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Caso Beech_Atividade avaliativa

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Caso Beech-Nut 
 
Em Junho de 1998, Neil L. Hoyvald e John F. Lavery, presidente e vice-
presidente da Beech-Nut foram condenados à pena de prisão de um ano e meio e um dia 
e receberam multas no total de cem mil dólares por participação no que foi mais tarde 
descrito como a mais grave confissão de ilícito penal feito por uma grande empresa, fruto 
de um caso clássico de ganância e irresponsabilidade empresarial. 
Os dois haviam vendido milhões de garrafas de suco de maça que sabiam conter 
pouco ou nenhum suco de maça, descrito no rótulo do produto. Neste produto havia 
apenas flavorizante, água, açúcar e corante. Os consumidores desse produto falsificado 
eram bebês. 
O caso ocorreu porque foi decidido pela empresa trocar os produtos acima pela 
sua composição que era suco concentrado de maça afim de alcançar um custo menor. 
Contudo, um cientista da empresa, especialista e responsável pelo controle de qualidade 
dos alimentos que havia monitorado o fornecimento percebeu e enviou um memorando 
aos responsáveis pela administração, ou seja, manifestando a suspeita de que o 
concentrado de maça usado na produção do suco 100% da fruta poderia conter apenas 
ingredientes sintéticos. 
Hoyvald afirmou sentir a mostrar um melhoramento nos resultados financeiros a 
nova companhia matriz, a Nestlé. Recusar o suprimento de baixo custo na base de 
evidência circunstancial estava fora de cogitação. A administração podia achar algum 
consolo no fato de que a questão de segurança não estava em jogo. 
Essa reserva mental foi derrubada quanto a associação da indústria de suco 
processado de maça começou a investigar acusações de adulteração em grande escala. A 
fim de evitar acusações, a Beech-Nuch suspendeu o uso do concentrado sintético. Em 
vez de incorrer nas perdas que resultariam no recolhimento e destruição do produto, como 
insistia o chefe do controle de qualidade da firma e resolveram mais tarde, os servidores 
da Administração de Alimentos e Medicamentos, Hoyvard resolveu vender o estoque 
destes produtos, avaliado em 3,5 milhões de dólares afim de evitar o prejuízo financeiro 
enorme. Assim, eles resolveram após consultas com Hoyvald transferir todo estoque de 
sucos contaminado para fora da área de jurisdição do estado. 
E com o citado, nove carretas foram carregadas com os sucos adulterados, 26.000 
caixas, as quais foram levadas em uma operação chamada fantasmagórica do Estado de 
Nova York para um armazém em Nova Jersey. Posteriormente a Beech-Nut vendeu esses 
milhares de caixas de sucos adulterados em mercados do Caribe enquanto seus advogados 
da empresa usavam para tal, táticas de contemporização com órgãos federais e estaduais. 
A Beech-Nut foi pressionada contudo, a reconhecer a culpa de 215 acusações de 
violações das leis federais de alimentos e medicamentos e concordou em pagar uma multa 
de 2 milhões de dólares, uma das multas mais altas já impostas na história da Lei 
Americana de Medicamentos e Cosméticos. A despeito desse reconhecimento de culpa, 
os dois mais altos executivos citados no texto, declararam-se inocentes e foram 
submetidos posteriormente a julgamentos. 
Ninguém poderia ter previsto a reviravolta que ocorreu na vida desses dois 
executivos, Hoyvalt tivera até então uma carreira exemplar e respeitada na indústria por 
sua trajetória de sucesso e por recuperar a companhia em tempos de crise anteriormente. 
A companhia após passou por tempos difíceis devido a quebra de confiança junto ao 
consumidor quanto a qualidade de seus produtos. 
Os jornais noticiaram o caso e os empregados da empresa envolvidos no caso 
ficaram conhecidos como sinônimo de má índole. Vale ressaltar que tudo ocorreu em um 
período que a companhia era pressionada pela Nestlé para economizar a qualquer custo e 
apresentar lucros, contudo os executivos não foram condenados e a trapaça empresarial 
passou inócua. 
O esforço de Hoyvalt e Lavery feito para distorcer a realidade e justificar suas 
ações e durante o julgamento demonstrou que apesar da falta grave não reconheceram o 
erro consideram-se patriotas e empregados dedicados. 
 
Fonte: Havard Business (2018)

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