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Introdução ao estudo de patologia A Patologia dedica-se ao estudo de alterações estruturais, bioquímicas e funcionais das células. É uma ponte entre as ciências básicas e a medicina clínica, sendo a base científica de toda medicina (Robbins & Cotran, 2015). Para o CLÍNICO, a patologia representa um meio de apoio e de confirmação de diagnósticos. Para o PATOLOGISTA (profissional treinado para reconhecer morfologicamente as lesões), a patologia é o estudo das lesões decorrentes das doenças. Mas para o bom patologista, mais que um objetivo, o grande desafio é entender a doença (saber como e por que determinadas lesões ocorrem em determinadas circunstâncias, e quais as suas consequências). Isto explica por que muitas vezes um quadro patológico muito ruim (para o paciente) desperta nos patologistas exclamações com entusiasmo. Doença é uma condição particular anormal que afeta negativamente o organismo e a estrutura ou função de parte de ou de todo um organismo, e que não é causada por um trauma físico externo. Doenças são frequentemente interpretadas como condições médicas que são associadas a sintomas e sinais específicos. Uma doença pode ser causada por fatores externos tais como agentes patogénicos ou por disfunções internas. Pode se entender que doença é a apresentação de anormalidades na estrutura e no funcionamento de um organismo, afetando-o mesmo de forma negativa Por exemplo, disfunções internas do sistema imunológico podem produzir uma variedade de diferentes doenças, inclusive várias formas de imunodeficiência, hipersensibilidade, alergias e desordens ou transtornos autoimunes. Conceitos fundamentais: 1) Etiologia: estuda as causa das doenças. 2) Patogenia: é o processo de eventos do estímulo inicial até a expressão morfológica da doença. · Objetivo : identificar alterações microscópicas e macroscópicas Os quatro aspectos (morfológicos) de um processo de uma doença que formam o cerne da patologia são: 1_ Etiologia ( sua causa ) 2_ A patogenia ( os mecanismos do desenvolvimento) 3_ Alterações morfológicas (as alterações estruturais induzidas nas células e órgãos do corpo) 4_Manifestações clinicas ( as consequências funcionais das alterações morfológicas) Sufixos mais comuns: ITI : INFLAMAÇÃO. EX: faringite OMA: TUMOR. EX: osteosarcoma OSE: DEGNERAÇÃO : necrose Lesão e morte celular Visão geral : · a lesão celular ocorre quando a célula não é mais capaz de se adaptar. Lesões reversíveis : as alterações são reversíveis caso o estimulo seja interrompido. Nessa lesão o dano não afetou a membrana ou o núcleo . Morte celular: quando a adaptação não é possível Tipos de morte celular : Se diferencia quanto a morfologia, papeis na doença e na fisiologia e mecanismos Apoptose: dissolução nuclear, sem perda da integridade da membrana. ( morte celular programada) Necrose: digestão da célula pelas enzimas lisossômicas, seguida de resposta inflamatória Obs: a necrose sempre esta relacionada com um processo patológico, diferentemente da apoptose CÉLULA NORMAL LESÃO REVERSÍVEL (HOMEOSTASIA) ESTRESSE ESTIMULOS NOCIVOS LEVE, TRANSITORIA ADAPTAÇÃO INCAPACIDADE LESÃO CELULAR DE SE ADAPTAR INTENSA, PROGRESSIVA LESÃO IRREVERSIVEL NECROSE MORTE CELULAR APOPTOSE CAUSAS DE LESAO CELULAR: PRIVAÇÃO DE OXIGÊNIO: · Também chamada de hipóxia · Diferente de isquemia (privação de suprimento sanguíneo) · A isquemia é a principal causa de hipóxia Outras causas: · Oxigenação inadequada do sangue ( doenças pulmonares, ex: pneumonia) · Redução da capacidade de transporta oxigênio pelo sangue ( anemia) · Envenenamento por monóxido de carbono ( co2) AGENTES QUÍMICOS · Substancias inócuas podem perturbar o ambiente osmótico e lesão ou morte celular ( glicose , sal e agua ) · Drogas terapêuticas podem causar lesão celular · Oxigênio em altas concentrações é toxico Esses agentes podem: · Alterar a permeabilidade da membrana · Desregular a homeostase osmótica · Prejudicar a integridade
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