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Ponte Rio-Niterói

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A ponte Rio - Niterói foi construída com objetivo de suprir a necessidade de 
deslocamento entre as duas cidades, que antes era necessário percorrer 120 quilômetros de 
estrada ou com auxilio de balsas. 
O inicio da construção foi dado no final de 1968, no governo do ex-presidente Artur da 
Costa e Silva, tendo como comprimento total 14 quilômetros, sendo 9 sobre o mar, 72 metros de 
altura ,27 metros de largura e comportando 6 faixas de transito. O projeto foi feito por Mario 
Andreazza, o ministro dos transportes. A escolha do trajeto da ponte foi pensada para ter o 
menor impacto no trafego marítimo e para evitar as águas mais profundas, demorou quase seis 
anos para ser finalizada, em 1974, e foi considerada a segunda maior ponte do mundo. 
Para verificar a viabilidade da obra foram utilizadas plataformas de sondagem que 
verificaram o subsolo onde ficariam as fundações. Fundações essas que foram executadas com 
ilhas flutuantes com usinas de concreto integradas, que faziam a perfuração das estacas 
utilizando sistema de camisas metálicas para fazer a contenção da água externa, utilizando um 
sistema de concretagem de baixo pra cima, fazendo com que o concreto expulsasse a água sem 
prejudicar a sua resistência final das estacas. Para construir os pilares foram usadas formas 
deslizantes, as formas erguem os pilares em que se assentam as pistas de trafego, somente no 
mar a ponte tem mais de uma centena de pilares que em alguns casos atingem 60 metros de 
altura. Na construção foram usadas vigas pré-moldadas de concreto protendido, conhecidas 
como longarinas e para formação do tabuleiro da ponte foram usadas aduelas pré-moldadas 
ligadas por cabos de aço e resina epoxi. Para a construção do vão central da ponte, que foi 
considerado o maior do mundo na época, foi preciso fazer uma linha de montagem na ilha do 
caju, onde foram utilizados 6 guindastes. 
A estrutura de aço foi idealizada pelo norte-americano James Graham, estrutura essa 
que suporta a de concreto e asfalto, projetadas por Antônio Alves de Noronha Filho e Benjamin 
Ernani Diaz. Toda a estrutura foi fabricada por empresas britânicas, que chegaram ao Brasil por 
transporte marítimo em módulos que foram instalados diretamente nos pilares da ponte. 
Segundo jornais da época, mais de trinta pessoas perderam a vida durante as obras da 
Ponte, entretanto, muitos pesquisadores afirmam que o número de mortos é bem mais elevado. 
“Morreram vários operários. Em um dos acidentes, eu me 
lembro bem, morreram 12 pessoas, inclusive um engenheiro. 
Como confirma pesquisa no Jornal do Brasil da Biblioteca 
Nacional, o acidente foi no dia 25 de março de 1970, ou seja, 
um ano após o início das obras. Mas não foi possível publicar, 
o assunto estava sob censura”. 
 
Contou o jornalista Romildo Guerrante ao portal da PUC. Guerrante cobriu as obras da 
Ponte Rio-Niterói. 
Em dias de vento a ponte chegava a oscilar em até 60 centímetros pra cima e para baixo, 
em algumas vezes precisando ser interditada para evitar acidentes. Então em 2004 foi instalado 
um sistema de ADS no interior da ponte que diminuiu em 80% a oscilação da ponte. Esse 
sistema consiste em uma estrutura de molas que absorvem a movimentação da ponte.

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