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TÍTULOS DE CRÉDITO Um título de crédito trata-se de um documento que possui natureza jurídica de bem móvel e deve obedecer às formalidades previstas em Lei para que seja válido, ele corresponde a um título de apresentação, ou seja, para que a obrigação seja cumprida, é imprescindível a apresentação do título que possui força executiva extrajudicial. Além disso, o credor deve procurar o devedor para cobrar o pagamento. PRINCÍPIOS Cartularidade A representação material de um título de crédito é uma cártula, isto é, para que o direito contido no título de crédito possa ser de fato exercido é necessário que se tenha a posse de tal cártula. Segundo André Luiz Santa Cruz Ramos (2020, p. 877): “Em síntese, o princípio da cartularidade nos permite afirmar que o direito de crédito mencionado na cártula não existe sem ela, não pode ser transmitido sem a sua tradição e não pode ser exigido sem a sua apresentação”. Literalidade Nas palavras de Ramos (2020, p. 878): A literalidade, em síntese, é o princípio que assegura às partes da relação cambial a exata correspondência entre o teor do título e o direito que ele representa. Por um lado, o credor pode exigir tudo o que está expresso na cártula, não devendo se contentar com menos. Por outro, o devedor também tem o direito de só pagar o que está expresso no título, não admitindo que lhe seja exigido nada mais. Em suma, só terá efeitos jurídicos aquilo que estiver expressamente escrito no título de crédito. Autonomia Segundo o princípio da autonomia, todo título de crédito representa uma obrigação autônoma e independente da obrigação que lhe deu causa. Ramos (2020, p. 879) ressalta que: Assim, as relações jurídicas representadas num determinado título de crédito são autônomas e independentes entre si, razão pela qual o vício que atinge uma delas, por exemplo, não contamina a(s) outra(s). Melhor dizendo: o legítimo portador do título pode exercer seu direito de crédito sem depender das demais relações que o antecederam, estando completamente imune aos vícios ou defeitos que eventualmente as acometeram. CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO Quanto ao modelo De modelo livre: a forma desses títulos não precisa observar um padrão normativamente estabelecido, como por exemplo a letra de câmbio. É necessário que se preencham os seus requisitos para que se constitua o crédito, mas a lei não preconiza uma forma específica para eles. Segundo Ramos (2020, p. 885): Título de modelo livre é aquele para o qual a lei não estabelece uma padronização obrigatória, ou seja, a sua emissão não se sujeita a uma forma específica preestabelecida. É o que ocorre, por exemplo, com a letra de câmbio e com a nota promissória, títulos de crédito que podem ser criados em uma simples folha de papel, bastando para tanto que nela constem os requisitos essenciais desses títulos. De modelo vinculado: para certos títulos de crédito (como por exemplo o cheque e a nota promissória) o direito instituiu um padrão para o preenchimento de requisitos específicos. Nas palavras de Ramos (2020, p. 885): Já o título de modelo vinculado, ao contrário, se submete a uma rígida padronização fixada pela legislação cambiária específica, só produzindo feitos legais quando preenchidas as formalidades legais exigidas. É o que ocorre com o cheque e com a duplicata. Esta, por exemplo, em obediência ao disposto no art. 27 da Lei das Duplicatas (Lei 5.474/1968), deve ser emitida segundo as normas fixadas pelo Conselho Monetário Nacional. Quanto à estrutura: Ordem de pagamento: nesse tipo de título de crédito surgem três tipos de relação jurídica (a de quem dá a ordem de pagamento, a do destinatário da ordem de pagamento e a do beneficiário da ordem de pagamento). Conforme Ramos (2020, p. 885): Os títulos que se estruturam como ordem de pagamento – letra de câmbio, cheque e duplicata – se caracterizam por estabelecerem três situações jurídicas distintas a partir da sua emissão: em primeiro lugar, tem-se a figura do sacador, que emite o título, ou seja, ordena o pagamento; em segundo lugar, tem-se a situação do sacado, contra quem o título é emitido, ou seja, trata-se da pessoa que recebe a ordem de pagamento; por fim, tem-se a figura do tomador (ou beneficiário), em favor de quem o título é emitido, isto é, pessoa a quem o sacado deve pagar, em obediência à ordem que lhe foi endereçada pelo sacador. Promessa de pagamento: surgem dois tipos de relação jurídica (a de quem promete o pagamento e a do beneficiário do pagamento). Ramos (2020, p. 886) expõe sobre o tema da seguinte forma: (...) nos títulos que se estruturam como promessa de pagamento – nota promissória – existem apenas duas situações jurídicas distintas: de um lado tem-se a figura do sacador ou promitente, que promete pagar determinada quantia; de outro, tem-se a situação do tomador, beneficiário da promessa que receberá o valor prometido. Quanto às hipóteses de emissão: Título causal: somente pode ser emitido se acontecer o fato que a lei determinou como causa possível para sua emissão. Título não causal: é aquele que pode ser criado por qualquer causa, para obrigações de qualquer natureza. Quanto à circulação: Ao portador: são aqueles que não identificam o credor, sendo transmissíveis por mera tradição. Ramos (2020, p. 884) conceitua como: Título ao portador é aquele que circula pela mera tradição (art. 904 do Código Civil), uma vez que neles a identificação do credor não é feita de forma expressa. Sendo assim, qualquer pessoa que esteja com a simples posse do título é considerada titular do crédito nele mencionado. A simples transferência do documento (cártula), portanto, opera a transferência da titularidade do crédito. Nominativo: são os títulos que identificam o seu credor e então a transferência do mesmo necessita além da tradição, a prática de outro negócio jurídico. Os títulos normativos ainda se dividem em outros: a) “À ordem”: os nominativos com cláusula “à ordem” circulam mediante tradição acompanhada de endosso. b) “Não à ordem”: circulam com a tradição acompanhada da cessão civil de crédito. Por fim, os títulos nominativos, segundo o art. 921 do Código Civil, são aqueles emitidos em favor de pessoa determinada, cujo nome consta de registro específico mantido pelo emitente do título. Nesse caso, portanto, a transferência só se opera validamente por meio de termo no referido registro, o qual deve ser assinado pelo emitente e pelo adquirente do título (art. 922 do Código Civil). A definição de Ramos (2020, p. 884) é a seguinte: Título nominal, por sua vez, é aquele que identifica expressamente o seu titular, ou seja, o credor. A transferência da titularidade do crédito, pois, não depende apenas da mera entrega do documento (cártula) a outra pessoa: é preciso, além disso, praticar um ato formal que opere a transferência da titularidade do crédito. Nos títulos nominais com cláusula “à ordem”, esse ato formal é o endosso, típico do regime jurídico cambial (art. 910 do Código Civil). Já nos títulos nominais com cláusula “não à ordem” esse ato formal é a cessão civil de crédito, a qual, como o próprio nome já indica, submete-se ao regime jurídico civil. Quanto ao conteúdo: Próprios: aqueles que são uma verdadeira operação de crédito, ou seja, são criados com base numa relação de confiança. Impróprios: aqueles que não representam uma operação de crédito, não se referem a uma relação de confiança, mas circulam como títulos de crédito. Quanto à natureza: Abstratos: são aqueles cujo direito representado no título não depende da relação que lhe deu origem. Conforme definição de Ramos (2020, p. 886): Título abstrato, por sua vez, é aquele cuja emissão não está condicionada a nenhuma causa preestabelecida em lei. Em síntese: podem ser emitidos em qualquer hipótese.É o caso, por exemplo, do cheque, que pode ser emitido para documentar qualquer relação negocial. Causais: aqueles que estão indissociavelmente ligados à relação que lhes deu origem. Segundo conceituação de Ramos (2020, p. 886): Título causal é aquele que somente pode ser emitido nas restritas hipóteses em que a lei autoriza a sua emissão. É o caso, por exemplo, da duplicata, que só pode ser emitida, como será visto com mais detalhes adiante, para documentar a realização de uma compra e venda mercantil (duplicata mercantil) ou um contrato de prestação de serviços (duplicata de serviços). FASES DOS TÍTULOS DE CRÉDITO Saque O saque é a emissão de um título de crédito, por isso quem o realiza é chamado de sacador. Aceite Aceite é o ato de concordar em se tornar o devedor principal de um título de crédito. Vencimento Vencimento é o momento a partir do qual o título se torna exigível. ATOS CAMBIÁRIOS Endosso O endosso é o meio utilizado pelo credor de um título de crédito para transferir o valor constante naquele título para outra pessoa. Para o autor Fábio Ulhoa Coelho (2011, p. 285): “Conceitua‑se, então, endosso como o ato cambiário que opera a transferência do crédito representado por título “à ordem”. É claro, a alienação do crédito fica, ainda, condicionada à tradição do título, em decorrência do princípio da cartularidade”. Sobre os efeitos do endosso, André Luiz Santa Cruz Ramos (2020, p. 946) destaca que: “O endosso produz dois efeitos, basicamente: a) transfere a titularidade do crédito; e b) responsabiliza o endossante, passando este a ser codevedor do título (se o devedor principal não pagar, o endossatário poderá cobrar do endossante)”. Existem dois tipos de endosso: o endosso em branco e o endosso em preto. No endosso em branco o endossante apenas registar o endosso no título sem identificar o endossatário, já no endosso em preto o endossante registra o endosso apontando nominalmente quem é o endossatário. Aval O aval é o ato cambiário em que uma pessoa se responsabiliza pelo pagamento de um título de crédito, junto com o devedor principal. Nas palavras de Fábio Ulhoa Coelho (2011, p. 290): O pagamento de uma letra de câmbio pode ser, total ou parcialmente, garantido por aval. Por este ato cambial de garantia, uma pessoa, chamada avalista, garante o pagamento do título em favor do devedor principal ou de um coobrigado. O devedor em favor de quem foi garantido o pagamento do título é chamado de avalizado. Existem duas modalidades de aval, conforme dispõe Ramos (2020, p. 954): O aval também pode ser feito em branco, hipótese em que não identifica o avalizado, ou em preto, caso em que o avalizado é expressamente indicado. Quando o aval é em branco, presume-se que foi dado em favor de alguém: no caso da letra de câmbio, presume-se em favor do sacador; nos demais títulos, em favor do emitente ou subscritor. O aval possui algumas similaridades com a fiança, instituto do direito civil, entretanto há certas diferenças entre eles, a saber: São duas as diferenças básicas entre aval e fiança. A primeira delas é decorrente da submissão do aval ao princípio da autonomia, inerente aos títulos de crédito. Com efeito, o aval, por ser um instituto do regime jurídico cambial, constitui uma obrigação autônoma em relação à dívida assumida pelo avalizado. Assim, se a obrigação do avalizado, eventualmente, for atingida por algum vício, este não se transmite para a obrigação do avalista. (RAMOS, 2020, p. 955). Outra distinção relevante entre o aval e a fiança diz respeito ao benefício de ordem, presente nesta e ausente naquele. De fato, o aval não admite o chamado benefício de ordem, razão pela qual o avalista pode ser acionado juntamente com o avalizado. Na fiança, todavia, o benefício de ordem assegura ao fiador a prerrogativa de somente ser acionado após o afiançado. A responsabilidade do fiador é, portanto, subsidiária. (RAMOS, 2020, p. 959). Protesto O protesto é o ato formal e solene que tem por objetivo provar o descumprimento na obrigação cambiária, ele pode ser utilizado em três casos: quando alguém se recusa a dar o aceite (assinatura do devedor) no título; quando o responsável pelo pagamento do título não o fizer e; quando o título não for devolvido ao sacador. Sobre os prazos do protesto, Coelho (2011, p. 301) afirma que: A lei estabelece para o protesto os seguintes prazos: para o protesto por falta de aceite, o portador deverá entregar o título em cartório até o fim do prazo de apresentação ao sacado ou no dia seguinte ao término do prazo se a letra foi apresentada no último dia deste e o sacado solicitou o prazo de respiro; para o protesto por falta de pagamento, o credor deverá entregar o título em cartório num dos dois dias úteis seguintes àquele em que ele for pagável (LU, art. 44), a menos que se adote o entendimento de alguns doutrinadores que defendem a vigência da lei interna na disciplina desse prazo, quando então deverá o portador encaminhar o título já no primeiro dia útil seguinte ao do vencimento (Dec. n.2.044/1908, art. 28). TÍTULOS DE CRÉDITO TÍPICOS Cheque O cheque estrutura-se como uma ordem de pagamento à vista e trata-se de um título de crédito não causal e do tipo vinculado, ou seja, sua forma é padronizada. A relação de um cheque é triangular, sendo constituído por emitente (pessoa que dará a ordem de pagamento), sacado (instituição financeira que repassa o valor ao beneficiário) e o tomador (beneficiário do título). Nas palavras de Ramos (2020, p. 905): Logo em seu art. 1.º, a Lei do Cheque estabelece os requisitos essenciais desse título de crédito, determinando que ele deve conter: a) a expressão cheque (cláusula cambiária); b) uma ordem incondicional de pagamento de quantia determinada; c) o nome da instituição financeira contra quem foi emitido (sacado); d) a data do saque; e) o lugar do saque ou a menção de um lugar junto ao nome do emitente; f) a assinatura do próprio emitente (também chamado de sacador). Com relação aos prazos para o pagamento do cheque, Fábio Ulhoa Coelho (2011, p. 315) destaca que: O cheque deve ser apresentado a pagamento no prazo definido em lei, qual seja, em 30 dias da emissão se for cheque da mesma praça e em 60 dias da emissão se for cheque de praças distintas. Entende‑se por cheque da mesma praça, para fins de definição do prazo de apresentação, aquele em que o local designado como sendo o de emissão é o mesmo município onde se encontra a agência pagadora do sacado, sendo de praças distintas aquele em que não coincidem o município do local que consta como sendo de emissão e o da agência pagadora (art. 11 da Res. BC n. 1.682/90). Apesar de ser uma ordem de pagamento à vista, no Brasil popularizou-se a figura do cheque pré-datado (ou pós-datada), isto é, o cheque que é emitido para pago em data futura, sendo que tal modalidade que não possui uma previsão legal. André Luiz Santa Cruz Ramos (2020, p. 914) explana sobre o tema da seguinte forma: Segundo a legislação (art. 32 da Lei do Cheque), o cheque será sempre uma ordem de pagamento à vista, devendo ser considerada não escrita qualquer menção em sentido contrário eventualmente colocada na cártula. Sendo assim, havendo saldo, um cheque pré-datado pode ser descontado ou devolvido, conforme o emitente possua ou não fundos suficientes para o seu pagamento. Em suma: “(...) a emissão de cheque pósdatado, popularmente conhecido como cheque pré-datado, não o desnatura como título de crédito, e traz como única consequência a ampliação do prazo de apresentação (...)” (STJ, REsp 612.423/DF, Rel. Min. Nancy Andrighi, DJ 26.06.2006, p. 132). Esse entendimento do STJ, ressalte-se, está restrito ao aspecto civil/comercial, uma vez que, no aspecto criminal, conforme veremos adiante, entende a referida Corteque a emissão de cheque “pré-datado” descaracteriza esse título como ordem de pagamento à vista e o transforma em mera garantia de dívida. Entretanto, apesar da ausência de fundamentação legal, as partes envolvidas na emissão de um cheque pré-datado devem obedecer ao brocardo do pacta sunt servand, como bem explica Ramos (2020, p. 914) ao afirmar: Ocorre, todavia, que embora o banco não tenha responsabilidade alguma nesse caso – já que no cheque o banco sacado, como visto, não assume nenhuma obrigação cambial –, o mesmo não se pode dizer quanto àquele que apresentou o cheque para pagamento extemporaneamente. Isso porque, a partir do momento em que é emitido um cheque pré-datado em favor de alguém, resta claro que houve um acordo entre as partes, razão pela qual a apresentação precipitada do cheque configura quebra de acordo, podendo ensejar a responsabilidade civil. Duplicada A duplicada é um título de crédito causal que se estrutura como ordem de pagamento e só pode ser utilizada em dois casos específicos: na compra e venda mercantil e no contrato de prestação de serviços. A duplicada é um título emitido pelo próprio credor que possui um prazo de 30 dias pra enviá-la ao comprador que, por usa vez, possui o prazo de 10 dias para dar o aceite e devolve-la ao credor, sendo que o aceite é obrigatório. Segundo Coelho (2011, p. 324): São os seguintes os requisitos da duplicata mercantil: a) a expressão “duplicata”, a data de sua emissão e o número de ordem (art. 2º, § 1º, I); b) o número da fatura — ou da NF‑fatura — da qual foi extraída (art. 2º, § 1º, II); c) a data certa do vencimento ou a declaração de ser o título à vista (art. 2º, § 1º, III), de onde se conclui que a lei não admite duplicata a certo termo da vista ou da data; d) o nome e o domicílio do vendedor e do comprador (art. 2º, § 1º, IV), sendo o comprador identificado, também, pelo número de sua Cédula de Identidade, de sua inscrição no Cadastro de Pessoa Física, do Título Eleitoral ou da Carteira Profissional (Lei n. 6.268/75, art. 3º); e) a importância a pagar, em algarismos e por extenso (art. 2º, § 1º, V); f) o local de pagamento (art. 2º, § 1º, VI); g) a cláusula “à ordem”, sendo que não se admite a emissão de duplicata mercantil com cláusula “não à ordem”, a qual somente poderá ser inserida no título por endosso (art. 2º, § 1º, VII); h) a declaração do reconhecimento de sua exatidão e da obrigação de pagá‑la destinada ao aceite do comprador (art. 2º, § 1º, VIII); i) a assinatura do emitente (art. 2º, § 1º, IX), podendo ser utilizada a rubrica mecânica nos termos da Lei n. 6.304, de 1975. Letra de câmbio A letra de câmbio estrutura-se como ordem de pagamento, o sacador emite a letra de cambio em favor do sacador que deverá receber os valores do sacado. Ela possui alguns requisitos que precisam estar expressos no título, são eles: estar escrito “letra de câmbio”, a ordem de pagamento incondicionada de quantia determinada, os nomes do sacado e do tomador, a assinatura do sacador, a data em que o pagamento foi realizado e o local em que foi feita a ordem de pagamento, o lugar e a data em que foi realizado o pagamento. Nota promissória A nota promissória estrutura-se como uma promessa de pagamento, ou seja, o emitente faz uma promessa de pagar uma quantia certa e determinada ao beneficiário ou à um terceiro. Seu prazo prescricional é de três anos, contados a partir da data do vencimento da nota. Sobre os requisitos da nota promissória, Coelho (2011, p. 305) destaca que: A nota promissória deve atender aos requisitos definidos pelos arts. 75 e 76 da LU, a saber: a) a expressão “nota promissória” (conforme o art. 54, I, do Decreto n. 2.044/08) constante do próprio texto do título, na língua empregada para a sua redação (LU, art. 75, n. 1); b) a promessa, incondicional, de pagar quantia determinada, lembrando‑se o já considerado acerca de cambial indexada (art. 75, n. 2); c) o nome do beneficiário da promessa, o que significa a impossibilidade do saque de nota promissória ao portador (art. 75, n. 5); d) a data do saque (art. 75, n. 6); e) o local do saque ou a menção de um lugar ao lado do nome do subscritor, que se considera, também, o domicílio deste (art. 75, n. 6, e a terceira alínea do art. 76); f) a assinatura do sacador (art. 75, n. 7), bem como a sua identificação pelo número da sua Cédula de Identidade, de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas, do Título de Eleitor ou da Carteira Profissional (Lei n. 6.268/75, art. 3º). Referências: COELHO, Fábio Ulhoa. Manual de direito comercial: direito de empresa. 23. ed. São Paulo: Saraiva, 2011. RAMOS, André Luiz Santa Cruz. Direito Empresarial: volume único. 10. ed. São Paulo: Método, 2020.
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