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ARTIGO FENÔMENOS E PROCESSOS

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ESTEREÓTIPO E DISCRIMINAÇÃO SOCIAL
CELMA MIRANDA CORREIA 
ELIZABETH BATISTA BARRETO GURGEL
GICÉLIA MENDES FERREIRA DE ARAÚJO ÂNGELO
RAYSSA DE QUEIROZ CAVALCANTE
SIUDETE COSTA DIAS
VICTÓRIA SAVANNA SALES DA SILVA
ZULEIDE SANTOS LIMA
CAMPINA GRANDE, 2018
CELMA MIRANDA CORREIA 
ELIZABETH BATISTA BARRETO GURGEL
GICÉLIA MENDES FERREIRA DE ARAÚJO ÂNGELO
RAYSSA DE QUEIROZ CAVALCANTE
SIUDETE COSTA DIAS
VICTÓRIA SAVANNA SALES DA SILVA
ZULEIDE SANTOS LIMA
ESTEREÓTIPO E DISCRIMINAÇÃO SOCIAL
 Artigo apresentado ao Prof. Bruno Medeiros da disciplina Psicologia: Fenômenos e Processos 2º Período Noturno do curso de Psicologia 
 
 
Faculdade Maurício de Nassau
Campina Grande – 27/11/2018
ESTEREÓTIPO E DISCRIMINAÇÃO SOCIAL
 
 
CELMA MIRANDA CORREIA 
Graduanda Psicologia – UNINASSAU
ELIZABETH BATISTA BARRETO GURGEL
Graduanda Psicologia – UNINASSAU
GICÉLIA MENDES FERREIRA DE ARAÚJO ÂNGELO
Graduanda Psicologia – UNINASSAU
RAYSSA DE QUEIROZ CAVALCANTE
Graduanda Psicologia – UNINASSAU
SIUDETE COSTA DIAS
Graduanda Psicologia – UNINASSAU
VICTÓRIA SAVANNA SALES DA SILVA
Graduanda Psicologia – UNINASSAU
ZULEIDE SANTOS LIMA
Graduanda Psicologia – UNINASSAU
 SINOPSE: O presente artigo tem por objetivo conceituar e caracterizar estereótipo, preconceito e discriminação, A metodologia utilizada é a da pesquisa bibliográfica, e é direcionada aos estudantes de Psicologia
INTRODUÇÃO
Vivemos num mundo onde o estereótipo, o preconceito e a discriminação social têm aumentado de maneira significativa. Contudo, não se tem, em regra geral, uma distinção entre esses termos. Desse modo, o referido artigo propõe uma conceituação, diferenciação e caracterização desses termos, como também, um embasamento teórico, a partir do qual refletiremos sobre cada um deles.
Ao falar sobre os estereótipos, abordaremos o surgimento do termo, os tipos de ativação existentes, também falaremos sobre a ideia geral de que a “exceção confirma a regra” e, por fim, a sua relação com o preconceito. 
Em seguida, trataremos sobre a definição do que é preconceito e da discriminação social. Ressaltaremos a ideia do rótulo, além da reflexão sobre as explicações comportamentais e a ideia de conformidade. Por fim, falaremos sobre a definição de chamada Teoria da Aprendizagem Social e o conceito do Racismo Moderno.
DEFINIÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE ESTEREÓTIPO, PRECONCEITO E DISCRIMINAÇÃO SOCIAL
Falar de estereótipo e de discriminação social é falar de temas relevantes numa sociedade cada vez mais pluralizada e diversificada. Ambos envolvem um processo complexo e multifacetado, envolvendo perspectivas sociais, políticas, subjetivas, entre outras. Eles estão presentes, não apenas em países pobres, mas, sobretudo, em países ricos. 
Partindo da definição de estereótipo, podemos dizer que ele é uma generalização acerca de um grupo de pessoas, na qual características idênticas são atribuídas a praticamente todos os membros do grupo, sem levar em conta as variações reais entre eles. Ressaltamos também seus componentes afetivos e cognitivos. Ao falar de sua definição, fazemos referência à Gahagan (1980) que assim o define
Um estereótipo é uma supergeneralização: não pode ser verdadeiro para todos os membros de um grupo [...]. O estereótipo é, provavelmente, muito inexacto como descrição de um dado sujeito [...] mas não dada qualquer outra informação, constitui uma conjectura racional. Um desses traços levaria então à inferência de outros traços [...]. (GAHAGAN, 1980, p. 70). 
	A expressão foi empregada pela primeira vez em 1922 por um jornalista americano, Walter Lippmann, num estudo sobre opinião pública. Cunha (1991) conceitua-o a partir de dois vocábulos – do grego “stereos” (sólido, firme) e do latim “typus” (modelos, exemplos, símbolos), logo, estereótipo, segundo o autor, seria um modelo fixo de imagem. Um produto social fruto das relações sociais estabelecidas entre os indivíduos e que são determinados sociologicamente.	
	Ligam-se aos estereótipos dois tipos de ativação: automática e ativação controlada. A ativação automática é aquela que sobrevém à nossa mente assim que nos deparamos com certas pessoas. Após este processo automático, no entanto, um indivíduo não-preconceituoso pode conscientemente refletir sobre o que acabou de pensar sobre aquela pessoa e reavaliar sua primeira impressão. Neste caso, o indivíduo teria entrado na ativação controlada do estereótipo, impedindo que este prossiga adiante e se transforme em discriminação (DEVINE, 1989). 
	Para corrigir nossas crenças estereotipadas é preciso desmentir a ideia do que comumente chamamos de “a exceção confirma a regra”. E não apenas isso, mas também, correlacionar os modelos para uma mudança de atitude. Destacamos aqui os modelos da contabilidade, da conversão e o subtipo. 
	Não podemos deixar de mencionar aqui a relação entre os estereótipos e a cultura. Segundo Lima (1996), eles constituem a base dos preconceitos, com uma forte raiz histórica e cultural – presentes em lendas, fábulas, provérbios, anedotas, piadas, sendo transmitidos de geração em geração, seja através da tradição oral ou escrita. Desse modo, definimos o outro a partir dos nossos preconceitos, centrados em ideias que dificilmente são questionadas, sendo, frequentemente, aceitas sem contestações. 
	Ainda refletindo sobre o conceito de preconceito, citamos Rose (1972) que o define como sendo um conjunto de atitudes que configuram um comportamento de discriminação. Outro teórico, Crochík (1997), caracteriza-o como algo individual, psicológico e que também se desenvolve no processo de socialização pela cultura. Diversos são os seus tipos cada vez mais presentes em nossa sociedade - seja de cor, de raça, de religião, de classe, de gênero, linguístico, entre outros. O seu aparecimento, segundo Fiorin (2000)
Os preconceitos aparecem quando se considera uma especificidade como toda a realidade ou como um elemento superior a todos os outros. Neste caso, tudo o que é diferente é visto seja como inexistente, seja como inferior, feio, errado. A raiz do preconceito está na rejeição da alteridade ou na consideração das diferenças como patologia, erro, vício, etc (FIORIN, 2000:23)
	Assim, podemos definir o preconceito como sendo uma atitude hostil ou negativa para com uma determinada pessoa ou grupo, baseada em generalizações. É justamente essa generalização que chamamos de estereótipo. Esse último é, ao mesmo tempo, a causa e a consequência do preconceito e, juntos, geram discriminação contra uma pessoa ou grupo. 
	Entendemos por discriminação uma ação negativa injustificada ou prejudicial contra os membros de um grupo, simplesmente por pertencem a esse grupo. Fiske (1998) distingue entre dois tipos de discriminação: quente e fria. A quente seria aquela baseada em repulsa, ressentimento, hostilidade e raiva; a fria, por sua vez, é frequentemente baseada em estereótipos relativos aos interesses, conhecimentos e motivações do membro do grupo minoritário.
	As pessoas, de um modo geral, estão atribuindo rótulos umas às outras na tentativa de explicar o comportamento do outro. Como nos aponta Rosenhan (1973), o rótulo influencia enormemente nossa percepção do comportamento de um indivíduo, pois, uma vez atribuído, nós temos a tendência a perceber seus comportamentos de acordo com o rótulo imputado, mesmo diante de fatos que o contradigam. Dessa forma, o preconceito parece estar baseado em um tipo de “círculo vicioso” – causa tipos de atribuições negativas que, por sua vez, intensificam o preconceito.Essas explicações comportamentais podem ser disposicionais - de uma pessoa ou de grupos inteiros. Ou seja, o comportamento de alguém é assim devido a sua personalidade, e não a algum aspecto da situação. Já as situacionais, é quando atribuímos as ações das pessoas às demandas situacionais e às pressões ambientais, as condições externas como a economia do país, a infraestrutura do bairro que mora, a família que o educou.
Alistar as causas do preconceito não é tarefa fácil, contudo podemos relacioná-las em quatro categorias: competição e conflitos econômicos e políticos, o papel do “bode expiatório”, fatores da personalidade e causas sociais. A primeira floresce à medida em que os empregos ficam escassos, gerando competição pelas oportunidades existentes; a segunda, é designada em tempos difíceis e grandes conflitos – por exemplo, a escolha da Hitler pelos judeus; a terceira, está diretamente ligada à ideia de que o preconceito surge através da “criação” recebida em casa; e, por fim, a última estaria ligada a um conjunto de normas ou regras sociais, ou seja, o que é permitido ou não.
Essas regras designam o que chamamos de conformidade. De tanto terem experiências de relações de desigualdade os indivíduos acabam percebendo estas situações como naturais e se conformam com o fato. Ela pode ser definida como sendo um comportamento social relativamente inofensivo, mas, torna-se particularmente perigoso e debilitante na esfera do preconceito. Desse modo, pessoas que são mais conformistas também são mais preconceituosas, sendo o preconceito mais uma coisa com a qual se conformar (Myers, 2000). 
Essa conformidade está diretamente relacionada à Teoria da aprendizagem social. Nessa teoria, as normas são crenças mantidas pela sociedade sobre o que é correto, aceitável e permissível. Dessa forma, preconceitos e estereótipos seriam parte de um conjunto de normas sociais, isto é, as crenças de uma sociedade acerca dos comportamentos que são corretos e permitidos. De acordo com Paul (1998), crianças de 5 anos de idade já possuiriam estereótipos arraigados sobre determinados grupos sociais (tais como negros, mulheres ou homossexuais). 
Relacionam-se a esse processo o que convencionou-se chamar de Racismo moderno. Segundo McConahay (1986), esse tipo de racismo relaciona-se a um conjunto de crenças e avaliações, tais como: o fato de a discriminação ser coisa do passado porque os negros podem agora competir e adquirir coisas que desejam, como também, afirma que os ganhos deles não são merecidos e recebem mais atenção do que realmente merecem.
Logicamente, falar de estereótipo, de preconceito e de discriminação é falar de um fenômeno complexo e de uma grande amplitude, determinado por diversos fatores e causas. Entretanto, ele pode ser reduzido através do que chamamos da hipótese do contato, como afirma Allport (1954)
O preconceito pode ser reduzido por contato de igual status entre o grupo majoritário e o grupo minoritário na busca de objetivos comuns. O efeito é grandemente incrementado se o contato é sancionado por apoios institucionais (isto é, pela lei, pelos costumes ou pela atmosfera local), e contanto que seja de um tipo que leve à percepção de interesses comuns e de humanidade comuns entre os membros dos dois grupos. (ALLPORT, GORDON, 1954:281)
Essa hipótese do contato traz consigo seis condições. São elas: interdependência mútua, objetivo comum, status igual, contato interpessoal informal, contatos múltiplos e normas sociais de igualdade. Esse processo de cooperação diminui as barreiras entre os grupos à medida em que provoca uma mudança nas categorias cognitivas, isto é, passamos a considerar membros do grupo oposto como fazendo parte do nosso grupo porque precisamos deles para atingir determinados objetivos.
Ainda relacionando ao Racismo moderno, vale salientar uma técnica que começou a ser testada no ano de 1971, nos Estados Unidos, chamada de Sala de aula “Quebra-cabeça”, na qual os alunos dividiam-se em grupos de aprendizagem de seis pessoas, cada aluno era responsável por uma informação que deveria ser reunida com as demais.	O aluno deveria aprender sua parte e ensiná-la aos demais. Como resultado, os alunos tornaram-se mais atenciosos, empáticos, houve melhoria no resultado dos exames e, sobretudo, o desenvolvimento da categoria cognitiva de um grupo único.
CONCLUSÃO
Opiniões e crenças são formas de pensar, de representar algo ou uma ideia, além de demarcar diferenças. É desse modo que percebemos que, muito do que vemos, vivemos e pensamos sobre estereótipo, preconceito e discriminação é oriundo de concepções advindas de outras gerações, herdadas socialmente através de familiares ou da própria cultura, entre outros. 
Assim, para mudarmos esses paradigmas estabelecidos e enraizados em nossa sociedade, é preciso desconstrui-los, partindo do pressuposto de que somos diferentes, sejam por fatores biológicos, genéticos, culturais, entretanto é na diferença que deveria haver a unidade. Só assim seremos capazes de construir uma sociedade mais justa e igualitária. 
Não obstante, vale ressaltar a importância do psicólogo nesse processo de reconstrução. Primeiramente, precisamos entendê-los e, como profissionais, posicionarmo-nos como aqueles que podem auxiliar os indivíduos que são alvos de estereótipos, de preconceito e discriminação no dia a dia.
REFERÊNCIAS
ALLPORT, GORDON. The nature of prejudice. Addison-Wesley Publishing Company. 1954, p. 281
ARONSON, Elliot; AKERT, Robin M.; WILSON,Timothy D. Psicologia Social. 3ª ed, LTC, São Paulo, 2011. 
CROCHÍK, José L. Preconceito, Indivíduo e Cultura. São Paulo: Robe Editorial,1997. 
CUNHA, Antonio Geraldo da. Dicionário etimológico da língua portuguesa. 2. ed. São Paulo: Nova Fronteira, 1991.
DEVINE, P. G. Stereotypes and prejudice: their automatic and controlled components. Journal of Personality and Social Psychology, Washington, v. 56, n. 1, p. 5-18, Jan. 1989.
FIORIN, José L. Os aldrovandos Cantagalos e o preconceito lingüístico. In: O direito à fala. Florianópolis: Insular, 2000.
FISKE, S. T. Stereotyping, Prejudice and Discrimination. In: GILBERT, D. T. E. et.al. The Handbook of Social Psychology – volume 2. McGraw Hill, 1998. p. 357-411.
GAHAGAN, J. Comportamento interpessoal e de grupo. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1980.
LIMA, Maria Manuel. Considerações em torno do conceito de estereótipo: uma dupla abordagem. Lisboa: Aveiro, 1996.
MEYER, Illan. H. Prejudice social stress, and mental healhh in LGB populations: conceptual essues and research evidence. Pscychological Bulletin,129 nº5, 2000, p. 674-697.
PAUL, A. M. The Truth About Stereotypes. Psychology Today, v. 31, n. 3, May/June, 1998. p. 52-55; 82.
ROSE, Arnold M. A origem dos Preconceitos. In: Raça e Ciência II (1960). Coleção Debates. São Paulo:Perspectiva, 1972.
ROSENHAN, David L. On being sane in insane places. Science, vol. 179, Jan. p. 250-258, 1973. Disponível em: <https://translate.google.com.br/translate?hl=pt-BR&sl=en&u=https:/isites.harvard.edu/fs/docs/icb.topic625827.files/On_Being_Sane_In_Insaen_Places-1.pdf&prev=search>. Acesso em 17 abr. 2017.
 
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