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1 Coluna Vertebral A coluna vertebral, comumente chamada de coluna espinhal, é uma complexa sucessão de muitos ossos chamados de vértebras (singular vértebra). Ela garante uma coluna de sustentação flexível para o tronco e a cabeça e também transmite o peso do tronco e da parte superior do corpo aos membros inferiores. Essa coluna está localizada no plano mediossagital, formando a região posterior ou dorsal do tronco ósseo do corpo. Como as vértebras adjacentes estão empilhadas verticalmente, aberturas em cada vértebra existem para criar um canal medular vertical tubular. Canal medular: O canal medular, que segue as várias curvas da coluna espinhal, inicia-se na base do crânio e estende-se distalmente até o sacro. Esse canal contém a medula espinhal e é preenchido por líquido cérebro-espinhal. Medula espinhal: A medula espinhal, que está inclusa e protegida pelo canal medular, inicia-se na medula oblonga (bulbo) do cérebro. Ela passa pelo forame magno do crânio e continua descendo através da primeira vértebra cervical até a borda inferior da primeira vértebra lombar, onde se afila até um ponto chamado de cone medular. Discos intervertebrais: As típicas vértebras do adulto são separadas por fortes discos fibrocartilaginosos. Esses discos semelhantes a coxins são firmemente presos às vértebras para dar estabilidade e também flexibilidade e movimentação à coluna vertebral. DIVISÕES DA COLUNA VERTEBRAL A coluna vertebral é dividida em cinco regiões. Em cada uma dessas cinco regiões as vértebras possuem características distintas. Vértebras cervicais: As primeiras sete vértebras são conhecidas como vértebras cervicais. Embora possa haver uma pequena variação entre a altura de cada vértebra entre os indivíduos, o ser humano comum tem sete vértebras cervicais. Vértebras torácicas: As próximas doze vértebras são vértebras torácicas, cada qual conectada a um par de costelas. O termo torácica é mais correto como referência a essa região em vez do termo antigo, coluna vertebral dorsal, já que todas as vértebras são posteriores ou dorsais no corpo. Vértebras lombares: As maiores vértebras no indivíduo são as cinco vértebras lombares. Essas vértebras são as mais fortes na coluna vertebral, pois a sustentação do peso do corpo aumenta em direção à terminação inferior da coluna. Por essa razão, os discos cartilaginosos entre as vértebras lombares inferiores são locais comuns de lesão e patologia. Sacro e cóccix: O sacro e o cóccix desenvolvem-se como múltiplos ossos separados e então fundem-se em dois ossos distintos. Um recém. nascido tem cinco segmentos sacrais e de três a cinco (média de quatro) segmentos coccígeos, com uma média de 33 ossos separados na coluna vertebral de uma criança pequena. Após a fusão em um único sacro e um único cóccix, a coluna vertebral do adulto é composta de uma média de 26 ossos separados. 2 A coluna vertebral é composta de uma série de curvas ântero-posteriores (Fig. 8.2). Os termos côncava (uma superfície interna circular ou deprimida como uma "cratera") e convexa (uma superfície elevada ou externa circular) são usados para descrever essas curvas. Mas as curvas são descritas de formas opostas conforme são avaliadas de uma perspectiva anterior ou posterior. Para os propósitos deste texto, as curvas serão descritas como se o paciente estivesse sendo avaliado em perspectiva posterior. As regiões lombar e cervical têm curvaturas côncavas e são descritas como lordóticas. As regiões torácica e sacral possuem curvaturas convexas. Logo após o nascimento, as curvas torácica e sacral (pélvica) começam a desenvolver-se. Essas duas curvas convexas são chamadas de curvas primárias. Quando as crianças começam a sustentar a cabeça e a sentar, a primeira curva côncava compensatória se forma na região cervical. A segunda curva côncava compensatória é a curvatura lombar, que se desenvolve quando a criança aprende a andar. Ambas as curvas inferiores, a lombar e a sacral (pélvica), são usualmente mais pronunciadas nas mulheres que nos homens. Essas curvaturas primárias e compensatórias são normais e têm uma importante função por aumentar a resistência da coluna vertebral e ajudar a manter o equilíbrio ao longo da linha central de grávida de na posição de apoio. Certos termos são comumente usados para descrever essas curvaturas quando elas se tornam exageradas ou anormais. Os termos lordose, cifose e escoliose são descritos a seguir: LORDOSE O termo lordose, que significa arqueado para trás, descreve a concavidade anterior normal da coluna vertebral lombar e cervical como descrito acima, mas também descreve a curvatura com "desvio para trás" anormalmente aumentado envolvendo a coluna vertebral lombar. ClFOSE Cifose, que significa uma corcunda, descreve uma curvatura torácica que possui corcova anormal ou exagerada com convexidade aumentada. 3 ESCOLlOSE Se a coluna vertebral é vista da perspectiva posterior para a anterior (Fig. 8.4), a coluna vertebral usualmente é quase reta, com pequena curvatura lateral. Ocasionalmente, uma leve curvatura lateral ocorre na região torácica superior de um adulto saudável. Essa curvatura pode ser convexa para a direita em uma pessoa destra e convexa para a esquerda em uma pessoa canhota. Uma curvatura lateral exagerada ou anormal é chamada de escoliose. Esse é um tipo de problema mais grave que ocorre quando existe uma curvatura lateral pronunciada em forma de “S”. Isso pode causar deformidade grave de todo o tórax. O efeito da escoliose é mais óbvio se ocorre na coluna vertebral inferior, onde pode criar uma inclinação da pelve, com um efeito resultante nos membros inferiores, levando a um caminhar desigual ou claudicante. SUMÁRIO DOS TERMOS RELACIONADOS ÀS CURVATURAS DA COLUNA TERMO DESCRIÇÃO Lordose Curvatura compensatória côncava normal da coluna cervical e lombar, Ou Curvatura lombar exagerada anormal com concavidade aumentada (virada para trás). Cifose Curvatura torácica exagerada anormal com concavidade aumentada Escoliose Curvatura lateral anormal Anatomia Típica da Vértebra Embora as vértebras nas diferentes regiões variem em tamanho e formato, todas são similares na estrutura básica. Uma vértebra típica consiste em duas partes principais, o corpo e o arco vertebral. 4 CORPO O corpo é a parte anterior espessa, capaz de sustentar peso, da vértebra. Suas superfícies superior e inferior são planas e não-cortantes para a inserção dos discos intervertebrais. ARCO VERTEBRAL: A segunda parte de uma vértebra típica consiste em um anel ou arco ósseo estendendo-se posteriormente a partir do corpo vertebral. A superfície posterior do corpo e o arco formam uma abertura circular, o forame vertebral, que contém a medula espinhal. Quando um número de vértebras está empilhado, como na coluna vertebral articulada normal, a sucessão de forames vertebrais forma uma abertura tubular, chamada de canal vertebral (espinhal), que inclui e protege a medula espinhal (Fig. 8.5). Perspectiva superior: A Fig. 8.6 ilustra as várias partes do arco vertebral. Os pedículos estendem-se posteriormente de cada lado do corpo vertebral. Os pedículos formam a maior parte dos lados do arco vertebral. A parte posterior do arco vertebral é formada por duas camadas algo planas de osso chamadas lâminas. Cada lâmina estende-se posteriormente de cada pedículo para unir-se à outra na linha média. Estendendo-se lateralmente aproximadamente da junção de cada pedículo e lâmina está a projeção denominada processo transverso. O processo espinhoso estende-se posteriormente na junção das duas lâminas na linha média. Os processos espinhosos são as extensões mais posteriores das vértebras e podem muitas vezes ser palpados ao longo da superfície posterior do pescoço ou costas. Perspectiva lateral: A Fig. 8.7 ilustra a orientação lateral da vértebra típica. O corpo vertebral anterior e o processo espinhoso posterior são prontamenteidentificados. Estendendo-se em direção posterior diretamente do corpo vertebral em cada lado estão os pedículos, que terminam na área do 5 processo transverso. Continuando posteriormente, a partir da origem dos processos transversos, em cada lado estão as duas lâminas, que terminam no processo espinhoso. Partes adicionais óbvias vistas nessa perspectiva lateral são os processos articulares superiores e inferiores direito e esquerdo sobrepostos. Esses processos, únicos em certas articulações, precisam ser demonstrados radiograficamente em cada seção da coluna vertebral. Resumo: A vértebra típica possui dois pedículos e duas lâminas que formam o arco vertebral e o forame vertebral contendo a medula espinhal, dois processos transversos estendendo-se lateralmente, um processo espinhoso estendendo-se posteriormente e o grande corpo anterior. Cada vértebra típica também tem quatro processos articulares, dois superiores e dois inferiores, que formam as importantes articulações da coluna vertebral. Articulações da coluna vertebral Além do corpo e do arco vertebral, as articulações são o terceiro aspecto importante da coluna vertebral. A coluna vertebral seria rigidamente imóvel sem os discos intervertebrais e as articulações interapofisárias. A respiração poderia não ocorrer sem a coluna vertebral servindo de ponto principal para a movimentação em forma de arco das costelas. Articulações intervertebrais As articulações intervertebrais são articulações ligeiramente móveis entre os corpos vertebrais. Os discos intervertebrais localizados nessas articulações são firmemente ligados aos corpos vertebrais adjacentes para a estabilidade espinhal, mas também permitem flexibilidade e movimentação da coluna vertebral. 6 Articulações zigapoflsárias (o termo mais antigo é Articulações Apofisárias) Os quatro processos articulares descritos na página anterior são vistos projetando-se a partir da área de junção dos pedículos e lâminas (Fig. 8.8). O termo faceta é ocasionalmente usado de forma intercambiável com o termo articulações zigapofisórios, mas a faceta é na verdade apenas a superfície articular em vez de todo o processo articular superior ou inferior. Articulações costais Embora não diretamente envolvido na estabilidade da coluna espinhal propriamente dita, um terceiro tipo de articulação é também localizado ao longo de uma porção da coluna vertebral. Na região torácica, as doze costelas articulam-se com os processos transversos e corpos vertebrais. Essas articulações das costelas com as vértebras torácicas são articulações costais e serão ilustradas mais adiante em desenhos da vértebra torácica. Forames intervertebrais Os forames intervertebrais constituem o quarto aspecto da coluna vertebral radiograficamente importante. Ao longo da superfície superior de cada pedículo está uma área em forma de meia-lua chamada incisura vertebral superior, e ao longo da superfície inferior de cada pedículo está outra área em forma de meia-lua chamada incisura vertebral inferior (Fig. 8.8). Quando as vértebras estão empilhadas, as incisuras vertebrais superiores e inferiores alinham-se, e as duas áreas em forma de meia-lua formam uma única abertura, o forame intervertebral (Fig. 8.9). Desse modo, entre cada duas vértebras estão dois forames intervertebrais, um de cada lado, através dos quais passam importantes nervos espinhais e vasos sanguíneos. As articulações zigapofisárias e os forames intervertebrais devem ser demonstrados radiograficamente através da incidência apropriada em cada uma das três porções principais da coluna vertebral, como descrito e ilustrado nas seções posteriores. Disco intervertebral A quinta região e a parte final da coluna vertebral importante radiograficamente é o disco intervertebral. As típicas vértebras de um adulto são separadas por discos fibrocartilaginosos rígidos entre os corpos de cada duas vértebras, com exceção da primeira e segunda vértebras cervicais. (A primeira vértebra cervical não tem corpo.) Esses discos fibrocartilaginosos fazem o papel de um amortecedor elástico entre as vértebras, auxiliando na absorção do impacto durante a movimentação da coluna. Como descrito na Fig. 8.10, cada disco consiste em uma porção externa fibrosa chamada anel fibroso e em uma parte interna macia, semigelatinosa, chamada núcleo pulposo. Quando essa parte interna 7 macia sofre protrusão através da camada externa fibrosa, ela faz pressão sobre a medula espinhal e causa dor severa e dormência que se irradia aos membros inferiores. Essa condição, também conhecida como um "disco deslocado", é chamada de herniação do núcleo pulposo (HNP). Caraterísticas das Vértebras Cervicais As vértebras cervicais mostram pequena semelhança tanto com as vértebras lombares quanto com as torácicas, que são mais típicas em sua aparência. Enquanto a maioria das partes que formam a vértebra típica está presente, várias vértebras cervicais têm características singulares tais como forame transverso, processo espinhoso bífido na extremidade e corpos vertebrais sobrepostos. Cada vértebra cervical e corpo vertebral aumentam de tamanho, conforme a progressão em direção à sétima vértebra cervical. C1 (atlas) e C2 (áxis) são bastante incomuns e serão descritas separadamente. A terceira até a sexta vértebras são típicas vértebras cervicais. A última, ou sétima, vértebra cervical, a vértebra proeminente, possui muitas características das vértebras torácicas, incluindo um processo espinhoso mais longo e horizontal que pode ser palpado na base do pescoço. Esse marco ósseo palpável é útil para o posicionamento radiográfico (Fig. 8.1 1) Perspectiva superior: A Fig. 8.12 mostra uma típica vértebra cervical (C3 a C6) como vista de cima. Os processos transversos são bem menores e originam-se tanto do pedículo quanto do corpo, em vez de originarem-se da junção do pedículo com a lâmina. A abertura em cada processo transverso é chamada de forame transverso. 8 A artéria vertebral, veias e certos nervos passam através dos sucessivos processos transversos. Desse modo, uma característica singular de todas as vértebras cervicais é que cada uma delas têm três forames que correm verticalmente: os forames transversos direito e esquerdo e o grande forame vertebral único. Os processos espinhosos de C2 até C6 são bastante curtos e terminam em uma extremidade bífida ou em ponta dupla, uma segunda característica singular típica das vértebras cervicais. Perspectiva lateral (Fig. 8.13): Quando visualizados a partir da perspectiva lateral, os corpos vertebrais cervicais típicos (O até C7) são pequenos e de formato oblongo, com a borda anterior ligeiramente mais inferior, o que causa leve sobreposição dos corpos vertebrais. Os processos cervicais articulares localizam-se atrás do processo transverso na junção do pedículo e da lâmina. Entre o processo articular superior e o inferior está uma coluna óssea pequena ("pilar") que tem função de suporte maior que na área similar no resto da coluna espinhal. Essa coluna óssea é chamada de pilar articular (ocasionalmente chamada de massa lateral quando referindo-se a C1). ARTICULAÇÕES CERVICAIS ZIGAPOFISÁRIAS Os processos articulares superior e inferior, localizados sobre e abaixo dos pilares articulares, são diretamente laterais ao grande forame vertebral. Logo as articulações zigapofisárias da segunda até a sétima vértebra cervical estão localizadas em ângulos retos, ou 90°, ao plano mediossagital e desse modo são visualizadas apenas em uma posição lateral verdadeira (Fig. 8.14). No entanto, diferentemente das outras articulações zigapofisárias cervicais, aquelas entre C 1 e C2 são visualizadas apenas em uma incidência AP verdadeira (ver Fig. 8.18). FORAME INTERVERTEBRAL CERVICAL O forame intervertebral pode ser identificado pelos pedículos, que formam os limites superior einferior desses forames, como mostrado nas Figs. 8.12 e 8.14. Os forames intervertebrais estão situados em um ângulo de 45° em relação ao plano mediossagital, abertos anteriormente como mostrado nas 9 ilustrações. Eles estão também direcionados inferiormente em um ângulo de 15° devido ao formato e à sobreposição das vértebras cervicais. Logo, para "abrir" e demonstrar radiograficamente os forames intervertebrais cervicais, uma posição oblíqua de 45° combinada com um ângulo em sentido cefálico de 15° do feixe de raios X seria necessária (Figs. 8.31 e 8.33). ATLAS (C1) (Fig. 8.15) A primeira vértebra cervical, o atlas, um nome derivado do deus grego que carrega o mundo nos ombros, lembra minimamente uma vértebra típica. Anteriormente, não há corpo, mas simplesmente um arco ósseo espesso chamado arco anterior. O arco anterior inclui um pequeno tubérculo anterior. O dente ou processo odontóide é parte da segunda vértebra cervical (Fig. 8.16), mas é demonstrado em uma perspectiva superior de e 1 (Fig. 8.15) a fim de mostrar sua localização e como ele é mantido em sua posição pelo ligamento transverso do atlas. A relação de posicionamento de C1 e e2 é também ilustrada na Fig. 8.17 e radiograficamente na Fig. 8.18. Em vez de duas lâminas e um processo transverso encontrados na típica vértebra, C1 possui um arco posterior com um pequeno tubérculo posterior que apresenta uma extremidade bífida na linha média (Fig. 8.15). Cada processo articular superior, esquerdo e direito, de C1 apresenta uma grande superfície deprimida chamada faceta superior para articulação com os respectivos côndilos occipitais esquerdo e 10 direito do crânio. Essas articulações entre C1 e os côndilos occipitais do crânio são chamadas de articulações atlantooccipitais. Os processos transversos de C1 são menores mas ainda contêm o forame transverso característico de todas as vértebras cervicais. Os pilares articulares, os segmentos ósseos entre os processos articulares superior e inferior, são chamados de massas laterais em C1. Devido às massas laterais de C1 suportarem o peso da cabeça e ajudarem na rotação da mesma, essas porções são a parte mais sólida e volumosa de C1. ÁXIS (C2) O aspecto mais característico da segunda vértebra cervical, o áxis, é o clinicamente importante dente ou processo odontóide, um processo cônico projetado da superfície superior do corpo. Embriologicamente, o dente é, na verdade, o corpo de C1, mas ele funde-se a C2 durante o desenvolvi- mento. Logo, é considerado parte de C2 nos esqueletos maduros. A rotação da cabeça ocorre principalmente entre C1 e C2, com o dente agindo como um pivô. As facetas superiores dos processos articulares superiores articulando com o crânio também ajudam na rotação da cabeça. Estresse grave como possível resultado de uma flexão-hiperextensão forçada, injúria do tipo "chicote" podem causar fratura do dente. Qualquer fratura da coluna vertebral nesse nível poderia resultar também em sério dano à medula espinhal. Como visto na Fig. 8.16, o processo articular inferior para a articulação com C3 está inferior à lâmina. Abaixo e lateral ao processo articular superior está o processo transverso com seu forame transverso. O processo espinhoso áspero com sua extremidade bífida estende-se posteriormente. RELAÇÃO DE C1 E C2 Demonstrar radiograficamente a relação entre C1 e C2 e de C1 com a base do crânio é clinicamente importante, pois injúria tão alta no canal medular pode resultar em grave paralisia e morte. A Fig. 8.18 é a imagem radiográfica de uma incidência AP feita através da boca aberta para demonstrar C1 e C2. O arco anterior de C1, que repousa na frente do dente, não está claramente visível nessa imagem devido à sua parte óssea bastante fina, se comparada com o dente, maior e mais denso. Normalmente, articulações entre C2 e C1, as articulações zigapofisárias, são perfeitamente simétricas. Da mesma forma, a relação entre o dente e C1 deve também ser perfeitamente simétrica. Tanto a injúria quanto o posicionamento inadequado podem tornar essas áreas assimétricas. Por exemplo, rotações do crânio podem alterar a simetria desses espaços e articulações, imitando assim uma injúria. Logo, o posicionamento acurado dessa região é essencial. As partes são descritas na ilustração da Fig.8.17 e na imagem radiográfica da Fig. 8.18, como se segue: A. Dente centralmente localizado B. Processo transverso esquerdo de C1 C. Massa lateral esquerda de C1 D. Superfície articular inferior de C1 11 E. Articulação zigapofisária esquerda F. Corpo de C2 G. Superfície articular superior direita de C2 Características das Vértebras Torácicas Uma visão global das doze vértebras torácicas revela diferenças progressivas marcantes no tamanho e na aparência das vértebras superiores se comparadas com as inferiores, como demonstrado na Fig. 8.19. T5, T6, T7 e T8 são consideradas vértebras torácicas típicas. As quatro vértebras torácicas superiores são menores e compartilham características das vértebras cervicais. As quatro vértebras torácicas inferiores são maiores e compartilham características com as vértebras lombares. ARTICULAÇÕES DAS COSTELAS Um importante aspecto que diferencia todas as vértebras torácicas são suas facetas para articulações com as costelas. Cada uma das 12 vértebras torácicas está intimamente associada com um par 12 de costelas. Note na Fig. 8.20 que duas vértebras lombares, L1 e L2, não mostram facetas para articulações com costelas. Articulações costovertebrais: Cada vértebra torácica possui uma faceta completa ou duas facetas parciais, chamadas hemifacetas, em cada lado do corpo. Cada faceta ou combinação de duas hemifacetas recebe a cabeça de uma costela para formar uma articulação costovertebral (Figs. 8.19, 8.20 e 8.21). Vértebras com duas hemifacetas compartilham articulações com as cabeças das costelas. Por exemplo, a cabeça da quarta costela "cavalga" ou articula-se com as hemifacetas nos corpos vertebrais tanto em T3 quanto em T4. A porção superior da cabeça da costela articula-se com a hemifaceta na margem inferior de T3, e a porção inferior da cabeça da costela articula-se com a hemifaceta na margem superior de T4. Identificar costelas e vértebras torácicas é uma importante habilidade radiográfica. T1 possui uma faceta completa e uma hemifaceta em sua margem inferior. T2 até T8 possuem hemifacetas em suas margens inferiores e superiores. T9 tem apenas uma hemifaceta em sua margem superior. T10 até T12 possuem facetas completas. Saber o arranjo das facetas torna mais fácil predizer a distribuição das costelas. A 1ª costela articula-se apenas com T1. A 2ª costela articula-se com T1 e T2, e assim por diante. A 11ª e 12ª costelas articulam-se apenas com T11 e T12. Articulações costotransversas: Em adição às articulações costovertebrais, todas as dez primeiras vértebras torácicas também possuem facetas (uma em cada processo transverso) que se articulam com os tubérculos da 1ª até a 10ª costela. Essas articulações são denominadas articulações costotransversas. Note nas Figs. 8.19 e 8.20 que T11 e T12 não mostram facetas nas extremidades do processo transverso para articulações com costelas. Desse modo, como os dez primeiros pares de costelas são arqueados posteriormente a partir dos dez corpos vertebrais superiores, o tubérculo de cada costela articula-se com um processo transverso para formar um articulação costotransversa. A 11ª e a 12ª costela, no entanto, apenas articulam-se através das articulações costovertebrais. 13 A perspectiva transversal superior de articulações típicas da costela (Fig. 8.21) demonstra que essas articulações são intimamente inclusas e divididas em espaços por cápsulas sinoviais. Essas articulações sinoviais são diartrodiais ou ligeiramente móveis e permitem leve deslizamento nos movimentos. Perspectivas superiore lateral (Fig. 8.22): Note as estruturas anatômicas normais de uma típica vértebra (corpo vertebral, pedículos, forame intervertebral, processos articulares superiores e inferiores, lâminas, processos transversos, processos espinhosos). Uma característica singular da região torácica é que o processo espinhoso longo é projetado bem inferiormente, como visto melhor em uma visão lateral. Por exemplo, durante a visualização de uma incidência radiográfica AP da coluna torácica, o processo espinhoso de T4 estará sobreposto sobre o corpo de T5. 14 Perspectiva lateral oblíqua (Fig. 8.23): Os processos articulares superiores (basicamente voltados posteriormente) e os processos articulares inferiores (voltados mais anteriormente) são mostrados conectando as sucessivas vértebras torácicas para formar as articulações zigapofisárias (apofisárias). Em cada lado, entre qualquer vértebra torácica, estão os forames intervertebrais limitados nas margens superiores e inferiores pelos pedículos (Fig. 8.23). Articulações torácicas zigapofisárias A estrutura e os ângulos das facetas dos processos articulares superiores e inferiores tornam as articulações zigapofisárias marcadamente diferentes daquelas das vértebras cervicais e lombares. Nas vértebras torácicas, as articulações zigapofisárias formam um ângulo de 70° a 75° a partir do plano mediossagital (PMS). Logo, por exemplo, para "abrir" e demonstrar radiograficamente as articulações torácicas zigapofisárias, uma posição oblíqua de 70° a 75° com raio central perpendicular é necessária. Forame intervertebral torácico Como demonstrado na Fig. 8.24, as aberturas dos forames intervertebrais na vértebra torácica estão localizadas em ângulo reto, ou 90°, em relação ao plano mediossagital. Isso é mais bem demonstrado novamente na p. 285 com a Fig. 8.34, numa fotografia da porção torácica de um esqueleto na posição lateral. A Fig. 8.36 é uma imagem radiográfica da mesma posição lateral. Ambas as figuras mostram claramente os forames intervertebrais torácicos esquerdo e direito sobrepostos um sobre o outro. 15 Vértebras Lombares As maiores vértebras individuais são as cinco vértebras lombares. Essas vértebras são as mais resistentes na coluna vertebral, pois a sustentação do peso corporal aumenta em direção à extremidade inferior da coluna. Por essa razão, os discos cartilaginosos entre as vértebras lombares inferiores são os locais mais comuns de injúria e processos patológicos. VISTAS LATERAL E SUPERIOR Os pacientes tipicamente têm cinco vértebras lombares localizadas imediatamente inferiores às 12 vértebras torácicas. A Fig. 9.1 ilustra a vista lateral de uma típica vértebra lombar. Os corpos das vértebras lombares são maiores em comparação aos corpos das vértebras torácicas e cervicais. O corpo mais inferior, L5, é o maior. Os processos transversos são bastante pequenos, enquanto o processo espinhoso projetado posteriormente é volumoso e áspero. A ponta inferior palpável de cada processo espinhoso lombar fica ao nível do espaço do disco intervertebral inferior a cada corpo vertebral. Forames Intervertebrais: A Fig. 9.2 mostra o forame intervertebral com uma orientação de 90° em relação ao plano mediossagital. Forames intervertebrais são espaços ou aberturas entre os pedicuros quando duas vértebras estão em pilhadas uma sobre a outra. Ao longo da superfície superior de cada pedículo existe uma área em forma de meia lua denominada incisura vertebral superior, e ao longo da superfície inferior de cada pedículo está outra área em forma de meia-lua denominada incisura vertebral inferior. Quando as vértebras estão empilhadas, as incisuras vertebrais superiores e inferiores alinham-se, e as duas áreas em forma de meia-lua formam uma abertura única, os forames intervertebrais (Fig. 8.9). Logo, entre cada duas vértebras existem dois forames intervertebrais, um em cada lado, através dos quais importantes nervos espinhais e vasos sangüíneos passam. Os forames intervertebrais na região lombar são mais bem demonstrados em uma imagem radiográfica lateral. 16 Articulações Interapofisárias: Cada vértebra típica possui quatro processos articulares que se projetam da área de junção dos pedículos e lâminas. Os processos projeta dos superiormente são chamados de processos articulares superiores, e os processos projetados inferiormente são os processos articulares inferiores. O termo faceta ocasionalmente é usado como sinônimo do termo articulação interapofisária; a faceta é na verdade apenas a superfície articular, e não todo o processo articular superior ou inferior. A Fig. 9.1 mostra as posições relativas dos processos articulares lombares superiores e inferiores em vista lateral. As articulações interapofisárias formam um ângulo aberto de 30° a 50° em relação ao plano mediossagital, como mostrado na Fig. 9.2. As lombares superiores estão próximas ao ângulo de 50°, e as lombares inferiores ou distais estão próximas de 30°. A demonstração radiográfica das articulações interapofisárias é conseguida colocando-se o corpo do paciente em obliqüidade média de 45°. As lâminas formam uma ponte entre os processos transversos, massas laterais e processo espinhoso (Fig. 9.2). A porção de cada lâmina entre os processos articulares superiores e inferiores é a parte interarticular. A parte interarticular é demonstrada radiograficamente na imagem lombar oblíqua. VISTAS POSTERIOR E ANTERIOR A Fig. 9.3 mostra o aspecto global da vértebra lombar (vistas posterior e anterior). As incidências AP ou PA das radiografias da coluna lombar mostram os processos espinhosos superpostos aos corpos vertebrais. Veem-se os processos transversos projetando-se lateralmente além dos limites do corpo vertebral. 17 18 SACRO O sacro é inferior às vértebras lombares. FACE ANTERIOR DO SACRO A Fig. 9.4 mostra a superfície anterior côncava do sacro. Os corpos dos cinco segmentos originais estão fundidos em um único osso no adulto. O sacro possui a forma de uma pá, com o ápice apontado para baixo e para a frente. Quatro grupos de forames sacrais (similares aos forames intervertebrais nas porções mais superiores da coluna) pélvicos (anteriores) emitem nervos e vasos sangüíneos. As asas do sacro são grandes massas ósseas laterais ao primeiro segmento sacral. Os dois processos articulares superiores do sacro formam articulações interapofisárias com os processos articulares inferiores da quinta vértebra lombar. FACE LATERAL DO SACRO A Fig. 9.5 ilustra claramente a curva côncava dominante do sacro e a protrusão do cóccix para a frente. Essas curvas determinam como o raio central tem de ser angulado de modo diferente nas incidências AP do sacro e do cóccix. A crista anterior do corpo do primeiro segmento sacra I ajuda a formar a parede posterior da entrada da pelve verdadeira, e é denominado promontório do sacro, mais bem visualizado na vista lateral (ver Fig. 9.5). Posterior ao corpo do primeiro segmento sacral está a abertura do canal sacral, que é a continuação do canal vertebral e contém alguns nervos sacrais. A crista sacral mediana é formada pelos processos espinhosos fundidos das vértebras sacrais. As Figs. 9.5 e 9.6 ilustram a relativa aspereza e irregularidade da superfície posterior do sacro, se comparada à superfície anterior ou pélvica. O sacro articula-se com o ílio da pelve na superfície auricular (marcada com “A” nas Figs. 9.5 e 9.6). A superfície auricular é assim denominada devido ao seu formato semelhante à aurícula da orelha. Os cornos sacrais (marcados com D nas Figs. 9.5 e 9.6) são pequenos tubérculos representando os processos articulares inferiores projetados inferiormente de cada lado do quinto segmento sacral. Eles projetam-se inferior e posteriormente para articularem-se com os cornos correspondentes do cóccix. 19 FACE POSTERIOR DO SACRO A Fig. 9.6 é uma fotografia de um sacro verdadeiro,visto pela face posterior. A superfície auricular, grande e cuneiforme (A), é vista claramente e articula-se com uma superfície similar do ílio para formar a articulação sacroilíaca. Cada articulação sacroilíaca abre-se obliquamente para trás em um ângulo de 30°. As facetas articulares dos processos articulares superiores (B) também abrem-se para trás e são mostradas nessa fotografia. Há oito, quatro de cada lado - forames sacrais posteriores (C), que correspondem ao mesmo número de forames sacrais anteriores. Os cornos sacrais (D) são vistos como pequenas projeções ósseas na região mais ínfero-posterior do sacro. Os remanescentes do canal sacral (E) também podem ser vistos. (A estrutura óssea em deterioração deixou o canal parcialmente aberto nessa amostra óssea.) CÓCCIX FACE ANTERIOR DO CÓCCIX A porção mais distal da coluna vertebral é o cóccix. A superfície anterior do cóccix está ilustrada na Fig. 9.7. Essa porção da coluna vertebral regrediu muito nos seres humanos, de modo que resta pouca semelhança com as vértebras. Três a cinco segmentos coccígeos (uma média de quatro) fundiram-se no adulto para formar o cóccix único. O desenho na Fig. 9.7 mostra quatro segmentos previamente separados em um jovem, agora fundidos em um único osso no adulto. A fotografia do cóccix na Fig. 9.8 mostra cinco segmentos agora quase completamente fundidos no cóccix do adulto. 20 O segmento mais superior é o maior e o mais largo das quatro seções e até possui duas protuberâncias laterais que são pequenos processos transversos. A extremidade distal pontiaguda do cóccix é denominada ápice, enquanto a porção superior, mais larga, é denominada base. Ocasionalmente o segundo segmento não se funde solidamente com o primeiro segmento maior (ver Fig. 9.8); no entanto, o cóccix usualmente é uma pequena e razoavelmente insignificante terminação da coluna vertebral. FACE POSTERIOR DO CÓCCIX A face posterior de um cóccix verdadeiro é mostrada na Fig. 9.8, juntamente com um selo comum dos EUA, para permitir a comparação de tamanho entre os dois. (Note que está faltando uma porção do processo transverso na região superior direita desse espécime.) RADIOGRAFIA LATERAL (PERFIL) DO SACRO E CÓCCIX A incidência lateral do sacro nessa radiografia (Fig. 9.9) mostra um grande osso sólido, em contraste com o cóccix, bem menor. O eixo longitudinal do sacro está angulado posteriormente, exigindo um ângulo cefálico do RC na incidência AP. Esse ângulo é maior em uma mulher de porte médio, se comparado com um homem do mesmo porte. De modo geral, o cóccix curva-se para a frente, como visto e identificado nessa incidência lateral, de modo que o ápice aponta em direção à sínfise púbica da pelve anterior. Essa curvatura anterior é frequentemente mais pronunciada em homens e menos pronunciada, com curvatura menor, nas mulheres. O cóccix projeta-se para o interior do canal de parto na mulher e, se excessivamente angulado para a frente, pode impedir o trabalho de parto. A injúria mais comum associada ao cóccix resulta de um golpe direto na região inferior da coluna vertebral quando a pessoa está sentada. Uma corrida desenfreada em um tobogã pode fornecer o tipo de força necessária para angular o cóccix mais anteriormente que o normal e fazer com que a ação de sentar seja evitada por um período de tempo. 21 Revisão da Anatomia INCIDÊNCIA SÚPERO-INFERIOR (Fig. 9.10) Certas partes nessa radiografia de uma vértebra lombar individual feita a partir de um esqueleto desarticulado são identifica das como a seguir: A. Processo espinhoso B. Lâmina C. Pedículo D. Forame intervertebral E. Corpo F. Processo transverso Posição lateral As partes descritas de “A” até “F” na incidência lateral (Fig. 9.11) de uma vértebra lombar desarticulada são as seguintes: A. Corpo B. Incisura vertebral inferior, ou assoalho do pedículo, formando a porção superior do forame intervertebral circular C. Área da faceta articular do processo articular inferior (a verdadeira faceta articular não é vista nessa incidência lateral); forma as articulações interapofisárias quando as vértebras estão empilhadas D. Processo espinhoso E. Processo articular superior F. Pedículo 22 * Note que essa incidência lateral "abriria" e evidenciaria bem o forame intervertebral (a abertura circular maior diretamente abaixo de B, a incisura vertebral inferior). No entanto, não mostraria as articulações interapofisárias, que exigiriam uma incidência oblíqua a 45°. INCIDÊNCIA AP As estruturas individuais são mais difíceis de identificar quando as vértebras estão sobrepostas pelas partes moles do abdome, como se vê nessa incidência AP da coluna lombar (Fig. 9.12). As estruturas identificadas de “A” a “F” são: A. Processo transverso de L5 B. Porção lateral inferior do corpo de L4 C. Parte inferior do processo espinhoso de L4, como visualizada de topo D. Processo articular inferior de L3 E. Processo articular superior de L4 F. Espaço do disco intervertebral de L1 - L2 As facetas dos processos articulares inferiores e superiores (O e E) formam uma articulação interapofisária não-visualizada nessa incidência AP. A articulação é, no entanto, mostrada em uma incidência oblíqua a 45° das vértebras lombares (ver Fig. 9.16). INCIDÊNCIA LATERAL DA COLUNA LOMBOSSACRA Radiografia de toda a coluna lombossacra na incidência lateral (Fig. 9.13) mostra o seguinte: A. Corpo de L 1 B. Corpo de L3 B. Espaço do disco intervertebral entre L4 e L5 C. Corpo de L5 D. Forames intervertebrais sobrepostos entre L2 e L3. INCIDÊNCIA LATERAL (PERFIL) DA COLUNA LOMBOSSACRA EM AP A incidência AP de toda a coluna lombossacra (Fig. 9.14) é descrita da seguinte forma: A. Última vértebra torácica (T12) B. Primeira vértebra lombar C. Terceira vértebra lombar D. Quinta vértebra lombar 23 Vértebras Lombares Oblíquas APARÊNCIA DE "Fox terrier" Qualquer osso e suas partes, quando vistos em uma incidência oblíqua, são mais difíceis de reconhecer que o mesmo osso observado na incidência convencional frontal ou lateral. Uma vértebra não é exceção; no entanto, a imaginação pode nos ajudar no caso das vértebras lombares. Uma boa incidência oblíqua a 45° projeta as várias estruturas de tal forma que parece surgir o contorno de um fox terrier. A Fig. 9. 1 5 mostra os vários componentes do cão. A cabeça e o pescoço do cão são provavelmente as partes mais fáceis de reconhecer. O pescoço é a parte interarticular (parte da lâmina que basicamente forma a região do ombro do cão). A orelha do cão é o processo articular superior, enquanto o olho é formado pelo pedículo. O processo transverso forma o nariz. As patas dianteiras são formadas pelo processo articular inferior. Radiografia lombar oblíqua A Fig. 9.16 mostra a aparência de fox terrier que deve ser visível em uma boa radiografia oblíqua da coluna lombar. A radiografia é descrita a seguir: A. Nariz do fox terrier, formado pelo processo transverso; B. Olho, um pedículo visto de frente; C. Pescoço do cão, que é a parte interarticular; D. Pata dianteira do animal, formada pelo processo articular superior “E”; E. Orelha pontuda, um dos processos articulares superiores; F. Articulação interapofisária, formada pela pata dianteira do cão acima e a orelha do cão abaixo 24 Cada uma das cinco vértebras lombares deve assumir uma aparência semelhante a um fox terrier, com os espaços das articulações interapofisárias abertos em uma radiografia lombar com obliquidade correta. Marcos Topográficos O posicionamento correto para o cóccix, o sacro e a coluna lombar exige um entendimento completo dos marcos topográficos específicos que podem ser facilmente palpados. Os marcos mais confiáveis para a coluna vertebral são várias proeminências ósseas palpáveis, bastante coerentes de uma pessoa para outra. No entanto, os marcos apresentados referem-se a um adulto de porte médio, do sexo masculino ou feminino, com desenvolvimento normal, saudável, eem posição ortostática. Esses marcos variam em pessoas com anomalias anatômicas e, especialmente, esqueléticas. As pessoas muito jovens ou muito idosas também possuem aspectos ligeiramente diferentes que o adulto médio. MARCOS DA COLUNA INFERIOR Os desenhos à direita e as fotografias abaixo ilustram vários marcos relativos à coluna vertebral inferior. A. O nível “A” corresponde à margem superior da sínfise púbica. O tamanho e o formato do cóccix variam amplamente, mas o cóccix médio está aproximadamente ao nível da sínfise púbica ou do trocanter maior, que está cerca de 2,5 cm superior ao nível da sínfise púbica. Note nas fotografias 25 abaixo e nos desenhos que os trocanteres maiores estão aproximadamente 3 a 4 cm acima da borda superior da sínfise púbica ao nível do cóccix; B. A espinha ilíaca anterior superior (EIAS) está quase no mesmo nível “B” do primeiro ou segundo segmento sacral; C. O nível “C” é a porção mais superior da crista ilíaca e está aproximadamente no mesmo nível da junção da quarta e quinta vértebras lombares. D. A margem mais inferior das costelas ou margem costal inferior “D” está no nível aproximado de L2 ou L3. E. O processo xifóide está aproximadamente ao nível de T9 ou T10. Considerações sobre o Posicionamento Proteção do paciente contra a radiação O uso de proteção gonadal e colimação rigorosa é especialmente importante na redução da dose devido à proximidade da coluna lombar, sacro e cóccix das gônadas. A proteção gonadal pode e deve sempre ser usada em homens em idade fértil nas radiografias de cóccix, sacro e coluna lombar. A proteção gonadal deve ser colocada com o limite superior do escudo na margem inferior da sínfise púbica. Se a área de interesse incluir o sacro e/ou o cóccix, a proteção gonadal nas mulheres pode não ser possível sem obscurecer a anatomia essencial. É obrigatório perguntar às mulheres em idade fértil se estão grávidas (ou se existe essa possibilidade) antes do início de qualquer exame radiográfico da coluna vertebral inferior. 26 Posição do paciente As incidências AP da coluna lombar são obtidas com os joelhos fletidos. A flexão dos joelhos (Fig. 9.28) reduz a curvatura lombar (lordose), trazendo o dorso mais próximo da mesa de exame radiográfico e a coluna vertebral lombar mais paralela ao filme. A posição incorreta é mostrada na Fig. 9.27, onde a pelve está ligeiramente inclinada para a frente quando os membros inferiores estão estendidos, exagerando a curvatura lombar. 27 Incidências PA versus AP Embora a incidência AP (com os joelhos fletidos) seja uma parte comum da rotina da coluna lombar, há uma vantagem na incidência PA O decúbito ventral coloca a coluna lombar com sua curvatura lombar natural, de modo que os espaços dos discos intervertebrais fiquem quase paralelos ao feixe divergente de raio X. Essa posição abre e fornece melhor visualização das margens dos espaços dos discos intervertebrais. Outra vantagem da incidência PA é a menor dose ovariana, 25% a 30% menor na incidência PA se comparada com uma AP. LORDOSE ClFOSE ESCOLlOSE Anatomia Típica da Vértebra Caraterísticas das Vértebras Cervicais ARTICULAÇÕES CERVICAIS ZIGAPOFISÁRIAS Características das Vértebras Torácicas ARTICULAÇÕES DAS COSTELAS Forame intervertebral torácico FACE ANTERIOR DO SACRO FACE LATERAL DO SACRO FACE POSTERIOR DO SACRO FACE ANTERIOR DO CÓCCIX FACE POSTERIOR DO CÓCCIX RADIOGRAFIA LATERAL (PERFIL) DO SACRO E CÓCCIX INCIDÊNCIA LATERAL DA COLUNA LOMBOSSACRA Vértebras Lombares Oblíquas APARÊNCIA DE "Fox terrier" Radiografia lombar oblíqua Marcos Topográficos MARCOS DA COLUNA INFERIOR Considerações sobre o Posicionamento Proteção do paciente contra a radiação
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