato atender a tudo que se refere à organização e programação das atividades da natação. Uma vez feito o planejamento a longo prazo, o professor deve elaborar os planos de aula de natação. Toda aula de natação deve ter, pelo menos, três partes: aquecimento, parte principal e relaxamento. Cada uma delas deve ser planejada a fim de atender aos objetivos a que se referem. • Aquecimento (5 a 10 minutos): visa ao contato inicial entre professor e aluno; a acolhida; a preparação física e psicológica para a aula. Quando o aluno entra no ambiente de aula, deve ser recebido pelo professor. Esta recepção vai desde cumprimentos informais até uma atividade de acolhida, um “cumprimento coletivo”. A conduta do professor neste momento é importantíssima, pois enquanto recebe o aluno, conversa com ele, o observa, verifica como ele está física e emocionalmente. A preparação física deve promover o preparo articular e muscular. São realizados exercícios de alongamento e exercícios aeróbios que podem ser feitos respectivamente fora e dentro da piscina. A preparação psicológica consiste em chamar a atenção dos alunos para a aula. Para isso podem ser utilizados jogos, brincadeiras, atividades rítmicas ou outras atividades dirigidas e controladas pelo professor.• Parte principal (15 a 45 minutos): contempla os objetivos principais da aula. É nesta parte que são trabalhados os conteúdos referentes, por exemplo, ao aprendizado dos nados, saídas e viradas. São realizadas atividades que visam atingir os objetivos da aula. 157 Re vi sã o: F ab ríc ia - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 4/ 05 /1 8 NATAÇÃO: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS • Relaxamento ou parte final (5 a 10 minutos): visa ao encerramento da aula. Este encerramento deve ser um momento alegre, descontraído, divertido e “calmante”. Podem ser utilizados jogos, massagens, alongamentos ou outras atividades que proporcionem bem‑estar físico e psíquico. Dependendo do que foi trabalhado na parte principal da aula, podemos encerrá‑la com atividades diversas, por exemplo, quando a aula priorizou pouca movimentação ou com atividades mais relaxantes, podemos finalizá‑la com um jogo recreativo; quando na parte principal foram desenvolvidas atividades mais dinâmicas e intensas, encerramos com um alongamento e com uma música tranquila. Além da elaboração do plano de ensino ou planilha de atividades da natação, o professor deve também elaborar seus planos de aula. Eles devem conter o objetivo, o conteúdo, a estratégia e a avaliação. O objetivo indica o que se pretende alcançar com o aluno até o final da aula, ou seja, o que se espera que ocorra com o aluno até o final da aula. O objetivo é uma frase que começa com um verbo no infinitivo, por exemplo: melhorar, executar; aprender, dentre outros. O conteúdo é o tema da aula, que deve estar de acordo com o objetivo. De forma sucinta, apresenta‑se o que será desenvolvido nesta aula, por exemplo: respiração lateral. Estratégia é como a aula será administrada: divisão da aula, descrição dos exercícios, recursos físicos e materiais a serem utilizados. Na avaliação deve constar o instrumento de avaliação e como ela será realizada. Para ilustrar o assunto, vamos dar alguns exemplos de planos de aula de natação voltados às fases de adaptação ao meio aquático; habilidades básicas da natação, dos quatro nados e complexas; respiração lateral, saídas e viradas. Plano de aula I – adaptação ao meio aquático e flutuação Objetivo: fazer com que o aluno experimente o contato com a água de forma agradável e segura, e desenvolva os conceitos iniciais de flutuação e controle do corpo na água. Faixa etária: infantil (adaptar de acordo com a idade dos alunos). Conteúdo: adaptação ao meio aquático/flutuação. Estratégia Parte 1 – aquecimento: • Brinquedo cantado: “O sapo não lava o pé” – alunos sentados na borda da piscina cantarão a música enquanto batem os pés na água, molhando‑se. • Entrada na água: caminhar livremente pela piscina (para frente, de costas, na diagonal), ocupando todos os espaços; fazer o mesmo correndo e saltitando. • Corrida de estafetas: em pé, em decúbito ventral, com pranchas. Duas equipes – um de cada vez corre levando uma prancha, atravessando a piscina e retornando, 158 Re vi sã o: F ab ríc ia - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 4/ 05 /1 8 Unidade III entregando a prancha ao próximo da coluna que fará o mesmo. Ganha a equipe que terminar primeiro a prova. Parte 2 – parte principal: • Deslocar‑se pela piscina sem andar, podendo colocar os pés no chão para impulsionar‑se em um toque apenas, com ou sem prancha. • Imergir o rosto na água, prendendo a respiração, começando pela imersão da boca e, logo após, nariz e boca. • “Teste” de flutuação: começando em pé, imergir o rosto, trazer os joelhos na direção do abdome e verificar se o corpo flutua ou não. • “Barquinho”: um aluno flutua na posição dorsal, abraçando uma prancha, e o professor o conduz pela superfície até o outro lado. • “Foguetinho desligado”: em pé, assume a posição de decúbito ventral hidrodinâmico (streamline), eleva o quadril para a superfície e impulsiona‑se na borda, deslizando até onde conseguir. Parte 3 – relaxamento: • Brincadeira do “boneco de mola”: um aluno fica em pé com água na altura do tronco e braços cruzados em frente ao peito. Os demais alunos ficam em círculo a seu redor. Ao sinal do professor, por 20 segundos, este aluno continuará em pé, porém os colegas poderão desequilibrá‑lo aleatoriamente, empurrando‑o de um para o outro com cuidado, possibilitando diversão, desenvolvimento de confiança no grupo e autoconfiança. Inverter papéis para que todos possam ser o “boneco de mola”. Avaliação: observação das reações dos alunos; conversa durante e após a aula. Plano de aula II – aprendizagem dos nados crawl e costas Objetivo: desenvolver os movimentos básicos de propulsão dos nados crawl e costas. Faixa etária: adultos. Conteúdo: propulsão dos nados crawl e costas. Estratégia Parte 1 – aquecimento: 159 Re vi sã o: F ab ríc ia - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 4/ 05 /1 8 NATAÇÃO: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS • Controle respiratório e impulsão: lançar seu corpo em decúbito ventral à frente, deslizando e assumindo novamente a posição vertical para repetição do movimento, até completar uma ida e volta na piscina. Parte 2 – parte principal: • Deslocar‑se batendo pernas de crawl, com uso da prancha. • Executar movimentos da pernada do nado crawl sem uso de prancha, com braços na lateral e, depois, estendidos à frente do corpo (foguetinho). • Fazer movimentos da pernada do nado de costas com prancha e respiração frontal. • Andar fazendo movimentos de circundução alternada de braços de crawl e de costas. • Executar movimentos de circundução alternada de braços de crawl, com flutuador entre as coxas. • Usando a prancha sobre as coxas e a pernada do nado de costas, fazer movimento de circundução de braço: atravessar a piscina movimentando braço direito e retornar movimentando braço esquerdo. • Mesmo exercício anterior, movimentando dois braços alternadamente (pegada dupla). Parte 3 – relaxamento: • Massagem aquática: em pé, na água, formando duplas, um nadador realiza movimentos de percussão (“mãos fechadas”, golpeando com a região do dedo mínimo) e movimentos de caratê (dedos estendidos, golpeando com dedo mínimo e metatarsos. Avaliação: realizada durante a aula, por meio da observação e correções necessárias. Plano de aula III – aperfeiçoamento Objetivo: aperfeiçoamento dos nados crawl, de costas e de peito, iniciação ao nado de borboleta, ensino da virada olímpica (crawl). Faixa etária: adultos. Conteúdo: pernada e braçada do nado de peito, pernada do nado de borboleta. 160 Re vi sã o: F ab ríc ia - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 4/ 05 /1 8 Unidade III Estratégia Parte 1 – aquecimento: • Exercícios equivalentes aos de hidroginástica: saltos, saltitos, manejo da água com as mãos e rotação do tronco etc. • 300 m nadando medley ao contrário (exceto borboleta: 100 m crawl, 100 m peito, 100 m costas). Parte 2 – parte principal: • Com uma prancha, em decúbito ventral, o aluno executa o movimento da pernada do nado de peito. • Sem uso da prancha, com braços posicionados ao lado do corpo, o aluno realiza a pernada do nado de peito, tentando tocar o calcanhar nas mãos, que estão ao lado dos quadris. • Fazer a pernada do nado crawl e a braçada do nado de peito, respirando a cada duas braçadas. • Realizar as ondulações do nado de borboleta, sem respirar, sem prancha. Quando sentir necessidade de respirar, completar a piscina nadando crawl completo relaxadamente. Parte 3 – relaxamento (conceitos preliminares para a virada olímpica): • Em duplas, ou com ajuda do professor, inspirar, assumir a posição grupada e flutuar (bolinha).• Em trios, ou com ajuda do professor, um aluno na mesma posição grupada, flutuando, enquanto os outros alunos ficam em pé e empurram o ombro daquele em flutuação, seu tronco ou quadris, gerando instabilidade (“fritar bolinho”). Avaliação: realizada durante a aula, por meio da observação e correções necessárias. 8.2 Treinamento de natação A noção de treinamento deve ser compreendida como a possibilidade de alterar o estado físico, motor, perceptivo e psicológico do nadador. A alteração deste estado compreende aspectos e fatores próprios de cada um como: idade, sexo, objetivos, condições de treinamento e capacidade de treinamento que se altera ao longo do tempo. 161 Re vi sã o: F ab ríc ia - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 4/ 05 /1 8 NATAÇÃO: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS Os objetivos do processo sistemático do treinamento devem obedecer às aptidões individuais, as quais possuem relações com habilidades desenvolvidas ao longo do tempo, capacidade de aprendizagem e vontade própria de evoluir dentro do universo da natação. O domínio de si mesmo, a vontade e a superação estão estreitamente correlacionados com o desejo de superação própria ou mesmo podem limitá‑la. Os conhecimentos científicos e técnicos do treinamento de natação estão submetidos ao conceito da vontade do nadador em causar uma transformação, desde a infância, até a terceira idade, passando pela fase de alto rendimento. Os exercícios realizados durante um processo de treinamento, o qual pode durar muitos anos, englobam a responsabilidade do treinador em visualizar o estado atual de desenvolvimento do nadador e, independentemente do tempo que o treinador estiver trabalhando com ele, deve respeitar os estágios de sua evolução. Os meios para se alcançar o resultado, seja ele desportivo ou de qualidade de vida, precisam atender às práticas que ajudam a desenvolver o processo de evolução como um todo, verbais (compreender a informação a ser realizada), visuais (observar a si mesmo e aos outros), sinestésicos (perceber a si mesmo). Os métodos de treinamento se apresentam frequentemente como os meios para se desenvolver de modo prático em direção aos objetivos fixados a curto, médio e longo prazos. A intensidade do estímulo, sua duração e sua frequência dentro do complexo do treinamento possuem diferentes leituras ao longo do tempo; por exemplo: durante uma sessão de treinamento, um iniciante pode realizar uma ou duas vezes um determinado estímulo durante uma semana, ao passo que um nadador de alto rendimento pode fazer o mesmo entre 10 a 12 vezes na sessão, além de realizá‑lo mais vezes por semana. Como pudemos observar anteriormente, quanto mais condicionado está um nadador, mais adaptado a um regime progressivo de aumento de cargas, ele responderá de forma positiva, quer dizer, quanto mais condicionado, mais pronto ele estará a continuar sua progressão. O princípio da carga crescente, ou seja, no aumento gradativo do volume e da intensidade, precisa obedecer ao conceito de primeiro aumentar o volume e depois aumentar a intensidade. Este conceito por si só já gera as mais diferentes interpretações e revisões sobre aumento do rendimento, não cabendo aqui discutir sua validade ou veracidade em cada situação, mas sim discutir sua aplicabilidade nas mais diferentes situações encontradas diariamente pelos professores e treinadores de natação. Este princípio nos leva a adequar a exata sucessão de cargas de treinamento que levem ao nadador a obter significativos benefícios sem comprometer a sua saúde física e mental. A verdadeira eficácia do treinamento deve obedecer a esta variável que produzirá uma correta correlação entre estímulo/ carga/benefício, seja ele pedagógico, como aprender a realizar um novo nado, ou mesmo obter um resultado competitivo. A adaptação às variáveis do treinamento que mudam ao longo do tempo nos mostra quanto aquele nadador terá ou não a capacidade de chegar ao objetivo estabelecido, se ele possuirá capacidade de chegar àquele objetivo no determinado período de tempo estabelecido no programa ou se ele necessita de mais 162 Re vi sã o: F ab ríc ia - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 4/ 05 /1 8 Unidade III tempo, ou mesmo não será possível atingir aquele objeto por questões técnico/fisiológicas ou mesmo de logísticas como mudança de rotina de vida que impedem a chegar a um determinado objetivo. As bases biológicas do treinamento, ou seja, as limitações temporais do indivíduo, mostram que as condições do ensino/aprendizagem, bem como das possibilidades técnico/fisiológicas, podem estar associadas ou dissociadas. Como? O indivíduo numa determinada fase de desenvolvimento maturacional evolui de forma rápida no âmbito fisiológico, mas não da mesma maneira no âmbito cognitivo, como, por exemplo, caracteristicamente na adolescência, onde nem sempre estes dois quesitos caminham juntos. Na terceira idade já observamos outra relação das capacidades acima descritas, em que a parte cognitiva possui uma curva descendente diferente da capacidade física. Isto quer dizer que o treinador deve se utilizar dos fundamentos do treinamento desportivo adaptado a uma realidade do processo da vida humana. O treinamento para competições master são uma realidade no panorama atual da natação. Refletindo sobre as possibilidades descritas anteriormente, temos novas questões a serem discutidas. Quais as qualidades físicas deverão ser objetivadas em cada fase da vida humana relacionada ao treinamento de natação? Dentro destas possibilidades, devemos refletir sobre as principais formas de exigência física e motora: • Qualidades nas quais há a predominância da condição física (força resistência e velocidade). • Qualidades em que as habilidades motoras são predominantes (coordenação, mobilidade etc.) Estas qualidades dependem da condição em que se encontra o nadador em termos gerais, que é base para podermos prever uma evolução das partes mais específicas que possuem uma aguda inter‑relação no seu desenvolvimento. Neste momento, devemos então estabelecer as diferentes qualidades físicas no desenvolvimento pleno do treinamento do nadador. • Treinamento da resistência: de maneira geral, podemos dizer que é a capacidade de suportar a fadiga. Ela se manifesta das mais diferentes maneiras: resistência aeróbia, que abrange o corpo humano como um todo e é caracterizada pelo sistema cardiorrespiratório na atividade física de média e longa duração; resistência anaeróbia, que se caracteriza por grandes cargas de treinamento que provocam uma fadiga precoce com grande ênfase na força. Ela está intimamente ligada ao grau de condicionamento e desenvolvimento motor do nadador. • Treinamento da força: remete‑nos a esforços próximos ao limite da possibilidade máxima de esforço do nadador e deve ser treinada de maneira muito calculada e até mesmo evitada de ser apresentada a nadadores iniciantes, idosos ou portadores de alguma deficiência que impeça sua aplicação. Seu treinamento, devido ao tipo de esforço, é minuciosamente inserido para nadadores de médio para alto rendimento. As diferentes manifestações da força devem ser observadas dentro dos objetivos de curto, médio e longo prazos dentro do programa de treinamento. 163 Re vi sã o: F ab ríc ia - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 4/ 05 /1 8 NATAÇÃO: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS • Treinamento da velocidade: o conceito de velocidade na natação possui um caráter cíclico, por conta do tipo de execução de movimentos inerentes ao ato de nadar. A velocidade cíclica é a que mais reflete o cotidiano das ações motoras da natação, ela é caracterizada pela alta intensidade e curta duração. Sua treinabilidade está intimamenteligada ao potencial de expressão motora do nadador e da sua possibilidade de aprendizado das tarefas propostas ao longo de um grande período de tempo, em que o treinador irá colocar desafios de execução do ato de nadar, cada vez mais em situações de competição e domínio das diretrizes do alto rendimento. A característica individual do tipo de musculatura do nadador de possuir mais fibras de características rápida, lenta ou mista irá orientar ao longo do tempo o direcionamento do treinamento do nadador. • Treinamento da coordenação: este conceito é muito específico e se modifica ao longo do tempo, pois nas diferentes fases da vida humana ele se expressa de maneira diferenciada. Esta capacidade de realizar os movimentos com a melhor destreza possível se relaciona com a idade do nadador, suas experiências motoras anteriores, além da continuidade ao longo do tempo destes estímulos de maneira coordenada e fluida. Quanto maior a habilidade de realizar um determinado movimento ou conjunto de movimentos, o nadador ganha na economia do ato de nadar e, com isso, poderá realizá‑lo com maior intensidade ou duração. Muitas vezes, a habilidade motora se expressa precocemente, mesmo com um grau diminuto de preparação física do nadador. • Treinamento da flexibilidade: quanto maior a amplitude articular do indivíduo, maior a possibilidade de execução motora de melhor qualidade, desde que esta mobilidade não interfira na ótima execução dos movimentos. Ela pode ser treinada antes, durante e depois das atividades propostas e caberá ao treinador estabelecer o momento de melhor aplicação deste conceito. Lembrete Antes de iniciar a fase treinamento de natação se faz necessário um acompanhamento médico especializado para se saber se o aluno possui as condições necessárias de se submeter as exigências do treinamento constante, visando uma preparação de maior intensidade. Quando vamos propor uma determinada atividade ao nadador, devemos ter em mente se ele pode realizar a atividade em termos motores e fisiológicos que lhe tragam benefícios. Por exemplo, nadar 1.000 metros: • 1.000 metros contínuos. • 2 x 500 metros com um determinado intervalo. • 4 x 250 metros com um determinado intervalo. • 5 x 200 metros com um determinado intervalo. 164 Re vi sã o: F ab ríc ia - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 4/ 05 /1 8 Unidade III • 10 x 100 metros com um determinado intervalo. • 20 x 50 metros com um determinado intervalo. Estas opções de realização de uma determinada tarefa estão intimamente ligadas à capacidade que o nadador possui de cobrir estas distâncias com a melhor manutenção da técnica do nado possível, pois se durante o percurso ou ao seu final percebemos que o nadador não manteve a correta execução dos nados, estas distâncias são demasiadas longas ou impróprias para ele. O treinador deverá então reavaliar se as tarefas estão de acordo com as condições do nadador naquele momento ou período do treinamento. Quando falamos da introdução a um treinamento de maior especificidade, um iniciante pode começar com aulas duas vezes por semana com 45 minutos de duração cada, onde o volume em metros é pouco significativo, pois o objetivo é que o praticante aprenda as habilidades básicas do nadar. Com isso, ao longo dos anos, pode chegar a 10 sessões de treinamento semanais com duração de até 3 horas cada, com o volume médio de 7.000 metros por sessão. O volume de treinamento é um dos princípios básicos da periodização do treinamento de natação, e ele cresce antes de aumentarmos a sua intensidade. Um erro comum de professores e treinadores é ampliar a intensidade do treinamento antes de expandir o volume do treinamento. Devemos aprender a treinar mais na mesma intensidade (maior volume) para depois treinarmos mais intensamente. Dependendo do grau de preparação em que se encontra o nadador, o volume aumenta gradativamente de uma semana para outra, a cada três ou quatro semanas ou mesmo a cada seis meses. O que determina este aumento? Quais suas consequências? Qual o volume máximo de treinamento que se aplica a cada nadador ou grupo de nadadores? • O aumento do volume de treinamento está ligado à faixa etária do nadador, sexo, grau de preparação e objetivos (saúde ou desempenho). • As consequências do aumento do volume, desde que bem controlada, são a melhora da capacidade cardiorrespiratória e da resistência aeróbia e o aumento da força (em menor grau). • O volume de treinamento está ligado à duração da sessão de aulas ou treinamento, como nadar 1.000 metros numa aula de 45 minutos de duração, até chegar a 10.000 metros ou mais em uma sessão de treinamento de 3 horas. Quando entramos no universo da periodização do treinamento desportivo e por consequência abordamos especificamente o treinamento de natação, devemos compreender que o regimento básico é o planejamento a curto, médio e longo prazos. Dentro de cada um destes períodos existem subdivisões que são cada vez mais específicas, diretamente relacionadas a cada nadador, ou grupo de nadadores, ou às provas nadadas. Dentro destas subdivisões devemos primeiramente conhecer o nadador ou o grupo de nadadores que estamos trabalhando, sabendo especificamente quais seus objetivos, os quais podem ser a obtenção de um resultado desportivo ou ter uma melhor qualidade de vida, como emagrecimento. 165 Re vi sã o: F ab ríc ia - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 4/ 05 /1 8 NATAÇÃO: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS A planificação das atividades de curto, médio e longo prazo estão interligadas e podem se modificar ao longo do tempo devido a fatores que não temos como reger. O nadador pode mudar de objetivo, de perspectiva de vida ou mesmo acontecimentos inesperados podem facilitar ou mesmo interromper o planejamento inicial. Quando planejamos um período de treinamento, temos que, primeiramente, ter a visão de longo e curto prazos, este último conhecido como microciclo de treinamento. • Macrociclo de treinamento: significa planejar em longo prazo, normalmente de seis meses a vários anos de atividade, mesmo que depois de algum tempo o nadador possa mudar de academia, clube desportivo ou qualquer outra entidade que gere um vínculo com o professor/treinador. Neste momento, o profissional planeja a evolução do nadador de modo geral para um determinado resultado, respeitando o estado atual de preparação, seus objetivos, suas deficiências e virtudes, pensando sempre no seu futuro. Não existe a pretensão de um resultado significativo em curto prazo, e sim galgar diferentes patamares que nos levam a um objetivo futuro e mais longínquo. Esses objetivos podem mudar ao longo do tempo, dependendo de como o programa de treinamento evolui e como o nadador se comporta e reage nas diferentes situações propostas pelo treinador. O respeito pelas diferentes fases que compõem o complexo da periodização a longo prazo, sua continuidade, são primordiais na visão do plano de treinamento como um todo. As variáveis do treinamento se modificam ao longo do tempo, tendo elas, em algum período, maior ou menor importância. Este pormenor é muito importante principalmente no planejamento do desenvolvimento de crianças e adolescentes, que são muito suscetíveis às mudanças advindas do crescimento e amadurecimento. Quadro 6 – Periodização de um macrociclo de treinamento Macrociclo de treinamento Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Início Desenvolvimento Resultado Fonte: Barreto (2018). • Mesociclo de treinamento: é um planejamento de médio prazo que pode ser normalmente de duas a doze semanas de treinamento em que se planejam as diferentes atividades que podem mudar de prioridade conforme a evolução do nadador. Normalmente, existem os objetivos principais e secundáriosque se sucedem e se completam, tais como: mais ênfase no treinamento aeróbio e menor ênfase no treinamento anaeróbio; evolução das técnicas de nado em detrimento de maior intensidade do treinamento, ou então não aumentar significativamente o volume de treinamento até atingir um determinado patamar fisiológico como a perda de peso corporal. Ele possui diferentes orientações conforme o desenvolvimento ao médio prazo. — Mesociclo de base ou desenvolvimento: as cargas gerais de treinamento no geral não são muito altas, possuindo enfoque onde os objetivos estão mais equilibrados entre intensidade e melhora das técnicas de nado. 166 Re vi sã o: F ab ríc ia - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 4/ 05 /1 8 Unidade III — Mesociclo de estabilização: onde as cargas de treino adquiridas ao longo dos meses não aumentam, e sim consolidam os ganhos dos meses anteriores. — Mesociclo competitivo: as cargas de treino são altas e voltadas aos nadadores que buscam um rendimento superior. Os nadadores que buscam qualidade de vida ou estão voltados mais para a aprendizagem não se submetem a este regime muito alto de rendimento. Quadro 7 – Periodização de um mesociclo de treinamento Mesociclos de treinamento 1º Mesociclo 2º Mesociclo 3º Mesociclo 4º Mesociclo Objetivo principal Avaliação geral Desenvovimento da técnica de nados Desenvolvimento da resistência aeróbia Preparação final para obtenção doresultado Duração 2 semanas 4 semanas 10 semanas 2 semanas Fonte: Barreto (2018). • Microciclo de treinamento: onde se objetiva desde a sessão diária do treinamento até aproximadamente o trabalho a ser realizado em até duas a três semanas. Os objetivos são pontuais e de alcance imediato, pois deverá haver uma conexão diária das sessões de treinamento. Estes propósitos imediatos não podem estar dissociados dos objetivos de médio e longo prazo. Há objetivos principais e secundários a serem alcançados durante, por exemplo, uma semana de treinamento. Eles são a essência do trabalho contínuo e consciente dos rumos dos objetivos de médio e longo prazo. Os microciclos de treinamento têm o poder de mostrar, ao longo do tempo, se os objetivos de médio e longo prazo têm a possibilidade de ser alcançados. Existem os mais diferentes tipos de microciclos de treinamento. A seguir, serão citados os microciclos mais utilizados nos treinamentos: • introdutório: a intensidade do treinamento é baixa, sendo comumente utilizado no início de uma temporada; • preparatório: as cargas se subdividem entre mais intensas e menos intensas, e aparecem mais vezes durante os ciclos de treinamento. • de choque: as cargas de treinamento são muito intensas e devem ser realizadas por nadadores de maior experiência, já voltados para um resultado competitivo. • de recuperação: as cargas são maiores que os microciclos introdutórios, mas menores que os preparatórios. As sequências dos microciclos de treinamento devem ser dimensionadas ao longo de um grande período de treinamento e podem sofrer variações conforme o rendimento do nadador aumenta ou mesmo se alguma ocorrência não prevista, como doenças, causar uma interrupção na continuidade do treinamento. 167 Re vi sã o: F ab ríc ia - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 4/ 05 /1 8 NATAÇÃO: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS Quadro 8 – Periodização de um microciclo de treinamento Microciclo semanal de treinamento Dia da semana Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Domingo Objetivo Resistência aeróbia Técnica de nado Resistência anaeróbia Técnica de nado Resistência aeróbia Velocidade Descanso Intensidade Forte X Média X X X Baixa X X Fonte: Barreto (2018). • Sessão de treinamento: é a unidade básica da periodização, a qual pode ter a duração de trinta minutos até três horas ou mais dependendo do objetivo do dia do treinamento. Ela se divide basicamente em três partes: aquecimento, parte principal e volta à calma, em que todas as partes devem estar interligadas e integradas nos aspectos técnicos, fisiológicos e psicológicos. Observação Quando uma metodologia é escolhida para ser utilizada para um nadador ou grupo de nadadores, ela deve estar adequada as suas realidades momentâneas visando também a sua evolução futura. A título de ilustração, representamos a seguir dois exemplos de planejamento de treinamento, de modo a explicitar a organização, nomenclatura e designação das suas partes. Exemplos de planejamento de treinamento Exemplo 1: uma sessão de treinamento de nadador adulto, iniciante no treinamento de natação (duração de 60 minutos). Aquecimento: 200 metros nado crawl em baixa intensidade. Parte principal: • 4 x 100 metros de educativos de correção da técnica dos nados; • 8 x 50 metros com flutuador, objetivando a sobrecarga de braços, alternando entre os nados crawl e de costas a cada 50 metros; • 4 x 100 metros de trabalho de pernas utilizando prancha, com intervalo de 20 segundos a cada 100 metros em ritmo moderado alternado a cada 100 metros os nados crawl e de costas; 168 Re vi sã o: F ab ríc ia - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 4/ 05 /1 8 Unidade III • 4 x 200 metros em ritmo submáximo de aproximadamente 75% da frequência cardíaca máxima com 30 segundos de intervalo do nado crawl. Volta à calma: 200 metros de qualquer nado em ritmo suave. Total: 2.400 metros Exemplo 2: uma sessão de treinamento com nadador de 15 anos com cinco anos de experiência em treinamento e competições de nível estadual em provas de 100 metros nado de borboleta para campeonato estadual. Treino em piscina curta (semiolímpica, 25 metros). A duração da sessão é de aproximadamente duas horas. Aquecimento: 2 x 200 metros alternando em 100 em nado crawl e 100 metros em medley. Parte principal: • 5 x 100 metros de educativos de correção dos nados crawl e borboleta, além de simulações de saídas e viradas de caráter competitivo destes nados; • 12 x 200 metros nado crawl com 20 segundos de intervalo em ritmo submáximo a 85% da frequência cardíaca máxima; • 4 x 200 metros em ritmo suave, alternando 100 metros com flutuador na braçada do nado crawl e 100 metros de prancha realizando pernadas na ordem do medley; • 10 x 50 metros nado de borboleta, com intervalo de 30 segundos utilizando nadadeiras para facilitar a execução do nado em ritmo moderado; • 200 metros nado crawl ou de costas em ritmo suave; • 8 x 50 metros nado de borboleta com 1 minuto de intervalo em ritmo próximo ao realizado na prova de 100 metros nado de borboleta; • 200 metros nado crawl utilizando palmar e nadadeiras em ritmo constante. Volta à calma: 200 metros solto, qualquer nado. Total: 5.400 metros Medley é a denominação das provas individuais e de revezamento em que se utilizam os quatro nados de forma ordenada: borboleta, costas, peito e livre no medley individual; já no revezamento medley a ordem é costas, peito, borboleta e livre. Por exemplo, na prova individual 200 metros medley, o nadador percorre 50 metros de cada nado na ordem acima. Já na prova de revezamento 400 metros 169 Re vi sã o: F ab ríc ia - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 4/ 05 /1 8 NATAÇÃO: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS medley, cada nadador vai nadar 100 metros na ordem citada dos nados e, ao tocar a parede, o próximo nadador salta na água e nada sua parte da prova. Há também as provas de revezamento nado livre, em que cada um dos quatro atletas nadará ¼ da distância total da prova. Uma prova de revezamento geralmente é designada no formato 4 x “n” metros (4 x 50 metros medley, 4 x 100 metros livre etc.).Saiba mais As regras do medley podem ser consultadas sob o item SW 9 e as regras de revezamentos no item SW 10, no site da CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos): CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE DESPORTOS AQUÁTICOS – CBDA. Regras oficiais de natação 2017‑2021. Disponível em: <http://www.cbda. org.br/RegrasOficiaisNatacao2017_2021.pdf>. Acesso em: 11 mar. 2018. Quadro 9 – Medalhistas olímpicos brasileiros da natação (até Rio 2016) Medalhistas olímpicos brasileiros da natação 1920 Helsinki Tetsuo Okamoto 1.500 m livre Bronze 1960 Roma Manoel dos Santos 100 m livre Bronze 1980 Moscou Djan Madruga, Jorge Fernando, Cyro Delgado, Marcus Matiolli 4 x 200 m livre Bronze 1984 Los Angeles Ricardo Prado 400 m medley Prata 1992 Barcelona Gustavo Borges 100 m livre Prata 1996 Atlanta Gustavo Borges 200 m livre Prata 1996 Atlanta Gustavo Borges 100 m livre Bronze 1996 Atlanta Fernando Scherer 50 m livre Bronze 2000 Sydney Fernando Scherer, Gustavo Borges, Carlos Jayme, Edvaldo Valério 4 x 100 m livre Bronze 2008 Pequim Cesar Cielo 100 m livre Bronze 2008 Pequim Cesar Cielo 50 m livre Ouro 2012 Londres Cesar Cielo 50 m livre Bronze 2012 Londres Thiago Pereira 400 m medley Prata 2016 Rio de Janeiro Poliana Okimoto Maratona 10 km Bronze 170 Re vi sã o: F ab ríc ia - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 4/ 05 /1 8 Unidade III Resumo Nesta unidade foi possível analisar o nado formal mais recente, o borboleta, que nasceu justamente de variações possibilitadas pelas regras do nado de peito, ou seja, mostrando‑nos que a variabilidade – e não a estanqueidade – é uma forma riquíssima de evolução da natação, evocando respeito não somente aos quatro nados formais, mas também a manifestações diversas que transgridam movimentos pré‑formatados considerados como única execução correta. Em seguida, pudemos analisar alguns planos de aula, mostrando que o ensino e a aprendizagem ocorrem de forma paralela nas diversas aquisições, para eliminar o risco de que sequências pedagógicas monoarticuladas (somente crawl, depois somente costas etc.) sejam uma forma predominante de ensino. Ao final, apresentamos alguns conceitos sobre o treinamento da natação competitiva apenas para poder ter um primeiro contato com um universo infinito de possibilidades e demandas para as quais o profissional deve se aprimorar caso tenha curiosidade e afinidade. Não espere se tornar um professor de natação logo ao final da leitura deste livro. Serão necessárias vivências, observações, iniciativas, superações e muita dedicação, mas, ao final deste processo, você poderá ser um profissional muito especial: aquele que promove a sobrevivência no meio aquático, a alegria, o desenvolvimento e a superação de alunos que sonharam em aprender a nadar. Exercícios Questão 1. As fases da braçada do nado de borboleta se dividem em quatro momentos distintos a partir da posição inicial onde os braços estão unidos e estendidos no prolongamento do ombro tendo a cabeça entre eles. Assinale a única alternativa correta sobre a sequência destas fases do nado de borboleta. A) Agarre, tração, empurre e recuperação. B) Tração, agarre, empurre e recuperação. C) Empurre, agarre, tração e recuperação. 171 Re vi sã o: F ab ríc ia - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 4/ 05 /1 8 NATAÇÃO: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS D) Recuperação, tração, agarre e empurre. E) Recuperação, agarre, tração e empurre. Resposta correta: alternativa A. Análise das alternativas A) Alternativa correta. Justificativa: a sequência correta das fases da braçada do nado de borboleta é: agarre, tração, empurre e recuperação. B) Alternativa incorreta. Justificativa: a sequência correta das fases da braçada do nado de borboleta é: agarre, tração, empurre e recuperação. C) Alternativa incorreta. Justificativa: a sequência correta das fases da braçada do nado de borboleta é: agarre, tração, empurre e recuperação. D) Alternativa incorreta. Justificativa: a sequência correta das fases da braçada do nado de borboleta é: agarre, tração, empurre e recuperação. E) Alternativa incorreta. Justificativa: a sequência correta das fases da braçada do nado de borboleta é: agarre, tração, empurre e recuperação. Questão 2. Qual é a sequência dos estilos de nado nas provas individuais do tipo medley? 1 – Livre. 2 – Costas. 3 – Peito. 4 – Borboleta. 172 Re vi sã o: F ab ríc ia - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 4/ 05 /1 8 Unidade III Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta: A) 1, 3, 4, 2 B) 3, 4, 1, 2 C) 3, 1, 4, 2 D) 1, 4, 3, 2 E) 4, 2, 3, 1 Resolução desta questão na plataforma. 173 Re vi sã o: F ab ríc ia - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 4/ 05 /1 8 FIGURAS E ILUSTRAÇÕES Figura 1 GIRL‑2225556_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2017/04/12/19/42/ girl‑2225556_960_720.jpg>. Acesso em: 6 abr. 2018. Figura 2 INAUGURA‑PARQUE‑AQUATICO‑RC‑ME3.JPG. Disponível em: <http://www.esporte.gov.br/images/ noticias/Rio%202016/Inaugura‑Parque‑Aquatico‑RC‑ME3.jpg>. Acesso em: 6 abr. 2018. Figura 3 GIRLS‑2526556_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2017/07/21/17/47/ girls‑2526556_960_720.jpg>. Acesso em: 6 abr. 2018. Figura 4 WADISURASINGLESWIMMER.JPG. Disponível em: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/ commons/0/00/WadiSuraSingleSwimmer.jpg>. Acesso em: 6 abr. 2018. Figura 5 1024PX‑THE_NATATIO_%28SWIMMING_POOL%29_OF_THE_BATH_COMPLEX%2C_MINTURNAE%2C_ MINTURNO%2C_ITALY_%2815001117665%29.JPG. 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Figura 16 SWIMMER‑1763862_960_720.JPG. Disponívelem: <https://cdn.pixabay.com/photo/2016/10/23/18/14/ swimmer‑1763862_960_720.jpg>. Acesso em: 17 abr. 2018. Figura 17 LIFEBELT‑1641609_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2016/09/03/12/49/ lifebelt‑1641609_960_720.jpg>. Acesso em: 17 abr. 2018. 175 Re vi sã o: F ab ríc ia - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 4/ 05 /1 8 Figura 18 SWIMMING‑2569525_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2017/08/02/01/ 26/swimming‑2569525_960_720.jpg>. Acesso em: 17 abr. 2018. Figura 19 2017‑03‑23‑09‑20‑56‑725X434.JPG. Disponível em: <https://pixnio.com/free‑images/2017/03/23/201 7‑03‑23‑09‑20‑56‑725x434.jpg>. Acesso em: 11 maio 2018. Figura 20 Grupo Unip‑Objetivo. Figura 21 Grupo Unip‑Objetivo. Figura 22 SHIP‑1578528_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2016/08/08/15/08/ship‑ 1578528_960_720.jpg>. Acesso em: 11 maio 2018. Figura 23 IDNDYWNTQ5NZQ0MDVKYTY=‑0C8100ED03A6FB142203B4BCBDF810B6.JPG. Disponível em: <https:// imagebase.net/assets/cache/idNDYwNTQ5NzQ0MDVkYTY=‑0c8100ed03a6fb142203b4bcbdf810b6. jpg>. Acesso em: 11 maio 2018. Figura 24 SWIMMING‑POOL‑1229130_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2016/02/ 29/20/12/swimming‑pool‑1229130_960_720.jpg>. Acesso em: 11 maio 2018. Figura 25 2017‑06‑08‑14‑28‑31‑900X553.JPG. Disponível em: <https://pixnio.com/free‑images/2017/06/08/201 7‑06‑08‑14‑28‑31‑900x553.jpg>. Acesso em: 11 maio 2018. Figura 26 WATER‑WINGS‑781827_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2015/05/24/14/ 30/water‑wings‑781827_960_720.jpg>. Acesso em: 11 maio 2018. 176 Re vi sã o: F ab ríc ia - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 4/ 05 /1 8 Figura 27 SWIMMING‑445102_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2014/09/14/15/03/ swimming‑445102_960_720.jpg>. Acesso em: 11 maio 2018. Figura 28 BUOY‑914766_960_720.JPG. 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Figura 64 CHILD‑1351365_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2016/04/25/08/07/ child‑1351365_960_720.jpg>. Acesso em: 11 maio 2018. Figura 65 PEOPLE‑2604074_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2017/08/07/13/55/ people‑2604074_960_720.jpg>. Acesso em: 11 maio 2018. Figura 66 BRITO, C. A. F. Teoria gestáltica: uma nova concepção pedagógica. São Paulo: Phorte, 2008. p. 22. Figura 67 SWIMMING‑286211_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2014/03/12/18/26/ swimming‑286211_960_720.jpg>. Acesso em: 11 maio 2018. Figura 68 SWIMMER_ORONTES_LOUVRE_BR4454.JPG. Disponível em: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/ commons/f/fd/Swimmer_Orontes_Louvre_Br4454.jpg>. Acesso em: 11 maio 2018. 180 Re vi sã o: F ab ríc ia - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 4/ 05 /1 8 Figura 69
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