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1 
 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA 
 
PROPOSTA DE PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR DA 
DISCIPLINA: 
 GESTÃO ESCOLAR (CEL0372) 
 
 
 
IASMIN DE SOUZA DA SILVA 
201702085058 
 
 
 
 
 
BELFORD ROXO 
SETEMBRO 2020 
 
2 
 
 
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
 
PROPOSTA DE PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR DA 
DISCIPLINA: 
GESTÃO ESCOLAR (CEL 0372) 
 
 
 
Relatório exigido como parte dos requisitos para a conclusão 
 da disciplina: Gestão Escolar (CEL 0372), 
do curso de Pedagogia, modalidade EAD, sob orientação 
 da professora Marilia Gomes Godinho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Belford Roxo 
2020 
 
3 
 
O papel da gestão escolar 
 Desde a década de 20, os estudiosos da educação perceberam semelhanças entre a 
administração de escolas e empresas da sociedade. Assim como donos de empresas, os gestores 
de escolas precisam lidar com fluxo de caixa, pagamento de funcionários, motivação de 
professores e colaboradores, entre outros aspectos. A partir dessa percepção, esses estudiosos e 
gestores começaram a importar conceitos da administração de empresas para a administração 
das escolas. Com isso, surgiu o que foi chamado de administração escolar. 
Porém, da década de 20 até os dias de hoje, a sociedade — e com ela, as escolas — sofreu 
diversas mudanças. Apesar das semelhanças em alguns aspectos, a escola se diferencia muito 
de uma empresa tradicional. A educação não é um produto, e o papel da escola, e vai além de 
apenas repassar conteúdos para os seus alunos. Desse modo, os conceitos da administração 
tradicional criavam um ambiente centralizador e burocrático. E isso não condiz com o que a 
nova realidade social espera desses novos cidadãos. Também não se adequavam totalmente ao 
contexto educacional desse tipo de instituição. Com isso, no final da década de 80, surgiu o 
conceito de gestão escolar. Assim como a administração escolar, ele também traz para o 
contexto educacional elementos da administração. 
 Uma boa educação é uma das principais bases para uma boa sociedade e com isso a gestão 
escolar precisa estar funcionando corretamente. A gestão escolar nada, mas é do que uma 
espécie de modelo educacional elaborado pelas instituições de ensino. O seu foco é impulsionar 
e coordenar diferentes dimensões das habilidades, dos talentos e, também, da dita competência 
educacional, aprimorando o ensino, obtendo resultados de empenho na execução de uma boa 
liderança, de relevância do currículo e da participação ativa da sociedade.Com o objetivo de 
aplicar princípios e estratégias essenciais para ampliar a eficácia dos processos dentro da 
instituição e, assim, promover uma consistente melhoria do ensino ofertado aos estudantes, 
ofertando condições de avanços nos processos socioeducacionais da escola. 
Ao definir a gestão como elemento prioritário em seu escopo de ações, a escola adquire a 
capacidade de se concentrar na promoção do crescimento, da coordenação e da organização das 
condições básicas para afiançar um progresso sustentável. 
A GESTÃO PARTICIPATIVA 
 A gestão escolar pode ser definida de duas formas, a participativa e a democrática. 
http://www.proesc.com/blog/organizar-o-fluxo-de-caixa-da-escola/
http://www.educabrasil.com.br/administracao-escolar/
http://www.proesc.com/blog/gestao-escolar/
http://www.proesc.com/blog/otimizar-processos-pedagogicos/
4 
 
 A gestão participativa é aquela onde a sociedade interage de uma certa forma, seja no 
planejamento, na execução e na fiscalização dos recursos da escola. As decisões são tomadas 
pelo conselho escolar, formado por representantes dos pais, alunos, professores, coordenadores, 
secretários e diretores da escola. 
 
A GESTÃO DEMOCRÁTICA 
 Em uma gestão democrática, as relações não são verticais, pois as decisões são tomadas no 
coletivo, com representatividade de todos os segmentos. Tem como objetivo formar cidadãos 
capazes de tomar decisões com responsabilidades. A gestão compreende um objetivo, um 
percurso. Um objetivo porque define uma meta a ser sempre aprimorada; e um percurso porque 
se revela como um processo que, a cada dia, se avalia e se reorganiza. Este modelo de gestão 
escolar está presente em documentos legais, como a Constituição Federal Brasileira, que em 
seu artigo 206, inciso VI, relata a importância da “gestão democrática do ensino público”, 
colocando-a como obrigatória em todo e qualquer órgão público de educação (BRASIL, 1988), 
sendo um dos princípios constitucionais; e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDBEN), 
Lei n.º 9.394/96, onde estabelece que as escolas precisam ser organizadas e administradas tendo 
como pressupostos os princípios da Gestão Democrática (BRASIL, 1996). Podemos citar como 
características da gestão escolar democrática: o compartilhamento de decisões e informações, 
a preocupação com a qualidade da educação e com a relação custo-benefício e a transparência, 
fatores que são operacionalizados por instâncias colegiadas, tais como os conselhos escolares. 
 
OS 6 PILARES DA GESTÃO ESCOLAR 
 Para que haja uma boa construção na autonomia em todos os sentidos ou seja 
financeiro, acadêmico, pedagógico, redução de custos, otimização de processos, 
aproveitamento do tempo etc., a gestão escolar precisa desenvolver seis pilares, que ajudarão 
no aperfeiçoamento do seu processo. 
➢ 1º GESTÃO PEDAGÓGICA 
 O primeiro pilar é prioridade máxima na gestão escolar, já que ele está ligado diretamente a 
instituição. Por meio das práticas dessa forma de administração de ambientes educacionais é 
http://www.proesc.com/blog/sistemas-para-gestao-financeira-de-escolas-e-cursos/
http://www.proesc.com/blog/saiba-como-reduzir-os-custos-financeiros-da-sua-escola/
http://www.proesc.com/blog/otimizar-processos-pedagogicos/
5 
 
que são definidas as principais diretrizes para a atividade de uma escola, ou seja, a formação 
pessoal e acadêmica dos alunos. 
Essa área da gestão escolar tem foco na mobilização de recursos e estruturação de processos da 
área educacional da escola. Ou seja, a gestão pedagógica é a responsável pela organização e 
pelo planejamento da proposta política e pedagógica de ensino da escola, assim como definição 
dos melhores métodos de ensino e aprendizagem. Além disso, ela é a responsável por 
estabelecer metas educacionais e avaliar o alcance desses objetivos. Também é a área da gestão 
escolar é responsável por avaliar o desenvolvimento de professores e alunos, assim como criar 
um ambiente estimulante e que proporcione a aprendizagem. 
 O diretor e o coordenador pedagógico são os principais responsáveis por essa área da gestão 
escolar. E o coordenador pedagógico o principal responsável pela gestão pedagógica. É ele que 
deve integrar todas as informações e objetivos pedagógicos, englobando-os no planejamento 
escolar anual da instituição. Ele também é o responsável por engajar todos os envolvidos no 
processo educacional no cumprimento desses objetivos e metas, incluindo professores, 
profissionais da escola, alunos e seus familiares. E além do mais, avalia o trabalho exercido 
pelos professores e transforma suas demandas e dificuldades em planos de ação. 
Para cumprir seus objetivos, a gestão pedagógica engloba quatro áreas. São elas: gestão de 
currículo, gestão da ação docente, gestão do patrimônio e gestão de resultados. 
➢ 2º GESTÃO ADMINISTRATIVA DA ESCOLA 
 A gestão administrativa está mais relacionada ao cuidado dos bens da escola, incluindo 
compras e manutenção. Ela também se relaciona com a legislação referente ao funcionamento 
de uma instituição educacional, assim como cadastro e acompanhamento de matrículas e 
alunos. Para garantir que sua atuação seja exemplar, é imprescindível: 
Manter um estado de constante atenção às normas e leis educacionais; 
Prezar pela manutenção dos bens da instituição; 
Ter atenção com as atividades rotineirasda secretaria (e de outras áreas) e com operações 
pertinentes, de forma a ensejar um melhor trabalho do corpo docente. 
➢ 3° GESTÃO FINANCEIRA DA ESCOLA 
 A funcionalidade da gestão financeira escolar consiste em gerir os recursos financeiros. Sua 
função é realizar um levantamento de todas as receitas e despesas, definir o destino dos 
recursos, fazer a distribuição apropriada do dinheiro de acordo com as demandas de cada 
6 
 
atividade e setor etc. A gestão escolar financeira competente é aquela capaz de garantir que 
todos os setores tenham suas demandas atendidas e possam funcionar de forma plena e 
satisfatória, contribuindo para que a organização alcance seus objetivos de negócios. 
➢ 4° GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS DA ESCOLA 
 A gestão de RH envolve lidar com o corpo docente, o corpo discente, os pais e os 
funcionários. O setor de recursos humanos deve prezar por uma boa relação com todo esse 
contingente de pessoas ligado direta e indiretamente aos processos da instituição. Contudo, o 
foco deve ser majoritariamente o engajamento e a motivação dos colaboradores, para que eles 
possam desenvolver as habilidades necessárias para a obtenção de um melhor desempenho da 
escola. O quarto pilar também se preocupa com a distribuição adequada de tarefas e o trabalho 
em equipe entre todos os envolvidos com a escola. 
➢ 5° GESTÃO DA COMUNICAÇÃO DA ESCOLA 
 A gestão da comunicação está ligada ao bom relacionamento entre todos os envolvidos no 
processo educacional, bem como, o alinhamento de toda a equipe docente com os objetivos da 
escola. Também é a responsável por manter os pais e familiares informados sobre todas as 
questões referentes ao ensino dos seus filhos. 
➢ 6° GESTÃO DE TEMPO E QUALIDADE DE ENSINO 
 A gestão de tempo e eficiência dos processos se preocupa com a otimização de processos 
internos da escola, identificando pontos que mereçam atenção e de melhoria. Ela visa a 
dinamização de todos os processos de forma a que se consiga um funcionamento mais eficiente 
da instituição educacional. 
 
PROGRAMAS DE APOIO A GESTÃO EDUCACIONAL 
➢ PDE- Plano de Desenvolvimento da Escola 
 Plano de Desenvolvimento da Escola é um programa de apoio à gestão escolar baseado no 
planejamento participativo e seu objetivo é auxiliar as escolas públicas a melhorar a sua gestão. 
Para as escolas priorizadas pelo programa, o MEC repassa recursos financeiros destinados a 
apoiar a execução de todo ou parte do seu planejamento. 
http://www.proesc.com/blog/otimizar-processos-pedagogicos/
http://www.proesc.com/blog/motivar-professores-desmotivados/
http://ehttp/www.proesc.com/blog/otimizar-processos-pedagogicos/
http://ehttp/www.proesc.com/blog/otimizar-processos-pedagogicos/
7 
 
PDDE Interativo é o ambiente informatizado (plataforma), utilizado pelas escolas públicas, 
Secretarias e pelo MEC, primeiramente para o funcionamento do PDE Escola e depois para as 
ações PDDE Campo, PDDE Água e esgotamento sanitário, PDDE Sustentável e PDDE 
Acessível, para o planejamento e execução e funcionamento. Em 2012, a metodologia do PDE 
Escola foi disponibilizada para todas as escolas através do PDE Interativo. A partir de 2014, o 
sistema foi denominado PDDE INTERATIVO, para melhor identificação com os programas 
que transferem recursos via PDDE. 
➢ Pradime- programa de apoio aos dirigentes municipais de educação 
 O Programa de Apoio aos Dirigentes Municipais de Educação (Pradime), parceria do 
Ministério da Educação com a União Nacional dos Dirigentes Municipais (UNDIME), foi 
criado com o objetivo de fortalecer e apoiar os dirigentes da educação municipal na gestão dos 
sistemas de ensino e das políticas educacionais. O intuito do programa é contribuir para o 
avanço em relação às metas e aos compromissos do Plano Nacional de Educação (PNE) e do 
Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). 
O seu objetivo é oferecer a todos os dirigentes municipais de educação e as equipes técnicas 
que atuam na gestão da educação e do sistema municipal, um espaço permanente de formação, 
troca de experiências, acesso a informações sistematizadas e à legislação pertinente, que ajude 
a promover a qualidade da educação básica nos sistemas públicos municipais de ensino, 
focando as diversas dimensões da gestão educacional. 
 O PRADIME desenvolve dois tipos principais de atividade: encontros presenciais e curso a 
distância. A primeira propicia a participação dos dirigentes municipais em encontros com 
representantes do MEC, do MEC/FNDE e da UNDIME, dentre outros, onde são discutidos 
diversos programas e temas relacionados à política educacional. Neles são realizadas palestras, 
oficinas e também apresentações de exemplos bem sucedidos de gestão da educação municipal. 
A segunda iniciativa, o curso a distância, é um espaço de aperfeiçoamento e formação dos 
dirigentes municipais de educação em nível de extensão e, em alguns casos, especialização. O 
curso aborda as diversas temáticas que estão sob sua responsabilidade, abrangendo o 
planejamento e a avaliação do sistema educacional, o financiamento e a gestão orçamentária, a 
infraestrutura física e a logística de suprimentos bem como a gestão de pessoas, considerando 
o ambiente de governança democrática. Neste espaço virtual de aprendizagem, além do curso 
propriamente dito, o aluno ainda encontrará um espaço propício para o intercâmbio de ideias e 
experiências, contando com o apoio e orientação de professores consultores. 
8 
 
 
➢ Escola de Gestores da Educação Básica 
O Programa Nacional Escola de Gestores da Educação Básica Pública faz parte das ações do 
Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) e surgiu da necessidade de se construir 
processos de gestão escolar compatíveis com a proposta e a concepção da qualidade social da 
educação, baseada nos princípios da moderna administração pública e de modelos avançados 
de gerenciamento de instituições públicas de ensino, buscando assim, qualificar os gestores das 
escolas da educação básica pública, a partir do oferecimento de cursos de formação a distância. 
A formação dos gestores é feita por uma rede de universidades públicas, parceiras do MEC. 
O Programa Nacional Escola de Gestores da Educação Básica Pública tem como objetivos 
gerais: 
-Formar, em nível de especialização (lato sensu), gestores educacionais efetivos das escolas 
públicas da educação básica, incluídos aqueles de educação de jovens e adultos, de educação 
especial e de educação profissional. 
- Contribuir com a qualificação do gestor escolar na perspectiva da gestão democrática e da 
efetivação do direito à educação escolar com qualidade social. 
Como resultado dessa iniciativa, o MEC espera a melhoria dos índices educacionais das escolas 
e municípios atendidos. 
➢ Programa Nacional de Fortalecimento dos Concelhos Escolares 
O Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares tem por objetivo fomentar a 
implantação dos conselhos escolares, por meio da elaboração de material didático específico e 
formação continuada, presencial e a distância, para técnicos das Secretarias Estaduais e 
Municipais de educação e para conselheiros escolares, de acordo com as necessidades dos 
sistemas de ensino, das políticas educacionais e dos profissionais de educação envolvidos com 
gestão democrática. 
Aos conselhos escolares cabe deliberar sobre as normas internas e o funcionamento da escola, 
além de participar da elaboração do Projeto Político-Pedagógico; analisar as questões 
encaminhadas pelos diversos segmentos da escola, propondo sugestões; acompanhar a 
execução das ações pedagógicas, administrativas e financeiras da escola e mobilizar a 
comunidade escolar e local para a participação em atividades em prol da melhoria da qualidade 
da educação, como prevê a legislação. 
9 
 
Para tanto, são promovidas ações de formação para conselheiros escolares e para técnicos e 
dirigentes das Secretarias Estaduais e Municipais de Educação, utilizandoinclusive 
metodologias de educação a distância, a saber: 
▪ Oficinas de Elaboração de Projetos para Implantação e Fortalecimento de Conselhos 
Escolares 
São Encontros Presenciais que têm por objetivo a capacitação de profissionais da educação 
(técnicos) das Secretarias Estaduais e Municipais de Educação, que desenvolverão ações de 
formação continuada para conselheiros escolares das escolas dos seus respectivos sistemas de 
ensino. 
▪ Encontros Municipais de Formação de Conselheiros Escolares 
São Encontros Presenciais que têm por objetivo a capacitação de conselheiros escolares. 
Durante os Encontros são realizadas palestras e oficinas, onde é trabalhado o material didático 
pedagógico elaborado especificamente para o Programa. 
▪ Curso de Extensão a Distância Formação Continuada em Conselhos Escolares 
São Cursos que têm como objetivo desenvolver competências e qualificar a atuação de técnicos 
das Secretarias Estaduais e Municipais de Educação na promoção de ações para a formação 
continuada de conselheiros escolares. 
▪ Curso de Formação para Conselheiros Escolares 
São Cursos que têm como objetivo a qualificação dos conselheiros escolares para que 
participem efetivamente da gestão da escola, contribuindo para a melhoria da qualidade da 
educação. 
▪ Elaboração de material didático-pedagógico específico para a formação de Conselheiros 
Escolares 
Consiste na elaboração de cadernos que constituem o material pedagógico do Programa e que 
servem de subsídio para as oficinas e cursos ofertados pelo Programa e pelas Secretarias 
Estaduais e Municipais de Educação. 
 
➢ Pró-Conselho- Programa Nacional de Capacitação dos Conselheiros Municipais 
de Educação 
 O Pró-Conselho tem como principal objetivo qualificar gestores e técnicos das secretarias 
municipais de educação e representantes da sociedade civil para que atuem em relação à ação 
pedagógica escolar, à legislação e aos mecanismos de financiamento, repasse e controle do uso 
10 
 
das verbas da educação. O programa estimula a criação de novos conselhos municipais de 
educação, o fortalecimento dos existentes e a participação da sociedade civil na avaliação, 
definição e fiscalização das políticas educacionais, dentre outras ações. 
GRANDES MUDANÇAS 
 Diversas mudanças vêm ocorrendo na sociedade, decorrentes dos avanços nos meios 
científicos e tecnológicos que acabam determinando mudanças nas formas de como as 
pessoas vivem, se relacionam, trabalham e estudam e com isso leva a necessidade de repensar 
na formação do gestor escolar. 
Na escola, o gestor, é o responsável pela organização e administração das relações e do 
trabalho pedagógico. É quem deve articular os processos formativos da escola em 
consonância com a realidade social, sendo, portanto, necessário a este profissional não apenas 
o domínio técnico de procedimentos administrativos, mas também a capacidade de diálogo 
com seus pares e uma clara percepção do contexto social e das inovações exigidas na escola. 
Mudanças na sociedade e na escola implicam necessariamente também em mudanças na 
postura do gestor escolar, o que envolve muitos desafios, pois “[...] introduzir mudanças ou 
ampliações no papel do gestor não é simples, esbarra em dificuldades e resistência dos 
educadores presos à concepções funcionalistas e burocrática da escola” (ALMEIDA, 2007, p. 
31). 
 e são, ainda bastante insípidas as iniciativas no sentido de propiciar a esse 
profissional uma formação que satisfaça as suas necessidades na tarefa de organizar e 
administrar uma escola em que haja uma articulação entre o pedagógico e o administrativo no 
sentido de promover o aprendizado e a construção cidadã a partir de elementos, como a 
tecnologia, ponto gerador de transformações nas diversas esferas sociais (ALMEIDA, 2007, 
p. 31). 
 A gestão democrática surge de inúmeras discussões ao longo da história da educação. “Os 
primeiros movimentos de participação na gestão da escola pública que se tem notícia foram 
dos estudantes secundaristas no antigo Distrito Federal, durante a gestão de Anísio Teixeira 
como secretário de educação, nos anos de 1931-1935” (BASTOS, 2002, p. 19), contudo a 
gestão democrática passa a ter força de lei a partir da Constituição Federal de 1988. 
O processo de formação especifica de gestores é bastante recente na história da educação 
brasileira. Segundo Antunes (2008), somente a partir de 1847 a legislação brasileira viria 
11 
 
reconhecer a necessidade de um diretor escolar. E ainda segundo a mesma autora, essa 
discussão seria retomada somente em 1890, após a proclamação da República no Brasil, 
marcando, ainda que timidamente, um novo entendimento sobre educação no Brasil. De 
acordo com Souza (2006), a década de 1930 com os eminentes processos de industrialização 
que já deixavam sua marca na sociedade brasileira, e trouxeram novamente à tona a 
necessidade de um administrador escolar, embora a tônica fosse o aspecto administrativo em 
detrimento do pedagógico. Esta concepção de administrador escolar recebia uma forte 
influência do modelo de administração empresarial, científica e burocrática de Taylor, Fayol e 
Weber. Nesse mesmo período, a luta dos educadores pela construção de um Plano Nacional 
de Educação resultou na apresentação de um “Plano de Reconstrução Educacional”, que ficou 
conhecido como Manifesto dos Pioneiros da Educação. Esse documento defendia os 
princípios de laicidade, obrigatoriedade, gratuidade, universalização e nacionalização do 
ensino fundamental, além de conter reflexões relacionadas à Administração Escolar. No que 
se diz respeito à formação do diretor, propunha-se que fosse pautada no conhecimento 
filosófico e científico. Já com relação à sua função, defendia-se a necessidade de autonomia 
para romper com a centralização das decisões educacionais (ANTUNES, 2008, p. 7). 
 Por meio do Decreto-Lei n.1.190 de 4 de abril de 1939 foi criado o curso de Pedagogia, 
reformulado em 1962, por meio do Parecer CFE n.º 251, depois em 1969, por meio do 
Parecer CFE n.º 252, do Conselho Federal de Educação, ambos de autoria do Conselheiro 
Valnir Chagas. Na parte diversificada do curso de Pedagogia foram previstas as habilitações: 
ensino das disciplinas e atividades práticas dos cursos normais; orientação educacional; 
administração escolar; supervisão escolar e inspeção escolar (SILVA, 1999, p.28-29). De 
acordo com o que indicavam os pareceres, por muitos anos, a formação inicial do diretor 
escolar esteve contemplada no curso de Pedagogia, no entanto, para assumir o cargo em uma 
escola, ter concluído o curso com a habilitação de especialista em administração escolar não 
era condição essencial. A década de 1960 iria trazer inserções significativas na construção da 
figura do diretor escolar, por meio da aprovação da LDB 4.024/61 que em seu artigo 42 
afirma que “o diretor de escola deverá ser educador qualificado”, sem, contudo, especificar o 
caráter desta qualificação (Antunes, 2008). Em 1962, o Conselho Federal de Educação 
normatiza por meio do Parecer nº 93/62, que 
O educador qualificado seria aquele que reunisse qualidades pessoais e profissionais que o 
tornassem capaz de infundir à escola a eficácia do instrumento educativo por excelência e de 
12 
 
transmitir a professores, alunos e à comunidade sentimentos, ideias e aspirações de vigoroso 
teor cristão, cívico, democrático e cultural (ANTUNES, 2008, p. 7). 
A LDB nº 5.692/71 viria para definitivamente instituir o cargo de diretor escolar, tendo nesse 
a imagem de um profissional responsável por gerenciar os espaços e a equipe escolar 
(Antunes, 2008). As décadas de 1980 e 1990 serão marcadas pelas discussões em torno da 
redemocratização (Teixeira, 2011) que incidem em uma maior abertura na participação dos 99 
profissionais da gestão nas decisões, sendo os conselhos colegiados frutos destas discussões e 
mobilizações. Neste período ganhavazão o termo gestão escolar, imbuído de um cunho 
eminentemente político. 
Em 2006, a Resolução CNE-CP n.º 1, instituiu as diretrizes curriculares nacionais para o 
curso de graduação em Pedagogia, licenciatura e estabeleceu no artigo 4º que, além da função 
de docência, o egresso do curso participará na organização e gestão de sistemas e instituições 
de ensino. O egresso da Pedagogia passou a não ter mais o título de especialista em educação, 
por ter cursado uma das habilitações expressas nos pareceres, já citados anteriormente, mas 
permaneceu o preparo para a administração, planejamento, inspeção, supervisão e orientação 
educacional para a educação básica (artigo 64 da LDB nº 9.394/96). De acordo com Teixeira 
(2011) em 2005, tendo como meta melhorar os indicadores de qualidade da educação básica, 
o governo federal lança o programa “Escola de Gestores da Educação Básica”, sob 
responsabilidade do MEC. 
O Programa Nacional Escola de Gestores da Educação Básica Pública faz parte das ações do 
Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) e surgiu da necessidade de se construir 
processos de gestão escolar compatíveis com a proposta e a concepção da qualidade social da 
educação, baseada nos princípios da moderna administração pública e de modelos avançados 
de gerenciamento de instituições públicas de ensino, buscando assim, qualificar os gestores das 
escolas da educação básica pública, a partir do oferecimento de cursos de formação a distância. 
A formação dos gestores é feita por uma rede de universidades públicas, parceiras do MEC. 
O Programa Nacional Escola de Gestores da Educação Básica Pública tem como objetivos 
gerais: 
- Formar, em nível de especialização (lato sensu), gestores educacionais efetivos das escolas 
públicas da educação básica, incluídos aqueles de educação de jovens e adultos, de educação 
especial e de educação profissional. 
 
13 
 
- Contribuir com a qualificação do gestor escolar na perspectiva da gestão democrática e da 
efetivação do direito à educação escolar com qualidade social. 
Como resultado dessa iniciativa, o MEC espera a melhoria dos índices educacionais das escolas 
e municípios atendidos. 
 
CONCLUSÃO 
 A grande importância do papel do gestor escolar, é na promoção de uma nova cultura no 
ambiente escolar. Significa novos conhecimentos, inserir novos contextos e trilhar novos 
caminhos metodológicos no cotidiano escolar, uma tarefa árdua, porém não impossível. 
Exigindo conhecimentos que construam a argumentação do gestor e consequentemente amplie 
as suas condições de diálogo, entretanto, para que tais ações ocorram, essa atividade requer 
apoio e parceria contínua, seja por parte da escola ou seja por parte do sistema de ensino. Para 
tanto, a formação continuada precisa ser tomada como um processo constante e não pontual, estando 
sempre interligada com as atividades e as práticas profissionais que estão sendo desenvolvidas dentro 
da escola. 
Os programas de apoio à gestão escolar são de grande importância para a melhoria da educação, porém não são 
o suficiente, pois ainda há muita coisa a se fazer com a realidade atual, muitos problemas ainda são encarados 
como: escolas públicas sucateadas, falta de recursos financeiro, falta de professores, profissionais de educação 
mal remunerados, violência dentro e fora da escola, dentre outros. 
Vieira ( 2007, p . 2 ), r e f l e t i n d o s o b r e o que é preciso fazer para termos uma escola que 
deveria ser de qualidade para todos, apresenta dois pressupostos: 
1. As políticas de educação devem ser políticas de Estado. Enquanto permanecerem à mercê de 
governos que vêm e vão, o Brasil continuará reinventando a roda, como tem sido feito desde os 
primórdios da história da educação. 
2. As po l í t i c a s e p rá t i ca s de ges t ão (educacional) e escolar e a formação do educador 
precisam estar em sintonia com foco permanente na aprendizagem. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 
Ministério da Educação. Disponível em http://www.portal.mec.gov.br Acesso em 28 de 
setembro de 2020. 
http://www.portal.mec.gov.br/
14 
 
PROESC. Disponível em http://www.proesc.com acesso em 29 de setembro de 2020. 
Escolas disruptivas. Disponível em http://www.escolasdisruptivas.com.br Acesso em 29 de 
setembro de 2020. 
ALMEIDA, M. E. B. (org.); ALONSO, M. (org.). Tecnologias na Formação e na Gestão 
Escolar. São Paulo: Avercamp, 2007. 132 p. 
ANTUNES, R. T. O gestor escolar. Maringá, 2008, Programa de desenvolvimento educacional: 
Caderno de Gestão. Disponível em: http://www.gestãoescolar.diadia.pr.gov.br Acesso em: 30 
de setembro de 2020. 
VIEIRA, Sofia Lerche. Política educacional, gestão e aprendizagem: por uma escola de 
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http://www.proesc.com/
http://www.escolasdisruptivas.com.br/
http://www.gestãoescolar.diadia.pr.gov.br/

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