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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO DE JANEIRO/RJ
Caio, brasileiro, solteiro, RG xxx, CPF xxx, residente e domiciliado na Avenida Presidente Vargas, nº 01, Centro, Rio de Janeiro, RJ, Cep: 20.510-049, vem, respeitosamente, na presença de Vossa Excelência, através de seu advogado que esta subscreve (procuração em anexo), com fulcro nos Arts. 81 e 83 do Código de Defesa do Consumidor, apresentar
AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER CUMULADA C/ PEDIDO DE CONDENAÇÃO EM DANOS MORAIS 
Em desfavor da Assistência técnica autorizada da BLACK, pessoa jurídica, inscrita no CNPJ sob o nº 35.012.556/0051-73, localizada na Estrada dos Pinheiros, nº 100, São Paulo, SP, Cep: 22.556-89. Pelos motivos que passa a expor.
I - DOS FATOS
Caio adquiriu na data de 05/02/2019 um aparelho celular da marca Black, no valor de R$ 800,00, em 8 parcelas, no cartão de crédito Mastercard. Passados duas semanas da utilização do produto, Caio percebeu que o aparelho passou a não funcionar adequadamente, ou seja, a tela do produto apagava e acendia por inúmeras vezes, assim, não sendo possível o uso de forma plena e adequada das funções do celular. Destarte, Caio, entrou em contato com a autorizada e na ocasião a mesma após periciar o produto constatou por meio de laudo técnico que houvera um problema na fabricação do mesmo, sob o lote nº 105GXT52490PPe, que faria os reparos necessários para resolução do problema. Ato contínuo, a autorizada após o prazo de 30 (trinta) dias se manteve inerte, para conserto do aparelho telefônico, orientando Caio a procurar seus direitos.
III - DO DIREITO
A) DA EXISTÊNCIA DE RELAÇÃO DE CONSUMO
É indiscutível a caracterização de relação de consumo entre as partes, apresentando-se a empresa ré como prestadora de serviços e, portanto, fornecedora nos termos do art. 3º do CDC, e o autor como consumidor, de acordo com o conceito previsto no art. 2º do mesmo diploma. Assim descrevem os artigos acima mencionados:
Lei. 8.078/90 - Art. 3º. Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividades de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.
Lei. 8.078/90 - Art. 2º. Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.
Importante frisar que a relação jurídica existente foi inteiramente pactuada na localidade da empresa, inclusive com o automóvel sendo guinchado até o local. Não restam dúvidas que o negócio jurídico tem respaldo na Lei 8078/90 (Código de Defesa do Consumidor).
B) DA OBRIGAÇÃO DE FAZER
Apesar de o autor ter requerido inúmeras vezes que se realizasse o que havia sido pactuado, o mesmo não o fez. Dessa forma, se faz imperioso a tutela do estado para que obrigue a parte ré a realizar o contratado já que, passados longos 30 dias não cumpriu o que foi prometido.
C) DO DANO MORAL
A demora excessiva na manutenção do aparelho celular impossibilitou o autor de utilizar um bem que é seu por 1 mês, sendo certo que tal fato não pode ser enquadrado no que a doutrina classifica como mero aborrecimento, uma vez que ocasionou danos ao Autor que devem ser reparados.
Sucessivas ligações, visitas à autorizada, promessas sem fim, somado a tudo isso a frustração de não convencer o requerido a arrumar seu aparelho configura, certamente, dano moral.
Lamentavelmente o autor da ação sofreu grande desgosto, humilhação, sentiu-se desamparado, foi extremamente prejudicado, conforme já demonstrado. Nesse sentido, é merecedor de indenização por danos morais. Maria Helena Diniz explica que dano moral “é a dor, angústia, o desgosto, a aflição espiritual, a humilhação, o complexo que sofre a vítima de evento danoso, pois estes estados de espírito constituem o conteúdo, ou melhor, a conseqüência do dano”. Mais adiante: “o direito não repara qualquer padecimento, dor ou aflição, mas aqueles que forem decorrentes da privação de um bem jurídico sobre o qual a vítima teria interesse reconhecido juridicamente” (Curso de Direito Civil – Reponsabilidade Civil, Ed. Saraiva, 18ª ed., 7ºv., c.3.1, p.92).
Assim, é inegável a responsabilidade do fornecedor, pois os danos morais são também aplicados como forma coercitiva, ou melhor, de modo a reprimir a conduta praticada pela parte ré, que de fato prejudicou o autor da ação.
D) DO QUANTUM INDENIZATÓRIO
Para fixar o valor indenizatório do dano moral, deve o juiz observar as funções ressarcitórias e putativas da indenização, bem como a repercussão do dano, a possibilidade econômica do ofensor e o princípio de que o dano não pode servir de fonte de lucro. Nesse sentido, esclarece Sérgio Cavalieri Filho que:
“(...) o juiz, ao valor do dano moral, deve arbitrar uma quantia que, de acordo com seu prudente arbítrio, seja compatível com a reprovabilidade da conduta ilícita, a intensidade e duração do sofrimento experimentado pela vítima, a capacidade econômica do causador do dano, as condições sociais do ofendido, e outras circunstâncias mais que se fizerem presentes”.
A jurisprudência fornece elucidativos precedentes sobre à utilização dos citados critérios de mensuração do valor reparatório:
A indenização do dano moral deve ser fixada em termos razoáveis, não se justificando que a reparação venha a constituir-se em enriquecimento sem causa, com manifestos abusos e exageros, devendo o arbitramento operar-se com moderação, proporcionalmente ao grau de culpa e ao porte econômico das partes, orientando-se o juiz pelos critérios sugeridos pela doutrina e pela jurisprudência, com razoabilidade, valendo-se de sua experiência, e do bom-senso, atendo à realidade da vida e às peculiaridades de cada caso. Ademais, deve ela contribuir para desestimular o ofensor repetir o ato, inibindo sua conduta antijurídica (RSTJ 137/486 e STJ-RT 775/211).
4.Configura dano moral a ofensa aos direitos da personalidade do consumidor causada pela demora injustificada no conserto do celular utilizado no seu dia a dia, após deixar o aparelho na assistência para reparo, algo que não foi feito e seu celular não foi devolvido.
5.Para o arbitramento do valor da indenização por danos morais devem ser levados em consideração o grau de lesividade da conduta ofensiva e a capacidade econômica da parte pagadora, a fim de se fixar uma quantia moderada, que não resulte inexpressiva para o causador do dano. No caso, R$ 1.000,00 (mil reais).
(Acórdão n.791290, 20110111958146APC, Relator: SÉRGIO ROCHA, 2ª Turma Cível, Data de Julgamento: 14/05/2014, Publicado no DJE: 23/05/2014. Pág.: 118)
Assim, o montante de R$ 1000,00 (mil reais) equivale a uma justa indenização por danos morais no presente caso. Tendo em vista que, não enriquece a parte autora e adverte a parte ré.
IV - DOS PEDIDOS
Diante do exposto acima requer
b) Reconhecimento da relação de consumo; e
c) Condenação da parte ré a pagar os danos morais no montante justo de R$ 1000,00 (mil reais); e
d) Citação da parte ré para que, querendo, apresente contestação no prazo legal, bem como provas que achar pertinente para presente caso, sob pena de revelia; e
e) Condenação da parte ré ao pagamento das custas e honorários; e
f) A fixação dos honorários advocatícios;
Nestes termos, dá-se à causa o valor de R$ 5000,00 (cinco mil reais).
Termos em que,
Pede deferimento.
Rio de Janeiro, x.
QUESTÕES OBJETIVAS 
1-A); 2-A); 3-A); 4-B); 5-C)
Vence 21 de setembro de 2020 23:59
Instruções
Os discentes deverão elaborar a petição inicial referente ao caso concreto, respondendo em seguida as questões objetivas propostas. A petição inicial e as questões objetivas poderão ser elaboradas no Word, sendo postadas no formato PDF na plataforma Teams. 
Materiais de referência
Caso Concreto 1.pdf
Meu trabalho
Caso 1.docx
Adicionar trabalho
Comentários
Prezado discente, o endereçamento deve ser realizado da seguinte maneira: EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DO __JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DA CAPITAL - RJ. Mencionar na qualificação do autor o e-mail, Art. 319, II, CPC, profissão, Nome da ação: AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER COM INDENIZATÓRIA POR DANOS MATERIAIS E MORAIS. No mérito, mencionar os dispositivos 4º, 14 e 18 § 1º do CDC Pedidos, ordem cronológica: 1) Citar o réu, 2) Inversão do ônus da prova, 3) Restituição no valor de R$ 800,00, 4) Dano moral No valor da Causa somar Restituição do dano material (R$ 800,00) mais o dano moral (R$... perfazendo total de R$...

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