Buscar

Direito Civil I

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIFOR – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE FORMIGA
TAYRA RAMYNNY NUNES
2° período de Direito - turma A
 
CASAS E BENS
 
Professor: Andre Hostalacio Freitas
UNIFOR – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE FORMIGA
TAYRA RAMYNNY NUNES
2° período de Direito - turma A
CASAS E BENS
· Trabalho solicitado pelo Professor Andre Hostalacio Freitas, na disciplina de Direito Civil I no requisito de nota do 2° semestre. 
1. INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objetivo discorrer sobre o tema Casas e bens, que está previsto no Código Civil, nos referidos artigos 79 a 103.
É fundamental compreender que os Bens são tudo que é coerente aos indivíduos, sendo objetos ou coisas que tem função de utilidade para a necessidade humana.
O referido trabalho se divide em três partes: conceito de Bens móvel e imóveis; Bens públicos e particulares; Classes de bens e suas subdivisões.
2. CONCEITO DE BENS
“Os Bens são objetos ou coisas que possuem utilidade e propósito de atender uma necessidade humana”. Os Bens possuem regras distintas e cada bem possui uma lei específica. O Código Civil classifica os bens como 'Bens Considerados em Si Mesmos', que se fragmentam em: Bens imóveis e Bens móveis.
 
Assim, todos os bens são coisas, mas nem todas as coisas merecem ser denominados bens. O sol, o mar, a lua são coisas, mas não são bens, porque não podem ser apropriados pelo homem. As pessoas amadas, os entes queridos ou nossas recordações serão sempre um bem. O amor é o bem maior do homem. Essa acepção do termo somente interessa indiretamente ao Direito.
(VENOSA, 2014, p.312)
Cezar Fiúza expõe que “bem é tudo aquilo que é de utilidade para as pessoas”, portanto, “sendo suscetível de apropriação” e coisa para o doutrinador é “todo o bem suscetível de avaliação econômica e apropriação pela pessoa” (FIÚZA, 2004, p. 171).
“A distinção entre bens e coisas não é ponto pacífico na doutrina, de modo que há divergências quanto ao emprego e as acepções jurídicas destes vocábulos. Até mesmo a maioria das legislações utiliza indistintamente ambos os termos, como se fossem sinônimos, apesar de possuírem suas diferenças técnicas jurídicas” (C. MÁRIO DA SILVA PEREIRA).
3. CLASSES DE BENS.
Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.
Os Bens Imóveis não podem ser mudados de lugar, pois consequentemente ocorrerão danos à própria estrutura. Os bens imóveis tendem a ser devidamente registrados no cartório, assim o mesmo deverá possuir uma escritura. 
Exemplo de bens imóveis: o solo, casa, apartamento. 
GAGLIANO E PAMPLONA, 2005, Bens imóveis são aqueles que não podem se transporta dos de um lugar para outro sem alteração de sua substância. 
Os Bens Imóveis são classificados como:
a) Por sua natureza;
GONÇALVES, Carlos Roberto, 2012, discorre que, os bens imóveis por natureza se consideram apenas o solo, subsolo e espaço aéreo, que são devidamente ‘modificados’ pela própria natureza. “Tudo o mais que a ele adere deve ser classificado como imóvel por acessão.” 
b) Por acessão física;
 PLÁCIDO E SILVA, Oscar Joseph de, é tudo aquilo que o homem agrega ao solo permanentemente, trago em vista como exemplo as sementes de plantas, os edifícios e demais construções de modo que não é possível retirar sem causar danos ou próprio. 
c) Por acessão intelectual;
STOLZE, 2007, “são os bens que o proprietário intencionalmente destina e mantém no imóvel para exploração industrial, aformoseamento ou comodidade”. 
d) Por determinação legal.
BEVILÁQUA, Clóvis “apontam, como exceção, o caso em que o usufrutuário não tem outro meio de obter proveito econômico que não seja através da percepção dos produtos”.
Seção II
Dos Bens Móveis
Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social.
Os Bens móveis podem ser mudados de lugar, pois não causará danos em sua estrutura. Portanto, existem bens móveis que a lei imobiliza para fins de hipotética, como no caso de navios e aeronaves. Eles podem ser adquiridos por herança ou podem ser comprados. 
Exemplo: eletrônicos, livros, eletrodomésticos, etc. 
Nesta mesma teia Venosa expõem que embora incorporados “incorporados ao solo, destinam-se à separação e serão convertidos em móveis, como é o caso das árvores que se converterão em lenha, ou da venda de uma casa para demolição.” (VENOSA, 2006, p. 314).
Os Bens Móveis se classificam como:
a) Por sua natureza;
GAGLIANO, Pablo Stolze e Rodolfo Pamplona os bens móveis por natureza, podem ser mudados de um local para o outro, com a transportação mediante força alheia, sem causar danificações aos próprios, “como o caso dos objetos pessoais em geral,  livros, carteiras, bolsas e demais objetos”.
b) Por antecipação;
 GAGLIANO, Pablo Stolze e Rodolfo Pamplona, por mais que sejam incorporados ao solo, eles têm o destino de serem retirados do solo e convertidos em móveis.
c) Por determinação legal.
São os direitos reais dos objetos móveis e do autor, e suas determinadas ações. Os direitos autorais sobre um objeto estão em movimento. 
Exemplo, às obras artísticas.
Estão classificados por força legal no art. 83 de CC, que assim dispõe:
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:
I - as energias que tenham valor econômico;
II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;
III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.
4. BENS CORPÓREOS E INCORPÓREOS 
Os romanos fizeram uma relevância entre bens corpóreos e incorpóreos. Porem essa classificaçãonão foi adotado pela nossa legislação, pois o código considerou os modernos juristas, como o fazia Teixeira De Freitas, não é certo separar, de um lado, a coisa, como objeto material sobre que recai o direito (res corporales), e, do outro lado, colocar os direitos, coibindo-se do objeto dos direitos reais. 
 BEVILÁQUA afirmou que essa divisão não foi incluída no Código de 1916 “por falta de interesse prático” 10. 
Bens corpóreos possuem existência física e material, e podem ser alcançados pelo homem. Os Bens Incorpóreos possuem existência abstrata e valor econômico, como o direito autoral. Para os romanos o critério distinguido era a possibilidade de serem tocados
CAIO MÁRIO DA SILVA PEREIRA Diz que nos tempos atuais, tal procedimento não seria exato, por excluírem as coisas perceptíveis por outros sentidos, “como os gases, a energia e o vapor que não podem ser atingidos materialmente com as mãos e nem por isso deixam de serem coisas corpóreas”. 
FRANCISCO AMARAL, “A alienação de bens incorpóreos, todavia, faz-se pela cessão”. Quando se fala em cessão de crédito, cessão de direitos hereditários faz-se abstração dos bens sobre os quais incidem os direitos que se transferem.
Seção III
Dos Bens Fungíveis e Consumíveis
Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade.
Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação.
Os Bens Fungíveis são bens que podem ser substituídos por outros de mesma espécie, semelhantes na quantidade e gênero.
Exemplo: dinheiro, peças automobilísticos e eletrodomésticos entre outros demais.
GONÇALVES, 2005, “A fungibilidade é o resultado da comparação entre duas coisas, que se consideram equivalentes. Os bens fungíveis são substituíveis porque são idênticos, econômica, social e juridicamente. A característica advém, pois da natureza das coisas”.
STOLZE, 2007, são os bens móveis cuja utilização reiterada não acarreta destruição da sua substância. “são bens que suportam uso continuado, sem prejuízo do seu perecimento progressivo natural”.
NELSON ROSENVALD e CRISTIANO CHAVES DE FARIAS são “bens insusceptíveis de substituição por outro de igual qualidade, quantidade e espécie”.
Os Bens Consumíveis são aqueles que podem ser utilizados apenas uma única vez, pois na sua primeira utilização ocorrera o extermínio de suas substâncias.
Exemplo: alimentos.
GONÇALVES, 2012, “São bens consumíveis os bens móveis cujo uso importa em destruição imediata da própria substância, sendo considerados também os destinados a alienação”.
SILVA, 2008, “pode ocorrer de um bem consumível tornar-se inconsumível pela vontade das partes, como um comestível ou uma garrafa de bebida rara emprestada para uma exposição”.
Cezar Fiúza, para o autor bens consumíveis “são bens móveis cuja utilização acarreta destruição da sua substância” Exemplos, são: alimentos, cosméticos etc.
 Seção IV Dos Bens Divisíveis
Art. 87. Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam.
Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade das partes
Os Bens divisíveis são aqueles que podem ser fracionados em partes distintas, mantendo as mesmas qualidades e não sofreram nenhum tipo de transformação na sua substância. 
I - Por natureza: Não se repartem sem alterar na sua substância. 
II – Por determinação legal: A lei impede seu fracionamento. 
III – Por vontade das partes (convencional): As partes fazem um acordo, mesmo que de natureza divisível e que não passe de cinco anos, suscetível de prorrogação ulterior. Caso a não divisão for estabelecida pelo doador ou testador, não poderá exceder de cinco anos.
MARIA HELENA “é aquela cuja prestação é suscetível de cumprimento parcial, sem prejuízo de sua substância e de seu valor. Trata-se de divisibilidade econômica e não material ou técnica”.
CLÓVIS leciona que o pensamento de divisibilidade assim aceito pelo estatuto civil “ajusta-se bem às coisas corpóreas; mas o direito estendeu a ideia de indivisibilidade às coisas incorpóreas, e até às próprias relações jurídicas. Assim é que as obrigações podem ser divisíveis ou indivisíveis, segundo a natureza das respectivas prestações”.
JOSÉ CARLOS MOREIRA ALVES diz que para a “hipótese de 10 pessoas herdarem um brilhante de 50 quilates, que, sem dúvida, vale muito mais do que 10 brilhantes de 5 quilates; se esse brilhante for divisível (e, a não ser pelo critério da diminuição sensível do valor, não o será), qualquer dos herdeiros poderá prejudicar todos os outros, se exigir a divisão da pedra”.
Seção V
Dos Bens Singulares e Coletivos
Art. 89. São singulares os bens que, embora reunidos, se consideram de per si, independentemente dos demais.
Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária.
Parágrafo único. Os bens que formam essa universalidade podem ser objeto de relações jurídicas próprias.
Art. 91. Constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, dotadas de valor econômico.
Os Bens Singulares são classificados em simples e compostos. Os simples são as coisas integradas de um todo, sua formação pode ser natural ou por ações humanas. E os compostos são coisas simples que unem diferentes objetos e para formação de apenas um, mas sem a remoção da condição individual de cada um. 
 Já os bens coletivos são aqueles integrados em um conjunto, no qual é formado por inúmeras coisas singulares, transformando assim um único todo, que possui individualidade própria, diferente de seus componentes. 
Exemplo: uma árvore (singular simples), uma floresta (coletivo).
Os bens coletivos são subdivididos em: 
I- Universalidades de fato: refere-se ao conjunto de bens singulares, corpóreos e homogêneos, conectados pela vontade do homem para a realização de um fim, como Exemplo: Galeria de quadros ou uma biblioteca.
II- Universalidades de direito: em referência aos bens singulares corpóreos ou incorpóreos, no qual à norma jurídica dá unidade. É o caso do patrimônio, da herança e da massa falida. 
Nelso Rosenvald ”bens considerados em sua individualidade independentemente dos demais” 
FIUZA, 2004, “são individualizados como um livro ou um apartamento”. 
STOLZE, 2007, Bens coletivos é a reunião de bens que serão considerados em seu conjunto formando um todo unitário. “As coisas coletivas formam universalidade de fato ou de direito”.
CAPÍTULO II
Dos Bens Reciprocamente Considerados
Art. 92. Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele cuja existência supõe a do principal.
Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro.
Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso.
Art. 95. Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de negócio jurídico.
Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias.
§ 1o São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor.
§ 2o São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem.
§ 3o São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore.
Art. 97. Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor.
Os Bens principais possuem existência própria, peculiar, no qualexistem por si só. Já os bens acessórios são definidos em frutos, produtos, rendimentos e benfeitoria.
GONÇALVES, 2005, O proprietário do principal é o proprietário do acessório. 
Stolze E Pamplona, principal é o bem que possui autonomia estrutural, ou seja, que existe sobre si, abstrata ou concretamente. Acessório é aquele cuja existência supõe a do principal.
JOSÉ AUGUSTO CÉSAR discorre duas coisas: “a natureza é a mesma. Sendo a árvore e a casa acessórios do mesmo solo, e o solo imóvel, ambas também o são. O proprietário é o mesmo. Quem adquire o terreno adquire a casa e a árvore”.
Devidas exceções são aplicadas, com o mesmo acordo entre as partes, dispostas por lei, ou derivando das circunstâncias do caso.
 CAPÍTULO III
Dos Bens Públicos
Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.
Art. 99. São bens públicos:
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.
Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos à usucapião.
Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.
O artigo 99 do Código Civil possui três categorias de bens públicos: os de uso comum do povo, os de uso especial e os dominicais.
Os de uso comum do povo são aqueles bens para “utilização concorrente de toda a comunidade”, são uso livre da população, porem possuem certo custo e não dependem de prévia autorização do Poder Público para uso. 
Exemplo: ruas, praças rios, mares.
Os de uso especial são aqueles destinados ao “cumprimento das funções públicas”. Sua utilidade é restrita, não é livremente utilizado pelas pessoas, sejam eles bens imóveis ou móveis, sejam eles divisões públicas, museus, veículos oficiais, entre outros.
Os bens dominicais são aqueles que não se enquadram nem sob o título de “uso especial do povo” nem sob “uso especial”, pois esta dentro do patrimônio da Administração Pública, que é usado para fins econômicos, no qual acaba se obtendo lucros sobre eles. 
Hely Lopes Meirelles são bens públicos “em sentido amplo, todas as coisas, corpóreas ou incorpóreas, imóveis, móveis e semoventes, créditos, direitos e ações que pertençam, a qualquer título, às entidades estatais, autárquicas, fundacionais e empresas governamentais”.
Celso Antonio Bandeira de Mello, bens públicos “são todos os bens que pertencem às pessoas jurídicas de direito público” e acrescenta ainda, aqueles que, “embora não pertencentes a tais pessoas, estejam afetados à prestação de um serviço público”.
Marcus Vinícius Corrêa Bittencourt significa “conferir uma destinação pública a um determinado bem, caracterizando-o como bem de uso comum do povo ou bem de uso especial, por meio de lei ou ato administrativo”.
. CONCLUSÃO
 
 
 Tendo em vista os aspectos observados, pode se concluir que, bens  é tudo aquilo que tem utilidade às pessoas, mesmo sendo “coisas”, imateriais ou materiais. Bens no âmbito jurídico são válidos como objeto de relação. Ao fim do trabalho pode se analisar que existem distintas classificações de bens. E apesar de serem distintas, elas se associa uma com a outra. Em suma, percebe-se que um bem não precisa necessariamente possuir apenas uma classificação, pode haver mais de uma, tomemos de exemplo um automóvel comum: ele pode possuir classificação de móvel, coletivo, indivisível, fungível e corpóreo.
REFERENCIA
BITTENCOURT, Marcus Vinicius Corrêa. Manual de Direito Administrativo, 1ª ed. 2ª Tiragem. Belo Horizonte: Editora Fórum, 2006, p. 263
Caio Mário da Silva Pereira, Instituições, cit., v. 1, p. 256; Francisco Amaral, Direito civil, cit., p. 302; Enneccerus, Kipp e Wolff, Tratado de derecho civil, v. 1, n. 114.
Código Civil Atualizado
Código Civil interpretado conforme a Constituição da República. Rio de Janeiro: Renova, 2004
Clóvis Beviláqua, Teoria, cit., p.169
 C. Mário da Silva Pereira, Instituições de Direito Civil, pg. 254.
BEVILÁQUA, Clóvis. Código Civil dos Estados Unidos do Brasil. Ed. histórica. Rio de Janeiro: Ed. Rio, 1977. t. I.
DINIZ, Maria Helena. “Curso de Direito Civil Brasileiro” Vol. 1 - Teoria Geral do Direito Civil - 29ª Ed. 2012 
FÁRIAS, Cristiano Chaves e ROSENVALD, Nelson: Direito Civil, Teoria Geral, 6º edição, Lúmen Júris, Rio de Janeiro, 2007
FIÚZA, Cezar. Direito Civil: Curso Completo. Belo Horizonte: Del Rey, 2004.
Francisco Amaral, Direito civil, cit., p. 303.
GAGLIANO, Pablo Stolze; FILHO, Rodolfo Pamplona, Novo Curso de Direito Civil, Parte Geral, 8º edição. Volume 1.  Saraiva. São Paulo, 2007
GAGLIANO, Pablo Stolze; GAGLIANO, Rodolfo Pamplona. Novo Curso de Direito Civil: Parte Geral - Vol. 1. 14. ed. Saraiva, São Paulo, 2012.
Gonçalves, Carlos Roberto. Direito das Obrigações. 9. ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2012. 436p.
Gonçalves, Carlos Roberto. Contratos e Atos Unilaterais. 5. ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2008. 497p.
José Carlos Moreira Alves, A Parte Geral, cit., p. 137.
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de Direito Administrativo. São Paulo: Saraiva, 2005, p. 704
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo: Malheiros, 2004, p. 493
MELLO, Celso A. Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. São Paulo: Malheiros, 2004, p. 803
Pablo Stolze, Gagliano, Rodolfo Pamplona Filho. ... 2004. 5ª edição, 2ª tiragem — fev. 2005. 5ª edição, 3ª tiragem — mar. 2005
Silva, De Plácido e. Dicionário Jurídico Conciso. 1. ed. Rio de janeiro: Editora Forense, 2008. 749p
VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil: parte geral. 14. ed. São Paulo: Atlas, 2014
FORMIGA /MG
Outubro/ 2018

Outros materiais