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ÓRTESES E PRÓTESES PROF.: HÉLIO PAMPHYLIO UNIDADE 5 – Ó RTESES PARA TRONCO E P ESCOÇO 2 Órteses para o tronco ◦ Principais deformidades da parede torácica são encontradas em crianças e adolescentes; ◦ Além do uso da órtese, devem ser empregadas técnicas fisioterapêuticas de reeducação respiratória; ◦ Compressores dinâmicos são as órteses utilizadas para a correção de deformidades conhecidas como pectus carinatum e pectus escavatum; ◦ Se diferenciam pela posição de suas almofadas anteriores. 3 Pectus carinatum ➢ Protusão do tórax caracterizada por uma proeminência na face anterior no nível esternal, popularmente conhecido como peito de pombo ou peito em quilha; 4 Pectus escavatum ➢ Depressão do tórax caracterizado por uma depressão no nível esternal, popularmente conhecido como peito de sapateiro, geralmente acompanhada de uma proeminência das últimas costelas; 5 Compressor dinâmico torácico esternal ➢ Indicado para o tto de pectus carinatum; ➢ Composto de uma estrutura metálica em alumínio anterior e posterior interligadas por parafusos que permitem regular a pressão sobre a deformidade; ➢ Uma almofada anterior sobre a protrusão; 6 7 ➢ Duas almofadas menores que devem estar posicionadas posteriormente no nível dos mm paravertebrais deixando as escápulas livres; ➢ A pressão exercida pelo compressor deve diminuir o diâmetro antero-posterior do tórax. Compressor dinâmico torácico costal ➢ Indicado para o tto de pectus escavatum; ➢ Tem as mesmas características do compressor dinâmico torácico esternal, diferenciando na posição das almofadas anteriores, que devam ser posicionadas sobre as saliências dos últimos arcos costais abaixo da depressão; ➢ A correção para este tipo de deformidade não apresentam resultados satisfatórios; 8 Órteses Toracolombares e Lombossacras (OTLS) ➢ Órteses de hiperextensão toracolombar ▪ Utilizadas para o controle da flexão; ◦ Indicadas para pacientes com fraturas de vértebras lombares, sem comprometimento neurológico e osteoporose em estágio avançado; ◦ Tem como objetivo estabilizar a região toracolombar em hiperextensão mediante forças anteriores ao esterno e púbis e apoio posterior na região toracolombar; 9 ➢ As transferências de posição sentada para deitada ou vice-versa devem ser realizadas em bloco. ➢ Essas órteses são encontradas pré-fabricadas ajustáveis; ➢ Estão disponíveis em dois modelos, chamados de coletes: Tipo Jeweet e Tipo Cash; 10 Colete tipo Jewett ➢ Composto de uma placa esternal e outra placa suprapubiana; ➢ Duas hastes laterais ao tronco responsáveis pelo controle da flexão lateral e nelas são fixados os tirantes em velcro para a fixação da placa posterior; ➢ Cuidados devem ser tomados quanto à localização dos apoios em esterno e púbis e do alívio em axilas, asas ilíacas e seios. 11 ➢ Indicado para pacientes com postura cifótica ou portadores de fraturas da coluna torácica. Utilizando o principio do 3 pontos de apoio, permite que a coluna lombar permaneça em lordose. Possui almofadas posteriores, esternal e pubiana; 12 Colete tipo CASH ➢ Cruciform Anterior Spinam Hyperextension; ➢ Também conhecido como colete de hiperextensão em cruz; ➢ Apresenta pontos de apoio sobre o esterno e púbis e um apoio na região toracolombar; ➢ A união desses apoios se dá por duas hastes metálicas anteriores, sendo uma horizontal e outra vertical; 13 14 Órteses de contenção e imobilização toracolombar ➢ Colete Knight ◦ Imobilização da coluna tóracolombar para os movimentos de flexão, extensão e flexão lateral; ◦ Pode ser utilizado acoplado a uma órtese longa em pacientes com fraqueza no tronco e membros inferiores, visando ortostatismo e deambulação; 15 ➢ Colete de Taylor • Indicado para limitar a flexão e extensão da região torácica e lombar em casos de lombalgia; • É indicada para limitar a flexão e a extensão da região torácica e lombar; • Confeccionado em duralumínio, courvin, lona e velcro sob medida. 16 ➢Colete de Putty • Indicado para imobilização da coluna lombar nas lombalgias, como coadjuvante no tto de fraturas lombares e no pós-operatório de cirurgias da coluna lombar; • Confeccionado em lona, barbatanas de aço e velcro, pré-fabricado. 17 ➢ Colete de Williams Deslordosante. ◦ Indicação para pacientes com hiperlordose não estruturada; ◦ Visa melhora da postura; ◦ Confeccionado em duralumínio, courvin, lona e velcro, sob medida. 18 Órteses para desvios posturais ➢ Escoliose e Hipercifose ◦ Historicamente as órteses são empregadas no tto de desvios posturais desde os primeiros séculos; ◦ Atualmente continuam como recurso terapêutico complementar associado a diferentes técnicas fisioterapêuticas. ➢ Universalmente utilizado no tratamento de escolioses, hipercifoses posturais (dorso curvo) e moléstia de Scheüermann; 19 ➢ Colete Milwaukee ➢Confeccionado após molde em gesso, composto por um cesto pélvico em termoplástico, anel cervical, três hastes metálicas, sendo uma anterior e duas posteriores e almofadas torácicas; 20 ➢ A correta colocação das almofadas permite o controle das curvas escolióticas ou da hipercifose; ➢ Colete de Boston ◦ Alternativa ao colete Milwaukee; ◦ Também chamada de “perfil baixo” ◦ Confeccionado em polipropileno sob medida e velcro; ◦ Além do tto de escoliose, também é indicado para o tto de espondilólise e de espondilolistese. 21 ➢ Atitude Cifótica ◦ Indicada para atitudes cifóticas redutíveis ou não-estruturadas; ◦ Utilizados como dispositivos proprioceptivos, porém a autocorreção deve ser realizada pela contração muscular voluntária; ➢ São chamadas de corretores posturais ou tirante corretores, pré-fabricados e ajustáveis; ➢ Constituídas por tirantes elásticos, utilizadas nos ombros cruzando-se posteriormente ao tronco e unindo-se na região anterior fixos com velcros 22 Órteses cervicais ➢ A coluna cervical é o segmento mais móvel da coluna vertebral; ➢ 50% do movimento de rotação ocorre entre as vértebras C1-C2; ➢ Movimentos de flexão e extensão ocorre em todos os níveis cervicais, com maior amplitude em C5-C6; ➢ A flexão lateral ocorre em níveis cervicais mais baixos (C3-C7); 23 24 Posição anatômica; Inclinação; Extensão; Rotação Flexão; 25 ➢ Para manter a cabeça em posição neutra, grupos musculares posteriores encontram-se em certo grau tensão; ➢ Σ do peso do segmento cranial influenciado pela ação da gravidade + a ação muscular posterior = a grande tensão no sentido craniocaudal sobre a coluna cervical; ➢ Esse aumento de tensão pode resultar em compressão sobre as estruturas cervicais, causando dores locais ou irradiadas para o tronco, MMSS e cabeça; 26 ➢ Nestes casos, são indicadas órteses cervicais, quando na fase aguda, como suporte complementar aos tratamentos conservadores, medicamentosos ou cirúrgicos; ➢ O uso noturno das órteses contribui para um bom alinhamento, devido a colocação inadequada de travesseiros; ➢ As órteses cervicais são indicadas com o objetivo de estimular o posicionamento adequado da cervical, diminuir a mobilidade local ou total imobilidade entre cabeça e tronco; 27 ➢ As órteses cervicais podem ser classificadas em: ◦ Colares cervicais sem apoio mentoniano; ◦ Colares cervicais com apoio mentoniano; ◦ Colares cervicais com apoio occipitomentoniano-torácico; ◦ Colares cervicais com halocraniano; 28 CC sem apoio mentoniano ➢Também conhecidas como colares cervicais flexiveis; ➢Podem ser encontradas na forma préfabricada; ➢Confeccionada em espuma, recoberta com malha tubolar de algodão ou em material termoplástico semi-rígido com sistema de velcro para fixação; 29 ➢ O tamanho preciso do colar é essencial para a manutenção em posição neutra de cabeça; ➢ Permitem certa mobilidades da região cervical, mas despertam a necessidade da cabeça em posição neutra através da lembrança cinestésica e conseqüentemente a restrição dos movimentos cervicais. 30 CC com apoio mentoniano➢ Também conhecidas como órteses cervicais rígidas; ➢ São confeccionadas em termoplástico em duas peças sobrepostas com regulagem mediante velcros; ➢ Apresentam prolongamento anterior para o apoio do mento (queixo), proporcionando maior suporte da cabeça e menor mobilidade; 31 ➢ Podem se utilizadas durante a noite por pacientes com síndromes compressivas que relatam desconforto ao acordar. 32 CC com apoio occipitomentonianotorácico ➢ Proporcionam total imobilização; ➢ São confeccionados em materiais flexíveis com reforço, com espuma de pastazote ou em materiais rígidos como metais ou termoplásticos; ➢Colar Philadelphia ▪ Confeccionada em espuma de plastazote com reforço anterior em polipropileno; ▪ Colar pré-fabicado; ▪ Bivalvado, fixado com velcros; ▪ Indicado em casos de fraturas estáveis e sem compressão nervosa. 33 Órtese tipo SOMI ➢ Sternal Occipital Mandibular Immobilizer ➢ Confeccionada com hastes metálicas e almofadas de apoio na região mandibular, occipital e torácica; ➢ Indicada para pacientes com instabilidades cervicais mais altas; ➢ Maior restrição para os movimentos de flexão e extensão; 34 Halo craniano ◦ Garantem uma completa imobilização da região cervical para todos os movimentos; ◦ Indicadas para casos de fraturas; ◦ Composta de um halo fixo à calota craniana por meio de parafusos e uma estrutura torácica, unidos entre si por hastes metálicas. 35 Halo craniano 36 37 Diretrizes para prescrição ➢ Definir os segmentos anatômicos envolvidos; ➢ Descrever os controles biomecânicos; ➢ Especificar o material a ser utilizado; ➢ Considera-se na avaliação: o Déficit funcional; o Integridade neuromuscular; o Presença de contratura articular; o Prognóstico da doença 38
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