AULA 3 ATENÇÃO e CONSCIÊNCIA slides alunos

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DISCIPLINA: PSICOLOGIA FENÔMENOS E PROCESSOS
PROFª. PATRÍCIA SIERPINSKA 2º SEMESTRE NOTURNO
ATENÇÃO 
E 
CONSCIÊNCIA
AULA 3
2020.2
ATENÇÃO
Algumas definições:
Atenção é um processo psicológico, mediante o qual concentramos a nossa atividade psíquica sobre o estímulo que a solicita, seja este uma sensação, uma percepção, um afeto ou até mesmo um desejo, a fim de fixar, definir e selecionar as percepções, as representações, os conceitos e elaborar o raciocínio.
(PAIM, 1993, p.162)
ATENÇÃO
A atenção é o meio pelo qual processamos ativamente uma quantidade limitada de informação a partir da enorme quantidade disponível através de nossos sentidos, de nossas memórias armazenadas e de nossos outros processos cognitivos.
(STERNBERG, 2008, p.71)
Características da Atenção
Volume
Estabilidade
Oscilação
Características da Atenção
VOLUME:
Volume é o número de sinais recebidos ou associações que ocorrem no foco da atenção.
Varia conforme a quantidade de sinais recebidos ou
associações, que determina o que é dominante. 
Para se conseguir a atenção de alguém, precisa ser despertado o seu interesse.
(LURIA, 1979)
ESTABILIDADE
Estabilidade é a duração com a qual os processos determinados pela atenção podem manter seu caráter dominante.
A estabilidade é a duração do estímulo dominante. 
É importante considerar que existem oscilantes, pois o mecanismo neurológico da atenção é inato e involuntário, mas a atenção não é inata e sim, treinável. 
(LURIA, 1979)
OSCILAÇÃO
A oscilação corresponde a alternância que os conteúdos adquirem, mediante o caráter de importância que ora possuem, ora perdem.
Por oscilações da atenção entende-se o caráter cíclico do processo, no qual determinados conteúdos da atividade consciente ora adquirem caráter dominante, ora o perdem. 
(LURIA, 1979)
Fatores determinantes da Atenção
FATORES EXTERNOS
FATORES INTERNOS
FATORES EXTERNOS
Determinam o sentido, o objeto e a estabilidade da atenção.
Variam de acordo com a intensidade e/ou novidade do estímulo.
FATORES INTERNOS
São as necessidade, os interesses e objetivos que podemos apresentar.
Sinais dominantes (de interesse) vão inibir simultaneamente sinais secundários.
Tipos de Atenção
ATENÇÃO ESPONTÂNEA
ATENÇÃO VOLUNTÁRIA
ATENÇÃO ESPONTÂNEA/INVOLUNTÁRIA
Tendência natural para orientarmos nossa atenção para estímulos sensoriais de modo não intencional.
É influenciada pelos fatores externos (intensidade e novidade de estímulos).
ATENÇÃO VOLUNTÁRIA/CONCENTRADA
Exprime a concentração ativa de forma intencional para manter algo sobre o foco da consciência.
Tem como finalidade, a atividade psíquica, permitindo que as representações e conceitos permaneçam por maior ou menor tempo na consciência.
É influenciada pelos fatores internos (interesse, motivação).
FOCO
PROCESSOS SUBCONSCIENTES
PROCESSOS INCONSCIENTES
O foco, corresponde ao grau máximo de consciência.
Os círculos concêntricos (no entorno próximo do foco), representam os processos subconscientes.
Os círculos mais afastados do foco, representam o inconsciente.
Ou seja, quanto mais distante do foco, menos perceptível é o estímulo pela nossa sensopercepção.
O elemento que constitui o objeto da nossa atenção está sempre ocupando o ponto central do campo da nossa consciência.
Funções da atenção
ATENÇÃO SELETIVA
VIGILÂNCIA
SONDAGEM
ATENÇÃO DIVIDIDA
ATENÇÃO SELETIVA
Capacidade de selecionar apenas uma pequena parcela de informação contida no ambiente em detrimento de outros estímulos disponíveis ao nosso redor.
Pode-se escolher prestar a atenção em determinados estímulos e ignorar outros. 
O foco de atenção em estímulos informativos específicos aumenta a nossa capacidade para manipular aqueles estímulos para outros processos cognitivos, como a compreensão verbal ou a resolução de problemas. 
VIGILÂNCIA/ DETECÇÃO DE SINAL
A vigilância se refere à capacidade de uma pessoa estar presente em um campo de estimulação durante um período prolongado, no qual ela procura detectar o aparecimento de um sinal (um estímulo alvo de interesse específico).
Quando vigilante, a pessoa espera detectar um estímulo (sinal) que pode surgir num tempo desconhecido. 
Vigilância é a capacidade de prestar atenção a um campo de estimulação por um período prolongado, buscando detectar o surgimento de um determinado estímulo-alvo de interesse. 
Em geral, a vigilância é necessária em ambientes em que um determinado estímulo ocorre raramente, mas requer atenção imediata assim que ocorre. 
SALVA-VIDAS
SONDAGEM
Refere-se a um exame atento do ambiente quanto a aspectos específicos, ou seja, procurar algo ativamente, sem que se saiba de onde aparecerá. 
Do mesmo modo que a vigilância, enquanto se está sondando pode ser que ocorram alarmes falsos, geralmente quando se encontram estímulos que desviam a atenção (por exemplo: estímulos semelhantes).
ATENÇÃO DIVIDIDA
Nesta função, os recursos de atenção disponíveis são distribuídos para coordenar o desempenho de mais de uma tarefa ao mesmo tempo. 
Geralmente é mais difícil realizar simultaneamente mais de uma tarefa controlada, porém, com o aumento da prática, pode-se manipular bem mais de uma tarefa ao mesmo tempo, mesmo que estas exijam compreensão e tomada de decisões.
Teorias da atenção
Teoria da Integração da Característica
Teoria de Detecção de Sinais
Teoria da Semelhança
Teoria da Busca Guiada
Teoria dos Filtros de Movimento
Teoria de integração de características
De acordo com a teoria de integração de características, a codificação de objetos complexos exige a focalização da atenção na posição do objeto.
A focalização da atenção "cola" as características referenciadas numa posição do espaço num objeto coerente, e assim a percepção do objeto passa pela focalização da atenção na região que este ocupa no espaço. 
TEORIA DA DETECÇÃO DE SINAIS
Estudos neurológicos mostraram que a detecção de sinais de um estímulo visual é maior no ponto em que se espera que o sinal apareça.
A precisão na detecção se reduz muito quando o estímulo aparece mais perto do lócus de atenção.
*(está presente na Vigilância)
Teoria da Semelhança 
Segundo a teoria da semelhança, os dados/estímulos podem ser reinterpretados.
À medida que a semelhança entre o estímulo-alvo e o fator de distração aumenta, aumenta também a dificuldade de detectar o primeiro. Isso porque os alvos muito "semelhantes aos fatores de distração são difíceis de detectar.
Os que são muito distintos são mais fáceis. 
A busca de estímulos-alvo é a semelhança (uniformidade) entre os fatores de distração.
Buscar estímulos-alvo em um fundo de fatores de distração relativamente uniforme é bastante fácil, mas buscá-los em um fundo de fatores de distração bastante diversificados é bem difícil. 
Outro fator é que a dificuldade das tarefas de busca depende do grau de semelhança entre os alvos e os fatores de distração e do grau de disparidade entre esses fatores, mas não do número de características a serem integradas. 
Teoria da Busca Guiada
A Teoria de busca guiada sugere que todas as buscas, sejam buscas por características ou buscas conjuntas.
Envolve duas etapas consecutivas. 
1ª etapa: o indivíduo, simultaneamente, ativa uma representação mental de todos os alvos potenciais.
2ª etapa: o indivíduo avalia sequencialmente cada um dos elementos ativados, conforme o grau de ativação escolhendo em seguida, os verdadeiros alvos a partir dos elementos ativados. 
De acordo com essa teoria, o processo de ativação da etapa inicial paralela ajuda a guiar o processo de avaliação e seleção da segunda etapa serial da busca.
Teoria dos Filtros de Movimento
Na teoria dos filtros de movimento, uma característica é bastante importante: o movimento. 
É o movimento quem mostra os efeitos paradoxais quando combinado com outros. 
O movimento aumenta a facilidade e a velocidade da busca visual, mastambém pode fazer o contrário, inibindo.
Consciência
Algumas definições
A consciência inclui o sentimento de percepção consciente e seu conteúdo é a parte que pode estar sob o foco da atenção.
(STERNBERG, 2008, P. 72)
A consciência é um complexo de fenômenos psíquicos elementares ou complicados, afetivos e intelectivos, que apresentam na unidade de tempo e que permitem o conhecimento do próprio eu e do mundo exterior.
(PAIM, 1993, p. 193)
A consciência é a instância psíquica de síntese e coordenação dos processos psicológicos.
Definições de consciência
Três diferentes definições:
Definição neuropsicológica
Definição psicológica
Definição ético-filosófica
Definição neuropsicológica
Estado de estar desperto, vigil, acordado, lúcido.
Existem áreas cerebrais relacionadas com a manutenção da atividade mental:
Reconhecimento do próprio corpo, dos objetos e do mundo;
Apreensão da realidade.
Definição psicológica
Soma total de experiências de um indivíduo;
 
 Dimensão subjetiva		 Dimensão objetiva
fenômenos conscientes conhecidos pelo indivíduo.
conteúdo da realidade materializado em percepções, representações, conceitos.
Definição ético-filosófica
Capacidade de tomar ciência dos deveres.
Assumir responsabilidades.
Consciência moral e ética.
Níveis de estado da consciência
Nível Máximo
Processos voluntários;
Atenção direcionada.
Nível Médio
Processos automáticos e devaneio.
Nível Mínimo
Inconsciente
conteúdos reprimidos;
Estado de coma,
lesão, anestesia.
Inconsciente
Processos automáticos de regulações orgânicas, reflexos automáticos = subconsciente.
Representações, ideais, afetos que podem ser lembrados voluntariamente = Pré-consciente (inconsciente latente).
Concepção psicanalítica; informações são reprimidas; não há evocação de forma voluntária; são acessados por meio de sonhos, chistes, atos falhos = inconsciente (inconsciente reprimido).
SONO E SONHOS
O sonho, é decorrência de fatores diários psíquicos e do sono.
Chama-se de sonho manifesto, a experiência consciente durante o sono, que a pessoa pode ou não recordar depois do despertar. 
Os conteúdos latentes do sonho é tudo aquilo que ameaça acordar a pessoa. 
As operações mentais inconscientes que existem por meio das quais o conteúdo latente do sonho se transforma em sonho manifesto, é o que chamamos de elaboração do sonho.
 A experiência subjetiva que aparece na consciência durante o sono e que, após o despertar, chamamos de sonho são apenas resultados finais de atividades mentais inconscientes que ocorrem durante esse período fisiológico que por sua natureza ou intensidade ameaça interferir no próprio sono.
ESTÁGIOS DO SONO
Estágio 1 - É o sono leve, onde experimentamos um entrar e sair do sono, sendo facilmente acordado. O movimento dos olhos e os movimentos do corpo desaceleram. É possível experimentar movimento espasmódico de pernas ou outros músculos. Estes sono inicial e tais espasmos são os que causam as repentinas sensações de queda que acordam um indivíduo no susto.
Estágio 2 - Aproximadamente 50% do tempo dormindo é gasto nesta etapa do sono. Durante este estágio, o movimento dos olhos pára e as ondas cerebrais (uma medida do nível de atividade do cérebro) tornam-se mais lentas, o corpo esfria e os músculos começam a relaxar. Haverá também breves explosões de atividade cerebral chamado fusos do sono, associados normalmente a espasmos musculares.
Estágio 3 - É a primeira fase do sono profundo. As ondas cerebrais são uma combinação de ondas lentas, conhecidas como ondas delta, combinadas com as ondas mais rápidas. Durante este estágio, pode ser muito difícil acordar alguém. Quando acordado durante este estágio, é possível sentir-se fraco e desorientado por vários minutos antes de recobrar plena consciência de seus arredores e ações.
Referências
STERNBERG, R. J. Psicologia Cognitiva. Cap: 3. Porto Alegre: Artmed, 2000.(p.72-111)
ATKINSON & HILGARD. Introdução à Psicologia. Cap. 3; 2ª edição, São Paulo: Cengage, 2018.(p.131 à 152/ 169 à 
PAIM, Isaías. Curso de Psicopatologia. Cap. 7 (p.161-170) e Cap. 9 (p. 193-200). São Paulo, EPU, 1993 
TANAKA, Priscila Junko. Atenção: reflexão sobre tipologias, desenvolvimento e seus estados patológicos sob o olhar psicopedagógico. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-69542008000100004
Estágio 4 - Segunda fase do sono profundo. Aqui, o cérebro trabalha quase que exclusivamente com as ondas delta lentas. Também é muito difícil acordar alguém. Ambos os estágios de sono profundo são importantes para se sentir revigorado pela manhã. Se essas etapas são muito curtas, o sono não vai ser satisfatório. As ondas delta são medições da atividade do cérebro e normalmente estão associadas com o começo dos sonhos, ou seja, o descanso do cérebro das atividades do dia a dia.
Estágio REM – Rapid Eye Movement
Fase do sono em que a maior parte dos sonhos ocorre. Quando se entra em sono REM, a respiração torna-se rápida, irregular e superficial. Os olhos se movem rapidamente e os músculos se tornam imóveis. A frequência cardíaca e pressão arterial aumentam. 
Cerca de 20% do sono é o REM. 
Seu início é por volta de 70 a 90 minutos depois de adormecer.