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AV2 Respondida - Direito Tributário

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Aluno: Andreano Germano Ferreira da Silva
AV2 – DIREITO TRIBUTÁRIO 2
1 – Uma grande indústria automobilística tinha real intenção de se instalar em Alagoas. Após conversas com o governador, ficou acertada a instalação da indústria e a concessão de benefícios fiscais. Assim, o Estado concedeu, através de lei, isenção de ICMS (prazo de 5 anos) e isenção de IPTU (prazo de 10 anos). Neste caso, as isenções podem ser concedidas? Justifique.
Resposta: Em relação ao ICMS, a isenção apenas poderia ser concedida mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, sob regulação de Lei Complementar Federal (art. 155, §2º, inciso XII, g). Em relação ao IPTU, o Estado não possui competência para conceder a isenção. 
2 - Como se sabe, o prazo prescricional para cobrança de crédito tributário é de 5 anos. Faltando apenas 1 (um) mês para finalizar o prazo para propositura da ação de execução fiscal (prescrição), o Estado conseguiu interpor a ação de execução fiscal. Neste caso, o Fisco disporá de apenas 1 (um) mês para executar o crédito tributário (receber efetivamente o que lhe é de direito), sob pena de ocorrer a prescrição intercorrente. Está correta a assertiva? Justifique.
Resposta: A assertiva não está correta, pois, como o Estado conseguiu interpor ação de execução fiscal, o prazo prescricional é interrompido. Nesse caso, a prescrição intercorrente poderá ser decretada após 5 (cinco) anos de uma eventual suspensão processual de um ano. Essa suspensão é devida quando não localizado o devedor ou não encontrado bens penhoráveis.(Súmula 314 do STJ).
3 - Explique qual o efeito de se judicializar um procedimento administrativo?
Resposta: A judicialização de um procedimento administrativo, pelo contribuinte, importa em renúncia ao poder de recorrer na esfera administrativa e desistência do recurso, se interposto (Art. 38, §único, da Lei de Execução Fiscal).
4 - Além das modalidades de extinção do crédito tributário elencadas no art. 156 do Código Tributário Nacional, a doutrina admite que a extinção também pode ocorrer pela chamada 'Confusão'. Como isso se daria?
Resposta: A confusão se dá quando um credor é, além de sujeito ativo, sujeito passivo de uma mesma obrigação tributária. Como o credor não pode agir contra si mesmo, como devedor, extingue-se, assim, a obrigação.
5 - Discorra integralmente sobre as formas de exclusão do crédito tributário.
Resposta: 
Conforme o Código Tributário Nacional, em seu art. 175, a exclusão do crédito tributário se dá mediante isenção ou anistia.
A Isenção exclui o crédito tributário, impedindo a incidência da norma de tributação. Para isso, deve haver disposição legal excluindo o crédito tributário, antes da ocorrência do fato gerador.
A isenção pode ser classificada em: a) Geral: decorre diretamente da lei, independente de requerimento de interessados e de ato administrativo; b) Específica: efetivada por despacho da autoridade administrativa, mediante prévio requerimento; c) Total: concedida sem restrição para o tributo que deseja exclusão; d) Parcial: redução de base de cálculo; e) Autônoma: concedida pela mesma pessoa jurídica titular da competência de instituir e cobrar o tributo. f) Heterônoma: concedida por lei de pessoa jurídica diversa daquela que é titular da competência para instituir e cobrar o tributo a que se refere.
No que concerne à Anistia, ela é a hipótese de exclusão do crédito tributário, mediante lei, que consiste no perdão de multa imputada por descumprimento de obrigação tributária.
De acordo com o art. 180 do CTN, a anistia abrange exclusivamente as infrações cometidas anteriormente à vigência da lei que a concede. Ela não se aplica: a) aos atos qualificados em lei como crimes ou contravenções e aos que, mesmo sem essa qualificação, sejam praticados com dolo, fraude ou simulação pelo sujeito passivo ou por terceiro em benefício daquele; e b) às infrações resultantes de conluio entre duas ou mais pessoas naturais ou jurídicas, salvo disposição em contrário.
  	Quanto à concessão, a anistia pode ser concedida: I - em caráter geral; e II – limitadamente, nas condições descritas nas alíneas “a”, “b”, “c”, e “d”, do inciso II, do art. 181 do CTN.

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