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1 artigo
OS DESAFIOS ENCONTRADOS PELOS PROFISSIONAIS DA ÁREA DE RADIOLOGIANA IMPLEMENTAÇÂO DO TRATAMENTO HUMANIZADO
RESUMO:
O presente estudo teve como objetivo geral a realização de um levantamento bibliográfico de artigos científicos demonstrando os desafios encontrados pelos profissionais da radiologia na implementação do tratamento humanizado aos pacientes. Embora o tratamento humanizado seja muito importante, é possível observar que essa prática não tem sido facilmente implementada em nosso país por razões diversas, como o número elevado de pacientes, extensas jornadas de trabalho, rotina exaustiva e mecanização do exercício da profissão. Observamos, através do levantamento bibliográfico, que a implementação da humanização aos pacientes se torna mais difícil quando os próprios profissionais da área da saúde não se sentem tratados de forma digna no ambiente de trabalho. Sendo assim, para a realização de um tratamento humanizado é necessário que o profissional da radiologia tenha boas condições de trabalho e um acompanhamento psicológico, de forma a oferecer um atendimento digno aos pacientes enquanto mantém o ambiente de trabalho adequado.
1. INTRODUÇÃO:
Nota-se que a rotina de trabalho dos profissionais da área de radiologia pode acabar tornando-se algo automatizado devido ao número elevado de pacientes que precisam da realização de exames, somando-se a escassez de equipamentos adequados e poucos profissionais qualificados, esse quadro pode acabar sobrecarregando o profissional durante a jornada de trabalho, o que pode resultar em uma atividade mecanicista do exercício da profissão. (DUARTE; NORO, 2013)
Uma rotina inadequada de trabalho pode sobrecarregar o profissional, tanto no âmbito físico como no emocional, resultando em um atendimento insatisfatório no ponto de vista do paciente, no que diz respeito ao atendimento humanizado. (BENEVIDES; PASSOS, 2005)
O objetivo desse trabalho foi demonstrar os desafios encontrados pelos profissionais da área de saúde, focando nos técnicos e tecnólogos em radiologia, na implementação da política de humanização, de uma forma que atenda às necessidades dos pacientes de maneira digna e respeitosa, que ao mesmo tempo preserve a qualidade de vida do profissional da radiologia no ambiente de trabalho Este trabalho realizou um levantamento bibliográfico de artigos, selecionados em português, nos sites Scieloe Googleacadêmico, relevantes para a área de radiologia.
2. DESENVOLVIMENTO
O conceito humanização é a ideia de dignidade e respeito a vida humana, enfatizando-se a dimensão ética na relação entre pacientes e profissionais de saúde.
O alvo de toda a atenção do profissional de Radiologia é o paciente, em benefício do qual deve agir com o máximo de zelo e o melhor de sua capacidade profissional. O qual deve respeitar integralmente a dignidade da pessoa humana sob seus cuidados, sem restrição de raça e nacionalidade, partido político, classe social e religião. (CONTER, 2011)
Este conceito de humanização começou a ser discutido e utilizado a partir dos anos 1990, como uma forma de respostas às críticas feitas à prática médica. (SILVA, 2017)
Segundo Rios (2008), infelizmente, os profissionais podem ficar em um estado de alienação, no qual perde-se o sentido sensível do trabalho, o qual se torna uma atividade penosa e rotineira, deixando o tratamento humanizado de lado.Por trabalhar em contato direto com seres humanos, o profissional da área de saúde pode ter a sua própria vida afetada, tanto na questão de doenças físicas quanto emocionais, o que pode fazer com que ele se veja diante de conflitos e frustrações pessoais. Fenômenos psicológicos, que afetem emocionalmente o profissional, podem leva-lo a desenvolver mecanismos rígidos de defesa que podem prejudicar sua vida profissional e pessoal, como estresse, por exemplo. Por conta disso, os profissionais de saúde, por se submeterem em suas atividades a tensões provenientes de várias fontes, precisam também receber cuidados. segundo Martins(2003), para que o profissional da saúde passo exercer sua atividade de forma humanizada ele precisa de condições dignas de trabalho: “Contratação de profissionais suficientes para atender a demanda da população; aquisições de novos equipamentos médicos hospitalares; abertura de novos serviços, melhoria dos salários, das condições de trabalho e da imagem do serviço público de saúde junto a população são outros objetivos a serem buscados para a melhoria da assistência”(MARTINS, 2003)
Por outro lado, os profissionais da área de saúde, tem um alto fator estressante, como o contato frequente com dor e sofrimento, lidar com as expectativas dos pacientes e familiares, atender pacientes com transtornos de humos e/ou depressivos, além de pacientes em estágio terminal. Uma das situações dentro da humanização que devem ser considerada é o conceito de “satisfação” e “responsividade” que são analisas como uma espécie de conceitos operacionais que visam a incorporação da visão do usuário. A humanização é considerada uma forma de direito do paciente, sendo que a mesma se refere à princípios normativos que orientam políticas e programas. (VAITSMAN; ANDRADE, 2005)
As pesquisas sobre responsividade consideram dois elementos. O primeiro mede o que acontece quando os pacientes interagem com o sistema de saúde, e o que isso implica na coleta de dados sobre esse comportamento. O segundo é medir como os pacientes são atendidos pelo sistema de saúde e avaliam “o que acontece”. Portanto, esses dois procedimentos distintos quanto ao desempenho do sistema de saúde, sendo que uma coisa é medir o que acontece e outra é a percepção dos pacientes sobre o que acontece, uma vez que esse feedback pode ser positivo ou negativo. A partir de 1970 foram realizadas as primeiras pesquisas de campo sobre avaliação em saúde, o objetivo dessas pesquisas era obter melhores resultados clínicos por meio da adesão ao tratamento. Foi realizado em três pontos de vistas: comparecimentos as consultas, aceitação das recomendações e prescrições, e o uso adequado dos medicamentos. Existem vários modelos de questionário para medir a satisfação dos pacientes, mas todos têm como objetivo pressupor as percepções do paciente em relação às suas expectativas, valores e desejos. (VAITSMAN; ANDRADE, 2005) 
Um detalhe importante é levar em conta algumas diferenças relevantes 
quando se avaliam serviços públicos e privados. Por exemplo: no setor público, o usuário pode se colocar ora como um consumidor avaliando os serviços de seu ponto de vista dos seus ganhos individuais, ora como cidadão avaliando os serviços ao levar em conta a sociedade como um todo No ponto de vista de consumidor, o 
paciente pode desejar um tempo de esperar menor para a sua consulta, e um atendimento mais ágil; porém como cidadão pode desejar que todas as pessoas sejam atendidas, porém, isso resulta em um tempo de espera maior. No que se refere à escolha, no setor privado, como cliente, ele tem a escolha de procurar outro serviço e até mesmo outro profissional, enquanto no setor público essa possibilidade é limitada, quando não impossível. (VAITSMAN; ANDRADE, 2005)
É importante lembrar que humanização não se refere somente ao tratamento profissional para o paciente, a humanização vem desde o ambiente onde o paciente e o profissional se encontram, isso equivale a melhorias na estrutura física dos prédios. (MARTINS, 2003)
Devido a inúmeros problemas referentes a pouca atenção oferecida nos aspectos de humanização, o Ministério da Saúde tomou a iniciativa de convidar profissionais da área de saúde mental para elaborar uma proposta de trabalho, voltada à humanização. Esses profissionais elaboraram o Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar (PNHAH), esse programa tem um foco principal em seis etapas, listados abaixo conforme publicado por Martins (2003).
1. Melhorar a qualidade e eficácia da atenção dispensada aos usuários da rede hospitalar;
2. Recuperar a imagem dos hospitais junto à comunidade;
3. Capacitar os profissionais dos hospitais para um conceitode atenção à saúde baseado na valorização da vida humana e da cidadania;
4. Conceber e implantar novas iniciativas de humanização beneficiando tanto os usuários como os profissionais de saúde;
5. Estimular a realização de parcerias e trocar de conhecimentos;
6. Desenvolver um conjunto de indicadores/parâmetros de resultados e sistemas de incentivos ao tratamento humanizado. 
Fac. Sant’Ana em Revista, Ponta Grossa, v. 3, p. 31-40, 1. Sem. 2018 Disponível em: https://www.iessa.edu.br/revista/index.php/fsr/index
Mais tarde foi formado um grupo técnico responsável pelo desenvolvimento do programa, que foi composto por cinco profissionais da área de saúde mental (isso ocorreu durante o ano de 2002), esse grupo técnico realizou encontros para a formação de Grupos de Trabalho de Humanização (GTH), porém mais tarde foram constatadas várias dificuldades para implantação dos GTH variando de hospital para hospital: (MARTINS, 2003).
1. Insuficiente apoio da direção do hospital;
2. Falta de interessados em compor o grupo;
3. Pouca valorização da proposta da Humanização, oscilação no grupo (entrada e saída de profissionais nos GTH);
4. Alta expectativa da instituição com relação ao GTH;
5. Necessidade do GTH de ser “reforçado” pela presença do supervisor em visita e/ou palestra em hospital.
6. Falta de compreensão emocional de um ou outro representante dos hospitais a respeito do projeto (encarando-o como mero plano e, consequentemente, não conseguindo difundir ideias, propor ações e nem sensibilizar o pessoal do hospital); Uma iniciativa importante para a formação do profissional de saúde é a inclusão da dimensão psicológica na formação do estudante de cursos da área de saúde (inclusive a Radiologia), o trabalho para o aluno aprender a sensibilização em relação a aspectos psicológicos, motivação para seguir a profissão, idealização do papel profissional em relação as suas reações vivenciais durante o curso como uma medida prioritária. Por trás de um grande aparato tecnológico deve existir um profissional preparado para entender as complexidades e avanços dos equipamentos. Somente assim o trabalho atinge a excelência. Assim é o aprendizado constante do técnico/tecnólogo em Radiologia. (SILVA; JUNIOR, 2015).
3. CONCLUSÃO:
Com esse artigo concluímos que para uma real implementação das práticas de atendimento humanizado é importante que o profissional da área de saúde tenha boas condições de trabalho e acompanhamento psicológico. Também constatamos a necessidade de mais estudos sobre a qualidade de vida profissional dos técnicos e tecnólogos da área de radiologia, e a implementação do atendimento humanizado nessa área especificamente.
REFERÊNCIAS 
RIOS, Izabel Cristina. Humanização e ambiente de trabalho na visão de profissionais 
da saúde. Saúde e Sociedade. 2008, vol.17, n.4, pp.151-160. [Acesso em 26 de 
abril de 2018]. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/sausoc/v17n4/15.pdf> 
BENEVIDES, Regina; PASSOS, Eduardo. A humanização como dimensão pública 
das políticas de saúde. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 2005, vol.10, n.3, 
pp. 561-571. [Acesso em 26 de abril de 2018]. Disponível em: 
<http://www.scielo.br/pdf/csc/v10n3/a14v10n3.pdf>MARTINS, MCFN. Humanização da assistência e formação profissional de saúde. 
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Disponível em: <http://www.polbr.med.br/ano03/artigo0503_1.php> 
VAITSMAN, Jeni; ANDRADE, Gabriela Rieveres Borges de. Satisfação e 
responsividade: formas de medir a qualidade e a humanização da assistência à 
saúde. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 10, n. 3, p. 599-613, jul./set. 
2005. [Acesso em 27 de abril de 2018]. Disponível em: 
<http://www.scielo.br/pdf/csc/v10n3/a17v10n3.pdf> 
Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia. Código de Ética dos Profissionais 
das Técnicas Radiológicas, 2011. [Acesso em 27 de abril de 2018]. Disponível em: 
<http://www.conter.gov.br/uploads/legislativo/codigodeetica.pdf> 
DUARTE, MLC; NORO, Adelita. Humanização do atendimento no setor de 
Radiologia: dificuldades e sugestões dos profissionais de enfermagem. Cogitare 
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LIMA, Thaís Jaqueline Vieira de. et al. A humanização na atenção à saúde do idoso. 
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SILVA, Juciara Machado. et al. Assistência humanizada nos setores de urgência e 
emergência. Revistas dos TCCs e Semanas Acadêmicas da ULBRA Cachoeiras 
do Sul, v.1, n.1, 2017. [Acesso em 20 de dezembro de 2017]. Disponível em: 
<http://ulbracds.com.br/index.php/rtccsa/article/view/1034>
SILVA, Iago Estéfano Brito da; JUNIOR, Valdetrudes Paz. Humanização do setor de 
radiologia: Um relato de Experiência. Conselho Nacional dos Técnicos em 
Radiologia (CONTER). [Acesso em 20 de dezembro de 2017]. Disponível em: 
<http://conter.gov.br/uploads/trabalhos/humanizacao_no_setor_de_radiologia.pdf>
Artigo2
Desafios éticos na formação de profissionais auxiliares em saúde
No campo do exercício profissional, a medicina foi a primeira que estabeleceu os ditames éticos de sua prática, sendo detentora dos mais antigos códigos de ética profissional conhecidos. De fato, não só a medicina, mas todas aquelas categorias profissionais que atuam na área da saúde, por lidar com a vida, a doença, a finitude, o sofrimento e a morte, tornam-se campo privilegiado às reflexões sobre os limites e responsabilidades da interferência na vida das pessoas. Os códigos de ética profissional, portanto, possuem a característica de serem referências importantes não só para nortear a prática, como também para o controle público.
Código de ética e profissionalização:
A definição de profissão na sociologia consiste em "toda ocupação que exige e cria um corpo específico de conhecimento para atuar numa dada realidade organizacional/institucional" (Wilenski, 1970, citado por Marinho, 1986:27). A distinção entre profissão e ocupação se daria a partir de duas características básicas: toda profissão baseia-se em um corpo de conhecimento sistematizado adquirido a partir de uma qualificação, legitimada pelo sistema formal de ensino, e pelo estabelecimento de um conjunto de normas pelas quais o profissional deve orientar sua prática.
Moral, ética e bioética: 
A ética, ao longo da história do pensamento ocidental, esteve tradicionalmente ligada aos costumes, à dimensão do "dever ser" do agir humano, às proibições e prescrições comportamentais em sociedade (Schramm, 1993). Nessa perspectiva, a ética é relacionada à esfera das ações humanas julgadas "segundo a perspectiva de serem boas, corretas, acertadas (...) à luz de uma vida humana boa e digna" (Zajds¬ zadjer, 1993:15).
Colocada nesses termos, a ética seria um fenômeno inerente ao ser humano, o que não significaria, no entanto, que a pessoa já nasça ética.
A lei moral ou seus códigos são produtos da história da humanidade e, por isso mesmo, podem modificar-se de acordo com o contexto histórico. "A moralidade é um sistema de valores do qual resultam normas que são consideradas corretas por uma determinada sociedade, como, por exemplo, os Dez Mandamentos, os Códigos Civil e Penal etc." (Cohen & Segre, 1994). Segundo os autores, a moral pressupõe que seus valores não sejam questionados, sendo impostos à sociedade e sua desobediência pressupondo determinado castigo. A ética, por sua vez, seria um princípio instituinte da própria vida humana e, portanto, da própria moral. No que diz respeito ao exercício profissional, o indivíduo, para ser ético, não basta ter o conhecimento do código de ética, pois a pessoa poderá atuar apenas de um modo moralista; são necessários a assimilação e o amadurecimento de certos conceitos do que é ser um 'ser humano', para que a pessoa evolua e se humanize. (Idem, p.22)
Considerações finais:
Esse "desafio ético" na formação de pessoal de nível médioem saúde deve ser assumido com a mais ampla participação dos profissionais e de instituições diretamente envolvidos, buscando-se mecanismos democráticos que possibilitem transcender o aspecto burocrático-legal, estabelecendo parâmetros de prática profissional que sejam compatíveis com os anseios da sociedade em ser dignamente atendida nos serviços de saúde e que estejam em consonância com os princípios do Sistema 
Único de Saúde (SUS) e com os preceitos constitucionais. 
Referências bibliográficas: 
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ZAJDSZNAJDER , L. É a ética uma ciência? In: Conselho Federal de Medicina. Desafios éticos, 
Brasília, 1993.
3artigo
HUMANIZAÇÃO DO ATENDIMENTO NO SETOR DE RADIOLOGIA: DIFICULDADES 
E SUGESTÕES DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM
Resumo: 
Trata-se de uma pesquisa qualitativa, realizada em 2011 no setor de Radiologia de um hospital privado no Rio Grande do Sul; foram participantes 10 profissionais de enfermagem.
INTRODUÇÃO:
Na busca de atendimento de qualidade aos usuários 
dos serviços de saúde, através de um trabalho pautado em uma equipe multidisciplinar com foco nas necessidades individuais e subjetivas dos sujeitos, foi intensificada, nos últimos anos, a discussão sobre humanização. Nesse sentido, foi criada no Brasil a Política Nacional de Humanização (PNH)(2).
A humanização, para a PNH, é um pacto, uma construção coletiva que só pode acontecer a partir da constituição de troca de saberes, através do trabalho em rede com equipes multiprofissionais, da identificação das necessidades, desejos e interesses dos envolvidos, do reconhecimento de gestores, trabalhadores e usuários como sujeitos ativos e protagonistas das ações de saúde e da criação de redes solidárias e interativas, participativas e protagonistas do Sistema Único de Saúde (SUS)(2). Entende-se que a humanização deve perpassar todos os serviços de saúde, em seus mais variados setores, em todos os níveis de atenção. É na atenção terciária, que geralmente, se tem as maiores dificuldades para efetivar o cuidado humanizado, justamente por esses serviços serem de alta complexidade e trabalharem, principalmente, com tecnologias duras.Assim, destaca-se o setor de radiologia como um exemplo de serviço especializado que trabalha com tecnologia e maquinário de ponta. Esse serviço é extremamente complexo em virtude das atividades desenvolvidas e dos exames realizados, contribuindo para maior resolutividade diagnóstica de patologias clínicas e cirúrgicas, sendo um recurso cada vez mais utilizado. A cobrança pela produtividade, entendida aqui como número de exames realizados ao dia, faz com que muitos profissionais esqueçam e de que todo exame envolve um ser huma-no, e que toda descoberta de uma doença envolve um sofrimento psíquico. O relatado parece que é algo simples de ser feito, que deve ser natural, já que seres humanos cuidam de seres humanos. No entanto, observa-se a dificuldade de alguns profissionais chamarem o paciente pelo nome, percebê-lo como alguém que necessita de atenção e escuta, indo além da tecnologia proporcionada por uma máquina. O que se quer não é a negação da tecnologia, mas, sim, é a utilização de outras formas de perceber o paciente, indo ao encontro da PNH.
MÉTODO:
Este estudo tem caráter exploratório-descritivo com abordagem qualitativa(6) e foi realizado no setor de radiologia de um hospital privado do Rio Grande do Sul. Esse setor conta com as seguintes modalidades de exames por imagem: raios X; ecografia; mamografia; densitometria óssea; ressonância magnética; tomografia computadorizada; medicina nuclear, entre outros.
 Os participantes do estudo compreenderam a totalidade de enfermeiros do setor (quatro) e de seis técnicos, sendo dois de cada turno de trabalho e que concordaram em participar do estudo, totalizando 10 entrevistados. O tipo da amostra foi intencional, por convite, tendo como critérios de inclusão: tempo mínimo de seis meses de vínculo com a instituição e desenvolver as atividades no setor de radiologia.
 Existe alguma dificuldade para efetivar a humanização do atendimento no setor de radiologia? Quais? Você teria alguma sugestão para a concretização da humanização nesse setor?
As entrevistas foram pré-agendadas e coletadas em uma sala reservada do setor de radiologia com tempo de duração em torno de 30 minutos. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética do referido hospital, conforme Protocolo de número 456b/11, sendo considerados os aspectos éticos envolvendo seres humanos, em conformidade com o previsto na Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde.
RESULTADOS:
Dificuldades para uma prática humanizada
Nessa categoria, são expostas as principais dificuldades enfrentadas pela equipe de enfermagem entrevistada para a efetivação da Humanização no setor de Radiologia. Foram elencados pelos entrevistados alguns itens que merecem destaque, tais como: 1) sobrecarga de trabalho; 2) atrasos na agenda versus tempo destinado para exames; 3) falta de comunicação entre os setores e profissionais; e 4) falta de profissionais qualificados para atuar na área de radiologia. O grande número de exames realizados em um setor de Radiologia faz com que alguns profissionais sintam-se sobrecarregados, alegando que a demanda prejudica o atendimentohumanizado, entendido pelos profissionais através da atenção e da conversa com o paciente, como recortes dos depoimentos:
A sobrecarga de trabalho, pela falta de profissionais, dificulta o atendimento humanizado. (E2)
Muito fluxo de pacientes, não conseguindo dar atenção que ele merece e que eu gostaria de dar porque a agenda está sempre lotada; e tem também falta de funcionários. Eu queria conversar com o paciente, mas eu sei que não posso, pois já tem outro paciente aguardando ali fora para entrar em sala. (T8)
O atraso no cumprimento da agenda de exames 
e o tempo destinado para a realização dos mesmos é percebido pela equipe de enfermagem como gerador de conflito e de estresse, tanto por parte dos profissionais quanto por parte dos pacientes, dificultando que o trabalho nesse setor seja entendido como humanizado: 
O atraso acaba ficando estressante, gerando conflito, dificultando o atendimento humanizado. (T6)
Questões de tempo para cumprir a agenda e fazer todos os exames previstos para o turno gera estresse, mas depende de ti realizar um atendimento mais hu-manizado. (E4)
A repetição de alguns procedimentos invasivos, como a punção venosa, é verbalizada pelos profissionais como uma ocorrência que interfere na efetivação da humanização no setor. A partir do depoimento acima entende-se que, apesar da grande demanda de exames realizados no cotidiano do setor de Radiologia, há poucos profissionais com capacitação para a realização de alguns exames, o que pode contribuir para os atrasos, dificuldades ou grande demora para o agendamento. O atendimento aos pacientes deve ser individualizado e personalizado, pois todos são diferentes e possuem suas particularidades no contexto da humanização. Dessa forma, os profissionais de enfermagem tentam adequar o cuidado prestado a cada paciente, apesar de sentirem estranhamento ao entrar em contato com pacientes que rejeitam alguma aproximação e carinho do profissional, como relatado: O contato com o paciente é importante. Tem alguns pacientes fechados que não gostam que a gente se aproxime e faça carinho. Isso impede de tratar tão bem como gostaria para um atendimento humanizado. (T7)
Salienta-se que o paciente que procura o setor de Radiologia pode estar passando por algum processo de descobrimento de patologia e, nessa etapa, o sofrimento físico e mental pode levar a comportamento de rechaço de aproximação, tanto com os profissionais quanto com sua própria família. Cabe ao profissional ter discernimento e preparo para entender a etapa de vida pela qual essa pessoa está passando, e continuar a oferecer um atendimento humanizado, respeitando as necessidades de cada paciente.
Sugestões para um trabalho humanizado
O aumento do número de profissionais foi percebido pelos entrevistados como uma sugestão para diminuir 
a sobrecarga dos que já atuam no setor, propiciando um atendimento de qualidade e humanizado aos pacientes:
Aumentar o número de profissionais no setor para que haja atendimento de qualidade e humanizado para os pacientes e profissionais. Nesse sentido, até já colocamos uma secretaria de posto para que pudéssemos estar mais próximos dos pacientes. Deixo sempre um técnico de enfermagem na sala de observação para que os pacientes sejam atendidos de forma integral e até mesmo um relógio de parede para que tenham a ideia do tempo que está aguardando para realizar o exame. (E1)
Nessa categoria, evidencia-se a preocupação da equipe de enfermagem entrevistada em tornar mais humano o setor de radiologia, sendo expressas através de sugestões de melhorias, a partir das dificuldades observadas no cotidiano. Observa-se que as sugestões dos entrevistados são simples e exequíveis.
DISCUSSÃO 
Dificuldades para uma prática humanizada
Evidencia-se nas falas dos entrevistados a vontade de tornar o atendimento mais humanizado no setor ,através de conversas com o paciente. No entanto, esses demonstram preocupação com as pessoas que aguardam a realização do exame e com a falta de funcionários No setor de radiologia são realizados inúmeros exames, sendo destinado um tempo específico e muitas vezes restrito para sua realização. No entanto, o entrevistado entende que depende de cada profissional realizar um atendimento humanizado, independente do tempo que ele possui com o paciente. 
A humanização é um processo simples e ao mesmo tempo complexo. Por vezes, muitos profissionais oferecem resistências, pois envolve mudanças de comportamento e condutas. No entanto, cada profissional, cada equipe, cada instituição, terá seu processo singular de humanização. Dessa maneira, muitas podem ser as práticas humanizadas empregadas pelos profissionais, pois cada um faz sua própria leitura sobre o cuidado humanizado. Salienta-se que o trabalho no setor necessita de uma equipe multiprofissional, pois envolve múltiplos saberes. Tal equipe, geralmente, é composta de médico especialista em medicina nuclear, radiofarmacêutico, físico, enfermeiro, técnico em medicina nuclear e técnicos em radiologia e em enfermagem.
Assim, a comunicação entre os profissionais é de extrema importância para um cuidado qualificado e humanizado Salienta-se que experiência de outra instituição demonstra que a contratação de profissionais qualificados e experientes, assim como os investimentos em treinamento e cursos de atualização profissional são medidas eficientes e que contribuem, significativamente, para a melhoria da qualidade dos serviços de radiodiagnóstico.
Dessa forma, realizar periodicamente treinamentos e cursos de atualização profissional e implementar políticas e programas de qualidade e segurança radiológica nas instituições, incluindo a rotina de manutenção preventiva dos equipamentos, são medidas que qualificam o profissional e o cuidado prestado. Observa-se que, no cotidiano desses serviços, os gestores de saúde defrontam-se com crescentes dificuldades no desenvolvimento da prática da equipe de saúde pela utilização de procedimentos e tratamentos complexos, que exigem estrutura física adequada, pessoal capacitado e materiais cada vez mais modernos. 
Pois, os níveis de complexidade tecnológica refletem a natureza das tarefas a serem executadas para um sujeito também complexo.
Sugestões para um trabalho humanizado
O atendimento integral contempla um olhar para o sujeito-usuário dentro da lógica de atendimento que considere o cuidado nas mais diversas dimensões do ser humano.
Esse cuidado deve ser um processo dinâmico e intencional para atender às necessidades humanas, um valor que pressupõe sensibilidade, afetividade, zelo, atenção, solidariedade e compromisso entre o ser cuidador e o ser cuidado Humanizar é, deste modo, ofertar atendimento de qualidade, articulando os avanços tecnológicos com o acolhimento, com melhorias dos ambientes de cuidado e das condições de trabalho dos profissionais(2). Assim, entende-se a necessidade de treinar e capacitar a equipe, não somente em assuntos técnicos, mas humanos, principalmente em momentos de vulnerabilidade do paciente, individualizando e humanizando o cuidado.
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Enfatiza-se a importância de mais estudos sobre esses setores, tendo em vista a escassez de produções, o que promoverá maior conscientização das organizações e dos investigadores para a humanização nesses serviços.
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4 Artigo
Humanização das práticas do profissional de saúde - contribuições para reflexão
Resumo 
são discutidas questões ligadas à humanização da saúde a partir da concepção da humanização como política de saúde e como prática profissional.
Introdução 
Durante os séculos XIX e XX, muitos avanços tecnológicos passaram a ser aplicados na área da saúde, em todos os níveis de atenção, seja na prevenção, no controle de comorbidades (progresso da doença) ou na reabilitação. há diversas discussões acerca das possibilidades de acesso dos sujeitos a essas tecnologias, seu custo para o sistema de saúde e a impossibilidade de que o progresso tecnológico elimine as demandas decorrentes da necessidade de contato direto entre pacientes e profissionais da área da saúde.
A humanização enquanto política de saúde
os progressos da medicina e da ciência, além do fato da prática médica ter se tornado mais arriscada e, em muitos casos, mais impessoal e desumanizada, geralmente envolvendo grande burocracia, mostrou a importância de se reconhecer o direito do indivíduo à autodeterminação e de assegurar garantias de outros direitos dos pacientes. Em 1946, a ONU proclamou sua constituição, mencionando em nível internacional, pela primeira vez, a saúde como direito humano. A partir da promulgação da Constituição de 1988, a saúde passou a ser reconhecida como um bem ao qual todo cidadão tem direito, Associado a esses movimentos, artigos de todas as décadas mostram a necessidade de investir no trabalhador para a construção de uma assistência humana, considerando, inclusive, as condições adversas de trabalho apontadas como fatores "desumanizantes", tais como baixos salários, número insuficiente de pessoal, sobrecarga de atividades e jornadas duplas ou triplas de trabalho. Os conceitos de integralidade e de humanização devem ser discutidos e contextualizados sempre que forem empregados, pois são passíveis de interpretações variadas. Diante dos inúmeros obstáculos que hoje se apresentam para a assistência à saúde no país, sejam de ordem financeira, política, organizativa ou ética, coloca-se em pauta o fundamental debate sobre a qualidade da atenção prestada. É necessário que se pense (e aja!) de forma a contemplar sistematicamente a humanização das ações, desde a concepção e planejamento das ações, programas ou atividades e rotinas dos serviços de saúde, até as políticas e propostas ligadas à macro gestão do sistema e serviços de saúde.
A humanização enquanto prática sob a égide da formação do profissional ligado ao setor saúde
Na perspectiva dessa práxis transformadora, ganha importância a relação entre profissionais de saúde e usuários, ou seja, passagem do ambiente relacional de individualismos com individualismos para o ambiente relacional de sujeitos sociais com sujeitos sociais. Para ganhar a força necessária que dê direção a um processo de mudança que possa responder a justos anseios dos usuários e trabalhadores da saúde, a humanização impõe o enfrentamento de dois desafios: conceitual e metodológico. Ter sensibilidade para a escuta e o diálogo, mantendo relações éticas e solidárias, envolve um aprendizado contínuo e vivencial, pouco enfatizado no ambiente de trabalho, levando-se em conta, ainda, o predomínio de estruturas administrativas tradicionais, rígidas e burocratizadas. Do total de pacientes, 28 afirmaram que os médicos os chamavam pelo nome, complementando a resposta com a explicação de que existe na cama uma "placa" com os nomes deles. Outros quatro pacientes afirmaram que os médicos não falavam os seus nomes, mesmo existindo tais placas nas camas. Chegavam, examinavam e saíam. Os autores também trazem um comentário de um paciente que participou de seu estudo, sobre apoio à necessidade da empatia e interesse pela vida: É muito importante saberem da vida da gente. Eles deviam aprender a conversar. A gente ia se sentir mais à vontade. A "expectativa cerimonial“ configura-se como direito do paciente, fundamentado no princípio da Justiça: o direito de identificar no médico a imagem de "um ente ungido de poderes excepcionais" conhecimento científico e procedimentos cerimoniais que remetem o paciente a um imaginário cultural oriundo da imagem mítica da arte de curar hipocrática. O baixo nível de escolaridade e de condições socioeconômicas dos pacientes pode estar associado ao baixo padrão de percepção dos seus direitos e ao pequeno nível de exigência, mas, em seu estudo, essa associação não obteve significância estatística.
Os autores descrevem como demonstração de sentimentos de interesse o que ocorreu em várias interações quando, ao fazer perguntas ao usuário, o enfermeiro olhava nos olhos com atenção enquanto o mesmo respondia. Como expressão de surpresa, citam uma situação em que, ao escutar uma resposta do usuário, o enfermeiro franziu a testa erguendo as sobrancelhas e aumentando a abertura dos olhos fez uma afirmação de modo exclamativo. 
A expressão de desconforto foi detectada pelos autores quando, em algum momento, o olhar do enfermeiro em nossa direção era insistente, o que de modo não-verbal "respondiam" desviando propositadamente o olhar, tentando assim diminuir a interferência.Também descrevem que, em seu estudo, a maioria dos enfermeiros pesquisados não esteve suficientemente atenta para perceber conscientemente o quanto a forma não-verbal de comunicar-se pode influenciar a assistência e a humanização dos atendimentos. Puccini e Cecílio questionam em seu artigo se no decorrer do tempo a espécie humana, envolvida na luta pela sobrevivência, perdeu a sua "essência humana" e perguntam: o que seria então essa essência? Em que remoto tempo e lugar ela estaria trancada e esquecida, de modo que um mutirão da boa vontade precisasse urgentemente resgatá-la desta situação de refém da razão? Seria um novo ribombar do pecadooriginal? Perdemos a fé e estamos pagando pela nossa dissidência com o transcendental? Maltratamos tanto a natureza que acabamos perdendo a noção da nossa própria conduta natural biológica? Ele expressa o estranhamento do homem diante de seu mundo. A humanização depende ainda de mudanças das pessoas, da ênfase em valores ligados à defesa da vida, na possibilidade de ampliação do grau de desalienação e de transformar o trabalho em processo criativo e prazeroso. 
Discussão e considerações finais
Uma relação amistosa, de respeito, cordialidade e, principalmente, em que a escuta dos anseios, desejos, demandas e sentimentos do paciente e de seus familiares seja possível, contribui para a resolutividade das ações de educação e promoção da saúde, contribuindo para que não se perca o sentido da atuação do trabalhador neste setor da sociedade,É necessária uma reformulação estrutural, conceitual e ideológica desse processo para que os profissionais tenham condições pessoais e profissionais para atuar de forma humanizada.
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5 artigo
O que Dizem os Pacientes dos Serviços Privados de Radiologia, Portugal
Resumo
O principal objectivo desta investigação é conhecer o nível de satisfação dos pacientes dos serviços privados de radiologia. Resultados: A maior parte dos pacientes efectuou exames de mamografia; mais de 50% dos inquiridos esperou mais de uma semana desde o dia da marcação até ao dia em que ia efectuar o exame. Os inquiridos encontram-se satisfeitos com a qualidade da maioria dos serviços prestados, expressando vontade em voltar e recomendar os serviços a outras pessoas. Conclusão: Este estudo é importante na monitoração e garantia da qualidade e para expressar a percepção dos clientes.
Introdução
O Sistema de Saúde Português, ou Serviço Nacional de Saúde (SNS), envolve todos os cuidados integrados de saúde, desde a promoção e vigilância da saúde, a prevenção da doença, o diagnóstico e tratamento e reabilitação dos doentes. O SNS foi regulado, a partir de 1990, por dois diplomas fundamentais: a Lei de Bases da Saúde (Lei nº 48/90, de 24 de Agosto) e o Estatuto do Serviço Nacional de Saúde (Lei nº 22/93, de 15 de Janeiro). Para muitos, o ano de 1990 é considerado como um ano de viragem decisiva no Sistema de Saúde Português (Sepúlveda, 1998).É preciso dizer que o Sistema Nacional de Saúde é um conjunto ordenado e hierarquizado de instituições e de serviços oficiais prestadores de cuidados de saúde, funcionando sob a tutela do Ministério da Saúde. As organizações privadas são, como qualquer outra organização, susceptíveis de concorrência de mercado e, por isso, necessitam de melhorias contínuas e potenciadoras de desenvolvimento social e económico. A retenção de clientes é a chave para o sucesso no mercado do novo milénio e o componente mais importante para a consolidação da participação de 
mercado da empresa, sendo direccionada, basicamente, pela satisfação do cliente (Vavra e Pruden, 1995).Podemos referir que 76% da população portuguesa tem como único pagador o SNS, e os restantes 24% dos portugueses utilizam outros subsistemas, dos quais, por exemplo, a ADSE (Assistência na Doença aos Servidores Civis do Estado) abrange 14% da população (Escoval, 1999; Santana, 2005).
O Serviço Nacional de Saúde tem dificuldades de funcionamento porque a “máquina é muito grande” e torna-se difícil controlar o desperdício, aparecendo o serviço privado como uma boa alternativa ao SNS.Materiais e Métodos
Para a recolha de dados, utilizámos um formulário estruturado em 4 grupos: o primeiro grupo é constituído por três questões, destinadas à caracterização da amostra: sexo; idade e grau de instrução; o segundo grupo é constituído por sete questões com a finalidade de obter dados sobre o serviço de Imagiologia no que respeita: ao tipo de exame; às vezes que o cliente lá esteve; como teve conhecimento sobre o serviço; quem fez a marcação do exame; tempo que demorou a saber o dia do exame; tempo que decorreu desde a marcação até ao dia do exame e o tipo de organismo utilizado para a realização desse exame; o terceiro grupo tem a ver com as dimensões que traduzem o nível de satisfação do cliente: Atendimento (todo o processo/procedimentos necessários à recepção do cliente no consultório), Dimensão Funcional Técnica e Médica (conjunto de atividades desenvolvidas pelos profissionais de saúde, e engloba os elementos humanos dos cuidados e as relações sociais e psicológicas entre o paciente e os prestadores de cuidados, as explicações acerca da doença e do tratamento assim como informação recebida) e Amenidades (atributos que podem contribuir para diminuir o desconforto ou a adversidade de um meio estranho: condições da sala de espera, limpeza, estrutura física do serviço e condições das instalações sanitárias); o quarto grupo é constituído por: 3 questões fechadas, sendo que duas se referem à intenção de voltar ao serviço e recomendá-lo a amigos/familiares e uma outra questiona se foi dada alguma informação em como reclamar e quatro questões abertas, nas quais os clientes podem dar a sua opinião sobre: as razões porque voltariam ou não ao serviço; os melhoramentos que consideram indispensáveis no serviço; as surpresas que considerou agradáveis e as surpresas desagradáveis que obteve durante a sua estadia no serviço.
Resultados
No que diz respeito às recomendações e sugestões dos pacientes acerca dos serviços privados de Imagiologia, há a saber que em relação ao facto de “recomendar o consultório a outra pessoa caso necessitasse de exames imagiológicos”, as respostas foram claras: os inquiridos responderam “claro que sim” em 65,5% e “provavelmente sim” em 34,3%, sendo que apenas um (0,5%) dos inquiridos respondeu “provavelmente não”. Relativamente ao facto de “voltar ao consultório caso necessitasse de exames imagiológicos”, as respostas são de 60,6% para “claro que sim”, 38,5% para “provavelmente sim” e 0,9% para “provavelmente não”. A subcategoria “relação e comunicação” é a mais enumerada. No entanto, a unidade de registo “realização dos exames sempre no mesmo local”, enquadrada na subcategoria “continuidade e cooperação”, foi a que obteve mais unidades de enumeração (36).
Discussão
Os resultados do nosso estudo não se coadunam com os do estudo de Ferreira e Raposo (2006), ao afirmarem que as mulheres apresentam sempre uma satisfação inferior à dos homens. No entanto, Hall (1996), contraria esta linha de pensamento ao referir que os homens manifestam um nível de satisfação menor que os utentes do sexo feminino. Na mesma linha de pensamento, Ferreira e Raposo (2006) referem que os mais jovens estão sempre menos satisfeitos do que os mais idosos. Os resultados do nosso estudo confirmam o que refere Neto (2003), no seu estudo, que conclui que quanto menor o tempo de espera, maior a satisfação dos utentes. Estes dados replicam o observado no estudo de Ferreira (2001), em que os utentes se queixam do tempo de espera e sentem uma grande discrepância entre a altura da marcação e a efectivação da consulta.
Conclusões
O facto de uma organização ter um utente como seu cliente exige que ela direccione as suas acções para responder ao seu anseio, de uma forma peculiar, pois o utente é um indivíduo física e/ou mentalmente comprometido no seu desenvolvimento pessoal ou nas suas relações com a sociedade. Nesta busca pelas respostas, é importante que os clientes sejam a maior fonte de informações, pois são eles os utilizadores dos serviços e devem ser posicionados como o foco central no processo de decisão.
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