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“A PRIMEIRA AMPUTAÇÃO DEVE SER A ÚLTIMA” Henry Haimovici Boas condições dos ossos, músculos, nervos, e pele do membro amputado = resultado pós-operatório satisfatório = bom membro residual (coto) Coto ideal = Controle da prótese (ortostatismo e deambulação); descarga de peso. • Processos traumáticos e vasculares • Amputações por problemas vasculares – morte tecidual por obstrução venosa e infecções • Traumas = acidentes de trabalho e de trânsito • Comum em pacientes diabéticos • Medida preventiva: sapatos de segurança e calçados especiais • Não apresenta problemas funcionais (equilíbrio, deambulação) ou estéticos • Preservar o máximo de tecido possível para não perder a funcionalidade do pé • Amputações do hálux = manter a base da falange proximal (inserção dos tendões do extensor e flexor curto) • Etiologia: problemas vasculares, neuropáticos e traumáticos • Amputações isoladas do 2º ao 5º dedo – não causam alterações significativas na marcha • Amputação do 2º e do 3º dedo – deformidade em hálux valgo - Amputação do hálux: • Mais comprometedora • Dificulta a marcha – fase de impulso • Dedos em garra - Amputação de todos os dedos: • Sobrecarga das cabeça dos metatarsos aumentando a pressão local • Dificuldade na marcha rápida e corrida • Etiologia: Vasculares e traumáticas • Secção óssea próxima à cabeça ou à base dos metatarsos • Retalho plantar deve ser maior • Cicatriz na região dorsal – longe da área de apoio • Processos infecciosos – amputações em raios do pé • Pé funcional e assimétrico • Secção óssea oblíqua (1º meta = 2º > 3º > 4º > 5º) - Melhor alinhamento metatarsal - Evitar áreas de hiperpressão • Marcha - Fase de desprendimento do antepé fica prejudicada – perda da impulsão e do suporte • Não apresenta deformidades • Reabilitação: palmilhas de acolchoamento, preenchimento, sistema de sapatilha interna modelada • Descrita originalmente por Lisfranc em 1815 • Desarticulação dos metatarsos com os ossos cubóide e cuneiforme • Etiologia predominantemente vascular • Reinserção do tibial anterior e fibular curto • Desvantagens: - Dificuldade de protetização - Deformidade em flexão plantar - Perda de força muscular e equilíbrio • Mantém o navicular e secção parcial do cubóide • Características iguais as de Lisfranc • Pouco descrita na literatura • Amputação do retropé • Desarticulação entre os ossos navicular e cubóide com o tálus e o calcâneo, respectivamente • Etiologia – patologias vasculares traumas e neoplasias • Desvantagens - Curto braço de alavanca - Evolui para um equino - principal complicação - Falta de equilíbrio - Amputação não funcional • Sutura dorsal • Descarga de peso distal • Comum presença de ulcerações • Protetização complicada • Descrita em 1843 por Syme • Etiologia – processos vasculares, traumas, anomalias congênitas ou adquiridas e quando as demais amputações não forem possíveis • Desarticulação do tornozelo – desarticulação tibiotársica • Secção óssea a nível dos maléolos (L e M) • Sutura dorsal • Não apresenta deformidades • Descarga de peso distal (sem uso de prótese) • Discrepância de membros inferiores (5cm) – claudicação • Possível protetização • Secção vertical do calcâneo eliminando sua parte anterior. • Artrodese entre tíbia e calcâneo • Similar a Syme • Pacientes que não vão protetizar • Secção em algum nível da perna, entre a desarticulação de tornozelo e a de joelho • 70% das amputações de MMII • Pode ser: - Terço proximal (curta) - Medial - Distal (longa) • Etiologia; patologias vasculares, traumas infecções, neoplasias, anomalias congênitas • Descarga de peso no tendão patelar e nas faces lateral, medial, e posterior do coto – independente do nível • Sutura anterior – retalho posterior > suprimento sanguíneo • Deformidade em flexão de joelho • 75% de gasto energético durante a marcha - Pode ser realizada uma artrodese entre fíbula e tíbia , proporcionando um melhor formato para o coto • Musculatura posterior é rebatida anteriormente – formando o coxim • Mioplastia e miodese • Terço distal: -Coto longo -Grande braço de alavanca -Bom controle de prótese • Não apresenta bom suprimento sanguíneo • Coxim escasso – pouco tecido • Formação de escoriações e úlceras • Terço médio: -Nível ideal - Bom suprimento sanguíneo - Formação de um bom coxim - Bom comprimento de coto • Terço proximal: - O nível mais proximal aceito é abaixo da tuberosidade anterior da tíbia - Preservar o tendão do quadríceps - Cotos muito curtos - Ressecção da fíbula – melhorar formato do coto - Deformidade em flexão é mais provável • Vantagens: - Manutenção da articulação do joelho - Menor gasto energético durante a marcha - Facilidade para colocação e retirada da prótese - Marcha mais fisiológica • Causa: traumas ou problemas vasculares • indicação: traumas, anomalias congênitas e tumores distais • Preservação da patela • Sutura póstero-inferior • Bom coxim • Vantagens sobre a amputação transfemural: - Maior braço de alavanca - Maior força muscular - Possibilidades de descarga de peso distal - Bom controle rotacional sobre a prótese - Melhor suspensão protética - Facilidade de colocação e remoção da prótese - Menor gasto energético durante a deambulação • Bom equilíbrio na posição sentada • Facilidade nas transferências • Possibilidade de marcha sem prótese • Secção no fêmur • Três níveis: -Distal -Medial -Proximal - Etiologia: processos vasculares, traumáticos, infecciosos, neoplásicos e anomalias congênitas • Sutura na região distal (inferior) do coto em boca de peixe • Deformidades em : - Flexão – posição sentada -Abdução de quadril - Quanto mais proximal o nível da amputação, maior a tendência à deformidades - Nível mais proximal aceito: 8cm abaixo do trocânter menor - Cotos mais distais – alavanca maior, consequentemente maior controle da próteses • Descarga de peso isquiática • Gasto energético 65% em relação as amputações trnstibiais • Retirada de todo o membro inferior • Causas: traumatismos complexos e processos neoplásicos • Não apresenta coto • Não apresenta deformidades • Sutura anterior • Descarga de peso na tuberosidade isquiática • Desarticulação sacroilíaca • Causa: neoplasias • Cirurgia radical • Remoção da metade da pelve e todo membro inferior homolateral • Descarga de peso na tuberosidade isquiática contralateral • Gasto energético de 125% • Complicações urinárias e gastrointestinais • Protetização possível • Fortalecimento de abdominais • FONSECA, Marisa C. Registro; MARCOLINO, Alexandre M; BARBOSA, Rafael; ELUI, Valeria, M. C. Órteses & Próteses - Indicação e Tratamento. Águia Dourada, 2015. • CARVALHO, José André. Amputação de membros inferiores: em busca da plena reabilitação. 2 ed. São Paulo: Manole, 2003
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